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*Legenda: Negrito - slides//cinza - respostas da Simone a perguntas Mód.III – Febre // Aula HIVpt1
Emilly Caroline
HIV- Prof. Simone Bonafé

 Provável mutação do SIV (vírus da imunodeficiência símia) – proveniente dos macacos, se tornou uma
doença também humana devido a uma quebra de barreira. Acredita-se que isso se deveu ao costume de tribos
africanas se alimentarem de macacos, inclusive do cérebro.
 1981 – 1o. Caso de Imunodeficiência no mundo: em São Francisco - EUA
- Paciente apresentava Sarcoma de Kaposi e Pneumocistose, o que se sabia nessa época é que era uma doença
de pacientes (pcts) homossexuais masculinos por isso passaram a denominá-la de “Câncer Gay”.
 1981 – Novos casos em NY – “Câncer Gay”
 1982 – O termo AIDS foi sugerido pelo CDC - síndrome da imunodeficiência adquirida
 1983 – Confirmada tbm a transmissão heterossexual, a partir daqui começou-se a ver outras formas de
transmissão, como tbm a por via sanguínea, principalmente em hemofílicos que recebiam transfusões.
 1984 – Vírus HIV foi descoberto (Montagnier x Gallo) - briga até hj, para atribuir a descoberta a qual
desses pesquisadores. Montagnier viu e chamou de HTLV-3 (HTLVs, são dças tbm sexualmente transmissíveis,
HTLV-1, mais ligado a paraparesia espástica tropical, faz sintomatologia semelhante ao Guillain-barré e HTLV-2,
associado a alguns tipos de linfoma) e Gallo disse q se tratava de HIV.
 1985 – 1o. Teste para HIV – que é o Exame de ELISA de 1ª geração. Então a gente vê que entre o primeiro
paciente até o momento que se conseguiu fazer diagnostico se passaram quase 5 anos. Por isso que o HIV acabou
se espalhando pelo mundo. Primeiro, pq a gente vai ver que o HIV, diferente de outros virus, é um vírus inteligente,
demora pra dar sintomatologia, ele vive durante mto tempo no assintomático e o portador esta transmitindo-o para
outras pessoas.(prof. comenta tbm sobre o HIV, que apesar de pouco mais de 30 anos do primeiro caso, ainda não
conseguiu se descobrir vacina, cura e método de não se adquirir eficazes)

 O HIV é transmitido por um retrovírus e não um vírus. Qual a diferença de um Vírus para um retrovírus?
 Retrovírus: vírus RNA, possui enzima
chamada TRANSCRIPTASE REVERSA que é
justamente a que vai fazer com que essa única fita de
RNA se torne uma dupla fita de DNA, para que possa ter
a multiplicação desse vírus. Ele precisa de uma célula
hospedeira para fazer isso, senão ele não consegue
fazer nada.
 Produz fita DNA a partir do filamento de RNA,
além disso, esse DNA se integra ao DNA da célula
hospedeira, pra poder fazer as suas “células” filhas.
Estutura do HIV, no centro as fitas de RNA e a
transcriptase reversa e tudo que tem em volta da
estrutura, são glicoproteinas, proteínas transmembrana.
Essas proteínas são justamente o que o vírus usa pra se
acoplar no CD4, que é a célula hospedeira. E tbm a
gente vai ver que, por exemplo, esse capsídeo viral, que
é o p24, é o primeiro a se positivar, no exame de ELISA
de 4ª geração. Então, hoje temos uma janela imunológica
bem reduzida, em torno de 45 dias. A primeira proteína a
se positivar no exame de HIV é essa glicoproteina que
envolve o RNA e a transcriptase reversa.

