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Universidade de Pernambuco

UPE
Assistente Administrativo
Portaria Conjunta SAD/UPE nº 045, de 14 de Junho de 2017

JH055-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Universidade de Pernambuco - UPE

Cargo: Assistente Administrativo

(Baseado na Portaria Conjunta SAD/UPE nº 045, de 14 de Junho de 2017)

• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira

Capa
Natália Maio

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Compreensão e interpretação de textos; ................................................................................................................................................................01


Tipologia Textual; ...............................................................................................................................................................................................................07
Ortografia oficial; ................................................................................................................................................................................................................22
Acentuação gráfica; ...........................................................................................................................................................................................................26
Emprego das classes de palavras; ...............................................................................................................................................................................30
Emprego do sinal indicativo de crase; ......................................................................................................................................................................67
Sintaxe da oração e do período;...................................................................................................................................................................................73
Pontuação; .............................................................................................................................................................................................................................83
Concordância nominal e verbal; ..................................................................................................................................................................................87
Regência nominal e verbal; ............................................................................................................................................................................................92
Significação das palavras; ...............................................................................................................................................................................................98
Redação de correspondências oficiais.................................................................................................................................................................... 104

Raciocínio Lógico

Compreensão de estruturas lógicas; .........................................................................................................................................................................01


Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões; ..............................................................................................11
Diagramas lógicos; ............................................................................................................................................................................................................16
Princípios da contagem e probabilidade..................................................................................................................................................................24

Conhecimentos Específicos

1. Lei nº 9.784, de 29/01/1999;......................................................................................................................................................................................01


2. Redação oficial (Manual da Presidência da República);.................................................................................................................................06
2. Noções de arquivologia – Fundamentos e princípios arquivísticos. Classificação dos documentos. Protocolo, registro,
tramitação, expedição, arquivamento. Noções de conservação e preservação de acervos documentais..................................28
3. Comunicação Interpessoal: barreiras, uso construtivo, comunicação formal e informal...............................................................47
4. Gestão de Pessoas: conceitos, avaliação de desempenho, trabalho em equipe, motivação, liderança e gerenciamento de
conflitos...................................................................................................................................................................................................................................65
5. Noções de Informática: Noções básicas de sistemas operacionais;........................................................................................................71
6. Sistema operacional MS Windows;........................................................................................................................................................................71
7. Pacote de aplicativos MS Office (Word, Excel);.................................................................................................................................................71
8. Serviço de Internet (conceitos básicos, correio eletrônico, navegação, acesso remoto, transferência de arquivos,
busca).........................................................................................................................................................................................................71
9. Conceitos e comandos de editor de textos........................................................................................................................................................71
10. Conceitos e comandos de planilha eletrônica;...............................................................................................................................................71
LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão e interpretação de textos; ................................................................................................................................................................01


Tipologia Textual; ...............................................................................................................................................................................................................07
Ortografia oficial; ................................................................................................................................................................................................................22
Acentuação gráfica; ...........................................................................................................................................................................................................26
Emprego das classes de palavras; ...............................................................................................................................................................................30
Emprego do sinal indicativo de crase; ......................................................................................................................................................................67
Sintaxe da oração e do período;...................................................................................................................................................................................73
Pontuação; .............................................................................................................................................................................................................................83
Concordância nominal e verbal; ..................................................................................................................................................................................87
Regência nominal e verbal; ............................................................................................................................................................................................92
Significação das palavras; ...............................................................................................................................................................................................98
Redação de correspondências oficiais.................................................................................................................................................................... 104
LÍNGUA PORTUGUESA

- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE texto) e semântico;
TEXTOS; Observação – na semântica (significado das palavras)
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi- - Capacidade de observação e de síntese e
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, - Capacidade de raciocínio.
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder às questões relacionadas a textos. Interpretar X compreender

Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- Interpretar significa


nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - Através do texto, infere-se que...
e decodificar ). - É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- Compreender significa
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que está escrito.
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma - o texto diz que...
frase for retirada de seu contexto original e analisada se- - é sugerido pelo autor que...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
inicial.
ção...
- o narrador afirma...
Intertexto - comumente, os textos apresentam referên-
cias diretas ou indiretas a outros autores através de cita-
Erros de interpretação
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
na prova.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais entendimento do tema desenvolvido.
de uma argumentação, de um processo, de uma época
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais - Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
definem o tempo). trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
cadas e, consequentemente, errando a questão.
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou
de diferenças entre as situações do texto. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
uma realidade, opinando a respeito. que o autor diz e nada mais.

- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
dárias em um só parágrafo. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
Condições básicas para interpretar me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
vai dizer e o que já foi dito.
Fazem-se necessários: OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros -a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
literários, estrutura do texto), leitura e prática; do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do

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LÍNGUA PORTUGUESA

verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra,
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando
cedente. pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de
Os pronomes relativos são muito importantes na in- quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
a saber:
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
te, mas depende das condições da frase. reduzido no qual o menino detém sua atenção é
- qual (neutro) idem ao anterior. (A) fresta.
- quem (pessoa) (B) marca.
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois (C) alma.
o objeto possuído. (D) solidão.
- como (modo) (E) penumbra.
- onde (lugar)
quando (tempo) Texto para a questão 2:
quanto (montante)
DA DISCRIÇÃO
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto) Mário Quintana
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
Não te abras com teu amigo
aparecer o demonstrativo O ). Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Dicas para melhorar a interpretação de textos Possui amigos também...
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto; 2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o
a leitura; poema, é correto afirmar que
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade
pelo menos duas vezes; é algo ruim.
- Inferir; (B) amigo que não guarda segredos não merece res-
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; peito.
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
amigos.
autor; (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor (E) entre amigos, não devem existir segredos.
compreensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SE-
questão; CRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITEN-
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. CIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à
questão.
Fonte:
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- Casamento
gues/como-interpretar-textos
Há mulheres que dizem:
QUESTÕES Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
- ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, conside- É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
re o texto abaixo. de vez em quando os cotovelos se esbarram,
A marca da solidão ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de e faz o gesto com a mão.
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma ten- atravessa a cozinha como um rio profundo.
da de penumbra na tarde quente. Por fim, os peixes na travessa,

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LÍNGUA PORTUGUESA

vamos dormir. 6-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS-


Coisas prateadas espocam: TRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura,
somos noivo e noiva. com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte
(Adélia Prado, Poesia Reunida) de São Paulo.”
Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que,
A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não a) vigilantes.
gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham b) carga.
difícil limpar os peixes. c) viatura.
(B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres d) foi.
que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os e) desviada.
esbarrões de cotovelos na cozinha.
(C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozi- 7-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
nhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
peixes. — Carta para o 9.326!!!
(D) as mulheres que amam valorizam os momentos Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta
mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada. está em
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, branco, e um outro pergunta:
para limpar, abrir e salgar o peixe. — Quem te mandou essa carta?
— Minha irmã.
4-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- — Mas por que não está escrito nada?
PE/2012) — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falan-
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a do!
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mun- adaptações).
do, que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa.
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto
É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
acima decorre
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação
A) da identificação numérica atribuída ao louco.
do mundo.
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
carta no hospício.
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
a carta.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran-
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex- co.
tual “O riso”. E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
(...) CERTO ( ) ERRADO
8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
5-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que — Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, — O senhor tem hora?
surge uma explicação oficial satisfatória para o corte abrup- O sujeito olha para o relógio e diz:
to e generalizado de energia no final de 2009. — Sim. São duas e meia.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé- — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es- — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não
tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de me paga o aluguel do consultório...
900 km que separam Itaipu de São Paulo. Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de adaptações).
investimentos e também erros operacionais conspiraram
para produzir a mais séria falha do sistema de geração e No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
distribuição de energia do país desde o traumático racio- homem para saber se ele
namento de 2001. A) verificou o horário de chegada e está sob os cuida-
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta- dos do dr. Pedro.
ções). B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o paga-
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas mento do aluguel.
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. C) tem relógio e sabe esperar.
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 D) marcou consulta e está calmo.
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cui-
(...) CERTO ( ) ERRADO dados do dr. Pedro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC-
FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa
questões de números 09 a 12 referem-se ao texto abaixo. claro que
Liderança é uma palavra frequentemente associada a (A) a importância do líder baseia-se na valorização de
feitos e realizações de grandes personagens da história todo o grupo em torno da realização de um objetivo co-
e da vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em mum.
que algumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga-
o dom de transformar-se em grandes líderes, capazes de nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta
influenciar outras e, assim, obter e manter o poder. ou objetivo.
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a (C) pode não haver condições de liderança em algumas
maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas
desenvolver consideravelmente as suas capacidades de li- para cada um de seus membros.
derança. (D) a liderança é um dom que independe da participa-
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de
que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu con- trabalho.
junto, formam uma pessoa incomum”. De fato, são neces-
sárias algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas 11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
tanto através das experiências da vida, quanto da formação CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da
voltada para essa finalidade. liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo)
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; No contexto, inter-relação significa
envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessida- (A) o respeito que os membros de uma equipe devem
des para serem atendidas ou objetivos para serem alcança- demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por
dos, que requerem a interação cooperativa dos membros resultarem em benefício de todo o grupo.
envolvidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um
pode-se ter a mente e/ou o comportamento influenciado grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos-
por um escritor ou por um líder religioso que nunca se viu tos pela organização a que prestam serviço.
ou que viveu noutra época. [...] (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com
do poder de influência do líder, implica dizer que parte os de menor capacidade.
desse poder encontra-se no próprio grupo. É nessa pre- (D) a criação de interesses mútuos entre membros de
missa que se fundamenta a maioria das teorias contempo- uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
râneas sobre liderança. çadas por todos.
Daí definirem liderança como a arte de usar o poder
que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para 12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe
humana possível. [...] proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na (A) a presença física de um líder natural é fundamen-
Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais tal para que seus ensinamentos possam ser divulgados e
Macedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secre- aceitos.
taria de Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem-
290 e 292, com adaptações) pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de
autores diversos.
09-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo,
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre
texto, liderança aquele que influencia e aquele que é influenciado.
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião
tarefas em seu ambiente de trabalho. mais propícia.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes 13-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
feitos e se tornaram poderosos através deles. FGV PROJETOS/2010)
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até Painel do leitor (Carta do leitor)
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da-
queles que constituem a equipe de trabalho. Resgate no Chile
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes- de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no
soais. fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Um a um os mineiros soterrados foram içados com su- 15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
cesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumpri- – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
mentando seus companheiros de trabalho. Não se pode que, assim como seus amigos, a autora viaja para
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Uni- (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
dos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de sal- (B) escapar do lugar em que está.
vamento, num gesto humanitário que só enobrece esses (C) reencontrar familiares queridos.
países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” (D) praticar esportes radicais.
que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram (E) dedicar-se ao trabalho.
na mina para ajudar no salvamento.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- 16-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde,
nel do leitor – 17/10/2010) “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como
um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- para um lugar
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor (A) repulsivo e populoso.
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem (B) sombrio e desabitado.
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (C) comercial e movimentado.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (D) bucólico e sossegado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (E) opressivo e agitado.
mina de cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” 17) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL-
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão.
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
ceram na mina...”
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO –
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
questões de números 14 a 16.

Férias na Ilha do Nanja

Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as


malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tem-
po faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras sol-
tas, fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1.
entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...
Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.)
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da con-
tramão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunis-
viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação ta mineiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar
da própria vida. que o tema apresentado é
E eu vou para a Ilha do Nanja. (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio (C) a comunicação e sua importância na vida das pes-
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já soas.
estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, (D) a massificação do pensamento na sociedade mo-
e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de derna.
outra ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. RESOLUÇÃO
Adaptado)
1-)
*fissuras: fendas, rachaduras Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
14-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA- do cabe numa fresta.
LHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descre-
ver a maneira como se preparam para suas férias, a autora RESPOSTA: “A”.
mostra que seus amigos estão 2-)
(A) serenos. Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informa-
(B) descuidados. ção contida na alternativa: revelar segredos para o amigo
(C) apreensivos. pode ser arriscado.
(D) indiferentes.
(E) relaxados. RESPOSTA: “D”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) 10-)
Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a au- O texto deixa claro que a importância do líder baseia-
tora narra um momento simples, mas que é prazeroso ao se na valorização de todo o grupo em torno da realização
casal. de um objetivo comum.

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “A”.

4-) 11-)
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie- Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
RESPOSTA: “CERTO”.
alcançadas por todos”.
5-)
RESPOSTA: “D”.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- 12-)
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); influencia e aquele que é influenciado.
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício). RESPOSTA: “C”.

RESPOSTA: “CERTO’. 13-)


Em todas as alternativas há expressões que represen-
6-) tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Tra- enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
ta-se da figura de linguagem (de construção ou sintaxe)
“zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado RESPOSTA: “B”.
anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é ci-
tado, mas facilmente identificado). No enunciado temos a 14-)
narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
abandonada. fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
RESPOSTA: “D”. nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
7-) RESPOSTA: “C”.
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah,
15-)
porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
RESPOSTA: “D”. da própria autora!

8-) RESPOSTA: “B”.


“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se
o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele 16-)
marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro. Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.

RESPOSTA: “E”. RESPOSTA: “D”.


9-) 17-)
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de
necessidades para serem atendidas ou objetivos para se- RESPOSTA: “A”.
rem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos
membros envolvidos = equipe

RESPOSTA: “C”.

6
LÍNGUA PORTUGUESA

pois é um tipo de texto que propõe a reflexão, o debate


TIPOLOGIA TEXTUAL; de ideias. A linguagem explorada é a denotativa, embora o
uso da conotação possa marcar um estilo pessoal. A obje-
tividade é um fator importante, pois dá ao texto um valor
universal, por isso geralmente o enunciador não aparece
TIPOLOGIA TEXTUAL porque o mais importante é o assunto em questão e não
quem fala dele. A ausência do emissor é importante para
Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. As que a ideia defendida torne algo partilhado entre muitas
únicas tipologias existentes são: narração, descrição, dis- pessoas, sendo admitido o emprego da 1ª pessoa do plural
sertação ou exposição, informação e injunção. É importan- - nós, pois esse não descaracteriza o discurso dissertativo.
te que não se confunda tipo textual com gênero textual. - expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa;
- é um tipo de texto argumentativo.
Texto Narrativo - tipo textual em que se conta fatos que - defesa de um argumento: apresentação de uma tese
ocorreram num determinado tempo e lugar, envolvendo que será defendida; desenvolvimento ou argumentação;
fechamento;
personagens e um narrador. Refere-se a objeto do mun-
- predomínio da linguagem objetiva;
do real ou fictício. Possui uma relação de anterioridade e
- prevalece a denotação.
posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
- expõe um fato, relaciona mudanças de situação, Texto Argumentativo - esse texto tem a função de per-
aponta antes, durante e depois dos acontecimentos (ge- suadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma ideia impos-
ralmente); ta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos
- é um tipo de texto sequencial; e cartas abertas, e quando também mostra fatos para em-
- relato de fatos; basar a argumentação, se torna um texto dissertativo-ar-
- presença de narrador, personagens, enredo, cenário, gumentativo.
tempo;
- apresentação de um conflito; Texto Injuntivo/Instrucional - indica como realizar uma
- uso de verbos de ação; ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
- geralmente, é mesclada de descrições; comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os
- o diálogo direto é frequente. verbos são, na sua maioria, empregados no modo impera-
tivo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do
Texto Descritivo - um texto em que se faz um retrato futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do
por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio,
objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção convenções, regras e eventos.
é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abor-
dagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou Narração
sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterio-
ridade. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da A Narração é um tipo de texto que relata uma história
personagem a que o texto refere. Nessa espécie textual as real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto
coisas acontecem ao mesmo tempo. narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo
- expõe características dos seres ou das coisas, apre- e em um espaço, organizados por uma narração feita por
senta uma visão; um narrador. É uma série de fatos situados em um espa-
ço e no tempo, tendo mudança de um estado para outro,
- é um tipo de texto figurativo;
segundo relações de sequencialidade e causalidade, e não
- retrato de pessoas, ambientes, objetos;
simultâneos como na descrição. Expressa as relações entre
- predomínio de atributos;
os indivíduos, os conflitos e as ligações afetivas entre es-
- uso de verbos de ligação; ses indivíduos e o mundo, utilizando situações que contêm
- frequente emprego de metáforas, comparações e essa vivência.
outras figuras de linguagem; Todas as vezes que uma história é contada (é narrada),
- tem como resultado a imagem física ou psicológica. o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e
com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narra-
Texto Dissertativo - a dissertação é um texto que anali- ção predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de
sa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo ações; assim sendo, a maioria dos verbos que compõem
textual requer reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a esse tipo de texto são os verbos de ação. O conjunto de
postura crítica em relação ao que se discute têm grande ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história
importância. O texto dissertativo é temático, pois trata de que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de en-
análises e interpretações; o tempo explorado é o presente redo.
no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução As ações contidas no texto narrativo são praticadas pe-
onde o assunto a ser discutido é apresentado, seguido por las personagens, que são justamente as pessoas envolvidas
uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do au- no episódio que está sendo contado. As personagens são
tor sobre o assunto em evidência. Nesse tipo de texto a identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substan-
expressão das ideias, valores, crenças são claras, evidentes, tivos próprios.

7
LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mes- uma relação de implicação mútua entre eles, para garantir
mo sem querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar) coerência e verossimilhança à história narrada. Quanto aos
as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O elementos da narrativa, esses não estão, obrigatoriamente
lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espa- sempre presentes no discurso, exceto as personagens ou o
ço, representado no texto pelos advérbios de lugar. fato a ser narrado.
Além de contar onde, o narrador também pode es-
clarecer “quando” ocorreram as ações da história. Esse Exemplo:
elemento da narrativa é o tempo, representado no texto
narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente Porquinho-da-índia
pelos advérbios de tempo. É o tempo que ordena as ações
no texto narrativo: é ele que indica ao leitor “como” o fato Quando eu tinha seis anos
narrado aconteceu. Ganhei um porquinho-da-índía.
A história contada, por isso, passa por uma introdução Que dor de coração me dava
(parte inicial da história, também chamada de prólogo), Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
pelo desenvolvimento do enredo (é a história propriamen- Levava ele pra sala
te dita, o meio, o “miolo” da narrativa, também chamada Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
de trama) e termina com a conclusão da história (é o final Ele não gostava:
ou epílogo). Aquele que conta a história é o narrador, que Queria era estar debaixo do fogão.
pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu...) ou impessoal Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
(narra em 3ª pessoa: Ele...). - O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira na-
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por ver- morada.
bos de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de
lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. 4ª ed.
que são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que Rio de Janeiro, José Olympio, 1973, pág. 110.
fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma
rede: a própria história contada. Observe que, no texto acima, há um conjunto de trans-
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que formações de situação: ganhar um porquinho-da-índia é
conta a história. passar da situação de não ter o animalzinho para a de tê
-lo; levá-lo para a sala ou para outros lugares é passar da
Elementos Estruturais (I): situação de ele estar debaixo do fogão para a de estar em
outros lugares; ele não gostava: “queria era estar debai-
- Enredo: desenrolar dos acontecimentos. xo do fogão” implica a volta à situação anterior; “não fazia
- Personagens: são seres que se movimentam, se re- caso nenhum das minhas ternurinhas” dá a entender que
lacionam e dão lugar à trama que se estabelece na ação. o menino passava de uma situação de não ser terno com
Revelam-se por meio de características físicas ou psicológi- o animalzinho para uma situação de ser; no último verso
cas. Os personagens podem ser lineares (previsíveis), com- tem-se a passagem da situação de não ter namorada para
plexos, tipos sociais (trabalhador, estudante, burguês etc.) a de ter.
ou tipos humanos (o medroso, o tímido, o avarento etc.), Verifica-se, pois, que nesse texto há um grande con-
heróis ou anti-heróis, protagonistas ou antagonistas. junto de mudanças de situação. É isso que define o que se
- Narrador: é quem conta a história. chama o componente narrativo do texto, ou seja, narrativa
- Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico. é uma mudança de estado pela ação de alguma persona-
- Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: gem, é uma transformação de situação. Mesmo que essa
o tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o personagem não apareça no texto, ela está logicamente
tempo interior, subjetivo. implícita. Assim, por exemplo, se o menino ganhou um
porquinho-da-índia, é porque alguém lhe deu o animalzi-
Elementos Estruturais (II): nho. Assim, há basicamente, dois tipos de mudança: aquele
em que alguém recebe alguma coisa (o menino passou a
Personagens - Quem? Protagonista/Antagonista ter o porquinho-da índia) e aquele alguém perde alguma
Acontecimento - O quê? Fato coisa (o porquinho perdia, a cada vez que o menino o le-
Tempo - Quando? Época em que ocorreu o fato vava para outro lugar, o espaço confortável de debaixo do
Espaço - Onde? Lugar onde ocorreu o fato fogão). Assim, temos dois tipos de narrativas: de aquisição
Modo - Como? De que forma ocorreu o fato e de privação.
Causa - Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato
Resultado - previsível ou imprevisível. Existem três tipos de foco narrativo:
Final - Fechado ou Aberto.
- Narrador-personagem: é aquele que conta a história
Esses elementos estruturais combinam-se e articulam- na qual é participante. Nesse caso ele é narrador e persona-
se de tal forma, que não é possível compreendê-los iso- gem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa.
ladamente, como simples exemplos de uma narração. Há - Narrador-observador: é aquele que conta a história

8
LÍNGUA PORTUGUESA

como alguém que observa tudo que acontece e transmite (...)


ao leitor, a história é contada em 3ª pessoa. Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enre- dele. Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não no víamos
do e as personagens, revelando seus pensamentos e sen- desde muito tempo. (...)
timentos íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório
vezes, aparece misturada com pensamentos dos persona- na matança dos leitões e no tiramento dos assados com
gens (discurso indireto livre). couro.
(J. Simões Lopes Neto – Contrabandista)
Estrutura:
- Em 3ª pessoa:
- Apresentação: é a parte do texto em que são apre-
sentados alguns personagens e expostas algumas circuns- Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira
tâncias da história, como o momento e o lugar onde a ação pessoa. Exemplo:
se desenvolverá.
- Complicação: é a parte do texto em que se inicia pro- “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fan-
priamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, tasiaram de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E
conduzindo ao clímax. saiu à rua com ar menos carnavalesco deste mundo, mor-
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge rendo de vergonha da malha de cetim, das asas e das an-
seu momento crítico, tornando o desfecho inevitável. tenas e, mais ainda, da cara à mostra, sem máscara piedosa
- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas para disfarçar o sentimento impreciso de ridículo.”
ações dos personagens. (Ilka Laurito. Sal do Lírico)
Tipos de Personagens: Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história
como sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo:
Os personagens têm muita importância na constru-
ção de um texto narrativo, são elementos vitais. Podem
Festa
ser principais ou secundários, conforme o papel que de-
sempenham no enredo, podem ser apresentados direta ou
Atrás do balcão, o rapaz de cabeça pelada e avental
indiretamente.
olha o crioulão de roupa limpa e remendada, acompanha-
A apresentação direta acontece quando o personagem
do de dois meninos de tênis branco, um mais velho e outro
aparece de forma clara no texto, retratando suas caracterís-
ticas físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se mais novo, mas ambos com menos de dez anos.
dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor Os três atravessam o salão, cuidadosamente, mas reso-
vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, lutamente, e se dirigem para o cômodo dos fundos, onde
ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do há seis mesas desertas.
modo como vai fazendo. O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. O
homem pergunta em quanto fica uma cerveja, dois guara-
- Em 1ª pessoa: nás e dois pãezinhos.
__ Duzentos e vinte.
Personagem Principal: há um “eu” participante que O preto concentra-se, aritmético, e confirma o pedido.
conta a história e é o protagonista. Exemplo: __Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz.
__ Como?
“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bam- __ Passar o pão no molho da almôndega. Fica muito
bas, o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. mais gostoso.
Não me atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vi- O homem olha para os meninos.
zinho. Comecei a andar de um lado para outro, estacando __ O preço é o mesmo – informa o rapaz.
para amparar-me, e andava outra vez e estacava.” __ Está certo.
(Machado de Assis. Dom Casmurro) Os três sentam-se numa das mesas, de forma canhes-
tra, como se o estivessem fazendo pela primeira vez na
Observador: é como se dissesse: É verdade, pode acre- vida.
ditar, eu estava lá e vi. Exemplo: O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e,
em seguida, num pratinho, os dois pães com meia almôn-
“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre dega cada um. O homem e (mais do que ele) os meninos
teso do Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de olham para dentro dos pães, enquanto o rapaz cúmplice
contrabandista que fez cancha nos banhados do Ibirocaí. se retira.
Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene
cruzar os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado o copo de cerveja até a boca, depois cada um prova o seu
da Lua, na escuridão das noites, na cerração das madru- guaraná e morde o primeiro bocado do pão.
gadas...; ainda que chovesse reiúnos acolherados ou que O homem toma a cerveja em pequenos goles, obser-
ventasse como por alma de padre, nunca errou vau, nunca vando criteriosamente o menino mais velho e o menino
perdeu atalho, nunca desandou cruzada!... mais novo absorvidos com o sanduíche e a bebida.

9
LÍNGUA PORTUGUESA

Eles não têm pressa. O grande homem e seus dois me- __ Olho vivo – como dizia Paraná.
ninos. E permanecem para sempre, humanos e indestrutí- Devagar, muita atenção nos autos, na travessia das
veis, sentados naquela mesa. ruas. Ele ia pelas beiradas. Quando em quando, assomava
(Wander Piroli) um guarda nas esquinas. O seu coraçãozinho se apertava.
Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma
Tipos de Discurso: mulher. Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali, à
noite. Pelo jardim, pelos escuros da Alameda Cleveland. Ela
Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamen- lhe deu, ele seguiu. Ignorava a exatidão de seus cálculos,
te para o personagem, sem a sua interferência. Exemplo: mas provavelmente faltava mais ou menos uma hora para
chegar em casa. Os bondes passavam.
Caso de Desquite
(João Antônio – Malagueta, Perus e Bacanaço)
__ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala
boca). Veja, doutor, este velho caducando. Bisavô, um neto do personagem e a fala do narrador. É um recurso relati-
casado. Agora com mania de mulher. Todo velho é sem- vamente recente. Surgiu com romancistas inovadores do
vergonha. século XX. Exemplo:
__ Dobre a língua, mulher. O hominho é muito bom. Só
não me pise, fico uma jararaca. A Morte da Porta-Estandarte
__ Se quer sair de casa, doutor, pague uma pensão.
__ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por um, está Que ninguém o incomode agora. Larguem os seus bra-
bom? Ela não contribuiu com nada, doutor. Só deu de ma- ços. Rosinha está dormindo. Não acordem Rosinha. Não é
mar no primeiro mês. preciso segurá-lo, que ele não está bêbado... O céu baixou,
__Você desempregado, quem é que fazia roça? se abriu... Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não
__ Isso naquele tempo. O hominho aqui se espalhava. sai. Tenham paciência... Largar Rosinha ali, ele não larga
Fui jogado na estrada, doutor. Desde onze anos estou no não... Não! E esses tambores? Ui! Que venham... É guer-
mundo sem ninguém por mim. O céu lá em cima, noite e ra... ele vai se espalhar... Por que não está malhando em
dia o hominho aqui na carroça. Sempre o mais sacrificado, sua cabeça?... (...) Ele vai tirar Rosinha da cama... Ele está
está bom? dormindo, Rosinha... Fugir com ela, para o fundo do País...
__ Se ficar doente, Severino, quem é que o atende?
Abraçá-la no alto de uma colina...
__ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém
(Aníbal Machado)
morre só. Sempre tem um cristão que enterra o pobre.
__ Na sua idade, sem os cuidados de uma mulher...
__ Eu arranjo. Sequência Narrativa:
__ Só a troco de dinheiro elas querem você. Agora tem
dois cavalos. A carroça e os dois cavalos, o que há de me- Uma narrativa não tem uma única mudança, mas vá-
lhor. Vai me deixar sem nada? rias: uma coordena-se a outra, uma implica a outra, uma
__ Você tinha amula e a potranca. A mula vendeu e a subordina-se a outra.
potranca, deixou morrer. Tenho culpa? Só quero paz, um A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:
prato de comida e roupa lavada. - uma em que uma personagem passa a ter um que-
__ Para onde foi a lavadeira? rer ou um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer
__ Quem? algo);
__ A mulata. - uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma
(...) competência para fazer algo);
(Dalton Trevisan – A guerra Conjugal) - uma em que a personagem executa aquilo que queria
ou devia fazer (é a mudança principal da narrativa);
Discurso Indireto: o narrador conta o que o persona- - uma em que se constata que uma transformação se
gem diz, sem lhe passar diretamente a palavra. Exemplo: deu e em que se podem atribuir prêmios ou castigos às
personagens (geralmente os prêmios são para os bons, e
Frio
os castigos, para os maus).
O menino tinha só dez anos.
Quase meia hora andando. No começo pensou num Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
bonde. Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem fei- pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata
to que trazia, afastou a idéia como se estivesse fazendo a realização de uma mudança é porque ela se verificou, e
uma coisa errada. (Nos bondes, àquela hora da noite, po- ela efetua-se porque quem a realiza pode, sabe, quer ou
deriam roubá-lo, sem que percebesse; e depois?... Que é deve fazê-la. Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um
que diria a Paraná?) apartamento: quando se assina a escritura, realiza-se o ato
Andando. Paraná mandara-lhe não ficar observando as de compra; para isso, é necessário poder (ter dinheiro) e
vitrines, os prédios, as coisas. Como fazia nos dias comuns. querer ou dever comprar (respectivamente, querer deixar
Ia firme e esforçando-se para não pensar em nada, nem de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido
olhar muito para nada. despejado, por exemplo).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Algumas mudanças são necessárias para que outras se Caracterização Formal:


deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar
um bambu ou outro instrumento para derrubá-la. Para ter Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspec-
um carro, é preciso antes conseguir o dinheiro. to narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetivi-
dade, porquanto a criação e o colorido do contexto estão
em função da individualidade e do estilo do narrador. De-
Narrativa e Narração pendendo do enfoque do redator, a narração terá diver-
sas abordagens. Assim é de grande importância saber se
Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narra- o relato é feito em primeira pessoa ou terceira pessoa. No
tividade é um componente narrativo que pode existir em primeiro caso, há a participação do narrador; segundo, há
textos que não são narrações. A narrativa é a transforma- uma inferência do último através da onipresença e onis-
ção de situações. Por exemplo, quando se diz “Depois da ciência.
abolição, incentivou-se a imigração de europeus”, temos Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação
um texto dissertativo, que, no entanto, apresenta um com- dos acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, trans-
gredindo o aspecto linear e constituindo o que se deno-
ponente narrativo, pois contém uma mudança de situação:
mina “flashback”. O narrador que usa essa técnica (carac-
do não incentivo ao incentivo da imigração européia. terística comum no cinema moderno) demonstra maior
Se a narrativa está presente em quase todos os tipos criatividade e originalidade, podendo observar as ações
de texto, o que é narração? ziguezagueando no tempo e no espaço.
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três carac-
terísticas: Exemplo - Personagens
- é um conjunto de transformações de situação (o tex-
to de Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vi- “Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr.
Amâncio não viu a mulher chegar.
mos, preenche essa condição);
- Não quer que se carpa o quintal, moço?
- é um texto figurativo, isto é, opera com personagens Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face
e fatos concretos (o texto “Porquinho-da-índia” preenche escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa
também esse requisito); do passado, os olhos).”
- as mudanças relatadas estão organizadas de maneira
tal que, entre elas, existe sempre uma relação de anterio- (Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre:
ridade e posterioridade (no texto “Porquinho-da-índia” o Mercado Aberto, p. 5O)
fato de ganhar o animal é anterior ao de ele estar debai-
xo do fogão, que por sua vez é anterior ao de o menino Exemplo - Espaço
Considerarei longamente meu pequeno deserto, a re-
levá-lo para a sala, que por seu turno é anterior ao de o
dondeza escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco
porquinho-da-índia voltar ao fogão). de algum rio. Não havia, em todo o caso, como negar-lhe
a insipidez.”
Essa relação de anterioridade e posterioridade é sem- (Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Por-
pre pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequên- to Alegre: Movimento, 1981, p. 51)
cia linear da temporalidade apareça alterada. Assim, por
exemplo, no romance machadiano Memórias póstumas de Exemplo - Tempo
Brás Cubas, quando o narrador começa contando sua mor-
te para em seguida relatar sua vida, a sequência temporal “Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembra-
se: a mulher lhe pediu que a chamasse cedo.”
foi modificada. No entanto, o leitor reconstitui, ao longo (Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4)
da leitura, as relações de anterioridade e de posterioridade.
Resumindo: na narração, as três características expli- Tipologia da Narrativa Ficcional:
cadas acima (transformação de situações, figuratividade e
relações de anterioridade e posterioridade entre os episó- - Romance
dios relatados) devem estar presentes conjuntamente. Um - Conto
texto que tenha só uma ou duas dessas características não - Crônica
é uma narração. - Fábula
- Lenda
- Parábola
Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto - Anedota
narrativo: - Poema Épico

- Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o Tipologia da Narrativa Não-Ficcional:


que aconteceu, quando e onde.
- Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos - Memorialismo
personagens. - Notícias
- Desenvolvimento: detalhes do fato. - Relatos
- Conclusão: consequências do fato. - História da Civilização

11
LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação da Narrativa: escola é cronologicamente anterior a retirar-se dela; no ní-


vel do relato, porém, a ordem dessas duas ocorrências é
- visual: texto escrito; legendas + desenhos (história em indiferente: o que o escritor quer é explicitar uma caracte-
quadrinhos) e desenhos. rística do menino, e não traçar a cronologia de suas ações);
- auditiva: narrativas radiofonizadas; fitas gravadas e - ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-
discos. se), todas elas estão no pretérito imperfeito, que indica
- audiovisual: cinema; teatro e narrativas televisiona- concomitância em relação a um marco temporal instalado
das. no texto (no caso, o ano de 1840, em que o escritor fre-
quentava a escola da rua da Costa) e, portanto, não denota
Descrição nenhuma transformação de estado;
- se invertêssemos a sequência dos enunciados, não
É a representação com palavras de um objeto, lugar, correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológi-
situação ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais ca - poderíamos mesmo colocar o últímo período em pri-
particulares ou individuais do que se descreve. É qualquer meiro lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre
elemento que seja apreendido pelos sentidos e transfor- era mais severo com ele do que conosco. Entrava na escola
mado, com palavras, em imagens. Sempre que se expõe depois do pai e retirava-se antes...
com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma paisagem a
alguém, está fazendo uso da descrição. Não é necessário Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enun-
que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do obser- ciados pode ser invertida, está-se pensando apenas na
vador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa ordem cronológica, pois, como veremos adiante, a ordem
forma, o que será importante ser analisado para um, não em que os elementos são descritos produz determinados
será para outro. A vivência de quem descreve também in- efeitos de sentido.
fluencia na hora de transmitir a impressão alcançada sobre Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisa-
determinado objeto, pessoa, animal, cena, ambiente, emo- mos fazer certas modificações no texto, pois este contém
ção vivida ou sentimento. anafóricos (palavras que retomam o que foi dito antes,
como ele, os, aquele, etc. ou catafóricos (palavras que anun-
Exemplos:
ciam o que vai ser dito, como este, etc.), que podem perder
sua função e assim não ser compreendidos. Se tomarmos
(I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redon-
uma descrição como As flores manifestavam todo o seu
da. Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.
esplendor. O Sol fazia-as brilhar, ao invertermos a ordem
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores,
das frases, precisamos fazer algumas alterações, para que o
pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado
texto possa ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar.
pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha
Elas manifestavam todo o seu esplendor. Como, na versão
o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zu-
nido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, original, o pronome oblíquo as é um anafórico que retoma
grande demais.” flores, se alterarmos a ordem das frases ele perderá o sen-
(extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Lispec- tido. Por isso, precisamos mudar a palavra flores para a pri-
tor) meira frase e retomá-la com o anafórico elas na segunda.
Por todas essas características, diz-se que o fragmento
(II) Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, do conto de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas texto em que se expõem características de seres concretos
em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cin- (pessoas, objetos, situações, etc.) consideradas fora da re-
quenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fa- lação de anterioridade e de posterioridade.
zer logo com o cérebro. Reunia a isso grande medo ao pai.
Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava Características:
alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes.
O mestre era mais severo com ele do que conosco. - Ao fazer a descrição enumeramos características,
(Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. comparações e inúmeros elementos sensoriais;
São Paulo, Ática, 1974, págs. 31-32.) - As personagens podem ser caracterizadas física e psi-
cologicamente, ou pelas ações;
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do pro- - A descrição pode ser considerada um dos elementos
fessor da escola que o escritor frequentava. Deve-se notar: constitutivos da dissertação e da argumentação;
- que todas as frases expõem ocorrências simultâneas - É impossível separar narração de descrição;
(ao mesmo tempo que gastava duas horas para reter aqui- - O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes,
lo que os outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Rai- mas sim a capacidade de observação que deve revelar
mundo tinha grande medo ao pai); aquele que a realiza.
- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser - Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exem-
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto plo: “(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais ve-
de vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na lha pelo desenvolvimento das proporções. Grande, carnu-

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LÍNGUA PORTUGUESA

da, sanguínea e fogosa, era um desses exemplares exces- “Era o Sr. Lemos um velho de pequena estatura, não
sivos do sexo que parecem conformados expressamente muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês.
para esposas da multidão (...)” (Raul Pompéia – O Ateneu) Apesar de seu corpo rechonchudo, tinha certa vivacidade
- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz e ca-
não existe relação de anterioridade e posterioridade entre sava perfeitamente com os olhinhos de azougue.”
seus enunciados. (José de Alencar - Senhora)
- Devem-se evitar os verbos e, se isso não for possível,
que se usem então as formas nominais, o presente e o pre- - Uso de advérbios de localização espacial. Exemplo:
tério imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferên-
cia aos verbos que indiquem estado ou fenômeno. “Até os onze anos, eu morei numa casa, uma casa ve-
- Todavia deve predominar o emprego das compara- lha, e essa casa era assim: na frente, uma grade de ferro;
ções, dos adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido depois você entrava tinha um jardinzinho; no final tinha
ao texto. uma escadinha que devia ter uns cinco degraus; aí você
A característica fundamental de um texto descritivo é entrava na sala da frente; dali tinha um corredor comprido
essa inexistência de progressão temporal. Pode-se apre-
de onde saíam três portas; no final do corredor tinha a co-
sentar, numa descrição, até mesmo ação ou movimento,
zinha, depois tinha uma escadinha que ia dar no quintal e
desde que eles sejam sempre simultâneos, não indicando
atrás ainda tinha um galpão, que era o lugar da bagunça...”
progressão de uma situação anterior para outra posterior.
Tanto é que uma das marcas linguísticas da descrição é o (Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ)
predomínio de verbos no presente ou no pretérito imper-
feito do indicativo: o primeiro expressa concomitância em Recursos:
relação ao momento da fala; o segundo, em relação a um
marco temporal pretérito instalado no texto. - Usar impressões cromáticas (cores) e sensações tér-
Para transformar uma descrição numa narração, basta- micas. Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor
ria introduzir um enunciado que indicasse a passagem de alegre do sol.
um estado anterior para um posterior. No caso do texto II - Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exa-
inicial, para transformá-lo em narração, bastaria dizer: Re- tas, concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um
unia a isso grande medo do pai. Mais tarde, Iibertou-se céu sereno, uma pureza de cristal.
desse medo... - As sensações de movimento e cor embelezam o po-
der da natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde
Características Linguísticas: transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
O enunciado narrativo, por ter a representação de um - A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez
acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela tem- do texto. Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O
poralidade, na relação situação inicial e situação final, en- pessoal, muito crente.
quanto que o enunciado descritivo, não tendo transforma-
ção, é atemporal. A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintá-
tico-semânticas encontradas no texto que vão facilitar a Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a
compreensão: passagem são apresentadas como realmente são, concre-
- Predominância de verbos de estado, situação ou in- tamente. Exemplo:
dicadores de propriedades, atitudes, qualidades, usados
principalmente no presente e no imperfeito do indicativo “Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência atlética,
(ser, estar, haver, situar-se, existir, ficar).
ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, ca-
- Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que
belos negros e lisos”.
é descrito;

Exemplo: Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento.


“Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pes- Exemplo:
coço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no
queixo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um pou- “A casa velha era enorme, toda em largura, com por-
co amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha ta central que se alcançava por três degraus de pedra e
à outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto quatro janelas de guilhotina para cada lado. Era feita de
lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não pau-a-pique barreado, dentro de uma estrutura de cantos
tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, caído aos cantos e apoios de madeira-de-lei. Telhado de quatro águas. Pin-
da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. tada de roxo-claro. Devia ser mais velha que Juiz de Fora,
Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito provavelmente sede de alguma fazenda que tivesse ficado,
despegadas do crânio.” capricho da sorte, na linha de passagem da variante do Ca-
(Eça de Queiroz - O Primo Basílio) minho Novo que veio a ser a Rua Principal, depois a Rua
Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha
- Emprego de figuras (metáforas, metonímias, compa- e fugindo ligeiramente do alinhamento (...).”
rações, sinestesias). Exemplo: (Pedro Nava – Baú de Ossos)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Descrição Subjetiva: quando há maior participação da Descrição de objetos constituídos de uma só parte:
emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a pai-
sagem são transfigurados pela emoção de quem escreve, - Introdução: observações de caráter geral referentes à
podendo opinar ou expressar seus sentimentos. Exemplo: procedência ou localização do objeto descrito.
“Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso - Desenvolvimento: detalhes (lª parte) - formato (com-
ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no pei- paração com figuras geométricas e com objetos semelhan-
to como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco tes); dimensões (largura, comprimento, altura, diâmetro
todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, cal- etc.)
mos, eram de um rei...” - Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) - material, peso,
(“O Ateneu”, Raul Pompéia) cor/brilho, textura.
- Conclusão: observações de caráter geral referentes a
“(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o
esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, objeto como um todo.
par-de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, Descrição de objetos constituídos por várias partes:
mandando por lei, de sobregoverno.” - Introdução: observações de caráter geral referentes à
(Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas) procedência ou localização do objeto descrito.
- Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentá-
Os efeitos de sentido criados pela disposição dos ele- rios das partes que compõem o objeto, associados à expli-
mentos descritivos: cação de como as partes se agrupam para formar o todo.
- Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um
Como se disse anteriormente, do ponto de vista da todo (externamente) - formato, dimensões, material, peso,
progressão temporal, a ordem dos enunciados na descri- textura, cor e brilho.
ção é indiferente, uma vez que eles indicam propriedades - Conclusão: observações de caráter geral referentes a
ou características que ocorrem simultaneamente. No en- sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o
objeto em sua totalidade.
tanto, ela não é indiferente do ponto de vista dos efeitos
de sentido: descrever de cima para baixo ou vice-versa, do
Descrição de ambientes:
detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria efeitos
- Introdução: comentário de caráter geral.
de sentido distintos.
- Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura glo-
Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”,
bal do ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, lumi-
de Bocage:
nosidade e aroma (se houver).
- Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a
Magro, de olhos azuis, carão moreno, objetos lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros,
bem servido de pés, meão de altura, esculturas ou quaisquer outros objetos.
triste de facha, o mesmo de figura, - Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira
nariz alto no meio, e não pequeno. no ambiente.
Incapaz de assistir num só terreno, Descrição de paisagens:
mais propenso ao furor do que à ternura; - Introdução: comentário sobre sua localização ou
bebendo em níveas mãos por taça escura qualquer outra referência de caráter geral.
de zelos infernais letal veneno. - Desenvolvimento: observação do plano de fundo (ex-
plicação do que se vê ao longe).
Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão, 1968, pág. 497. - Desenvolvimento: observação dos elementos mais
próximos do observador - explicação detalhada dos ele-
O poeta descreve-se das características físicas para as mentos que compõem a paisagem, de acordo com deter-
características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não minada ordem.
seria o mesmo, pois as características físicas perderiam - Conclusão: comentários de caráter geral, concluin-
qualquer relevo. do acerca da impressão que a paisagem causa em quem
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a vi- a contempla.
sualizar uma cena. É como traçar com palavras o retrato de
um objeto, lugar, pessoa etc., apontando suas característi- Descrição de pessoas (I):
cas exteriores, facilmente identificáveis (descrição objetiva), - Introdução: primeira impressão ou abordagem de
ou suas características psicológicas e até emocionais (des- qualquer aspecto de caráter geral.
crição subjetiva). - Desenvolvimento: características físicas (altura, peso,
Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de ad- cor da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas).
jetivos, também denominado adjetivação. Para facilitar o - Desenvolvimento: características psicológicas (perso-
aprendizado desta técnica, sugere-se que o concursando, nalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações,
após escrever seu texto, sublinhe todos os substantivos, postura, objetivos).
acrescentando antes ou depois deste um adjetivo ou uma - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de
locução adjetiva. caráter geral.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Descrição de pessoas (II): raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição,


- Introdução: primeira impressão ou abordagem de um planejamento de trabalho e uma habilidade de expres-
qualquer aspecto de caráter geral. são. É em função da capacidade crítica que se questionam
- Desenvolvimento: análise das características físicas, pontos da realidade social, histórica e psicológica do mun-
associadas às características psicológicas (1ª parte). do e dos semelhantes. Vemos também, que a dissertação
- Desenvolvimento: análise das características físicas, no seu significado diz respeito a um tipo de texto em que
associadas às características psicológicas (2ª parte). a exposição de uma ideia, através de argumentos, é feita
- Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de com a finalidade de desenvolver um conteúdo científico,
caráter geral. doutrinário ou artístico. Exemplo:

A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. Há três métodos pelos quais pode um homem chegar
É uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais a ser primeiro-ministro. O primeiro é saber, com prudência,
predominam. Porque toda técnica descritiva implica con- como servir-se de uma pessoa, de uma filha ou de uma
templação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o irmã; o segundo, como trair ou solapar os predecessores; e
redator, ao descrever, precisa possuir certo grau de sensi- o terceiro, como clamar, com zelo furioso, contra a corrup-
bilidade. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou ção da corte. Mas um príncipe discreto prefere nomear os
interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza que se valem do último desses métodos, pois os tais faná-
cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade. ticos sempre se revelam os mais obsequiosos e subservien-
tes à vontade e às paixões do amo. Tendo à sua disposição
Conforme o objetivo a alcançar, a descrição pode ser todos os cargos, conservam-se no poder esses ministros
não-literária ou literária. Na descrição não-literária, há subordinando a maioria do senado, ou grande conselho,
maior preocupação com a exatidão dos detalhes e a pre- e, afinal, por via de um expediente chamado anistia (cuja
cisão vocabular. Por ser objetiva, há predominância da de- natureza lhe expliquei), garantem-se contra futuras pres-
notação. tações de contas e retiram-se da vida pública carregados
com os despojos da nação.
Textos descritivos não-literários: A descrição técnica Jonathan Swift. Viagens de Gulliver.
é um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usan- São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 234-235.
do uma linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é
usado para descrever aparelhos, o seu funcionamento, as Esse texto explica os três métodos pelos quais um ho-
peças que os compõem, para descrever experiências, pro- mem chega a ser primeiro-ministro, aconselha o príncipe
cessos, etc. Exemplo: discreto a escolhê-lo entre os que clamam contra a cor-
rupção na corte e justifica esse conselho. Observe-se que:
- o texto é temático, pois analisa e interpreta a realida-
Folheto de propaganda de carro
de com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um
homem particular e do que faz para chegar a ser primeiro-
Conforto interno - É impossível falar de conforto sem
ministro, mas do homem em geral e de todos os métodos
incluir o espaço interno. Os seus interiores são amplos,
para atingir o poder);
acomodando tranquilamente passageiros e bagagens. O
- existe mudança de situação no texto (por exemplo, a
Passat e o Passat Variant possuem direção hidráulica e ar
mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da
condicionado de elevada capacidade, proporcionando a corte no momento em que se tornam primeiros-ministros);
climatização perfeita do ambiente. - a progressão temporal dos enunciados não tem im-
Porta-malas - O compartimento de bagagens possui portância, pois o que importa é a relação de implicação
capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até (clamar contra a corrupção da corte implica ser corrupto
1500 litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado. depois da nomeação para primeiro-ministro).
Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em
plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, Características:
para evitar a deformação em caso de colisão. - ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é
temático;
Textos descritivos literários: Na descrição literária pre- - como o texto narrativo, ele mostra mudanças de si-
domina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto de tuação;
associações conotativas que podem ser exploradas a partir - ao contrário do texto narrativo, nele as relações de
de descrições de pessoas; cenários, paisagens, espaço; am- anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm
bientes; situações e coisas. Vale lembrar que textos des- maior importância - o que importa são suas relações ló-
critivos também podem ocorrer tanto em prosa como em gicas: analogia, pertinência, causalidade, coexistência, cor-
verso. respondência, implicação, etc.
- a estética e a gramática são comuns a todos os tipos
Dissertação de redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística pos-
suem características próprias a cada tipo de texto.
A dissertação é uma exposição, discussão ou interpre-
tação de uma determinada ideia. É, sobretudo, analisar al- São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvi-
gum tema. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, mento / Conclusão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Introdução: em que se apresenta o assunto; se apre- - Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova
senta a ideia principal, sem, no entanto, antecipar seu de- com este tipo de abordagem.
senvolvimento. Tipos: - Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar
a idéia principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a
- Divisão: quando há dois ou mais termos a serem dis- definição.
cutidos. Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consi- - Comparação: estabelecer analogias, confrontar situa-
go: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de ções distintas.
fora para dentro...” - Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta
- Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona pontos favoráveis e desfavoráveis.
a um fato presente. Ex: “A crise econômica que teve início - Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou
no começo dos anos 80, com os conhecidos altos índices descrever uma cena.
de inflação que a década colecionou, agravou vários dos - Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados esta-
históricos problemas sociais do país. Entre eles, a violência, tísticos.
principalmente a urbana, cuja escalada tem sido facilmente - Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para
identificada pela população brasileira.” prováveis resultados.
- Proposição: o autor explicita seus objetivos. - Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve
- Convite: proposta ao leitor para que participe de al- apresentar questionamento e reflexão.
guma coisa apresentada no texto. Ex: Você quer estar “na - Refutação: questiona-se praticamente tudo: concei-
sua”? Quer se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não tos, valores, juízos.
entre pelo cano! Faça parte desse time de vencedores des- - Causa e Consequência: estruturar o texto através dos
de a escolha desse momento! porquês de uma determinada situação.
- Contestação: contestar uma idéia ou uma situação. - Oposição: abordar um assunto de forma dialética.
Ex: “É importante que o cidadão saiba que portar arma de - Exemplificação: dar exemplos.
fogo não é a solução no combate à insegurança.”
- Características: caracterização de espaços ou aspec- Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fe-
tos. chamento integrado de tudo que se argumentou. Para ela
- Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex: convergem todas as ideias anteriormente desenvolvidas.
“Em 1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com
televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque - Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese.
de aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo, - Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um
existem no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão
programas) e 2.624 repetidoras (que apenas retransmitem de quem lê.
sinais recebidos). (...)”
- Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato. Exemplo:
- Citação: opinião de alguém de destaque sobre o as-
sunto do texto. Ex: “A principal característica do déspota Direito de Trabalho
encontra-se no fato de ser ele o autor único e exclusivo das
normas e das regras que definem a vida familiar, isto é, o Com a queda do feudalismo no século XV, nasce um
espaço privado. Seu poder, escreve Aristóteles, é arbitrário, novo modelo econômico: o capitalismo, que até o século
pois decorre exclusivamente de sua vontade, de seu prazer XX agia por meio da inclusão de trabalhadores e hoje pas-
e de suas necessidades.” sou a agir por meio da exclusão. (A)
- Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo
que compõem o texto. o trabalho automático, devido à evolução tecnológica e a
- Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se necessidade de qualificação cada vez maior, o que provoca
faz a pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entu- o desemprego. Outro fator que também leva ao desempre-
siasmo pelo futebol não é uma prova de alienação?” go de um sem número de trabalhadores é a contenção de
- Suspense: alguma informação que faça aumentar a despesas, de gastos. (B)
curiosidade do leitor. Segundo a Constituição, “preocupada” com essa cri-
- Comparação: social e geográfica. se social que provém dessa automatização e qualificação,
- Enumeração: enumerar as informações. Ex: “Ação à obriga que seja feita uma lei, em que será dada absoluta
distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, garantia aos trabalhadores, de que, mesmo que as empre-
triunfo das massas, Holocausto: através das metáforas e sas sejam automatizadas, não perderão eles seu mercado
das realidades que marcaram esses 100 últimos anos, apa- de trabalho. (C)
rece a verdadeira doença do século...” Não é uma utopia?!
- Narração: narrar um fato. Um exemplo vivo são os bóias-frias que trabalham na
colheita da cana de açúcar que devido ao avanço tecnoló-
Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial, gico e a lei do governador Geraldo Alkmin, defendendo o
de forma organizada e progressiva. É a parte maior e mais meio ambiente, proibindo a queima da cana de açúcar para
importante do texto. Podem ser desenvolvidos de várias a colheita e substituindo-os então pelas máquinas, desem-
formas: prega milhares deles. (D)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são:
cursos de cabeleleiro, marcenaria, eletricista, para não per-
derem o mercado de trabalho, aumentando, com isso, a - toda dissertação é uma demonstração, daí a necessi-
classe de trabalhos informais. dade de pleno domínio do assunto e habilidade de argu-
Como ficam então aqueles trabalhadores que passa- mentação;
ram à vida estudando, se especializando, para se diferen- - em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao
ciarem e ainda estão desempregados?, como vimos no úl- tema;
timo concurso da prefeitura do Rio de Janeiro para “gari”, - a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
havia até advogado na fila de inscrição. (E) - impõem-se sempre o raciocínio lógico;
Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos - a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer
têm o direito de trabalho, cabe aos governantes desse país, ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstra-
que almeja um futuro brilhante, deter, com urgência esse ção do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural,
processo de desníveis gritantes e criar soluções eficazes original, nobre, correta gramaticalmente. O discurso deve
para combater a crise generalizada (F), pois a uma nação ser impessoal (evitar-se o uso da primeira pessoa).
doente, miserável e desigual, não compete a tão sonhada
modernidade. (G) O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apre-
sentar: uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear)
1º Parágrafo – Introdução e uma ou mais frases que explicitem tal ideia.
Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada
A. Tema: Desemprego no Brasil. (ideia central) porque oculta os problemas sociais realmen-
Contextualização: decorrência de um processo históri- te graves. (ideia secundária)”.
co problemático. Vejamos:
Ideia central: A poluição atmosférica deve ser comba-
2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento tida urgentemente.

