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DIREITO INTERNACIONAL
Cooperação Jurisdicional

Videoaula: Lucas Oliveira

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Veja o exemplo abaixo:

Olá, tudo bem? Espero que sim, neste material compreenderemos a respeito da
cooperação jurisdicional, espero que você compreenda. Imagino que esteja ansioso
para chegar em seu objetivo, mas antes de alcançá-lo, é importante que você realize
anotações, pois desta maneira você fixará o conteúdo. RESPIRE FUNDO E SE
ACALME, pois juntos com o método aprova OAB chegaremos em seu desejo, ou seja,
SUA APROVAÇÃO, sem mais delongas, vamos ao assunto!

Conteúdo Programático
Conteúdo Programático .................................................................................................... 2
Cooperação jurisdicional ................................................................................................... 3
Cartas rogatórias.................................................................................................................................. 3
Regime de Provas ................................................................................................................................ 4
Auxílio direto ....................................................................................................................................... 4

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Cooperação jurisdicional

Homologação de sentença estrangeira ................................................................................................. 5


Convenção da Apostila ......................................................................................................................... 6
Referência ........................................................................................................................ 8

Cooperação jurisdicional
Por cooperação jurisdicional pode-se entender o esforço articulado a partir de
diferentes sistemas jurídicos de Estados soberanos para a realização de diligências
pertinentes à atividade jurisdicional.

Cartas rogatórias

NEVES (2015) traz que:

As cartas rogatórias são uma forma de cooperação judiciária internacional clássica em que se
solicita auxílio por intermédio da autoridade judiciária de um Estado para outro Estado.

a) Cartas Rogatórias ativas: quando o Estado brasileiro solicita o ato.


b) Cartas Rogatórias passivas: quando o Estado brasileiro presta a realização do
ato.

• NÃO CONFUNDA com a carta precatória, pois a rogatória é um pedido, um


favor que uma jurisdição faça a outra.

As Cartas Rogatórias são recebidas e processadas pelo Superior Tribunal De Justiça,


que possui competência para tanto, nos termos do art. 105, I, “i” da Constituição
Federal. As cartas rogatórias envolvem um procedimento contencioso, isto é,
submetido ao contraditório e ampla defesa a respeito do cumprimento ou não da
decisão estrangeira em território nacional. Assim, o juízo sobre a execução ou não
das cartas rogatórias passivas envolve o chamado juízo de deliberação, que consiste
na análise da conformidade ou não do cumprimento do rogo estrangeiro perante a

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ordem nacional, sem que seja possível a revisão do mérito (art. 36, CPC).

Caso o Presidente do STJ ou o órgão especial a que cabe o juízo de deliberação, isto
é, da análise da compatibilidade do ato pretendido com a ordem jurídica nacional,
será concedida a ordem de exequatur que consiste na determinação de
cumprimento da referida decisão. Poderá ser negado o cumprimento da carta que
atente contra a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

Ordem de exequatur= Possui origem latina, significa "execute-se", "cumpra-se", é


muito presente no Direito Internacional Brasileiro, este é um documento autorizador
de um Estado para realizar funções de um cônsul. O exequatur simboliza a jurisdição
consular e a competência para a concessão do exequatur é do Superior Tribunal de
Justiça.

A Justiça Federal, conforme o art. 109, X da Constituição Federal é a responsável pelo


cumprimento da diligência após o exequatur do STJ.

• Superior Tribunal de Justiça e onde será apreciado a carta rogatória

Regime de Provas
A respeito da dilatação probatória, tem-se o art. 13 da LINDB:

art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar,
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que
a lei brasileira desconheça.

• Se for para discutir sobre provas, se segue a regra do país onde as provas serão
produzidas.

Auxílio direto
O Auxílio Direto trata-se um procedimento que vislumbra a realização de uma

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providência judicial relevante no Brasil para a resolução de um litígio que ocorre no


estrangeiro. Assim, por exemplo, um outro Estado solicita que o Brasil decida a
respeito do bloqueio de bens de pessoas naturais que estabelecem uma contenda
no estrangeiro. Note-se, que neste caso, ao contrário da Carta Rogatória, não há um
mérito previamente estabelecido, mas cabe ao poder judiciário brasileiro analisar a
respeito do bloqueio ou não.