HIV 1 x HIV 2
Temos 2 tipos de HIV: O HIV-1, que é o mais
famoso, é o que é encontrado no mundo todo, o
HIV-2 em alguns locais da África. Os dois tem
transmissão heterosexual, porem o HIV-2 tem
uma chance de 3 a 6 vezes menor de se contrair
em uma relação sexual. Além disso, a
transmissão perinatal do HIV-1 é muito mais alta,
quando nada é feito de 15 a 45% das cças serão
infectadas, enquanto do HIV-2 somente até 5%
das mães que vão transmitir pra os seus bbs.
Em relação ao tempo para a AIDS, então, a
gente sabe que o HIV ele fica em zona de
latência por muito tempo e ele so vai começar a
dar sintomatologia entre mais ou menos 6 a 10
anos do momento de contagio, no HIV-2, esse
tempo é bem mais prolongado, entre 10 a 25
anos. Em compensação, a gente tem tto eficaz
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pro HIV-1 e o HIV-2 não responde aos não-nucleosídeos e tem uma resposta pior ao inibidor de protease. Realmente
é muito difícil de tratar, pq nenhuma medicação responde. Ainda bem que pcts com HIV-2 demoram um pouco mais
pra ficar doentes. Mas um dos medos que se tem é que algum dia o HIV-2 saia da África, por ex., pcts presos por
trafico de drogas acabam já trazendo o HIV-2 pra cá, então há sempre uma chance de uma nova epidemia.

Linfócito(ly) CD4
Lembrando do que já foi falado, que o HIV
tinha as glicoproteinas(gp). Aqui a gp41 e
gp120, na vdd a gente vai ver tbm que no teste
de Western Blot, que é o teste confirmatório,
precisa de 3 gp pra confirmar o diagnostico e
geralmente as que primeiro positivam é o p24,
gp41 e gp120. Justamente a gp41 e a gp120
acabam emitindo podofilos pra poder acoplar
nos receptores do lyTCD4, CXCR4 e CCR5,
que são os dois receptores do HIV no lyCD4. A
partir do momento que o HIV se acopla na
célula, ele consegue liberar material genético e
vai ocorrer a replicação viral.

Epidemiologia
A prevalência nos números atuais, que saíram em 2015, a gente tem 38 milhões de pessoas infectadas no mundo,
no Brasil temos em torno de 800.000 pessoas. Incidência
mundial de 2 milhões de caso novos por ano, isso é bstt. E
a mortalidade em torno de 1 a 1.5 milhões, ta cada vez
mais em queda justamente pelo uso da medicação
antirretroviral e da qualidade de vida que se consegue dar
pra esses pcts. No Brasil temos uma incidência de 40.000
novos casos por ano, aqui em Mgá temos no CTA
acompanhando cerca de 1.500 pcts. E a mortalidade nossa
é em torno de 15.00 óbitos por ano relacionados ao HIV.
Aqui, temos os locais onde mais se
concentram os casos de HIV: África,
Índia. Russia e China, pplmt por causa do
mov. socialista, demorou muito tempo pra
falar de HIV, então se contaminaram
muito rapidamente pq a informação não
chegava nesses locais. Nos EUA tbm tem
uma grande concentração de HIV, pq
quando começou a epidemia mtas
pessoas tentaram fugir pra lá. No Brasil
temos um gde numero de casos, que se
concentram em áreas metropolitanas. A
maior pt das pessoas acabam indo pro
RJ, SP, regiões maiores pra se tratar. Por
sermos um país grande acabamos
concentrando um numero maior de casos.

Dividindo por regiões, a região norte tem 20.6


casos/100.000h, lembrando que tem menos pessoas,
consequentemente o numero acaba ficando maior. A região
sudeste tem 17.6 casos e a região sul acaba concentrando
maior numero de casos, 28.8, acredita-se que é pq é uma
região menor e temos uma população em que fazemos mais
diagnostico, em outros lugares com o nordeste, o numero
deve ser subestimado, por causa do diagnostico
inadequado.