B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser
remetem a uma análise do tema em questão. combatida urgentemente, pois a alta concentração de ele-
C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro mentos tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas,
dado da realidade. sobretudo daquelas que sofrem de problemas respirató-
D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade rios:
de quem propõe soluções.
E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição. - A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem
levado muita gente ao vício.
7º Parágrafo: Conclusão - A televisão é um dos mais eficazes meios de comuni-
F. Uma possível solução é apresentada. cação criados pelo homem.
G. O texto conclui que desigualdade não se casa com - A violência tem aumentado assustadoramente nas ci-
modernidade. dades e hoje parece claro que esse problema não pode ser
resolvido apenas pela polícia.
É bom lembrarmos que é praticamente impossível opi- - O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise
nar sobre o que não se conhece. A leitura de bons textos atualmente.
é um dos recursos que permite uma segurança maior no - O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a
momento de dissertar sobre algum assunto. Debater e pes- sociedade brasileira.
quisar são atitudes que favorecem o senso crítico, essencial
no desenvolvimento de um texto dissertativo. O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras:

Ainda temos: Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma sé-


rie de coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de
Tema: compreende o assunto proposto para discussão, características, funções, processos, situações, sempre ofe-
o assunto que vai ser abordado. recendo o complemente necessário à afirmação estabele-
Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo cida na frase nuclear. Pode-se enumerar, seguindo-se os
discutido. critérios de importância, preferência, classificação ou alea-
Argumentação: é um conjunto de procedimentos lin- toriamente.
guísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas Exemplo:
opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É for-
necer argumentos, ou seja, razões a favor ou contra uma 1- O adolescente moderno está se tornando obeso por
determinada tese. várias causas: alimentação inadequada, falta de exercícios
Estes assuntos serão vistos com mais afinco posterior- sistemáticos e demasiada permanência diante de compu-
mente. tadores e aparelhos de Televisão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2- Devido à expansão das igrejas evangélicas, é gran- Espaço - O solo é influenciado pelo clima. Nos climas
de o número de emissoras que dedicam parte da sua pro- úmidos, os solos são profundos. Existe nessas regiões uma
gramação à veiculação de programas religiosos de crenças forte decomposição de rochas, isto é, uma forte transfor-
variadas. mação da rocha em terra pela umidade e calor. Nas regiões
temperadas e ainda nas mais frias, a camada do solo é pou-
3- co profunda. (Melhem Adas)
- A Santa Missa em seu lar.
- Terço Bizantino. Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se con-
- Despertar da Fé. ceituar, exemplificar e aclarar as ideias para torná-las mais
- Palavra de Vida. compreensíveis.
- Igreja da Graça no Lar. Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue prove-
niente do coração para irrigar os tecidos. Exceto no cordão
4- umbilical e na ligação entre os pulmões e o coração, todas
- Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o as artérias contém sangue vermelho-vivo, recém oxigena-
governo brasileiro diante de tantos desmatamentos, dese- do. Na artéria pulmonar, porém, corre sangue venoso, mais
quilíbrios sociológicos e poluição. escuro e desoxigenado, que o coração remete para os pul-
- Existem várias razões que levam um homem a enve- mões para receber oxigênio e liberar gás carbônico”.
redar pelos caminhos do crime.
- A gravidez na adolescência é um problema seríssimo, Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação,
porque pode trazer muitas consequências indesejáveis. deve delimitar-se o tema que será desenvolvido e que po-
- O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua so- derá ser enfocado sob diversos aspectos. Se, por exemplo,
brevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer. o tema é a questão indígena, ela poderá ser desenvolvida a
- O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas partir das seguintes ideias:
em várias categorias.
- A violência contra os povos indígenas é uma constan-
Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver te na história do Brasil.
através da comparação, que confronta ideias, fatos, fenô- - O surgimento de várias entidades de defesa das po-
menos e apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança. pulações indígenas.
Exemplo: - A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio
brasileiro.
“A juventude é uma infatigável aspiração de felicida- - A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena.
de; a velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e
persistente sentimento de dor, porque já estamos nos con-
Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver,
vencendo de que a felicidade é uma ilusão, que só o sofri-
mento é real”. deve fazer a estruturação do texto.
(Arthur Schopenhauer)
A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:
Causa e Consequência: A frase nuclear, muitas vezes,
encontra no seu desenvolvimento um segmento causal Introdução: deve conter a ideia principal a ser desen-
(fato motivador) e, em outras situações, um segmento in- volvida (geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura
dicando consequências (fatos decorrentes). do texto, por isso é fundamental. Deve ser clara e chamar
Exemplos: a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o
plano do desenvolvimento. Contém a proposição do tema,
- O homem, dia a dia, perde a dimensão de humanida- seus limites, ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser
de que abriga em si, porque os seus olhos teimam apenas defendida.
em ver as coisas imediatistas e lucrativas que o rodeiam. Desenvolvimento: exposição de elementos que vão
fundamentar a ideia principal que pode vir especificada
- O espírito competitivo foi excessivamente exercido através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da
entre nós, de modo que hoje somos obrigados a viver causa e da consequência, das definições, dos dados esta-
numa sociedade fria e inamistosa. tísticos, da ordenação cronológica, da interrogação e da
citação. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos
Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos mar- quantos forem necessários para a completa exposição da
cam temporal e espacialmente a evolução de ideias, pro- ideia. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco
cessos. maneiras expostas acima.
Exemplos: Conclusão: é a retomada da ideia principal, que ago-
ra deve aparecer de forma muito mais convincente, uma
Tempo - A comunicação de massas é resultado de uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento
lenta evolução. Primeiro, o homem aprendeu a grunhir. De- da dissertação (um parágrafo). Deve, pois, conter de forma
pois deu um significado a cada grunhido. Muito depois, sintética, o objetivo proposto na instrução, a confirmação
inventou a escrita e só muitos séculos mais tarde é que da hipótese ou da tese, acrescida da argumentação básica
passou à comunicação de massa. empregada no desenvolvimento.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Texto Argumentativo dução e interpretação de enunciados; dito de maneira mais


simples, é o que se fala, é o que se escreve em condições
Texto Argumentativo é o texto em que defendemos reais de comunicação.
uma ideia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procuran- A polêmica pró-gramática x contra gramática é bem
do (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor antiga; na verdade, surgiu com os gregos, quando surgi-
aceite-a, creia nela. Num texto argumentativo, distinguem- ram as primeiras gramáticas. Definida como “arte”, “arte
se três componentes: a tese, os argumentos e as estraté- de escrever”, percebe-se que subjaz à definição a ideia da
gias argumentativas. sua importância para a prática da língua. São da mesma
época também as primeiras críticas, como se pode ler em
Tese, ou proposição, é a ideia que defendemos, neces- Apolônio de Rodes, poeta Alexandrino do séc. II a.C.: “Raça
sariamente polêmica, pois a argumentação implica diver- de gramáticos, roedores que ratais na musa de outrem, es-
gência de opinião. túpidas lagartas que sujais as grandes obras, ó flagelo dos
Argumento tem uma origem curiosa: vem do latim Ar- poetas que mergulhais o espírito das crianças na escuridão,
gumentum, que tem o tema ARGU, cujo sentido primeiro ide para o diabo, percevejos que devorais os versos belos”.
é “fazer brilhar”, “iluminar”, a mesma raiz de “argênteo”, Na atualidade, é grande o número de educadores, filó-
“argúcia”, “arguto”. Os argumentos de um texto são facil- logos e linguistas de reconhecido saber que negam a rela-
mente localizados: identificada a tese, faz-se a pergunta ção entre o estudo intencional da gramática e a melhora do
por quê? Exemplo: o autor é contra a pena de morte (tese). desempenho linguístico do usuário. Entre esses especialis-
Por que... (argumentos). tas, deve-se mencionar o nome do Prof. Celso Pedro Luft
Estratégias argumentativas são todos os recursos (ver- com sus obra “Língua e liberdade: por uma nova concepção
bais e não-verbais) utilizados para envolver o leitor/ou- de língua materna e seu ensino” (L&PM, 1995). Com efeito,
vinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para o velho pesquisar apaixonado pelos problemas da língua,
persuadi-lo mais facilmente, para gerar credibilidade, etc. teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística,
reúne numa mesma obra convincente fundamentação para
A Estrutura de um Texto Argumentativo seu combate veemente contra o ensino da gramática em
sala de aula. Por oportuno, uma citação apenas:
“Quem sabe, lendo este livro muitos professores talvez
A argumentação Formal
abandonem a superstição da teoria gramatical, desistindo
de querer ensinar a língua por definições, classificações,
A nomenclatura é de Othon Garcia, em sua obra “Co-
análises inconsistentes e precárias hauridas em gramáticas.
municação em Prosa Moderna”. O autor, na mencionada
Já seria um grande benefício”.
obra, apresenta o seguinte plano-padrão para o que cha-
Deixando-se de lado a perspectiva teórica do Mestre,
ma de argumentação formal:
acima referida suponha-se que se deva recuperar linguisti-
Proposição (tese): afirmativa suficientemente definida
camente um jovem estudante universitário cujo texto apre-
e limitada; não deve conter em si mesma nenhum argu- sente preocupantes problemas de concordância, regência,
mento. colocação, ortografia, pontuação, adequação vocabular,
Análise da proposição ou tese: definição do sentido da coesão, coerência, informatividade, entre outros. E, esti-
proposição ou de alguns de seus termos, a fim de evitar mando-lhe melhoras, lhe fosse dada uma gramática que
mal-entendidos. ele passaria a estudar: que é fonética? Que é fonologia?
Formulação de argumentos: fatos, exemplos, dados es- Que é fonemas? Morfema? Qual é coletivo de borboleta?
tatísticos, testemunhos, etc. O feminino de cupim? Como se chama quem nasce na
Conclusão. Província de Entre-Douro-e-Minho? Que é oração subor-
dinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio? E de-
Observe o texto a seguir, que contém os elementos re- corasse regras de ortografia, fizesse lista de homônimos,
feridos do plano-padrão da argumentação formal. parônimos, de verbos irregulares... e estudasse o plural de
compostos, todas regras de concordância, regências... os
Gramática e desempenho Linguístico casos de próclise, mesóclise e ênclise. E que, ao cabo de
todo esse processo, se voltasse a examinar o desempenho
Pretende-se demonstrar no presente artigo que o es- do jovem estudante na produção de um texto. A melhora
tudo intencional da gramática não traz benefícios signifi- seria, indubitavelmente, pouco significativa; uma pequena
cativos para o desempenho linguístico dos utentes de uma melhora, talvez, na gramática da frase, mas o problema de
língua. coesão, de coerência, de informatividade - quem sabe os
Por “estudo intencional da gramática” entende-se o mais graves - haveriam de continuar. Quanto mais não seja
estudo de definições, classificações e nomenclatura; a rea- porque a gramática tradicional não dá conta dos mecanis-
lização de análises (fonológica, morfológica, sintática); a mos que presidem à construção do texto.
memorização de regras (de concordância, regência e colo- Poder-se-á objetar que a ilustração de há pouco é ape-
cação) - para citar algumas áreas. O “desempenho linguís- nas hipotética e que, por isso, um argumento de pouco
tico”, por outro lado, é expressão técnica definida como valor. Contra argumentar-se-ia dizendo que situação como
sendo o processo de atualização da competência na pro- essa ocorre de fato na prática. Na verdade, todo o ensino

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LÍNGUA PORTUGUESA

de 1° e 2° graus é gramaticalista, descritivista, definitório, A Argumentação Informal


classificatório, nomenclaturista, prescritivista, teórico. O re-
sultado? Aí estão as estatísticas dos vestibulares. Valendo A nomenclatura também é de Othon Garcia, na obra já
40 pontos a prova de redação, os escores foram estes no referida. A argumentação informal apresenta os seguintes
vestibular 1996/1, na PUC-RS: nota zero: 10% dos candida- estágios:
tos, nota 01: 30%; nota 02: 40%; nota 03: 15%; nota 04: 5%. - Citação da tese adversária.
Ou seja, apenas 20% dos candidatos escreveram um texto - Argumentos da tese adversária.
que pode ser considerado bom. - Introdução da tese a ser defendida.
Finalmente pode-se invocar mais um argumento, lem- - Argumentos da tese a ser defendida.
- Conclusão.
brando que são os gramáticos, os linguistas - como es-
pecialistas das línguas - as pessoas que conhecem mais a
Observe o texto exemplar de Luís Alberto Thompson
fundo a estrutura e o funcionamento dos códigos linguís-
Flores Lenz, Promotor de Justiça.
ticos. Que se esperaria, de fato, se houvesse significativa
influência do conhecimento teórico da língua sobre o de- Considerações sobre justiça e equidade
sempenho? A resposta é óbvia: os gramáticos e os linguis-
tas seriam sempre os melhores escritores. Como na prática Hoje, floresce cada vez mais, no mundo jurídico a aca-
isso realmente não acontece, fica provada uma vez mais a dêmico nacional, a ideia de que o julgador, ao apreciar os
tese que se vem defendendo. caos concretos que são apresentados perante os tribunais,
Vale também o raciocínio inverso: se a relação fosse deve nortear o seu proceder mais por critérios de justiça e
significativa, deveriam os melhores escritores conhecer - equidade e menos por razões de estrita legalidade, no in-
teoricamente - a língua em profundidade. Isso, no entan- tuito de alcançar, sempre, o escopo da real pacificação dos
to, não se confirma na realidade: Monteiro Lobato, quan- conflitos submetidos à sua apreciação.
do estudante, foi reprovado em língua portuguesa (muito Semelhante entendimento tem sido sistematicamente
provavelmente por desconhecer teoria gramatical); Macha- reiterado, na atualidade, ao ponto de inúmeros magistra-
do de Assis, ao folhar uma gramática declarou que nada dos simplesmente desprezarem ou desconsiderarem de-
havia entendido; dificilmente um Luis Fernando Veríssimo terminados preceitos de lei, fulminando ditos dilemas le-
saberia o que é um morfema; nem é de se crer que todos gais sob a pecha de injustiça ou inadequação à realidade
nacional.
os nossos bons escritores seriam aprovados num teste de
Abstraída qualquer pretensão de crítica ou censura
Português à maneira tradicional (e, no entanto eles são os
pessoal aos insignes juízes que se filiam a esta corrente,
senhores da língua!).
alguns dos quais reconhecidos como dos mais brilhantes
Portanto, não há como salvar o ensino da língua, como do país, não nos furtamos, todavia, de tecer breves consi-
recuperar linguisticamente os alunos, como promover um derações sobre os perigos da generalização desse enten-
melhor desempenho linguístico mediante o ensino-estudo dimento.
da teoria gramatical. O caminho é seguramente outro. Primeiro, porque o mesmo, além de violar os preceitos
dos arts. 126 e 127 do CPC, atenta de forma direta e frontal
Gilberto Scarton contra os princípios da legalidade e da separação de pode-
res, esteio no qual se assenta toda e qualquer ideia de de-
Eis o esquema do texto em seus quatro estágios: mocracia ou limitação de atribuições dos órgãos do Estado.
Isso é o que salientou, e com a costumeira maestria, o
Primeiro Estágio: primeiro parágrafo, em que se enun- insuperável José Alberto dos Reis, o maior processualista
cia claramente a tese a ser defendida. português, ao afirmar que: “O magistrado não pode so-
Segundo Estágio: segundo parágrafo, em que se de- brepor os seus próprios juízos de valor aos que estão en-
finem as expressões “estudo intencional da gramática” e carnados na lei. Não o pode fazer quando o caso se acha
“desempenho lingüístico”, citadas na tese. previsto legalmente, não o pode fazer mesmo quando o
Terceiro Estágio: terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo caso é omisso”.
e oitavo parágrafos, em que se apresentam os argumentos. Aceitar tal aberração seria o mesmo que ferir de morte
qualquer espécie de legalidade ou garantia de soberania
- Terceiro parágrafo: parágrafo introdutório à argu-
popular proveniente dos parlamentos, até porque, na lúci-
mentação.
da visão desse mesmo processualista, o juiz estaria, nessa
- Quarto parágrafo: argumento de autoridade. situação, se arvorando, de forma absolutamente espúria,
- Quinto parágrafo: argumento com base em ilustração na condição de legislador.
hipotética. A esta altura, adotando tal entendimento, estaria insti-
- Sexto parágrafo: argumento com base em dados es- tucionalizada a insegurança social, sendo que não haveria
tatísticos. mais qualquer garantia, na medida em que tudo estaria ao
- Sétimo e oitavo parágrafo: argumento com base em sabor dos humores e amores do juiz de plantão.
fatos. De nada adiantariam as eleições, eis que os represen-
Quarto Estágio: último parágrafo, em que se apresenta tantes indicados pelo povo não poderiam se valer de sua
a conclusão. maior atribuição, ou seja, a prerrogativa de editar as leis.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Desapareceriam também os juízes de conveniência e responsável pelas ações a praticar e pelo caráter diretivo
oportunidade política típicos dessas casas legislativas, na dos tempos e modos verbais usado e uma sequência des-
medida em que sempre poderiam ser afastados por uma critiva pela transformação desejada.
esfera revisora excepcional.
A própria independência do parlamento sucumbiria in- Nota: Uma frase injuntiva é uma frase que exprime
tegralmente frente à possibilidade de inobservância e des- uma ordem, dada ao locutor, para executar (ou não exe-
consideração de suas deliberações. cutar) tal ou tal ação. As formas verbais específicas destas
Ou seja, nada restaria, de cunho democrático, em nos- frases estão no modo injuntivo e o imperativo é uma das
sa civilização. formas do injuntivo.
Já o Poder Judiciário, a quem legitimamente compete
fiscalizar a constitucionalidade e legalidade dos atos dos Textos Injuntivo-Instrucionais: Instruções de monta-
demais poderes do Estado, praticamente aniquilaria as gem, receitas, horóscopos, provérbios, slogans... são textos
atribuições destes, ditando a eles, a todo momento, como que incitam à ação, impõem regras; textos que fornecem
proceder. instruções. São orientados para um comportamento futuro
Nada mais é preciso dizer para demonstrar o desacerto do destinatário.
dessa concepção.
Entretanto, a defesa desse entendimento demonstra, Texto Injuntivo - A necessidade de explicar e orientar
sem sombra de dúvidas, o desconhecimento do próprio por escrito o modo de realizar determinados procedimen-
conceito de justiça, incorrendo inclusive numa contradictio tos, manipular instrumentos, desenvolver atividades lú-
in adjecto. dicas e desempenhar algumas funções profissionais, por
Isto porque, e como magistralmente o salientou o in- exemplo, deu origem aos chamados textos injuntivos, nos
superável Calamandrei, “a justiça que o juiz administra é, quais prevalece a função apelativa da linguagem, criando-
no sistema da legalidade, a justiça em sentido jurídico, isto se uma relação direta com o receptor. É comum aos textos
é, no sentido mais apertado, mas menos incerto, da confor- dessa natureza o uso dos verbos no imperativo (Abra o ca-
derno de questões) ou no infinitivo (É preciso abrir o cader-
midade com o direito constituído, independentemente da
no de questões, verificar o número de alternativas...). Não
correspondente com a justiça social”.
apresenta caráter coercitivo, haja vista que apenas induz
Para encerrar, basta salientar que a eleição dos meios
o interlocutor a proceder desta ou daquela forma. Assim,
concretos de efetivação da Justiça social compete, funda-
torna-se possível substituir um determinado procedimento
mentalmente, ao Legislativo e ao Executivo, eis que seus
em função de outro, como é o caso do que ocorre com
membros são indicados diretamente pelo povo.
os ingredientes de uma receita culinária, por exemplo. São
Ao Judiciário cabe administrar a justiça da legalidade,
exemplos dessa modalidade:
adequando o proceder daqueles aos ditames da Constitui-
- A mensagem revelada pela maioria dos livros de au-
ção e da Legislação. toajuda;
Luís Alberto Thompson Flores Lenz - O discurso manifestado mediante um manual de ins-
truções;
Eis o esquema do texto em seus cinco estágios; - As instruções materializadas por meio de uma receita
culinária.
Primeiro Estágio: primeiro parágrafo, em que se cita a
tese adversária. Texto Instrucional - o texto instrucional é um tipo de
Segundo Estágio: segundo parágrafo, em que se cita texto injuntivo, didático, que tem por objetivo justamen-
um argumento da tese adversária “... fulminando ditos dile- te apresentar orientações ao receptor para que ele realize
mas legais sob a pecha de injustiça ou inadequação à rea- determinada atividade. Como as palavras do texto serão
lidade nacional”. transformadas em ações visando a um objetivo, ou seja,
Terceiro Estágio: terceiro parágrafo, em que se introduz algo deverá ser concretizado, é de suma importância que
a tese a ser defendida. nele haja clareza e objetividade. Dependendo do que se
Quarto Estágio: do quarto ao décimo quinto, em que trata, é imprescindível haver explicações ou enumerações
se apresentam os argumentos. em que estejam elencados os materiais a serem utilizados,
Quinto Estágio: os últimos dois parágrafos, em que se bem como os itens de determinados objetos que serão
conclui o texto mediante afirmação que salienta o que fi- manipulados. Por conta dessas características, é necessário
cou dito ao longo da argumentação. um título objetivo. Quanto à pontuação, frequentemente
empregam-se dois pontos, vírgulas e pontos e vírgulas. É
Texto Injuntivo/Instrucional possível separar as orientações por itens ou de modo coe-
so, por meio de períodos. Alguns textos instrucionais pos-
No texto injuntivo-instrucional, o leitor recebe orien- suem subtítulos separando em tópicos as instruções, basta
tações precisas no sentido de efetuar uma transformação. reparar nas bulas de remédios, manuais de instruções e
É marcado pela presença de tempos e modos verbais que receitas. Pelo fato de o espaço destinado aos textos instru-
apresentam um valor diretivo. Este tipo de texto distingue- cionais geralmente não ser muito extenso, recomenda-se o
se de uma sequencia narrativa pela ausência de um sujeito uso de períodos. Leia os exemplos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Texto organizado em itens: O fonema s:

Para economizar nas compras Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan-
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
Quem deseja economizar ao comprar deve: corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão /
- estabelecer um valor máximo para gastar; ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir asper-
- escolher previamente aquilo que deseja comprar an- são / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir
tes de ir à loja ou entrar em sites de compra; - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa /
- pesquisar os preços em diferentes lojas e sites, se recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível /
possível; consentir - consensual
- não se deixar levar completamente pelas sugestões Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri-
dos vendedores nem pelos apelos das propagandas; vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced,
- optar pela forma de pagamento mais cômoda, sem prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir
se esquecer de que o uso do cartão de crédito exige certa - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
cautela e planejamento. ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
Do mais, é só ir às compras e aproveitar! regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer -
compromisso / submeter - submissão
Texto organizado em períodos: *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
Para economizar nas compras trico / re + surgir - ressurgir
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
Para economizar ao comprar, primeiramente estabe- plos: ficasse, falasse
leça um valor máximo para gastar e então escolha pre-
viamente aquilo que deseja comprar antes de ir à loja ou
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos
entrar em sites de compra. Se possível, pesquise os preços
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar
em diferentes lojas e sites; não se deixe levar completa-
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó,
mente pelas sugestões dos vendedores nem pelos apelos
Juçara, caçula, cachaça, cacique
das propagandas e opte pela forma de pagamento mais
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
cômoda: não se esqueça de que o uso do cartão de crédito
exige certa cautela e planejamento. uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
Do mais, aproveite as compras! esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
Observe que, embora ambos os textos tratem do mes- deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
mo assunto, o segundo é uma adaptação do primeiro: *após ditongos: foice, coice, traição
tanto o modo verbal quanto a pontuação sofreram alte- *palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r):
rações; além disso, algumas palavras foram omitidas e ou- marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
tras acrescentadas. Isso ocorreu para que o aspecto instru-
cional, conferido pelos itens do primeiro exemplo, não se O fonema z:
perdesse no segundo texto, o qual, sem essas adaptações, Escreve-se com S e não com Z:
passaria a impressão de ser um mero texto expositivo. *os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
ORTOGRAFIA OFICIAL; *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
quiseste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto empresa / difundir - difusão
da língua. *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- *após ditongos: coisa, pausa, pouso
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia Escreve-se com Z e não com S:
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, tivo: macio - maciez / rico - riqueza
palácio ou passo, movimento durante o andar). *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem- origem não termine com s): final - finalizar / concreto -
se observar as seguintes regras: concretizar

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LÍNGUA PORTUGUESA

*como consoante de ligação se o radical não terminar Questões sobre Ortografia


com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
inho - lapisinho 01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre
as frases que seguem, a única correta é:
O fonema j: a) Ele se esqueceu de que?
Escreve-se com G e não com J: b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
bui-lo entre os presentes.
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
gesso. ticas.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com dos funcionários.
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
foge.
Observação: Exceção: pajem 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
litígio, relógio, refúgio. com a norma- -padrão.
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
gir.
cal.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical termi- (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
nado com j: ágil, agente. (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!

Escreve-se com J e não com G: 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –


*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. 2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji- informar os usuários sobre o festival Sounderground.
boia, manjerona.
*as palavras terminada com aje: aje, ultraje. Prezado Usuário
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
O fonema ch:
começa o Sounderground, festival internacional que presti-
Escreve-se com X e não com CH: gia os músicos que tocam em estações do metrô.
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba- Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
caxi, muxoxo, xucro. tarão e divirta-se!
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se
xampu, lagartixa. preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as
*depois de ditongo: frouxo, feixe. expressões
*depois de “en”: enxurrada, enxoval. A) A fim ...a partir ... as
Observação: Exceção: quando a palavra de origem não B) A fim ...à partir ... às
derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às
E) Afim ...à partir ... as
Escreve-se com CH e não com X:
*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, 04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se-
guinte frase:
As letras e e i: (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. geiros nos aeroportos.
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são (B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei-
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. pessoa cortês.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só-
- atenção para as palavras que mudam de sentido
cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su-
pátio.
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (ex- (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má-
pandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão goa pode estar sendo o grande impecilho na superação
(de estância, que anda a pé), pião (brinquedo). dessa sua crise.
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu- quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces-
gues/ortografia são de privilégios ilegítimos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 3-) Prezado Usuário
escrita? A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, co-
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. meça o Sounderground, festival internacional que prestigia
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. os músicos que tocam em estações do metrô.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
pansa. tarão e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU- antes de horas: há crase
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas
ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com 4-) Fiz a correção entre parênteses:
o verbo no tempo futuro. (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
(A) Mas elas cresceram... boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
(B) Mas elas cresciam... geiros nos aeroportos.
(C) Mas elas cresçam... (B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua
(D) Mas elas crescem... espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque)
(E) Mas elas crescerão... sua reputação de pessoa cortês.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio
07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NÃO con- (frondosa) árvore do pátio.
traria a norma culta: (D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência
A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
por isso posso me queixar com razão. cilho) na superação dessa sua crise.
B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra- (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção
passarmos os infortúnios da vida.
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que
vente na concessão de privilégios ilegítimos.
vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento,
5-)
principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
de e simplicidade.
pansa. = mendigo/caderneta/poupança
E) As dificuldades por que passamos certamente nos
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
sa. = mendigo/caderneta/poupança
GABARITO D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
01.E 02. D 03. C
04. A 05. B 06. E 07. E 6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas
elas crescerão...
RESOLUÇÃO 7-) Fiz as correções entre parênteses:
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor-
1-) túnios, por isso posso me queixar com razão.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê? B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para para ultrapassarmos os infortúnios da vida.
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex- que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte
cessivos nas críticas. de nossa vida.
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi- D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so-
cações dos funcionários. frimento, principalmente daqueles que procuram viver com
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. dignidade e simplicidade.
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas-
2-) samos certamente nos fazem mais fortes e preparados
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta- para os infortúnios da vida.
beliães
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. HÍFEN
= cidadãos
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para
cal. = certidões ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor, ex
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- -presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofere-
graus ceram-me; vê-lo-ei).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Serve igualmente para fazer a translineação de pala- Não se emprega o hífen:


vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo ter-
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). mina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”.
Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirre-
Uso do hífen que continua depois da Reforma Orto- ligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
gráfica: microrradiografia, etc.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
1. Em palavras compostas por justaposição que for- fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, au-
unem para formam um novo significado: tio-avô, porto toestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, au-
-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, toescola, infraestrutura, etc.
conta-gotas, guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-minis- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
tro, azul-escuro. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu-
mano, inábil, desabilitar, etc.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobri-
menina, erva-doce, feijão-verde. gação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir,
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém etc.
e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-ca- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no-
sado, aquém- -fiar, etc. ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-
quedista, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben-
uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé- feito, benquerer, benquerido, etc.
de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
Questões sobre Hífen
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
novo Acordo, está sendo usado corretamente:
sácia-Lorena, etc.
A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
B) Ela é muito mal-educada.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- C) Ele tomou um belo ponta-pé.
per- quando associados com outro termo que é iniciado D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, 02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito. hífen:
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: faria uma superalimentação.
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje-
tos.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun- E) O autodidata fez uma autoanálise.
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele- 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano, do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
semi-hospitalar, super- -homem. A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo do campeonato.
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. D) O recém-chegado veio de além-mar.
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
(avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- hífen é obrigatório:
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- A) em nenhuma delas.
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- B) na segunda palavra.
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na C) na terceira palavra.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas D) em todas as palavras.
as linhas). E) na primeira e na segunda palavra.

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LÍNGUA PORTUGUESA

05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __. RESOLUÇÃO


Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
A) sobreumano/interregional 1-)
B) sobrehumano-interregional A) autocrítica
C) sobre-humano / inter-regional C) pontapé
D) sobrehumano/ inter-regional D) supermercado
E) sobre-humano /interegional E) infravermelhos

06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo 2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. brada.
Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
A) (sub) chefe 3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
4-)
B) (sub) entender
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo-
C) (sub) solo
leque (doce)
D) (sub) reptício
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não
E) (sub) liminar
apresentam elementos de ligação.
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé-
07.Assinale a alternativa em que todas as palavras es- cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
tão grafadas corretamente: raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
A) autocrítica, contramestre, extra-oficial c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som elementos de ligação.
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
D) supervida, superelegante, supermoda 5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam-
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia peonato inter-regional.
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor- - Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
reto. letra com que se inicia a outra palavra
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
B) bem-vindo / antessala /contra-regra 6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também
C) contramestre / infravermelho / autoescola diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender,
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala-
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar

09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção 7-)


quanto ao emprego do hífen. A) autocrítica, contramestre, extraoficial
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
para relacionamento extraconjugal. C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre- D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
no. E) sobressaia, minissaia, supersaia
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama- 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
rinas.
9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an-
tirrábica.
tirrábica.
E) Era um suboficial de uma superpotência.
10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao
emprego do hífen.
A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
B) O ex-aluno fez a sua autodefesa. ACENTUAÇÃO GRÁFICA;
C) O contrarregra comeu um contra-filé.
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
E) O meia-direita deu início ao contra-ataque. A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re-
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com-
GABARITO põe de algumas particularidades, às quais devemos estar
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia-
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na
06. D 07. D 08. B 09. D 10. C linguagem escrita.

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LÍNGUA PORTUGUESA

À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a Regras fundamentais:


prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas
competências, e logo nos adequamos à forma padrão. Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
Regras básicas – Acentuação tônica “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
pó(s) – armazém(s)
A acentuação tônica implica na intensidade com que Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
As demais, como são pronunciadas com menos intensida- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se-
de, são denominadas de átonas. guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com-
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi- pô-lo
cadas como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
Paroxítonas:
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
- i, is : táxi – lápis – júri
na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
– passível
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica - l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax –
está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím- fórceps
pano – médico – ônibus - ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações
de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que, UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo-
quando pronunciados, apresentam certa diferenciação rização!
quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronun- -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei
podemos observar no exemplo a seguir:
Regras especiais:
“Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor”. Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de- de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
mais, como átonos (que, em, de). palavras paroxítonas.
Os acentos * Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras Antes Agora
representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, assembléia assembleia
caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além idéia ideia
da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di-
geléia geleia
tongos abertos)
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
paranóico paranoico
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.:
tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom-
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles – baú – país – Luís

trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total- Observação importante:


mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
mülleriano (de Müller) Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo- feiúra feiura
gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã Sauípe Sauipe

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LÍNGUA PORTUGUESA

O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi Ela pode fazer isso agora.
abolido. Ex.: Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
Antes Agora O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
crêem creem preposição por.
lêem leem - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
vôo voo locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
enjôo enjoo “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Faço isso por você.
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Questões sobre Acentuação Gráfica
Repare:
1-) O menino crê em você 01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA –
Os meninos creem em você. VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras
2-) Elza lê bem! são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que
Todas leem bem! justificam, respectivamente, as acentuações de: década, re-
3-) Espero que ele dê o recado à sala. lógios, suíços.
Esperamos que os garotos deem o recado! (A) flexíveis, cartório, tênis.
4-) Rubens vê tudo! (B) inferência, provável, saída.
Eles veem tudo! (C) óbvio, após, países.
(D) islâmico, cenário, propôs.
* Cuidado! Há o verbo vir: (E) república, empresária, graúda.
Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde! 02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan- Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz e antropológico.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- (A) Distúrbio e acórdão.
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. (B) Máquina e jiló.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem (C) Alvará e Vândalo.
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba (D) Consciência e características.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na (E) Órgão e órfãs.
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: 03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE –
Antes Depois TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa-
apazigúe (apaziguar) apazigue lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de
averigúe (averiguar) averigue acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
argúi (arguir) argui ( ) CERTO ( ) ERRADO

Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa 04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a
(verbo vir) afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação.
A regra prevalece também para os verbos conter, ob- A) tevê – pôde – vê
ter, reter, deter, abster. B) únicas – histórias – saudáveis
ele contém – eles contêm C) indivíduo – séria – noticiários
ele obtém – eles obtêm D) diário – máximo – satélite
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm 05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes.
antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme- (...) CERTO ( ) ERRADO
lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
exceções, como: 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência”
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen- recebem acento gráfico com base na mesma regra de
do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa acentuação gráfica.
do singular do presente do indicativo). Ex: (...) CERTO ( ) ERRADO

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LÍNGUA PORTUGUESA

07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES- (D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo;
GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes- características = proparoxítona
mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, (E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em
respectivamente, são “ão” e “ã”, respectivamente.
a) trajetória, inútil, café e baú.
b) exercício, balaústre, níveis e sofá. 3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato;
c) necessário, túnel, infindáveis e só. calúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paro-
d) médio, nível, raízes e você. xítona terminada em ditongo.
e) éter, hífen, propôs e saída. RESPOSTA: “ERRADO”.

08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen- 4-)


tuados graficamente de acordo com a mesma regra de A) tevê – pôde – vê
acentuação gráfica os vocábulos Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito per-
A) também e coincidência. feito do Indicativo) = acento diferencial (que ainda preva-
lece após o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de
B) quilômetros e tivéssemos.
“pode” – presente do Indicativo; vê = monossílaba termi-
C) jogá-la e incrível.
nada em “e”
D) Escócia e nós. B) únicas – histórias – saudáveis
E) correspondência e três. Únicas = proparoxítona; história = paroxítona termi-
nada em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em
09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- ditongo.
PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de C) indivíduo – séria – noticiários
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria =
(...) CERTO ( ) ERRADO paroxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona
terminada em ditongo.
GABARITO D) diário – máximo – satélite
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo =
01. E 02. D 03. E 04. C 05. E proparoxítona; satélite = proparoxítona.
06. C 07. D 08. B 09. E
5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxíto-
RESOLUÇÃO na. Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúlti-
ma sílaba é tônica, “mais forte”).
1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona RESPOSTA: “ERRADO”.
terminada em ditongo / suíços = regra do hiato
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em 6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diá-
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida ria = paroxítona terminada em ditongo; paciência = paro-
de “s”) xítona terminada em ditongo. Os três vocábulos são acen-
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / tuados devido à mesma regra.
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do RESPOSTA: “CERTO”.
hiato 7-) Vamos classificar as palavras do enunciado:
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após 1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
3-) países = regra do hiato
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
4-) será = oxítona terminada em “a”
“o” + “s” a) trajetória, inútil, café e baú.
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto- Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil =
na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato paroxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em
“e”
2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, pri- b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
meiro temos que classificar as palavras do enunciado Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaús-
quanto à posição de sua sílaba tônica: tre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i +
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An- s”; sofá = oxítona terminada em “a”.
tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago- c) necessário, túnel, infindáveis e só.
ra, vamos à análise dos itens apresentados: Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; = paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona
acórdão = paroxítona terminada em “ão” terminada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada d) médio, nível, raízes e você.
em “o” Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = pa-
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro- roxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será =
paroxítona oxítona terminada em “a”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

e) éter, hífen, propôs e saída. Alagoas alagoano


Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona Amapá amapaense
terminada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; Aracaju aracajuano ou aracajuense
saída = regra do hiato. Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
8-) Brasília brasiliense
A) também e coincidência. Cabo Frio cabo-friense
Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência Campinas campineiro ou campinense
= paroxítona terminada em ditongo
Adjetivo Pátrio Composto
B) quilômetros e tivéssemos.
Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparo- Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
xítona elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru-
C) jogá-la e incrível. dita. Observe alguns exemplos:
Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona termi- África afro- / Cultura afro-americana
nada em “l’ Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto
D) Escócia e nós. -inglesas
Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = América américo- / Companhia américo-africana
monossílaba terminada em “o + s” Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
E) correspondência e três. China sino- / Acordos sino-japoneses
Correspondência = paroxítona terminada em ditongo; Espanha hispano- / Mercado hispano-português
três = monossílaba terminada em “e + s” Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia-
9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monos- nas
sílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em Grécia greco- / Filmes greco-romanos
ditongo aberto “éu”. Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
RESPOSTA: “ERRADO”. Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

Flexão dos adjetivos


EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS;
O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos


Adjetivo
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou ca- referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
racterística do ser e se relaciona com o substantivo. substantivos, classificam-se em:
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per- Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculi-
cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode no e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau
ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso, e má, judeu e judia.
moça bondosa, pessoa bondosa. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe-
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua- minino somente o último elemento. Por exemplo: o moço
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho- norte-americano, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher
Morfossintaxe do Adjetivo: feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando político-social.
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
ou do objeto). Número dos Adjetivos

Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Plural dos adjetivos simples

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Ob- Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo
serve alguns deles: com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
Estados e cidades brasileiros: zes, ruim e ruins boa e boas

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LÍNGUA PORTUGUESA

Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça No comparativo de superioridade analítico, entre os
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
que estiver qualificando um elemento for, originalmente, rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...
um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: do que” ou “mais...que”.
a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adje- O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos rioridade Sintético
cinza.
Veja outros exemplos: Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su-
Motos vinho (mas: motos verdes) perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
Paredes musgo (mas: paredes brancas). bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). grande/maior, baixo/inferior.
Observe que:
Adjetivo Composto a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- pectivamente.
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
o último elemento concorda com o substantivo a que se (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, de-
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja ve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica- grande e mais pequeno. Por exemplo:
rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- mentos.
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um duas qualidades de um mesmo elemento.
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
invariável. Por exemplo: Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de
Camisas rosa-claro. Inferioridade
Ternos rosa-claro. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Superlativo
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- vado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser ab-
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre soluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
têm os dois elementos flexionados. um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
senta-se nas formas:
Grau do Adjetivo
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten- vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: O secretário é muito inteligente.
o comparativo e o superlativo. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo
de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
Comparativo
Observe alguns superlativos sintéticos:
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- benéfico beneficentíssimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- bom boníssimo ou ótimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de comum comuníssimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe cruel crudelíssimo
os exemplos abaixo: difícil dificílimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade doce dulcíssimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da fácil facílimo
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou fiel fidelíssimo
quão.
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe- ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
rioridade Analítico relação pode ser:

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LÍNGUA PORTUGUESA

De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
de todo, de muito, por completo.
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
etc., antepostos ao adjetivo. doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata-
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente,
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. tempos em tempos, em breve, hoje em dia
A forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá,
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,
as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o
desagradável hiato i-í. adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter-
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em
Advérbio cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta

O advérbio, assim como muitas outras palavras existen- de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
tes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de
proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz referên- de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel-
cia ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo, ou mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
seja, indicando as circunstâncias em que esse processo se
desenvolve. de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe-
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no senti- tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indu-
do de caracterizar os processos expressos por ele. Contu- bitavelmente (=sem dúvida).
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se- de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
guem alguns exemplos: mente, simplesmente, só, unicamente
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
você está até bem informado. de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad- bém
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica de designação: Eis
outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra
de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quando?
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar
(tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade),
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim
para quê? (finalidade)
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
mos de locução adverbial, representada por algumas ex-
pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, Locução adverbial
de modo algum, entre outras.
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér- É reunião de duas ou mais palavras com valor de advér-
bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez bio. Exemplo:
expressas por: Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres-
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, pondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu
frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior apressadamente.
parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste- Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, modo são flexionados, sendo que os demais são todos in-
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa- variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
mente categoria dos advérbios é a de grau:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - No caso de os nomes próprios personativos estarem
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
- inconstitucionalissimamente, etc.; os Incas, Os Astecas...

Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho. para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o
artigo), o pronome assume a noção de qualquer.
Artigo Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, dos. (qualquer classe)
indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o - Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa-
gênero e o número dos substantivos. cultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
Classificação dos Artigos
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma
Artigos Definidos: determinam os substantivos de ma-
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve
neira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
ter é uns vinte anos.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei - O artigo também é usado para substantivar palavras
um animal. oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê
de tudo isso.
Combinação dos Artigos - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re-
lativo cujo (e flexões).
É muito presente a combinação dos artigos definidos Este é o homem cujo amigo desapareceu.
e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por Este é o autor cuja obra conheço.
essas combinações: - Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
Preposições Artigos a menos que venham especificadas.
o, os Eles estavam em casa.
a ao, aos Eles estavam na casa dos amigos.
de do, dos Os marinheiros permaneceram em terra.
em no, nos Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
por (per) pelo, pelos
a, as um, uns uma, umas - Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata-
à, às - - mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa
da, das dum, duns duma, dumas excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
na, nas num, nuns numa, numas
pela, pelas - - - Não se une com preposição o artigo que faz parte do
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com Estado de S. Paulo.
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe-
cida por crase.
Morfossintaxe
Constatemos as circunstância
os em que os artigos se manifestam: Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas
relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal
numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar do substantivo a que se refere. Tal função independe da
das olimpíadas. função exercida pelo substantivo:
A existência é uma poesia.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso Uma existência é a poesia.
do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza,
A Bahia... Conjunção
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por
- No caso de nomes próprios personativos, denotando exemplo:
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
do artigo: O Pedro é o xodó da família. amiguinhas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Conjunções subordinativas


1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu
as amiguinhas - CAUSAIS
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que,
Cada informação está estruturada em torno de um ver- uma vez que, como (= porque).
bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
ções:
- COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e
como, mais...do que, menos...do que.
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. Ela fala mais que um papagaio.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. - CONCESSIVAS
As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
mesmo que, apesar de, se bem que.
Observe: Gosto de natação e de futebol. Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar
“e” está ligando termos de uma mesma oração. de estar cansada)
Apesar de ter chovido fui ao cinema.
Morfossintaxe da Conjunção
- CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo,
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
conforme, consoante
cem propriamente uma função sintática: são conectivos. Cada um colhe conforme semeia.
Classificação Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor-
- Conjunções Coordenativas midade.
- Conjunções Subordinativas
- CONSECUTIVAS
Conjunções coordenativas Expressam uma ideia de consequência.
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
Dividem-se em: “tanto”, “tão”, “tamanho”).
Falou tanto que ficou rouco.
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gos-
to de cantar e de dançar. - FINAIS
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Todos trabalham para que possam sobreviver.
também, não só...como também.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que,
porque (=para que),
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. - PROPORCIONAIS
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu- Principais conjunções proporcionais: à medida que,
do, todavia, no entanto, entretanto. quanto mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - TEMPORAIS
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
quer...quer, já...já. logo que.
Quando eu sair, vou passar na locadora.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora-
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar. Diferença entre orações causais e explicativas
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
lá fora. atropelado”:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
(antes do verbo), porquanto. va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) As orações são coordenadas e, por isso, independen- Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres-
tes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as ora- são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te
ções que vêm marcadas por vírgula. chamando! Ei, espere!”
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Ora- em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por
ção Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela favor, faça silêncio!”
será explicativa. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im- puxa: interjeição; tom da fala: euforia
perativo) Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra puxa: interjeição; tom da fala: decepção
cidade porque não havia cemitério no local.” As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo 1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é tristeza, dor, etc.
colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção Você faz o que no Brasil?
como - o que não ocorre com a CS Explicativa. Eu? Eu negocio com madeiras.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar Ah, deve ser muito interessante.
os mortos em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
2) Sintetizar uma frase apelativa
dependentes uma da outra.
Cuidado! Saia da minha frente.
As interjeições podem ser formadas por:
Interjeição
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
- palavras: Oba!, Olá!, Claro!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!,
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre
Ora bolas!
o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento
sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve-
linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. exemplo:
Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim- riedade)
plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
As sentenças da língua costumam se organizar de for-
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e Classificação das Interjeições
os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra- Comumente, as interjeições expressam sentido de:
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser Atenção!, Olha!, Alerta!
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
Bravo! Bis! - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi mui- - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
to bom! Repitam!” - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = sen- Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
tença (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!” - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
Boa!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- - Desculpa: Perdão!
plos: - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Oh!, Eh!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Epa!, Ora!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que Cruz!, Putz!
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
to de enunciação. Exemplos: Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha- o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
me, Deus! sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter-
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! jeições presença constante nos textos publicitários.

Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/


é, não sofrem variação em gênero, número e grau como morf89.php
os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al- Numeral
gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
Numeral é a palavra que indica os seres em termos nu-
dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
méricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
em determinada sequência.
até loguinho.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
Locução Interjetiva
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex- Eu quero café duplo, e você?
pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bo- ...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
las! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! ...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência
Alto lá! Muito bem! de “fila”]
Observações: Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. os números indicam em relação aos seres. Assim, quando
Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se
Peço-lhe que me desculpe. trata de numerais, mas sim de algarismos.
- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
gramaticais podem aparecer como interjeições. vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
Viva! Basta! (Verbos) proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Fora! Francamente! (Advérbios) dúzia, par, ambos(as), novena.
- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra-
se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Classificação dos Numerais
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bási-
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitati- co: um, dois, cem mil, etc.
vas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba!
Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a di-
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo
visão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
e não a fazemos depois do “ó” vocativo.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho!
Obrigadinho! Leitura dos Numerais

Interjeições, leitura e produção de textos Separando os números em centenas, de trás para fren-
te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas
Usadas com muita frequência na língua falada informal, e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses
quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos- conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con-
tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali- junção “e”.
dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o e vinte e seis.
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão dos numerais

Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.

Os numerais ordinais variam em gênero e número:


primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e con-
seguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas
do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de senti-
do. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

Emprego dos Numerais

*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos

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LÍNGUA PORTUGUESA

doze décimo segundo - doze avos


treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmen-
te há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.

2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.

3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas:
abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor
de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:

1. Combinação: A preposição não sofre alteração.


preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
Dicas sobre preposição

1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja um
artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular e feminino.
A dona da casa não quis nos atender.
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar um tratamento adequado.

- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo.
Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como parte da família
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
das preposições: variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Destino = Irei para casa. ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Modo = Chegou em casa aos gritos. através do pronome seja coerente em termos de gênero
Lugar = Vou ficar em casa; e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. nossa escola neste ano.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra- [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
tamento. adequada]
Instrumento = Escreveu a lápis. [neste: pronome que determina “ano” = concordância
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe. adequada]
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
Companhia = Estarei com ele amanhã. dância inadequada]
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco. Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
Pronomes Pessoais
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
Fonte: diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”,
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e
Pronome “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa
ou às pessoas de quem fala.
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
de alguma forma. ou do caso oblíquo.

Pronome Reto
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so-
nhos! Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
[substituição do nome] tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores.
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo- Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
nita! nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
[referência ao nome] principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Essa moça morava nos meus sonhos! Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
[qualificação do nome] gurado:
Grande parte dos pronomes não possuem significados - 1ª pessoa do singular: eu
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro - 2ª pessoa do singular: tu
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- - 3ª pessoa do singular: ele, ela
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos - 1ª pessoa do plural: nós
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro- - 2ª pessoa do plural: vós
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 3ª pessoa do plural: eles, elas
têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação Atenção: esses pronomes não costumam ser usados
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, como complementos verbais na língua-padrão. Frases
os pronomes apresentam uma forma específica para cada como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
pessoa do discurso. eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? me até aqui”.
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
fala] Obs.: frequentemente observamos a omissão do prono-
me reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as pró-
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. prias formas verbais marcam, através de suas desinências,
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
se fala] boa viagem. (Nós)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome Oblíquo Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as-


sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen- viram + o: viram-no
tença, exerce a função de complemento verbal (objeto di- repõe + os = repõe-nos
reto ou indireto) ou complemento nominal. retém + a: retém-na
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) tem + as = tem-nas
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma
variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação Pronome Oblíquo Tônico
indica a função diversa que eles desempenham na oração:
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos
marca o complemento da oração. por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
tônicos.
forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con-
Pronome Oblíquo Átono
figurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
fraca: Ele me deu um presente. - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con- - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
figurado: - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 1ª pessoa do singular (eu): me - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 1ª pessoa do plural (nós): nos nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
- 2ª pessoa do plural (vós): vos demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
- As preposições essenciais introduzem sempre prono-
Observações: mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por forma:
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome Não há mais nada entre mim e ti.
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Não há nenhuma acusação contra mim.
diretos como objetos indiretos. Não vá sem mim.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
objetos diretos. de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi- uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
nome, deverá ser do caso reto.
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
Não vá sem eu mandar.
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês? - A combinação da preposição “com” e alguns prono-
- Não, no-la contaram. mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
No português do Brasil, essas combinações não são go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
é muito raro. companhia.
Ele carregava o documento consigo.
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
especiais depois de certas terminações verbais. Quando o por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma são reforçados por palavras como outros, mesmos, pró-
lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal prios, todos, ambos ou algum numeral.
é suprimida. Por exemplo: Você terá de viajar com nós todos.
fiz + o = fi-lo Estávamos com vós outros quando chegaram as más
fazeis + o = fazei-lo notícias.
dizer + a = dizê-la Ele disse que iria com nós três.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.


Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlo-
cutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.


Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri- 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-


jam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e anotações.
os pronomes oblíquos empregados em relação a eles de-
vem ficar na 3ª pessoa. 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes- quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. os passos. (= Vou seguir seus passos.)
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
Pronomes Demonstrativos
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de Os pronomes demonstrativos são utilizados para expli-
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto citar a posição de uma certa palavra em relação a outras
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos espaço, no tempo ou discurso.
teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos No espaço:
seus cabelos. (correto) Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos carro está perto da pessoa que fala.
teus cabelos. (correto) Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da
Pronomes Possessivos pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo quem falo.
(coisa possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo
singular)
quanto por meio de correspondência, que é uma moda-
lidade escrita de fala), são particularmente importantes o
NÚMERO PESSOA PRONOME
singular primeira meu(s), minha(s) este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao
singular segunda teu(s), tua(s) emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los
singular terceira seu(s), sua(s) pode causar ambiguidade.
plural primeira nosso(s), nossa(s) Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de soli-
plural segunda vosso(s), vossa(s) citar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da
plural terceira seu(s), sua(s) universidade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em parti-
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa cipar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universi-
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- dade que envia a mensagem).
dam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua
contribuição naquele momento difícil. No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
Observações: refere ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar refere a um passado próximo.
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
seu José.
está se referindo a um passado distante.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
se. Podem ter outros empregos, como: - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 aquela(s).
anos. Invariáveis: isto, isso, aquilo.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
seus defeitos, mas eu gosto muito dela. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
trouxe sua mensagem? que te indiquei.)

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LÍNGUA PORTUGUESA

- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
que o procuraram ontem. ora pronomes indefinidos adjetivos:
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
o problema. demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
- tal, tais: Tal era a solução para o problema. quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Note que: Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
construções redundantes, com finalidade expressiva, para riáveis e invariáveis. Observe:
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pou-
das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
ca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns,
nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros,
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen-
quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias,
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- tantas, outras, quantas.
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
pressentiam. algo, cada.
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente ex-
presso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, São locuções pronominais indefinidas:
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as
vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
fizesse. quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em uma ou outra, etc.
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram Cada um escolheu o vinho desejado.
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então:
este solteiro, aquele casado] Indefinidos Sistemáticos

- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô- Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, per-
nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? cebemos que existem alguns grupos que criam oposição
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sen-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, tido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmati-
= naquilo) va, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa;
alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/nada,
Pronomes Indefinidos que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer,
que generaliza.
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- Essas oposições de sentido são muito importantes na
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
quantidade indeterminada.
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
-plantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma de que fazem parte:
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resulta-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- do prático.
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: Czrávamos no exterior.
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. lavras:
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo
guém, outrem, quem, tudo. como você agiu semana passada.
Algo o incomoda? - quando (= em que): Bons eram os tempos quando
Quem avisa amigo é. podíamos jogar videogame.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade numa só frase.
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). O futebol é um esporte.
Cada povo tem seus costumes. O povo gosta muito deste esporte.
Certas pessoas exercem várias profissões. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de na oração em relação ao verbo:
gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. 1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
Pronomes Interrogativos 3. mesóclise: pronome no meio do verbo

São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- Próclise


retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual - Palavras com sentido negativo:
(e variações), quanto (e variações). Nada me faz querer sair dessa cama.
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. Não se trata de nenhuma novidade.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas - Advérbios:
preferes. Nesta casa se fala alemão.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte Naquele dia me falaram que a professora não veio.
quantos passageiros desembarcaram.
- Pronomes relativos:
Sobre os pronomes: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo - Pronomes indefinidos:
quando desempenha função de complemento. Vamos en- Quem me disse isso?
tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
frase e que função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. - Pronomes demonstrativos:
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia Isso me deixa muito feliz!
lhe ajudar. Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” - Preposição seguida de gerúndio:
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site
reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” mais indicado à pesquisa escolar.
exercendo função de complemento, e, consequentemente, - Conjunção subordinativa:
é do caso oblíquo. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para Ênclise
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
Importante: Em observação à segunda oração, o em- nos. A ênclise vai acontecer quando:
prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver- - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode Amem-se uns aos outros.
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo Sigam-me e não terão derrotas.
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio. - O verbo iniciar a oração:
Eu desejo lhe perguntar algo. Diga-lhe que está tudo bem.
Eu estou perguntando-lhe algo. Chamaram-me para ser sócio.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos posição “a”:
de preposição. Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
eu estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o - O verbo estiver no gerúndio:
que eu estava fazendo. Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de des-
preocupada.
Colocação Pronominal Despediu-se, beijando-me a face.

A colocação pronominal é a posição que os pronomes - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mesóclise 04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a


alternativa em que o pronome destacado está posicionado
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado de acordo com a norma-padrão da língua.
no futuro do presente ou no futuro do pretérito: (A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= (B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
ela se realizará)
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
proposta a você)
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alterna-
Questões sobre Pronome tiva cujo emprego do pronome está em conformidade com
a norma padrão da língua.
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, (B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba-
não está claro até onde pode realmente chegar uma po- lada.
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
lítica baseada em melhorar a eficiência sem preços ade- (D) Conformado, se rendeu às punições.
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- 06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que
Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem
ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre (C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos
será a segunda opção. restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que
abrisse a bolsa que encontrara.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- (E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
ferem- -se, respectivamente, a dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
(A) dúvidas e preços.
(B) dúvidas e insumos básicos. 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram
(C) companhias e insumos básicos. produtos______ não necessitam e______ tendo de pagar
(D) companhias e preços do carbono e da água. tudo______ prazo.
(E) políticas de crescimento e preços adequados. Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- A) a que … acaba … à
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- B) com que … acabam … à
fado está corretamente substituído por um pronome em: C) de que … acabam … a
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo D) em que … acaba … a
E) dos quais … acaba … à
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes
desalentado 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e res-
conhecê-lo? pectivamente, as lacunas do trecho.
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
parecia ser-lhe vem fazia referência______ violência______ o brasileiro esta-
E) incomodaram o general... − incomodaram-no va sujeito de forma cômica.
A) Fazem... a ... de que
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). B) Faz ...a ... que
C) Fazem ...à ... com que
A substituição do elemento grifado pelo pronome cor- D) Faz ...à ... que
respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de E) Faz ...à ... a que
modo INCORRETO em:
A) mostrando o rio= mostrando-o. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. lantes.
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a ca-
lhes acrescentariam. beça...
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos 6-)


grifados acima foram corretamente substituídos por um (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação
pronome, na ordem dada, em: de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los abrisse a bolsa que encontrara.
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los (E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten-
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram
adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos produtos de que não necessitam e acabam tendo
estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimen- de pagar tudo a prazo.
tos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. – 8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
de acordo com a norma-padrão, os pronomes que substi-
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro
tuem, corretamente, os termos em destaque são:
estava sujeito de forma cômica.
A) os comprovam … ajudá-la.
Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
B) os comprovam …ajudar-la.
C) os comprovam … ajudar-lhe. 9-)
D) lhes comprovam … ajudar-lhe. devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblí-
E) lhes comprovam … ajudá-la. quo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
GABARITO “lhe” é para objeto indireto
convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C to; “lhe” é para objeto indireto
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
RESOLUÇÃO mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
munhas vão ajudar a polícia na investigação.
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primei- felizmente os comprovam ... ajudá-la
ro, não está claro até onde pode realmente chegar uma (advérbio)
política baseada em melhorar a eficiência sem preços ade-
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países Substantivo
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer nos, os substantivos também nomeiam:
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira -sentimentos: raiva, amor...
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem -estados: alegria, tristeza...
eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre -qualidades: honestidade, sinceridade...
será a segunda opção. -ações: corrida, pescaria...
2-)
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
Morfossintaxe do substantivo
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em ge-
desalentado
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de ral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo:
conhecê-las ? atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode
parecia sê-lo ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob-
4-) jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe-
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. nhadas por grupos de palavras.
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança
5-) Classificação dos Substantivos
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. 1- Substantivos Comuns e Próprios
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba- Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila,
lada. com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas
(D) Conformado, rendeu-se às punições. (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro
(E) Todos querem que se combata a corrupção. de uma cidade (em oposição aos bairros).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade.
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem,
mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos

LÂMPADA MALA

Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São
substantivos concretos.

Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.

Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí-
dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).

3 - Substantivos Coletivos

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais
outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma
espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
espécie.

Substantivo coletivo Conjunto de:


assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
acervo livros
antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
batalhão soldados
cardume peixes

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LÍNGUA PORTUGUESA

caravana viajantes peregrinos


cacho frutas
cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
chusma gente, pessoas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas.
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
enxoval roupas
falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinadores
júri jurados
legião soldados, anjos, demônios
leva presos, recrutas
malta malfeitores ou desordeiros
manada búfalos, bois, elefantes,
matilha cães de raça
molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
rebanho ovelhas
récua bestas de carga, cavalgadura
repertório peças teatrais, obras musicais
réstia alhos ou cebolas
romanceiro poesias narrativas
revoada pássaros
sínodo párocos
talha lenha
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos

Formação dos Substantivos

Substantivos Simples e Compostos

Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.


O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.


Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elemen-
tos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.

Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivos Primitivos e Derivados Saiba que: Substantivos de origem grega terminados


em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
Meu limão meu limoeiro, sistema, o sintoma, o teorema.
meu pé de jacarandá... - Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
nenhum outro dentro de língua portuguesa. (cidade)

Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ne- Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
nhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O subs-
tantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da pa- - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno -
lavra limão. aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra masculino: freguês - freguesa
palavra. - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
três formas:
Flexão dos substantivos - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar: Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão -
Plural: meninos Feminino: menina sultana
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho - Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
Flexão de Gênero - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque -
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: final por -a: elefante - elefanta
O velho e o mar
Um Natal inesquecível - Substantivos que têm radicais diferentes no masculino
Os reis da praia e no feminino: bode – cabra / boi - vaca

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po- - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
A história sem fim czar – czarina réu - ré
Uma cidade sem passado Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
As tartarugas ninjas
Epicenos:
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no- ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está para indicar o masculino e o feminino.
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for- Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser- para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
- prefeita a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam macho e fêmea.
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto A cobra macho picou o marinheiro.
para o feminino. Classificam-se em: A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré Sobrecomuns:
fêmea. Entregue as crianças à natureza.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas: A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas-
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ído- culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
lo, o indivíduo. o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a doen- A criança chorona chamava-se João.
te, o artista e a artista. A criança chorona chamava-se Maria.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Outros substantivos sobrecomuns: frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
criatura. manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (che-
Marcela faleceu fe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa,
dissidência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza
Comuns de Dois Gêneros: (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos),
a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado,
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma usado na administração da crisma e de outros sacramen-
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. tos), a crisma (sacramento da confirmação), o cura (páro-
A distinção de gênero pode ser feita através da análise co), a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substan- estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que
tivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jo- guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das
vem - uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa
francês - repórter francesa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de paga-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos mentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento),
dois gêneros. o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada pre- ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a
ferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor),
os personagens dos contos de carochinha. maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (pon-
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- cho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo),
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
aceitam a personagem. voga (remador), a voga (moda, popularidade).

Flexão de Número do Substantivo


- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte.
Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
do plural é o “s” final.
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
Plural dos Substantivos Simples
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libi- “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
do, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa). ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
- cânones.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori- - Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo- “ns”: homem - homens.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o - Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra- Atenção: O plural de caráter é caracteres.
coma, o hematoma.
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. - Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
Gênero dos Nomes de Cidades: col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
e cônsules.
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto. - Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
A dinâmica São Paulo. duas maneiras:
A acolhedora Porto Alegre. - Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
Uma Londres imensa e triste.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.

Gênero e Significação: Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
Muitos substantivos têm uma significação no masculino - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à duas maneiras:

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o - Casos Especiais


acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- o bem-me-quer e os bem-me-queres
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. o joão-ninguém e os joões-ninguém.

- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de Plural das Palavras Substantivadas


três maneiras.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: O aluno errou na prova dos noves.
o látex - os látex. Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
Plural dos Substantivos Compostos não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos
seis e alguns dez.
-A formação do plural dos substantivos compostos de-
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras Plural dos Diminutivos
que formam o composto e da relação que estabelecem en-
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/ pãe(s) + zinhos = pãezinhos
malmequeres. animai(s) + zinhos = animaizinhos
O plural dos substantivos compostos cujos elementos botõe(s) + zinhos = botõezinhos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: colhere(s) + zinhas = colherezinhas
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores flore(s) + zinhas = florezinhas
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- mão(s) + zinhas = mãozinhas
feitos papéi(s) + zinhos = papeizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho- nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
mens funi(s) + zinhos = funizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando pé(s) + zinhos = pezinhos
formados de: pé(s) + zitos = pezitos
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e Plural dos Nomes Próprios Personativos
alto- -falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re- Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
cos sempre que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando As Raquéis e Esteres.
formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água- Plural dos Substantivos Estrangeiros
de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava- Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
lo-vapor e cavalos-vapor critos como na língua original, acrescentando-se “s” (ex-
substantivo + substantivo que funciona como determi- ceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts,
nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do os jazz.
termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-re-
lógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor-
homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada. do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os gar-
- Permanecem invariáveis, quando formados de: çons, os réquiens.
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora Observe o exemplo:
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa- Este jogador faz gols toda vez que joga.
ca-rolhas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural com Mudança de Timbre Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo


que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Certos substantivos formam o plural com mudança de Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indica-
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato dor de diminuição. Por exemplo: casinha.
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
Verbo
Singular Plural
corpo (ô) corpos (ó) Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
esforço esforços número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
fogo fogos processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
forno fornos ocorrência (nascer); desejo (querer).
fosso fossos O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não
imposto impostos os seus possíveis significados. Observe que palavras como
olho olhos
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
osso (ô) ossos (ó)
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
ovo ovos
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos
poço poços
possuem.
porto portos
posto postos
tijolo tijolos Estrutura das Formas Verbais

Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, apresentar os seguintes elementos:
etc. - Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
de molho (ó) = feixe (molho de lenha). (radical fal-)
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica
Particularidades sobre o Número dos Substantivos a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar),
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I -
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. (partir).
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, - Desinência modo-temporal: é o elemento que desig-
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. na o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do sin- falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
gular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
bom nome) e honras (homenagem, títulos).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas - Desinência número-pessoal: é o elemento que desig-
com sentido de plural: na a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular
Aqui morreu muito negro. ou plural):
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
improvisadas. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Flexão de Grau do Substantivo
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
normal. Por exemplo: casa algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do
ser. Classifica-se em: Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjeti- Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura


vo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indica- tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
dor de aumento. Por exemplo: casarão. exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do rão, nutriríamos.
ser. Pode ser:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação dos Verbos * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
Classificam-se em: plural.
A fruta amadureceu.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências As frutas amadureceram.
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca al-
terações no radical: canto cantei cantarei cantava Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
cantasse. verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações receu bastante.
no radical ou nas desinências: faço fiz farei fizesse. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vo-
zes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo,
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conjuga- cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
ção completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e
pessoais: Os principais verbos unipessoais são:
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os (preciso, necessário, etc.):
principais verbos impessoais são: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
zar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) dos da conjunção que.
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei
de fumar.)
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Era primavera quando a conheci.
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Estava frio naquele dia.
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natu-
vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente
amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói,
do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar -
“Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “ama-
nhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, o que provavelmente causaria problemas de interpretação
empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal em certos contextos.
para ser pessoal.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do pre-
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) sente do indicativo computo, computas, computa - formas
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso
efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáti-
** São impessoais, ainda: cos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com
o desenvolvimento e a popularização da informática, tem
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
tempo: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição - Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas- forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno
fêmias. costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas re-
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está gulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas
bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re- formas curtas (particípio irregular). Observe:
ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
se, tais verbos, então, pessoais.

4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de


“ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?

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LÍNGUA PORTUGUESA

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

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LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

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LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mes-
ma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibili-
dade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia re-
flexiva expressa pelo radical do próprio verbo.

Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):


Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.

57
LÍNGUA PORTUGUESA

Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular

Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
modos:

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre estudo.

Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.

Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, menino.

Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de subs-
tantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta
desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)

Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:


Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:

58
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Tempos do Indicativo

- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.

- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.

- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.

- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as li-
ções quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples).

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.

- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu tivesse
dinheiro, viajaria nas férias.

2. Tempos do Subjuntivo

- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à
loja, levará as encomendas.

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

59
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

60
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

61
LÍNGUA PORTUGUESA

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.

- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Assinale a
alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão.
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram.
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos.
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização.
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.

02. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
(B) ... era a capital da China.
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(D) ... dispararam na última década.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

03. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão corretos em:
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram mais do que o esquecimento
e a passagem do tempo.
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge do es-
quecimento, em 1974.
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobreviram
longos anos de esquecimento.
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atro-
pelos do turismo selvagem.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico
de inegável valor histórico.

04. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Tinham seus prediletos ...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) Dumas consentiu.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”.
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos...
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana.
(E) ... que cedesse o nome de seu herói...

05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto dos
pequenos bons momentos.

62
LÍNGUA PORTUGUESA

B) Há até quem queira saber quem fosse o maior ban- (A) Existe – existe
dido entre os que recebessem destaque nos popularescos (B) Existem – existirão
programas da TV. (C) Existirão – existirá
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- (D) Existem – existirá
tam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha (E) Existiriam – existiria
aspirações a ser metafísica.
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em 10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu- ... pois assim se via transportado de volta “à glória que
par-se com os degraus da notoriedade. foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”.
E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
grande nos momentos felizes, menos precisaríamos nos grifado acima está em:
preocupar com conquistas superlativas. a) Poe certamente acreditava nisso...
b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de
06. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – casa...
FCC/2012) ...Ou pretendia. c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verdadeiro, embora não de modo consciente.
grifado acima está em: d) ... como um legado que provê o fundamento de nos-
a) ... ao que der ... sas sensibilidades.
b) ... virava a palavra pelo avesso ... e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação
c) Não teria graça ... da princesa homérica?
d) ... um conto que sai de um palíndromo ...
e) ... como decidiu o seu destino de escritor. GABARITO

07. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante 01.E 02. B 03. D 04. D 05. E
que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultu- 06.B 07. E 08. C 09. D 10.B
ra empresarial, por meio das ações e projetos de Educação
Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. RESOLUÇÃO
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
1-) Correção à frente:
verbo grifado na frase acima está em:
(A) Absteu-se = absteve-se
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, polí-
(B) mas já os reaveram = reouveram
ticas...
(C) se vocês verem = virem
(B) ... as definições de Educação Ambiental são abran-
(D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos
gentes...
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
eletrônicos.
vel...
(D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvol- 2-) Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo
vimento humano. A = contornam – presente do Indicativo
(E)... e reforce a identidade das comunidades. B = era = pretérito imperfeito do Indicativo
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo
08. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JA- D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indi-
NEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIO- cativo
TECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase “se você E = acompanham = presente do Indicativo
quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua 3-) Acrescentei as formas verbais adequadas nas ora-
forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a ções analisadas:
forma verbal está ERRADA é (A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty
(A) se você se opuser a esse desejo. não prescindiram e não requiseram (requereram) mais do
(B) se você requerer este documento. que o esquecimento e a passagem do tempo.
(C) se você ver esse quadro. (B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para
(D) se você provier da China. sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge
(E) se você se entretiver com o jogo. (emerge) do esquecimento, em 1974.
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor-
09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so-
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases: breviram (sobrevieram) longos anos de esquecimento.
I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara. (D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando
II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicio- as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos
nal de 5,4 bilhões de reais por ano. atropelos do turismo selvagem.
Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o (E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
verbo haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o prestígio de
modo. um polo turístico de inegável valor histórico.