O Auxílio Direito tem como característica, conforme Paulo Henrique Gonçalves


Portela, as seguintes:

• Mecanismo de cooperação judiciária;


• Destina-se à obtenção de decisão judicial estrangeira;
• Não há decisão por parte do Estado que pede auxílio;
• Não há juízo de deliberação por parte da justiça nacional;
• A competência do auxilio direto no Brasil é da Justiça Federal.

Homologação de sentença estrangeira


A homologação de sentença estrangeira pretende que a decisão jurisdicional com
trânsito em julgado possa ter validade também em território nacional. O principal
dispositivo para este procedimento é o art. 960 do Código de Processo Civil, que prevê
o procedimento de homologação para a sentença e o de Carta Rogatória para a
decisão interlocutória estrangeira.

Houve uma sentença fora do Brasil, João quer fazer com que
tenha força no Brasil, é possível? Sim isto poderá ocorrer

art. 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação
de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado.

§ 1º A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de carta
rogatória.

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§ 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o


Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.

§ 3º A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e em


lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.

NEVES (2015) cita que:

A homologação de sentença estrangeira é praxe internacional o reconhecimento de sentença


estrangeira pelos Estados, desde que condizente com a ordem jurídica interna. A
homologação consiste no ato judicial de reconhecimento da sentença estrangeira em outro
país. É essencial, no Brasil, esse pronunciamento. A execução da sentença estrangeira respeita
os termos do processo executório do país em que for concedida a homologação. A
impossibilidade do reconhecimento da sentença estrangeira é fato impeditivo também da sua
execução.

Convenção da Apostila
A Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos
Estrangeiros, também conhecida como Convenção da Apostila, pretende
regulamentar a dispensa à legalização dos documentos nela mencionados.

São considerados como documentos públicos os documentos provenientes de uma


autoridade ou de um agente público vinculados a qualquer jurisdição do Estado,
inclusive os documentos provenientes do a) Ministério Público, de escrivão judiciário
ou de oficial de justiça; b) Os documentos administrativos; c) Os atos notariais; d) As
declarações oficiais apostas em documentos de natureza privada, tais como certidões
que comprovem o registro de um documento ou a sua existência em determinada
data, e reconhecimentos de assinatura.

Assim, não será mais necessário o reconhecimento consular para que um documento
presente no referido rol, surja efeito no Brasil. O mesmo se afirma em relação a
documentos brasileiros produzirem efeitos em Estados estrangeiros. A tal
procedimento se denomina apostilamento.

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ATENÇÃO! Este assunto já foi cobrado em prova!

Em vez das formalidades usuais e reconhecimento consular, o art. 3º da Convenção


define que “a única formalidade que poderá ser exigida para atestar a autenticidade
da assinatura, a função ou cargo exercido pelo signatário do documento e, quando
cabível, a autenticidade do selo ou carimbo aposto no documento, consiste na
aposição da apostila definida no Artigo 4º, emitida pela autoridade competente do
Estado no qual o documento é originado”.

• Aqui não é preciso passar pelo reconhecimento do consulado.

Exemplo: o RG é feito por uma Secretaria de Segurança Pública Estadual, mas


se você sai do seu Estado e vai para outro, observam o documento para ver se
é verdadeiro, esta é uma presunção de veracidade de documento. A convenção
da apostila, faz com que os Estados consigam reconhecer estes documentos
como presumivelmente verdadeiros.

Cara aluna e caro aluno, encerrando essa parte dos mecanismos de cooperação
internacional, espero que tenha compreendido, aprenda sempre, pois o que você
aprende jamais será perdido. Lembre-se de realizar um resumo, pois lhe auxiliará a
fixar o conteúdo! Sei que o desanimo as vezes aparece, mas não desanime, juntos
chegaremos em sua aprovação, seja um debatedor de ideias e recorde de lutar pelo
que você ama, finalizando o material desejo a você bons estudos.

Até mais!

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Referência

Referência
NEVES, G. B. COLEÇÃO OAB NACIONAL 1ª FASE - DIREITO INTERNACIONAL. 6. ed.
São Paulo: Saraiva, 2015

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