Panorama Brasil 2001 -2014


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- Tendência à equiparação de casos entre mulheres e homens. Antigamente tínhamos 25h:1m infectada, hj em
dia 1.5h:1m infectada
- Faixa etária entre 15 e 19 anos o número de casos já é maior entre mulheres. Inclusive, é a faixa etária que
mais cresce novos n de casos, os adolescentes vêem o HIV como uma doença controlável e não tem mais o medo
que a geração antiga tinha, talvez por isso eles estão se contaminando cada vez mais.
-Principal via de transmissão é a sexual. Não mais homo, mas sim HETEROSSEXUAL: O n que mais cresce é o
de mulheres infectadas.
83.1% das mulheres transmissão através de relações heterossexuais
42.4% dos homens com transmissão por relações heterossexuais- Homem tbm pega HIV de mulher! A chance é
realmente menor, mas existe.
22% dos homens com transmissão por relações homossexuais.
- Redução dos casos de transmissão vertical (redução de 55% quando comparados 2000 a 2010)- redução
significativa, em algumas regiões do país a transmissão materno-fetal é de 0%, no geral, a nossa transmissão é de
cerca de 4-5%, cuba foi o primeiro pais que conseguiu zerar a transmissão materno-fetal.
- Queda na taxa de mortalidade: 7.6 caiu para 4.9 para cada 100mil pessoas.

Fatores que aumentaram risco de transmissão:


-- Número de parceiros (heterossexuais inclusos) promiscuidade, de acordo com a OMS, mais de 3 parceiros
sexuais em 6 meses.
-- Doenças sexualmente transmissíveis (sífilis, herpes, etc). Qualquer dça sexualmente transmissível aumenta o
risco de adquirir o HIV.
-- Relações homossexuais, o risco de contagio é maior

Riscos
A chance de adquirir o HIV, em geral, na população do
Brasil, é 0.6%. Em Homens que fazem sexo com
homens(HSH), a chance é de 10.5%, sendo que as
transexuais, que é uma população mais vulnerável
ainda, 1 em cada 4 tem HIV. Então, a gente sabe que
HSH, tem um risco muito maior de contrair HIV(prof. leu
o restante dessa tabela e a de baixo tbm)
*vaginal insertiva, da mulher para o homem,
visualizamos aqui que o risco é menor, mas existe.
*Anal receptiva -- por isso que pra HSH, principalmente
os receptivos o risco é maior, isso tbm vale pra mulher.
A gente sabe que relação sexual anal acaba
transmitindo mt mais HIV, do que outros tipos de
relação sexual.

Patogênese
O que acontece quando o virus entra no corpo? A partir
do momento que ele entrou pela mucosa genital, ele vai
cair na corrente sanguínea e de 1 a 2 dias ele vai parar
nos linfonodos, então justamente esse 1 a 2 dias é o
período que a gente tem pra tentar barrar ele, antes dele
chegar no linfonodo, pq a partir do momento que ele
chega, como qulquer outro virus, os lyCD4 vão ser
recrutados pra reconhecer qual o microorganismo que
entrou no corpo da pessoa. Aí qdo o CD4 vai lá, o HIV
entra nele e começa a replicação viral, em mais ou menos
5 a 11 dias vc já tem disseminação por todo o organismo.
Então precisamos agir rápido no momento que tiver o
contato com o HIV, por isso, qdo falamos de profilaxia pós
exposição(que é qdo entra em contato em um acidente
perfuro-cortante ou em uma relação desprotegida), por
isso, é importante que o antiretroviral seja iniciado de
preferencia até 2 hras após o contato, ou
preferencialmente até 24h, depois de 72 hras já não tem nem mais indicação de tentar tomar a medicação, pq já vai
estar na fase de replicação viral, o virus já vai ter entrado em contato com o CD4 e já vai estar começando a
multiplicação viral

Então aqui pra ilustrar. Por via hematogênica o


vírus acaba se espalhando para os demais
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órgãos. É tão difícil a gente conseguir curar o HIV, pq eles vão para o que a gente chama de “orgãos reserva”, os
reservatórios naturais do HIV, que são os linfonodos MALT, aqueles que ficam prox. ao intestino. A gente sabe que
esses linfonodos mais profundos são os que funcionam como reservatório, pq assim, qdo o pcte ta em uso do
antirretroviral, a gente negativa a carga viral, não encontramos mais vírus, mas a partir do momento que paramos a
medicação, o vírus volta a se multiplicar. Então, o vírus estava escondido nesses locais, que são de difícil acesso,
dificilmente a gente consegue nível sérico pra penetrar a medicação e por isso que a gente não consegue erradicar o
vírus HIV do nosso organismo.