63
LÍNGUA PORTUGUESA

4-)Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos às alternativas:


Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo
Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo
Cedesse = pretérito do Subjuntivo

5-)
A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto dos
pequenos bons momentos.
B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido entre os que recebem destaque nos popularescos programas da
TV.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem aspira-
ções a ser metafísica.
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem em conta nossa condição de mortais, não precisariam preocupar-
se com os degraus da notoriedade.

6-) Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo


a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo
b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo
c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo
d) ... um conto que sai = presente do Indicativo
e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo

7-) O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.


(A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(B) ... as definições de Educação Ambiental são = presente do Indicativo
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... = presente do Indicativo
(D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
(E)... e reforce a identidade das comunidades. = presente do Subjuntivo.

8-)
(A) se você se opuser a esse desejo.
(B) se você requerer este documento.
(C) se você ver esse quadro.= se você vir
(D) se você provier da China.
(E) se você se entretiver com o jogo.

9-) Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do presente do indicativo.


Ao substituirmos pelo verbo “existir”, lembremo-nos de que esse sofrerá flexão de número (irá para o plural, caso seja
necessário):
I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano.
Existem / existirá.

10-) Foi = pretérito perfeito do Indicativo


a) Poe certamente acreditava = pretérito imperfeito do Indicativo
b) Se Grécia e Roma foram = pretérito perfeito do Indicativo
c) ... ainda seja = presente do Subjuntivo
d) ... como um legado que provê = presente do Indicativo
e) Seria = futuro do pretérito do Indicativo

Vozes do Verbo

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:

- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

64
LÍNGUA PORTUGUESA

- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)

Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

1- Voz Passiva Analítica

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.

Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a prepo-
sição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das
frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)

O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)


- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Obser-
ve a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar
como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença.

2- Voz Passiva Sintética

A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por
exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.

Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.


Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com
o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida
pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.

Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)


Sujeito da Ativa objeto Direto

A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)


Sujeito da Passiva Agente da Passiva

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exemplos:

65
LÍNGUA PORTUGUESA

- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- a) tinha interrompido.


nos. b) foram interrompidas.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pe- c) fora interrompido.
los mestres. d) haviam sido interrompidas.
e) haveriam de ser interrompidas.
- Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim. 03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en-
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: a seguinte forma verbal:
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. (A) são enfrentados.
(B) tem enfrentado.
Saiba que: (C) tem sido enfrentada.
(D) têm sido enfrentados.
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle- (E) é enfrentada.
xivos, são chamados neutros.
O vinho é bom. 04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
Aqui chove muito. FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a
responsabilidade de proteger pela via militar, a comunida-
- Há formas passivas com sentido ativo: de internacional [...] observe outro preceito ...
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nasci- passiva, a forma verbal resultante será:
do.) a) é observado.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) b) seja observado.
c) ser observado.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido pas- d) é observada.
sivo: e) for observado.
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Trans-
pondo- -se para a voz passiva a frase O poeta teria
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no senti- aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal re-
do cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo sultante será:
o sujeito é paciente. A) fora aberto.
Chamo-me Luís. B) abriria.
Batizei-me na Igreja do Carmo. C) teria sido aberto.
Operou-se de hérnia. D) teriam sido abertas.
Vacinaram-se contra a gripe. E) foi aberto.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ 06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PRO-


morf54.php FESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011) ...permite
que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de
Questões sobre Vozes dos Verbos algas tóxicas ameaça os peixes.
A transposição para a voz passiva da oração grifada aci-
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A fra- ma teria, de acordo com a norma culta, como forma verbal
se que admite transposição para a voz passiva é: resultante:
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. (A) ameaçavam.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma (B) foram ameaçadas.
grande diversidade de fenômenos. (C) ameaçarem.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- (D) estiver sendo ameaçada.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. (E) forem ameaçados.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...). 07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um
e da falsa consciência. figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista,
a forma verbal obtida será:
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a (A) pode ser obscurecido.
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho (B) obscurecerá.
... (C) pode ter obscurecido.
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma (D) pode ser obscurecida.
verbal corretamente obtida é: (E) será obscurecida.

66
LÍNGUA PORTUGUESA

08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO- 2-) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações
CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac- com o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva
tados pelas mídias de massa” terá dois: comunicações com o vizinho foram interrompi-
O fragmento transcrito acima apresenta uma constru- das pela Coreia...
ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva
encontra-se em: 3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concor-
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões rência dos autores anônimos = Séria concorrência é en-
de compra de uma família” frentada pela autoria...
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
mercado para a persuasão do público infantil” 4-) a comunidade internacional [...] observe outro pre-
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as ceito = se na voz ativa temos um verbo, na passiva tere-
crianças brasileiras nas práticas de consumo.” mos dois: outro preceito seja observado.
D) “Elas são assediadas pelo mercado”
E) “valores distorcidos são de fato um problema de or- 5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par-
dem ética” tes = Um diálogo teria sido aberto...

09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI- 6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação...
o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva, = voz passiva
obtém-se corretamente o seguinte segmento:
(A) tinha recebido promoção. 7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um
(B) estaria sendo promovido. protagonista.
(C) fizera a promoção. Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos
(D) estava sendo promovido. dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então:
A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por
(E) havia sido promovido.
um figurante.
10. -) (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
8-)
Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompa-
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci-
nhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celes-
sões de compra de uma família” = voz ativa
tes, sobretudo eclipses lunares e solares.
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
mercado para a persuasão do público infantil” = ativa (ver-
Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as for-
bo de ligação); não dá para passar para a passiva
mas verbais resultantes serão: C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
a) eram anotados e acompanhados. crianças brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa
b) fora anotado e acompanhado. D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva
c) foram anotados e acompanhados. E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
d) anota-se e acompanha-se. dem ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar
e) foi anotado e acompanhado. para a passiva
9-) o diretor estava promovendo seu filme = dois ver-
GABARITO bos na voz ativa, três na passiva: seu filme estava sendo
produzido.
01. B 02.B 03. E 04.B 05. C 10-)Marcgrave acompanhou e anotou alguns fenô-
06. E 07. D 08. D 09.D 10.C menos celestes = voz ativa com um verbo (sem auxiliar!),
então na passiva teremos dois: alguns fenômenos foram
RESOLUÇÃO acompanhados e anotados por Marcgrave.

1-)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE;
grande diversidade de fenômenos.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importância
vida (...). a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s),
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo
e da falsa consciência. e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utili-

67
LÍNGUA PORTUGUESA

zamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da compreensão da fusão das
duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a
preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma prepo-
sição e um artigo ou pronome. Observe:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo
“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a
união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não
pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
já especificados.

Casos em que a crase NÃO ocorre:

- diante de substantivos masculinos:


Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.

- diante de verbos no infinitivo:


A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- diante de numerais cardinais:


Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- diante de palavras femininas:


Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

68
LÍNGUA PORTUGUESA

- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar


Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)


Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:


Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:

Refiro-me a + aquele atentado.


Preposição Pronome

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja
outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pro-
nomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição
do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:

69
LÍNGUA PORTUGUESA

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Ro-
O monumento ao qual me refiro fica no centro da ci- berto.
dade. Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro-
berto.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a - diante de pronome possessivo feminino:
crase. Veja outros exemplos: Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. artigo. Observe:
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperan-
responder nenhuma das questões. do por você.
A sessão à qual assisti estava vazia. A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es-
perando por você.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
“a” também pode ser detectada através da substituição do as frases abaixo das seguintes formas:
termo regente feminino por um termo regido masculino. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Veja: Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país. - depois da preposição até:
As orações são semelhantes às de antes. Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Os exemplos são semelhantes aos de antes. Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o
Suas perguntas são superiores às dele. até à porta.
Seus argumentos são superiores aos dele. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
Sua blusa é idêntica à de minha colega. palestra vai até às cinco horas da tarde.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
A Palavra Distância Questões sobre Crase

Se a palavra distância estiver especificada, determinada, 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis-
a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos
de 100km daqui. (A palavra está determinada) jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequên-
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A cias estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas
palavra está especificada.) criminais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase saúde pública como programas de esclarecimento e pre-
não pode ocorrer. Por exemplo: venção, de tratamento para dependentes e de reintegração
Os militares ficaram a distância. desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um
Gostava de fotografar a distância. médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um droga-
Ensinou a distância. do da nossa própria família?
Dizem que aquele médico cura a distância. (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo,
Reconheci o menino a distância. 17.09.2012. Adaptado)
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambigui-
dade, pode-se usar a crase. Veja: As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Gostava de fotografar à distância. respectivamente, com:
Ensinou à distância. (A) aos … à … a … a
Dizem que aquele médico cura à distância. (B) aos … a … à … a
(C) a … a … à … à
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA (D) à … à … à … à
(E) a … a … a … a
- diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de no- 02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia
mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar- o texto a seguir.
tigo. Observe: Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa,
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. correu ______ cartomante para consultá-la sobre a verda-
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. deira causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______
cartomante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo repreendeu-a por ter feito o que fez.
feminino diante de nomes próprios femininos, então pode- (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias.
mos escrever as frases abaixo das seguintes formas: Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)

70
LÍNGUA PORTUGUESA

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cedere-
ordem dada: mos espaço ____ nenhuma ação que se proponha ____ pre-
A) à – a – a judicar nossas instituições.
B) a – a – à (A) à … à … à
C) à – a – à (B) a … à … à
D) à – à – a (C) à … a … a
E) a – à – à (D) à … à … a
(E) a … a … à
03 (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU-
NESP/2013) De acordo com a norma-padrão da língua 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está cor-
empregado em: retamente empregado em:
(A) A população, de um modo geral, está à espera de A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes.
desejos.
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen-
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
sarem a sua postura. nos mecanismos biológicos de controle emocional.
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
punições muito mais severas. D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a alimentam a violência crescente nas cidades.
vida dos demais motoristas e de pedestres. E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento dade atinge os mais vulneráveis.
da nova lei para que ela possa funcionar.
08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não O sinal indicativo de crase está correto em:
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
efervescente. área de biotecnologia.
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
se o segmento grifado for substituído por: à educação dos filhos.
A) leitura apressada e sem profundidade. C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
B) cada um de nós neste formigueiro. instalações do prédio.
C) exemplo de obras publicadas recentemente. D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
D) uma comunicação festiva e virtual. detalhe que envolva a segurança das pessoas.
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. E) É função da política é dedicar-se à todo problema
que comprometa o bem-estar do cidadão.
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013). 09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um ho-
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res- mem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e
socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa- citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga
e sossegada, fica sentada tricotando tranquilamente, im-
rá--lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando
passível ...... propensão de seu marido ...... investigar assas-
em liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão
sinatos.
e uma vida digna. (Adaptado de P.D.James, op.cit.)
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/
qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces- Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
so em: 18.08.2012. Adaptado) ordem dada:
(A) à - à - a
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti- (B) a - à - a
vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa- (C) à - a - à
drão da língua portuguesa. (D) a - à - à
A) à … à … à (E) à - a – a
B) a … a … à
C) a … à … à 10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
D) à … à ... a SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das op-
E) a … à … a ções abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente
indicado?
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura.
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) B) Ninguém se referira à essa ideia antes.
Assinale a alternativa que completa as lacunas do trecho a C) Esta era à medida certa do quarto.
seguir, empregando o sinal indicativo de crase de acordo D) Ela fechou a porta e saiu às pressas.
com a norma-padrão. E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo.

71
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO Vejamos:
Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos
01. B 02. A 03. A 04. A 05. D espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar
06.C 07. E 08. B 09.B 10. D nossas instituições.
* Sujeitar A + A corrupção;
RESOLUÇÃO * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais. ma” é pronome indefinido);
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina * que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no
não há crase) caso, oração subordinada com função de objeto indireto.
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo
vida = à) no infinitivo – “prejudicar”).
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en-
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de 7-)
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
pronome indefinido/relativo)
com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la so-
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
bre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por crase)
ter feito o que fez. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
3-) (artigo indefinido)
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
para substituir por “esperando”) de que de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- masculina)
sarem (antes de verbo) E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
punições (generalizando, palavra no plural) nal: desfavorável a?)
(D) À ninguém (pronome indefinido) 8-)
(E) Cabe à todos (pronome indefinido) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
área de biotecnologia. (artigo indefinido)
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à
da e sem profundidade. educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono- C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
me indefinido) instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
masculina) detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido) indefinido)
a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa- E) É função da política é dedicar-se à todo problema
lavra masculina) que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
definido)
5-) O Instituto Nacional de Administração Prisio-
9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no
nal (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de
singular e “frases”, no plural)
apoio___à__ ressocialização do indivíduo preso, com o ob-
Impassível à propensão (regência nominal: pede pre-
jetivo de prepará--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa
posição)
forma, quando em liberdade, ele estará capacitado__a___
A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen-
ter uma profissão e uma vida digna. to indicativo de crase)
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; Sequência: a / à / a.
- retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase. 10-)
A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e
6-) Vamos por partes! substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia)
- Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por- B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes
tanto: pede preposição; de pronome demonstrativo)
- quem cede, cede algo A alguém, então teremos obje- C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo
to direto e indireto; e substantivo, no caso. Diferente da conjunção proporcio-
- quem se propõe, propõe-se A alguma coisa. nal: À medida que lia, mais aprendia)

72
LÍNGUA PORTUGUESA

D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advér- O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é
bio de modo = apressadamente) a locução verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela:
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. = Que(m) é que foi convocado?
palavra masculina - Resposta: Os funcionários.
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcioná-
rios.
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo:
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO; Se ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um
estado ou um modo de ser, sem praticar ação alguma, será
denominado de VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de liga-
ção mais comuns são os seguintes: ser, estar, parecer, ficar,
O princípio é o verbo. permanecer e continuar. Não se esqueça, porém, de que só
será verbo de ligação o que indicar qualidade, estado ou
Essa é a premissa fundamental da Sintaxe, que é a parte modo de ser do sujeito, sem praticar ação alguma. Observe
da gramática que estuda as palavras enquanto elementos as seguintes frases:
de uma frase, as suas relações de concordância, de subor- O político continuou seu discurso mesmo com todas as
dinação e de ordem. Significa que, ao se realizar a análise vaias recebidas.
sintática de uma oração, sempre se inicia pelo verbo. É a Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indi-
partir dele que se descobre qual o sujeito da oração, se há a ca qualidade do sujeito, e sim ação.
indicação de qualidade, estado ou modo de ser do sujeito,
se ele pratica uma ação ou se a sofre, se há complemento A professora estava na sala de aula.
verbal, se há circunstância (adjunto adverbial), etc. Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica
Nem sempre o verbo se apresenta sozinho em uma qualidade do sujeito, e sim fato.
oração. Em muitos casos, surgem dois ou mais verbos jun- A garota estava muito alegre.
tos, para indicar que se pratica ou se sofre uma ação, ou Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do
que o sujeito possui uma qualidade. A essa junção, dá-se sujeito.
o nome de locução verbal. Toda locução verbal é formada Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou
por um verbo auxiliar (ou mais de um) e um verbo principal que participa ativamente de um fato, será denominado de
(somente um). VERBO INTRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo
O verbo auxiliar é o que se relaciona com o sujeito, por com o seguinte:
isso concorda com este, ou seja, se o sujeito estiver no
singular, o verbo auxiliar também ficará no singular; se o - Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar
sujeito estiver no plural, o verbo auxiliar também ficará no nessa frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo cor-
plural. Na Língua Portuguesa os verbos auxiliares são os se- rer: Quem corre, corre.
guintes: ser, estar, ter, haver, dever, poder, ir, dentre outros. - Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo
O verbo principal é o que indica se o sujeito possui uma que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por
qualidade, se ele pratica uma ação ou se a sofre. É o mais exemplo, o verbo comer: Quem come, come algo; ou o ver-
importante da locução. Na Língua Portuguesa, o verbo bo amar: Quem ama, ama alguém.
principal surge sempre no infinitivo (terminado em –ar, -er,
ou –ir), no gerúndio (terminado em –ndo) ou no particípio - Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo
(terminado em –ado ou –ido, dentre outras terminações). verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDI-
Veja alguns exemplos de locuções verbais: RETO. Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de
Os funcionários FORAM CONVOCADOS pelo diretor. algo ou de alguém. As preposições mais comuns são as
(aux.: SER; princ.: CONVOCAR) seguintes: a, de, em, por, para, sem e com.
Os estudantes ESTÃO RESPONDENDO às questões.
(aux.: ESTAR; princ.: RESPONDER) - Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. + algo/
Os trabalhadores TÊM ENFRENTADO muitos proble- alguém: Todo verbo que se encaixar nessa frase será TRAN-
mas.(aux.: TER; princ.: ENFRENTAR) SITIVO DIRETO E INDIRETO - também denominado de BI-
O vereador HAVIA DENUNCIADO seus companheiros. TRANSITIVO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem mostra,
(aux.: HAVER; princ.: DENUNCIAR) mostra algo a alguém; ou o verbo informar: Quem informa,
Os alunos DEVEM ESTUDAR todos os dias. (aux.: DEVER; informa alguém de algo ou Quem informa, informa algo a
princ.: ESTUDAR) alguém.

Sujeito: É importante salientar que um verbo só será TRAN-


SITIVO se houver complemento (objeto direto ou objeto
Para se descobrir qual o sujeito do verbo (ou da locu- indireto). A análise de um verbo depende, portanto, do
ção verbal), deve-se perguntar a ele (ou a ela) o seguinte: ambiente sintático em que ele se encontra. Um verbo que
Que(m) é que ..........? A resposta será o sujeito. Por exemplo, aparentemente seja transitivo direto pode ser, na realida-
analisemos a primeira frase dentre as apresentadas acima: de, intransitivo, caso não haja complemento. Por exemplo,
Os funcionários foram convocados pelo diretor. observe a seguinte frase:

73
LÍNGUA PORTUGUESA

O pior cego é aquele que não quer ver. 04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o ter-
O verbo “ver” é, aparentemente, transitivo direto, uma mo destacado é:
vez que se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, po- A) pronome possessivo
rém, que não há o “algo”. O pior cego é aquele que não B) complemento nominal
quer ver o quê? Não aparece na oração; não há, portanto, C) objeto indireto
o objeto direto. Como não o há, o verbo não pode ser tran- D) adjunto adnominal
sitivo direto, e sim intransitivo. E) objeto direto
Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, em-
presta a Deus. 05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito
Os verbos “dar” e “emprestar” são, aparentemente, das seguintes orações em relação aos verbos destacados:
transitivos diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas - Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de
frases Quem dá, dá algo a alguém e Quem empresta, em- vida.
presta algo a alguém. Ocorre, porém, que não há o “algo”. - Neste ano, quero prestar serviço voluntário.
Quem dá o que aos pobres empresta o que a Deus? Não
aparece na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como A)Tu – vós
não o há, os verbos não podem ser transitivos diretos e B)Nós – eu
indiretos, e sim somente transitivos indiretos. C)Vós – nós
D) Ele - tu
FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231
06. Classifique o sujeito das orações destacadas no tex-
Questões sobre Análise Sintática to seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
É notável, nos textos épicos, a participação do sobrena-
01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os tural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacio-
trabalhadores passaram mais tempo na escola... nalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deu-
O segmento grifado acima possui a mesma função sin- ses tomam partido e interferem nas aventuras dos heróis,
tática que o destacado em: ajudando-os ou atrapalhando- -os.
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. A)simples, composto
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. B)indeterminado, composto
C) O crescimento da escolaridade também foi impul- C)simples, simples
sionado... D) oculto, indeterminado
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
E) ...impulsionado pelo aumento do número de univer- 07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”.
sidades... Identifique a alternativa que classifica corretamente a fun-
ção sintática e a classe morfológica dos termos destacados:
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos A) objeto indireto – substantivo
de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens B) objeto direto - substantivo
[...], sabiam os paulistas como... C) sujeito – adjetivo
O segmento em destaque na frase acima exerce a mes- D) objeto direto – adjetivo
ma função sintática que o elemento grifado em: E) sujeito - substantivo
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostra-
dores para a volta. GABARITO
B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta-
riam aqueles de considerável... 01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E
C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o
sinal. RESOLUÇÃO
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta,
podia significar uma pista. 1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola
E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam- = SUJEITO
nos a vila de São Paulo como centro... A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = ob-
jeto direto
03. Há complemento nominal em: B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada. = objeto direto
B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de C) O crescimento da escolaridade também foi impulsio-
ganhar a vida. nado... = sujeito paciente
C)Ela estava na janela do edifício. D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto direto
E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mo- E) ...impulsionado pelo aumento do número de univer-
cinho de cinema. sidades... = agente da passiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) Donos de uma capacidade de orientação nas bre- Duas orações são coordenadas quando estão juntas em
nhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO um mesmo período (ou seja, em um mesmo bloco de infor-
A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL mações, marcado pela pontuação final), mas têm, ambas,
B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= ad- estruturas individuais, como é o exemplo de:
junto adverbial - Estou comprando um protetor solar, depois irei à
C) seria perceptível o sinal. = predicativo praia. (Período Composto)
D) Uma sequência de tais galhos = sujeito Podemos dizer:
E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto 1. Estou comprando um protetor solar.
direto 2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independentes.
3-) É esse tipo de período que veremos: o Período Com-
A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal posto por Coordenação.
B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento Quanto à classificação das orações coordenadas, temos
nominal (possibilidade de quê?)
dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sin-
C)na janela do edifício. = adjunto adnominal
déticas.
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto
indireto
Coordenadas Assindéticas
E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto
indireto
4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitran- São orações coordenadas entre si e que não são ligadas
sitivo, ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
de dois complementos – dois objetos: direto e indireto.
Deu o quê? = cem mil contos (direto) Coordenadas Sindéticas
Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qua- tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
lidade de vida. denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração
- Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário. uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são
classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna-
6-) É notável, nos textos épicos, a participação do so- tivas, conclusivas e explicativas.
brenatural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao
nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas princi-
deuses tomam partido e interferem nas aventuras dos he- pais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
róis, ajudando-os ou atrapalhando-os. só... como, assim... como.
Ambos os termos apresentam sujeito simples - Não só cantei como também dancei.
7-) Surgiram fotógrafos e repórteres. - Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta - Comprei o protetor solar e fui à praia.
(final da oração). Portanto: função sintática: sujeito (com-
posto); classe morfológica (classe de palavras): substanti- Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
vos. principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entre-
tanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Períodos Compostos
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dan-
O período composto caracteriza-se por possuir mais de
çando.
uma oração em sua composição. Sendo Assim:
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma ora-
ção) à praia.
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
(Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações) Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora- seja...seja.
ções). - Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
Cada verbo ou locução verbal sublinhada acima corres- - Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias car-
ponde a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo reiras diferentes.
é um período simples, pois tem apenas uma oração, os - Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no
dois outros exemplos são períodos compostos, pois têm quarto.
mais de uma oração.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer en- Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
tre as orações de um período composto: uma relação de principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
coordenação ou uma relação de subordinação. seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Passei no vestibular, portanto irei comemorar. 04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar. Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao au-
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoenta- tomóvel mas também da necessidade de maior número de
da. viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de
- A situação é delicada; devemos, pois, agir A) explicação.
B) oposição.
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas prin- C) alternância.
cipais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, D) conclusão.
pois (anteposto ao verbo). E) adição.
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tem-
po. 05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. estaremos a seu lado sempre.
Marque a opção correta quanto à sua classificação:
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
A) Coordenada sindética aditiva.
mingo.
B) Coordenada sindética alternativa.
C) Coordenada sindética conclusiva.
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/oracoes- D) Coordenada sindética explicativa.
coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad-
Questões sobre Orações Coordenadas versativo é:
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplan- B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
tação integral de gosto e de estilo” tem valor: C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
A) conclusivo de pedir esmola”.
B) adversativo D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
C) concessivo tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da so-
D) explicativo ciedade”.
E) alternativo E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A tura, acesso à saúde E à educação”.
oração em destaque é:
a) coordenada explicativa 07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun-
b) coordenada adversativa ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte-
c) coordenada aditiva ses.
d) coordenada conclusiva A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
e) coordenada assindética tende trabalhar como advogado. (explicação)
03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição)
o seguinte trecho: C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda preocupe. (oposição)
a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
(alternância)
vida prática.
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a
toda a chuva. (conclusão)
norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o
termo em destaque, o trecho estará corretamente reescrito 08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
em: no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua- casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para -as, respectivamente, como coordenadas:
nossa vida prática. A) adversativa e aditiva.
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como B) explicativa e aditiva.
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância C) adversativa e alternativa.
para nossa vida prática. D) aditiva e alternativa.
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- 09. Um livro de receita é um bom presente porque aju-
sa vida prática. da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque”
D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- A) entretanto.
sa vida prática. B) então.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase C) assim.
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- D) pois.
sa vida prática. E) porém.

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LÍNGUA PORTUGUESA

10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, temos D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
a presença de uma oração coordenada que pode ser clas- tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
sificada em: dade”. = adição
A) Coordenada assindética; E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
B) Coordenada assindética aditiva; nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
C) Coordenada sindética alternativa; tura, acesso à saúde E à educação”. = adição
D) Coordenada sindética aditiva.
7-)
GABARITO A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
tende trabalhar como advogado. = adversativa
01. B 02. E 03. D 04. E 05. D C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
06. A 07. B 08. A 09. D 10. D preocupe. = conclusão
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
RESOLUÇÃO = explicativa
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte- toda a chuva. = alternativa
gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan- 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa
to: oração coordenada sindética adversativa - nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva

2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames = 9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju-
a oração em destaque não é introduzida por conjunção, da as pessoas que não sabem cozinhar.
então: coordenada assindética = conjunção explicativa: pois
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção 10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi-
(e ideia) adversativa
ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua-
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para
nossa vida prática. = conclusiva
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
“Eu sinto que em meu gesto existe o
para nossa vida prática. = conformativa
teu gesto.”
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
Oração Principal Oração Subordinada
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
sa vida prática. = conclusiva
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase Observe que na oração subordinada temos o verbo
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- “existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
sa vida prática. = explicativa do presente do indicativo. As orações subordinadas que
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tem-
Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu pos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são
substituir por porque; como conclusiva: substituo por por- chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Pode-
tanto. mos modificar o período acima. Veja:

4-) fruto não só do novo acesso da população ao auto- Eu sinto existir em meu gesto o teu
móvel mas também da necessidade de maior número de gesto.
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos Oração Principal Oração Subordinada

5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem- A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
pre. sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração
= conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin- subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que
dética explicativa a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo.
Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
6-) orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou
ajuda (ideia contrária) não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi-
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. das ou implícitas.
= adição Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
de pedir esmola”. = adição mente, introduzidas por preposição.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -


importar - ocorrer - acontecer
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- Convém que não se atrase na entrevista.
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção in- Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub-
tegrante (que, se). jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes-
soa do singular.
Suponho que você foi à biblioteca hoje.
Oração Subordinada Substantiva b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exer-
ce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Você sabe se o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva
Todos querem sua aprovação no concurso.
Objeto Direto
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também Todos querem que você seja aprovado. (= Todos
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem querem isso)
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, Oração Principal oração Subordinada Substantiva
como). Veja os exemplos: Objetiva Direta
O garoto perguntou qual era o telefone da
moça. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substantiva desenvolvidas são iniciadas por:
Não sabemos por que a vizinha se mudou. - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”:
Oração Subordinada Substantiva A professora verificou se todos alunos estavam presen-
tes.
Classificação das Orações Subordinadas
Substantivas - Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
De acordo com a função que exerce no período, a ora- O pessoal queria saber quem era o dono do carro im-
ção subordinada substantiva pode ser: portado.

- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-


a) Subjetiva
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito
Eu não sei por que ela fez isso.
do verbo da oração principal. Observe: c) Objetiva Indireta
É fundamental o seu comparecimento à reu- A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua
nião. como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem
Sujeito precedida de preposição.

É fundamental que você compareça à reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objeto Indireto
Subjetiva
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai
Atenção: Observe que a oração subordinada substanti- insiste nisso)
va pode ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos Oração Subordinada Substantiva Objetiva
um período simples: Indireta
É fundamental isso. ou Isso é fundamental.
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica
Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá na oração.
a função de sujeito Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
principal:
d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do completa um nome que pertence à oração principal e tam-
tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo bém vem marcada por preposição.
- É claro - Está evidente - Está comprovado Sentimos orgulho de seu comportamento.
É bom que você compareça à minha festa. Complemento Nominal

2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se de que você se comportou. (=


- Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anuncia- Sentimos orgulho disso.)
do - Ficou provado Oração Subordinada Substantiva Completiva
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. Nominal

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LÍNGUA PORTUGUESA

Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma Refiro-me ao aluno que é estudioso.
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen- Essa oração é equivalente a:
tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o Refiro-me ao aluno o qual estuda.
complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
o segundo, um nome. Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
e) Predicativa Quando são introduzidas por um pronome relativo e
A oração subordinada substantiva predicativa exerce apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi- orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
pal e vem sempre depois do verbo ser.
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
Nosso desejo era sua desistência.
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
Predicativo do Sujeito
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
era isso) particípio).
Oração Subordinada Substantiva Predicativa Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
“de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
fui bem na prova. jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito
f) Apositiva perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor-
A oração subordinada substantiva apositiva exerce fun- dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re-
ção de aposto de algum termo da oração principal. lativo e seu verbo está no infinitivo.
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de
seu casamento. Aposto Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu Na relação que estabelecem com o termo que caracte-
casamento chegasse. rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
Oração Subordinada Substantiva Apositiva duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi-
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui também orações que realçam um detalhe ou amplificam
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As dados sobre o antecedente, que já se encontra suficien-
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem temente definido, as quais denominam-se subordinadas
a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe adjetivas explicativas.
o exemplo: Exemplo 1:
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
homem que passava naquele momento.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos
outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa- Nesse período, observe que a oração em destaque res-
pel. Veja: tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-
se de um homem específico, único. A oração limita o uni-
Esta foi uma redação que fez sucesso. verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens,
Oração Principal Oração Subordinada Ad- mas sim àquele que estava passando naquele momento.
jetiva
Exemplo 2:
Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad- O homem, que se considera racional, muitas vezes age
jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita animalescamente.
pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio- Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma
função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
seria exercido pelo termo que o antecede. restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
Obs.: para que dois períodos se unam num período oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. contida no conceito de “homem”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Saiba que: Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE


A oração subordinada adjetiva explicativa é separada Outras conjunções e locuções causais: como (sempre
da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é repre- introduzido na oração anteposta à oração principal), pois,
sentada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação pois que, já que, uma vez que, visto que.
seja indicada como forma de diferenciar as orações expli- As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
cativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm sempre Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve
isoladas por vírgulas; as restritivas, não. alternativa a não ser cancelá-lo.
Já que você não vai, eu também não vou.
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
b) Consequência
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce As orações subordinadas adverbiais consecutivas expri-
a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. mem um fato que é consequência, que é efeito do que se
Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, declara na oração principal. São introduzidas pelas conjun-
fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, ções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que,
vem introduzida por uma das conjunções subordinativas etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.
(com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE
com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. dor.)
Oração Subordinada Adverbial Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou
Observe que a oração em destaque agrega uma cir- concretizando-os.
cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Redu-
subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais zida de Infinitivo)
são termos acessórios que indicam uma circunstância refe- c) Condição
rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto Condição é aquilo que se impõe como necessário para
adverbial depende da exata compreensão da circunstância a realização ou não de um fato. As orações subordinadas
que exprime. Observe os exemplos abaixo: adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocor-
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
rer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expres-
minha vida.
so na oração principal.
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções
Principal conjunção subordinativa condicional: SE
de minha vida.
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que,
desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que,
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto
sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”.
No segundo período, esse papel é exercido pela oração Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,
“Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração su- certamente o melhor time será campeão.
bordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvi- Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o
da, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa contrato.
(quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicati- Caso você se case, convide-me para a festa.
vo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível
reduzi-la, obtendo-se: d) Concessão
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de As orações subordinadas adverbiais concessivas in-
minha vida. dicam concessão às ações do verbo da oração principal,
isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é quebra de expectativa.
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
preposição (“a”, combinada com o artigo “o”). Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locu-
Obs.: a classificação das orações subordinadas adver- ções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que,
biais é feita do mesmo modo que a classificação dos ad- posto que, apesar de que.
juntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela Só irei se ele for.
oração.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir
Circunstâncias Expressas só se realizará caso essa condição seja satisfeita. Compare
pelas Orações Subordinadas Adverbiais agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
a) Causa
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei
provoca um determinado fato, ao motivo do que se decla- de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
ra na oração principal. “É aquilo ou aquele que determina oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
um acontecimento”. cessiva. Observe outros exemplos:

80
LÍNGUA PORTUGUESA

Embora fizesse calor, levei agasalho. À proporção que estudávamos, acertávamos mais
Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos questões.
metade da população continua à margem do mercado de Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
consumo. Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo) i) Tempo
As orações subordinadas adverbiais temporais acres-
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração
e) Comparação principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an-
As orações subordinadas adverbiais comparativas esta- terioridade ou posterioridade.
belecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO
da oração principal. Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto,
Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as
Ele dorme como um urso. vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que,
etc.
Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Mal você saiu, ela chegou.
Agem como crianças. (agem)
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Oração Subordinada Adverbial Comparativa nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso
não ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (compa- Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/
ração do verbo falar e do verbo fazer). sint29.php
f) Conformidade
As orações subordinadas adverbiais conformativas indi- Questões sobre Orações Subordinadas
cam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra,
um modelo adotado para a execução do que se declara na 01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
oração principal. Mais denso, menos trânsito
Principal conjunção subordinativa conformativa: CON-
As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e
FORME
em processo de deterioração agudizado pelo crescimento
Outras conjunções conformativas: como, consoante e econômico da última década. Existem deficiências eviden-
segundo (todas com o mesmo valor de conforme). tes em infraestrutura, mas é importante também conside-
Fiz o bolo conforme ensina a receita. rar o planejamento urbano.
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
direitos iguais. desconcentração, incentivando a criação de diversos cen-
tros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior faci-
g) Finalidade lidade de deslocamento.
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a in- Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos
tenção, a finalidade daquilo que se declara na oração prin- centros e o aumento das distâncias multiplicam o núme-
ro de viagens, dificultando o investimento em transporte
cipal.
coletivo e aumentando a necessidade do transporte indi-
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE vidual.
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a Se olharmos Los Angeles como a região que levou a
locução conjuntiva para que. desconcentração ao extremo, ficam claras as consequên-
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. cias. Numa região rica como a Califórnia, com enorme in-
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada vestimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que
entrasse. viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
h) Proporção elevado adensamento e predominância do transporte co-
As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex- letivo, como mostram Manhattan e Tóquio.
primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao O centro histórico de São Paulo é a região da cidade
mais bem servida de transporte coletivo, com infraestru-
expresso na oração principal. tura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio- em outras grandes cidades, essa deveria ser a região mais
nal: À PROPORÇÃO QUE adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida esvaziamento gradual do centro, com deslocamento das
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... atividades para diversas regiões da cidade.
(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), A visão de adensamento com uso abundante de trans-
quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto porte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será
mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto menos... possível reverter esse processo de uso cada vez mais inten-
(menos). so do transporte individual, fruto não só do novo acesso da

81
LÍNGUA PORTUGUESA

população ao automóvel, mas também da necessidade de É correto afirmar que a expressão contanto que estabe-
maior número de viagens em função da distância cada vez lece entre as orações relação de
maior entre os destinos da população. A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja traba-
(Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adap- lhar depois de casada.
tado) B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso
como cantor romântico.
As expressões mais denso e menos trânsito, no título,
estabelecem entre si uma relação de C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já
(A) comparação e adição. pensam em casamento.
(B) causa e consequência. D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão
(C) conformidade e negação. de músico provavelmente ganhará pouco.
(D) hipótese e concessão. E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido
(E) alternância e explicação torne-se um artista famoso.

02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- 05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
NESP – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positi- Apesar da desconcentração e do aumento da extensão
vo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e
unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o
adensar ainda mais os diversos centros já existentes... –,
próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes
de tomar uma atitude. – o termo em destaque estabelece sem que tenha seu sentido alterado, o trecho em destaque
entre as orações uma relação de está corretamente reescrito em:
A) condição. A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Ex-
B) causa. tensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvol-
C) comparação. ver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
D) tempo. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
E) concessão. mento da extensão urbana no Brasil, é importante desen-
volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas tes...
que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas,
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
exceto:
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. aumento da extensão urbana no Brasil, é importante de-
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis-
sobre sua vida. tentes...
C) Ignoras quanto custou meu relógio? D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen-
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
tes...
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
seu Namorado Lute. to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
existentes...

06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –


É fundamental que essa visão de adensamento com uso
abundante de transporte coletivo seja recuperada para que
possamos reverter esse processo de uso… –, a expressão
em destaque estabelece entre as orações relação de
A) consequência.
B) condição.
C) finalidade.
D) causa.
E) concessão.

07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.).


Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto,
naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança
nacional pela ditadura militar e exilado.” O termo Como,
em destaque na primeira parte do enunciado, expressa
(Dik Browne, Folha de S. Paulo, 26.01.2013) ideia de

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LÍNGUA PORTUGUESA

A) contraste e tem sentido equivalente a porém. 4-) a expressão contanto que estabelece uma relação
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que. de condição (condicional)
C) conformidade e tem sentido equivalente a conforme.
D) causa e tem sentido equivalente a visto que. 5-) Apesar da desconcentração e do aumento da ex-
E) finalidade e tem sentido equivalente a para que. tensão urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças mento da extensão urbana no Brasil, = causal
Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjun- C) Assim como são verificados a desconcentração e o
tor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa
que chega a contaminar-me. –, a construção tanto ... que D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
estabelece entre as construções [com tanto orgulho] e [que extensão urbana verificados no Brasil = causal
chega a contaminar-me] uma relação de E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
A) condição e finalidade. to da extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas
B) conformidade e proporção.
C) finalidade e concessão. 6-) para que possamos = conjunção final (finalidade)
D) proporção e comparação.
E) causa e consequência. 7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa
ideia de causa da consequência “foi enquadrado” = causa
09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país e tem sentido equivalente a visto que.
bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes- 8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a
mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alter- construção estabelece uma relação de causa e consequên-
nativa que substitui a expressão em negrito, sem prejuízo cia. (a causa da “contaminação” – consequência)
ao conteúdo, é:
A) já que. 9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país
B) todavia. bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
C) ainda que. mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” =
D) entretanto. conjunção concessiva: ainda que
E) talvez.
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = con-
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alter- junção condicional = desde que
nativa que substitui o trecho em destaque na frase – Assi-
narei o documento, contanto que garantam sua autentici-
dade. – sem que haja prejuízo de sentido.
(A) desde que garantam sua autenticidade. PONTUAÇÃO;
(B) no entanto garantam sua autenticidade.
(C) embora garantam sua autenticidade.
(D) portanto garantam sua autenticidade.
(E) a menos que garantam sua autenticidade. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
servem para compor a coesão e a coerência textual, além
GABARITO de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve-
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A nhecidos pelo uso da língua portuguesa.
06. C 07. D 08. E 09. C 10. A
Ponto
RESOLUÇÃO 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, conse- que se encontra.
quentemente, menos trânsito, então: causa e consequência - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece en-
tre as orações uma relação de causa com a consequência 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
de “tem um efeito positivo”.
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração su- Ponto e Vírgula ( ; )
bordinada substantiva objetiva direta 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou importância.
seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc., e tam- pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a
bém não inicia com as conjunções integrantes “que” e “se”. vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)

83
LÍNGUA PORTUGUESA

2- Separa partes de frases que já estão separadas por Sujeito predicado


vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta- - entre o verbo e seus objetos.
nhas, frio e cobertor. O trabalho custou sacrifício aos realiza-
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo- dores.
tivos, decreto de lei, etc. V.T.D.I. O.D. O.I.
- Ir ao supermercado; Usa-se a vírgula:
- Pegar as crianças na escola; - Para marcar intercalação:
- Caminhada na praia; a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
- Reunião com amigos. dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
Dois pontos produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
1- Antes de uma citação c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
2- Antes de um aposto querem abrir mão dos lucros altos.
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio - Para marcar inversão:
à tarde e calor à noite. a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vi- chadas.
vendo a rotina de sempre. b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
4- Em frases de estilo direto c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
Maria perguntou: maio de 1982.
- Por que você não toma uma decisão? - Para separar entre si elementos coordenados (dispos-
tos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
Ponto de Exclamação
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
mais.
susto, súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
2- Depois de interjeições ou vocativos
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Ai! Que susto!
- Para isolar:
- João! Há quanto tempo! - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasi-
leira, possui um trânsito caótico.
Ponto de Interrogação - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- Fontes:
vedo) http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
Reticências la.htm
1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos... Questões sobre Pontuação

2- Indica interrupção violenta da frase. 01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter-
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” nativa em que a pontuação está corretamente empregada,
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
- Este mal... pega doutor? embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
- Deixa, depois, o coração falar... dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e,
Vírgula embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
Não se usa vírgula contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
*separando termos que, do ponto de vista sintático, li- dona.
gam-se diretamente entre si: (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida-
- entre sujeito e predicado. de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar
Todos os alunos da sala foram advertidos. algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

84
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, 06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
embora experimentasse a sensação de violar uma intimi- Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramatical-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en- mente correto, é necessário inserir sinais de pontuação.
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de
dona. ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as re-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, gras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi- minúsculas.
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en- O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicle-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua tas de bambu para 4600 alunos da rede pública de São
dona. Paulo(A) o programa desenvolve ainda oficinas e cursos
02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAP- para as crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e
TADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em correta(B) os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e partici-
campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do pam de atividades sobre cidadania e reciclagem(C) as es-
Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa 4 colas participantes se tornam também centros de descarte
reduzir o número de pessoas que não possuem o nome do de garrafas PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o
pai em sua certidão de nascimento. (...) programa possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde
A oração subordinada “que não possuem o nome do das crianças e transformação das comunidades em lugares
pai em sua certidão de nascimento” não é antecedida por melhores para se viver.
vírgula porque tem natureza restritiva. (Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
( ) Certo ( ) Errado a) A
b) B
03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- c) C
DES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada, d) D
mantendo-se o sentido e a obediência à norma-padrão? e) E
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o
treino.
07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
portes?
pontuação.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se
(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
prepara para o evento.
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
viada.
moramento do desportista.
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, por-
judô, natação e canoagem. que você está junto; com os outros motoristas cujos com-
portamentos, são desconhecidos.
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) (C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. ser uma extensão de nossa personalidade.
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; au-
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da tran- mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
sação. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas
c) Maria, você trouxe os documentos? na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema.
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimen- 08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
tação estranha. GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexa-
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta me, você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem
após o acréscimo das vírgulas. nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na No período acima, as vírgulas foram empregadas em
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô- “Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar
nica ao grupo ou acione o código na internet. (A) aposto.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de (B) vocativo.
onde o código foi acionado. (C) adjunto adverbial.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- (D) expressão explicativa.
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo
que a criança foi encontrada. 09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O perío-
primeiro às, areias do Guarujá. do corretamente pontuado é:
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te- (A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re- em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos
ferência espectadores.

85
LÍNGUA PORTUGUESA

(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en- (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda:
tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma judô, natação e canoagem.
história ficcional. = mantê-la (enumeração)
(C) A história de heroísmo e de determinação que nem
sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado, 4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou fal-
pelo frio. tante:
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem!
riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência. b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da
(E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a transação.
liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível. c) Maria, você trouxe os documentos?
d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
GABARITO e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma mo-
vimentação estranha.
01. C 02. C 03. D 04. C 05. E
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
06. D 07. A 08. B 09.B
quadas
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
RESOLUÇÃO
na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma pais de onde o código foi acionado.
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem
sua dona. dizendo que a criança foi encontrada.
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che-
e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma ga primeiro às , (X) areias do Guarujá.
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a 6-)
sua dona. O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicle-
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa tas de bambu para 4600 alunos da rede pública de São
e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti- Paulo(A). O programa desenvolve ainda oficinas e cursos
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) para as crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a correta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e partici-
sua dona. pam de atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As es-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, colas participantes se tornam também centros de descarte
embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in- de garrafas PET(D), destinadas depois para reciclagem(E). O
timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , programa possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde
(X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era das crianças e transformação das comunidades em lugares
a sua dona. melhores para se viver.
A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posi-
2-) A oração restringe o grupo que participará da cam- ção (D), pois antecipa um termo explicativo.
panha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão
de nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tor-
7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
nar-se-á “explicativa”, generalizando a informação, o que
(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
dará a entender que TODAS as pessoa não têm o nome do
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
pai na certidão.
RESPOSTA: “CERTO”. viada.
(B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse,
3-) porque você está junto; (X) com os outros motoristas cujos
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o comportamentos, (X) são desconhecidos.
treino. = mantê-la (termo deslocado) (C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es- podem ser uma extensão de nossa personalidade.
portes? = mantê-la (vocativo) (D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X)
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
prepara para o evento. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas
= mantê-la (explicação) na rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito.
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
moramento do desportista. 8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado
= pode retirá-la (advérbio de tempo) para se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.

86
LÍNGUA PORTUGUESA

9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão ina- 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
dequadas ou faltantes: sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
(A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
aos espectadores.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en- 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular:
Mais de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
história ficcional.
Observação:
(C) A história de heroísmo e de determinação (X) que - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
nem sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
marcado, (X) pelo frio. necessariamente, deverá permanecer no plural:
(D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram
correr riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobre- na campanha de doação de alimentos.
vivência. Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
(E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar dades de formatura.
a liberdade, nada poderia parecer, (X) realmente intrans-
ponível. 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um
dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi
um dos que atuaram na Copa América.

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL; 7) Em casos relativos à concordância com locuções pro-


nominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessá-
rio nos atermos a duas questões básicas:
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos - No caso de o primeiro pronome estar expresso no
referindo à relação de dependência estabelecida entre um plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá
termo e outro mediante um contexto oracional. Desta fei- também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós
ta, os agentes principais desse processo são representados o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o - Quando o primeiro pronome da locução estiver ex-
verbo, o qual desempenha a função de subordinado. presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin-
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracte- gular: Algum de nós o receberá.
riza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesi-
tos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifican- 8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pro-
do, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo nome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do
apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz refe- singular ou poderá concordar com o antecedente desse
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
rência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
Casos referentes a sujeito simples palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que to-
o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. mamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
2) Nos casos referentes a sujeito representado por subs-
tantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do 10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex-
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
Observação: com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão
adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
poderá ir para o plural:
Observações:
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por-
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova-
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
3) Quando o sujeito é representado por expressões par- - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin-
titivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire-
a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto toria.
pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol- determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar. Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.

87
LÍNGUA PORTUGUESA

11) Nos casos em que o sujeito estiver representado Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre- me concordam em gênero e número com o substantivo.
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas - A pequena criança é uma gracinha.
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
agradeceu o convite.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à re-
12) Casos relativos a sujeito representado por substan- gra geral mostrada acima.
tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
aspectos que os determinam: a) Um adjetivo após vários substantivos
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver- - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi- plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam- - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po- masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
tência mundial. - Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria-
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
mente para o plural.
Unidos é uma potência mundial.
- O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Casos referentes a sujeito composto
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es- mais próximo.
tando relacionado a dois pressupostos básicos: Comi delicioso almoço e sobremesa.
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as Provei deliciosa fruta e suco.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
primos. Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an-
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus c) Um substantivo e mais de um adjetivo
dois filhos compareceram ao evento. - antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou - coloca o substantivo no plural.
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
seus dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois
filhos. d) Pronomes de tratamento
- sempre concordam com a 3ª pessoa.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com Vossa Santidade esteve no Brasil.
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singu-
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
lar: Meu esposo e grande companheiro merece toda a feli-
- Concordam com o substantivo a que se referem.
cidade do mundo.
As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô- Precisamos de nomes próprios.
nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo Obrigado, disse o rapaz.
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre- - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
miação é fruto de meu esforço. singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos de- Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
mais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, g) É bom, é necessário, é proibido
o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, - Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre-
temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira. cedido de artigo ou outro determinante.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Canja é bom. / A canja é boa. Questões sobre Concordância Nominal e Verbal


É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en- 01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con-
trada é proibida. cordância verbal e nominal está inteiramente correta na
frase:
h) Muito, pouco, caro (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
- Como adjetivos: seguem a regra geral. que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
Comi muitas frutas durante a viagem. rir legitimidade a suas decisões.
Pouco arroz é suficiente para mim. (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
Os sapatos estavam caros. ser embasados na percepção dos valores e princípios que
- Como advérbios: são invariáveis. regem a prática política.
Comi muito durante a viagem. (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. regime democrático, em que se respeita tanto as liberda-
des individuais quanto as coletivas.
Comprei caro os sapatos.
(D) As instituições fundamentais de um regime demo-
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi-
i) Mesmo, bastante
nadas de um único poder central.
- Como advérbios: invariáveis
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
Preciso mesmo da sua ajuda. para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi-
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. niões existentes na sociedade.
- Como pronomes: seguem a regra geral. 02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con-
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. em:
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei-
j) Menos, alerta tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
- Em todas as ocasiões são invariáveis. mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor,
Preciso de menos comida para perder peso. mediante palavras, sua matéria-prima.
Estamos alerta para com suas chamadas. B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre
delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor
k) Tal Qual ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus au-
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda tores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
com o consequente. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
As garotas são vaidosas tais qual a tia. lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per-
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
l) Possível D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me- tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de
lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as ex- ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
pressões. crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
A mais possível das alternativas é a que você expôs. E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em- constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
presa.
As piores situações possíveis são encontradas nas fave-
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para
las da cidade.
responder à questão.
m) Meio _________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro,
- Como advérbio: invariável. não está claro até onde pode realmente chegar uma po-
Estou meio (um pouco) insegura. lítica baseada em melhorar a eficiência sem preços ade-
- Como numeral: segue a regra geral. quados para o carbono, a água e (na maioria dos países
Comi meia (metade) laranja pela manhã. pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos
preços do carbono e da água em si ___________diferença, as
n) Só companhias não podem suportar ter de pagar, de repente,
- apenas, somente (advérbio): invariável. digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qual-
Só consegui comprar uma passagem. quer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-
- sozinho (adjetivo): variável. -sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma
Estiveram sós durante horas. maneira de quantificar adequadamente os insumos bási-
cos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/concor- sempre ___________ a segunda opção.
dancia-verbal.htm (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)

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LÍNGUA PORTUGUESA

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, 07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res- Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas
pectivamente, com: em:
(A) Restam… faça… será (A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel
(B) Resta… faz… será sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir
(C) Restam… faz... serão dessas criações poéticas tão originais.
(D) Restam… façam… serão
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
(E) Resta… fazem… será
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje
04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna- nas melhores universidades do país.
tiva em que o trecho (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que
– Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.– mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer.
está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa- (D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e
drão da língua portuguesa. a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou resultado do puro e simples desconhecimento.
até agora uma maneira adequada de se quantificar os in- (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble-
sumos básicos. mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- representatividade.
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos ser quantificados. 08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
Observam-se corretamente as regras de concordância ver-
até agora uma maneira adequada para que os insumos bá-
sicos sejam quantificado. bal e nominal em:
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica-
mos básicos seja quantificado. das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- de hoje.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem b) A importância de intelectuais como Edward Said e
os insumos básicos. Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO escreveram.
- VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto: c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne- árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so-
gativa... frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi-
menos de terem alguma trégua.
ficação do continente americano (2,0)...
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver-
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto
exemplos, em: relativa, costumam encontrar muito mais detratores que
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o pró- admiradores.
ximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da maio- e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais
ria? e escritores como Edward Said, que não apenas era notícia
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. pelos livros que publicavam como pelas posições que co-
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. rajosamente assumiam.
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. 09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos-
também existem umas que não merecem nossa atenção. tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural,
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
está em:
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas)
06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais (B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla-
de peregrinação. neta)
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O con-
caso o segmento grifado seja substituído por: sumo mundial de barris de petróleo)
(A) Há folheteiros que (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no
(B) A maior parte dos folheteiros custo da matéria-prima... (Constantes aumentos)
(C) O folheteiro e sua família (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
(D) O grosso dos folheteiros forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças
(E) Cada um dos folheteiros climáticas)

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LÍNGUA PORTUGUESA

10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi- E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
nale a alternativa em que a concordância das formas ver- constituem leitura obrigatória e se tornam referências por
bais destacadas está de acordo com a norma-padrão da seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de épo-
língua. ca.
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higieni-
zação subterrânea. 3-) _Restam___dúvidas
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os tra- mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água
balhadores da área de limpeza. em si __faça __diferença
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris- a maioria das políticas de crescimento verde sempre
cos de se contrair alguma doença. ____será_____ a segunda opção.
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto
sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço. no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “res-
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, tam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções
começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção adequadas.
de seus funcionários.
4-)
GABARITO (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A insumos básicos.
06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
RESOLUÇÃO cos serem quantificados.
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
1-) Fiz os acertos entre parênteses: trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
mos básicos sejam quantificados.
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
rir legitimidade a suas decisões.
mos básicos sejam quantificados.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
(deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valo-
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
res e princípios que regem a prática política.
os insumos básicos. = correta
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. aos itens:
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- tem (singular)
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central. (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) volta- (C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram
dos (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- (plural)
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
umas (plural)
2-) (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei- as formas estão no plural)
tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, 6-)
mediante palavras, sua matéria-prima. = correta A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto
B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem- “folheterios”)
pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan- B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional)
tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto)
vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional)
matéria-prima. E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per- 7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta:
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os (A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside-
leitores, numa verdadeira interação com a realidade. rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa-
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei- zes de fruir dessas criações poéticas tão originais.
tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. nas melhores universidades do país.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que


a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL;
mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam
por merecer.
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva-
lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco- que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple-
nhecimento. mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala-
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva-
os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
à falta de representatividade.
Regência Verbal
8-) Fiz as correções entre parênteses:
Termo Regente: VERBO
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofis-
A regência verbal estuda a relação que se estabelece
ticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
(comum) nos dias de hoje. tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
b) A importância de intelectuais como Edward Said e adverbiais).
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de co-
que escreveram. nhecermos as diversas significações que um verbo pode
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre assumir com a simples mudança ou retirada de uma pre-
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto posição. Observe:
sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, con-
(ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) tentar.
alguma trégua. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver- agrado ou prazer”, satisfazer.
dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
relativa, costumam encontrar muito mais detratores que “agradar a alguém”.
admiradores.
Saiba que:
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos in-
O conhecimento do uso adequado das preposições é
telectuais e escritores como Edward Said, que não apenas
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver-
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas
bal (e também nominal). As preposições são capazes de
posições que corajosamente assumiam.
modificar completamente o sentido do que se está sendo
dito. Veja os exemplos:
9-)
Cheguei ao metrô.
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) =
Cheguei no metrô.
“há” permaneceria no singular
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se-
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla-
neta) = “sabe” permaneceria no singular gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de
consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane- indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín-
ceria no singular gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di-
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete” verbos, e a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
passaria para “refletem-se”
de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém,
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esfor-
não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
ços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças cli- diferentes formas em frases distintas.
máticas) = “pressiona” permaneceria no singular
Verbos Intransitivos
10-) Fiz as correções:
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris- aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
cos
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era - Chegar, Ir
sete da manhã = eram Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
começou = começaram indicar destino ou direção são: a, para.

92
LÍNGUA PORTUGUESA

Fui ao teatro. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:


Adjunto Adverbial de Lugar - Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo-
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
Ricardo foi para a Espanha. iguais para todos.
Adjunto Adverbial de Lugar
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
- Comparecer mentos introduzidos pela preposição “a”:
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
em ou a. Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o - Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
último jogo. posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
quem” ou “ao que” se responde.
Respondi ao meu patrão.
Verbos Transitivos Diretos
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Os verbos transitivos diretos são complementados por
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz pas-
para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre- siva analítica. Veja:
gar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblí- O questionário foi respondido corretamente.
quos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses prono- Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen-
mes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas te.
verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e - Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. tos introduzidos pela preposição “com”.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando- Antipatizo com aquela apresentadora.
nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad- Simpatizo com os que condenam os políticos que go-
mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, vernam para uma minoria privilegiada.
castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, pre-
zar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa-
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta-
como o verbo amar: que, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos
Amo aquele rapaz. / Amo-o. que apresentam objeto direto relacionado a coisas e obje-
Amo aquela moça. / Amo-a. to indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos:
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Agradeço aos ouvintes a audiência.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Objeto Indireto Objeto Direto

Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver- Paguei o débito ao cobrador.
bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos Objeto Direto Objeto Indireto
adnominais).
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
com particular cuidado. Observe:
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carrei-
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
ra)
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
mor) Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Verbos Transitivos Indiretos Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Os verbos transitivos indiretos são complementados Informar
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi- - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
gem uma preposição para o estabelecimento da relação de indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter- Informe os novos preços aos clientes.
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os no-
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam vos preços)
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- - Na utilização de pronomes como complementos, veja
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos as construções:
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos pre-
lhe, lhes. ços.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agra-
sobre eles) da quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. /
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.
para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar,
prevenir. - Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
Comparar introduzido pela preposição “a”.
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as O cantor não agradou aos presentes.
preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento O cantor não lhes agradou.
indireto.
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma ASPIRAR
criança. - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi-
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Pedir - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida.
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de (Aspirávamos a elas)
pessoa. Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
Pedi-lhe favores. pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto-
Objeto Indireto Objeto Direto nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Aspiravam a ela)
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Objetiva Direta ASSISTIR
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
Saiba que: tar assistência a, auxiliar. Por exemplo:
- A construção “pedir para”, muito comum na lingua- As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
licença estiver subentendida. - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz Assistimos ao documentário.
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini- Não assisti às últimas sessões.
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). Essa lei assiste ao inquilino.
- A construção “dizer para”, também muito usada po- Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
pularmente, é igualmente considerada incorreta. intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa
Preferir conturbada cidade.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indi-
reto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo: CHAMAR
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so-
Prefiro trem a ônibus. licitar a atenção ou a presença de.
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha-
sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil má-la.
vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
prefixo existente no próprio verbo (pre).
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre-
Mudança de Transitividade X Mudança de Significado sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
preposicionado ou não.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- A torcida chamou o jogador mercenário.
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- A torcida chamou ao jogador mercenário.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- A torcida chamou o jogador de mercenário.
guístico muito importante, pois além de permitir a correta A torcida chamou ao jogador de mercenário.
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, CUSTAR
estão: - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
AGRADAR Frutas e verduras não deveriam custar muito.
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari- - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
nhos, acariciar. ou transitivo indireto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Muito custa viver tão longe da família. VISAR


Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjeti- - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
va rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Intransitivo Reduzida de Infinitivo O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
atitude. - No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjeti- objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
va O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Indireto Reduzida de Infinitivo Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-es-
tar público.
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções
ESQUECER – LEMBRAR
que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado
- Lembrar algo – esquecer algo
por pessoa. Observe: - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
Custei para entender o problema. nal)
Forma correta: Custou-me entender o problema.
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
IMPLICAR exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o li-
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: vro.
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
implicavam um firme propósito. exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
b) Ter como consequência, trazer como consequência, to, transitivos indiretos:
acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure- - Ele se esqueceu do caderno.
cimento político de um povo. - Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro- - Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
econômicas. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-
brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transi- alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
tivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
quem não trabalhasse arduamente. clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
PROCEDER - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e
de adjunto adverbial de modo. indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de al-
guma coisa).
As afirmações da testemunha procediam, não havia
como refutá-las. SIMPATIZAR
Você procede muito mal. Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não sim-
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- patizei com os jurados.
sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
do pela preposição “a”) é transitivo indireto. NAMORAR
O avião procede de Maceió. É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Ma-
Procedeu-se aos exames. ria namora João.
O delegado procederá ao inquérito.
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter OBEDECER
vontade de, cobiçar. É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a
Querem melhor atendimento. preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Queremos um país melhor. Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.
estimar, amar.
Quero muito aos meus amigos. VER
Ele quer bem à linda menina. É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele
Despede-se o filho que muito lhe quer. viu o filme.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos

Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de


Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

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LÍNGUA PORTUGUESA

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
adap.). mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
filhos do sueco. – do que em outros.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de com- (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamen-
plementos que o grifado acima está empregado em: te, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço
A) ...que existe uma coisa chamada exército... seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo)
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? do que em outros.
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... 06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atre- le a alternativa correta quanto à regência dos termos em
vimento. destaque.
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).
responsabilidade pelo problema.
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
partes desiguais...
se perdido.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que
o grifado acima está empregado em: (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a um índio na porta do prédio.
extremos de sutileza. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado perdido de sua família.
nos troncos mais robustos. (E) A família toda se organizou para realizar a procura
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- à garotinha.
rientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
na serra de Tunuí... a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
gentio, mestre e colaborador... Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que a mídia pode exercer sobre os jovens.
o da frase acima se encontra em: A) dos … na
A) A palavra direito, em português, vem de directum, do B) nos … entre a
verbo latino dirigere... C) aos … para a
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das D) sobre os … pela
sociedades... E) pelos … sob a
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
pela justiça. 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira- Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão
ções da justiça... da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta-
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sen-
cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
timento de justiça.
A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
dez mil tomadas.
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter-
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
nominal e à pontuação. C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- criar logotipos e negociar.
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço D) O taxista levou o autor a indagar no número de to-
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, madas do edifício.
do que em outros. E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor repa-
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapida- rasse a um prédio na marginal.
mente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço
seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, 09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As-
do que em outros. sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra- frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o língua e sem alteração de sentido.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
exemplo, do que em outros. direitos dos trabalhadores domésticos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A) da 5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-


B) na tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
C) pela gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
D) sob a (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
E) sobre a (B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
tuação)
GABARITO (C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
à pontuação)
01. D 02. D 03. A 04. A 05. D (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi-
06. A 07. C 08. A 09. C damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o
avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
RESOLUÇÃO exemplo) do que em outros.

1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das ou- 6-)
tras ciências ... (B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter
Facilitar – verbo transitivo direto se perdido.
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de liga- (C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
ção um índio na porta do prédio.
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdi-
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo
do de sua família.
de ligação
(E) A família toda se organizou para realizar a procura
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran-
pela garotinha.
sitivo direto e indireto
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou
verbo transitivo indireto já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
nos filhos do sueco. que a mídia pode exercer sobre os jovens.
Pedir = verbo transitivo direto e indireto
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran- 8-)
sitivo direto B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha-
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
ligação C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- criar logotipos e negociar.
cia... =verbo intransitivo D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi- tomadas do edifício.
mento. =transitivo direto E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor repa-
rasse em um prédio na marginal.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada
em partes desiguais... 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
Constar = verbo intransitivo direitos dos trabalhadores domésticos.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado
nos troncos mais robustos. =ligação
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-
rientam, não raro, quem... =transitivo direto SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS;
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
na serra de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o Consideremos as seguintes frases:
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
Vamos! Coloque logo a mão na massa!
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... As crianças estão com as mãos sujas.
Lidar = transitivo indireto Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
sociedades... =transitivo direto Chegamos à conclusão de que se trata de palavras
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem
pela justiça. =ligação o mesmo significado?
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira- Existe uma parte da gramática normativa denominada
ções da justiça... =transitivo direto e indireto Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa-
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sen- dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o
timento de justiça. =transitivo direto contexto em que se insere.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Tomando como exemplo as frases já mencionadas, Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo-
analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de-
com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma
dicionário. língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto.
Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi-
ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o Sentido Próprio e Figurado das Palavras
significado é de: participação, interação mediante a uma
tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por Pela própria definição acima destacada podemos per-
último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa. ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas
relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex-
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado).
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi-
consideração as situações de aplicabilidade. dem-se assim:
Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exem- - Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido
plo: comum que costumamos dar a uma palavra.
O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta. - Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura-
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. do”, que podemos dar a uma palavra.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
O passarinho foi atingido no bico. contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
Polissemia e homonímia 2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra-
dável, que adota condutas pouco apreciáveis)
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante 3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que co-
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi- nhece muito sobre alguma coisa, “expert”)
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co-
cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado
quando duas ou mais palavras com origens e significados em sentido figurado.
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho- Podemos então concluir que um mesmo significante
monímia. (parte concreta) pode ter vários significados (conceitos).
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é Denotação e Conotação
polissemia porque os diferentes significados para a palavra
manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos - Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra
mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que com o seu significado primitivo e original, com o sentido
uma entrada no dicionário. do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem
“Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para
o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou que não voasse mais.
a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido
diferentes significados estão interligados porque remetem próprio, comum, usual, literal.
para o mesmo conceito, o da escrita. MINHA DICA - Procure associar Denotação com Dicio-
nário: trata-se de definição literal, quando o termo é utili-
Polissemia e ambiguidade zado em seu sentido dicionarístico.

- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra


Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua-
ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta- gem rica e expressiva. Veja este exemplo:
ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em que seja tarde demais.
uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma
alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle
caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes- de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamen-
soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou to.
são felizes porque têm uma alimentação equilibrada.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Fonte:
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter- http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito impor- justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu-
tante saber qual o contexto em que a frase é proferida. rado-das-palavras.html

99
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Denotação e Conotação 5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-


NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O do em sentido figurado.
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir”
de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões continua sendo empregado em sentido figurado.
com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala- (A) Ao abrir a porta, não havia ninguém.
vras ígneo e pétreo. (B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri-
(A) De corda; de plástico. dor.
(B) De fogo; de madeira. (C) Para aprender, é preciso abrir a mente.
(C) De madeira; de pedra. (D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
(D) De fogo; de pedra. casa.
(E) De plástico; de cinza.
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
ADAPTADO) Para responder à questão, considere a seguin- FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
te passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereotipan- tão, considere o texto abaixo.
do: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. A marca da solidão

Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobra-
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dos e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma
dela. tenda de penumbra na tarde quente.
(C) adotar como referência de qualidade. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há,
(D) julgar de acordo com normas legais. dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra,
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando
pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de
3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 - se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa
ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as fresta.
palavras destacadas nas seguintes passagens do texto: (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
Desde o surgimento da ideia de hipertexto... neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
dêmica, No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido
... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por figurado é
analogia e associação... (A) menino.
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a ideia (B) chão.
de hipertexto... (C) testa.
... 20 anos depois de seu artigo fundador...
(D) penumbra.
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
(E) tenda.
são:
7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU-
(A) algo, especialmente e Quando.
(B) Desde, especialmente e algo. NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à
(C) especialmente, Quando e depois. questão.
(D) Desde, Quando e depois.
(E) Desde, algo e depois. RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando
a Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar
4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) a cidade. Em primeira instância, a campanha é educativa.
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo- Equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão
vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois percorrendo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando
grandes nomes... coisas onde não devem e alertá-los para o que os espera.
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem Em breve, com guardas municipais, policiais militares e 600
prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs- fiscais em ação, as multas começarão a chegar para quem
tituído por: tratar a via pública como a casa da sogra.
(A) contrastada. Imagina-se que, quando essa lei começar para valer,
(B) confrontada. os recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens gol-
(C) ombreada. pistas que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar
(D) rivalizada. as ruas, pichar monumentos, vandalizar prédios públicos,
(E) equiparada. quebrar orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, de-

100
LÍNGUA PORTUGUESA

predar bancos, saquear lojas e, por uma estranha compul- 5-)


são, destruir lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barrica- Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empre-
das de fogo com ele. gado em seu sentido denotativo. No item C, conotativo
É verdade que, no seu “bullying” político, eles não es- (“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias).
tão nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por al-
gum motivo, parecem querer levar ao colapso. RESPOSTA: “C”.
Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis-
mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, 6-)
resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos Novamente, responderemos com frase do texto: seu
públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua. rosto formando uma tenda.
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013.
Adaptado) RESPOSTA: “E”.
Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
7-)
parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção
(A) progresso.
(B) descaso. do autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se
(C) vitória. à queda, ao fim, à ruína da cidade.
(D) tédio.
(E) ruína. RESPOSTA: “E”.

8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- 8-)


DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho: No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o
“Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva sentido de “duração/tempo”
anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo (A) O menino leva o material adequado para a escola.
sentido é: = carrega
(A) O menino leva o material adequado para a escola. (B) João levou uma surra da mãe. = apanhou
(B) João levou uma surra da mãe. (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. =
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. direciona
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a
a prova. prova = duração/tempo

RESOLUÇÃO RESPOSTA: “E”.


1-)
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos - Sinônimos
fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos- São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto
ta? - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abo-
lir.
RESPOSTA: “D”.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável
2-)
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adversá-
Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
rio e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e he-
firmadas se verdadeiras.
miciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio
RESPOSTA: “E”. e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e an-
títese.
3-)
As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são: - Antônimos
desde, quando e depois. São palavras de significação oposta: ordem - anarquia;
soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.
RESPOSTA: “D”. Observação: A antonímia pode originar-se de um pre-
fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer;
4-) simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e
Ao participar de um concurso, não temos acesso a di- discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e
cionários para que verifiquemos o significado das palavras, anticomunista; simétrico e assimétrico.
por isso, caso não saibamos o que significam, devemos
analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No O que são Homônimos e Parônimos:
exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”. - Homônimos
a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferen-
RESPOSTA: “E”. tes na pronúncia:

101
LÍNGUA PORTUGUESA

rego (subst.) e rego (verbo); vem de baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que
colher (verbo) e colher (subst.); precisamos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o ins-
jogo (subst.) e jogo (verbo); trutor de robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alu-
denúncia (subst.) e denuncia (verbo); nos também aprendem a consertar computadores antigos.
providência (subst.) e providencia (verbo). “O nosso projeto só funciona por causa do lixo eletrônico.
Se tivéssemos que comprar tudo, não seria viável”, com-
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e di- pletou.
ferentes na escrita: Em uma época em que celebridades do mundo digital
acender (atear) e ascender (subir); fazem campanha a favor do ensino de programação nas
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); escolas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da
cela (compartimento) e sela (arreio); turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já
censo (recenseamento) e senso (juízo); sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No
paço (palácio) e passo (andar). início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
interessando”, disse.
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São (Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013.
palavras iguais na escrita e na pronúncia: Adaptado)
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.); 02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns
livre (adj.) e livre (verbo). sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... –
pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa-
- Parônimos gem, pela seguinte expressão:
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro A) Pelo menos
e couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; B) A contar de
sede e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titâ- C) Em substituição a
nico; autuar e atuar; degradar e degredar; infligir e infringir; D) Com exceção de
deferir e diferir; suar e soar. E) No que se refere a
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo
tonimos,-homonimos-e-paronimos
para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse.
Questões sobre Significação das Palavras
A) Estimulante.
B) Cansativo.
01. Assinale a alternativa que preenche corretamente
C) Irritante.
as lacunas da frase abaixo:
Da mesma forma que os italianos e japoneses _________ D) Confuso.
para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________ E) Improdutivo.
para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo. 04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
a) imigraram - emigram - migram NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir.
b) migraram - imigram - emigram I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
c) emigraram - migram - imigram. por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
d) emigraram - imigram - migram. do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”.
e) imigraram - migram – emigram II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à libertação.
Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013 III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
- Leia o texto para responder às questões de números 02 rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
e 03. pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
do”, sem alterar o sentido do texto.
Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
está correto o que se afirma em
Você comprou um smartphone e acha que aquele seu A) I, II e III.
celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo B) III, apenas.
para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID C) I e III, apenas.
– Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto D) I, apenas.
ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, E) I e II, apenas.
ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo
eletrônico. 05. Leia as frases abaixo:
Os alunos da turma avançada de robótica, por exem- 1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
plo, constroem carros com sensores de movimento que 2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em
respondem à aproximação das pessoas. A fonte de energia Marte.

102
LÍNGUA PORTUGUESA

3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas comprar, é tudo reciclagem”...


de humor.
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo. 3-) antônimo para o termo destacado : “No início das
aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interes-
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta sando”
de vocábulos para as lacunas existentes: “No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas
a) concerto – há – a – cessões – há; depois fui me interessando”
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a; 4-)
d) concerto – a – há – sessões – há; I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
e) conserto – há – a – sessões – a . por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta
06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res- reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
ponder à questão. ção. = correta
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
lhes impuseram limites de disciplina. pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse do”, sem alterar o sentido do texto. = correta
trecho, é:
A) de desprendimento. 5-)
B) de responsabilidade. 1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
C) de abnegação. 2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe)
D) de amor. vida em Marte.
E) de egoísmo.
3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro-
gramas de humor.
07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser
4- Há dias que não falo com Alfredo. (=
preenchida com a primeira alternativa da série dada nos
tempo passado)
parênteses:
A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en-
6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
chentes. (afim- a fim).
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e
B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
não lhes impuseram limites de disciplina.
C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
flingirem - infringirem). O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos. trecho, é de egoísmo
(concelhos - conselhos). Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado
E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer- nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações
ca de - acerca de). de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan-
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per-
08. Assinale a alternativa correta, considerando que à cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse
direita de cada palavra há um sinônimo. conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli-
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) coletivas).
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder 7-)
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in-
GABARITO dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas
01. A 02. D 03. A 04. A que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos)
05. D 06. E 07. E 08. A B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar
arreio no cavalo)
RESOLUÇÃO C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
to. (inflingirem = aplicarem a pena)
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve-
imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra- lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa
sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca de um distrito).
de uma vida melhor; internamente, migram para o E) Moro a cerca de cem metros da praça principal.
Sul, pelo mesmo motivo. (acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).
2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos

103
LÍNGUA PORTUGUESA

8-) exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”. Isso


b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) = dará uma péssima impressão para o examinador da banca
significados invertidos quando for ler;
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi- - Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua
cados invertidos redação; Tenha o máximo de asseio possível;
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi- - Faça as redações de provas anteriores do concurso
cados invertidos que você prestará;
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação = - Fique focado no enunciado que a banca está pedin-
significados invertidos do, não redija um texto lindo, mas que está totalmente fora
do tema. Nunca fuja do tema proposto;
- Use sinônimos, evite repetir as mesmas palavras;
- Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS e coerente;
OFICIAIS. - Algo comum no mundo dos concurseiros é o grande
temor pela redação nas provas. Muitas vezes o candidato
prepara-se para a prova objetiva e deixa a redação de lado,
perdendo grandes chances de passar. A única maneira efi-
Uma boa redação é aquela que permite uma leitura caz de aprender a fazer uma boa redação é treinando. Faça
prazerosa, natural, de fácil compreensão. Para fazer bons redações sobre diversos temas, leia e releia quantas vezes
textos é fundamental ter o hábito de leitura, utilizar todas precisar, e lembre-se: a prática pode levar à perfeição;
as regras da língua Portuguesa e as técnicas de redação a - Além dessas dicas é preciso saber, principalmente, as
seu favor. regras de acentuação gráfica, pontuação, ortografia e con-
cordância.
Principais dicas de redação:
Estrutura da Redação
- Organize seus argumentos sobre o tema proposto e
os escreva de forma compreensível. Organize os argumen- Um texto é composto de três partes essenciais: intro-
tos em ordem crescente, ou seja, deixe o argumento mais dução, desenvolvimento e conclusão. O correto é haver
forte para o final; um elo entre as partes, como se formassem a costura do
- Nas dissertações em que é necessário defender algo, texto. Na introdução é onde o tema abordado é apresenta-
não fique “em cima do muro”, coloque claramente sua po- do, não deve ser muito extensa, e aconselha-se que tenha
sição, pois muitas vezes os corretores estão interessados apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. O desenvolvi-
em avaliar sua capacidade de opinar, refletir e argumentar; mento é o “corpo” do texto, a parte mais importante dele.
- Escreva com clareza; É onde se expõe o ponto de vista, e argumenta de uma
- Seja objetivo e fiel ao tema; forma lógica para que o leitor acompanhe seu raciocínio.
- Escolha sempre a ordem direta das frases (sujeito + Nesta parte do texto faz-se uso de, no mínimo, dois pará-
predicado); grafos. A conclusão é o fechamento. Mas é válido lembrar
- Evite períodos e parágrafos muito longos; que a introdução, desenvolvimento e conclusão são liga-
- Elimine expressões difíceis ou desnecessárias do tex- dos e dependentes entre si para que a coesão e coerência
to; textual sejam mantidas e o texto faça sentido.
- Não use termos chulos, gírias e regionalismos;
- Esteja sempre atualizado em tudo que acontece no Introdução
mundo;
- Leia muito. A leitura enriquece o vocabulário, você A introdução (dependendo do número máximo de li-
olha visualmente as palavras e envia para a sua memória a nhas) deve ter argumentos, dos quais você falará no de-
forma correta de escrevê-las; senvolvimento. Então, deixe para explicar o assunto da in-
- Treine fazer redação com temas que poderão estar trodução depois. Apenas coloque os argumentos de forma
relacionados com as provas de concursos públicos, ou en- conexa e, o mais importante, apenas os coloque se tiver
tão faça com temas da atualidade e notícias constantes nos certeza de que falará sobre eles depois.
meios de comunicação;
- Seja crítico de si mesmo, revise os textos de treino, Desenvolvimento
retire os excessos, deixe seu texto “enxuto”;
- Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações O desenvolvimento (dependendo do número máximo
de treino e tente sempre diminuir o tempo gasto na pró- de linhas) deve ter, no mínimo, dois parágrafos. Cada pa-
xima; rágrafo deve ter entre 2 a 4 linhas. O ideal seria três linhas,
- Não ultrapasse as margens, nem o limite de linhas pois quanto mais linhas tiver, maiores as chances de você
estabelecido na prova; escrever algo confuso. Os parágrafos devem tratar dos ar-
- Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim gumentos apresentados na introdução. Cada parágrafo, ao
do texto. Não inicie com letra legível e arredondada, por menos, referente a um deles.

104
LÍNGUA PORTUGUESA

Conclusão A falta de estudo e de condições sociais favoráveis, cer-


tamente, é um ponto que fortalece o envolvimento com
A conclusão não traz nenhum argumento novo. Ela ações infratoras. Dispersos, tratados com descaso e sem
ressalta o que já foi dito, ou traz uma POSSÍVEL solução. perspectiva, muitos jovens veem no crime a possível solu-
ção para seus problemas. (assunto 3)
Na dissertação NUNCA usamos: eu, nós, temos, de-
vemos, podemos, iremos, sei, sabemos, e palavras conju- A necessidade de se diminuir a maioridade penal, nas
gadas da mesma forma. Isto porque ela devem ser escrita condições atuais, de fato, se mostra gritante. Contudo, no
na 3ª pessoa do singular. O certo seria: sabe-se, deve-se, dia que o país investir em educação e não em formas de
importante se faz, tem-se. “Todo mundo”, “todo o planeta”, conter os efeitos gerados pela falta desta, talvez, sequer
“todas as pessoas”, “todos”: tais palavras devem ser evi- seja necessária qualquer pena.
tadas, pois a dissertação não admite generalização. Logo,
devemos usar “a maioria”, “grande parte”, “parcela da po- Planejando a Dissertação
pulação”, “um significativo número” etc. “Com certeza”,
“obviamente”, definitivamente”: são palavras que também
Veja a seguir outro tipo de roteiro. Siga os passos:
devem ser evitadas. A dissertação consiste numa argumen-
1) Interrogue o tema;
tação, na qual se é exposto um pensamento, o qual poderá
2) Responda-o de acordo com a sua opinião;
ser refutado por outro pensamento.
3) Apresente um argumento básico;
Vamos para um exemplo. O texto trata da redução da 4) Apresente argumentos auxiliares;
maioridade no Brasil. 5) Apresente um fato-exemplo;
A INTRODUÇÃO é a seguinte: 6) Conclua.

Na sociedade atual, muitos crimes vêm sendo come- Vamos supor que o tema de redação proposto seja:
tidos por infratores menores de dezoito anos. As penas a Nenhum homem vive sozinho. Tente seguir o roteiro:
eles aplicadas são relativamente pequenas e não os inibem 1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum ho-
de praticar novos delitos. A maioria destes jovens, contudo, mem vive sozinho?
SÃO de regiões periféricas e não têm o devido acesso á 2. Procure responder a essa pergunta de um modo
educação. simples e claro, concordando ou discordando (ou concor-
dando em parte e discordando em parte): essa resposta é
Lembra da regra dos assuntos (pelo menos três) da in- o seu ponto de vista.
trodução? Então... vamos ver quais serão os assuntos. 3. Pergunte a você mesmo o porquê de sua resposta,
uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posi-
Assunto 1: na sociedade atual, muitos crimes vêm sen- ção: aí estará o seu argumento principal.
do cometidos por infratores menores de dezoito anos 4. Agora, procure descobrir outros motivos que aju-
Assunto 2: As penas a eles aplicadas são relativamente dem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua
pequenas e não os inibe de praticar novos delitos posição. Estes serão os argumentos auxiliares.
Assunto 3: A maioria destes jovens, contudo, são de 5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exem-
regiões periféricas e não têm o devido acesso á educação plo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode
vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do
Agora, vamos construir o texto, abordando cada as- que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica,
sunto em um parágrafo do desenvolvimento. social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante
expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato
Na sociedade atual, muitos crimes vêm sendo come-
-exemplo geralmente dá força e clareza à argumentação.
tidos por infratores menores de dezoito anos. As penas a
Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferenciando-o dos
eles aplicadas são relativamente pequenas e não os inibem
de praticar novos delitos. A maioria destes jovens, contu- demais.
do, É de regiões periféricas e não TEM o devido acesso á 6. A partir desses elementos, você terá o rascunho de
educação. sua redação.
É de se notar que o crescente número de infrações
realizadas por crianças e adolescentes, aparentemente, Fontes:
só tende a aumentar, tal como vem acontecendo. Crimes http://www.okconcursos.com.br/como-passar/di-
como roubo e tráfico se mostram cada vez mais presente cas-para-concurso/330-como-fazer-uma-boa-redacao#.
nas ações destes jovens. (assunto 1) Upoqg9Kfsfh
Se, por um lado, o número de crimes praticados por http://capaciteredacao.forum-livre.com/t5097-explica-
eles aumenta, por outro, diminui a severidade das medi- cao-como-fazer-uma-redacao
das. O grande problema de medidas tão brandas consiste http://www.soportugues.com.br/secoes/Redacao/Re-
no fato de estas não cumprirem um de seus importantes dacao2.php
deveres: o de inibir a ocorrência de novas infrações. (as-
sunto 2)

105
LÍNGUA PORTUGUESA

Redação Oficial Presidente e Membros do Superior Tribunal Militar;


Presidente e Membros do Tribunal Superior Eleitoral;
Pronomes de tratamento na redação oficial Presidente e Membros do Tribunal Superior do Traba-
lho;
A redação Oficial é a maneira para o poder público re- Presidente e Membros dos Tribunais de Justiça;
digir atos normativos. Para redigi-los, muitas regras fazem- Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Fede-
se necessárias. Entre elas, escrever de forma clara, concisa, rais;
sem muito comprometimento, bem como um uso adequa- Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleito-
do das formas de tratamento. Tais regras, acompanhadas rais;
de uma boa redação, com um bom uso da linguagem, as- Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Tra-
seguram que os atos normativos sejam bem executados. balho;
No Poder Público, a todo momento nós nos depara- Juízes e Desembargadores;
mos com situações em que precisamos escrever – ou falar – Auditores da Justiça Militar.”
com pessoas com as quais não temos familiaridade. Nesses
casos, os pronomes de tratamento assumem uma condição O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
e precisam estar adequados à categoria hierárquica da pes- das aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
soa a quem nos dirigimos. E mais, exige-se, em discurso do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
falado ou escrito, uma homogeneidade na forma de trata- República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso
mento, não só nos pronomes como também nos verbos. Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo
No entanto, as formas de tratamento não são do co- Tribunal Federal.
nhecimento de todos. Para tanto, a partir do Manual da
Presidência da República, apresentaremos as discrimina- E mais: As demais autoridades serão tratadas com o
ções de usos dos pronomes de tratamento: vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Se-
nador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador.
São de uso consagrado: Vossa Excelência, para as se- O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento
guintes autoridades: “Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas aci-
a) do Poder Executivo ma, afinal, a dignidade é condição primordial para que tais
Presidente da República; cargos públicos sejam ocupados.
Vice-Presidente da República; Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento,
Ministro de Estado; mas titulação acadêmica de quem defende tese de douto-
Secretário-Geral da Presidência da República; rado. Portanto, é aconselhável que não se use discrimina-
Consultor-Geral da República; damente tal termo.
Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República; AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República;
Secretários da Presidência da República; 1. ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL
Procurador – Geral da República;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do O que é Redação Oficial
Distrito Federal;
Chefes de Estado – Maior das Três Armas; Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
Oficiais Generais das Forças Armadas; maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos
Embaixadores; e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista
Secretário Executivo e Secretário Nacional de Ministé- do Poder Executivo.
rios; A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoa-
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; lidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, conci-
Prefeitos Municipais. são, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses
atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo
b) do Poder Legislativo: 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacio-
Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara dos nal, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Deputados e do Senado Federal; Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
Presidente e Membros do Tribunal de Contas da União; de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
Presidente e Membros dos Tribunais de Contas Esta- e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade
duais; princípios fundamentais de toda administração pública,
Presidente e Membros das Assembleias Legislativas claro que devem igualmente nortear a elaboração dos atos
Estaduais; e comunicações oficiais.
Presidente das Câmaras Municipais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer
c) do Poder Judiciário: natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal; impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justiça; dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são

106
LÍNGUA PORTUGUESA

requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade
um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publi- de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais
cidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária
Fica claro também que as comunicações oficiais são impessoalidade.
necessariamente uniformes, pois há sempre um único co-
municador (o Serviço Público) e o receptor dessas comu- A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
nicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expe-
dientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto A necessidade de empregar determinado nível de lin-
dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogê- guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um
nea (o público). lado, do próprio caráter público desses atos e comunica-
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa ções; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui en-
à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comu- tendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem
regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcio-
nicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos
namento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em
parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa
sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O
daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspon-
mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade
dência particular, etc.
precípua é a de informar com clareza e objetividade.
Apresentadas essas características fundamentais da re- As comunicações que partem dos órgãos públicos fe-
dação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada derais devem ser compreendidas por todo e qualquer ci-
uma delas. dadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar
o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos.
A Impessoalidade Não há dúvida de que um texto marcado por expressões
de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos voca-
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer bulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificul-
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: tada.
a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) Ressalte-se que há necessariamente uma distância en-
alguém que receba essa comunicação. No caso da redação tre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente di-
oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou nâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de
aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Ser- costumes, e pode eventualmente contar com outros ele-
viço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto mentos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos,
relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatá- a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores
rio dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cida- responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpo-
dãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros ra mais lentamente as transformações, tem maior vocação
Poderes da União. para a permanência e vale-se apenas de si mesma para co-
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que municar.
deve ser dado aos assuntos que constam das comunica- Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e
ções oficiais decorre: sua finalidade de informar com o máximo de clareza e
a) da ausência de impressões individuais de quem co- concisão, requerem o uso do padrão culto da língua. Há
munica: embora se trate, por exemplo, de um expediente consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se
assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em observam as regras da gramática formal e b) se empre-
nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Ob- ga um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do
idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do
tém-se, assim, uma desejável padronização, que permite
uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de
que comunicações elaboradas em diferentes setores da
que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou
Administração guardem entre si certa uniformidade;
sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idios-
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação,
sincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cida- atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos.
dão, sempre concebido como público, ou a outro órgão Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido simplicidade de expressão, desde que não seja confundida
de forma homogênea e impessoal; com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada,
o universo temático das comunicações oficiais restringe- nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem
se a questões que dizem respeito ao interesse público, é próprios da língua literária.
natural que não caiba qualquer tom particular ou pessoal. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente
Desta forma, não há lugar na redação oficial para im- um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do
pressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que
uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, haverá preferência pelo uso de determinadas expressões,
ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser ou será obedecida certa tradição no emprego das formas
isenta da interferência da individualidade que a elabora. sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se

107
LÍNGUA PORTUGUESA

consagre a utilização de uma forma de linguagem buro- não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente
crática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser das demais características da redação oficial. Para ela con-
evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. correm:
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em - a impessoalidade, que evita a duplicidade de inter-
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indis- pretações que poderia decorrer de um tratamento perso-
criminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o nalista dado ao texto;
vocabulário próprio a determinada área, são de difícil en- - o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
tendimento por quem não esteja com eles familiarizado. entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comu- circulação restrita, como a gíria e o jargão;
nicações encaminhadas a outros órgãos da administração - a formalidade e a padronização, que possibilitam a
e em expedientes dirigidos aos cidadãos. imprescindível uniformidade dos textos;
- a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
Formalidade e Padronização linguísticos que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do pa- oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém
drão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa forma- principalmente da falta da releitura que torna possível sua
lidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvi- correção.
da quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A
de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do pressa com que são elaboradas certas comunicações quase
que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à
no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a co- redação de um texto que não seja seguida por sua revisão.
municação. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a
máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável reper-
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à
cussão no redigir.
necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a ad-
ministração federal é una, é natural que as comunicações
Pronomes de Tratamento
que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento
Concordância com os Pronomes de Tratamento
desse padrão exige que se atente para todas as caracterís-
ticas da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresen-
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
tação dos textos.
indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à con-
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para
cordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são in- à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala,
dispensáveis para a padronização. ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o subs-
Concisão e Clareza tantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
“Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
A concisão é antes uma qualidade do que uma carac- conhece o assunto”.
terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
transmitir um máximo de informações com um mínimo de pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
palavras. Para que se redija com essa qualidade, é funda- “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ...
mental que se tenha, além de conhecimento do assunto vosso...”).
sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a
se percebem eventuais redundâncias ou repetições desne- que se refere, e não com o substantivo que compõe a lo-
cessárias de ideias. cução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está ata-
de empregar o mínimo de palavras para informar o má- refada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
ximo. Não se deve, de forma alguma, entendê-la como No envelope, o endereçamento das comunicações di-
economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar rigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a
passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em ta- seguinte forma:
manho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,
redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já A Sua Excelência o Senhor
foi dito. Fulano de Tal
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi- Ministro de Estado da Justiça
cial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibili- 70.064-900 – Brasília. DF
ta imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza A Sua Excelência o Senhor

108
LÍNGUA PORTUGUESA

Senador Fulano de Tal - os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser


Senado Federal impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
70.165-900 – Brasília. DF gens esquerda e direta terão as distâncias invertidas nas
páginas pares (“margem espelho”);
Senhor Ministro, - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) - o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
distância da margem esquerda;
Fechos para Comunicações - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fi- - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
nalidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados fo- de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
ram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiça, em branco;
de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, subli-
simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o nhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
emprego de somente dois fechos diferentes para todas as das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
modalidades de comunicação oficial: elegância e a sobriedade do documento;
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
da República: Respeitosamente, papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar- para gráficos e ilustrações;
quia inferior: Atenciosamente, - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi- x 21,0 cm;
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra-
arquivo Rich Text nos documentos de texto;
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Redação do Ministério das Relações Exteriores.
dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
Identificação do Signatário
gos;
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente
vem ser formados da seguinte maneira:
da República, todas as demais comunicações oficiais de-
tipo do documento + número do documento + pala-
vem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, vras-chaves do conteúdo
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura) Aviso e Ofício
Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Definição e Finalidade
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
(espaço para assinatura) praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
Nome o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Esta-
Ministro de Estado da Justiça do, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o
ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as- têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pe-
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para los órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. ofício, também com particulares.

Forma de diagramação Forma e Estrutura


Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de Exemplos:
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas Excelentíssimo Senhor Presidente da República
de rodapé; Senhora Ministra
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro- Senhor Chefe de Gabinete
man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
- é obrigatório constar a partir da segunda página o Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
número da página; seguintes informações do remetente:

109
LÍNGUA PORTUGUESA

– nome do órgão ou setor; com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de es-
– endereço postal; trutura: uma para aquela que tenha caráter exclusivamente
– telefone e e-mail. informativo e outra para a que proponha alguma medida
ou submeta projeto de ato normativo.
OBS: Estas informações estão ausentes no memo- No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
rando, pois trata-se de comunicação interna, destinatário plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi-
e remetente possuem o mesmo endereço. No caso se o dente da República, sua estrutura segue o modelo antes
Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também referido para o padrão ofício.
não precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para
outras instituições, logo, são necessárias as informações do
Mensagem
remetente e o endereço do destinatário para que o ofício
possa ser entregue e o remetente possa receber resposta.
Definição e Finalidade
Memorando É o instrumento de comunicação oficial entre os Che-
fes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens en-
Definição e Finalidade viadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo
O memorando é a modalidade de comunicação entre para informar sobre fato da Administração Pública; expor o
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem plano de governo por ocasião da abertura de sessão legis-
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife- lativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que de-
rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação pendem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; en-
eminentemente interna. fim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- de interesse dos poderes públicos e da Nação.
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos
etc. a serem adotados por determinado setor do serviço Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
público. caberá a redação final.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
Para evitar desnecessário aumento do número de comu-
mentar ou financeira;
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados
- encaminhamento de medida provisória;
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em
folha de continuação. Esse procedimento permite formar - indicação de autoridades;
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se -Presidente da República ausentarem-se do País por mais
historie o andamento da matéria tratada no memorando. de 15 dias;
- encaminhamento de atos de concessão e renovação
Forma e Estrutura de concessão de emissoras de rádio e TV;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do - encaminhamento das contas referentes ao exercício
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário anterior;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: - mensagem de abertura da sessão legislativa;
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração - comunicação de sanção (com restituição de autógra-
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos fos);
- comunicação de veto;
Exposição de Motivos - outras mensagens.
Definição e Finalidade Forma e Estrutura
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presi- As mensagens contêm: a) a indicação do tipo de ex-
dente da República ou ao Vice-Presidente para: a) informá
pediente e de seu número, horizontalmente, no início da
-lo de determinado assunto; b) propor alguma medida; ou
margem esquerda; b) vocativo, de acordo com o pronome
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi- de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente,
dente da República por um Ministro de Estado. no início da margem esquerda (Excelentíssimo Senhor Pre-
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de sidente do Senado Federal); c) o texto, iniciando a 2 cm do
um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada vocativo; d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final
por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, do texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com
chamada de interministerial. a margem direita.

Forma e Estrutura A mensagem, como os demais atos assinados pelo


Formalmente, a exposição de motivos tem a apresen- Presidente da República, não traz identificação de seu sig-
tação do padrão ofício. A exposição de motivos, de acordo natário.

110
LÍNGUA PORTUGUESA

Telegrama Forma e Estrutura


Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô-
Definição e Finalidade nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso
os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
telegrafia, telex, etc. co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa organização documental tanto do destinatário quanto do
aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve remetente.
restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utili-
que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
que a urgência justifique sua utilização e, também em ra- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
zão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve nimas sobre seu conteúdo.
pautar-se pela concisão. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
Forma e Estrutura da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e
a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Valor documental
Correios e em seu sítio na Internet. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensa-
gem de correio eletrônico tenha valor documental, e para
Fax que possa ser aceito como documento original, é neces-
sário existir certificação digital que ateste a identidade do
Definição e Finalidade remetente, na forma estabelecida em lei.
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é
uma forma de comunicação que está sendo menos usada
ELEMENTOS DE ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA
devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a
transmissão de mensagens urgentes e para o envio ante-
Problemas de Construção de Frases
cipado de documentos, de cujo conhecimento há premên-
cia, quando não há condições de envio do documento por
A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas
meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue
principalmente pela construção adequada da frase, “a me-
posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có- nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
pia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos Celso Pedro Luft.
modelos, deteriora-se rapidamente. A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
Forma e Estrutura do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
estrutura que lhes são inerentes. de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
É conveniente o envio, juntamente com o documento bos não auxiliares que o constituem.
principal, de folha de rosto, e de pequeno formulário com Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
os dados de identificação da mensagem a ser enviada, con- pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
forme exemplo a seguir: de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
[Órgão Expedidor] tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
[setor do órgão expedidor] de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
[endereço do órgão expedidor] complemento adverbial). Função acessória desempenham
Destinatário:____________________________________ os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___ oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
Remetente: ____________________________________ que desempenham as outras funções, ou deslocados para
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____ o início da oração.
No de páginas: ________No do documento:____________ Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
Observações:___________________________________ teses indicam os elementos que podem não ocorrer):
(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adver-
Correio Eletrônico bial).

Definição e finalidade Podem ser identificados seis padrões básicos para as


O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e orações pessoais (i. é, com sujeito) na língua portuguesa
celeridade, transformou-se na principal forma de comuni- (a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
cação para transmissão de documentos. ocorrer em ordem diversa):

111
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial) Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo,
junto adverbial) (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo,
manhã de terça-feira). (...).
Frases Fragmentadas
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
setores). uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire- na literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.) textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações Ex.:
- ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congres-
so Nacional. Depois de ser longamente debatido.
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
verbial - (adjunto adverbial) Nacional, depois de ser longamente debatido.
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Bue- Certo: Depois de ser longamente debatido, o progra-
nos Aires - (na próxima semana). ma recebeu a aprovação do Congresso Nacional.
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente
submetido ao Presidente da República, que o aprovou.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto Consultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto
adverbial) legal.
O problema - será - resolvido - prontamente.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente
submetido ao Presidente da República, que o aprovou,
Esses seriam os padrões básicos para as orações, ou
consultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto
seja, as frases que possuem apenas um verbo conjugado.
legal.
Na construção de períodos, as várias funções podem ocor-
Erros de Paralelismo
rer em ordem inversa à mencionada, misturando-se e con-
fundindo-se. Não interessa aqui análise exaustiva de todos
Uma das convenções estabelecidas na linguagem es-
os padrões existentes na língua portuguesa. O que importa
é fixar a ordem normal dos elementos nesses seis padrões crita “consiste em apresentar ideias similares numa forma
básicos. Acrescente-se que períodos mais complexos, com- gramatical idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim,
postos por duas ou mais orações, em geral podem ser re- incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a ele-
duzidos aos padrões básicos (de que derivam). mentos paralelos. Vejamos alguns exemplos:
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Minis-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à térios economizar energia e que elaborassem planos de
ambiguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos pa- redução de despesas.
ralelismos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral,
do desconhecimento da ordem das palavras na frase. In- Nesta frase temos, nas duas orações subordinadas que
dicam-se, a seguir, alguns desses defeitos mais comuns e completam o sentido da principal, duas estruturas diferen-
recorrentes na construção de frases, registrados em docu- tes para ideias equivalentes: a primeira oração (economizar
mentos oficiais. energia) é reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que
elaborassem planos de redução de despesas) é uma oração
Sujeito desenvolvida introduzida pela conjunção integrante que.
Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com clareza e
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que correção; uma seria a de apresentar as duas orações subor-
executa a ação enunciada na oração. Ele pode ter comple- dinadas como desenvolvidas, introduzidas pela conjunção
mento, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, integrante que:
portanto, construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé-
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. rios que economizassem energia e (que) elaborassem pla-
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda. nos para redução de despesas.
Errado: Apesar das relações entre os países estarem
cortadas, (...). Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem como reduzidas de infinitivo:
cortadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé-
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. rios economizar energia e elaborar planos para redução de
Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim. despesas.

112
LÍNGUA PORTUGUESA

Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na Certo: O salário de um professor é mais baixo do que
coordenação de orações subordinadas. o de um médico.
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
culta: Novamente, a não repetição dos termos comparados
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, confunde. Alternativas para correção:
não ser inseguro, inteligência e ter ambição. Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Portaria.
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações re- bas do que os Ministérios do Governo.
duzidas por substantivos: No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, “demais”) acarretou imprecisão:
segurança, inteligência e ambição. Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
do que os outros Ministérios do Governo.
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa-
Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente)
do que os demais Ministérios do Governo.
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar,
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas:
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades
(Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibili- Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
dade de correção é transformá-la em duas frases simples, mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
com o cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta possam gerar equívocos de compreensão.
última capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar--se a que palavra se refere um pronome que
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado possui mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período ocorrer com:
que não contém nenhum “que” anterior. - pronomes pessoais:
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado
tem sólida formação acadêmica. que ele seria exonerado.
Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Para corrigir a frase, ou suprimimos o pronome relativo: cretariado.
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem Ou então, caso o entendimento seja outro:
sólida formação acadêmica. Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
programa. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repú-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo ante- blica, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu
rior aqui podemos ou suprimir a conjunção: Estado, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas
Observe-se a multiplicidade de ambiguidade no exem-
precipitadas, que comprometam o andamento de todo o
plo acima, as quais tornam virtualmente inapreensível o
programa.
sentido da frase.
Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presiden-
Erros de Comparação
te da República. No pronunciamento, solicitou a interven-
A omissão de certos termos ao fazermos uma compa- ção federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presi-
ração, omissão própria da língua falada, deve ser evitada dente da República.
na língua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem
sempre é possível identificar, pelo contexto, qual o termo - pronome relativo:
omitido. A ausência indevida de um termo pode impossi- Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
bilitar o entendimento do sentido que se quer dar a uma costumava trabalhar.
frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que ção refere--se à mesa ou a gabinete. Essa ambiguidade se
um médico. deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gênero. A
A omissão de termos provocou uma comparação inde- solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais, as
vida: “o salário de um professor” com “um médico”. quais, que marcam gênero e número.
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu cos-
salário de um médico. tumava trabalhar.

113
LÍNGUA PORTUGUESA

Se o entendimento é outro, então: Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu cos- concordar com a locução pronominal de tratamento “Vos-
tumava trabalhar. sa Excelência”.
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da ( ) Certo ( ) Errado
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o 6-) (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
funcionário. GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, MARC/2013) Sobre a Redação Oficial, NÃO é correto afir-
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. mar que
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este (A) exige emprego do padrão formal de linguagem.
indisciplinado. (B) deve permitir uma única interpretação e ser estrita-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senho- mente impessoal.
ra chamou o médico. (C) sua finalidade básica é comunicar com impessoali-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi dade e máxima clareza.
chamado por uma senhora. (D) dispensa a formalidade de tratamento, uma vez
que o comunicador e o receptor são o Serviço Público.
Fontes:
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu- 7-) (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
blicacoes_ver.php?id=2 GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda- MARC/2013 - adaptada) “Na revisão de um expediente,
cao-oficial-para-concursos.html deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por
seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser des-
ATIVIDADES conhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre
certos assuntos em decorrência de nossa experiência pro-
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – fissional muitas vezes faz com que os tomemos como de
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) O cor- conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explici-
reio eletrônico é uma forma de comunicação célere, na te, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o sig-
qual deve ser utilizada linguagem compatível com a comu- nificado das siglas e abreviações e os conceitos específicos
nicação oficial, embora não seja definida uma forma rígida que não possam ser dispensados.”
para sua estrutura. (Manual de Redação Oficial da Presidência da Repúbli-
( ) Certo ( ) Errado ca. p. 14).

2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE ALAGOAS – AGEN- Sobre a Redação Oficial, pode-se concluir que
TE DE POLÍCIA – CESPE/2012) O vocativo a ser empregado (A) a concisão de um texto está relacionada ao grau de
em comunicações dirigidas ao chefe do Poder Executivo especificação dos termos.
da República Federativa do Brasil é Excelentíssimo Senhor. (B) a padronização de termos e conceitos viabiliza a
( ) Certo ( ) Errado uniformidade dos documentos.
(C) a revisão possibilita a substituição de termos, mui-
3-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO tas vezes, desconhecidos pelo leitor.
FORENSE - CESPE/2013) A concisão, uma das qualidades (D) claro é o texto que exige releituras mais aprofun-
essenciais ao texto oficial, para a qual concorrem o domí- dadas.
nio do assunto tratado e a revisão textual, consiste em se
transmitir, no texto escrito, o máximo de informações em- 8-) (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013) O ex-
pregando-se um mínimo de palavras. pediente adequado para a comunicação entre ministros de
( ) Certo ( ) Errado Estado é a mensagem.
( ) Certo ( ) Errado
4-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO
FORENSE - CESPE/2013) Na parte superior do ofício, do 9-) (ANP – CONHECIMENTO BÁSICO PARA TODOS OS
aviso e do memorando, antes do assunto, devem constar CARGOS – CESPE/2013) Na redação de uma ata, devem-
o nome e o endereço da autoridade a quem é direcionada se relatar exaustivamente, com o máximo de detalhamento
a comunicação. possível, incluindo-se os aspectos subjetivos, as discussões,
( ) Certo ( ) Errado as propostas, as resoluções e as deliberações ocorridas em
reuniões e eventos que exigem registro.
5-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA ( ) Certo ( ) Errado
E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar 10-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se-
satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo gundo o Manual de Redação da Presidência da República,
estará corretamente empregado se dirigido a ministro de NÃO se deve usar Vossa Excelência para

114
LÍNGUA PORTUGUESA

(A) embaixadores. 5-)


(B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femini-
(C) prefeitos municipais. no (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
(E) vereadores. pronome de tratamento é apenas a maneira como tratar a
autoridade, não regendo as demais concordâncias.
Resolução
RESPOSTA: “ERRADO”.
1-)
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e 6-)
celeridade, transformou-se na principal forma de comuni- As comunicações oficiais devem ser sempre formais,
cação para transmissão de documentos. isto é, obedecem a certas regras de forma: além das (...)
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô- exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de
nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de trata-
rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso
mento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamen-
(v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais).
to para uma autoridade de certo nível (...); mais do que isso,
(Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/
manual.htm) a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio
enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
RESPOSTA: “CERTO”. (Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/
manual.htm_)
2-)
(...) O vocativo a ser empregado em comunicações diri- RESPOSTA: “D”.
gidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, segui-
do do cargo respectivo: 7-)
Excelentíssimo Senhor Presidente da República (...) Através da leitura do excerto e das próprias alternati-
(Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/ vas, chegamos à conclusão de que um texto, principalmen-
manual.htm) te oficial, deve priorizar a revisão.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “CERTO”.
8-)
3-) Mensagem – é o instrumento de comunicação oficial
É a qualidade esperada de um bom texto, assim ele entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as
não se torna prolixo: “fala, fala, mas não diz nada!”. mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Po-
der Legislativo para informar sobre fato da Administração
RESPOSTA: “CERTO”. Pública; expor o plano de governo por ocasião da aber-
tura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacio-
4-) nal matérias que dependem de deliberação de suas Casas;
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as se- apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de
guintes partes: tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do Nação.
órgão que o expede:
Aviso e Ofício - são modalidades de comunicação ofi-
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com
cial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é
alinhamento à direita:
que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de
c) assunto: resumo do teor do documento
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo
dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.
também o endereço. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos ofi-
e) texto; ciais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no
f) fecho; caso do ofício, também com particulares.
g) assinatura do autor da comunicação; e (Fonte: http://www.fontedosaber.com/portugues/re-
h) identificação do signatário dacao-oficial-dicas-e-macetes.html)

(Fonte: http://webcache.googleusercontent.com/ RESPOSTA: “ERRADO”.


search?q=cache:omaLJnt2UtQJ:www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/manual/Manual_Rich_RedPR2aEd.rtf+&cd=1&hl=p- 9-)
t-BR&ct=clnk&gl=br) Ata é um documento administrativo que tem a finali-
dade de registrar de modo sucinto a sequência de even-
RESPOSTA: “ERRADO”. tos de uma reunião ou assembleia de pessoas com um fim

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LÍNGUA PORTUGUESA

específico. É característica da Ata apresentar um resumo, (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
cronologicamente disposto, de modo infalível, de todo o americanos consomem em média 357 calorias, diárias des-
desenrolar da reunião. sa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes
(Fonte: https://www.10emtudo.com.br/aula/ensino/a_ americanos consomem, em média 357 calorias diárias des-
redacao_oficial_ata/) sa fonte.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
RESPOSTA: “ERRADO”. americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
sa fonte.
10-) (D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria americanos, consomem em média 357 calorias diárias des-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa sa fonte.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, des-
seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
sa fonte.
Presidência da República (1991).
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
detail.php?id=393) ou faltante:
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes
RESPOSTA: “E”. americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X)
diárias dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/SP americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
– ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a alternativa sa fonte.
correta quanto à concordância, de acordo com a norma (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
-padrão da língua portuguesa. americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- diárias dessa fonte.
cial está no centro dos debates atuais. (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em relação americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
aos efeitos da desigualdade social. diárias, (X) dessa fonte.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
mais pobres é um fenômeno crescente. RESPOSTA: “C”.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
cado por alguns teóricos. 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011)
(E) Os debates relacionado à distribuição de riquezas Estão plenamente observadas as normas de concordância
não são de exclusividade dos economistas. verbal na frase:
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas
Realizei a correção nos itens: ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibili-
dade social.
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
b) As duas tábuas em que se comprimem o famigera-
cial está = estão
do homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver-
“compro ouro”.
gem
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos exposição pública a que se submetem os guardadores de
mais pobres é um fenômeno crescente. carros.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
cado = criticada propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demons-
(E) Os debates relacionado = relacionados tração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em
RESPOSTA: “C”. apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos
carros-placa.
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Seguin-
do a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um le- Fiz as correções entre parênteses:
vantamento mostrou que os adolescentes americanos con- a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
somem em média 357 calorias diárias dessa fonte. – recebe gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
o acréscimo correto das vírgulas em: mida a visibilidade social.

116
LÍNGUA PORTUGUESA

b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime) (A) Provocam = provoca (o posicionamento)


o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô- (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá ha-
nicos, como “compro ouro”. ver
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
exposição pública a que se submetem os guardadores de contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
carros. pública, consistem = consiste.
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros (D) O número de templos em atividade na cidade de
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
demonstração de mau gosto. ção maior do que ocorrem = ocorre
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
queles velhos carros-placa. veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
nas escolas públicas.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “E”.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se-
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a gundo o Manual de Redação da Presidência da República,
mesma regra que distribuídos. NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.

Distribuímos = regra do hiato (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria


(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
oblíquo. Nunca!) seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
(C) lúcidos = proparoxítona Presidência da República (1991).
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
– oxítona: cons-ti-tui) detail.php?id=393)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) A ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
concordância verbal está plenamente observada na frase: dade como tais.
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e ma- Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
terialistas, o posicionamento de alguns religiosos e par- sará a ser, corretamente,
lamentares acerca da educação religiosa nas escolas pú- (A) perceba.
(B) foi percebido.
blicas.
(C) tenham percebido.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àque-
(D) devam perceber.
les que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso,
(E) estava percebendo.
para se reservar essa prática a setores da iniciativa priva-
da. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
pública, consistem nos altos custos econômicos que acar- princípios...
retarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de RESPOSTA: “A”
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
ção maior do que ocorrem com o número de escolas pú- 8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
blicas. concordância verbal e nominal está inteiramente correta
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como na frase:
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon- (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso lores que determinam as escolhas dos governantes, para
nas escolas públicas. conferir legitimidade a suas decisões.

117
LÍNGUA PORTUGUESA

(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO
vem ser embasados na percepção dos valores e princípios - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, vê deze-
que regem a prática política. nas de caminhões parados”, revelou o analista ambiental
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadei- Geraldo Motta.
ro regime democrático, em que se respeita tanto as liber- Substituindo-se Quando por Se, os verbos sublinha-
dades individuais quanto as coletivas. dos devem sofrer as seguintes alterações:
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- (A) entrar − vira
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi- (B) entrava − tinha visto
nadas de um único poder central. (C) entrasse − veria
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (D) entraria − veria
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi- (E) entrava − teria visto
niões existentes na sociedade.
Fiz os acertos entre parênteses: Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- ria = entrasse / veria.
lores que determinam as escolhas dos governantes, para
conferir legitimidade a suas decisões. RESPOSTA: “C”.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos 11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
valores e princípios que regem a prática política. pontuação está inteiramente adequada na frase:
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. com as de ontem.
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com
as de ontem.
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
as de ontem.
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que as
crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com
RESPOSTA: “A”.
as de ontem.
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com
frase que admite transposição para a voz passiva é: as de ontem.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
do. Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
grande diversidade de fenômenos. nas demais.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. RESPOSTA: “E”.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
e da falsa consciência.

(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-


do.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
e da falsa consciência.

RESPOSTA: “B”.

118
RACIOCÍNIO LÓGICO

Compreensão de estruturas lógicas; .........................................................................................................................................................................01


Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões; ..............................................................................................11
Diagramas lógicos; ............................................................................................................................................................................................................16
Princípios da contagem e probabilidade..................................................................................................................................................................24
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo:
COMPREENSÃO DE ESTRUTURAS LÓGICAS;
Proposições simples:
p: Meu nome é Raissa
q: São Paulo é a maior cidade brasileira
Estruturas lógicas r: 2+2=5
s: O número 9 é ímpar
1. Proposição t: O número 13 é primo
Proposição ou sentença é um termo utilizado para ex-
primir ideias, através de um conjunto de palavras ou sím- Proposições compostas
bolos. Este conjunto descreve o conteúdo dessa ideia. P: O número 12 é divisível por 3 e 6 é o dobro de 12.
São exemplos de proposições: Q: A raiz quadrada de 9 é 3 e 24 é múltiplo de 3.
p: Pedro é médico. R(s, t): O número 9 é ímpar e o número 13 é primo.
q: 5 > 8
r: Luíza foi ao cinema ontem à noite. 6. Tabela-Verdade

2. Princípios fundamentais da lógica A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógi-


Princípio da Identidade: A é A. Uma coisa é o que é. co de uma proposição composta, sendo que os valores das
O que é, é; e o que não é, não é. Esta formulação remonta proposições simples já são conhecidos. Pois o valor lógico
a Parménides de Eleia. da proposição composta depende do valor lógico da pro-
Principio da não contradição: Uma proposição não posição simples.
pode ser verdadeira e falsa, ao mesmo tempo.
Principio do terceiro excluído: Uma alternativa só A seguir vamos compreender como se constrói essas
pode ser verdadeira ou falsa. tabelas-verdade partindo da árvore das possibilidades dos
valores lógicos das preposições simples, e mais adiante ve-
3. Valor lógico remos como determinar o valor lógico de uma proposição
Considerando os princípios citados acima, uma propo- composta.
sição é classificada como verdadeira ou falsa.
Sendo assim o valor lógico será: Proposição composta do tipo P(p, q)
- a verdade (V), quando se trata de uma proposição
verdadeira.
- a falsidade (F), quando se trata de uma proposição
falsa.
4. Conectivos lógicos
Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar
as proposições formando novas sentenças.
Os principais conectivos lógicos são:

~ não Proposição composta do tipo P(p, q, r)


∧ e
V Ou
→ se…então
↔ se e somente se

5. Proposições simples e compostas


As proposições simples são assim caracterizadas por
apresentarem apenas uma ideia. São indicadas pelas letras
minúsculas: p, q, r, s, t...
As proposições compostas são assim caracterizadas Proposição composta do tipo P(p, q, r, s)
por apresentarem mais de uma proposição conectadas pe- A tabela-verdade possui 24 = 16 linhas e é formada
los conectivos lógicos. São indicadas pelas letras maiúscu- igualmente as anteriores.
las: P, Q, R, S, T...
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando Proposição composta do tipo P(p1, p2, p3,..., pn)
que a proposição composta Q é formada pelas proposi- A tabela-verdade possui 2n linhas e é formada igual-
ções simples r, s e t. mente as anteriores.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO

7. O conectivo não e a negação 9. O conectivo ou e a disjunção


O conectivo não e a negação de uma proposição p é O conectivo ou e a disjunção de duas proposi-
outra proposição que tem como valor lógico V se p for fal- ções p e q é outra proposição que tem como valor lógi-
sa e F se p é verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a co V se alguma das proposições for verdadeira e F se as
negação de p com a seguinte tabela-verdade: duas forem falsas. O símbolo p ∨ q (p ou q) representa a
disjunção, com a seguinte tabela-verdade:

P ~P
P q pVq
V F
V V V
F V
V F V
Exemplo: F V V
F F F
p = 7 é ímpar
~p = 7 não é ímpar Exemplo:

P ~P p = 2 é par
q = o céu é rosa
V F
p ν q = 2 é par ou o céu é rosa
q = 24 é múltiplo de 5
~q = 24 não é múltiplo de 5 P q pVq
V F V
q ~q
10. O conectivo se… então… e a condicional
F V
A condicional se p então q é outra proposição que tem
como valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbo-
lo p → q representa a condicional, com a seguinte tabela-
8. O conectivo e e a conjunção
verdade:
O conectivo e e a conjunção de duas proposi- P q p→q
ções p e q é outra proposição que tem como valor lógi- V V V
co V se p e q forem verdadeiras, e F em outros casos. O
símbolo p Λ q (p e q) representa a conjunção, com a se- V F F
guinte tabela-verdade: F V V
F F V
P q pΛq
V V V Exemplo:
V F F P: 7 + 2 = 9
Q: 9 – 7 = 2
F V F p → q: Se 7 + 2 = 9 então 9 – 7 = 2
F F F
P q p→q
Exemplo
V V V
p = 2 é par
q = o céu é rosa p=7+5<4
p Λ q = 2 é par e o céu é rosa q = 2 é um número primo
p → q: Se 7 + 5 < 4 então 2 é um número primo.

P q pΛq
P q p→q
V F F
F V V
p=9<6
q = 3 é par p = 24 é múltiplo de 3 q = 3 é par
p Λ q: 9 < 6 e 3 é par p → q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par.

P q pΛq P q p→q
F F F V F F

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

p = 25 é múltiplo de 2
q = 12 < 3
p → q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3.

P q p→q
F F V

11. O conectivo se e somente se e a bicondicional


A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras
ou ambas falsas, e F nos outros casos.
O símbolo    representa a bicondicional, com a seguinte tabela-verdade:

P q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplo
p = 24 é múltiplo de 3
q = 6 é ímpar  
= 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar.

P q p↔q
V F F

12. Tabela-Verdade de uma proposição composta

Exemplo
Veja como se procede a construção de uma tabela-verdade da proposição composta P(p, q) = ((p ⋁ q) → (~p)) → (p ⋀
q), onde p e q são duas proposições simples.

Resolução
Uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p, q) possui 24 = 4 linhas, logo:

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V
V F
F V
F F

Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos de P.


a) Valores lógicos de p ν q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V
V F V
F V V
F F F

3
RACIOCÍNIO LÓGICO

b) Valores lógicos de ~P

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F
V F V F
F V V V
F F F V

c) Valores lógicos de (p V p)→(~p)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V V

d) Valores lógicos de p Λ q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V
V F V F F F
F V V V V F
F F F V V F

e) Valores lógicos de ((p V p)→(~p))→(p Λ q)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V V
V F V F F F V
F V V V V F F
F F F V V F F

13. Tautologia

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for sempre
verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem.

Exemplos:
• Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS

• Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé gotinha.
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso
melhor.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão

Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”


Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p V ~p

4
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo
A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela-verdade.

p ~P pVq
V F V
F V V

Exemplo
A proposição (p Λ q) → (p q) é uma tautologia, pois a última coluna da tabela-verdade só possui V.

p q pΛq p↔q (p Λ q)→(p↔q)


V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V

14. Contradição
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma contradição se ela for sem-
pre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem
Exemplos:
• O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma porcaria
• Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Petrópolis
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso
melhor.
Exemplo:
Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p
Exemplo
A proposição (p Λ q) Λ (p Λ q) é uma contradição, pois o seu valor lógico é sempre F conforme a tabela-verdade. Que
significa que uma proposição não pode ser falsa e verdadeira ao mesmo tempo, isto é, o princípio da não contradição.

p ~P q Λ (~q)
V F F
F V F

15. Contingência
Quando uma proposição não é tautológica nem contra válida, a chamamos de contingência ou proposição contingen-
te ou proposição indeterminada.
A contingência ocorre quando há tanto valores V como F na última coluna da tabela-verdade de uma proposição.
Exemplos: P∧Q , P∨Q , P→Q ...

16. Implicação lógica

Definição
A proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia.
O símbolo P ⇒ Q (P implica Q) representa a implicação lógica.

Diferenciação dos símbolos → e ⇒


O símbolo → representa uma operação matemática entre as proposições P e Q que tem como resultado a proposi-
ção P → Q, com valor lógico V ou F.
O símbolo ⇒ representa a não ocorrência de VF na tabela-verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da condicio-
nal P → Q será sempre V, ou então que P → Q é uma tautologia.

5
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Começaremos com a descrição de algumas equivalên-


A tabela-verdade da condicional (p Λ q) → (p ↔ q) será: cias lógicas básicas.

Equivalências Básicas
p q pΛq P↔Q (p Λ q)→(P↔Q)
V V V V V 1. p e p = p
Ex: André é inocente e inocente = André é inocente
V F F F V
F V F F V 2. p ou p = p
Ex: Ana foi ao cinema ou ao cinema = Ana foi ao cine-
F F F V V ma

Portanto, (p Λ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por 3. p e q = q e p


isso (p Λ q) ⇒ (p ↔q) Ex: O cavalo é forte e veloz = O cavalo é veloz e forte

17. Equivalência lógica 4. p ou q = q ou p


Ex: O carro é branco ou azul = O carro é azul ou bran-
Definição co
Há equivalência entre as proposições P e Q somen-
te quando a bicondicional P ↔ Q for uma tautologia ou 5. p ↔ q = q ↔ p
quando P e Q tiverem a mesma tabela-verdade. P ⇔ Q (P Ex: Amo se e somente se vivo = Vivo se e somente se
é equivalente a Q) é o símbolo que representa a equiva- amo.
lência lógica. 6. p ↔ q = (pq) e (qp)
Diferenciação dos símbolos ↔ e ⇔ Ex: Amo se e somente se vivo = Se amo então vivo, e
O símbolo ↔ representa uma operação entre as propo- se vivo então amo
sições P e Q, que tem como resultado uma nova proposi-
ção P ↔ Q com valor lógico V ou F. Para facilitar a memorização, veja a tabela abaixo:
O símbolo ⇔ representa a não ocorrência de VF e
de FV na tabela-verdade P ↔ Q, ou ainda que o valor lógi-
co de P ↔ Q é sempre V, ou então P ↔ Q é uma tautologia.

Exemplo
A tabela da bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) será:

p q ~q ~p p→q ~q→~p (p→q)↔(~q→~p)


V V F F V V V
V F V F F F V
F V F V V V V
F F V V V V V Equivalências da Condicional
As duas equivalências que se seguem são de funda-
Portanto, p → q é equivalente a ~q → ~p, pois estas mental importância. Estas equivalências podem ser veri-
proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a bicon- ficadas, ou seja, demonstradas, por meio da comparação
dicional (p → q) ↔ (~q → ~p) é uma tautologia. entre as tabelas-verdade. Fica como exercício para casa
Veja a representação: estas demonstrações. As equivalências da condicional são
(p → q) ⇔ (~q → ~p) as seguintes:
1) Se p então q = Se não q então não p.
EQUIVALÊNCIAS LOGICAS NOTÁVEIS Ex: Se chove então me molho = Se não me molho en-
tão não chove
Dizemos que duas proposições são logicamente equi- 2) Se p então q = Não p ou q.
valentes (ou simplesmente equivalentes) quando os resul- Ex: Se estudo então passo no concurso = Não estudo
tados de suas tabelas-verdade são idênticos. ou passo no concurso
Uma consequência prática da equivalência lógica é que Colocando estes resultados em uma tabela, para aju-
ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe dar a memorização, teremos:
seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de
dizê-la.
A equivalência lógica entre duas proposições, p e q,
pode ser representada simbolicamente como: p q, ou sim-
plesmente por p = q.