Ilustração do vídeo: HIV entrando na


célula, gp120, entrando no receptor,
geralmente o primeiro receptor que ele
pega é o CCR5, dps de mt tempo de
atividade que ele vai pegar o CXCR4.
A partir do momento que ele entra, ele
acaba soltando o RNA e a
transcriptase, que faz o processo de
RNA p/ DNA, o DNA do virus pronto,
acaba entrando e se integrando no
DNA da cel. hospedeira, para poder
se multiplicar, saindo os RNA e virus
filhos, pra poder dps fazer a
maturação externamente.
No vídeo tbm fala um pouco do mec.
de ação dos medicamentos, na
ordem: inibidores de fusão, inibidores
da transcriptase reversa(como o AZT
e o Efavirenz) e inibidores de
protease(que é o Atazanavir..).

LINK DO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=9aDNwlRaJqw


*O tempo que leva para o vírus começar a se reproduzir (+-72h) é o tempo para uma pessoa começar a ser
transmissora
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Evolução Diagnóstica

O melhor exame para saber se tem HIV, depende do que se está procurando. O primeiro exame a positivar
do momento que se infectou, é a carga viral(PCR). Mostra o RNA viral, que vai estar se elevando pq o virus vai estar
se reproduzindo. Então, a partir de 72h da exposição, se vc procurar o vírus no sangue já vai encontrá-lo. Em relação
as sorologias, a primeira que positiva é o antígeno p24, com mais ou menos 45 dias, que é conhecido como ELISA
de 4ª geração. Os demais ELISA, 3ª, 2ª geração, acabam positivando com 60 dias mais ou menos, por isso que a
gente fala que tem a janela imunológica. O PCR custa em torno de 600 reais, então a gente não pede pra td mundo,
acabamos pedindo isso, por ex., pra um pcte que chega com uma sd. mono-like, pcte que chega com febre, gânglio,
hepatoesplenomegalia, faringite exudativa.. e com uma historia que teve relação sexual desprotegida. Aqui, a gente
tem de pensar em HIV agudo. Nesse pcte, que se esta suspeitando de HIV agudo, é valido pedir o RNA viral, pq
lembrando que vai demorar pelo menos 45 dias pra positivar o p24. Então o primeiro exame a positivar sempre é o
RNA viral e dps o p24. O Western blot, vai pesquisar todas as bandas que tem no vírus RNA, vai procurar o p24,
gp41, gp120, gp160, p31, e outras gps, pra um blot ser considerado positivo ele tem que ter no mínimo 3 bandas, e
obrigatoriamente 2 tem que ser o p24 e o gp120, o blot é o exame confirmatório(não tem blot em mgá). *Pra ter o
diagnostico de HIV vc precisa ter pelo menos 2 sorologias coletadas em momentos diferentes e um exame
confirmatório. Tem os outros, tpw citocinas inflamatórias, que ngm nunca pede. O importante pra vcs saberem é o
RNA viral(primeiro a positivar), p24(+45 dias) e o ELISA(+a partir de 60 dias) e smp fazer o confirmatório, seja
imunofluorescência, seja o blot e até a carga viral, que aliás é o “must” (?), pq achou o virus dentro da pessoa, não
tem mais o que falar, assim, se eu tiver só o PCR mesmo com a sorologia negativa, essa pessoa é infectada.