6
RACIOCÍNIO LÓGICO

Equivalências com o Símbolo da Negação Questoes comentadas:


Este tipo de equivalência já foi estudado. Trata-se, tão
somente, das negações das proposições compostas! Lem- 1. (PROCERGS - Técnico de Nível Médio - Técnico em
bremos: Segurança do Trabalho - FUNDATEC/2012) A proposição
“João comprou um carro novo ou não é verdade que João
comprou um carro novo e não fez a viagem de férias.” é:
A) um paradoxo.
B) um silogismo.
C) uma tautologia.
D) uma contradição.
E) uma contingência.

Tautologia é uma proposição composta cujo resultado


é sempre verdadeiro para todas as atribuições que se têm,
independentemente dessas atribuições.
É possível que surja alguma dúvida em relação a úl- Rodrigo, posso estar errada, mas ao construir a tabela-
tima linha da tabela acima. Porém, basta lembrarmos do verdade com a proposição que você propôs não vamos ter
que foi aprendido: uma tautologia, mas uma contingência.
p↔q = (pq) e (qp) A proposição a ser utilizada aqui seria a seguinte: P v
(Obs: a BICONDICIONAL tem esse nome: porque equi- ~(P ^ ~Q), que, ao construirmos a tabela-verdade ficaria
vale a duas condicionais!) da seguinte forma:
Para negar a bicondicional, teremos na verdade que
negar a sua conjunção equivalente.
E para negar uma conjunção, já sabemos, nega-se as PV
P Q ~Q (P/\~Q) ~(P/\~Q)
~(P/\~Q)
duas partes e troca-se o E por OU. Fica para casa a de-
monstração da negação da bicondicional. Ok? V V F F V V
V F V V F V
Outras equivalências
F V F F V V
Algumas outras equivalências que podem ser relevan-
tes são as seguintes: F F V F V V

1) p e (p ou q) = p
Ex: Paulo é dentista, e Paulo é dentista ou Pedro é mé- 2. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC /2012)
dico = Paulo é dentista A negação lógica da proposição: “Pedro é o mais velho
da classe ou Jorge é o mais novo da classe” é
2) p ou (p e q) = p A) Pedro não è o mais novo da classe ou Jorge não é o
Ex: Paulo é dentista, ou Paulo é dentista e Pedro é mé- mais velho da classe.
dico = Paulo é dentista B) Pedro é o mais velho da classe e Jorge não é o mais
Por meio das tabelas-verdade estas equivalências po- novo da classe.
dem ser facilmente demonstradas. C) Pedro não é o mais velho da classe e Jorge não é o
Para auxiliar nossa memorização, criaremos a tabela mais novo da classe.
seguinte: D) Pedro não é o mais novo da classe e Jorge não é o
mais velho da classe.
E) Pedro é o mais novo da classe ou Jorge é o mais
novo da classe.

p v q= Pedro é o mais velho da classe ou Jorge é o mais


novo da classe.
NEGAÇAO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS ~p=Pedro não é o mais velho da classe.
~q=Jorge não é o mais novo da classe.
~(p v q)=~p v ~q= Pedro não é o mais velho da classe
ou Jorge não é o mais novo da classe.

3. (PC-MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012)


Em frente à casa onde moram João e Maria, a prefeitu-
ra está fazendo uma obra na rua. Se o operário liga a brita-
deira, João sai de casa e Maria não ouve a televisão. Certo
dia, depois do almoço, Maria ouve a televisão.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO

Pode-se concluir, logicamente, que 7. A negação da proposição relativa à decisão judicial


A) João saiu de casa. estará corretamente representada por “O réu não deve ser
B) João não saiu de casa. imediatamente solto, mesmo não estando preso por outro
C) O operário ligou a britadeira. motivo”.
D) O operário não ligou a britadeira. A) Certo
E) O operário ligou a britadeira e João saiu de casa. B) Errado

“Se o operário liga a britadeira, João sai de casa e Ma- “O réu deve ser imediatamente solto, se por outro
ria não ouve a televisão”, logo se Maria ouve a televisão, a motivo não estiver preso” está no texto, assim:
britadeira não pode estar ligada. P = “Por outro motivo não estiver preso”
Q = “O réu deve ser imediatamente solto”
(TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CESPE/2012) PQ, a negação ~(P Q) = P e ~Q
Em decisão proferida acerca da prisão de um réu, de- P e ~Q = Por outro motivo estiver preso o réu não deve
pois de constatado pagamento de pensão alimentícia, o ser imediatamente solto”
magistrado determinou: “O réu deve ser imediatamente
solto, se por outro motivo não estiver preso”. 8. (Polícia Civil/SP - Investigador – VUNESP/2014) Um
Considerando que a determinação judicial correspon- antropólogo estadunidense chega ao Brasil para aperfei-
de a uma proposição e que a decisão judicial será conside- çoar seu conhecimento da língua portuguesa. Durante sua
rada descumprida se, e somente se, a proposição corres- estadia em nosso país, ele fica muito intrigado com a frase
pondente for falsa, julgue os itens seguintes. “não vou fazer coisa nenhuma”, bastante utilizada em nos-
sa linguagem coloquial. A dúvida dele surge porque
4. Se o réu permanecer preso, mesmo não havendo A) a conjunção presente na frase evidencia seu signi-
outro motivo para estar preso, então, a decisão judicial terá ficado.
sido descumprida. B) o significado da frase não leva em conta a dupla
A) Certo negação.
B) Errado C) a implicação presente na frase altera seu significado.
A decisão judicial é “O réu deve ser imediatamente sol-
D) o significado da frase não leva em conta a disjunção.
to, se por outro motivo não estiver preso”, logo se o réu
E) a negação presente na frase evidencia seu signifi-
continuar preso sem outro motivo para estar preso, será
cado.
descumprida a decisão judicial.
~(~p) é equivalente a p
Logo, uma dupla negação é equivalente a afirmar.
5. Se o réu for imediatamente solto, mesmo havendo
RESPOSTA: “B”.
outro motivo para permanecer preso, então, a decisão ju-
dicial terá sido descumprida.
A) Certo 9. (Receita Federal do Brasil – Analista Tributário -
B) Errado ESAF/2012) A negação da proposição “se Paulo estuda, en-
tão Marta é atleta” é logicamente equivalente à proposição:
P = se houver outro motivo A) Paulo não estuda e Marta não é atleta.
Q = será solto B) Paulo estuda e Marta não é atleta.
A decisão foi: Se não P então Q, logo VV = V C) Paulo estuda ou Marta não é atleta.
A questão afirma: Se P então Q, logo FV = V D) se Paulo não estuda, então Marta não é atleta.
Não contrariou, iria contrariar se a questão resultasse E) Paulo não estuda ou Marta não é atleta.
V+F=F A negação de uma condicional do tipo: “Se A, então B”
(AB) será da forma:
6. As proposições “Se o réu não estiver preso por outro ~(A B) A^ ~B
motivo, deve ser imediatamente solto” e “Se o réu não for Ou seja, para negarmos uma proposição composta re-
imediatamente solto, então, ele está preso por outro moti- presentada por uma condicional, devemos confirmar sua
vo” são logicamente equivalentes. primeira parte (“A”), trocar o conectivo condicional (“”) pelo
conectivo conjunção (“^”) e negarmos sua segunda parte
A) Certo (“~ B”). Assim, teremos:
B) Errado RESPOSTA: “B”.

O réu não estiver preso por outro motivo = ~P 10. (ANVISA - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - CE-
Deve ser imediatamente solto = S TRO/2012) Se Viviane não dança, Márcia não canta. Logo,
Se o réu não estiver preso por outro motivo, deve ser A) Viviane dançar é condição suficiente para Márcia
imediatamente solto=P S cantar.
Se o réu não for imediatamente solto, então, ele está B) Viviane não dançar é condição necessária para Már-
preso por outro motivo = ~SP cia não cantar.
De acordo com a regra de equivalência (A B) = (~B ~A) C) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
a questão está correta. cantar.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO

D) Viviane não dançar é condição suficiente para Már- (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Consi-
cia cantar. derando que P e Q representem proposições conhecidas e
E) Viviane dançar é condição necessária para Márcia que V e F representem, respectivamente, os valores verda-
não cantar. deiro e falso, julgue os próximos itens. (374 a 376)

Inicialmente, reescreveremos a condicional dada na 12. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) (PC/
forma de condição suficiente e condição necessária: DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) As proposições
Q e P (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente se, P
“Se Viviane não dança, Márcia não canta” for F.
( )Certo ( ) Errado
1ª possibilidade: Viviane não dançar é condição su- Observando a tabela-verdade da proposição compos-
ficiente para Márcia não cantar. Não há RESPOSTA: para ta “P (¬ Q)”, em função dos valores lógicos de “P” e “Q”,
essa possibilidade. temos:

2ª possibilidade: Márcia não cantar é condição neces- P Q ¬Q P→(¬Q)


sária para Viviane não dançar.. Não há RESPOSTA: para V V F F
essa possibilidade.
V F V V
Não havendo RESPOSTA: , modificaremos a condicio-
nal inicial, transformando-a em outra condicional equiva- F V F V
lente, nesse caso utilizaremos o conceito da contrapositiva F F V V
ou contra posição: pq ~q ~p
“Se Viviane não dança, Márcia não canta” “Se Márcia Observando-se a 3 linha da tabela-verdade acima,
canta, Viviane dança” ―Q‖ e ―P ® (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente
Transformando, a condicional “Se Márcia canta, Viviane se, ―P‖ for F.
dança” na forma de condição suficiente e condição neces- Resposta: CERTO.
sária, obteremos as seguintes possibilidades: 13. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A
1ª possibilidade: Márcia cantar é condição suficiente proposição [PvQ]Q é uma tautologia.
para Viviane dançar. Não há RESPOSTA: para essa possi- ( )Certo ( ) Errado
bilidade.
2ª possibilidade: Viviane dançar é condição necessária Construindo a tabela-verdade da proposição compos-
para Márcia cantar. ta: [P Ú Q] ® Q, teremos como solução:
RESPOSTA: “C”.
(p^~q)↔(~p
11. (BRDE - ANALISTA DE SISTEMAS - AOCP/2012) P Q Pv Q (Pv Q)→Q
v q)
Considere a sentença: “Se Ana é professora, então Camila é
V V V V→V V
médica.” A proposição equivalente a esta sentença é
A) Ana não é professora ou Camila é médica. V F V V→F F
B) Se Ana é médica, então Camila é professora. F V V V→V V
C) Se Camila é médica, então Ana é professora.
F F F F→F V
D) Se Ana é professora, então Camila não é médica.
E) Se Ana não é professora, então Camila não é médica.
P(P;Q) = VFVV
Existem duas equivalências particulares em relação a Portanto, essa proposição composta é uma contingência
uma condicional do tipo “Se A, então B”. ou indeterminação lógica.
Resposta: ERRADO.
1ª) Pela contrapositiva ou contraposição: “Se A, então
B” é equivalente a “Se ~B, então ~A” 14. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Se P
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será for F e P v Q for V, então Q é V.
equivalente a: ( )Certo ( ) Errado
“Se Camila não é médica, então Ana não é professora.”
Lembramos que uma disjunção simples, na forma: “P
2ª) Pela Teoria da Involução ou Dupla Negação: “Se A, vQ”, será verdadeira (V) se, pelo menos, uma de suas partes
então B” é equivalente a “~A ou B” for verdadeira (V). Nesse caso, se “P” for falsa e “PvQ” for
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será verdadeira, então “Q” será, necessariamente, verdadeira.
equivalente a: Resposta: CERTO.
“Ana não é professora ou Camila é médica.”
Ficaremos, então, com a segunda equivalência, já que (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013)
esta configura no gabarito. P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
RESPOSTA: “A”. P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.

9
RACIOCÍNIO LÓGICO

P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.


P4: Há criminosos livres.
C: Portanto a criminalidade é alta.
Considerando o argumento apresentado acima, em que P1, P2, P3 e P4 são as premissas e C, a conclusão, julgue os
itens subsequentes. (377 e 378)

15. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) O argumento apresentado é um argumento válido.


( )Certo ( ) Errado

Verificaremos se as verdades das premissas P1, P2, P3 e P4 sustentam a verdade da conclusão. Nesse caso, devemos
considerar que todas as premissas são, necessariamente, verdadeiras.
P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta. (V)
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz. (V)
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres. (V)
P4: Há criminosos livres. (V)

Portanto, se a premissa P4 – proposição simples – é verdadeira (V), então a 2ª parte da condicional representada pela
premissa P3 será considerada falsa (F). Então, veja:

Sabendo-se que a condicional P3 é verdadeira e conhecendo-se o valor lógico de sua 2ª parte como falsa (F), então o
valor lógico de sua 1ª parte nunca poderá ser verdadeiro (V). Assim, a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ será conside-
rada falsa (F).

Se a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ é considerada falsa (F), então a 2ª parte da disjunção simples representada
pela premissa P2, também, será falsa (F).

Sendo verdadeira (V) a premissa P2 (disjunção simples) e conhecendo-se o valor lógico de uma das partes como falsa
(F), então o valor lógico da outra parte deverá ser, necessariamente, verdadeira (V). Lembramos que, uma disjunção simples
será considerada verdadeira (V), quando, pelo menos, uma de suas partes for verdadeira (V).

Sendo verdadeira (V) a proposição simples ―a impunidade é alta‖, então, confirmaremos também como verdadeira (V),
a 1ª parte da condicional representada pela premissa P1.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO

Considerando-se como verdadeira (V) a 1ª parte da condicional em P1, então, deveremos considerar também como
verdadeira (V), sua 2ª parte, pois uma verdade sempre implica em outra verdade.
Considerando a proposição simples ―a criminalidade é alta‖ como verdadeira (V), logo a conclusão desse argumento é,
de fato, verdadeira (V), o que torna esse argumento válido.
Resposta: CERTO.

16. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A negação da proposição P1 pode ser escrita como “Se a impunida-
de não é alta, então a criminalidade não é alta”.
( )Certo ( ) Errado

Seja P1 representada simbolicamente, por:


A impunidade não é alta(p) então a criminalidade não é alta(q)
A negação de uma condicional é dada por:
~(pq)
Logo, sua negação será dada por: ~P1 a impunidade é alta e a criminalidade não é alta.
Resposta:ERRADO.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,


INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES;

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

ARGUMENTO

Argumento é uma relação que associa um conjunto de proposições (p1, p2, p3,... pn), chamadas premissas ou hipóteses,
e uma proposição C chamada conclusão. Esta relação é tal que a estrutura lógica das premissas acarretam ou tem como
consequência a proposição C (conclusão).
O argumento pode ser representado da seguinte forma:

11
RACIOCÍNIO LÓGICO

EXEMPLOS: EXEMPLO:
1. Todos os cariocas são alegres. O Flamengo é um bom time de futebol.
    Todas as pessoas alegres vão à praia O Palmeiras é um bom time de futebol.
    Todos os cariocas vão à praia. O Vasco é um bom time de futebol.
2. Todos os cientistas são loucos. O Cruzeiro é um bom time de futebol.
    Einstein é cientista. Todos os times brasileiros de futebol são bons.
    Einstein é louco! Note que não podemos afirmar que todos os times
brasileiros são bons sabendo apenas que 4 deles são bons.
Nestes exemplos temos o famoso silogismo categórico
de forma típica ou simplesmente silogismo. Os silogismos Exemplo: (FCC) Considere que as seguintes afirma-
são os argumentos que têm somente duas premissas e mais ções são verdadeiras:
a conclusão, e utilizam os termos: todo, nenhum e algum, “Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
em sua estrutura. “Existem crianças que são inteligentes.”
Assim sendo, certamente é verdade que:
ANALOGIAS (A) Alguma criança inteligente não gosta de passear
no Metrô de São Paulo.
A analogia é uma das melhores formas para utilizar o (B) Alguma criança que gosta de passear no Metrô de
raciocínio. Nesse tipo de raciocínio usa-se a comparação São Paulo é inteligente.
de uma situação conhecida com uma desconhecida. Uma (C) Alguma criança não inteligente não gosta de pas-
analogia depende de três situações: sear no Metrô de São Paulo.
• os fundamentos precisam ser verdadeiros e im- (D) Toda criança que gosta de passear no Metrô de
portantes; São Paulo é inteligente.
• a quantidade de elementos parecidos entre as (E) Toda criança inteligente não gosta de passear no
situações deve ser significativo; Metrô de São Paulo.
• não pode existir conflitos marcantes.
SOLUÇÃO:
INFERÊNCIAS Representando as proposições na forma de conjuntos
(diagramas lógicos – ver artigo sobre diagramas lógicos)
A indução está relacionada a diversos casos pequenos teremos:
que chegam a uma conclusão geral. Nesse sentido pode- “Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
mos definir também a indução fraca e a indução forte. Essa “Existem crianças que são inteligentes.”
indução forte ocorre quando não existe grandes chances
de que um caso discorde da premissa geral. Já a fraca re-
fere-se a falta de sustentabilidade de um conceito ou con-
clusão.
DEDUÇÕES

ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS


Os argumentos podem ser classificados em dois ti-
pos: Dedutivos e Indutivos.

1) O argumento será DEDUTIVO quando suas premis-


sas fornecerem informações suficientes para comprovar a
veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo
quando a conclusão é completamente derivada das pre-
missas. Pelo gráfico, observamos claramente que se todas as
crianças gostam de passear no metrô e existem crianças
inteligentes, então alguma criança que gosta de passear
EXEMPLO: no Metrô de São Paulo é inteligente. Logo, a alternativa
Todo ser humano têm mãe. correta é a opção B.
Todos os homens são humanos.
Todos os homens têm mãe. CONCLUSÕES

2) O argumento será INDUTIVO quando suas premis- VALIDADE DE UM ARGUMENTO


sas não fornecerem o “apoio completo” para ratificar as
conclusões. Portanto, nos argumentos indutivos, a conclu- Uma proposição é verdadeira ou falsa. No caso de
são possui informações que ultrapassam as fornecidas nas um argumento dedutivo diremos que ele é válido ou in-
premissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definição válido. Atente-se para o fato que todos os argumentos
de argumentos válidos ou não válidos para argumentos indutivos são inválidos, portanto não há de se falar em
indutivos. validade de argumentos indutivos.

12
RACIOCÍNIO LÓGICO

A validade é uma propriedade dos argumentos que SOLUÇÃO:


depende apenas da forma (estrutura lógica) das suas pro- Representando as premissas do enunciado na forma
posições (premissas e conclusões) e não do seu conteúdo. de diagramas lógicos (ver artigo sobre diagramas lógicos),
obteremos:
Argumento Válido Premissas:
Um argumento será válido quando a sua conclusão é “Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é
uma consequência obrigatória de suas premissas. Em ou- suspeita” = “Toda pessoa que comete um crime perfeito
tras palavras, podemos dizer que quando um argumento não é suspeita”.
é válido, a verdade de suas premissas deve garantir a ver- “Ana não cometeu um crime perfeito”.
dade da conclusão do argumento. Isso significa que, se o Conclusão:
argumento é válido, jamais poderemos chegar a uma con- “Ana é suspeita”. (Não se “desenha” a conclusão, ape-
clusão falsa quando as premissas forem verdadeiras. nas as premissas!)
Exemplo: (CESPE) Suponha um argumento no qual as
premissas sejam as proposições I e II abaixo.
I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é infeliz.
II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco.
Nesse caso, se a conclusão for a proposição “Mulhe-
res desempregadas vivem pouco”, tem-se um argumento
correto.

SOLUÇÃO:
Se representarmos na forma de diagramas lógicos (ver
artigo sobre diagramas lógicos), para facilitar a resolução,
teremos:
   I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é
infeliz. = Toda mulher desempregada é infeliz.
   II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco. =
O fato do enunciado ter falado apenas que “Ana não
Toda mulher infeliz vive pouco.
cometeu um crime perfeito”, não nos diz se ela é suspeita
ou não. Por isso temos duas possibilidades (ver bonecos).
Logo, a questão está errada, pois não podemos afirmar,
com certeza, que Ana é suspeita. Logo, o argumento é in-
válido.

EXERCICIOS:

(TJ-AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Bási-


cos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) (10 a 13)

Considerando que as proposições lógicas sejam re-


presentadas por letras maiúsculas, julgue os próximos
itens, relativos a lógica proposicional e de argumenta-
ção.
Com isso, qualquer mulher que esteja no conjunto das
desempregadas (ver boneco), automaticamente estará no 1. A expressão é uma tautologia.
conjunto das mulheres que vivem pouco. Portanto, se a A) Certo
conclusão for a proposição “Mulheres desempregadas vi- B) Errado
vem pouco”, tem-se um argumento correto (correto = vá-
lido!). Resposta: B.
Fazendo a tabela verdade:
Argumento Inválido
Dizemos que um argumento é inválido, quando a ver- P Q P→Q (P→Q) V P [(P→Q) V P]→Q
dade das premissas não é suficiente para garantir a verda-
de da conclusão, ou seja, quando a conclusão não é uma V V V V V
consequência obrigatória das premissas. V F F V V
F V V V V
Exemplo: (CESPE) É válido o seguinte argumento: Se
Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspeita, F F F F F
mas (e) Ana não cometeu um crime perfeito, então Ana é
suspeita. Portanto não é uma tautologia.

13
RACIOCÍNIO LÓGICO

2. As proposições “Luiz joga basquete porque Luiz é Fazendo a tabela verdade:


alto” e “Luiz não é alto porque Luiz não joga basquete”
são logicamente equivalentes.
A) Certo P Q R (P→Q)^(~R)
B) Errado
Resposta: A. V V V F
São equivalentes por que “Luiz não é alto porque Luiz
não joga basquete” nega as duas partes da proposição, a V V F V
deixando equivalente a primeira.
V F V F
3. A sentença “A justiça e a lei nem sempre andam
pelos mesmos caminhos” pode ser representada sim- V F F F
bolicamente por PΛQ, em que as proposições P e Q são
convenientemente escolhidas. F V V F
A) Certo
B) Errado F V F V

Resposta: B. F F V F
Não, pois ^ representa o conectivo “e”, e o “e” é usado
para unir A justiça E a lei, e “A justiça” não pode ser con- F F F V
siderada uma proposição, pois não pode ser considerada
verdadeira ou falsa.
TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CES-
4. Considere que a tabela abaixo representa as PE/2012)
primeiras colunas da tabela-verdade da proposição

Logo, a coluna abaixo representa a última coluna


dessa tabela-verdade.

A) Certo
B) Errado

Resposta: A.

14
RACIOCÍNIO LÓGICO

Com base na situação descrita acima, julgue o item a seguir.

5. O argumento cujas premissas correspondem às quatro afirmações do jornalista e cuja conclusão é “Pedro não
disputará a eleição presidencial da República” é um argumento válido.
A) Certo
B) Errado

Resposta: A.

Argumento válido é aquele que pode ser concluído a partir das premissas, considerando que as premissas são verda-
deiras então tenho que:
Se João for eleito prefeito ele disputará a presidência;
Se João disputar a presidência então Pedro não vai disputar;
Se João não for eleito prefeito se tornará presidente do partido e não apoiará a candidatura de Pedro à presidência;
Se o presidente do partido não apoiar Pedro ele não disputará a presidência.

(PRF - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - CESPE/2012)

Um jovem, visando ganhar um novo smartphone no dia das crianças, apresentou à sua mãe a seguinte argu-
mentação: “Mãe, se tenho 25 anos, moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu
não ajo como um homem da minha idade. Se estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade para assumir
minhas responsabilidades, então não tenho um mínimo de maturidade. Se não ajo como um homem da minha
idade, sou tratado como criança. Se não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança. Logo, se sou
tratado como criança, mereço ganhar um novo smartphone no dia das crianças”.
Com base nessa argumentação, julgue os itens a seguir..

6. A proposição “Se estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade para assumir minhas responsabilida-
des, então não tenho um mínimo de maturidade” é equivalente a “Se eu tenho um mínimo de maturidade, então
não estou há 7 anos na faculdade e tenho capacidade para assumir minhas responsabilidades”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: B.

Equivalência de Condicional: P -> Q = ~ Q -> ~ P


Negação de Proposição: ~ (P ^ Q) = ~ P v ~ Q

P Q R ¬P ¬Q ¬R P^¬Q (P^¬Q) → ¬R ¬P^Q R→ (¬P^Q)


V V V F F F F V F F
V V F F F V F V F V
V F V F V F V F F F
V F F F V V V V F V
F V V V F F F V V V
F V F V F V F V V V
F F V V V F F V F F
F F F V V V F V F V

Portanto não são equivalentes.

7. Considere as seguintes proposições: “Tenho 25 anos”, “Moro com você e papai”, “Dou despesas a vocês” e
“Dependo de mesada”. Se alguma dessas proposições for falsa, também será falsa a proposição “Se tenho 25 anos,
moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu não ajo como um homem da minha
idade”.
A) Certo
B) Errado
Resposta: A.
(A^B^C^D) E

15
RACIOCÍNIO LÓGICO

Ora, se A ou B ou C ou D estiver falsa como afirma o enunciado, logo torna a primeira parte da condicional falsa, (visto
que trata-se da conjunção) tornando- a primeira parte da condicional falsa, logo toda a proposição se torna verdadeira.

8. A proposição “Se não ajo como um homem da minha idade, sou tratado como criança, e se não tenho um
mínimo de maturidade, sou tratado como criança” é equivalente a “Se não ajo como um homem da minha idade ou
não tenho um mínimo de maturiade, sou tratado como criança”.
A) Certo
B) Errado
Resposta: A.
A = Se não ajo como um homem da minha idade,
B = sou tratado como criança,
C= se não tenho um mínimo de maturidade

A B C ~A ~C (~A → B) (~C → B) (~A v ~ C) (~A→ B) ^ (~ C→ B) (~A v ~ C)→ B


V V V F F V V F V V
V V F F V V V V V V
V F V F F V V F V V
V F F F V V F V F F
F V V V F V V V V V
F V F V V V V V V V
F F V V F F V V F F
F F F V V F F V F F

De acordo com a tabela verdade são equivalentes.

DIAGRAMAS LÓGICOS;

Diagramas Lógicos

Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. Uma situação que esses diagramas poderão ser
usados, é na determinação da quantidade de elementos que apresentam uma determinada característica.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Ba-
seando-se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem
somente carro ou ainda quantas dirigem somente motos. Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que re-
presentam os motoristas de motos e motoristas de carros. Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção
e depois completaremos os outros espaços.

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e
B. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as perguntas feitas.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO

Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elemen-


tos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elemen-
tos.

Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os se-


guintes elementos:

a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferên-
cia quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada
a seguinte tabela:

Jornais Leitores Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pes-
soas leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas
A 300 não leem o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150.
B 250 Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que
é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150.
C 200
AeB 70
AeC 65 Diagrama de Euler
BeC 105
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de
A, B e C 40 Venn, mas não precisa conter todas as zonas (onde uma
Nenhum 150 zona é definida como a área de intersecção entre dois ou
mais contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir
um universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicial- no qual certas intersecções não são possíveis ou conside-
mente montar os diagramas que representam cada con- radas. Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos
junto. A colocação dos valores começará pela intersecção para Animal, Mineral e quatro patas teria que conter inter-
dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a secções onde alguns estão em ambos animal, mineral e de
duas e por último às regiões que representam cada con- quatro patas. Um diagrama de Venn, consequentemente,
junto individualmente. Representaremos esses conjuntos mostra todas as possíveis combinações ou conjunções.
dentro de um retângulo que indicará o conjunto universo
da pesquisa.

Diagramas de Euler consistem em curvas simples fe-


chadas (geralmente círculos) no plano que mostra os con-
juntos. Os tamanhos e formas das curvas não são impor-
tantes: a significância do diagrama está na forma como
eles se sobrepõem. As relações espaciais entre as regiões
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não delimitadas por cada curva (sobreposição, contenção ou
são leitores de nenhum dos três jornais. nenhuma) correspondem relações teóricas (subconjunto
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. interseção e disjunção). Cada curva de Euler divide o plano
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. em duas regiões ou zonas estão: o interior, que representa
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. simbolicamente os elementos do conjunto, e o exterior, o
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 ele- que representa todos os elementos que não são membros
mentos. do conjunto. Curvas cujos interiores não se cruzam repre-

17
RACIOCÍNIO LÓGICO

sentam conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se todas as
se interceptam representam conjuntos que têm elemen- curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis. Se,
tos comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas
o conjunto de elementos comuns a ambos os conjuntos um número finito de pontos de interseção entre as curvas,
(intersecção dos conjuntos). Uma curva que está contido então C é um diagrama de Venn para n conjuntos.
completamente dentro da zona interior de outro represen- Nos casos mais simples, os diagramas são representa-
ta um subconjunto do mesmo. dos por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva referidas em um enunciado específico são marcadas com
de diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve con- uma cor diferente. Eventualmente, os círculos são repre-
ter todas as possíveis zonas de sobreposição entre as suas sentados como completamente inseridos dentro de um
curvas, representando todas as combinações de inclusão / retângulo, que representa o conjunto universo daquele
exclusão de seus conjuntos constituintes, mas em um dia- particular contexto (já se buscou a existência de um con-
grama de Euler algumas zonas podem estar faltando. Essa junto universo que pudesse abranger todos os conjuntos
falta foi o que motivou Venn a desenvolver seus diagramas. possíveis, mas Bertrand Russell mostrou que tal tarefa era
Existia a necessidade de criar diagramas em que pudessem impossível). A ideia de conjunto universo é normalmente
ser observadas, por meio de suposição, quaisquer relações atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo modo, espaços inter-
entre as zonas não apenas as que são “verdadeiras”. nos comuns a dois ou mais conjuntos representam a sua
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) intersecção, ao passo que a totalidade dos espaços perten-
são largamente utilizados para ensinar a teoria dos con- centes a um ou outro conjunto indistintamente representa
juntos no campo da matemática ou lógica matemática no sua união.
campo da lógica. Eles também podem ser utilizados para John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
representar relacionamentos complexos com mais clareza, ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores
já que representa apenas as relações válidas. Em estudos de Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incor-
mais aplicados esses diagramas podem ser utilizados para porados ao currículo escolar de matemática. Embora seja
provar / analisar silogismos que são argumentos lógicos simples construir diagramas de Venn para dois ou três con-
para que se possa deduzir uma conclusão. juntos, surgem dificuldades quando se tenta usá-los para
um número maior. Algumas construções possíveis são de-
Diagramas de Venn vidas ao próprio John Venn e a outros matemáticos como
Anthony W. F. Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith.
Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usa- Além disso, encontram-se em uso outros diagramas simila-
dos em matemática para simbolizar graficamente proprie- res aos de Venn, entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce
dades, axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua e Karnaugh.
teoria. Os respectivos diagramas consistem de curvas fe-
chadas simples desenhadas sobre um plano, de forma a Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: su-
simbolizar os conjuntos e permitir a representação das re- ponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes
lações de pertença entre conjuntos e seus elementos (por e o conjunto B representa os animais capazes de voar. A
exemplo, 4 ∉ {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações área onde os dois círculos se sobrepõem, designada por
de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, intersecção A e B ou intersecção A-B, conteria todas as
{1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas que não se to- criaturas que ao mesmo tempo podem voar e têm apenas
cam e estão uma no espaço interno da outra simbolizam duas pernas motoras.
conjuntos que possuem continência; ao passo que o ponto
interno a uma curva representa um elemento pertencente
ao conjunto.
Os diagramas de Venn são construídos com coleções
de curvas fechadas contidas em um plano. O interior des-
sas curvas representa, simbolicamente, a coleção de ele-
mentos do conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis,
o “princípio desses diagramas é que classes (ou conjuntos)
sejam representadas por regiões, com tal relação entre si Considere-se agora que cada espécie viva está repre-
que todas as relações lógicas possíveis entre as classes sentada por um ponto situado em alguma parte do dia-
possam ser indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o dia- grama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro
grama deixa espaço para qualquer relação possível entre do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o
as classes, e a relação dada ou existente pode então ser círculo B, já que ambos são bípedes mas não podem voar.
definida indicando se alguma região em específico é vazia Os mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam re-
ou não-vazia”. Pode-se escrever uma definição mais formal presentados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os
do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de canários, por sua vez, seriam representados na intersecção
curvas fechadas simples desenhadas em um plano. C é uma A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal
família independente se a região formada por cada uma que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou
das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.

18
RACIOCÍNIO LÓGICO

Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro uma das características); tal conjunto seria representado
áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte pela união de A e B. Já os animais que voam e não possuem
de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há duas patas mais os que não voam e possuem duas patas,
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas seriam representados pela diferença simétrica entre A e B.
estão em um círculo ou no outro): Estes exemplos são mostrados nas imagens a seguir, que
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A incluem também outros dois casos.
sem sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B
sem sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobre-
posição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam
(branco - fora).
União de dois conjuntos: A B
Essas configurações são representadas, respectiva-
mente, pelas operações de conjuntos: diferença de A para
B, diferença de B para A, intersecção entre A e B, e con-
junto complementar de A e B. Cada uma delas pode ser
representada como as seguintes áreas (mais escuras) no
diagrama:

Diferença Simétrica de dois conjuntos: A B

Diferença de A para B: A\B

Complementar de A em U: AC = U \ A

Diferença de B para A: B\A


Complementar de B em U: BC = U \ B
Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn fo-
cou-se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alar-
gando o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjun-
to C dos animais que possuem bico. Neste caso, o diagra-
ma define sete áreas distintas, que podem combinar-se de
256 (28) maneiras diferentes, algumas delas ilustradas nas
Intersecção de dois conjuntos: AB imagens seguintes.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)

Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas


de 16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções
sobre os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos possíveis entre A, B e C.

19
RACIOCÍNIO LÓGICO

nem todo A é B. Entretanto, no sentido lógico de algum,


está perfeitamente correto afirmar que “alguns de meus
colegas estão me elogiando”, mesmo que todos eles es-
tejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente a
dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões
são equivalentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B =
Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem
que o conjunto A tem pelo menos um elemento que não
União de três conjuntos: A B C pertence ao conjunto B. Temos as seguintes equivalências:
Algum A não é B = Algum A é não B = Algum não B é A.
Mas não é equivalente a Algum B não é A. Nas proposições
categóricas, usam-se também as variações gramaticais dos
verbos ser e estar, tais como é, são, está, foi, eram, ..., como
elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
Intersecção de três conjuntos: A B C - Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-
versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e
vice-versa).
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas
Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum
A é B, Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de
A \ (B C) imediato a verdade ou a falsidade de algumas ou de todas
as outras.

1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então te-


mos as duas representações possíveis:

1 2
B

(B C) \ A A = B
A
Proposições Categóricas

- Todo A é B
- Nenhum A é B Nenhum A é B. É falsa.
- Algum A é B e Algum A é B. É verdadeira.
- Algum A não é B Algum A não é B. É falsa.

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o con- 2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então
junto A é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está temos somente a representação:
contido em B. Atenção: dizer que Todo A é B não significa o
mesmo que Todo B é A. Enunciados da forma Nenhum A é
B afirmam que os conjuntos A e B são disjuntos, isto é, não A B
tem elementos em comum. Atenção: dizer que Nenhum A
é B é logicamente equivalente a dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da
forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo Todo A é B. É falsa.
menos um elemento em comum com o conjunto B. Con- Algum A é B. É falsa.
tudo, quando dizemos que Algum A é B, pressupomos que Algum A não é B. É verdadeira.

20
RACIOCÍNIO LÓGICO

3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as (C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
quatro representações possíveis: verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verda-
deira ou falsa.
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição ne-
cessariamente verdadeira.

03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam


instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e
60 tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músi-
cos desta Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?

04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e


Nenhum A é B. É falsa. que “Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em que:
1 e 2). (A) algum A não é G;
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou (B) algum A é G.
falsa (em 3 e 4) – é indeterminada. (C) nenhum A é G;
(D) algum G é A;
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, te- (E) nenhum G é A;
mos as três representações possíveis:
05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei
mas não praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é
15. Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol.
O número de alunos da classe é:
(A) 30.
(B) 35.
3 (C) 37.
(D) 42.
A B
(E) 44.

06. Um colégio oferece a seus alunos a prática de um


ou mais dos seguintes esportes: futebol, basquete e vôlei.
Todo A é B. É falsa. Sabe-se que, no atual semestre:
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em - 20 alunos praticam vôlei e basquete.
1 e 2 – é indeterminada). - 60 alunos praticam futebol e 55 praticam basquete.
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira - 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei.
(em 1 e 2 – é indeterminada). - o número de alunos que praticam só futebol é idênti-
co ao número de alunos que praticam só vôlei.
QUESTÕES - 17 alunos praticam futebol e vôlei.
- 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os
01. Represente por diagrama de Venn-Euler 45, não praticam vôlei.
(A) Algum A é B O número total de alunos do colégio, no atual semes-
(B) Algum A não é B tre, é igual a:
(C) Todo A é B (A) 93
(D) Nenhum A é B (B) 110
(C) 103
02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) Con- (D) 99
siderando “todo livro é instrutivo” como uma proposição (E) 114
verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição ne- 07. Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas en-
cessariamente verdadeira. trevistadas, 100 liam o jornal X, 150 liam o jornal Y, 20 liam
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição neces- os dois jornais e 110 não liam nenhum dos dois jornais.
sariamente verdadeira. Quantas pessoas foram entrevistadas?

21
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) 220 02. Resposta “B”.


(B) 240
(C) 280
(D) 300
(E) 340

08. Em uma entrevista de mercado, verificou-se que


2.000 pessoas usam os produtos C ou D. O produto D é
usado por 800 pessoas e 320 pessoas usam os dois produ- A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é
tos ao mesmo tempo. Quantas pessoas usam o produto C?
instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas.
(A) 1.430
E estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeita-
(B) 1.450
(C) 1.500 mente correta. Percebam como todos os elementos do dia-
(D) 1.520 grama “livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Res-
(E) 1.600 ta necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.

09. Sabe-se que o sangue das pessoas pode ser classi- 03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instru-
ficado em quatro tipos quanto a antígenos. Em uma pes- mentos de corda e S dos que tocam instrumentos de so-
quisa efetuada num grupo de 120 pessoas de um hospital, pro. Chamemos de F o conjunto dos músicos da Filarmô-
constatou-se que 40 delas têm o antígeno A, 35 têm o an- nica. Ao resolver este tipo de problema faça o diagrama,
tígeno B e 14 têm o antígeno AB. Com base nesses dados, assim você poderá visualizar o problema e sempre comece
quantas pessoas possuem o antígeno O? a preencher os dados de dentro para fora.
(A) 50
(B) 52 Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após
(C) 59 fazermos o diagrama, este número vai no meio.
(D) 63 Passo 2:
(E) 65 a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os
que só tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
10. Em uma universidade são lidos dois jornais, A e B.
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
Exatamente 80% dos alunos leem o jornal A e 60% leem o
jornal B. Sabendo que todo aluno é leitor de pelo menos
um dos jornais, encontre o percentual que leem ambos os Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos
jornais. acima:
(A) 40%
(B) 45%
(C) 50% 100 60 180
(D) 60%
(E) 65%

Respostas
01. Com o diagrama completamente preenchido, fica fá-
cil achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica
(A) tocam:
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
problema: 100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 +
180 = 280
(B)
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340
= 160

04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições


(C) categóricas:
- Alguns A são R
- Nenhum G é R

Devemos fazer a representação gráfica de cada uma


(D) delas por círculos para ajudar-nos a obter a resposta corre-
ta. Vamos iniciar pela representação do Nenhum G é R, que
é dada por dois círculos separados, sem nenhum ponto em
comum.

22
RACIOCÍNIO LÓGICO

Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando


os desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho
de A que está mais a esquerda, esta alternativa não é ver-
dadeira, isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo
mesmo motivo a alternativa “E” não é correta. Portanto, a
resposta é a alternativa “A”.
05. Resposta “E”.

Como já foi visto, não há uma representação gráfica


única para a proposição categórica do Alguns A são R, mas
geralmente a representação em que os dois círculos se in-
terceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para re-
solver qualquer questão.

n = 20 + 7 + 8 + 9
n = 44
Agora devemos juntar os desenhos das duas propo-
sições categóricas para analisarmos qual é a alternativa 06. Resposta “D”.
correta. Como a questão não informa sobre a relação en- n(FeB) = 45 e n(FeB -V) = 30 → n(FeBeV) = 15
tre os conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras n(FeV) = 17 com n(FeBeV) = 15 → n(FeV - B) = 2
de representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). n(F) = n(só F) + n(FeB-V) + n(FeV -B) + n(FeBeV)
A alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para 60 = n(só F) + 30 + 2 + 15 → n(só F) = 13
quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução n(sóF) = n(sóV) = 13
da questão não faremos todas as representações gráficas n(B) = n(só B) + n(BeV) + n(BeF-V) → n(só B) = 65 - 20
possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algu- – 30 = 15
mas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar n(nem F nem B nem V) = n(nem F nem V) - n(solo B)
qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), = 21- 15 = 6
se tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então Total = n(B) + n(só F) + n(só V) + n(Fe V - B) + n(nemF
já achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais nemB nemV) = 65 + 13 + 13 + 2 + 6 = 99.
outra representação gráfica possível e passamos a testar
somente as alternativas que foram verdadeiras. Tomemos
agora o seguinte desenho, em que fazemos duas represen-
tações, uma em que o conjunto A intercepta parcialmente
o conjunto G, e outra em que não há intersecção entre eles.

07. Resposta “E”.

Teste das alternativas: A B


Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando
os desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa 110
é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas 80 20 130 +
representações há elementos em A que não estão em G.
Passemos para o teste da próxima alternativa.
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de Começamos resolvendo pelo que é comum: 20 alunos
A que está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, gostam de ler os dois.
isto é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mes- Leem somente A: 100 – 20 = 80
mo motivo a alternativa “D” não é correta. Passemos para Leem somente B: 150 – 20 = 130
a próxima. Totaliza: 80 + 20 + 130 + 110 = 340 pessoas.

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

08. Resposta “D”. formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é preciso


aplicar as propriedades da análise combinatória. Veja quais
A B propriedades existem:
- Princípio fundamental da contagem
- Fatorial
1200 320 480 - Arranjos simples
- Permutação simples
- Combinação
Somente B: 800 – 320 = 480 - Permutação com elementos repetidos
Usam A = total – somente B = 2000 – 480 = 1520.
Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que
09. Resposta “C”. a Regra do Produto, um princípio combinatório que indica
quantas vezes e as diferentes formas que um acontecimento
A B pode ocorrer. O acontecimento é formado por dois estágios
caracterizados como sucessivos e independentes:
+ 59
26 14 21
• O primeiro estágio pode ocorrer de m modos
distintos.
• O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos.
Começa-se resolvendo pelo AB, então somente A = 40
– 14 = 26 e somente B = 35 – 14 = 21. Desse modo, podemos dizer que o número de formas
Somando-se A, B e AB têm-se 61, então o O são 120 – diferente que pode ocorrer em um acontecimento é igual
61 = 59 pessoas. ao produto m . n
Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e
inicialmente ela quer se decidir qual o modelo e a cor do
10. Resposta “A”.
seu novo veículo. Na concessionária onde Alice foi há 3
- Jornal A → 0,8 – x
tipos de modelos que são do interesse dela: Siena, Fox e
- Jornal B → 0,6 – x
Astra, sendo que para cada carro há 5 opções de cores:
- Intersecção → x
preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o número total
de opções que Alice poderá fazer?
Então fica:
Resolução: Segundo o Principio Fundamental da
(0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1
Contagem, Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela
- x + 1,4 = 1 poderá optar por 15 carros diferentes. Vamos representar
- x = - 0,4 as 15 opções na árvore de possibilidades:
x = 0,4.

Resposta “40% dos alunos leem ambos os jornais”.

PRINCÍPIOS DA CONTAGEM E
PROBABILIDADE

Análise Combinatória

Análise combinatória é uma parte da matemática que


estuda, ou melhor, calcula o número de possibilidades, e
estuda os métodos de contagem que existem em acertar
algum número em jogos de azar. Esse tipo de cálculo
nasceu no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo
Fontana (1500-1557), chamado também de Tartaglia.
Depois, apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-
1665) e Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve
métodos que permitem contar, indiretamente, o número
de elementos de um conjunto. Por exemplo, se quiser
saber quantos números de quatro algarismos são

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

Generalizações: Um acontecimento é formado por k Note que esta definição implica em particular que 0!
estágios sucessivos e independentes, com n1, n2, n3, … , nk = 1, porque o produto vazio, isto é, o produto de nenhum
possibilidades para cada. O total de maneiras distintas de número é 1. Deve-se prestar atenção neste valor, pois
ocorrer este acontecimento é n1, n2, n3, … , nk este faz com que a função recursiva (n + 1)! = n! . (n + 1)
Técnicas de contagem: Na Técnica de contagem não funcione para n = 0.
importa a ordem. Os fatoriais são importantes em análise combinatória.
Por exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar
Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por n objetos distintos numa sequência. (Os arranjos são
10 elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”. chamados permutações) E o número de opções que podem
ser escolhidos é dado pelo coeficiente binomial.
ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se
diferenciam pela natureza de um dos elemento.
ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados
distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela
ordem dos elementos.
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições
Quando os elementos de um determinado conjunto em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem
A forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um
algarismos pretendemos obter números, neste caso, os conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual
agrupamentos de 13 e 31 são considerados distintos, pois a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os
indicam números diferentes. agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem
Quando os elementos de um determinado conjunto A entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos.
forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes pontos Cálculos do número de arranjos simples:
pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos
são iguais, pois indicam a mesma reta. Na formação de todos os arranjos simples dos n
elementos de A, tomados k a k:
Conclusão: Os agrupamentos...
n → possibilidades na escolha do 1º elemento.
1. Em alguns problemas de contagem, quando os
agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos um n - 1 → possibilidades na escolha do 2º elemento, pois
de seus elementos, os agrupamentos serão considerados um deles já foi usado.
distintos.
ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados n - 2 → possibilidades na escolha do 3º elemento, pois
combinações. dois deles já foi usado.
.
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o n - (k - 1) → possibilidades na escolha do kº elemento,
problema é saber quantas retas esses pontos determinam. pois l-1 deles já foi usado.
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela
ordem de seus elementos, os problemas de contagem No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o
serão agrupados e considerados distintos. número total de arranjos simples dos n elementos de A
ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados (tomados k a k), temos:
arranjos.
An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1)
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos (é o produto de k fatores)

e o problema é contar os números por eles determinados.


Multiplicando e dividindo por (n – k)!
Fatorial: Na matemática, o fatorial de um número
natural n, representado por n!, é o produto de todos os
inteiros positivos menores ou iguais a n. A notação n! foi
introduzida por Christian Kramp em 1808. A função fatorial
é normalmente definida por:

Note que n (n – 1) . (n – 2). ... .(n – k + 1) . (n – k)! = n!

Podemos também escrever


Por exemplo, 5! = 1 . 2 . 3 . 4 . 5 = 120

25
RACIOCÍNIO LÓGICO

Permutações: Considere A como um conjunto com n Cálculo do número de combinações simples: O


elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, número total de combinações simples dos n elementos de
são denominados permutações simples de n elementos. De A representados por C n,k, tomados k a k, analogicamente
acordo com a definição, as permutações têm os mesmos ao exemplo apresentado, temos:
elementos. São os n elementos de A. As duas permutações a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k,
diferem entre si somente pela ordem de seus elementos. obtemos Pk arranjos distintos.
Cálculo do número de permutação simples: b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos
distintos.
O número total de permutações simples de n elementos
indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n – 1)
Portanto: Cn,k . Pk = An,k ou
(n – 2) . … . (n – k + 1), temos:
A n,k
Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1) C n,k =
(n – 2) . … .1 = n! Pk

Portanto: Pn = n! Lembrando que:

Combinações Simples: são agrupamentos formados


com os elementos de um conjunto que se diferenciam
somente pela natureza de seus elementos. Considere A
como um conjunto com n elementos k um natural menor Também pode ser escrito assim:
ou igual a n. Os agrupamentos de k elementos distintos
cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus
elementos são denominados combinações simples k a k,
dos n elementos de A.
Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com Arranjos Completos: Arranjos completos de n
elementos distintos. Com os elementos de A podemos elementos, de k a k são os arranjos de k elementos
formar 4 combinações de três elementos cada uma: abc – não necessariamente distintos. Em vista disso, quando
abd – acd – bcd
vamos calcular os arranjos completos, deve-se levar
em consideração os arranjos com elementos distintos
Se trocarmos ps 3 elementos de uma delas:
(arranjos simples) e os elementos repetidos. O total de
Exemplo: abc, obteremos P3 = 6 arranjos disdintos. arranjos completos de n elementos, de k a k, é indicado
simbolicamente por A*n,k dado por: A*n,k = nk

abc abd acd bcd Permutações com elementos repetidos


acb
bac Considerando:
bca
α elementos iguais a a,
cab β elementos iguais a b,
cba γ elementos iguais a c, …,
λ elementos iguais a l,
Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações
obtemos todos os arranjos 3 a 3: Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos.

Simbolicamente representado por Pnα, β, γ, …, λ o


abc abd acd bcd número de permutações distintas que é possível formarmos
acb adb adc bdc com os n elementos:
bac bad cad cbd
bca bda cda cdb
cab dab dac dbc
cba dba dca dcb
Combinações Completas: Combinações completas de
(4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos n elementos, de k a k, são combinações de k elementos
não necessariamente distintos. Em vista disso, quando
Logo: C4,3 . P3 = A4,3 vamos calcular as combinações completas devemos levar

26
RACIOCÍNIO LÓGICO

em consideração as combinações com elementos distintos 06. (MACKENZIE) – Numa empresa existem 10 diretores,
(combinações simples) e as combinações com elementos dos quais 6 estão sob suspeita de corrupção. Para que se
repetidos. O total de combinações completas de n analisem as suspeitas, será formada uma comissão especial
elementos, de k a k, indicado por C*n,k com 5 diretores, na qual os suspeitos não sejam maioria. O
número de possíveis comissões é:
(A) 66
(B) 72
(C) 90
(D) 120
(E) 124
QUESTÕES
07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola
01. Quantos números de três algarismos distintos possui um banco de questões de matemática composto
podem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8? de 5 questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4
sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode
02. Organiza-se um campeonato de futebol com 14 montar uma prova com 8 questões, sendo 3 de parábolas,
clubes, sendo a disputa feita em dois turnos, para que cada 2 de circunferências e 3 de retas?
clube enfrente o outro no seu campo e no campo deste. O (A) 80
número total de jogos a serem realizados é: (B) 96
(A)182 (C) 240
(B) 91 (D) 640
(C)169 (E) 1.280
(D)196
(E)160 08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre
assistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para
03. Deseja-se criar uma senha para os usuários de um uma eventualidade qualquer, dois particulares enfermeiros,
sistema, começando por três letras escolhidas entre as cinco por serem os mais experientes, nunca são escalados para
A, B, C, D e E, seguidas de quatro algarismos escolhidos trabalharem juntos. Sabendo-se que em todos os grupos
entre 0, 2, 4, 6 e 8. Se entre as letras puder haver repetição, participa um dos dois enfermeiros mais experientes,
mas se os algarismos forem todos distintos, o número total quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser
de senhas possíveis é: formados?
(A) 78.125 (A) 06
(B) 7.200 (B) 10
(C) 15.000 (C) 12
(D) 6.420 (D) 15
(E) 50 (E) 20

04. (UFTM) – João pediu que Cláudia fizesse cartões 09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes
com todas as permutações da palavra AVIAÇÃO. Cláudia para concorrer a uma gincana. O número de maneiras
executou a tarefa considerando as letras A e à como diferentes de formar duas equipes é
diferentes, contudo, João queria que elas fossem (A) 10
consideradas como mesma letra. A diferença entre o (B) 15
número de cartões feitos por Cláudia e o número de (C) 20
cartões esperados por João é igual a (D) 25
(A) 720 (E) 30
(B) 1.680
(C) 2.420 10. Considere os números de quatro algarismos do
(D) 3.360 sistema decimal de numeração. Calcule:
(E) 4.320 a) quantos são no total;
b) quantos não possuem o algarismo 2;
05. (UNIFESP) – As permutações das letras da palavra c) em quantos deles o algarismo 2 aparece ao menos
PROVA foram listadas em ordem alfabética, como se uma vez;
fossem palavras de cinco letras em um dicionário. A 73ª d) quantos têm os algarismos distintos;
palavra nessa lista é e) quantos têm pelo menos dois algarismos iguais.
(A) PROVA.
(B) VAPOR. Resoluções
(C) RAPOV.
(D) ROVAP. 01.
(E) RAOPV.

27
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. O número total de jogos a serem realizados é A14,2 III) O número de possibilidades para se escolher 1 entre
= 14 . 13 = 182. os 2 mais experientes é

03.

IV) O número de possibilidades para se escolher 2


Algarismos entre 3 restantes é

Letras
As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125 V) Assim, o número total de grupos que podem ser
maneiras. formados é 2 . 3 = 6
Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 . 09.
3 . 2 = 120 maneiras.
O número total de senhas distintas, portanto, é igual a
125 . 120 = 15.000. 10.
a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000
04. b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832
I) O número de cartões feitos por Cláudia foi c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464

II) O número de cartões esperados por João era Binômio de Newton

Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da


forma (a + b)n , sendo n um número natural .
Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
Exemplo:
B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do
05. Se as permutações das letras da palavra PROVA
binômio] ).
forem listadas em ordem alfabética, então teremos:
P4 = 24 que começam por A
Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton
P4 = 24 que começam por O
:
P4 = 24 que começam por P
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3
começa por R. Ela é RAOPV. c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de
corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão Nota:
de 5 diretores na qual os suspeitos não sejam maioria,
podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que
número de possíveis comissões é elas possuem uma lei de formação bem definida, senão ve-
jamos:
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos
são iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser
obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil memori-
zação:
07. C5,3 . C4,2 . C4,3 = 10 . 6 . 4 = 240 Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e
dividimos o resultado pela ordem do termo. O resultado
08. será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo,
I) Existem 5 enfermeiros disponíveis: 2 mais experientes para obter o coeficiente do terceiro termo do item (d) aci-
e outros 3. ma teríamos:
II) Para formar grupos com 3 enfermeiros, conforme o 5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo an-
enunciado, devemos escolher 1 entre os 2 mais experientes terior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o
e 2 entre os 3 restantes. coeficiente do terceiro termo procurado.

28
RACIOCÍNIO LÓGICO

Observe que os expoentes da variável a decrescem de Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S,


n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o portanto são eventos.
terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a de- Ø = evento impossível.
cresceu de 4 para 3 e o de b cresceu de 1 para 2). S = evento certo.
Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do
binômio de Newton (a + b)7 será: Conceito de Probabilidade
(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21
a b + 7 ab6 + b7
2 5 As probabilidades têm a função de mostrar a chance
Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º ter- de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer
mo (21 a2b5) ? um determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multipli- um espaço amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre
camos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o o número de elementos A e o número de elemento S.
resultado pela ordem do termo que é 5. Representando:
Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo
anterior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto ter-
mo, conforme se vê acima.
Exemplo: Ao lançar um dado de seis lados, numerados
Observações: de 1 a 6, e observar o lado virado para cima, temos:
1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um poli- - um espaço amostral, que seria o conjunto S {1, 2, 3,
nômio. 4, 5, 6}.
2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos . - um evento número par, que seria o conjunto A1 = {2,
3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extre- 4, 6} C S.
mos , no desenvolvimento De (a + b)n são iguais . - o número de elementos do evento número par é
4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n . n(A1) = 3.
Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
- a probabilidade do evento número par é 1/2, pois
Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b) n

, sendo p um número natural, é dado por


Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não
⎛ n⎞ Vazio
T p+1 = ⎜ ⎟ .a n− p .b p
⎝ p⎠ - Em um evento impossível a probabilidade é igual a
zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a 1.
onde Simbolicamente: P(Ø) = 0 e P(S) = 1.
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤
⎛ n⎞ n! P(A) ≤ 1.
⎜⎝ p ⎟⎠ = Cn. p = p!(n − p)! - Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A)
= 1 - P(A).
é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de Demonstração das Propriedades
combinações simples de n elementos, agrupados p a p, ou Considerando S como um espaço finito e não vazio,
seja, o número de combinações simples de n elementos temos:
de taxa p.
Este número é também conhecido como Número
Combinatório.

Probabilidade

Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento


Em uma tentativa com um número limitado de
resultados, todos com chances iguais, devemos considerar:
Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos
resultados possíveis.
Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos
resultados possíveis; será representado por S e o número
de elementos do espaço amostra por n(S).
Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do
espaço amostral; será representado por A e o número de
elementos do evento por n(A).

29
RACIOCÍNIO LÓGICO

União de Eventos Probabilidade Condicionada

Considere A e B como dois eventos de um espaço Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S,
amostral S, finito e não vazio, temos: finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é
dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo que
já ocorreu A. É representada por P(B/A).
A

Veja:
B
S

Logo: P(A B) = P(A) + P(B) - P(A B)


Eventos Independentes
Eventos Mutuamente Exclusivos Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente
A quando:

P(A/N) = P(A) P(B/A) = P(B)

B Intersecção de Eventos
S Considerando A e B como dois eventos de um espaço
amostral S, finito e não vazio, logo:
Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão
denominados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B =
0, portanto: P(A B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2,
A3, …, An de S forem, de dois em dois, sempre mutuamente
exclusivos, nesse caso temos, analogicamente:

P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... +


P(An)
Assim sendo:
Eventos Exaustivos
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)
em dois, mutuamente exclusivos, estes serão denominados
Considerando A e B como eventos independentes, logo
exaustivos se A1 A2 A3 … An = S
P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) = P(A)
. P(B). Para saber se os eventos A e B são independentes,
podemos utilizar a definição ou calcular a probabilidade de
A ∩ B. Veja a representação:

A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou


A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B)

Lei Binominal de Probabilidade


Considere uma experiência sendo realizada diversas
Então, logo: vezes, dentro das mesmas condições, de maneira que
os resultados de cada experiência sejam independentes.
Sendo que, em cada tentativa ocorre, obrigatoriamente,
um evento A cuja probabilidade é p ou o complemento A
Portanto: P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + P(An) = 1 cuja probabilidade é 1 – p.

30
RACIOCÍNIO LÓGICO

Problema: Realizando-se a experiência descrita 05. Uma urna contém 500 bolas, numeradas de 1 a 500.
exatamente n vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o Uma bola dessa urna é escolhida ao acaso. A probabilidade
evento A só k vezes? de que seja escolhida uma bola com um número de três
algarismos ou múltiplo de 10 é
Resolução: (A) 10%
- Se num total de n experiências, ocorrer somente (B) 12%
k vezes o evento A, nesse caso será necessário ocorrer
(C) 64%
exatamente n – k vezes o evento A.
- Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do (D) 82%
evento A é 1 – p, nesse caso a probabilidade de ocorrer k (E) 86%
vezes o evento A e n – k vezes o evento A, ordenadamente,
é: 06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3
bolas vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a
probabilidade de ela ser amarela ou branca?

07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com


probabilidade 40% e 30%, respectivamente, de acertar.
- As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer
Nestas condições, a probabilidade de apenas uma delas
entre as n vezes possíveis. O número de maneiras de
escolher k vezes o evento A é, portanto Cn,k. acertar o alvo é:
- Sendo assim, há Cn,k eventos distintos, mas que (A) 42%
possuem a mesma probabilidade pk . (1 – p)n-k, e portanto a (B) 45%
probabilidade desejada é: Cn,k . pk . (1 – p)n-k (C) 46%
(D) 48%
QUESTÕES (E) 50%

01. A probabilidade de uma bola branca aparecer 08. Num espaço amostral, dois eventos independentes
ao se retirar uma única bola de uma urna que contém, A e B são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos
exatamente, 4 bolas brancas, 3 vermelhas e 5 azuis é: concluir que o valor de P(B) é:
(A) 0,5
(A) (B) (C) (D) (E) (B) 5/7
(C) 0,6
02. As 23 ex-alunas de uma turma que completou o (D) 7/15
Ensino Médio há 10 anos se encontraram em uma reunião (E) 0,7
comemorativa. Várias delas haviam se casado e tido filhos.
A distribuição das mulheres, de acordo com a quantidade 09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro
de filhos, é mostrada no gráfico abaixo. Um prêmio pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de
foi sorteado entre todos os filhos dessas ex-alunas. A cada bola antes de retirar a seguinte. A probabilidade de só
probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a) a primeira e a terceira serem brancas é:
filho(a) único(a) é

(A) (B) (C) (D) (E)

10. Uma lanchonete prepara sucos de 3 sabores:


laranja, abacaxi e limão. Para fazer um suco de laranja, são
utilizadas 3 laranjas e a probabilidade de um cliente pedir
esse suco é de 1/3. Se na lanchonete, há 25 laranjas, então
(A) (B) (C) (D) (E) a probabilidade de que, para o décimo cliente, não haja
mais laranjas suficientes para fazer o suco dessa fruta é:
03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52
cartas, qual a probabilidade de se obter um rei ou uma
dama? (A) 1 (B) (C) (D) (E)
04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces,
numeradas de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das Respostas
duas faces voltadas para cima. Calcular a probabilidade
de serem obtidos dois números ímpares ou dois números 01.
iguais?

31
RACIOCÍNIO LÓGICO

02.
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho.
06 mulheres com 2 filhos.
02 mulheres com 3 filhos. Como A B = , A e B são eventos mutuamente
exclusivos;
Comoas 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a Logo: P(A B) = P(A) + P(B) =
probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a)
filho(a) único(a) é igual a P = 7/25.

03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) = 07.


Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer
os seguintes eventos:
(A) “A” acerta e “B” erra; ou
(B) “A” erra e “B” acerta.
04. No lançamento de dois dados de 6 faces, numeradas Assim, temos:
de 1 a 6, são 36 casos possíveis. Considerando os eventos P (A B) = P (A) + P (B)
A (dois números ímpares) e B (dois números iguais), a P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30%
probabilidade pedida é: P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30
P (A B) = 0,28 + 0,18
P (A B) = 0,46
P (A B) = 46%

05. Sendo Ω, o conjunto espaço amostral, temos n(Ω) 08.


= 500 Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) .
P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos:
A: o número sorteado é formado por 3 algarismos; P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
A = {100, 101, 102, ..., 499, 500}, n(A) = 401 e p(A) = 0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
401/500 0,7 . (PB) = 0,5
P(B) = 5/7.
B: o número sorteado é múltiplo de 10;
B = {10, 20, ..., 500}. 09. Representando por a
probabilidade pedida, temos:
Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo
geral da P.A., em que =
a1 = 10
an = 500 =
r = 10
Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 →
n = 50

Dessa forma, p(B) = 50/500.


10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três
A Ω B: o número tem 3 algarismos e é múltiplo de 10; tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram
A Ω B = {100, 110, ..., 500}. servidos com apenas um desses sucos, então:
De an = a1 + (n – 1) . r, temos: 500 = 100 + (n – 1) . 10 I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é
→ n = 41 e p(A B) = 41/500 possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros
clientes, pois seriam necessárias 27 laranjas.
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo
Por fim, p(A.B) = cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito
tenham pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido
06. outro suco.
Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas A probabilidade de isso ocorrer é:
e V1, V2, V3 as vermelhas.

Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2

32
RACIOCÍNIO LÓGICO

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A probabilidade de sair um múltiplo de 8 é a probabi-


lidade de ocorrer o evento B ={8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64;
72; 80; 88; 96}.
01. (Banco do Brasil - Assistente Técnico-Administrati-
vo - FCC/2014) Como: n(B) = 12 múltiplos de 8 entre 1 e 100 e n(S) =
Considere que há três formas de Ana ir para o trabalho: 100 números naturais, então, tem-se:
de carro, de ônibus e de bicicleta. Em 20% das vezes ela
vai de carro, em 30% das vezes de ônibus e em 50% das
vezes de bicicleta. Do total das idas de carro, Ana chega
atrasada em 15% delas, das idas de ônibus, chega atrasada
em 10% delas e, quando vai de bicicleta, chega atrasada
em 8% delas. Sabendo-se que um determinado dia Ana Sendo A = {3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39;
chegou atrasada ao trabalho, a probabilidade de ter ido de 42; 45; 48; 51; 54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90;
carro é igual a 93; 96; 99}, e B = {8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64; 72; 80; 88; 96},
A) 20%. então AB será dado por: A∩B = {24, 48, 72, 96}
B) 40%.
C) 60%. Portanto, a probabilidade de P (A∩B) será de:
D) 50%.
E) 30%.

Imagine que Ana vá ao trabalho 100 vezes. Como são


20% de carro, 30% de ônibus e 50% de bicicleta então te-
mos:
20 idas de carro. Onde n(A∩B) representa os 3 múltiplos simultâneos de
30 idas de ônibus 3 e 8, compreendidos entre 1 e 100.
50 idas de bicicleta
Das 20 idas de carro Ana chega atrasada em 15% das Então, P(A∩B)=P(A)+P(B)-P(A∩B) =
vezes (3 idas). 33 12 4 41
Das 30 idas de ônibus Ana chega atrasada em 10% das + − = = 41%!
vezes (3 idas). 100 100 100 100
Das 50 idas de bicicleta Ana chega atrasada em 8% das
vezes (4 idas). RESPOSTA: “A”.
Assim, Ana chega atrasa da em 3+3+4 = 10 vezes.
Sabendo que Ana chegou atrasada a probabilidade de (TCU – Analista de controle externo - UnB/Cespe/2014)
ela ter ido de carro é: Em geral, empresas públicas ou privadas utilizam códigos
P = 3/10 = 30% que é a divisão das idades de carro para protocolar a entrada e a saída de documentos e pro-
atrasada pelo total de atrasos. cessos. Considere que se deseja gerar códigos cujos carac-
teres pertençam ao conjunto das 26 letras de um alfabeto,
RESPOSTA: “E”. que possui apenas 5 vogais. Com base nessas informações,
julgue os itens que se seguem.
02. (Ministério da Fazenda - MI - Assistente Técnico ad-
ministrativo - Cespe/UnB/2013) Sorteando-se um número 03. (TCU – Analista de controle externo - UNB/CES-
de uma lista de 1 a 100, qual a probabilidade de o número PE/2014) Se os protocolos de uma empresa devem conter
ser divisível por 3 ou por 8? 4 letras, sendo permitida a repetição de caracteres, então
A) 41% podem ser gerados menos de 400.000 protocolos distintos.
B) 44% ( ) CERTA ( ) ERRADA
C) 42% Se os protocolos de uma empresa devem conter 4 le-
D) 45% tras, sendo permitida a repetição de caracteres, então po-
E) 43% dem ser gerados menos de 400.000 protocolos distintos.
A probabilidade de sair um número divisível por 3 (ou Para cada “casa” citada anteriormente, podemos locar
múltiplo de 3) é a probabilidade de ocorrer o evento A = 26 letras, pois e permitida a repetição das letras, formando,
{3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39; 42; 45; 48; 51; assim:
54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90; 93; 96; 99}. 26 x 26 x 26 x 26 = 456.976 códigos distintos
Como: n(A) = 33 múltiplos de 3 entre 1 e 100 e n(S) =
100 números naturais, então, tem-se: RESPOSTA: “ERRADA”.

04. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces-


pe/2014) Se uma empresa decide não usar as 5 vogais
em seus códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sendo

33
RACIOCÍNIO LÓGICO

permitida a repetição de caracteres, então e possível obter Para a escolha dos 9 vereadores dos 30 candidatos, fare-
mais de 1000 códigos distintos. mos uma combinação simples dos 30 candidatos escolhidos
( ) CERTA ( ) ERRADA 9 a 9, pois aqui, a ordem de escolha não altera o agrupamento
formado, já que, ao ser escolhidos, por exemplo, um agrupa-
Se uma empresa decide não usar as 5 vogais em seus mento de 9 pessoas, essas mesmas pessoas não poderão ser
códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sendo permitida escolhidas novamente, mesmo em outra ordem.
a repetição de caracteres, então e possível obter mais de
1000 códigos distintos. ! !! 30! 30!
!! = = = !
Como não serão permitidas as vogais, então teremos !! ! − ! ! 9! 30 − 9 ! 9! 21!
21 letras para obtenção dos códigos.
Observação: será permitida a REPETIÇÃO das letras, ex- RESPOSTA: “CERTA”.
cluindo as vogais.
21 letras (código formado por uma letra)=21 códigos 08. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)Sa-
21 x 21 (código formado por duas letras)=441 códigos bendo-se que um eleitor vota em apenas um candidato a
21 x 21 x 21 = 9.261 códigos vereador, é correto afirmar que a quantidade de maneiras
Assim sendo, serão obtidos: distintas de um cidadão escolher um candidato é superior
21 + 441 + 9.261 = a 50.
( ) CERTA ( ) ERRADA
RESPOSTA: “ERRADA”.
Só existem 30 candidatos, logo não tem como haver 50
05. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- formas distintas de escolher um candidato.
pe/2014) O número total de códigos diferentes formados por
3 letras distintas e superior a 15000. RESPOSTA: “ERRADA”.
( ) CERTA ( ) ERRADA
09. (VALEC - Assistente Administrativo – FEM-
O número total de códigos diferentes formados por 3 le-
PERJ/2012) Uma “capicua” é um número que escrito de trás
tras distintas e superior a 15000.
para a frente é igual ao número original. Por exemplo: 232
26x25x24=15600 códigos
e 1345431 são “capicuas”. A quantidade de “capicuas” de
sete algarismos que começam com o algarismo 1 é igual a:
RESPOSTA: “CERTA”.
A) 400
B) 520
(TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012) Nas elei-
C) 640
ções municipais de uma pequena cidade, 30 candidatos dis-
putam 9 vagas para a câmara de vereadores. Na sessão de D) 1000
posse, os nove eleitos escolhem a mesa diretora, que será E) 1200
composta por presidente, primeiro e segundo secretários,
sendo proibido a um mesmo parlamentar ocupar mais de Considerando-se os algarismos de 0 a 9 (0; 1; 2; 3; 4; 5;
um desses cargos. Acerca dessa situação hipotética, julgue os 6; 7; 8; 9), podemos formar a seguinte quantidade de “capi-
itens seguintes. cuas” de sete algarismos, que inicia-se com o algarismo 1.
1 x 10 x 10 x 10 x 1 x 1 x 1=10x10x10=1000 capicuas
06. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)A
quantidade de maneiras distintas de se formar a mesa direto- RESPOSTA: “D”.
ra da câmara municipal é superior a 500.
( ) CERTA ( ) ERRADA 10. (VALEC – Assistente Administrativo - FEMPERJ/2012)
Após serem escolhidos os 9 candidatos, esses formarão a Uma rodovia tem 320 km. A concessionária da rodovia re-
mesa diretora, que será composta por um presidente, primei- solveu instalar painéis interativos a cada 10 km, nos dois
ro e segundo secretários, ou seja, por 3 desses integrantes. A sentidos da rodovia. Em cada sentido, o primeiro painel
escolha será feita pelo arranjo simples de 9 pessoas escolhi- será instalado exatamente no início da rodovia, e o último,
das 3 a 3, já que a ordem dos elementos escolhidos altera a exatamente ao final da rodovia. Assim, a concessionária
formação da mesa diretora. terá de instalar a seguinte quantidade total de painéis:
A) 32
!!! = 9.8.7 = 504!!"#$%&!!"#$"%$&#!!"!!"#$!!"!!"#$%&#'! B) 64
C) 65
D) 66
RESPOSTA: “CERTA”. E) 72
Tem-se a seguinte sequência numérica:
07. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)A marco zero: 1º painel.
quantidade de maneiras distintas para se formar a câmara de marco 10 km: 2º painel.
vereadores dessa cidade é igual a 30!/(9!×21!). marco 20 km: 3º painel.
( ) CERTA ( ) ERRADA Marco 320 km : n-ésimo painel.

34
RACIOCÍNIO LÓGICO

Obtendo-se a seguinte sequência numérica dada pela Podemos interpretar esse enunciado da seguinte for-
progressão aritmética (PA): ma: “de um conjunto de 7 bolas azuis e 5 bolas vermelhas,
quantos agrupamentos de 3 bolas azuis e 2 bolas verme-
!! = 0 lhas podemos formar”?
!"(0; !10; !20;!. . . ; !320) ! = 10 ! Nesse caso tem-se uma combinação simples de 7 bo-
!! = 320 las azuis escolhidas 3 a 3 permutando-se com a combina-
ção simples de 5 bolas vermelhas escolhidas 2 a 2.
Lembramos que, formamos agrupamentos por com-
Sendo a fórmula que define o termo geral de uma PA binação, quando a ordem dos elementos escolhidos não
dada por an= a1+(n – 1).r, teremos: altera o agrupamento formado. Por exemplo, um agru-
320 pamento formado pelas bolas vermelhas V1 V2 V3 será
idêntico a qualquer outro agrupamento formado por es-
320=0+ !−1 .10→ =!−1→! =1+32=33! sas mesmas bolas, porém e outra ordem. Logo, a ordem
10 desses elementos escolhidos não altera o próprio agru-
pamento.
n = 33 painéis, em apenas um dos sentidos da rodovia.
Para o sentido inverso têm-se mais 33 painéis o que 76554
totaliza: !!!.!!! = . . . . = 35.10 = 350!!"#$%!&'()*+!
33 + 33 = 66 painéis, ao todo. 32121
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “D”. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/UnB/2013)
Conta-se na mitologia grega que Hércules, em um acesso
11. (VALEC – Assistente Administrativo - FEMPERJ/2012) de loucura, matou sua família. Para expiar seu crime, foi
Num certo ano, 10% de uma floresta foram desmatados. enviado a presença do rei Euristeu, que lhe apresentou
No ano seguinte, 20% da floresta remanescente foi desma- uma serie de provas a serem cumpridas por ele, conhe-
tada e, no ano seguinte, a floresta remanescente perdeu
cidas como Os doze trabalhos de Hércules. Entre esses
mais 10% de sua área. Assim, a floresta perdeu, nesse pe-
trabalhos, encontram-se: matar o leão de Neméia, cap-
ríodo, a seguinte porcentagem de sua área original:
turar a corça de Cerinéia e capturar o javali de Erimanto.
A) 35,2%
Considere que a Hércules seja dada a escolha de preparar
B) 36,4%
uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a serem
C) 37,4%
executados, e que a escolha dessa ordem seja totalmente
D) 38,6%
E) 40,0% aleatória. Além disso, considere que somente um trabalho
seja executado de cada vez. Com relação ao número de
Considerando-se o total inicial da floresta, antes do 1º possíveis listas que Hércules poderia preparar, julgue os
desmatamento, igual a 100% teremos, após os desmata- itens subsequentes.
mentos sucessivos, o seguinte percentual de floresta des-
matado: 13. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
1º ano: foram desmatados 10% do total (100%), logo, UnB/2013) O número máximo de possíveis listas que Her-
sobraram 90% de floresta não desmatada. cules poderia preparar e superior a 12x10!
2º ano: foram desmatados 20% da floresta remanes- ( ) CERTA ( ) ERRADA
cente (90%), logo, sobraram 90% – 20% de 90%.
90% – 20% de 90%. = 90% – 18% = 72% de floresta O número máximo de possíveis listas que Hercules
não desmatada. poderia preparar e superior a 12x10!.
3º ano: foram desmatados 10% da floresta remanes- “Considere que a Hercules seja dada a escolha de pre-
cente (72%), logo, sobraram 72% – 10% de 72%. parar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos
72% – 10% de 72%. = 72% – 7,2% = 64,8% de floresta a serem executados, e que a escolha dessa ordem seja
não desmatada. totalmente aleatória”.
Portanto, foram desmatados 100% – 64,8% = 35,2% Seja a lista de tarefas dada a Hercules contendo as 12
tarefas representada a seguir. Lembrando que a ordem de
RESPOSTA: “A”. escolha ficara a critério de Hercules.
Então, permutando (trocando) as tarefas de posição,
12. (BRDE – Analista de sistemas - AOCP/2012) Quan- vai gerar uma nova sequencia, ou seja, uma nova ordem
tos subconjuntos podemos formar com 3 bolas azuis e da realização de suas tarefas, assim, o numero de possibi-
2 vermelhas, de um conjunto contendo 7 bolas azuis e 5 lidades de Hercules começar e terminar suas tarefas será
vermelhas? dada pela permutação dessas tarefas.
A) 250 12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 ou simplesmente:
B) 5040 12! = 12 x 11 x 10!
C) 210 Como 12x11x10! e diferente de 12x10!.
D) 350
E) 270 RESPOSTA: “ERRADA”.

35
RACIOCÍNIO LÓGICO

14. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” e
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas conten- “capturar o javali de Erimanto” nas duas ultimas posições, e
do o trabalho “matar o leão de Neméia” na primeira posi- lembrando que essas tarefas podem ser permutadas entre
ção é inferior a 240 x 990 x 56 x 30. si, pois são colocadas em qualquer ordem, assim, restaram
( ) CERTA ( ) ERRADA 10 posições a serem permutadas.

O número máximo de possíveis listas contendo o tra- 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1.x.x


balho “matar o leão de Neméia” na primeira posição é
inferior a 240 x 990 x 56 x 30. Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
Fixando a tarefa “matar leão de Neméia” na primeira turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
posição, vão sobrar 11 tarefas para serem permutadas nas podendo ser permutadas entre si, ainda, sobram 10 posi-
demais casas: ções a serem permutadas.
x._._._._._._._._._._._=x.11! Ou seja:
Sendo X a posição já ocupada pela tarefa “matar leão 90 x 8! x 2 que equivale a 180 x 8!
de Nemeia”. Sendo 180 um valor inferior a 6! (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x
Reagrupando os valores, temos: 1 = 720), logo o valor
24 x 990 x 56 x 30. 180 x 8! será inferior a 6! x 8!, tornando este item CER-
Portanto, inferior a 240 x 990 x 56 x 30, tornando este TO.
item ERRADO.
RESPOSTA: “CERTA”.
RESPOSTA: “ERRADA”.
(TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/UnB/2013)
15. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ Considere que em um escritório trabalham 11 pessoas: 3
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas contendo possuem nível superior, 6 tem o nível médio e 2 são de
os trabalhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira po- nível fundamental. Será formada, com esses empregados,
sição e “ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição uma equipe de 4 elementos para realizar um trabalho de
e inferior a 72 x 42 x 20 x 6. pesquisa. Com base nessas informações, julgue os itens se-
( ) CERTA ( ) ERRADA guintes, acerca dessa equipe.

O número máximo de possíveis listas contendo os tra- 17. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
balhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira posição e UnB/2013) Se essa equipe for formada somente com em-
“ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição e infe- pregados de nível médio e fundamental, então ela poderá
rior a 72 x 42 x 20 x 6. ser formada de mais de 60 maneiras distintas.
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” na pri- ( ) CERTA ( ) ERRADA
meira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira
posição, restam 10 tarefas a serem permutadas nas demais Se essa equipe for formada somente com empregados
posições, assim, temos que: de nível médio e fundamental, então ela poderá ser forma-
X . 1 . x . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 10 da de mais de 60 maneiras distintas.
Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap- Das 11 pessoas, 3 são de nível superior(S), 3 nível mé-
turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”, dio(M), e 2 são de nível fundamental(F)
ainda sobram 10 posições a serem permutadas.
Ou seja: Sendo a equipe formada apenas pelos funcionários de
10 x 72 x 42 x 20 x 6 escolaridade de nível Médio e Fundamental teremos ape-
Portanto, teremos 10 x 72 x 42 x 20 x 6, um valor supe- nas 3 possibilidades de formação das equipes:
rior e diferente de 72x42 x 20 x 6
1ª POSSIBILIDADE: Somente 1 funcionário de nível
RESPOSTA: “ERRADA”. Fundamental e os demais de nível médio.

16. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/


!!! .!!! = 2!/1!(2-1)!.6!/3!(6-3)!=40 equipes distintas
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas contendo !
os trabalhos “ capturar a corça de Cerineia” e “ capturar o 2ª POSSIBILIDADE: com 2 funcionários de nível Funda-
javali de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer mental e os demais de nível médio.
ordem, e inferior a 6! x 8!.
( ) CERTA ( ) ERRADA !!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas

O número máximo de possíveis listas contendo os tra- 3ª POSSIBILIDADE: Uma equipe formada por funcioná-
balhos “ capturar a corça de Cerinéia” e “ capturar o javali rios apenas de Nível Médio.
de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer or-
dem, e inferior a 6! x 8!. !!! !. = 6!/4!(6-4)!=15 equipes distintas

36
RACIOCÍNIO LÓGICO

Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- 20. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/
des anteriores, encontramos: UnB/2012) Considere que o BB tenha escolhido alguns no-
40 + 15 + 15= 70 equipes distintas mes de pessoas para serem usados em uma propaganda
Como o item afirma que a equipe poderá ser formada na televisão, em expressões do tipo Banco do Bruno, Banco
por mais de 60 maneiras distintas. da Rosa etc. Suponha também, que a quantidade total de
nomes escolhidos para aparecer na propaganda seja 1 2 e
RESPOSTA: “CERTA”. que, em cada inserção da propaganda na TV, sempre apa-
18. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/ reçam somente dois nomes distintos.
UnB/2013) Se essa equipe incluir todos os empregados de Nesse caso, a quantidade de inserções com pares dife-
nível fundamental, então ela poderá ser formada de mais rentes de nomes distintos que pode ocorrer e inferior a 70.
de 40 maneiras distintas. Julgue o enunciado acima.
( ) CERTA ( ) ERRADA
Com 12 nomes distintos entre si aparecendo de dois
Se essa equipe incluir todos os empregados de nível em dois, teremos uma combinação simples desses nomes
fundamental, então ela poderá ser formada de mais de 40 para formarmos um total de possibilidades distintas.
maneiras distintas. !
!!" ! = 12!/2!(12-2)!=66 duplas de nomes distintos
1ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de
nível fundamental e os demais de nível Superior. Portanto, é verdadeira.
21. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/UnB/2012)
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.3!/2!(3-2)!=3 equipes distintas Há exatamente 495 maneiras diferentes de se distribuírem
12 funcionários de um banco em 3 agências, de modo que
2ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários cada agência receba 4 funcionários.
Julgue o enunciado acima.
nível fundamental e os demais de nível médio.
Sejam as agencias A, B e C que deverão receber 4 dos
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas 12 funcionários mencionados no item.
Para a primeira agencia, A, temos uma escolha baseada
em um agrupamento de 4 pessoas escolhidas dentre as 12
3ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de
funcionários, possíveis a ocupar essas vagas, ou seja, uma
nível fundamental e os demais de nível médio ou superior.
combinação de 12 funcionários escolhidos 4 a 4.
!!! .!!! .!!! !1 Agência A:
= 2!/2!(2-2)!.6!/1!(6-1)!.3!/1!(3-1)!=18
equipes distintas !
!!" ! = 12!/4!(12-4)!=495
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida-
des, teremos: Maneiras distintas de escolhermos dentre 12 funcionários,
3 + 15 + 18 = 36 equipes distintas 4 funcionários para ocupar uma das 4 vagas da agencia A .
Como o afirmado neste item, diz que existirão mais de Fixando 4 funcionários na primeira agencia, A , tere-
40 maneiras distintas para a formação das equipes. mos, ainda, 8 funcionários que poderão ocupar 4 vagas na
agencia B. Portanto, para escolhermos esse novo agrupa-
RESPOSTA: “ERRADA”. mento, teremos uma nova combinação, agora, de 8 funcio-
nários, escolhidos 4 a 4.
19. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/ Agência B:
UnB/2013) Formando-se a equipe com dois empregados
de nível médio, e dois de nível superior, então essa equipe !!! ! = 8!/4!(8-4)!=70
poderá ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas. Maneiras distintas de escolhermos dentre 8 funcioná-
( ) CERTA ( ) ERRADA rios, 4 funcionários para ocupar 4 vagas da agencia B .
Por ultimo, ainda sobram 4 funcionários para ocupar as
Formando-se a equipe com dois empregados de nível ultimas 4 vagas da ultima agencia C .
médio, e dois de nível superior, então essa equipe poderá Portanto, teremos apenas um tipo de agrupamento
ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas. formado por esses 4 funcionários.
Formando-se as equipes com 2 empregados de nível
Médio e 2 de Nível Superior, então teremos apenas 1 pos- Agência C:
sibilidade de formação de equipes, já que excluímos todos
os funcionários de nível Fundamental.
!!! ! = 4!/4!(4-4)!=1
Pelo principio multiplicativo, podemos permutar a es-
!!! .!!! ! = 3!/2!(3-2)!.6!/2!(6-2)!=45 equipes distintas colha dos funcionários entre as 3 agências A , B e C , ou
seja, teremos um total de possibilidades dada por:
De acordo com a afirmativa do item seriam de, no má- 495x70x1=34.650 maneiras distintas de locarmos esses
ximo, 40 equipes distintas. funcionários nas 3 agências

RESPOSTA: “ERRADA”. Portanto, questão errada.

37
RACIOCÍNIO LÓGICO

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A probabilidade de sair um múltiplo de 8 é a probabi-


lidade de ocorrer o evento B ={8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64;
01. (Banco do Brasil - Assistente Técnico-Adminis- 72; 80; 88; 96}.
trativo - FCC/2014)
Considere que há três formas de Ana ir para o tra- Como: n(B) = 12 múltiplos de 8 entre 1 e 100 e n(S) =
balho: de carro, de ônibus e de bicicleta. Em 20% das 100 números naturais, então, tem-se:
vezes ela vai de carro, em 30% das vezes de ônibus e em
50% das vezes de bicicleta. Do total das idas de carro,
Ana chega atrasada em 15% delas, das idas de ônibus,
chega atrasada em 10% delas e, quando vai de bicicle-
ta, chega atrasada em 8% delas. Sabendo-se que um
determinado dia Ana chegou atrasada ao trabalho, a Sendo A = {3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39;
probabilidade de ter ido de carro é igual a 42; 45; 48; 51; 54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90;
A) 20%.
93; 96; 99}, e B = {8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64; 72; 80; 88; 96},
B) 40%.
então AB será dado por: A∩B = {24, 48, 72, 96}
C) 60%.
D) 50%.
Portanto, a probabilidade de P (A∩B) será de:
E) 30%.

Imagine que Ana vá ao trabalho 100 vezes. Como são


20% de carro, 30% de ônibus e 50% de bicicleta então te-
mos:
20 idas de carro.
30 idas de ônibus
50 idas de bicicleta Onde n(A∩B) representa os 3 múltiplos simultâneos de
Das 20 idas de carro Ana chega atrasada em 15% das 3 e 8, compreendidos entre 1 e 100.
vezes (3 idas).
Das 30 idas de ônibus Ana chega atrasada em 10% das Então, P(A∩B)=P(A)+P(B)-P(A∩B) =
vezes (3 idas).
33 12 4 41
Das 50 idas de bicicleta Ana chega atrasada em 8% das + − = = 41%!
vezes (4 idas). 100 100 100 100
Assim, Ana chega atrasa da em 3+3+4 = 10 vezes.
Sabendo que Ana chegou atrasada a probabilidade de RESPOSTA: “A”.
ela ter ido de carro é:
P = 3/10 = 30% que é a divisão das idades de carro (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces-
atrasada pelo total de atrasos. pe/2014) Em geral, empresas públicas ou privadas uti-
lizam códigos para protocolar a entrada e a saída de
RESPOSTA: “E”. documentos e processos. Considere que se deseja gerar
códigos cujos caracteres pertençam ao conjunto das
02. (Ministério da Fazenda - MI - Assistente Técni- 26 letras de um alfabeto, que possui apenas 5 vogais.
co administrativo - Cespe/UnB/2013) Sorteando-se um Com base nessas informações, julgue os itens que se
número de uma lista de 1 a 100, qual a probabilidade seguem.
de o número ser divisível por 3 ou por 8?
A) 41%
03. (TCU – Analista de controle externo - UNB/CES-
B) 44%
PE/2014) Se os protocolos de uma empresa devem con-
C) 42%
ter 4 letras, sendo permitida a repetição de caracteres,
D) 45%
E) 43% então podem ser gerados menos de 400.000 protocolos
A probabilidade de sair um número divisível por 3 (ou distintos.
múltiplo de 3) é a probabilidade de ocorrer o evento A = ( ) CERTA ( ) ERRADA
{3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39; 42; 45; 48; 51; Se os protocolos de uma empresa devem conter 4 le-
54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90; 93; 96; 99}. tras, sendo permitida a repetição de caracteres, então po-
Como: n(A) = 33 múltiplos de 3 entre 1 e 100 e n(S) = dem ser gerados menos de 400.000 protocolos distintos.
100 números naturais, então, tem-se: Para cada “casa” citada anteriormente, podemos locar
26 letras, pois e permitida a repetição das letras, formando,
assim:
26 x 26 x 26 x 26 = 456.976 códigos distintos

RESPOSTA: “ERRADA”.

38
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- 07. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
pe/2014) Se uma empresa decide não usar as 5 vogais A quantidade de maneiras distintas para se formar a câ-
em seus códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sen- mara de vereadores dessa cidade é igual a 30!/(9!×21!).
do permitida a repetição de caracteres, então e possível ( ) CERTA ( ) ERRADA
obter mais de 1000 códigos distintos.
( ) CERTA ( ) ERRADA Para a escolha dos 9 vereadores dos 30 candidatos,
faremos uma combinação simples dos 30 candidatos es-
Se uma empresa decide não usar as 5 vogais em seus colhidos 9 a 9, pois aqui, a ordem de escolha não altera
códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sendo permitida o agrupamento formado, já que, ao ser escolhidos, por
a repetição de caracteres, então e possível obter mais de exemplo, um agrupamento de 9 pessoas, essas mesmas
1000 códigos distintos. pessoas não poderão ser escolhidas novamente, mesmo
Como não serão permitidas as vogais, então teremos em outra ordem.
21 letras para obtenção dos códigos.
Observação: será permitida a REPETIÇÃO das letras, ex- ! !! 30! 30!
cluindo as vogais. !! = = = !
!! ! − ! ! 9! 30 − 9 ! 9! 21!
21 letras (código formado por uma letra)=21 códigos
21 x 21 (código formado por duas letras)=441 códigos
RESPOSTA: “CERTA”.
21 x 21 x 21 = 9.261 códigos
Assim sendo, serão obtidos:
21 + 441 + 9.261 = 08. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Sabendo-se que um eleitor vota em apenas um candi-
RESPOSTA: “ERRADA”. dato a vereador, é correto afirmar que a quantidade de
maneiras distintas de um cidadão escolher um candida-
05. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- to é superior a 50.
pe/2014) O número total de códigos diferentes forma- ( ) CERTA ( ) ERRADA
dos por 3 letras distintas e superior a 15000.
( ) CERTA ( ) ERRADA Só existem 30 candidatos, logo não tem como haver 50
formas distintas de escolher um candidato.
O número total de códigos diferentes formados por 3
letras distintas e superior a 15000. RESPOSTA: “ERRADA”.
26x25x24=15600 códigos
09. (VALEC - Assistente Administrativo – FEM-
RESPOSTA: “CERTA”. PERJ/2012) Uma “capicua” é um número que escrito
de trás para a frente é igual ao número original. Por
(TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012) Nas exemplo: 232 e 1345431 são “capicuas”. A quantidade
eleições municipais de uma pequena cidade, 30 candi- de “capicuas” de sete algarismos que começam com o
datos disputam 9 vagas para a câmara de vereadores. algarismo 1 é igual a:
Na sessão de posse, os nove eleitos escolhem a mesa A) 400
diretora, que será composta por presidente, primeiro e B) 520
segundo secretários, sendo proibido a um mesmo par- C) 640
lamentar ocupar mais de um desses cargos. Acerca des- D) 1000
sa situação hipotética, julgue os itens seguintes. E) 1200
06. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Considerando-se os algarismos de 0 a 9 (0; 1; 2; 3; 4; 5;
A quantidade de maneiras distintas de se formar a mesa
6; 7; 8; 9), podemos formar a seguinte quantidade de “capi-
diretora da câmara municipal é superior a 500.
cuas” de sete algarismos, que inicia-se com o algarismo 1.
( ) CERTA ( ) ERRADA
Após serem escolhidos os 9 candidatos, esses forma- 1 x 10 x 10 x 10 x 1 x 1 x 1=10x10x10=1000 capicuas
rão a mesa diretora, que será composta por um presiden-
te, primeiro e segundo secretários, ou seja, por 3 desses RESPOSTA: “D”.
integrantes. A escolha será feita pelo arranjo simples de
9 pessoas escolhidas 3 a 3, já que a ordem dos elementos 10. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
escolhidos altera a formação da mesa diretora. PERJ/2012) Uma rodovia tem 320 km. A concessionária
da rodovia resolveu instalar painéis interativos a cada
!!! = 9.8.7 = 504!!"#$%&!!"#$"%$&#!!"!!"#$!!"!!"#$%&#'! 10 km, nos dois sentidos da rodovia. Em cada sentido,
o primeiro painel será instalado exatamente no início
da rodovia, e o último, exatamente ao final da rodo-
RESPOSTA: “CERTA”. via. Assim, a concessionária terá de instalar a seguinte
quantidade total de painéis:

39
RACIOCÍNIO LÓGICO

A) 32 3º ano: foram desmatados 10% da floresta remanes-


B) 64 cente (72%), logo, sobraram 72% – 10% de 72%.
C) 65 72% – 10% de 72%. = 72% – 7,2% = 64,8% de floresta
D) 66 não desmatada.
E) 72 Portanto, foram desmatados 100% – 64,8% = 35,2%
Tem-se a seguinte sequência numérica:
marco zero: 1º painel. RESPOSTA: “A”.
marco 10 km: 2º painel.
marco 20 km: 3º painel. 12. (BRDE – Analista de sistemas - AOCP/2012)
... Quantos subconjuntos podemos formar com 3 bolas
Marco 320 km : n-ésimo painel. azuis e 2 vermelhas, de um conjunto contendo 7 bolas
azuis e 5 vermelhas?
A) 250
Obtendo-se a seguinte sequência numérica dada pela
B) 5040
progressão aritmética (PA):
C) 210
D) 350
!! = 0 E) 270
!"(0; !10; !20;!. . . ; !320) ! = 10 !
!! = 320 Podemos interpretar esse enunciado da seguinte for-
ma: “de um conjunto de 7 bolas azuis e 5 bolas vermelhas,
quantos agrupamentos de 3 bolas azuis e 2 bolas verme-
Sendo a fórmula que define o termo geral de uma PA lhas podemos formar”?
dada por an= a1+(n – 1).r, teremos: Nesse caso tem-se uma combinação simples de 7 bo-

320 las azuis escolhidas 3 a 3 permutando-se com a combina-


ção simples de 5 bolas vermelhas escolhidas 2 a 2.
320=0+ !−1 .10→ =!−1→! =1+32=33! Lembramos que, formamos agrupamentos por com-
10 binação, quando a ordem dos elementos escolhidos não
altera o agrupamento formado. Por exemplo, um agru-
pamento formado pelas bolas vermelhas V1 V2 V3 será
n = 33 painéis, em apenas um dos sentidos da rodovia. idêntico a qualquer outro agrupamento formado por essas
Para o sentido inverso têm-se mais 33 painéis o que mesmas bolas, porém e outra ordem. Logo, a ordem desses
totaliza: elementos escolhidos não altera o próprio agrupamento.
33 + 33 = 66 painéis, ao todo.
76554
RESPOSTA: “D”. !!!.!!! = . . . . = 35.10 = 350!!"#$%!&'()*+!
11. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
32121
PERJ/2012) Num certo ano, 10% de uma floresta foram
desmatados. No ano seguinte, 20% da floresta rema- RESPOSTA: “D”.
nescente foi desmatada e, no ano seguinte, a floresta (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
UnB/2013) Conta-se na mitologia grega que Hércules,
remanescente perdeu mais 10% de sua área. Assim, a
em um acesso de loucura, matou sua família. Para ex-
floresta perdeu, nesse período, a seguinte porcenta-
piar seu crime, foi enviado a presença do rei Euristeu,
gem de sua área original:
que lhe apresentou uma serie de provas a serem cum-
A) 35,2% pridas por ele, conhecidas como Os doze trabalhos de
B) 36,4% Hércules. Entre esses trabalhos, encontram-se: matar o
C) 37,4% leão de Neméia, capturar a corça de Cerinéia e captu-
D) 38,6% rar o javali de Erimanto. Considere que a Hércules seja
E) 40,0% dada a escolha de preparar uma lista colocando em or-
dem os doze trabalhos a serem executados, e que a es-
Considerando-se o total inicial da floresta, antes do 1º colha dessa ordem seja totalmente aleatória. Além dis-
desmatamento, igual a 100% teremos, após os desmata- so, considere que somente um trabalho seja executado
mentos sucessivos, o seguinte percentual de floresta des- de cada vez. Com relação ao número de possíveis listas
matado: que Hércules poderia preparar, julgue os itens subse-
1º ano: foram desmatados 10% do total (100%), logo, quentes.
sobraram 90% de floresta não desmatada.
2º ano: foram desmatados 20% da floresta remanes- 13. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
cente (90%), logo, sobraram 90% – 20% de 90%. UnB/2013) O número máximo de possíveis listas que
90% – 20% de 90%. = 90% – 18% = 72% de floresta Hercules poderia preparar e superior a 12x10!
não desmatada. ( ) CERTA ( ) ERRADA

40
RACIOCÍNIO LÓGICO

O número máximo de possíveis listas que Hercules po- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
deria preparar e superior a 12x10!. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
“Considere que a Hercules seja dada a escolha de pre- ainda sobram 10 posições a serem permutadas.
parar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a Ou seja:
serem executados, e que a escolha dessa ordem seja total- 10 x 72 x 42 x 20 x 6
mente aleatória”. Portanto, teremos 10 x 72 x 42 x 20 x 6, um valor supe-
Seja a lista de tarefas dada a Hercules contendo as 12 rior e diferente de 72x42 x 20 x 6
tarefas representada a seguir. Lembrando que a ordem de
escolha ficara a critério de Hercules. RESPOSTA: “ERRADA”.
Então, permutando (trocando) as tarefas de posição,
vai gerar uma nova sequencia, ou seja, uma nova ordem da 16. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
realização de suas tarefas, assim, o numero de possibilida- UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con-
des de Hercules começar e terminar suas tarefas será dada tendo os trabalhos “ capturar a corça de Cerineia” e “
pela permutação dessas tarefas. capturar o javali de Erimanto” nas ultimas duas posi-
12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 ou simplesmente: ções, em qualquer ordem, e inferior a 6! x 8!.
12! = 12 x 11 x 10! ( ) CERTA ( ) ERRADA
Como 12x11x10! e diferente de 12x10!.
O número máximo de possíveis listas contendo os tra-
RESPOSTA: “ERRADA”. balhos “ capturar a corça de Cerinéia” e “ capturar o javali
de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer or-
14. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ dem, e inferior a 6! x 8!.
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” e
tendo o trabalho “matar o leão de Neméia” na primeira “capturar o javali de Erimanto” nas duas ultimas posições, e
posição é inferior a 240 x 990 x 56 x 30. lembrando que essas tarefas podem ser permutadas entre
( ) CERTA ( ) ERRADA si, pois são colocadas em qualquer ordem, assim, restaram
10 posições a serem permutadas.
O número máximo de possíveis listas contendo o tra- 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1.x.x
balho “matar o leão de Neméia” na primeira posição é infe- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
rior a 240 x 990 x 56 x 30. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
Fixando a tarefa “matar leão de Neméia” na primeira podendo ser permutadas entre si, ainda, sobram 10 posi-
posição, vão sobrar 11 tarefas para serem permutadas nas ções a serem permutadas.
demais casas: Ou seja:
x._._._._._._._._._._._=x.11! 90 x 8! x 2 que equivale a 180 x 8!
Sendo X a posição já ocupada pela tarefa “matar leão Sendo 180 um valor inferior a 6! (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x
de Nemeia”. 1 = 720), logo o valor
Reagrupando os valores, temos: 180 x 8! será inferior a 6! x 8!, tornando este item CER-
24 x 990 x 56 x 30. TO.
Portanto, inferior a 240 x 990 x 56 x 30, tornando este
item ERRADO. RESPOSTA: “CERTA”.

RESPOSTA: “ERRADA”. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/


UnB/2013) Considere que em um escritório trabalham
15. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ 11 pessoas: 3 possuem nível superior, 6 tem o nível mé-
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- dio e 2 são de nível fundamental. Será formada, com
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerinéia” na esses empregados, uma equipe de 4 elementos para
primeira posição e “ capturar o javali de Erimanto” na realizar um trabalho de pesquisa. Com base nessas in-
terceira posição e inferior a 72 x 42 x 20 x 6. formações, julgue os itens seguintes, acerca dessa equi-
( ) CERTA ( ) ERRADA pe.

O número máximo de possíveis listas contendo os tra- 17. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
balhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira posição e UnB/2013) Se essa equipe for formada somente com
“ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição e infe- empregados de nível médio e fundamental, então ela
rior a 72 x 42 x 20 x 6. poderá ser formada de mais de 60 maneiras distintas.
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” na pri- ( ) CERTA ( ) ERRADA
meira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira
posição, restam 10 tarefas a serem permutadas nas demais Se essa equipe for formada somente com empregados
posições, assim, temos que: de nível médio e fundamental, então ela poderá ser forma-
X . 1 . x . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 10 da de mais de 60 maneiras distintas.

41
RACIOCÍNIO LÓGICO

Das 11 pessoas, 3 são de nível superior(S), 3 nível 19. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
médio(M), e 2 são de nível fundamental(F) UnB/2013) Formando-se a equipe com dois emprega-
dos de nível médio, e dois de nível superior, então essa
Sendo a equipe formada apenas pelos funcionários de equipe poderá ser formada de, no máximo, 40 manei-
escolaridade de nível Médio e Fundamental teremos ape- ras distintas.
nas 3 possibilidades de formação das equipes: ( ) CERTA ( ) ERRADA

1ª POSSIBILIDADE: Somente 1 funcionário de nível Formando-se a equipe com dois empregados de nível
Fundamental e os demais de nível médio. médio, e dois de nível superior, então essa equipe poderá
!!! .!!! ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas.
= 2!/1!(2-1)!.6!/3!(6-3)!=40 equipes distintas Formando-se as equipes com 2 empregados de nível
!
Médio e 2 de Nível Superior, então teremos apenas 1 pos-
2ª POSSIBILIDADE: com 2 funcionários de nível Funda- sibilidade de formação de equipes, já que excluímos todos
mental e os demais de nível médio.
os funcionários de nível Fundamental.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas !!! .!!! ! = 3!/2!(3-2)!.6!/2!(6-2)!=45 equipes distintas
3ª POSSIBILIDADE: Uma equipe formada por funcioná-
rios apenas de Nível Médio. De acordo com a afirmativa do item seriam de, no má-
ximo, 40 equipes distintas.
!!! !. = 6!/4!(6-4)!=15 equipes distintas
RESPOSTA: “ERRADA”.
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida-
des anteriores, encontramos: 20. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/
40 + 15 + 15= 70 equipes distintas UnB/2012) Considere que o BB tenha escolhido alguns
Como o item afirma que a equipe poderá ser formada nomes de pessoas para serem usados em uma propa-
por mais de 60 maneiras distintas. ganda na televisão, em expressões do tipo Banco do
Bruno, Banco da Rosa etc. Suponha também, que a
RESPOSTA: “CERTA”. quantidade total de nomes escolhidos para aparecer na
18. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/ propaganda seja 1 2 e que, em cada inserção da pro-
UnB/2013) Se essa equipe incluir todos os empregados paganda na TV, sempre apareçam somente dois nomes
de nível fundamental, então ela poderá ser formada de distintos.
mais de 40 maneiras distintas. Nesse caso, a quantidade de inserções com pares
( ) CERTA ( ) ERRADA diferentes de nomes distintos que pode ocorrer e infe-
rior a 70.
Se essa equipe incluir todos os empregados de nível Julgue o enunciado acima.
fundamental, então ela poderá ser formada de mais de 40
maneiras distintas. Com 12 nomes distintos entre si aparecendo de dois
em dois, teremos uma combinação simples desses nomes
1ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de para formarmos um total de possibilidades distintas.
nível fundamental e os demais de nível Superior.
!
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.3!/2!(3-2)!=3 equipes distintas !!" ! = 12!/2!(12-2)!=66 duplas de nomes distintos

Portanto, é verdadeira.
2ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários
nível fundamental e os demais de nível médio. 21. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/
UnB/2012) Há exatamente 495 maneiras diferentes
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas de se distribuírem 12 funcionários de um banco em 3
agências, de modo que cada agência receba 4 funcio-
3ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de nários.
nível fundamental e os demais de nível médio ou superior. Julgue o enunciado acima.

!!! .!!! .!!! !1


= 2!/2!(2-2)!.6!/1!(6-1)!.3!/1!(3-1)!=18 Sejam as agencias A, B e C que deverão receber 4 dos
equipes distintas 12 funcionários mencionados no item.
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- Para a primeira agencia, A, temos uma escolha baseada
des, teremos: em um agrupamento de 4 pessoas escolhidas dentre as 12
3 + 15 + 18 = 36 equipes distintas funcionários, possíveis a ocupar essas vagas, ou seja, uma
Como o afirmado neste item, diz que existirão mais de combinação de 12 funcionários escolhidos 4 a 4.
40 maneiras distintas para a formação das equipes. Agência A:
!
RESPOSTA: “ERRADA”. !!" ! = 12!/4!(12-4)!=495

42
RACIOCÍNIO LÓGICO

Maneiras distintas de escolhermos dentre 12 funcioná- Como a urna contém 4 bolas brancas, existem 4 ma-
rios, 4 funcionários para ocupar uma das 4 vagas da agen- neiras possíveis de retirar uma bola branca; analogamente,
cia A . 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde. Assim, pelo Princípio Fun-
Fixando 4 funcionários na primeira agencia, A , tere- damental da Contagem, o número de casos possíveis em
mos, ainda, 8 funcionários que poderão ocupar 4 vagas na que aparecem exatamente uma bola de cada cor é 4 . 3 .
agencia B. Portanto, para escolhermos esse novo agrupa- 2 . 1 = 24
mento, teremos uma nova combinação, agora, de 8 funcio-
nários, escolhidos 4 a 4. RESPOSTA: “C”.
Agência B:
24. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) Um
!!! ! = 8!/4!(8-4)!=70 estudante deseja colorir o mapa da região Centro-Oes-
te (ilustrado abaixo) de modo que territórios adjacen-
Maneiras distintas de escolhermos dentre 8 funcioná- tes sejam de cores distintas. Por exemplo, já que Goiás e
rios, 4 funcionários para ocupar 4 vagas da agencia B . o distrito Federal têm fronteira em comum, terão de ser
Por ultimo, ainda sobram 4 funcionários para ocupar as coloridos de forma diferente. Supondo que o estudante
ultimas 4 vagas da ultima agencia C . dispõe de quatro cores distintas e cada território seja
Portanto, teremos apenas um tipo de agrupamento de uma única cor, calcule de quantas maneiras ele pode
formado por esses 4 funcionários. colorir os territórios do mapa.

Agência C:
!!! ! = 4!/4!(4-4)!=1

Pelo principio multiplicativo, podemos permutar a es-


colha dos funcionários entre as 3 agências A , B e C , ou
seja, teremos um total de possibilidades dada por:
495x70x1=34.650 maneiras distintas de locarmos esses
funcionários nas 3 agências

Portanto, questão errada.


22. (USP – VESTIBULAR - FUVEST/2012) Considere
todas as trinta e duas sequências, com cinco elementos
cada uma, que podem ser formadas com os algarismos Obs.: a região externa à região Centro Oeste não
0 e 1. Quantas dessas sequências possuem pelo menos será colorida; a palavra território refere-se à extensão
três zeros em posições consecutivas? considerável de terra, e não à competência administra-
a) 3 tiva.
b) 5
c) 8 Observe o número de possibilidades da cor de cada
d) 12 território, dispondo de 4 cores:
e) 16 I) MT = 4
II) GO = 3 (diferente de MT)
Utilizando os algarismos 0 e 1 e, considerando as se- III)DF = 3 (diferente de GO)
quências com 5 elementos, temos: IV)MS = 2 (diferente de MT e GO)
I) 5 sequências com exatamente 3 zeros em posições Assim, pelo Princípio Fundamental da Contagem, o nú-
consecutivas (00010, 00011, 01000 e 11000) mero de maneiras de colorir o mapa é 4 . 3 . 3 . 2 = 72
II) 2 sequências com exatamente 4 zeros em posições
consecutivas (00001 e 10000) RESPOSTA: “72”.
III) 1 sequência com 5 zeros (00000)
Portanto, o número de sequências com pelo menos 25. (UEL – VESTIBULAR - COPS/2012) Para respon-
três zeros em posições consecutivas é 5 + 2 + 1 = 8 der um questionário preenche-se o cartão apresenta-
do a seguir, colocando-se X em uma só RESPOSTA para
RESPOSTA: “C”. cada questão.

23. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) De


uma urna contendo 10 bolas coloridas, sendo 4 bran-
cas, 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde, retiram-se de uma
vez 4 bolas .Quantos são os casos possíveis em que apa-
recem exatamente uma bola de cada cor?

43
RACIOCÍNIO LÓGICO

Há quantas maneiras distintas para responder esse Sendo, os pesquisadores das três áreas (7 químicos, 5
questionário? físicose 4 matemáticos), e as comissões compostas por dois
cientistas de áreas diferentes, temos 3 situações possíveis:
Como há duas possibilidades para a RESPOSTA de cada I) 1 químico e 1 matemático: 7 . 4 = 28 duplas
questão, pelo Princípio Fundamental da Contagem, o nú- II) 1 químico e 1 físico: 7 . 5 = 35 duplas
mero de maneiras distintas de responder as 5 questões é 2 III) 1 matemático e 1 físico: 4 . 5 = 20 duplas
. 2 . 2 . 2 . 2 = 25 = 32 Assim, o total de duplas distintas é 28 + 35 + 20 = 83

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “D”.

26. (UNESP - VESTIBULAR - VUNESP/2013) Quatro 28. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012)
amigos vão ocupar as poltronas a, b, c, d de um ônibus Cada um dos círculos da figura ao lado deverá ser pin-
dispostas na mesma fila horizontal, mas em lados diferen-
tado com uma única cor, escolhida dentre quatro dispo-
tes em relação ao corredor, conforme a ilustração.
níveis. Sabendo-se que dois círculos consecutivos nun-
ca serão pintados com a mesma cor, então o número de
formas de se pintar os círculos é:

A) 100
B) 240
Dois deles desejam sentar-se juntos, seja do mesmo C) 729
lado do corredor, seja em lados diferentes. Nessas con- D) 2916
dições, de quantas maneiras distintas os quatro podem E) 5040
ocupar as poltronas referidas, considerando-se distin-
tas as posições em que pelo menos dois dos amigos Considerando o 1o. círculo (da esquerda), ele pode ser
ocupem poltronas diferentes? pintado por qualquer uma das 4 cores disponíveis. Cada
A) 24 um dos demais círculos pode ser pintado pelas 3 cores res-
B) 18 tantes possíveis (exceto a cor do círculo que o antecede).
C) 16 Portanto, pelo princípio fundamental da contagem, o
D) 12 número total de possibilidades de pintar os círculos, é igual
E) 6 a:
4 . 3 . 3 . 3 . 3 . 3 . 3 = 2916
Existem 6 maneiras de os dois amigos sentarem juntos
(ab, ba, bc, cb, cd, dc). Para cada uma das seis possibilida- RESPOSTA: “D”.
des existem duas formas de os outros se acomodarem.
Assim sendo, o total de possibilidades é 6 . 2 = 12
29. (UNESP - VESTIBULAR - VUNESP/2012) Uma
RESPOSTA: “D”.
rede de supermercados fornece a seus clientes um car-
tão de crédito cuja identificação é formada por 3 letras
27. (UFSCar - VESTIBULAR - VUNESP/2013) Um en-
distintas (dentre 26), seguidas de 4 algarismos distin-
contro científico conta com a participação de pesquisa-
tos. Uma determinada cidade receberá os cartões que
dores de três áreas, sendo eles: 7 químicos, 5 físicos e
4 matemáticos. No encerramento do encontro, o grupo têm L como terceira letra, o último algarismo é zero e
decidiu formar uma comissão de dois cientistas para o penúltimo é 1. A quantidade total de cartões distin-
representá-lo em um congresso. Tendo sido estabele- tos oferecidos por tal rede de supermercados para essa
cido que a dupla deveria ser formada por cientistas de cidade é
áreas diferente, o total de duplas distintas que podem A) 33 600.
representar o grupo no congresso é igual a: B) 37 800.
A) 46 C) 43 200.
B) 59 D) 58 500.
C) 77 E) 67 600.
D) 83
E) 91

44
RACIOCÍNIO LÓGICO

A numeração dos cartões dessa cidade é do tipo A) 23


B) 59
C) 39
D) 35
E) 29
Os algarismos que restam não podem ser 5, 8, 3, 4 ou
7 e, além disso, o último só pode ser 2 ou 6. Os dois alga-
A primeira letra pode ser escolhida entre as 25 restan- rismos que restam podem ser obtidos de 4 . 3 maneiras
tes e a segunda letra entre as 24 restantes. diferentes.
O primeiro algarismo pode ser escolhido entre os 8 Portanto, o total de possibilidades é 2 . 4 . 3 = 24.
restantes e o segundo entre os sete restantes. Quando se esgotaram os créditos do seu telefone ce-
Desta forma, o número de cartões é 25 . 24 . 8 . 7 = 33 600 lular,
Teodoro havia feito 24 – 1 = 23 ligações.
RESPOSTA: “A”.
30. (UEL - VESTIBULAR - COPS/2012) Um professor RESPOSTA: “A”.
de Matemática comprou dois livros para premiar dois
alunos de uma classe de 42 alunos. Como são dois livros 33. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) O
diferentes, de quantos modos distintos pode ocorrer a número total de inteiros positivos que podem ser for-
premiação? mados com algarismos 1, 2, 3 e 4, se nenhum algarismo
A) 861 é repetido em nenhum inteiro, é:
B) 1722 A) 54
C) 1764 B) 56
D) 3444 C) 58
D) 2!" D) 60
E) 64
Já que os livros são diferentes, o número de maneiras
de distribuir esses livros é A42,2 = 42 . 41 = 1722 Dispondo dos algarismos 1, 2, 3 e 4, sem repetição,
podem ser formados:
RESPOSTA: “B”. I) Números com 1 algarismo, num total de 4
II) Números com 2 algarismos, num total de 4 . 3 = 12
31. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) O III)Números com 3 algarismos, num total de 4 . 3 . 2 =
número de equipes de trabalho que poderão ser forma- 24
das num grupo de dez indivíduos, devendo cada equi- IV)Números com 4 algarismos, num total de 4 . 3 . 2 .
pe ser constituída por um coordenador, um secretário 1 = 24
e um digitador, é:
A) 240 Assim, a quantidade pedida é 4 + 12 + 24 + 24 = 64
B) 360
C) 480 RESPOSTA: “E”.
D) 600
E) 720 34. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) O
total de números inteiros com todos os algarismos dis-
Existem 10 maneiras para escolher o coordenador, 9 tintos, compreendidos entre 11 e 1000 é?
maneiras para o secretário e 8 para o digitador, assim, o A) 576
número de equipes é 10 . 9 . 8 = 720 ou A10; 3 = 10 . 9 . 8 B) 648
= 720 C) 728
D) 738
RESPOSTA: “E”. E) 741

32. (Administração - VESTIBULAR - FGV/2012) Dispondo dos algarismos de 0 a 9, sem repetição, para
Aconteceu um acidente: a chuva molhou o papel onde formar números entre 11 e 1000, temos:
Teodoro marcou o telefone de Aninha e apagou os três I) Números com 2 algarismos, começando com 1, num
últimos algarismos. Restaram apenas os dígitos 58347. total de 8.
Observador, Teodoro lembrou que o número do telefo- II) Números com 2 algarismos, começando com alga-
ne da linda garota era um número par, não divisível por rismo diferente de zero e de 1, num total de 8 . 9 = 72
5 e que não havia algarismos repetidos. Apaixonado, III)Números com 3 algarismos, começando com alga-
resolveu testar todas as combinações numéricas possí- rismo diferente de zero, num total de 9 . 9 . 8 = 648
veis. Azarado! Restava apenas uma possibilidade, quan- Assim, a quantidade pedida é 8 + 72 + 648 = 728
do se esgotaram os créditos do seu telefone celular. Até
então, Teodoro havia feito quantas ligações? RESPOSTA: “C”.

45
RACIOCÍNIO LÓGICO

35. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) UM 1. a família Sousa quer ocupar um mesmo banco;
trem de passageiros é constituído de uma locomotiva e 2. Lúcia e Mauro querem sentar-se lado a lado.
6 vagões distintos, sendo um deles vagão-restaurante. Nessas condições, o número de maneiras distintas
Sabendo que a locomotiva deve ir a frente da compo- de dispor os nove passageiros no lotação é igual a
sição e que o vagão restaurante não pode ser colocado A) 928
imediatamente após a locomotiva, de quantos modos B) 1152
diferentes é possível montar essa composição é: C) 1828
A) 120 D) 2412
B) 320 E) 3456
C) 500
D) 600 Existem 3 formas de escolher o banco em que a família
E) 720 Souza irá sentar e P3 formas de posicioná-la nesse banco.
Existem 2 formas de escolher, entre os bancos que sobra-
Dos 6 vagões do trem, um deles é o restaurante, assim, ram, aquele em que o casal Lúcia e Mauro senta. Para cada
após a locomotiva deve ser colocado um dos outros 5 va- um desses bancos existem duas formas de posicionar o ca-
gões. Para as demais posições não há restrições, logo, po- sal (à esquerda ou à direita do banco, por exemplo) e, para
de-se permutar os 4 vagões restantes com o restaurante. cada uma dessas formas, P2 maneiras de o casal trocar de
Portanto, o número de maneiras de montar a composição é lugar entre si.
5 . P5 = 5 . 5! = 5 . 120 = 600 Existem P4 formas de posicionar as quatro outras pes-
soas.
RESPOSTA: “D”. Assim, no total, temos:
3 . P3 . 2 . 2 . P2 . P4 = 12 . 3! . 2! . 4! = 3456 maneiras
(FGV/SP - Administração - FGV/2012) Um processo distintas de dispor os passageiros no lotação.
industrial deve passar pelas etapas A, B, C, D e E. (ques-
tões 36 e 37) RESPOSTA: “E”.

39. (UFC - VESTIBULAR - UFC/2012) Dispondo-se de


36. (FGV/SP - Administração - FGV/2012) Quantas
abacaxi, acerola, goiaba, laranja, maçã, mamão e me-
sequências de etapas podem ser delineadas se A e B
lão, calcule de quantos sabores diferentes pode-se pre-
devem ficar juntas no início do processo e A deve pre-
parar um suco usando-se 3 frutas distintas.
ceder B?
!! !.!.!
C7,3=!!!! = !.!.! = 35
As etapas são do tipo , num total de
!
P3 = 3! = 3 . 2 . 1 = 6 RESPOSTA: “35”.
RESPOSTA: “6”. 40. (PC/SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial - Vu-
nesp/2012) De um grupo constituído de 6 enfermeiros
37. (FGV/SP - Administração - FGV/2012) Quantas e 2 médicos, deseja-se formar comissões de 5 pessoas.
sequências de etapas podem ser delineadas se A e B Quantas dessas comissões podem ser formadas se os 2
devem ficar juntas, em qualquer ordem, e não necessa- médicos devem, necessariamente, fazer parte de todas
riamente no inicio do processo? as comissões?
A) 10
Se A e B devem ficar juntas, podem ser consideradas B) 15
como uma única etapa que será permutada com as outras C) 20
três (C, D e E), totalizando P4 = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 ma- D) 168
neiras. E) 336
Para A e B juntas, em qualquer ordem, existem P2 = 2!
= 2 . 1 = 2 maneiras. Para comissões de 5 pessoas com, necessariamente, 2
Assim, o número total de sequências é P4 . P2 = 24 . 2 médicos, devem-se escolher, portanto, 3 enfermeiros entre
= 48 os 6 existentes. O número de maneiras de escolhê-los é
C6,3=6.5.4/3.2.1=20
RESPOSTA: “48”.
RESPOSTA: “C”.
38. (USP – VESTIBULAR - Fuvest/2012) Um lotação
possui três bancos para passageiros, cada um com três
lugares, e deve transportar os três membros da famí-
lia Sousa, o casal Lúcia e Mauro e mais quatro pessoas.
Além disso,

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
1. Lei nº 9.784, de 29/01/1999;......................................................................................................................................................................................01
2. Redação oficial (Manual da Presidência da República);.................................................................................................................................06
2. Noções de arquivologia – Fundamentos e princípios arquivísticos. Classificação dos documentos. Protocolo, registro,
tramitação, expedição, arquivamento. Noções de conservação e preservação de acervos documentais..................................28
3. Comunicação Interpessoal: barreiras, uso construtivo, comunicação formal e informal...............................................................47
4. Gestão de Pessoas: conceitos, avaliação de desempenho, trabalho em equipe, motivação, liderança e gerenciamento de
conflitos...................................................................................................................................................................................................................................65
5. Noções de Informática: Noções básicas de sistemas operacionais;........................................................................................................71
6. Sistema operacional MS Windows;........................................................................................................................................................................71
7. Pacote de aplicativos MS Office (Word, Excel);.................................................................................................................................................71
8. Serviço de Internet (conceitos básicos, correio eletrônico, navegação, acesso remoto, transferência de arquivos,
busca).........................................................................................................................................................................................................71
9. Conceitos e comandos de editor de textos........................................................................................................................................................71
10. Conceitos e comandos de planilha eletrônica;...............................................................................................................................................71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresenta-
1. LEI Nº 9.784, DE 29/01/1999; ção de alegações finais, à produção de provas e à interpo-
sição de recursos, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais,
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. ressalvadas as previstas em lei;
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo,
Regula o processo administrativo no âmbito da Admi- sem prejuízo da atuação dos interessados;
nistração Pública Federal. XIII - interpretação da norma administrativa da forma
que melhor garanta o atendimento do fim público a que se
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos peran-
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o pro- te a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam
cesso administrativo no âmbito da Administração Federal assegurados:
direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direi- I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servi-
tos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins dores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o
da Administração. cumprimento de suas obrigações;
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos ór- II - ter ciência da tramitação dos processos adminis-
gãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando trativos em que tenha a condição de interessado, ter vista
no desempenho de função administrativa. dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: conhecer as decisões proferidas;
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutu- III - formular alegações e apresentar documentos an-
ra da Administração direta e da estrutura da Administração tes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo
indireta;
órgão competente;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de perso-
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado,
nalidade jurídica;
salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado
de poder de decisão.
CAPÍTULO III
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre ou-
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
tros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla de-
fesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e Art. 4o São deveres do administrado perante a Adminis-
eficiência. tração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão I - expor os fatos conforme a verdade;
observados, entre outros, os critérios de: II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
I - atuação conforme a lei e o Direito; III - não agir de modo temerário;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a re- IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e
núncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo colaborar para o esclarecimento dos fatos.
autorização em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, CAPÍTULO IV
vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; DO INÍCIO DO PROCESSO
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, de-
coro e boa-fé; Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressal- ofício ou a pedido de interessado.
vadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo ca-
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição sos em que for admitida solicitação oral, deve ser formula-
de obrigações, restrições e sanções em medida superior do por escrito e conter os seguintes dados:
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do inte- I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
resse público; II - identificação do interessado ou de quem o repre-
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito sente;
que determinarem a decisão; III - domicílio do requerente ou local para recebimento
VIII – observância das formalidades essenciais à garan- de comunicações;
tia dos direitos dos administrados; IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e
IX - adoção de formas simples, suficientes para propi- de seus fundamentos;
ciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos V - data e assinatura do requerente ou de seu repre-
direitos dos administrados; sentante.