Tempo pós contato inicial

19 dias após infecção inicial *72h já é suficiente pra


positivar, vai ter uma contagem viral baixa, mas a
PCR carga viral de HIV carga viral vai estar detectável, com uma quantidade
de vírus expressiva, a partir de 15 a 20 dias

Detecção de antígeno p24 (exames de 4ª geração) 24 dias após infecção inicial, via de regra 45 dias

29 dias após a infecção inicial, não pedimos IgM, pq pra


Detecção de anticorpos classe IgM – ELISA por fase aguda, HIV agudo, temos a carga viral. Quando se
exemplo(ELISA IgM) pede anti-HIV, o laborat. já subentende IgG. O IgM é mais
pra pesquisa.

Western Blot* 35 dias a partir da infecção inicial


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Evolução do HIV sem tratamento

Então, no momento em que se contamina a carga


viral começa a subir e ela vai até lá em cima com
milhões de cópias, ela atinge um pico, e nessa fase
que ela ta de alta viremia ela vai fazer o HIV agudo
com febre, rash cutâneo, dor de garganta,
linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia,
faringoamidalite exudativa, fraqueza.. Então, nesse
período que é da replicação viral intensa, o pcte vai
fazer quadro de mono-like. O CD4 que normalmente é
em torno de 700 a 1200 , vai sofrer uma queda, mas
depois ele vai se recuperar, e a carga viral que estava
super alta, vai começar a cair, aqui q mora a
esperteza do HIV, pq se o HIV continuasse se
replicando daquela maneira ele ia matar a pessoa e
não ia sair do lugar, assim, ele vai diminuir a carga viral dele e ela vai ficar intermitente durante muitos e muitos anos,
e depois por alguma quebra de barreira a carga viral vai começar a explodir denovo e o CD4 vai cair, levando o
paciente a óbito. Durante todo esse período, o pcte vai estar transmitindo o HIV e não vai ter nenhuma
sintomatologia, ele vai ser um portador assintomático da dça. Assim q o HIV, conquistou a humanidade. Obviamente,
mais ou menos entre 6 a 10 anos, ele começa a ter a queda de CD4 e vai começar a ter as dças, primeiro o que a
gente chama de sintomas B, que são os sintomas menores, até evoluir pra as dças oportunistas, que vamos falar
mais adiante. Todos fazem HIV agudo, mas HIV agudo sintomático só em torno de 30%, então a gente smp com
mono-like tem que pensar. Dças mono-like, são 4, mononucleose, citomegalovirus, toxoplasmose e HIV agudo,
principais pra diferencial.

Evolução da doença
Evoluçao do CD4- Os pacientes que
Transmissão viral
tem o CD4 acima de 500 podem ter
2 a 3 semanas
qualquer doença que uma pessoa sem
HIV pode ter tbm. O paciente pode
Síndrome retroviral aguda
2 a 3 semanas
fazer uma pneumonia, uma meningite,
uma Tb, pode até ter um herpes-
zoster e não necessariamente estar
Recuperação + soroconversão com uma imunossupressão. As dças a
partir do CD4 menor que 200, que aí
Infecção crônica assintomática sim são as dças definidoras. As mais
Média de 8 anos comuns são pneumocistose, toxo e
neurocripto. E com o CD4 muito baixo,
Infecção sintomática/AIDS histoplasmose, micobacteriose e CMV.
Média de 15 meses
Então a gente fala q mais ou menos
entre 4 a 6 semanas do contagio o
Óbito por doença oportunista paciente vai apresentar sd. retroviral
aguda, e ela dura mais ou menos de 2
a 3 sem. e desaparece, então o pcte pensa que teve uma gripe, dps vc fica mts anos em recuperação e
soroconversão, que é aquele pcte que ta transmitindo mas não tem sintomas, em uma media de 8 anos, ele deixa de
ser assintomático, aí vai uma media de 15 meses, pra ele já estar com uma dça oportunista grave e evoluir pra óbito,
se não tiver tto adequado.

Na progressão do HIV, existem vários tipos de pcts, o progressor típico tem


uma queda de 35-50cels/ano de CD4, os rápido progressores, mais de 50
cels/ano, os lentos progressores tem uma queda mt menor, de 15 a 20
cels/ano, lembrar que a gente tem cerca de 800 CD4 normalmente então se
vc perde 50/ano, vai chegar em 200 cels entre 8 a 10 anos de infecção, que
é qdo vai começar a ter as dças oportunistas, por isso do tempo pra ser
sintomatico. E tem os progressores de longo termo que tem HIV a um
tempão e o CD4, não cai. Não conseguimos explicar exatamente o o q
acontece para essa diferença de evolução, mas é basicamente o sistema
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imunológico. Em idosos, a gente vê mto isso, em menos de 5 anos já esta fzendo dça oportunista, pq provavelmente
já ta com o sist imunológico mais debilitado, logo a queda de CD4 é mais acentuada.

Consulta inicial – CTA (paciente SUS tds tem q encaminhar p o centro de referencia CTA)

Paciente chegou com uma sorologia de HIV tem que pedir:

 CD4/CD8, pra ter noção de como q tá a contagem de ly

 PCR DNA HIV, pra saber o qto ta multiplicando

 Pesquisar Outras Sorologias (Toxo, EBV, CMV, VDRL)- toxo, pq ele tem risco de fazer uma neurotoxo no
futuro, EBV- chance de fazer alguns linfomas relacionados a mononucleose, CMV - pq ele tem chance de
fazer citomegaloviroses em uma imunossupressão grave, e pplmt siflis. Lembrar q o HIV é muito relacionado
com siflis e TB, então fazendo o diagnostico de uma delas deve se pesquisar a outra e vice-versa, assim: HIV
 síflis // HIV  TB. Se vcs so puderem pedir 2 exames pra um paciente HIV, peça uma siflis e uma TB, pq é
muito comum vc ter essas doenças associadas ao HIV.

 Screening para outras doenças infecciosas (anamese) – Tuberculose, aqui no nosso meio tem que
procurar paracoco, histoplasmose, dças endemicas

 Orientar uso de preservativo

 Sorologia do parceiro/a

Indicações de Tratamento com TARV

Antigamente esperávamos o CD4 cair pra começar a tratar o pcte, hoje em dia a gente não espera mais isso. Qto
mais precoce o tto, melhor o prognóstico do pcte. Existem 2 estudos que comprovaram, que os efeitos colaterais que
os antirretrovirais causam (lipodistrofia, alteração cardíaca, renal, óssea..), não contraindicam o uso precoce
desses(o medo que se tinha antigamente era desses efeitos ocorrerem antes do “necessario” sem benefícios
significativos), visto que a qualidade de vida dos que usaram TARV antes da queda de CD4 foi melhor do que nos
que se esperou cair para tratar. Desde 2012, existe o SEAM treat**, que estabelece que a partir do momento que vc
descobrisse HIV, vc deveria entrar com a medicação, independente da contagem de CD4 desse paciente. Aqui isso
chegou o ano passado, então tbm estamos autorizados a fazer isso. Mas o pcte pode não querer tomar o remédio, é
um direito dele e é um dever seu de fazer ele mudar de idéia. Mesmo assim, enquanto ele não mudar de idéia,
existem alguns momentos que é OBRIGATÓRIO entrar com a medicação. Então algumas situações em que se
DEVE entrar com a medicação:

- Manifestações atribuídas diretamente ao HIV: (independente do n° de CD4)

• Nefropatia associada ao HIV (prot + hipoalb sem causa outra)

• Alteração neurológica associada ao HIV (cognição, demência)

• Cardiomiopatia associada ao HIV

(**O que ajudou muito o SEAM treat foi a meta da OMS 90,90,90  90% diagnosticados, 90% em tratamento e 90%
indetectáveis, com isso se consegue diminuir a transmissão de novos casos. Foi demonstrado que pcte com carga
viral indetectável não transmite HIV.)
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Pacientes sintomáticos
- Qualquer doença oportunista
critérios Rio- Caracas
(independente de CD4) 
* CA de colo de útero, mulheres
HIV positivo com câncer de colo de
útero tem q começar a tratar o HIV,
na vdd qlqr câncer, senão não
responde a terapia pro CA.
Lembrar que CA de colo de útero é
dça definidora de AIDS em
mulheres, msmo que o CD4 estiver
em 900. Isso é pegadinha de prova
de residência e vive caindo!