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Parágrafo único. É vedada à Administração a recu- § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
sa imotivada de recebimento de documentos, devendo o pela autoridade delegante.
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de § 3o As decisões adotadas por delegação devem men-
eventuais falhas. cionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão
Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão editadas pelo delegado.
elaborar modelos ou formulários padronizados para assun- Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por
tos que importem pretensões equivalentes. motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de in- temporária de competência atribuída a órgão hierarquica-
teressados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, mente inferior.
poderão ser formulados em um único requerimento, salvo Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulga-
preceito legal em contrário. rão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando
conveniente, a unidade fundacional competente em maté-
CAPÍTULO V ria de interesse especial.
DOS INTERESSADOS Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o pro-
cesso administrativo deverá ser iniciado perante a autori-
Art. 9o São legitimados como interessados no processo dade de menor grau hierárquico para decidir.
administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como ti- CAPÍTULO VII
tulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm di- Art. 18. É impedido de atuar em processo administrati-
reitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão vo o servidor ou autoridade que:
a ser     adotada; I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
III - as organizações e associações representativas, no II - tenha participado ou venha a participar como peri-
tocante a direitos e interesses coletivos; to, testemunha ou representante, ou se tais situações ocor-
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituí- rem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins
das quanto a direitos ou interesses difusos. até o terceiro grau;
Art. 10. São capazes, para fins de processo administra- III - esteja litigando judicial ou administrativamente
tivo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão espe- com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
cial em ato normativo próprio. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em im-
pedimento deve comunicar o fato à autoridade competen-
CAPÍTULO VI te, abstendo-se de atuar.
DA COMPETÊNCIA Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplina-
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos res.
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou
salvo os casos de delegação e avocação legalmente admi- servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória
tidos. com algum dos interessados ou com os respectivos côn-
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular pode- juges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
rão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição po-
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes derá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, CAPÍTULO VIII
social, econômica, jurídica ou territorial. DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCES-
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo apli- SO
ca-se à delegação de competência dos órgãos colegiados
aos respectivos presidentes. Art. 22. Os atos do processo administrativo não depen-
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: dem de forma determinada senão quando a lei expressa-
I - a edição de atos de caráter normativo; mente a exigir.
II - a decisão de recursos administrativos; § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por es-
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou crito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização
autoridade. e a assinatura da autoridade responsável.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão § 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma
ser publicados no meio oficial. somente será exigido quando houver dúvida de autentici-
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e po- dade.
deres transferidos, os limites da atuação do delegado, a § 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia
duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, poderá ser feita pelo órgão administrativo.
podendo conter ressalva de exercício da atribuição dele- § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas se-
gada. quencialmente e rubricadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias CAPÍTULO X
úteis, no horário normal de funcionamento da repartição DA INSTRUÇÃO
na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averi-
normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o guar e comprovar os dados necessários à tomada de deci-
curso regular do procedimento ou cause dano ao interes- são realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão
sado ou à Administração. responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos in-
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do teressados de propor atuações probatórias.
órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos ad- § 1o O órgão competente para a instrução fará constar
dos autos os dados necessários à decisão do processo.
ministrados que dele participem devem ser praticados no
§ 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos
prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.
interessados devem realizar-se do modo menos oneroso
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser para estes.
dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se prefe- as provas obtidas por meios ilícitos.
rencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interes- Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assun-
sado se outro for o local de realização. to de interesse geral, o órgão competente poderá, median-
te despacho motivado, abrir período de consulta pública
CAPÍTULO IX para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedi-
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS do, se não houver prejuízo para a parte interessada.
§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de di-
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita vulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas
o processo administrativo determinará a intimação do in- ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo
teressado para ciência de decisão ou a efetivação de dili- para oferecimento de alegações escritas.
gências. § 2o O comparecimento à consulta pública não confere,
§ 1o A intimação deverá conter: por si, a condição de interessado do processo, mas confere
I - identificação do intimado e nome do órgão ou enti- o direito de obter da Administração resposta fundamenta-
dade administrativa; da, que poderá ser comum a todas as alegações substan-
cialmente iguais.
II - finalidade da intimação;
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da auto-
III - data, hora e local em que deve comparecer;
ridade, diante da relevância da questão, poderá ser reali-
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou zada audiência pública para debates sobre a matéria do
fazer-se representar; processo.
V - informação da continuidade do processo indepen- Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em ma-
dentemente do seu comparecimento; téria relevante, poderão estabelecer outros meios de par-
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais perti- ticipação de administrados, diretamente ou por meio de
nentes. organizações e associações legalmente reconhecidas.
§ 2o A intimação observará a antecedência mínima de Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública
três dias úteis quanto à data de comparecimento. e de outros meios de participação de administrados de-
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no pro- verão ser apresentados com a indicação do procedimento
cesso, por via postal com aviso de recebimento, por tele- adotado.
grama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a
interessado. audiência de outros órgãos ou entidades administrativas
§ 4o No caso de interessados indeterminados, desco- poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participa-
nhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser ção de titulares ou representantes dos órgãos competen-
efetuada por meio de publicação oficial. tes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem ob- Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que
tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão
servância das prescrições legais, mas o comparecimento do
competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta
administrado supre sua falta ou irregularidade.
Lei.
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e da-
o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a dos estão registrados em documentos existentes na pró-
direito pelo administrado. pria Administração responsável pelo processo ou em outro
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será órgão administrativo, o órgão competente para a instrução
garantido direito de ampla defesa ao interessado. proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das res-
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do pro- pectivas cópias.
cesso que resultem para o interessado em imposição de Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e an-
deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos tes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres,
e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações
referentes à matéria objeto do processo.

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
§ 1o Os elementos probatórios deverão ser considera- CAPÍTULO XI
dos na motivação do relatório e da decisão. DO DEVER DE DECIDIR
§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante deci-
são fundamentada, as provas propostas pelos interessados Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou emitir decisão nos processos administrativos e sobre soli-
protelatórias. citações ou reclamações, em matéria de sua competência.
Art. 39. Quando for necessária a prestação de infor- Art. 49. Concluída a instrução de processo administra-
mações ou a apresentação de provas pelos interessados tivo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para
ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, decidir, salvo prorrogação por igual período expressamen-
mencionando-se data, prazo, forma e condições de aten- te motivada.
dimento.
CAPÍTULO XII
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, po-
DA MOTIVAÇÃO
derá o órgão competente, se entender relevante a matéria,
suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motiva-
decisão. dos, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos soli- quando:
citados ao interessado forem necessários à apreciação de I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela II - imponham ou agravem deveres, encargos ou san-
Administração para a respectiva apresentação implicará ar- ções;
quivamento do processo. III - decidam processos administrativos de concurso ou
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou seleção pública;
diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de pro-
úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. cesso licitatório;
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um V - decidam recursos administrativos;
órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo VI - decorram de reexame de ofício;
máximo de quinze dias, salvo norma especial ou compro- VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
vada necessidade de maior prazo. questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
ser emitido no prazo fixado, o processo não terá segui-
convalidação de ato administrativo.
mento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruen-
quem der causa ao atraso. te, podendo consistir em declaração de concordância com
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar fundamentos de anteriores pareceres, informações, deci-
de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter pros- sões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante
seguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo do ato.
da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza,
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo de- pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os funda-
vam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos mentos das decisões, desde que não prejudique direito ou
administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo garantia dos interessados.
assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá soli- § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e
citar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata
e capacidade técnica equivalentes. ou de termo escrito.
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o di-
reito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo CAPÍTULO XIII
se outro prazo for legalmente fixado. DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pú- PROCESSO
blica poderá motivadamente adotar providências acautela-
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação
doras sem a prévia manifestação do interessado.
escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo
ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e § 1o Havendo vários interessados, a desistência ou re-
documentos que o integram, ressalvados os dados e docu- núncia atinge somente quem a tenha formulado.
mentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à § 2o A desistência ou renúncia do interessado, confor-
privacidade, à honra e à imagem. me o caso, não prejudica o prosseguimento do processo,
Art. 47. O órgão de instrução que não for competen- se a Administração considerar que o interesse público as-
te para emitir a decisão final elaborará relatório indicando sim o exige.
o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto
formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da
encaminhando o processo à autoridade competente. decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato
superveniente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
CAPÍTULO XIV § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO ser prorrogado por igual período, ante justificativa explí-
cita.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimen-
quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los to no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados pedido de reexame, podendo juntar os documentos que
os direitos adquiridos. julgar convenientes.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os não tem efeito suspensivo.
destinatários decai em cinco anos, contados da data em
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de
que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a au-
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o pra-
zo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro toridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de
pagamento. ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qual- Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para
quer medida de autoridade administrativa que importe im- dele conhecer deverá intimar os demais interessados para
pugnação à     validade do ato. que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarre- Art. 63. O recurso não será conhecido quando inter-
tarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, posto:
os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser I - fora do prazo;
convalidados pela própria Administração. II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
CAPÍTULO XV IV - após exaurida a esfera administrativa.
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO § 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorren-
te a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em para recurso.
face de razões de legalidade e de mérito. § 2o O não conhecimento do recurso não impede a Ad-
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu ministração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não
a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco
ocorrida preclusão administrativa.
dias, o encaminhará à autoridade superior.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso ad-
ministrativo independe de caução. poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão adminis- parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
trativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá competência.
à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste ar-
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à tigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este
autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inapli- deverá ser cientificado para que formule suas alegações
cabilidade da súmula, conforme o caso.       (Incluído pela antes da decisão.
Lei nº 11.417, de 2006).  Vigência Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enuncia-
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo do da súmula vinculante, o órgão competente para decidir
por três instâncias administrativas, salvo disposição legal o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inapli-
diversa. cabilidade da súmula, conforme o caso.       (Incluído pela
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso admi- Lei nº 11.417, de 2006).  Vigência
nistrativo: Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte reclamação fundada em violação de enunciado da súmu-
no processo; la vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indireta- órgão competente para o julgamento do recurso, que de-
mente afetados pela decisão recorrida;
verão adequar as futuras decisões administrativas em casos
III - as organizações e associações representativas, no
semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas
tocante a direitos e interesses coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou esferas cível, administrativa e penal.      (Incluído pela Lei nº
interesses difusos. 11.417, de 2006). Vigência
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias Art. 65. Os processos administrativos de que resultem
o prazo para interposição de recurso administrativo, con- sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido
tado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstân-
recorrida. cias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso sanção aplicada.
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão resultar agravamento da sanção.
competente.

5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
CAPÍTULO XVI § 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identifi-
DOS PRAZOS cação própria que evidencie o regime de tramitação priori-
tária. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data § 3o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do § 4o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
começo e incluindo-se o do vencimento. Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência e
dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não 111 da República.
o

houver expediente ou este for encerrado antes da hora FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
normal. Renan Calheiros
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo Paulo Paiva
contínuo. Este texto não substitui o publicado no DOU de 1.2.1999
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se e retificado em 11.3.1999
de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia
equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo
o último dia do mês. 2. REDAÇÃO OFICIAL (MANUAL DA
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente com- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA);
provado, os prazos processuais não se suspendem.

CAPÍTULO XVII Conceito


DAS SANÇÕES
Entende‑se por Redação Oficial o conjunto de normas e
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade práticas que devem reger a emissão dos atos normativos e
competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em comunicações do poder público, entre seus diversos organis-
obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o mos ou nas relações dos órgãos públicos com as entidades
direito de defesa. e os cidadãos.
A Redação Oficial inscreve‑se na confluência de dois uni-
CAPÍTULO XVIII versos distintos: a forma rege‑se pelas ciências da linguagem
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o conteúdo
submete‑se aos princípios jurídico‑administrativos impostos
à União, aos Estados e aos Municípios, nas esferas dos pode-
Art. 69. Os processos administrativos específicos conti-
res Executivo, Legislativo e Judiciário.
nuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação
subsidiariamente os preceitos desta Lei. Oficial deve ter as qualidades e características exigidas do
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva,
órgão ou instância, os procedimentos administrativos em clara, correta e eficaz.
que figure como parte ou interessado:       (Incluído pela Lei Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder pú-
nº 12.008, de 2009). blico, essa modalidade de redação ou de texto subordina‑se
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) aos princípios constitucionais e administrativos aplicáveis a
anos;      (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). todos os atos da administração pública, conforme estabelece
II - pessoa portadora de deficiência, física ou men- o artigo 37 da Constituição Federal:
tal;       (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
III – (VETADO)       (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). “A administração pública direta e indireta de qualquer dos
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni‑
cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irrever-
moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”.
sível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkin-
son, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, he- A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem con-
patopatia grave, estados avançados da doença de Paget vergir na produção dos textos dessa natureza, razão pela
(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndro- qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro. In-
me de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, dicam‑se, a seguir, alguns pressupostos de como devem ser
com base em conclusão da medicina especializada, mesmo redigidos os textos oficiais.
que a doença tenha sido contraída após o início do proces-
so.      (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). Padrão culto do idioma
§ 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício,
juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à auto- A redação oficial deve observar o padrão culto do idio-
ridade administrativa competente, que determinará as pro- ma quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estru-
vidências a serem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, tura gramatical das orações) e à morfologia (ortografia,
de 2009). acentuação gráfica etc.).

6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Por padrão culto do idioma deve‑se entender a lín- - de colocação: “não tratava‑se” de um problema sério
gua referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas em vez de não se tratava.
situações formais de comunicação. Devem‑se excluir da
Redagão Oficial a erudição minuciosa e os preciosismos - Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.: O
vocabulares que criam entraves inúteis à compreensão do desconhecido falou‑me de sua mãe. (Mãe de quem? Do
significado. Não faz sentido usar “perfunctório” em lugar desconhecido? Do interlocutor?)
de “superficial” ou “doesto” em vez de “acusação” ou “calú-
nia”. São descabidos também as citações em língua estran- - Cacófato: Som desagradável, resultante da junção
geira e os latinismos, tão ao gosto da linguagem forense. de duas ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei um
Os manuais de Redação Oficial, que vários órgãos têm feito prêmio por cada eleitor que votar em mim (por cada e
publicar, são unânimes em desaconselhar a utilização de
porcada).
certas formas sacramentais, protocolares e de anacronis-
mos que ainda se leem em documentos oficiais, como: “No
- Pleonasmo: Informação desnecessariamente redun-
dia 20 de maio, do ano de 2011 do nascimento de Nosso
Senhor Jesus Cristo”, que permanecem nos registros carto- dante. Exemplos: As pessoas pobres, que não têm dinheiro,
rários antigos. vivem na miséria; Os moralistas, que se preocupam com a
Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialis- moral, vivem vigiando as outras pessoas.
mos, neologismos, regionalismos, bordões da fala e da lin-
guagem oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador
comuns na comunicação eletrônica. linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma
Diferentemente dos textos escolares, epistolares, jor- articulação verbal minimamente compatíveis com o regis-
nalísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito tro médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto
estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe unifor- neutro, sem facilitações que intentem suprir as deficiências
midade, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de cognitivas de leitores precariamente alfabetizados.
se obter a maior compreensão possível com o mínimo de Como exceção, citam‑se as campanhas e comunicados
recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob destinados a públicos específicos, que fazem uma aproxi-
forma poética, sentenças e despachos escritos em versos mação com o registro linguístico do público‑alvo. Mas esse
rimados pertencem ao “folclore” jurídico‑administrativo e é um campo que refoge aos objetivos deste material, para
são práticas inaceitáveis nos textos oficiais. São também se inserir nos domínios e técnicas da propaganda e da per-
inaceitáveis nos textos oficiais os vícios de linguagem, pro-
suasão.
vocados por descuido ou ignorância, que constituem des-
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao ní-
vios das normas da língua‑padrão. Enumeram‑se, a seguir,
vel de compreensão de leitores precariamente equipados
alguns desses vícios:
quanto à linguagem, fica evidente o falo de que a alfabe-
- Barbarismos: São desvios: tização e a capacidade de apreensão de enunciados são
- da ortografia: “advinhar” em vez de adivinhar; “exces- condições inerentes à cidadania. Ninguém é verdadeira-
são” em vez de exceção. mente cidadão se não consegue ler e compreender o que
- da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica. leu. O domínio do idioma é equipamento indispensável à
- da morfologia: “interviu” em vez de interveio. vida em sociedade.
- da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez
de despercebido (não percebido, sem ser notado). Impessoalidade e Objetividade
- pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do fran-
cês): “mise‑en‑scène” em vez de encenação; anglicismo (do Ainda que possam ser subscritos por um ente público
inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio. (funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expressão
do poder público e é em nome dele que o emissor se co-
- Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões munica, sempre nos termos da lei e sobre atos nela funda-
anacrônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira, mentados.
depressa. Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do
“eu” enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimen-
- Neologismos: Palavras novas que, apesar de forma-
tos ou opiniões. Mesmo quando o agente público mani-
das de acordo com o sistema morfológico da língua, ainda
festa‑se em primeira pessoa, em formas verbais comuns
não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez
de imóvel, que não se pode mexer; “talqualmente” em vez como: declaro, resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é
de igualmente. nos termos da lei que ele o faz e é em função do cargo que
exerce que se identifica e se manifesta.
- Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser: O que interessa é aquilo que se comunica, é o con-
- de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de teúdo, o objeto da informação. A impessoalidade contribui
sobraram. para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade
- de regência: os comerciantes visam apenas “o da linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria
lucro” em vez de ao lucro. suscetível de inúmeras interpretações.

7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O Concisão e Clareza
adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juí-
zo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a Houve um tempo em que escrever bem era escrever
pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou “difícil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vocá-
o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como bulos raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, enu-
índices do envolvimento emocional do redator com aquilo merações, gradações, repetições enfáticas já foram consi-
que está escrevendo. derados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocidade que
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao
estilo individual é estimulado e serve como diferencial das ler, tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a
qualidades autorais, a função pública impõe a despersona- concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, ou seja,
lização do sujeito, do agente público que emite a comuni- a eficácia do discurso, são pressupostos não só da Redação
cação. São inadmissíveis, portanto, as marcas individualiza- Oficial, mas da própria literatura. Basta observar o estilo
doras, as ousadias estilísticas, a linguagem metafórica ou a “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Drummond de
elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela denotação, Andrade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Trevisan,
pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda que mestres da linguagem altamente concentrada.
essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática” Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e
ao discurso. “exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos ofi-
Reafirma‑se que a intermediação entre o emissor e o ciais, como o exemplo risível e caricato que segue:
receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, den-
tro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”, “Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável
referendada pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em se faz que nos valhamos do ensejo para congratularmo‑nos
situações formais, acima das diferenças individuais, regio- com Vossa Excelência pela oportunidade da medida propos‑
nais, de classes sociais e de níveis de escolaridade. ta à apreciação de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, hu‑
milde servidor público, para abordar questões de tamanha
Formalidade e Padronização complexidade, a respeito das quais divergem os hermeneu‑
tas e exegetas.
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das
As comunicações oficiais impõem um tratamento poli-
causas primeiras, que fundamentaram a proposição tempes‑
do e respeitoso. Na tradição ibero‑americana, afeita a títu-
tivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispensável
los e a tratamentos reverentes, a autoridade pública revela
se faz uma abordagem preliminar dos antecedentes imedia‑
sua posição hierárquica por meio de formas e de pronomes
tos, posto que estes antecedentes necessariamente antece‑
de tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssi-
dem os consequentes”.
mo”, “Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que,
em algumas instâncias do poder, tornaram‑se inevitáveis. Observe que absolutamente nada foi dito ou informa-
Entenda­-se que essa solenidade tem por consideração o do.
cargo, a função pública, e não a pessoa de seu exercente.
Vale lembrar que os pronomes de tratamento são obri- As Comunicações Oficiais
gatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros muito
comuns construções como “Vossa Excelência sois bondo- A redação das comunicações oficiais obedece a pre-
so(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”. ceitos de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade,
A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com formalidade, padronização e correção gramatical.
que os textos oficiais procuravam revestir‑se de um tom Além dessas, há outras características comuns à comu-
solene e cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrô- nicação oficial, como o emprego de pronomes de trata-
nica e pedante, salvo em algumas peças oratórias envol- mento, o tipo de fecho (encerramento) de uma correspon-
vendo tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição dência e a forma de identificação do signatário, conforme
retórica de Rui Barbosa e seus seguidores. define o Manual de Redação da Presidência da República.
Outro aspecto das formalidades requeridas na Reda- Outros órgãos e instituições do poder público também
ção Oficial é a necessidade prática de padronização dos possuem manual de redação próprio, como a Câmara dos
expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação, Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Relações
espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos ine- Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos do Judiciá-
vitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e ou- rio etc.
tros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o
andamento burocrático, os despachos e o arquivamento. Pronomes de Tratamento
É também por essa razão que quase todos os órgãos
públicos editam manuais com os modelos dos expedientes A regra diz que toda comunicação oficial deve ser for-
que integram sua rotina burocrática. A Presidência da Re- mal e polida, isto é, ajustada não apenas às normas gra-
pública, a Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribunais maticais, como também às normas de educação e corte-
Superiores, enfim, os poderes Executivo, Legislativo e Ju- sia. Para isso, é fundamental o emprego de pronomes de
diciário têm os próprios ritos na elaboração dos textos e tratamento, que devem ser utilizados de forma correta, de
documentos que lhes são pertinentes. acordo com o destinatário e as regras gramaticais.

8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Embora os pronomes de tratamento se refiram à se- Endereçamento
gunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concor-
dância é feita em terceira pessoa. De acordo com o Manual de Redação da Presidência,
no envelope, o endereçamento das comunicações dirigi-
Concordância verbal: das às autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter
Vossa Senhoria falou muito bem. a seguinte forma:
Vossa Excelência vai esclarecer o tema.
Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião. A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Concordância pronominal: Ministro de Estado da Justiça
Pronomes de tratamento concordam com pronomes 70064‑900 ‑ Brasília. DF
possessivos na terceira pessoa.
Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vos-
A Sua Excelência o Senhor
so...”).
Senador Fulano de Tal
Concordância nominal: Senado Federal
Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a 70165‑900 ‑ Brasília. DF
que se refere o pronome de tratamento.
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem) A Sua Excelência o Senhor
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher) Fulano de Tal
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem) Juiz de Direito da l0ª Vara Cível
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher) Rua ABC, nº 123
01010‑000 ‑ São Paulo. SP
Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela).
Vossa Excelência - com quem se fala (você) Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
Emprego dos Pronomes de Tratamento digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignida-
de é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo públi-
As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação co, sendo desnecessária sua repetida evocação”.
da Presidência da República.
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento emprega-
Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as
do para as demais autoridades e para particulares. O vo-
seguintes autoridades:
cativo adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana
- Do Poder Executivo - Presidente da República; Vi- de Tal.
ce-presidenIe da República; Ministros de Estado; Governa-
dores e vice‑governadores de Estado e do Distrito Fede- No envelope, deve constar do endereçamento:
ral; Oficiais generais das Forças Armadas; Embaixadores; Ao Senhor
Secretários‑executivos de Ministérios e demais ocupantes Fulano de Tal
de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Rua ABC, nº 123
Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. 70123-000 – Curitiba.PR
- Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Sena-
dores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Conforme o Manual de Redação da Presidência, em co-
Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas municações oficiais “fica dispensado o emprego do super-
Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. lativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o tra-
- Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Supe- tamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente
riores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça o uso do pronome de tratamento Senhor. O Manual tam-
Militar. bém esclarece que “doutor não é forma de tratamento, e
Vocativos sim título acadêmico”. Por isso, recomenda-se empregá-lo
apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
concluído curso de doutorado. No entanto, ressalva-se que
das aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da “é costume designar por doutor os bacharéis, especialmen-
República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso te os bacharéis em Direito e em Medicina”.
Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento dirigi-
Tribunal Federal. do a reitores de universidade. Corresponde‑lhe o vocativo:
As demais autoridades devem ser tratadas com o vo- Magnífico Reitor.
cativo Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo: Vossa Santidade: É o pronome de tratamento emprega-
Senhor Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora do em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo corres-
Juiza; Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governa- pondente é: Santíssimo Padre.
dor / Senhora Governadora.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: “Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as-
São os pronomes empregados em comunicações dirigidas sinatura em página isolada do expediente. Transfira para
a cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentís- essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”,
simo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo alerta o Manual.
Senhor Cardeal.
Padrões e Modelos
Nas comunicações oficiais para as demais autoridades
eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima O Padrão Ofício
(para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vos‑
sa Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos e O Manual de Redação da Presidência da República lista
superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes, três tipos de expediente que, embora tenham finalidades
clérigos e demais religiosos). diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e
Memorando. A diagramação proposta para esses expe-
Fechos para Comunicações dientes é denominada padrão ofício.
O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as se-
De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das guintes partes:
comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia de
arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o - Tipo e número do expediente, seguido da sigla do
fecho é a maneira de quem expede a comunicação despe- órgão que o expede. Exemplos:
dir‑se de seu destinatário.
Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do Of. 123/2002-MME
atual Manual de Redação da Presidência da República, havia Aviso 123/2002-SG
15 padrões de fechos para comunicações oficiais. O Ma‑ Mem. 123/2002-MF
nual simplificou a lista e reduziu­-os a apenas dois para to-
das as modalidades de comunicação oficial. São eles: - Local e data. Devem vir por extenso com alinhamen-
to à direita. Exemplo:
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclu-
sive o presidente da República. Brasília, 20 de maio de 2011
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierar-
quia ou de hierarquia inferior. - Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos:

“Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações diri- Assunto: Produtividade do órgão em 2010.
gidas a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e Assunto: Necessidade de aquisição de novos computa‑
tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual dores.
de Redação do Ministério das Relações Exteriores”, diz o
Manual de Redação da Presidência da República. - Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem é
A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Atencio- dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluí-
samente” é recomendada para os mesmos casos pelo Ma‑ do também o endereço.
nual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros
manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou - Texto. Nos casos em que não for de mero encami-
informais ficam a critério do remetente, com preferência nhamento de documentos, o expediente deve conter a se-
para a expressão “Cordialmente”, para encerrar a corres- guinte estrutura:
pondência de forma polida e sucinta. Introdução: que se confunde com o parágrafo de
abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a
Identificação do Signatário comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,
“Tenho o prazer de”, “Cumpre‑me informar que”,empregue
Conforme o Manual de Redação da Presidência do Re‑ a forma direta;
pública, com exceção das comunicações assinadas pelo Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se
presidente da República, em todas as comunicações ofi- o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas
ciais devem constar o nome e o cargo da autoridade que as devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere
expede, abaixo de sua assinatura. A forma da identificação maior clareza à exposição;
deve ser a seguinte: Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente rea-
presentada a posição recomendada sobre o assunto.
(espaço para assinatura)
Nome Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto
Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República nos casos em que estes estejam organizados em itens ou
títulos e subtítulos.
(espaço para assinatura)
Nome Quando se tratar de mero encaminhamento de docu-
Ministro de Estado da Justiça mentos, a estrutura deve ser a seguinte:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Introdução: deve iniciar com referência ao expedien- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, subli-
te que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do do- nhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
cumento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a in- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
formação do motivo da comunicação, que é encaminhar, elegância e a sobriedade do documento;
indicando a seguir os dados completos do documento en- - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
caminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, para gráficos e ilustrações;
segundo a seguinte fórmula: - todos os tipos de documento do padrão ofício devem
ser impressos em papel de tamanho A‑4, ou seja, 29,7 x
“Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de 21,0 cm;
2011, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
arquivo Rich Text nos documentos de texto;
de 2010, do Departamento Geral de Administração, que tra‑
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
ta da requisição do servidor Fulano de Tal.”
dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
ou gos;
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa vem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento
cópia do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do + número do documento + palavras‑chave do conteúdo.
Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a res‑ Exemplo:
peito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na
região Nordeste.” “Of. 123 ‑ relatório produtivi‑
dade ano 2010”
Desenvolvimento: se o autor da comunicação dese-
jar fazer algum comentário a respeito do documento que Aviso e Ofício (Comunicação Externa)
encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvi-
mento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvol- São modalidades de comunicação oficial praticamen-
vimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. te idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é
expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para
- Fecho. autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício
é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
- Assinatura.
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
- Identificação do Signatário
gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
também com particulares.
Forma de Diagramação Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo
do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
Os documentos do padrão ofício devem obedecer à se- destinatário, seguido de vírgula. Exemplos:
guinte forma de apresentação:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de Senhora Ministra,
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas Senhor Chefe de Gabinete,
de rodapé;
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro‑ Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
man, poder‑se‑ão utilizar as fontes symbol e Wíngdings; seguintes informações do remetente:
- é obrigatório constar a partir da segunda página o - nome do órgão ou setor;
número da página; - endereço postal;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser - telefone e endereço de correio eletrônico.
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas Obs: Modelo no final da matéria.
páginas pares (“margem espelho”);
Memorando ou Comunicação Interna
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
distância da margem esquerda; O Memorando é a modalidade de comunicação entre
- o campo destinado à margem lateral esquerda terá, unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
no mínimo 3,0 cm de largura; estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife-
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 rente. Trata‑se, portanto, de uma forma de comunicação
cm; eminentemente interna.
- deve ser utilizado espaçamento simples entre as li- Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em-
nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc.
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha a serem adotados por determinado setor do serviço pú-
em branco; blico.

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à ex-
do memorando em qualquer órgão deve pautar-­se pela ra- posição de motivos, devidamente preenchido, de acordo
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº
Para evitar desnecessário aumento do número de comu- 4.1760, de 28 de março de 2010.
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de
folha de continuação. Esse procedimento permite formar ______________ de 201_.
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência a tomada de decisões, e permitindo que se - Síntese do problema ou da situação que reclama pro-
historie o andamento da matéria tratada no memorando. vidências;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo - Soluções e providências contidas no ato normativo
do padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário ou na medida proposta;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: - Alternativas existentes às medidas propostas. Men-
cionar:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração - se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos. - se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
- outras possibilidades de resolução do problema.
Obs: Modelo no final da matéria. - Custos. Mencionar:
- se a despesa decorrente da medida está prevista na
Exposição de Motivos lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
custeá‑la;
É o expediente dirigido ao presidente da República ou - se a despesa decorrente da medida está prevista na
ao vice-presidente para: lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
- informá-lo de determinado assunto; custeá‑la;
- propor alguma medida; ou - valor a ser despendido em moeda corrente;
- submeter a sua consideração projeto de ato norma- - Razões que justificam a urgência (a ser preenchido
tivo. somente se o ato proposto for medida provisória ou proje-
to de lei que deva tramitar em regime de urgência). Men-
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi-
cionar:
dente da República por um Ministro de Estado. Nos casos
- se o problema configura calamidade pública;
em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério,
- por que é indispensável a vigência imediata;
a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os
- se se trata de problema cuja causa ou agravamento
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de
não tenham sido previstos;
interministerial.
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de si-
Formalmente a exposição de motivos tem a apresenta-
tuação já prevista.
ção do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apre-
- Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato
senta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para ou medida proposta possa vir a tê-lo)
a que proponha alguma medida ou submeta projeto de - Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto;
ato normativo. - Síntese do parecer do órgão jurídico.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi- Com base em avaliação do ato normativo ou da medi-
dente da República, sua estrutura segue o modelo antes da proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3.
referido para o padrão ofício. A falta ou insuficiência das informações prestadas pode
Já a exposição de motivos que submeta à consideração acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da
do Presidente da República a sugestão de alguma medida Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para
a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato nor- que se complete o exame ou se reformule a proposta.
mativo, embora sigam também a estrutura do padrão ofí- O preenchimento obrigatório do anexo para as expo-
cio, além de outros comentários julgados pertinentes por sições de motivos que proponham a adoção de alguma
seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar: medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade:
- na introdução: o problema que está a reclamar a - permitir a adequada reflexão sobre o problema que
adoção da medida ou do ato normativo proposto; se busca resolver;
- no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me- - ensejar mais profunda avaliação das diversas causas
dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar do problema e dos defeitos que pode ter a adoção da me-
o problema, e eventuais alternativas existentes para equa- dida ou a edição do ato, em consonância com as questões
cioná‑lo; que devem ser analisadas na elaboração de proposições
- na conclusão, novamente, qual medida deve ser to- normativas no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.)
mada, ou qual ato normativo deve ser editado para solu- - conferir perfeita transparência aos atos propostos.
cionar o problema.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Mem-
analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do bros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com avi-
Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu so do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao
anexo complementam-se e formam um todo coeso: no Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que
anexo, encontramos uma avaliação profunda e direta de tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).
toda a situação que está a reclamar a adoção de certa pro- Quanto aos projetos de lei financeira (que compreen-
vidência ou a edição de um ato normativo; o problema a dem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamen-
ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus tos anuais e créditos adicionais), as mensagens de encami-
efeitos e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da
nhamento dirigem‑se aos membros do Congresso Nacio-
exposição de motivos fica, assim, reservado à demonstra-
ção da necessidade da providência proposta: por que deve nal, e os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro
ser adotada e como resolverá o problema. Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da
Nos casos em que o ato proposto for questão de Constituição impõe a deliberação congressual sobre as leis
pessoal (nomeação, promoção, ascenção, transferência, financeiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na for-
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, re- ma do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congres-
condução, remoção, exoneração, demissão, dispensa, dis- so Nacional está o Presidente do Senado Federal (Consti-
ponibilidade, aposentadoria), não é necessário o encami- tuição, art. 57, § 5º), que comanda as sessões conjuntas.
nhamento do formulário de anexo à exposição de motivos. As mensagens aqui tratadas coroam o processo desen-
Ressalte-se que: volvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange minu-
- a síntese do parecer do órgão de assessoramento ju- cioso exame técnico, jurídico e econômico‑financeiro das
rídico não dispensa o encaminhamento do parecer com- matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.
pleto; Tais exames materializam‑se em pareceres dos diver-
- o tamanho dos campos do anexo à exposição de mo-
sos órgãos interessados no assunto das proposições, entre
tivos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor
eles o da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das
extensão dos comentários a serem alí incluídos.
propostas, as análises necessárias constam da exposição de
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente motivos do órgão onde se geraram, exposição que acom-
que a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial panhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao
(clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, padroni- Congresso.
zação e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redo-
brada. A exposição de motivos é a principal modalidade - Encaminhamento de medida provisória: Para dar
de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Pre-
Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encami- sidente da República encaminha mensagem ao Congresso,
nhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secre-
ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo tário do Senado Federal, juntando cópia da medida provi-
ou em parte. sória, autenticada pela Coordenação de Documentação da
Presidência da República.
Mensagem

É o instrumento de comunicação oficial entre os Che- - Indicação de autoridades: As mensagens que sub-
fes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens en- metem ao Senado Federal a indicação de pessoas para
viadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribu-
para informar sobre fato da Administração Pública; expor o nais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e diretores
plano de governo por ocasião da abertura de sessão legis- do Banco Central, Procurador‑Geral da República, Chefes
lativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que de- de Missão Diplomática etc.) têm em vista que a Constitui-
pendem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; en- ção, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do
fim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja Congresso Nacional competência privativa para aprovar a
de interesse dos poderes públicos e da Nação. indicação. O currículum vitae do indicado, devidamente as-
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos sinado, acompanha a mensagem.
Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
caberá a redação final. - Pedido de autorização para o presidente ou o vi-
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
ce‑presidente da República se ausentarem do País por
gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
mais de 15 dias: Trata‑se de exigência constitucional
- Encaminhamento de projeto de lei ordinária, com- (Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é da compe-
plementar ou financeira: Os projetos de lei ordinária ou tência privativa do Congresso Nacional.
complementar são enviados em regime normal (Constitui- O presidente da República, tradicionalmente, por cor-
ção, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a tesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias,
4º). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, envian-
o regime normal e mais tarde ser objeto de nova mensa- do‑lhes mensagens idênticas.
gem, com solicitação de urgência.

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
- Encaminhamento de atos de concessão e renova- Entre as mensagens menos comuns estão as de:
ção de concessão de emissoras de rádio e TV: A obri- - convocação extraordinária do Congresso Nacional
gação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso (Constituição, art. 57, § 6º);
Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. - pedido de autorização para exonerar o Procura-
Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renova- dor‑Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
ção da concessão após deliberação do Congresso Nacional - pedido de autorização para declarar guerra e decretar
(Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § - pedido de autorização ou referendo para celebrara
1º do art. 223 já define o prazo da tramitação. paz (Constituição, art. 84, XX);
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a - justificativa para decretação do estado de defesa ou
mensagem o correspondente processo administrativo. de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º);
- pedido de autorização para decretar o estado de sítio
(Constituição, art. 137);
- Encaminhamento das contas referentes ao exer- - relato das medidas praticadas na vigência do esta-
cício anterior: O Presidente da República tem o prazo de do de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para en- único);
viar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exer- - proposta de modificação de projetas de leis financei-
cício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e ras (Constituição, art. 166, § 5º);
parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. - pedido de autorização para utilizar recursos que fi-
166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar carem sem despesas correspondentes, em decorrência de
a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedi- veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
mento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno. anual (Constituição, art. 166, § 8º);
- Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela - pedido de autorização para alienar ou conceder ter-
deve conter o plano de governo, exposição sobre a situa- ras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art.
ção do País e solicitação de providências que julgar neces- 188, § 1º); etc.
sárias (Constituição, art. 84, XI). As mensagens contêm:
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da - a indicação do tipo de expediente e de seu número,
Presidência da República. Esta mensagem difere das de- horizontalmente, no início da margem esquerda:
mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os
congressistas em forma de livro.
Mensagem nº
- Comunicação de sanção (com restituição de au-
- vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e
tógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do
o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-
Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro
gem esquerda:
­Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela
se informa o número que tomou a lei e se restituem dois
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Pre-
sidente da República terá aposto o despacho de sanção.
- o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
- Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do - o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do
Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais margem direita. A mensagem, como os demais atos assi-
as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai nados pelo Presidente da República, não traz identificação
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrá- de seu signatário.
rio das demais mensagens, cuja publicação se restringe à
notícia do seu envio ao Poder Legislativo. Obs: Modelo no final da matéria.

- Outras mensagens: Também são remetidas ao Legis- Telegrama


lativo com regular frequência mensagens com:
- encaminhamento de atos internacionais que acarre- Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar
tam encargos ou compromissos gravosos (Constituição, os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de
art. 49, I); telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
- pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis telegrafia, telex etc. Por se tratar de forma de comunicação
às operações e prestações interestaduais e de exportação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente supe-
(Constituição, art. 155, § 2º, IV); rada, deve restringir‑se o uso do telegrama apenas àquelas
- proposta de fixação de limites globais para o mon- situações que não seja possível o uso de correio eletrônico
tante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI); ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também
- pedido de autorização para operações financeiras ex- em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação
ternas (Constituição, art. 52, V); e outros. deve pautar‑se pela concisão.

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Não há padrão rígido, devendo‑se seguir a forma e - Local e data.
a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos - Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade
Correios e em seu sítio na Internet. que constatou a necessidade de efetuar a apostila.

Obs: Modelo no final da matéria. Não deve receber numeração, sendo que, em caso de
documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos
Fax textos ou no verso do documento.
Em caso de publicação do ato administrativo originá-
O fax (forma abreviada já consagrada de fac‑símile) é rio, a apostila deve ser publicada com a menção expressa
uma forma de comunicação que está sendo menos usada do ato, número, dia, página e no mesmo meio de comuni-
devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a caçao oficial no qual o ato administrativo foi originalmente
transmissão de mensagens urgentes e para o envio ante- publicado, a fim de que se preserve a data de validade.
cipado de documentos, de cujo conhecimento há premên-
cia, quando não há condições de envio do documento por Obs: Modelo no final da matéria.
meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue
posteriormente pela via e na forma de praxe. ATA
Se necessário o arquivamento, deve‑se fazê‑lo com có-
pia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos
certos modelos, se deteriora rapidamente. fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e assembleia. Estrutura:
a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, - Título ‑ ATA. Em se tratando de atas elaboradas se-
juntamente com o documento principal, de folha de rosto, quencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou
isto é, de pequeno formulário com os dados de identifica- sessão, em caixa‑alta.
ção da mensagem a ser enviada. - Texto, incluindo: Preâmbulo ‑ registro da situação
espacial e temporal e participantes; Registro dos assuntos
Correio Eletrônico abordados e de suas decisões, com indicação das persona-
lidades envolvidas, se for o caso; Fecho ‑ termo de encerra-
O correio eletrônico (“e‑mail”), por seu baixo custo e
mento com indicação, se necessário, do redator, do horário
celeridade, transformou‑se na principal forma de comuni-
de encerramento, de convocação de nova reunião etc.
cação para transmissão de documentos.
A ATA será assinada e/ou rubricada portodos os pre-
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô-
sentes à reunião ou apenas pelo presidente e relator, de-
nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma
pendendo das exigências regimentais do órgão.
rígida para sua estrutura. Entretanto, deve‑se evitar o uso
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, de-
O campo assunto do formulário de correio eletrôni- ve‑se, em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da
co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a informação correta a ser registrada. No caso de omissão
organização documental tanto do destinatário quanto do de informações ou de erros constatados após a redação,
remetente. usa‑se a expressão “Em tempo” ao final da ATA, com o re-
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utili- gistro das informações corretas.
zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí- Obs: Modelo no final da matéria.
nimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve‑se utilizar recurso de con- Carta
firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
da mensagem pedido de confirmação de recebimento. É a forma de correspondência emitida por particular,
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensa- ou autoridade com objetivo particular, não se confundindo
gem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, com o memorando (correspondência interna) ou o ofício
para que possa ser aceita como documento original, é ne- (correspondência externa), nos quais a autoridade que as-
cessário existir certificação digital que ateste a identidade sina expressa uma opinião ou dá uma informação não sua,
do remetente, na forma estabelecida em lei. mas, sim, do órgão pelo qual responde. Em grande parte
dos casos da correspondência enviada por deputados, de-
Apostila ve‑se usar a carta, não o memorando ou ofício, por estar
o parlamentar emitindo parecer, opinião ou informação de
É o aditamento que se faz a um documento com o sua responsabilidade, e não especificamente da Câmara
objetivo de retificação, atualização, esclarecimento ou fi- dos Deputados. O parlamentar deverá assinar memorando
xar vantagens, evitando‑se assim a expedição de um novo ou ofício apenas como titular de função oficial específica
título ou documento. Estrutura: (presidente de comissão ou membro da Mesa, por exem-
- Título: APOSTILA, centralizado. plo). Estrutura:
- Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimen- - Local e data.
to, atualização ou fixação da vantagem, com a menção, se - Endereçamento, com forma de tratamento, destina-
for o caso, onde o documento foi publicado. tário, cargo e endereço.

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
- Vocativo. - Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data.
- Texto. - Preâmbulo e fundamentação: denominação da au-
- Fecho. toridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da
- Assinatura: nome e, quando necessário, função ou legislação pertinente ou por força das prerrogativas do car-
cargo. go, seguida da palavra “resolve”.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá nu- vidido em itens, incisos, alíneas etc.
merá‑las. Nesse caso, a numeração poderá apoiar­-se no - Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
padrão básico de diagramação. cação da função.
O fecho da carta segue, em geral, o padrão da cor-
respondência oficial, mas outros fechos podem ser usados, A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém
a exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar possui caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essen-
relação de proximidade ou igualdade de posição entre os cialmente, a otimização e a racionalização de serviços.
correspondentes.
Obs: Modelo no final da matéria.
Obs: Modelo no final da matéria.
Parecer
Declaração É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal
ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido
É o documento em que se informa, sob responsabilida- submetido para análise e competente pronunciamento.
de, algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura: Visa fornecer subsídios para tomada de decisão. Estrutura:
- Título: DECLARAÇÃO, centralizado. - Número de ordem (quando necessário).
- Texto: exposição do fato ou situação declarada, com - Número do processo de origem.
finalidade, nome do interessado em destaque (em maiús- - Ementa (resumo do assunto).
culas) e sua relação com a Câmara nos casos mais formais. - Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (intro-
- Local e data. dução); Parecer (desenvolvimento com razões e justificati-
- Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de vas); Fecho opinativo (conclusão).
autoridade, função ou cargo. - Local e data.
- Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
A declaração documenta uma informação prestada por
autoridade ou particular. No caso de autoridade, a com- Além do Parecer Administrativo, acima conceituado,
provação do fato ou o conhecimento da situação declarada existe o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como
deve serem razão do cargo que ocupa ou da função que tal, definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara
exerce. dos Deputados.
Declarações que possuam características específicas O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em
podem receber uma qualificação, a exemplo da “declara- tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem ao pare-
ção funcional”. cerista para o fim de melhor organizar o assunto, imprimin-
do‑lhe clareza e didatismo.
Obs: Modelo no final da matéria.
Despacho Obs: Modelo no final da matéria.

É o pronunciamento de autoridade administrativa em Portaria


petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabe-
do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expe- lece regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata
diente. Estrutura: da organização e do funcionamento de serviços dentro de
- Nome do órgão principal e secundário. sua esfera de competência. Estrutura:
- Número do processo. - Título: PORTARIA, numeração e data.
- Data. - Ementa: síntese do assunto.
- Texto. - Preâmbulo e fundamentação: denominação da auto-
- Assinatura e função ou cargo da autoridade. ridade que expede o ato e citação da legislação pertinente,
seguida da palavra “resolve”.
O despacho pode constituir‑se de uma palavra, de uma - Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
expressão ou de um texto mais longo. vidido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
Obs: Modelo no final da matéria. cação do cargo.

Ordem de Serviço Certas portarias contêm considerandos, com as razões


que justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem
É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/ depois deles.
ou pontuais para a execução de serviços por órgãos subor- A ementa justifica‑se em portarias de natureza norma-
dinados da Administração. Estrutura: tiva.

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de - Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do re-
nomeação e exoneração, por exemplo, suprime­-se a emen- querente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva qua-
ta. lificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documen-
to de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins
Obs: Modelo no final da matéria. de preferência na tramitação do processo, segundo a Lei
10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor
Relatório da Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação civil
deve ser colocado o número do registro funcional e a lo-
tação); Exposição do pedido, de preferência indicando os
É o relato exposilivo, detalhado ou não, do funciona- fundamentos legais do requerimento e os elementos pro-
mento de uma instituição, do exercício de atividades ou batórios de natureza fática.
acerca do desenvolvimento de serviços específicos num - Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
determinado período. Estrutura: - Local e data.
- Título ‑ RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE... - Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou car-
- Texto ‑ registro em tópicos das principais atividades go.
desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados par-
ciais e totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, rei-
positivos e negativos do período abrangido. O cronogra- vindicação ou manifestação, o documento utilizado será
ma de trabalho a ser desenvolvido, os quadros, os dados um abaixo‑assinado, com estrutura semelhante à do re-
estatísticos e as tabelas poderão ser apresentados como querimento, devendo haver identificação das assinaturas.
anexos. A Constituição Federal assegura a todos, independen-
temente do pagamento de taxas, o direito de petição aos
- Local e data.
Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegali-
- Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) re-
dade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que
lator(es). o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de
requerimento. No que concerne especificamente aos servi-
No caso de Relatório de Viagem, aconselha‑se regis- dores públicos, a lei que institui o Regime único estabelece
trar uma descrição sucinta da participação do servidor no que o requerimento deve ser dirigido à autoridade compe-
evento (seminário, curso, missão oficial e outras), indicando tente para decidi‑lo e encaminhado por intermédio daque-
o período e o trecho compreendido. Sempre que possível, la a que estiver imediatamente subordinado o requerente
o Relatório de Viagem deverá ser elaborado com vistas ao (Lei nº 8.112/90, art. 105).
aproveitamento efetivo das informações tratadas no even-
to para os trabalhos legislativos e administrativos da Casa. Obs: Modelo no final da matéria.
Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, de-
ve‑se atentar para os seguintes procedimentos: Protocolo
- abster‑se de transcrever a competência formal das
O registro de protocolo (ou simplesmente “o protoco-
unidades administrativas já descritas nas normas internas;
lo“) é o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático)
- relatar apenas as principais atividades do órgão; em que são transcritos progressivamente os documentos e
- evitar o detalhamento excessivo das tarefas execu- os atos em entrada e em saída de um sujeito ou entidade
tadas pelas unidades administrativas que lhe são subordi- (público ou privado). Este registro, se obedecerem a nor-
nadas; mas legais, têm fé pública, ou seja, tem valor probatório em
- priorizar a apresentação de dados agregados, gran- casos de controvérsia jurídica.
des metas realizadas e problemas abrangentes que foram O termo protocolo tem um significado bastante amplo,
solucionados; identificando-se diretamente com o próprio procedimen-
- destacar propostas que não puderam ser concreti- to. Por extensão de sentido, “protocolo” significa também
zadas, identificando as causas e indicando as prioridades um trâmite a ser seguido para alcançar determinado obje-
para os próximos anos; tivo (“seguir o protocolo”).
- gerar um relatório final consolidado, limitado, se pos- A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma
sível, ao máximo de dez páginas para o conjunto da Dire- repartição determinada, que recebe o material documen-
tário do sujeito que o produz em saída e em entrada e os
toria, Departamento ou unidade equivalente.
anota num registro (atualmente em programas informáti-
cos), atruibuindo-lhes um número e também uma posição
Obs: Modelo no final da matéria. de arquivo de acordo com suas características.
Requerimento (Petição) O registro tem quatro elementos necessários e obri-
gatórios:
É o instrumento por meio do qual o interessado requer - Número progressivo.
a uma autoridade administrativa um direito do qual se jul- - Data de recebimento ou de saída.
ga detentor. Estrutura: - Remetente ou destinatário.
- Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), - Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da cor-
ou seja, da autoridade competente. respondência

17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Ofício

(Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)

Ofício nº 524/1991/SG-PR

Brasília, 20 de maio de 2011

A Sua Excelência o Senhor


Deputado (Nome)
Câmara dos Deputados
70160-900 – Brasília – DF
3 cm 297 mm
1,5 cm
Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,

1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de


24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em
sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas
pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído
pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que –
na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto
no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade
civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e
das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.

Atenciosamente,

(Nome)
(cargo)

210 mm

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Aviso

Aviso nº 45/SCT-PR

Brasília, 27 de fevereiro de 2011

A Sua Excelência o Senhor


(Nome e cargo)
297 mm

3 cm
1,5 cm
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro


Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser
realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de
Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das
Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos, instituído
pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)
(cargo do signatário)

210 mm

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Mensagem

5 cm

Mensagem nº 118

4 cm

297 mm

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

2 cm 1,5 cm

3 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das mensagens SM nºs
106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nºs 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.

Brasília, 28 de março de 2011

210 mm

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Telegrama

[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]

Destinatário: _________________________________________________________
Nº do fax de destino: _________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: __________________________________________________________
Tel. p/ contato: ____________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ______Nº do documento: _____________________________
Observações: _________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Exemplo de Apostila

APOSTILA

A Diretora da Coordenação de Secretariado Parlamentar do Departamento de Pessoal declara que


o servidor José da Silva, nomeado pela Portaria CDCC-RQ001/2004, publicada no Suplemento ao Boletim
Administrativo de 30 de março de 2004, teve sua situação funcional alterada, de Secretário Parlamentar
Requisitado, ponto n. 123, para Secretário Parlamentar sem vínculo efetivo com o serviço público, ponto n.
105.123, a partir de 11 de abril de 2004, em face de decisão contida no Processo n. 25.001/2004.

Brasília, em 26/5/2011

Maria da Silva
Diretora

Exemplo de ATA
CAMARA DOS DEPUTADOS
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Coordenação de Publicações

ATA

As 10h15min, do dia 24 de maio de 2011, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva, Diretora
da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que foi aprovada, sem
alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão do item “Projetos Concluídos”,
sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra o Sr. José da Silva, Chefe da Seção de
Marketing, que apresentou um breve relato das atividades desenvolvidas no trimestre, incluindo o lançamento
dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos
meses os trabalhos enviados para publicação estavam de acordo com as normas estabelecidas, parabenizando
a todos pelos resultados alcançados. Com relação aos projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos
mantiveram-se dentro do cronograma de trabalho preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na
próxima semana. Às 11h45min a Diretora encerrou os trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de
junho, quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu,
Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada por mim e pela Diretora.

Diretora

Secretária

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Despacho

CÂMARA DOS DEPUTADOS


PRIMEIRASECRETARIA

Processo n . .........
Em .... / .... /200 ...

Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70 do Regimento
do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos das informações e
manifestações dos órgãos técnicos da Casa.

Deputado José da Silva


PrimeiroSecretário

Exemplo de Ordem de Serviço

CÂMARA DOS DEPUTADOS


CONSULTORIA TÉCNICA

ORDEM DE SERVIÇO N. 3, DE 6/6/2010

O DIRETOR DA CONSULTORIA TÉCNICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas


atribuições, resolve:
1. As salas 3 e 4 da Consultoria Técnica ficam destinadas a reuniões de trabalho com deputados,
consultores e servidores dos setores de apoio da Consultoria Técnica.
2. As reuniões de trabalho serão agendadas previamente pela Diretoria da Coordenação de Serviços
Gerais.
................................................................................................................................
6. Havendo mais de uma solicitação de uso para o mesmo horário, será adotada a seguinte ordem de
preferência:
1 reuniões de trabalho com a participação de deputados;
11 reuniões de trabalho da diretoria;
111 reuniões de trabalho dos consultores;
IV . ..................................................................................................................................
V . ....................................................................................................................................
7. O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à Diretoría da Coordenação de
Serviços Gerais.

José da Silva
Diretor

24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Parecer

PARECER JURÍDICO

De: Departamento Jurídico


Para: Gerente Administrativo

Senhor Gerente,

Com relação à questão sobre a estabilidade provisória por gestação, ou não, da empregada Fulana de Tal, passamos
a analisar o assunto.
O artigo 10, letra “b”, do ADCT, assegura estabilidade à empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto.
Nesta hipótese, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção do emprego, ou seja, basta
comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da regra que assegura a estabilidade provisória no
emprego. O fundamento jurídico desta estabilidade é a proteção à maternidade e à infância, ou seja, proteger a gestante e o
nascituro, assegurando a dignidade da pessoa humana.
A confirmação da gravidez, expressão utilizada na Constituição, refere-se à afirmativa médica do estado gestacional
da empregada e não exige que o empregador tenha ciência prévia da situação da gravidez. Neste sentido tem sido as
reiteradas decisões do C. TST, culminando com a edição da Súmula n. 244, que assim disciplina a questão:
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade. (art. 10, II, “b” do ADCT). (ex-OJ nº 88 – DJ 16.04.2004).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do
contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula nº
244 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de
experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou
sem justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).
No caso colocado em análise, percebe-se que não havia confirmação da gestação antes da dispensa. Ao contrário,
diante da suspeita de gravidez, a empresa teve o cuidado de pedir a realização de exame laboratorial, o que foi feito, não
tendo sido confirmada a gravidez. A empresa só dispensou a empregada depois que lhe foi apresentado o resultado negativo
do teste de gravidez. A confirmação do estado gestacional só veio após a dispensa.
Assim, para solução da questão, importante indagar se gravidez confirmada no curso aviso prévio indenizado
garante ou não a estabilidade.
O TST tem decidido (Súmula 371), que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão de aviso
prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso. Este entendimento
exclui a estabilidade provisória da gestante, quando a gravidez ocorre após a rescisão contratual.
A gravidez superveniente à dispensa, durante o aviso prévio indenizado, não assegura a estabilidade. Contudo, na
hipótese dos autos, embora a gravidez tenha sido confirmada no curso do aviso prévio indenizado, certo é que a empregada
já estava grávida antes da dispensa, como atestam os exames trazidos aos autos. A conclusão da ultrossonografia obstétrica
afirma que em 30 de julho de 2009 a idade gestacional ecografica era de pouco mais de 13 semanais, portanto, na data do
afastamento a reclamante já contava com mais de 01 mês de gravidez.
Em face do exposto, considerando os fundamentos jurídicos do instituto da estabilidade da gestante, considerando
que a responsabilidade do empregador pela manutenção do emprego é objetiva e considerando que o desconhecimento do
estado gravídico não impede o reconhecimento da gravidez, conclui-se que:
a) não existe estabilidade quando a gravidez ocorre na vigência do aviso prévio indenizado;
b) fica assegurada a estabilidade quando, embora confirmada no período do aviso prévio indenizado, a gravidez
ocorre antes da dispensa.
De acordo com tais conclusões, entendemos que a empresa deve proceder a reintegração da empregada diante da
estabilidade provisória decorrente da gestação.
É o parecer.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).


(assinatura)
(nome)
(cargo)

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo de Portaría

CÂMARA DOS DEPUTADOS


DIRETORIAGERAL

PORTARIA N. 1, de 13/1/2010

Disciplina a utilização da chancela eletrônica nas requisições de


passagens aéreas e diárias de viagens, autorizadasem processos
administrativos no âmbito da Câmara dos Deputados e assinadas
pelo DiretorGeral.

O DIRETORGERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de novembro de 1971, resolve:
Art. 11 Fica instituído o uso da chancela eletrônica nas requisições de passagens aéreas e diárias de
viagens, autorizadas em processos administrativos pela autoridade competente e assinadas pelo DiretorGeral, para
parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Art. 21 A chancela eletrônica, de acesso restrito, será válida se autenticada mediante código de segurança
e acompanhada do atesto do Chefe de Gabinete da DiretoriaGeral ou do seu primeiro substituto.
Art. 31 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida


DiretorGeral

Modelo de Relatório
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ÓRGÃO PRINCIPAL
órgão Secundário

RELATÓRIO

Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,
indicar a denominação do evento, local e período compreendido.

Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
........................................................................................................................

Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática geral.
.................................................................................. ....

Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
.........................................................................................................................

3. Considerações finais
.........................................................................................................................

Brasília, ............................ de de 201...

Nome
Função ou Cargo

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Modelo de Requerimento

CÂMARA DOS DEPUTADOS


ÓRGÃO PRINCIPAL
Órgão Secundário

(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)

.................................... (nome do requerente, em maiúsculas) ..........................


.......................................................... (demais dados de qualificação), requer .................
............................................................................................................................................

Nestes termos,
Pede deferimento.

Brasília, ....... de .................. ���������������������������������������������������������� de 201.....

Nome
Cargo ou Função

Questões
01. Analise:
1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
atingimento das metas estabelecidas.

A redação do documento acima indica tratar-se


(A) do encaminhamento de uma ata.
(B) do início de um requerimento.
(C) de trecho do corpo de um ofício.
(D) da introdução de um relatório.
(E) do fecho de um memorando.

02. A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é:


(A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em
vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.
(B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal especializado em serviços gerais
para os departamentos que foram recentemente criados.
(C) Estou encaminhando a presença de V. Sª. este jovem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os problemas
do sistema de informatização de seu gabinete.

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
(D) Quando se procurou resolver os problemas de pes-
soal aqui neste departamento, faltaram um número grande 2. NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
de servidores para os andamentos do serviço. – FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS
(E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos in- ARQUIVÍSTICOS. CLASSIFICAÇÃO DOS
formar de quais providências vão ser tomadas para resol-
DOCUMENTOS. PROTOCOLO, REGISTRO,
ver essa confusão que foi criado pelos manifestantes.
TRAMITAÇÃO, EXPEDIÇÃO, ARQUIVAMENTO.
03. A frase cuja redação está inteiramente correta e NOÇÕES DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO
apropriada para uma correspondência oficial é: DE ACERVOS DOCUMENTAIS.
(A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª. Os
convites para a reunião de gala deste Conselho, em que
se fará homenagens a todos os ilustres membros dessa di-
retoria, importantíssima na execução dos nossos serviços. A arquivística ou arquivologia é uma ciência que estu-
(B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo da as funções do arquivo, e também os princípios e técni-
Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabine- cas a serem observados durante a atuação de um arquivis-
te, para informar de que as medidas de austeridade reco- ta sobre os arquivos. É a Ciência e disciplina que objetiva
mendadas por V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se gerenciar todas as informações que possam ser registra-
os atrasos dos prazos. das em documentos de arquivos. Para tanto, utiliza-se de
(C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que princípios, normas, técnicas e procedimentos diversos, que
chegaram nossos analistas sobre as condições de funcio- são aplicados nos processos de composição, coleta, aná-
namento deste setor, bem como as providências a serem lise, identificação, organização, processamento, desenvol-
tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento vimento, utilização, publicação, fornecimento, circulação,
dos prazos estipulados. armazenamento e recuperação de informações.
(D) As ordens expressas a todos os funcionários é de
O arquivista é um profissional de nível superior, com
que se possa estar tomando as medidas mais do que im-
portantes para tornar nosso departamento mais eficiente, formação em arquivologia ou experiência reconhecida
na agilização dos trâmites legais dos documentos que pas- pelo Estado. Ele pode trabalhar em instituições públicas
sam por aqui. ou privadas, centros de documentação, arquivos privados
(E) Peço com todo o respeito a V. Exª., que tomeis pro- ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo
vidências cabíveis para vir novos funcionários para esse gerenciamento da informação, gestão documental, conser-
nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agi- vação, preservação e disseminação da informação contida
lizar todos os documentos que precisamos enviar. nos documentos. Também tem por função a preservação
do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídi-
04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é ca), instituição e, em última instância, da sociedade como
INCORRETO afirmar que: um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observando
sigla do órgão que o expede. as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e per‑
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita,
manente.
o local de onde é expedido e a data em que foi assinado.
O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu-
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto
do documento. dos e técnicas de organização sistemática e conservação
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação
direta, respeitando-se a formalidade que deve haver nos de instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamen-
expedientes oficiais. to da informação e na programação e organização de ati-
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como vidades culturais que envolvam informação documental
por exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada. produzida pelos arquivos públicos e privados. Uma grande
dificuldade é que muitas organizações não se preocupam
05. Haveria coerência com as ideias do texto e respei- com seus arquivos, desconhecendo ou desqualificando o
taria as normas de redação de documentos oficiais se o trabalho deste profissional, delegando a outros profissio-
texto apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em nais as atividades específicas do arquivista. Isto provoca
um ofício complementado pelo parágrafo final e os fechos problemas quanto à qualidade do serviço e de tudo o que,
apresentados a seguir.
direta ou indiretamente, depende dela.
Arquivo é um conjunto de documentos criados ou re-
Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto
aos órgãos competentes. cebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os
Atenciosamente, mantém ordenadamente como fonte de informação para
Pedro Santos a execução de suas atividades. Os documentos preserva-
dos pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários
Pedro Santos suportes. As entidades mantenedoras de arquivos podem
Secretário do Conselho ser públicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institu-
Resposta 01-C / 02-B / 03-C / 04-E / 05-C (correta) cionais, comerciais e pessoais.