O paciente tbm pode apresentar essas situações.


Quando o paciente apresenta alguma dessas
condições ao lado, que chamamos de sintomas
menores, sem nada que explique, tem que
pesquisar HIV.

Esses NÃO são definidores de AIDS. AIDS se


configura quando vc tem uma doença definidora.
CD4 Abaixo de 200 tbm define AIDS.

Recomendado tratamento (OBRIGATÓRIO, como os anteriores e os seguintes – “enfiar goela abaixo”)

 LT CD4 abaixo de 500 cel/mm3

 LT CD4 acima de 500 cel/mm3 se co-infecção com hepatite B

Considerar tratamento

LTCD4 acima de 500 e:

 Doença cardiovascular:

 Escore de Framingham acima de 20% (significa risco médio para homens ou mulheres 9 e 15
pontos respectivamente)

 Neoplasia (não definidora de AIDS) com necessidade de tratamento

Definir tratamento precoce


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 Hepatite C:

 < 500 de CD4 avaliar TARV antes do tto (para melhorar CD4) A gente smp trata com TARV pcte q
vai tratar hepatite C, pq o tratamento da hepatite C, no caso dos interferons, pode causar uma
imunossupressão, sangramentos, anemia. Então a gente smp tenta deixar o pcte mais redondinho
pra começar o tto de hep., diminuindo efeitos colaterais.

 > 500 de CD4 avaliar tto antes da TARV (menos efeitos cruzados). Ela se confundiu super nessa
parte, o que deu pra entender é que se o nivel de ly esta razoável, é melhor entrar com o tto da hep.
C primeiro, pra dps entrar com a TARV, isso pra diminuir a soma/ou o aparecimento de novos ef.
colaterais. Se quiserem ouvir e fzer suas interpretações +- 00:59min

 Carga viral acima de 100.000 cópias: pq o risco de transmissão dele é mt alto “td acima de 100.000 é ruim
igual, abaixo é menos ruim”

 Avaliação precoce de CD4 por maior risco de queda progressiva

Outras indicações de TARV (td OBRIGATÓRIO) Independente de CD4

 Gestantes durante o período gestacional, a partir da 12ª semana para as que nunca trataram. Mesmo
se a pcte estiver em uma fase de carga viral mt baixinha, ou até indetectável, sem tto (lembra lá do gráfico,
que fica intermitente!?), tem que tratar, pq ela pode fazer um pico e transmitir pro bb. Pcte que já faz o tto e
resolveu engravidar, a gente continua o tto. Gestante é obrigatório tratar independente da condição
imunológica ou virologica.

 Parceiros soro discordantes: maior risco de transmissão, informação sobre riscos e benefícios. Tratar
pra diminuir o risco de transmissão. Lembrar da meta 90, 90, 90 da OMS

Quadro resumo

Situação O que fazer? Observação

Sintomáticos (qualquer CD4) Tratar

Assintomáticos

CD4 abaixo de 500 células Iniciar tratamento

CD4 acima de 500 células Tratar Se Hepatite B que necessite tratamento

Se neoplasias ou outras condições que


necessitem tratamento imunossupressor
CD4 acima de 500 células Considerar tratamento
Se pacientes com alto risco cardiovascular

Paciente HIV positivo com parceira (o) Indicar tratamento, Para diminuir o risco de transmissão para o
negativo (a) independente do CD4 parceiro (a)

Indicar tratamento a partir da


Gestantes Diminui o risco de transmissão materno infantil
12ª semana

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