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Um documento (do latim documentum, derivado de Ordenação Cronológica: disposição dos documentos ou
docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo pastas de acordo com a sucessão temporal.
gráfico, que comprove a existência de um fato, a exatidão Ordenação Geográfica: disposição de acordo com as uni-
ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, do- dades territoriais (países, estados, municípios, distritos, bair-
cumentos são frequentemente sinônimos de atos, cartas ros e outras).
ou escritos que carregam um valor probatório. Ordenação Temática: disposição de acordo com temas
Documento arquivísticos: Informação registrada, inde- ou assuntos.
Ordenação Numérica: disposição de acordo com a se-
pendente da forma ou do suporte, produzida ou recebida
quência numérica atribuída aos documentos. Depende de
no decorrer da atividade de uma instituição ou pessoa e um índice auxiliar para busca de dados.
que possui conteúdo, contexto e estrutura suficientes para
servir de prova dessa atividade. Ex.: Na pasta MANUTENÇÃO PRÉDIO você poderá arqui-
Desde o desenvolvimento da Arquivologia como dis- var os documentos em ordem cronológica, assim sendo te-
ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez ríamos: primeiro o Memorando pedindo o conserto, depois a
nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvi- resposta do ESTEC solicitando a compra de torneira nova, em
mento da concepção teórica e dos desdobramentos prá- seguida a Informação de que já foi adquirida a torneira, e por
ticos da gestão. último a Informação do ESTEC que o serviço foi concluído.
É importante no Arquivo que os documentos de uma
PRINCÍPIOS: mesma função sejam guardados juntos, para que se perceba
Os princípios arquivísticos constituem o marco principal como começou a ação e como terminou, formando assim os
da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” do- dossiês de fácil compreensão para quem pesquisa.
cumentárias. São eles: Arquivamento: guarde os documentos dentro das pastas
e das caixas já contidas no setor ou monte-as de acordo com
Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do- o plano de classificação.
cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio, Nesse último caso faça as etiquetas indicando o código
da atividade correspondente. Não se esqueça de anotar no
os arquivos devem ser organizados em obediência à com-
canto superior esquerdo da pasta os códigos da Unidade/
petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima-
Órgão/área respectivos.
mente responsável pela produção, acumulação ou guarda
Empréstimo de Documentos: para se controlar melhor os
dos documentos. Arquivos originários de uma instituição documentos que saem do arquivo e para garantir a integri-
ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali- dade do mesmo, é interessante que se adote um sistema de
dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não controle de empréstimo de documentos.
devendo ser mesclados a outros de origem distinta. Você pode criar um formulário de Requisição de Docu-
mentos com os seguintes dados:
Princípio da Organicidade: As relações administra-
tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A - a) Identificação do documento.
organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos es- - b) Classificação ou pasta a qual ele pertence.
pelham a estrutura, funções e atividades da entidade pro- - c) O nome do requisitante e o setor.
dutora/acumuladora em suas relações internas e externas. - d) Assinatura e datas de empréstimo e devolução.
Lembre-se: “O arquivamento correto e a localização ime-
Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero, diata dos documentos, depende, em grande parte, da pre-
tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu cisão e cuidado com que são executadas cada uma dessas
caráter único, em função do contexto em que foram pro- operações.”.
duzidos.
Classificação Cronológica
Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os A classificação cronológica tem por base a possibilidade
fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão, em agrupar determinado número de documentos de acordo
mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição com as divisões naturais do tempo: anos, meses, semanas,
indevida. dias e horas. Este sistema, como se pode observar, é muito
semelhante ao sistema numérico simples e utiliza-se, muitas
Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma for- das vezes, em combinação com outros sistemas classificati-
mação progressiva, natural e orgânica. vos, sobretudo, o alfabético.
A localização de um documento classificado cronolo-
gicamente requer um conhecimento perfeito da data exata
Classificação
(ano, mês ou dia) sem a qual não será possível localizá-lo.
A escolha da forma de ordenação depende muito da
Este tipo de classificação não oferece especiais dificuldades
natureza dos documentos. Vejam os métodos básicos: quando se procede a incorporação de novos documentos.
Ordenação Alfabética: disposição dos documentos ou Quando se pretende localizar e recuperar os documentos é
pastas de acordo com a sequência das letras do alfabeto. necessário elaborar fichas remissivas alfabéticas, por exem-
Pode ser classificada em enciclopédico e dicionário quando plo, de assuntos, que possibilitam a indicação da data do
se trata de assuntos. documento.

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
As conservatórias do Registro Civil, por exemplo, são As principais vantagens atribuídas a este sistema clas-
serviços onde a ordenação e pesquisa de documentos é sificativo resultam do fato de se poder ter uma visão global
elaborada mediante recurso às datas de nascimento, ca- dos assuntos que são abordados na documentação, permitir
samento, morte e de outros assuntos. Este tipo de classi- o agrupamento dos documentos de acordo com o seu con-
ficação é aplicado em arquivos de documentos de origem teúdo, ser extensível até ao infinito e de ser altamente flexível.
contabilística: faturas, pagamentos de contribuições, orde- A técnica que se costuma aplicar na divisão dos assuntos
nados e outros assuntos relacionados com esta e em Ar- é a seguinte:
quivos Históricos e Etnográficos, uma vez que proporciona Divisão do assunto em capítulos
a ligação do passado ao presente e nos mostrando-nos a Divisão de cada capítulo em famílias
evolução das instituições ao longo da história. Divisão de cada família em grupos, representando assun-
tos especializados
Classificação Geográfica Divisão eventual de cada grupo em subgrupos, indicando
Este sistema utiliza um método idêntico ao cronológi- uma divisão particular
co com a diferença de que os documentos são classifica-
dos e agrupados com base nas divisões geográficas/admi- Classificação Decimal
nistrativas do globo: países, regiões, províncias, distritos, O sistema de classificação decimal pode ser considerado
conselhos, cidades, vilas, aldeias, bairros, freguesias, ruas e um critério classificativo resultante da combinação da classifi-
outros critérios geográficos e de localização. cação numérica com a ideológica.
Este sistema é combinado com outros sistemas classi- Este método classificativo foi idealizado pelo bibliotecá-
ficativos, como por exemplo; o alfabético, o numérico ou o rio norte-americano Mevil Dewey que a definia, na essência,
decimal, com vista a um melhor acondicionamento e loca- como uma classificação de assuntos relacionados a um índice
lização dos documentos e a sua informação. relativo. Não só foi criada para a arrumação dos livros nas pra-
O sistema de classificação geográfica resulta do fato de teleiras mas também para indicações nos catálogos, recortes
haver necessidade de localizar fato ou pessoas num espaço notas, manuscritos e de um modo geral, todo material literá-
geográfico determinado, como por exemplo; as coleções rio de qualquer espécie. Foi aplicado pela primeira vez a partir
ou séries filatélicas que normalmente são agrupadas por de 1851, na biblioteca de Amhrest College de Massachussets,
localidades, países, regiões e outros critérios relacionados nos Estado Unidos da América e com bons resultados.
com estes. É muito utilizado em museus etnográficos e de A classificação decimal consiste, essencialmente, na divi-
arte popular. são dos assuntos ou matérias em 10 grupos de primeira or-
dem ou categoria (0 a 9) que por sua vez se podem subdividir
Classificação Ideológica em grupos de segunda ordem e assim sucessivamente. As-
A classificação ideológica, também designada como sim, por exemplo, ao grupo de primeira categoria ou principal
ideográfica, metódica ou analítica baseia-se, fundamental- é atribuída a seguinte numeração:
mente, na divisão de assuntos, ideias, conceitos e outras 0123456789
divisões, sendo os documentos referentes a um mesmo as- Sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do gru‑
sunto ou objeto de conhecimento, ordenados segundo um po 5 as seguintes:
conceito chave ou ideia de agrupamento, colocando-se a 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
seguir, de forma alfabética. Ainda se pode subdividir o grupo de segunda categoria o
Este sistema parte da análise de um assunto e divide-o nº 55 noutro de terceira categoria:
em grupos e subgrupos com características cada vez mais 550 551 552 553 554 555 556 557 558 559
particulares e restritas exigindo um certo controlo e disci- Com este sistema pretendia-se abranger a totalidade dos
plina devido à grande variedade de palavras com significa- assuntos ou matérias que iriam ser objeto de classificação, ba-
dos análogo. seando-se no principio de que a formação dos números deci-
Para aplicar este sistema é necessário elaborar um mais é ilimitada e entre dois números decimais, consecutivos
instrumento de trabalho que sirva de orientação para a da mesma ordem, podem intercalar-se outros dez da ordem
classificação de assuntos nos arquivos e que se designa imediatamente inferior.
normalmente por classificador ou listagem por assuntos. Exemplo:
O classificador deve ser elaborado respeitando um deter- 51. Expediente e arquivo
minado número de regras, tais como, evitar as abstrações 510. Expediente e arquivo em geral
(por abrangerem matérias demasiado vastas) e afastar a 511. Arquivo
utilização de palavras com significados análogos, colocan- 512. Seleção documental
do-se na lista uma remissiva para a palavra-chave que está 513. Reprografia
a ser utilizada. 514. Entrada e saída de correspondência
Para que o nosso trabalho fique completo deve-se sub- 5140. Entrada de correspondência
meter à listagem a uma cuidadosa avaliação pelos utentes 5141. Saída de correspondência
do arquivo, de forma a poder introduzir os melhoramentos 515. Serviços auxiliares
necessário que permitam a recuperação dos documentos 5150. Serviços auxiliares em geral
arquivados Este instrumento deve ser periodicamente re- 5151. Transportes pelas cantinas
visto e atualizado, e deve refletir a estrutura interna do or- 516. Telefone
ganismo. 517. Viaturas

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Apesar deste sistema de classificação ter imensos sim- Cada classe principal subdivide-se decimalmente em
patizantes devido à sua aparente simplicidade acontece, subclasses que por sua vez também se subdividem em
porém, que enferma de alguns inconvenientes, entre os áreas cada vez mais especializadas.
quais, a rigidez que impõe na divisão dos vários ramos do As tabelas auxiliares, que representam não assuntos,
conhecimento humano; é um sistema relativamente moro- mas formas de os especificar (por lugar, tempo, forma, lín-
so, quer na sua construção, quer na sua aplicação à organi- gua, etc.), flexibilizando muito mais a representação dos
zação espacial do arquivo e posterior localização, exigindo conceitos.
pessoal especializado. Um índice, lista alfabética de conceitos. A cada con-
ceito corresponde uma notação que serve de guia na con-
Classificação Decimal Universal (CDU)
sulta da tabela principal, para mais fácil e rapidamente se
A classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema
localizar a notação adequada ao assunto que se pretende
de classificação uniformizado e normalizado, amplamente
usado nacional e internacionalmente, que visa cobrir e or- pesquisar.
ganizar a totalidade do conhecimento humano. Uma das principais vantagens desta classificação resi-
Henri Lafontaine e Paul Otlet publicaram, em 1905, a de na sua dimensão universal e internacional, dada a sua
primeira edição do que viria a ser a Classificação Decimal independência face a todas as expressões idiomáticas, o
Universal. Esta primeira edição do Manuel du Repertoire que facilita enormemente a pesquisa e a troca de informa-
Bibliografique Universal é um desenvolvimento do esque- ção ao nível internacional.
ma base utilizado por Dewey que distribui a totalidade do No seguimento do exemplo anterior, tal significa que a
conhecimento em dez grandes classes, que por sua vez, notação 37 e o conceito que lhe está associado, é igual em
são divididas em dez subclasses que se dividem em dez todas as bibliotecas do mundo que adotem este sistema
grupos. Cada conceito é traduzido por uma notação nu- de classificação.
mérica ou alfanumérica por exemplo, ao conceito geral de O seu grande inconveniente resulta da sua aplicação
educação corresponde a notação numérica 37. que exige pessoal altamente especializado dado que é um
A CDU baseia-se em três princípios fundamentais os grande risco classificar matérias diferentes com o mesmo
quais são: número.
Classificação: por ser uma classificação no sentido res-
trito da palavra agrupa ideias nos seus aspectos concor- Classificação Automática
dantes.
As operações de classificação podem ser objeto de
Universalidade: inclui cada um dos ramos do conheci-
uma automatização em moldes parciais, já que a inteligên-
mento humano, encarando-os sob os vários aspectos.
Decimalidade: a totalidade do conhecimento humano cia humana continua a ser indispensável para selecionar o
é dividida em dez classes, cada uma das quais, por sua vez, assunto principal e determinar as informações secundárias.
se subdivide de novo decimalmente, pela adição de cifras Atualmente a sua aplicação é feita a título experimental em
decimais. algumas bibliotecas.
Este sistema é mais utilizado em bibliotecas e serviços A classificação automática assenta no seguinte princí-
de documentação para a elaboração de ficheiros por as- pio geral: ao caracterizar diversos objetos de uma coleção
suntos ou matérias e posterior catalogação e arrumação do organizando-os por séries de atributos (data, forma, lín-
material bibliográfico. Em Portugal, o uso deste sistema de gua, domínio, e outros), é possível comparar, agrupando,
classificação é generalizado, tanto nas Bibliotecas Universi- de dois em dois e contar para cada par o número de atribu-
tárias, como nas Bibliotecas Públicas e Escolares. tos comuns. O resultado conduz à colocação em conjunto
A CDU tem vindo a ser continuamente ampliada e mo- dos objetos que possuem características frequentes, cons-
dificada para fazer face ao surgimento de novos concei- tituindo classes não à priori mas sim à posteriori.
tos e conhecimentos do saber humano, principalmente, na O interesse que desperta a classificação automática
área da ciência e tecnologia. situa-se ao nível da pesquisa documental. Ela permanece
A CDU é composta por: sem utilidade em organizações que já possuem a classi-
Uma tabela principal de matérias, que enumera hierar- ficação física das obras, sendo incapaz de recriar auto-
quicamente o conhecimento, nas referidas 10 classes. As
maticamente um esquema classificatório. A concepção e
divisões principais são:
desenvolvimento de uma linguagem classificatória e a sua
0 Generalidades aplicação a um determinado fundo documental são de
1 Filosofia. Psicologia competência exclusiva do domínio do homem.
2 Religião. Teologia A Associação Internacional para a Classificação situada
3 Ciências Sociais na Alemanha publica sob o patrocínio da FID (Federação
4 Classe atualmente não usada Internacional de Documentação, a revista International
5 Ciências Exatas. Ciências naturais Classification onde se apresentam estudos sobre a teoria
6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia dos conceitos, a terminologia sistemática e a organização
7 Arte. Arquitetura. Recreação e Desporto do saber. Estas organizações e outras interessam-se pelos
8 Linguística. Língua. Literatura métodos matemáticos aplicáveis neste domínio.
9 Geografia. Biografia. História

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Tabela de temporalidade de documentos de arqui- ƒ verificar se os documentos estão classificados de
vo. acordo com os assuntos do Código de Classificação de Do-
A Tabela de Temporalidade de Documentos é o instru- cumentos; ƒ documentos que se referem a dois ou mais
mento resultante da avaliação documental, aprovado por assuntos, deverão ser classificados e agrupados ao con-
autoridade competente, que define prazos de guarda e a junto documental (dossiê, processo ou pasta) que possui
destinação de cada série documental. maior prazo de arquivamento ou que tenha sido destinado
A efetiva implementação de tais instrumentos objetiva à guarda permanente; ƒ o prazo de arquivamento deve se
a simplificação e racionalização dos procedimentos de ges- contar a partir do primeiro dia útil do exercício seguinte
tão dos documentos e das informações, ou seja, permitirá ao do arquivamento do documento, exceto aqueles que
uma considerável redução da massa documental acumula- originam despesas, cujo prazo de arquivamento é contado
da, eliminando enormes volumes de documentos rotinei- a partir da aprovação das contas pelo Tribunal de Contas;
ros e desprovidos de valor que justifique a sua guarda, com ƒ eliminar as cópias e vias, quando o documento original
consequente otimização do espaço físico e racionalização estiver no conjunto documental (dossiê, processo ou pas-
de custos, e sobretudo garantirá a preservação dos docu- ta); ƒ proceder ao registro dos documentos a serem eli-
mentos de guarda permanente, de relevante valor informa- minados; ƒ elaborar listagem dos documentos destinados
tivo e probatório. à transferência para o arquivo intermediário do órgão ou
A Tabela de Temporalidade é o registro esquemático entidade, ou para a Divisão de Documentação Intermediá-
do ciclo de vida dos documentos, determinando os prazos ria do Arquivo Público do Estado;
de guarda no arquivo corrente ou setorial, sua transferên-
cia para o arquivo intermediário ou geral, a eliminação ou OBS. Quando houver processo judicial os prazos de
recolhimento para a Divisão de Documentação Permanen- arquivamento devem ser suspensos até a conclusão do
te do Arquivo Público do Estado. mesmo.
A Tabela é um instrumento da gestão documental e
passível de alterações na medida em que a produção de PROTOCOLO:
documentos se altera, devido a mudanças sociais, admi- É conhecimento da grande maioria que os arquivos
nistrativas e jurídicas. No entanto, alterações de qualquer possuem hoje uma notoriedade muito melhor do que já se
natureza devem partir do órgão regulador da política de viu há algum tempo. Contudo, esse reconhecimento ainda
arquivos. não é o desejado. Para que os arquivos alcancem um nível
de importância ainda maior, é necessário que sejam geri-
ASSUNTO/TIPO DOCUMENTAL: Os assuntos/tipos do-
dos da forma correta, a fim de evitar o acúmulo de massas
cumentais relacionados na Tabela correspondem aos docu-
documentais desnecessárias, de agilizarem ações dentro
mentos produzidos pelas atividades-meio dos órgãos. São
de uma instituição, enfim, que cumpram a sua função, seja
tipos documentais já consagrados pelo uso e alguns iden-
desde o valor probatório até o cultural.
tificados na legislação que regula as atividades do setor.
Considera-se gestão de documentos o conjunto de
procedimentos e operações técnicas referentes à sua pro-
PRAZO DE ARQUIVAMENTO: O tempo de guarda dos
dução, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase
documentos está relacionado ao seu ciclo de vida. Aos ar-
quivos setoriais interessa ter acesso aos documentos que corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou reco-
estão sujeitos a consulta diariamente. O prazo de arquiva- lhimento para a guarda permanente.
mento não deve exceder a cinco anos, incorrendo no risco Protocolo é a denominação geralmente atribuída a se-
de acumular documentos desnecessários ao uso corrente e tores encarregados do recebimento, registro, distribuição
dificultar o acesso. e movimentação dos documentos em curso; denominação
A documentação que cumpriu sua função imediata, atribuída ao próprio número de registro dado ao docu-
mas contém informações de caráter probatório, deve ser mento; Livro de registro de documentos recebidos e/ou
transferida para o arquivo intermediário do órgão. Docu- expedidos.
mentos com longo período de valor probatório poderão É de conhecimento comum o grande avanço que a
ser transferidos à Divisão de Documentação Intermediária humanidade teve nos últimos anos. Dentre tais avanços,
do Arquivo Público do Estado. O terceiro estágio prevê o incluem-se as áreas que vão desde a política até a tecno-
recolhimento da documentação produzida pelos órgãos lógica. Tais avanços contribuíram para o aumento da pro-
públicos que tem informações sobre o desempenho de sua dução de documentos. Cabe ressaltar que tal aumento
função junto à sociedade. Esta produção documental de teve sua importância para a área da arquivística, no sen-
valor permanente receberá um tratamento arquivístico que tido de ter despertado nas pessoas a importância dos ar-
contempla sua conservação, arranjo e descrição para estar quivos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por falta
disponível à pesquisa. de conhecimento, a acumulação de massas documentais
desnecessárias foi um problema que foi surgindo. Essas
COMO UTILIZAR A TABELA DE TEMPORALIDADE massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram
A Tabela de Temporalidade de Documentos deve ser suas funções fundamentais. Para tentar sanar esse e outros
utilizada no momento de classificação e avaliação da docu- problemas, que é recomendável o uso de um sistema de
mentação. Proceder da seguinte forma: protocolo.

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos cor- Após cumprirem suas respectivas funções, os docu-
rentes podem exercer funções de protocolo (recebimento, mentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eli-
registro, distribuição, movimentação e expedição de do- minação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição
cumentos), daí a denominação comum de alguns órgãos de documentos torna-se importante, pois por meio dela,
como Protocolo e Arquivo. E é neste ponto que os proble- fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, poden-
mas têm seu início. Geralmente, as pessoas que lidam com do-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino
o recebimento de documentos não sabem, ou mesmo não do documento. Dentre as recomendações com relação a
foram orientadas sobre como proceder para o documento expedição de documentos, destacam-se:
cumpra a sua função na instituição. Para que este proble- Receber a correspondência, verificando a falta de ane-
xos e completando dados;
ma inicial seja resolvido, a implantação de um sistema de
Separar as cópias, expedindo o original;
base de dados, de preferência simples e descentralizado,
Encaminhar as cópias ao Arquivo.
permitindo que, tão logo cheguem às instituições, os docu- É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não
mentos fossem registrados, pelas devidas pessoas, no seu valem como regras, visto que cada instituição possui suas
próprio setor de trabalho seria uma ótima alternativa. Tal tipologias documentais, seus métodos de classificação,
ação diminuiria o montante de documentos que chegam enfim, surgem situações diversas. Servem apenas como
as instituições, cumprem suas funções, mas sequer tiveram exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição.
sua tramitação ou destinação registrada.
Algumas rotinas devem ser adotadas no registro do- CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO.
cumental, afim de que não se perca o controle, bem como Desde o desenvolvimento da arquivologia como disci-
surjam problemas que facilmente poderiam ser evitados plina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez nada
(como o preenchimento do campo Assunto, de muita im- a tenha revolucionado tanto quanto concepção teórica e
portância, mas que na maioria das vezes é feito de forma os desdobramentos práticos da gestão ou a administra-
errônea). Dentre as recomendações de recebimento e re- ção de documentos estabelecidos após a Segunda Guerra
gistro, destaca-se: Mundial. Para alguns, trata-se de um conceito emergente,
Receber as correspondências, separando as de caráter alvo de controvérsias e ainda restrito, como experiência, a
oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter poucos países.
particular a seus destinatários. Segundo o historiador norte americano Lawrence Bur-
net, a gestão de documentos é uma operação arquivística
Após essa etapa, os documentos devem seguir seu cur-
“o processo de reduzir seletivamente a proporções mani-
so, a fim de cumprirem suas funções. Para que isto ocorra,
puláveis a massa de documentos, que é característica da ci-
devem ser distribuídos e classificados da forma correta, ou vilização moderna, de forma a conservar permanentemen-
seja, chegar ao seu destinatário Para isto, recomenda-se: te os que têm um valor cultural futuro sem menosprezar a
Separar as correspondências de caráter ostensivo das integridade substantiva da massa documental para efeitos
de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos de pesquisa”.
seus respectivos destinatários; Por outro lado, alguns concebem a gestão de docu-
Tomar conhecimento das correspondências de caráter mentos como a aplicação da administração científica com
ostensivo por meio da leitura, requisitando a existência de fins de eficiência e economia, sendo os benefícios para os
antecedentes, se existirem; futuros pesquisadores considerados apenas meros subpro-
Classificar o documento de acordo com o método da dutos. Situando-se entre esses dois extremos, a legislação
instituição; carimbando-o em seguida; norte americana estabelece a seguinte definição:
Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao O planejamento, o controle, a direção, a organização, a
protocolo. capacitação, a promoção e outras atividades gerenciais re‑
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando lacionadas com a criação de documentos, sua manutenção,
a segunda via da ficha ao documento; uso e eliminação, incluindo o manejo de correspondência,
Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora formulários, diretrizes, informes, documentos informáticos,
com os dados das fichas de protocolo; microformas, recuperação de informação, fichários, correios,
documentos vitais, equipamentos e materiais, máquinas re‑
prográficas, técnicas de automação e elaboração de dados,
Arquivar as fichas de protocolo. preservação e centros de arquivamento intermediários ou
A tramitação de um documento dentro de uma ins- outras instalações para armazenagem.
tituição depende diretamente se as etapas anteriores fo- Sob tal perspectiva, a gestão cobre todo o ciclo de
ram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com existência dos documentos desde sua produção até serem
o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus eliminados ou recolhidos para arquivamento permanente,
dados principais, como data de entrada, setores por que ou seja, trata-se de todas as atividades inerentes às idades
já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas fun- corrente e intermediária.
ções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivís-
instituição, acelerando assim, processos que anteriormente tica, do Conselho Internacional de Arquivos, a gestão de
encontravam dificuldades, como a não localização de do- documentos diz respeito a uma área da administração geral
cumentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de relacionada com a busca de economia e eficácia na produ‑
valor probatório, por exemplo. ção, manutenção, uso e destinação final dos mesmos.

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Por meio do Ramp/PGI, a Unesco procurou também Acordo com seu conteúdo;
abordar o tema conforme trabalho de James Rhoads. A 3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação
função da gestão de documentos e arquivos nos sistemas de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando ne-
nacionais de informação, segundo o qual um programa ge- cessário;
ral de gestão de documentos, para alcançar economia e 4. Anotar o código na primeira folha do documento;
eficácia, envolve as seguintes fases: 5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun-
Produção: concepção e gestão de formulários, prepa- tos secundários.
ração e gestão de correspondência, gestão de informes e
diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação e A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci-
aplicação de tecnologias modernas a esses processos; clo de vida documental arquivísticos, na medida em que
Utilização e conservação: criação e melhoramento dos define quais documentos serão preservados para fins ad-
sistemas de arquivos e de recuperação de dados, gestão de ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão
correio e telecomunicações, seleção e uso de equipamento ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário
reprográfico, análise de sistemas, produção e manutenção e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que
de programas de documentos vitais e uso de automação e apresentam para a administração que os gerou e para a
reprografia nestes processos; sociedade.
Destinação: a identificação e descrição das séries do- Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a ava-
cumentais, estabelecimento de programas de avaliação e liação de documentos no serviço público datam do final do
destinação de documentos, arquivamento intermediário, século passado, em países da Europa, nos Estados Unidos
eliminação e recolhimento dos documentos de valor per- e no Canadá. No Brasil, a preocupação com a avaliação de
manente às instituições arquivísticas. documentos públicos não é recente, mas o primeiro passo
para sua regulamentação ocorreu efetivamente com a lei
O código de classificação de documentos de arquivo é federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo
um instrumento de trabalho utilizado para classificar todo 9º dispõe que “a eliminação de documentos produzidos
e qualquer documento produzido ou recebido por um ór- por instituições públicas e de caráter público será realizada
gão no exercício de suas funções e atividades. A classifica- mediante autorização de instituição arquivística pública, na
sua específica esfera de competência”.
ção por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os
O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni-
documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar
co sob o título Orientação para avaliação e arquivamento
sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacio-
intermediário em arquivos públicos, do qual constam dire-
nadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência,
trizes gerais para a realização da avaliação e para a elabo-
recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que
ração de tabelas de temporalidade. Em 1986, iniciaram-se
o trabalho arquivísticos é realizado com base no conteúdo as primeiras atividades de avaliação dos acervos de caráter
do documento, o qual reflete a atividade que o gerou e intermediário sob a guarda da então Divisão de Pré Ar-
determina o uso da informação nele contida. A classifica- quivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação
ção define, portanto, a organização física dos documentos de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação
arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua e, consequentemente, à redução do volume documental e
recuperação. racionalização do espaço físico.
No código de classificação, as funções, atividades, es- A metodologia adotada à época envolveu pesquisas
pécies e tipos documentais genericamente denominados na legislação que regula a prescrição de documentos ad-
assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores
acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú-
órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos blicos, que forneceram as informações relativas aos valores
numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do ór- primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu po-
gão, definida através de classes, subclasses, grupos e sub- tencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, res-
grupos, partindo-se sempre do geral para o particular. pectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que restrito à
A classificação deve ser realizada por servidores treina- documentação já depositada no arquivo intermediário do
dos, de acordo com as seguintes operações. Arquivo Nacional foi constituída, em 1993, uma Comissão
a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a Interna de Avaliação que referendou os prazos de guarda e
fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e destinação propostos.
quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A Com o objetivo de elaborar uma tabela de temporalida-
referência cruzada é um mecanismo adotado quando o de para documentos da então Secretaria de Planejamento,
conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos. Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado, em 1993,
b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código cor- um grupo de trabalho composto por técnicos do Arquivo
respondente ao assunto de que trata o documento. Nacional e daquela secretaria, cujos resultados, relativos as
atividades-meio, serviriam de subsídio ao estabelecimen-
ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE to de prazos de guarda e destinação para os documentos
CLASSIFICAÇÃO da administração pública federal. A tabela, elaborada com
1. Receber o documento para classificação; base nas experiências já desenvolvidas pelos dois órgãos,
2. Ler o documento, identificando o assunto principal e foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral do Arquivo Na-
o(s) secundário(s) de. cional para aprovação.

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos homologação da aposentadoria; e até quitação da dívida.
(Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras, O prazo estabelecido para a fase corrente relaciona-se ao
a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para período em que o documento é frequentemente consul-
dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa tado, exigindo sua permanência junto às unidades orga-
foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elabora- nizacionais. A fase intermediária relaciona-se ao período
da pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com em que o documento ainda é necessário à administração,
o objetivo de torná-la aplicável também aos documentos porém com menor frequência de uso, podendo ser trans-
produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e ferido para depósito em outro local, embora à disposição
municipal, servindo como orientação a todos os órgãos desta.
participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar). A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas
O modelo ora apresentado constitui-se em instrumen- formas de concentração dos arquivos, seja ao nível da ad-
to básico para elaboração de tabelas referentes as ativi-
ministração (fases corrente e intermediária), seja no âmbito
dades-meio do serviço público, podendo ser adaptado de
dos arquivos públicos (permanentes ou históricos). Assim,
acordo com os conjuntos documentais produzidos e rece-
a distribuição dos prazos de guarda nas fases corrente e
bidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela deverá estar
condicionada à aprovação por instituição arquivística pú- intermediária foi definida a partir das seguintes variáveis:
blica na sua específica esfera de competência. I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com
A tabela de temporalidade deverá contemplar as ativi- serviços de arquivamento intermediário:
dades meio e atividades-fim de cada órgão público. Desta Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se
forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade e des- enquadram nesta variável, há necessidade de redistribui-
tinação dos documentos relativos às suas atividades espe- ção dos prazos, considerando-se as características de cada
cíficas, complementando a tabela básica. Posteriormente, fase, desde que o prazo total de guarda não seja alterado,
esta deverá ser encaminhada à instituição arquivística pú- de forma a contemplar os seguintes setores arquivísticos:
blica para aprovação e divulgação, por meio de ato legal - arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao
que lhe confira legitimidade. arquivo da unidade organizacional);
A tabela de temporalidade é um instrumento arquivís- - arquivo central (fase intermediária I, que corresponde
tico resultante de avaliação, que tem por objetivos definir ao setor de arquivo geral/central da instituição);
prazos de guarda e destinação de documentos, com vista - arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor-
a garantir o acesso à informação a quantos dela necessi- responde ao depósito de arquivamento intermediário, ge-
tem. Sua estrutura básica deve necessariamente contem- ralmente subordinado à instituição arquivística pública nas
plar os conjuntos documentais produzidos e recebidos por esferas federal, estadual e municipal).
uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam
de guarda nas fases corrente e intermediária, a destinação com serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos
final – eliminação ou guarda permanente –, além de um situados nesta variável, as unidades organizacionais são
campo para observações necessárias à sua compreensão responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo cen-
e aplicação. tral funciona como arquivo intermediário, obedecendo aos
Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utiliza- prazos previstos para esta fase e efetuando o recolhimento
ção do instrumento: ao arquivo permanente.
1. Assunto: Neste campo são apresentados os con- III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam
juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica-
com serviços de arquivamento intermediário: Nesta variá-
mente distribuídos de acordo com as funções e atividades
vel, as unidades organizacionais também funcionam como
desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor
arquivo corrente, transferindo os documentos – depois de
identificação do conteúdo da informação, foram emprega-
cessado o prazo previsto para esta fase – para o arquivo
das funções, atividades, espécies e tipos documentais, ge-
nericamente denominados assuntos, agrupados segundo intermediário, que promoverá o recolhimento ao arquivo
um código de classificação, cujos conjuntos constituem o permanente.
referencial para o arquivamento dos documentos. IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem
Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, contam com serviços de arquivamento intermediário:
que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeti- Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades
camente para agilizar a sua localização na tabela. organizacionais são igualmente responsáveis pelo arquiva-
2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário mento corrente, ficando a guarda intermediária a cargo das
para arquivamento dos documentos nas fases corrente mesmas ou do arquivo público, o qual deverá assumir tais
e intermediária, visando atender exclusivamente às ne- funções.
cessidades da administração que os gerou, mencionado, 3. Destinação final: Neste campo é registrada a desti-
preferencialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser nação estabelecida que possa ser a eliminação, quando o
expresso a partir de uma ação concreta que deverá neces- documento não apresenta valor secundário (probatório ou
sariamente ocorrer em relação a um determinado conjunto informativo) ou a guarda permanente, quando as informa-
documental. Entretanto, deve ser objetivo e direto na de- ções contidas no documento são consideradas importan-
finição da ação – exemplos: até aprovação das contas; até tes para fins de prova, informação e pesquisa.

35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A guarda permanente será sempre nas instituições ar- Método alfabético numérico: Como se pode deduzir
quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos pelo seu nome, é um método que procurou reunir as van-
estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis tagens dos métodos alfabéticos simples e numérico sim-
pela preservação dos documentos e pelo acesso às infor- ples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta combinação
mações neles contidas. Outras instituições poderão manter resultou um método que apresenta ao mesmo tempo a
seus arquivos permanentes, seguindo orientação técnica simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no arquivamen-
dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio de infor- to, do outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa
mações sobre os respectivos acervos. e alfanumérico.
4. Observações: Neste campo são registradas informa-
ções complementares e justificativas, necessárias à correta Método geográfico: Este método é muito aconselhá-
aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto vel quando desejamos ordenar a documentação de acordo
à alteração do suporte da informação e aspectos elucidati- com a divisão geográfica, isto é, de acordo com os países,
vos quanto à destinação dos documentos, segundo a par- estados, cidades, municípios etc. Nos departamentos de
ticularidade dos conjuntos documentais avaliados. vendas, por exemplo, é de especial utilidade para agrupar
A necessidade de comunicação é tão antiga como a os correspondentes de acordo com as praças onde operam
formação da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia ou residem.
de se perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar
suas observações, seu pensamento, para legá-los às gera-
Método específico ou por assunto: Indiscutivelmente
ções futuras.
o método especifico, representado por palavras dispostas
Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada
alfabeticamente, é um dos mais difíceis processos de ar-
mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sen-
tido mais simples, guardar é arquivar. quivamento, pois, consistindo em agrupar as pastas por
Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre assunto, apresenta a dificuldade de se escolher o melhor
o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indis- termo ou expressão que defina o assunto. Temos o voca-
cutivelmente, por anos e anos, estas instituições tiveram bulário todo da língua à nossa disposição e justamente o
mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de fato de ser tão amplo o campo da escolha nos dificulta a
tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do resul- seleção acertada, além do que entra muito o ponto de vista
tado do trabalho intelectual e espiritual do homem. pessoal do arquivista, nesta seleção.
O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens, Método decimal: Este método foi inspirado no Sistema
evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a Decimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um sistema de
duplicidade de documentos, revela o que está por ser feito, classificação para bibliotecas, muito interessante, o qual
o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui fonte de conseguiu um grande sucesso; fora publicado em 1876.
pesquisa para todos os ramos administrativos e auxilia o Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes,
administrador a tomada de decisões. as quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, e as-
sim por diante, sendo infinita essa possibilidade de subdi-
Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utiliza- visão, graças à sua base decimal.
dos em arquivos são:
Método simplificado: Este a rigor não deveria ser consi-
Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, lógi- derado propriamente um método, pois, na realidade, nada
co e prático, porque obedecendo à ordem alfabética pode- mais é do que a utilização de vários métodos ao mesmo
se logo imaginar que não apresentará grandes dificuldades tempo, com a finalidade de reunir num só móvel as vanta-
nem para a execução do trabalho de arquivamento, nem gens de todos eles.
para a procura do documento desejado, pois a consulta é
direta. Tipologia
Tipologia documental é a denominação que se dá
Método numérico simples: Consiste em numerar as
quando reunimos determinada espécie à função ou ativi-
pastas em ordem da entrada do correspondente ou as-
dade que o documento irá exercer. Ex.: Declaração de Im-
sunto, sem nenhuma consideração à ordem alfabética dos
posto de Renda, Certidão de nascimento.
mesmos, dispensando assim qualquer planejamento ante-
rior do arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos
organizar dois índices em fichas; numas fichas serão arqui- Exemplo: Espécie e Tipologia documental
vadas alfabeticamente, para que se saiba que numero rece-
beu o correspondente ou assunto desejado, e no outro são Espécie Tipologia
arquivadas numericamente, de acordo com o numero que Contrato Contrato de locação
recebeu o cliente ou o assunto, ao entrar para o arquivo.
Alvará Alvará de funcionamento
Este último índice pode ser considerado tombo (registro)
de pastas ocupadas e, graças a ele, sabemos qual é o ul- Certidão Certidão de nascimento
timo numero preenchido e assim destinaremos o numero
seguinte a qualquer novo cliente que seja registrado.

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A fase de identificação pressupõe o reconhecimento é encontrado como: tarefa, levantamento de dados, diag-
de elementos que caracterizam os documentos, seja em nóstico de problemas documentais, análise de produção,
fase de produção ou de acumulação nos arquivos, em ins- análise dos documentos, análise do fluxo documental; do
trumentos de coleta de dados. É uma fase que busca o co- órgão produtor ou da instituição produtora; estudo da es-
nhecimento dos procedimentos e rotinas de produção de trutura organizacional, entre outros.
documentos no órgão, cujo resultado final é a definição A “fase do tratamento arquivístico consiste na investi-
das séries documentais. gação e sistematização das categorias administrativas em
O estudo do contexto de produção das tipologias iden- que se sustenta à estrutura de um fundo”. É considerada a
tificadas pressupõe o levantamento de elementos, que ver- primeira fase da metodologia arquivística, por apresentar
sem a sua criação, estrutura e desenvolvimento do órgão, um caráter intelectual e investigativo, o qual visa o reco-
sendo esta a primeira tarefa da identificação. A segunda é nhecimento do órgão produtor e das tipologias documen-
a identificação do tipo documental, a qual está baseada no tais existentes, cujo objetivo final é a definição das séries
método diplomático, que é utilizado para extrair e registrar que se configuram como conjuntos de tipos documentais
os elementos constitutivos do documento, visando enten- que tem produção seriada. São nas séries que encontramos
der e conhecer o seu processo de criação. O registro desses a identidade do órgão produtor, as funções, as competên-
elementos nessa fase é imprescindível para a análise reali- cias e a definição do tipo documental.
zada na fase da avaliação, função arquivística, que tem por Diante da escassa literatura e da ausência de estudos
finalidade atribuir valores para os documentos, definindo sobre essa fase metodológica no campo da arquivística, os
prazos para sua guarda, objetivando e racionalização dos dicionários publicados no país refletem tal problema.
arquivos como meio de proporcionar a eficiência adminis- Vale ressaltar que o Dicionário de Terminologia Arqui-
trativa. vística publicado pela Associação de Arquivistas Brasileiros
Neste sentido, a fase de identificação assume um papel em 1996, não apresenta o termo. Entretanto, o Dicionário
relevante no processo de continuidade do fazer arquivísti- Brasileiro de Terminologia Arquivística publicado pelo Ar-
cos, fornecendo dados, que serão utilizados no processo quivo Nacional, em 2005, faz referência e define a identi-
da avaliação. ficação como um “processo de reconhecimento, sistemati-
O histórico da identificação inicia-se nas primeiras Jor- zação e registro de informações sobre arquivos, com vistas
nadas de Identificação e Avaliação de Fundos Documentais ao seu controle físico e/ou intelectual”.
das Administrações Públicas, realizadas em 1991, em Ma- Definição esta voltada para os arquivos enquanto fun-
drid na Espanha, na qual a identificação foi reconhecida dos, mas que pelo menos registra o conceito, sendo uma
como uma fase da metodologia arquivística. abertura para o conhecimento da identificação como parte
Este reconhecimento definiu qual é o momento arqui- da metodologia, primeira referência à história do conceito
vístico para o desenvolvimento desta fase e como aplicar da identificação no Brasil.
esta metodologia. A identificação passa a ser considerada Com base na proposta metodológica da fase de iden-
como a primeira fase do trabalho arquivístico, e o seu cor- tificação de Martín-Palomino Benito e Torre Merino, que
po metodológico se divide em três etapas: “identificação contemplam a identificação do órgão produtor, enquanto
do órgão produtor, identificação do elemento funcional e fundo e o tipo documental em seu menor nível, são defini-
a identificação do tipo documental”. dos três momentos para a realização deste procedimento
No Brasil, o Arquivo Nacional a partir de 1981, implan- metodológico:
tou o Programa de Modernização Institucional-Administra- 1) Identificação do órgão produtor;
tiva, o qual era constituído de vários projetos, sendo que 2) Identificação do elemento funcional e
um deles previa a identificação e controle dos conjuntos 3) Identificação do tipo documental
documentais recolhidos. A atividade da identificação ad- Para os autores a fase de identificação, deve se iniciar
quiriu uma importância maior e foi definida como uma das pela identificação do órgão produtor, sendo seguida pela
metas no tratamento dos conjuntos identificação do elemento funcional. Entretanto, serão as-
Com o término desses trabalhos, foi publicado o ma- sociadas em uma mesma etapa e/ou procedimento, pois
nual de procedimentos para a identificação de documen- são tarefas afins, as quais se complementam em um mes-
tos em arquivos públicos e o manual de levantamento da mo estudo, e são realizadas a partir de entrevistas e/ou
produção documental em 1985 e 1986, respectivamente. aplicação de questionário, pelo estudo da legislação, com
Naquele momento, a metodologia da identificação especial atenção aos itens que tratam das funções e com-
apresentava um enfoque para o tratamento de massas do- petências, razão pela qual não há necessidade de separá
cumentais acumuladas nos arquivos, e a discussão propos- -las neste estudo. Nesta perspectiva, podemos afirmar que
ta pelo Arquivo Nacional não chegou ao nível da identifi- a fase da identificação se constitui de dois momentos, e
cação da tipologia documental, ou seja, passou longe da não três: a identificação do órgão produtor, considerando
discussão sobre as características do documento, focando os elementos funcionais que o caracterizam internamente,
apenas o nível do fundo. e a identificação do tipo documental.
Atualmente, a metodologia de identificação tipológica Na fase de identificação, a primeira etapa será o le-
é realizada no tratamento documental, porém, é parcial- vantamento do contexto de produção, que versa sobre o
mente reconhecida na área. Mesmo estando presente na elemento orgânico e o órgão produtor da documentação
literatura, há uma variação na designação do termo, este gerada como consequência do exercício de suas funções.

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Dessa forma, compreende-se como órgão produtor toda § 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como
instituição, empresa e/ou organização de pequeno, médio as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas
ou grande porte que exerce atividades e tem como reflexo diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos le-
dessas, a produção de documentos, com o fim de atingir gais dos documentos originais em juízo ou fora dele.
seus objetivos sociais, comerciais e/ou governamentais. É importante destacar que não são todos os documen-
Portanto, é quem cria o conjunto documental. Então, como tos de um arquivo que devem ser microfilmados.
fazer essa identificação e quais os procedimentos que de-
vem ser realizados? AUTOMAÇÃO (Digitalização): Quando falamos em au-
Identificar o contexto de produção é conhecer toda tomação de documentos estamos basicamente fazendo
vida do órgão, significa investigar a história administrativa, referência à transposição do suporte inicial do documen-
sua origem, seu funcionamento, a hierarquia de competên- to (papel, fita magnética etc.) para um suporte digital (CD,
cias e funções desempenhadas. Isso possibilita encontrar DVD etc.) por meio de computadores. As duas formas mais
as falhas do órgão, que serão analisadas para se chegar a comuns de automatizar (digitalizar) um documento são:
possíveis soluções e para gerar eficiência no desenvolvi- 1. Através da transferência da informação para um CD
mento das metodologias arquivísticas a serem aplicadas.
ou mesmo para o meio virtual (ex: disco virtual) realizado
Martín-Palomino Benito e Torre Merino demonstram
pelo processo de “scanneamento” de um documento em
um estudo sistematizado, que versa sobre: órgão produtor,
papel;
organogramas e legislação. Neste estudo os autores apre-
2. Gravando as informações de uma fita magnética,
sentam vários elementos, para a elaboração do índice do
órgão produtor. Conforme os autores, se deve diagnosticar disco de vinil etc. para um CD ou DVD, por exemplo.
o nome, a origem, as datas e textos normativos que indi- A digitalização de documentos é uma política de arqui-
quem mudanças na estrutura do órgão, as subordinações a vo baseada em quatro fundamentos principais:
outros órgãos e os documentos mais produzidos. 1. Diminuição do tamanho do acervo;
No repertório de organograma, o arquivista deverá 2. Preservação dos documentos;
partir dos dados coletados, que propiciem análises, prin- 3. Possibilidade de acesso ao mesmo documento por
cipalmente, das diversas estruturas que o órgão apresenta. várias pessoas ao mesmo tempo;
Já no índice legislativo serão produzidas fichas, com infor- 4. Maior agilidade (ao menos em tese) na busca e recu-
mações sobre a legislação que afeta o órgão, definindo sua peração da informação.
data de aprovação e publicação resumo da norma.
Nota-se que os procedimentos adotados para esta Principais diferenças entre os documentos microfilma-
identificação estarão baseados em coletas de dados. Su- dos e os digitalizados:
bentende-se por coleta de dados e informações “o regis- 1. O microfilme possui valor legal. O documento digital
tro sistemático do conjunto de elementos que se associa não possui valor legal. Assim, caso o documento tenha va-
ao comportamento de um fenômeno, de um sistema ou lor jurídico, ele poderá ser eliminado se houver sido micro-
de um conjunto desses dois” e para diagnosticar tais con- filmado, mas o mesmo não poderá ser feito caso ele tenha
juntos, existem três técnicas: a entrevista, o questionário e sido scanneado.
a observação pessoal ou direta, que se elaboradas e apli- 2. Alguns estudos demonstram que o tempo de vida
cadas de forma imperfeita comprometerá o planejamento útil (considera-se a integridade da informação) de um CD,
final. em condições de armazenamento e ambiente adequados,
A Tipologia também cuida da reunião de documen- gira em torno de 200 anos. O microfilme tem um prazo
tos de forma automatizada. Também cabe ao seu âmbito estipulado em 500 anos.
a preservação, conservação e restauração de documentos. 3. O CD pode ser guardado em condições ambientais
“mais flexíveis”, enquanto que o microfilme, devido à com-
MICROFILMAGEM: é um processo realizado mediante
posição química da fotografia, precisa de cuidados muito
captação da imagem por meio fotográfico ou eletrônico,
mais especiais.
tendo como objetivos principais reduzir o tamanho do
acervo e preservar os documentos originais (estima-se que
um microfilme preservado em condições ambientais ade- O propósito do acondicionamento é o de guardar, pro-
quadas tenha a durabilidade média de 500 anos). teger e facilitar o manuseio do material que compõe um
A partir da microfilmagem – salvo raras exceções – o acervo ou uma reserva técnica. Pelo fato de cada instituição
documento estará disponível para consulta apenas atra- possuir uma política financeira, uma proposta de tratamen-
vés do rolo de microfilme, preservando-se, dessa forma, o to, além de objetos de materiais, tamanhos e dimensões
original. Para que possua valor legal, a microfilmagem só díspares que devem ser preservados, não há uma receita
pode ser realizada por cartórios ou empresas devidamente pronta para o acondicionamento perfeito, cada caso deve
registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça. ser analisado isoladamente, para se alcançar o objetivo de
Devido ao valor legal do microfilme, existe uma legis- proteger o material.
lação específica que deve ser seguida pelas instituições en- É necessário, então, conhecer profundamente o acervo:
volvidas em sua produção. Nesse sentido, a Lei nº 5.433/68, • a localização do prédio;
regulamentada pelo Decreto nº 1799/66, que disciplina • o espaço que abriga a reserva técnica;
toda produção de microfilme, estabelece que: • o objeto a ser preservado.

38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A verificação antecipada de todos os pontos, acima Há um consenso entre os conservadores, no sentido de
relacionados, é de suma importância para a escolha apro- que tanto a permanência referente à estabilidade química,
priada para a resolução do trabalho a ser realizado, bem ao grau de resistência de um material à deterioração todo o
como avaliar cuidadosamente cada objeto da reserva téc- tempo, mesmo quando não está em uso quanto à durabili-
nica ou do acervo é primordial para a elaboração de uma dade referente à resistência física, ou seja, à capacidade de
embalagem, uma vez que cada um desses objetos possui resistir à ação mecânica sobre livros e documentos, estão
um comportamento específico diante de mudanças de diretamente relacionados com as condições ambientais em
temperatura e de umidade, apresentando, portanto, um que esses materiais são acondicionados. Esses dois fatores
estado de conservação diferente. Dessa forma, pensar, an- estão de tal forma interligados que materiais de origem
tecipadamente, em acondicionamento é ser um profissio- orgânica quando se deterioram quimicamente perdem
nal precavido em relação a possíveis fatores que possam também sua resistência física. Em outras palavras, há uma
acelerar o processo de degradação dos documentos, obje- estreita relação entre a longevidade dos suportes da escri-
tos ou das obras que devem ser preservados. ta, quer sejam em papel, pergaminho ou outros materiais,
e as condições climáticas do ambiente onde se encontram.
CONSERVAÇÃO: É um conceito amplo e pode ser pen- O controle racional e sistemático de condições am-
sado como termo que abrange pelo menos três (3) ideias: bientais não reduz apenas os problemas de degradação,
preservação, proteção e manutenção. mas também e principalmente evita seu agravamento.
Conservar bens culturais (livros, documentos, objetos A política moderna de conservação a longo prazo
de arte, etc.) é defendê-lo da ação dos agentes físicos, quí- orienta-se pela luta contra as causas de deterioração, na
micos e biológicos que os atacam. busca do maior prolongamento possível da vida útil de li-
O principal objetivo portanto da conservação é o de vros e documentos. Dentro desta perspectiva, padrões de
estender a vida útil dos materiais, dando aos mesmos o conduta devem ser adotados, tais como:
tratamento correto. Para isso é necessário permanente fis- • Formular um diagnóstico do estado geral de con-
calização das condições ambientais, manuseio e armaze- servação da obra e uma proposta quanto aos métodos e
namento. materiais que poderão ser utilizados durante o tratamento;
A preservação ocupa-se diretamente com o patrimô- • Documentar todos os registros históricos porventura
nio cultural consistindo na conservação desses patrimô- encontrados, sem destruí-los, falsificá-los ou removê-los.
nios em seus estados atuais. Por isso, devem ser impedidos • Aplicar um tratamento de conservação dentro do li-
quaisquer danos e destruição causadas pela umidade, por mite do necessário e orientar-se pelo absoluto respeito à
agentes químicos e por todos os tipos de pragas e de mi- integridade estética, histórica e material de uma obra;
crorganismo. A manutenção, a limpeza periódica é a base • Adotar a princípio de reversibilidade, que é o leitmo‑
da prevenção. tiv atual do desenvolvimento e aplicação do método de
Os acervos das bibliotecas são basicamente constituí- conservação em livros e documentos, pois é importante
dos por materiais orgânicos e, como tal, estão sujeitos a ter sempre em mente que um procedimento técnico, assim
um contínuo processo de deterioração. como determinados materiais, são sempre alvo de cons-
A conservação, enquanto matéria interdisciplinar, não tantes pesquisas e que isto propicia um futuro técnico-
pode simplesmente suspender um processo de degrada- científico mais promissor à segurança de uma obra.
ção, já instalado. Fumigação é um tipo de controle de pragas através do
Pode, sim, utilizar-se de métodos técnico-científicos, tratamento químico realizado com compostos químicos ou
numa perspectiva interdisciplinar, que reduzam o ritmo formulações pesticidas (os chamados fumigantes) voláteis
tanto quanto possível deste processo. (no estado de vapor ou gás) em um sistema hermético, vi-
Sobre todo legado histórico que se traduza como bem sando a desinfestação de materiais, objetos e instalações
cultural, na medida em que representa material de valor que não possam ser submetidas à outras formas de trata-
presente e futuro para a humanidade, a inexorável possi- mento. Essa técnica causa dano ao documento, não deven-
bilidade de degradação atinge proporções de extrema res- do ser utilizada.
ponsabilidade.
É cientificamente provado que o papel degrada-se ra- RESTAURAÇÃO: A restauração preventiva tem por ob-
pidamente se fabricado e, ou acondicionado sob critérios jetivo revitalizar a concepção original, ou seja, a legibilida-
indevidos. Por mais de um século tem-se fabricado papel de do objeto. Em uma restauração nenhum fator pode ser
destinado à impressão de livro com alto teor de acidez. negligenciado, é preciso levantar a história, revelar a tecno-
Sabemos perfeitamente que a acidez é uma das maiores logia empregada na fabricação ou a técnica de impressão
causas da degradação dos papéis. Na mesma medida, o utilizada e traçar um plano de acondicionamento do objeto
acondicionamento de obras em ambientes quente e úmido restaurado de modo que não volte a sofrer efeitos de dete-
gera efeitos danosos, tais como: reações que se processam rioração do futuro. Podemos dizer que é melhor: Conservar
a nível químico e que geralmente enfraquecem as cadeias e preservar para não restaurar.
moleculares de celulose, fragilizando o papel. Esse fato
concorre para que todos os acervos bibliográficos estabe-
leçam controles ambientais próprios dentro de parâmetros
precisos.

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Agentes exteriores que danificam os documentos: PRESERVAÇÃO: É uma política adotada nas empresas
para a conservação dos documentos. Essa técnica é pro-
1. físicos veniente das áreas de Arquivologia, da biblioteconomia e
Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes museologia preocupado com a manutenção ou a restaura-
no processo de degradação dos materiais bibliográficos. ção do acesso a artefatos, documentos e registros através
Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mes- do estudo, diagnóstico, tratamento e prevenção de danos
mo que as condições de conservação sejam boas. O papel e da deterioração. Deve ser distinguida da conservação,
fica com sua cor original alterada e se torna frágil e isto se que se refere ao tratamento e reparo de itens individuais
chama envelhecimento natural. sob a ação de degradação lenta ou à restauração de sua
Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o usabilidade.
papel que a deficiência de água.

2. químicos FATORES DE DETERIORAÇÃO EM ACERVOS DE AR-


Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam QUIVOS
um índice de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto Conhecendo-se a natureza dos materiais componen-
uma permanência duvidosa. Somemos ao elevado índice tes dos acervos e seu comportamento diante dos fatores
de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante aos quais estão expostos, torna-se bastante fácil detectar
nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umi- elementos nocivos e traçar políticas de conservação para
dade relativa, teremos um quadro bastante desfavorável na minimizá-los.
conservação de documentos em papel. Dentre as causas de Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral
degradação do papel, podemos citar as de origem intrínse- constituídos de livros, mapas, fotografias, obras de arte,
ca e as de origem extrínsecas. revistas, manuscritos etc., que utilizam, em grande parte,
Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos áci- o papel como suporte da informação, além de tintas das
dos, ainda que nas condições de conservação mais favorá- mais diversas composições.
veis. A poluição atmosférica é uma das principais causas da O papel, por mais variada que possa ser sua com posi-
degradação química. ção, é formado basicamente por fibras de celulose prove-
Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes nientes de diferentes origens.
na documentação. Foi e é usada para escrever em papéis, Cabe-nos, portanto, encontrar soluções que permitam
pergaminhos e materiais similares, desde que o homem oferecer o melhor conforto e estabilidade ao suporte da
sentiu necessidade de registrar seu avanço técnico e cul- maioria dos documentos, que é o papel.
tural, e é ainda indispensável para a criação de registros e A degradação da celulose ocorre quando agentes no-
para atividades relacionadas aos interesses de vida diária. civos atacam as ligações celulósicas, rompendo-as ou fa-
zendo com que se agreguem a elas novos componentes
3. biológicos que, uma vez instalados na molécula, desencadeiam rea-
Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves ções químicas que levam ao rompimento das cadeias ce-
danos a arquivos e bibliotecas, destruindo coleções e do- lulósicas.
cumentos preciosos. Os principais insetos são: A acidez e a oxidação são os maiores processos de
Anobiídeos (brocas ou carunchos) deterioração química da celulose. Também há os agentes
Thysanura (traça) físicos de deterioração, responsáveis pelos danos mecâni-
Blatta orientalis (barata) cos dos documentos. Os mais frequentes são os insetos, os
Fungos - atuam decompondo a celulose, grande parte roedores e o próprio homem.
deles produzem pigmentos que mancham o papel. Por isso, considera-se agentes de deterioração dos
Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a pre- acervos de bibliotecas e arquivos aqueles que levam os do-
venção contra os insetos. Eles podem provocar desgastes cumentos a um estado de instabilidade física ou química,
de até 20% do total do documento. com comprometimento de sua integridade e existência.
Embora, com muita frequência, não possamos elimi-
4. ambientais: nar totalmente as causas do processo de deterioração dos
Ventilação - é um outro fator a considerar como ele- documentos, com certeza podemos diminuir consideravel-
mento que favorece o desenvolvimento dos agentes bioló- mente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente, o
gicos, quando há pouca aeração. manuseio, as intervenções e a higiene, entre outros.
Poeira - um outro fator que pode favorecer o desen- Antes de citar os principais fatores de degradação, tor-
volvimento dos agentes biológicos sobre os materiais grá- na-se indispensável dizer que existe estreita ligação entre
ficos, é a presença de pó. eles, o que faz com que o processo de deterioração tome
proporções devastadoras.
5. humanos: O Homem, ao lado dos insetos e micror- Para facilitar a compreensão dos efeitos nocivos nos
ganismos é um outro inimigo dos livros e documentos, acervos podemos classificar os agentes de deterioração
embora devêssemos imaginar que ele seria ser o mais cui- em Fatores Ambientais, Fatores Biológicos, Intervenções
dadoso guardião dos mesmos. Impróprias, Agentes Biológicos, Furtos e Vandalismo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
1. Fatores ambientais O componente da luz que mais merece atenção é a ra-
Os agentes ambientais são exatamente aqueles que diação ultravioleta (UV). Qualquer exposição à luz, mesmo
existem no ambiente físico do acervo: Temperatura, Umi- que por pouco tempo, é nociva e o dano é cumulativo e
dade Relativa do Ar, Radiação da Luz, Qualidade do Ar. irreversível. A luz pode ser de origem natural (sol) e artifi-
Num levantamento cuidadoso das condições de con- cial, proveniente de lâmpadas incandescentes (tungstênio)
servação dos documentos de um acervo, é possível iden- e fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se evitar a luz
tificar facilmente as consequências desses fatores, quando natural e as lâmpadas fluorescentes, que são fontes gera-
não controlados dentro de uma margem de valores acei- doras de UV. A intensidade da luz é medida através de um
tável. aparelho denominado luxímetro ou fotômetro.
Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto. Algumas medidas podem ser tomadas para proteção
Sem a pretensão de aprofundar as explicações cien- dos acervos:
tíficas de tais fatores, podemos resumir suas ações da se- - As janelas devem ser protegidas por cortinas ou per-
guinte forma: sianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida tam-
bém ajuda no controle de temperatura, minimizando a ge-
1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umi- ração de calor durante o dia.
dade contribuem significativamente para a destruição dos - Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no
documentos, principalmente quando em suporte papel. O controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quan-
desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O ca- to em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de
lor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações vida limitado).
químicas, inclusive as de deterioração, é dobrada a cada - Cuidados especiais devem ser considerados em ex-
aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as posições de curto, médio e longo tempo:
condições necessárias para desencadear intensas reações - não expor um objeto valioso por muito tempo;
- manter o nível de luz o mais baixo possível;
químicas nos materiais. Evidências de temperatura e umi-
- não colocar lâmpadas dentro de vitrines;
dade relativa alta são detectadas com a presença de co-
- proteger objetos com filtros especiais;
lônias de fungos nos documentos, sejam estes em papel,
- certificar-se de que as vitrines sejam feitas de mate-
couro, tecido ou outros materiais.
riais que não danifiquem os documentos.
Umidade relativa do ar e temperatura muito baixa
transparece em documentos distorcidos e ressecados.
1.3 Qualidades do ar
As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar O controle da qualidade do ar é essencial num progra-
são muito mais nocivas do que os índices superiores aos ma de conservação de acervos. Os poluentes contribuem
considerados ideais, desde que estáveis e constantes. To- pesadamente para a deterioração de materiais de biblio-
dos os materiais encontrados nos acervos são higroscópi- tecas e arquivos.
cos, isto é, absorvem e liberam umidade muito facilmente Há dois tipos de poluentes – os gases e as partículas
e, portanto, se expandem e se contraem com as variações sólidas – que podem ter duas origens: os que vêm do am-
de temperatura e umidade relativa do ar. biente externo e os gerados no próprio ambiente.
Essas variações dimensionais aceleram o processo de Os poluentes externos são principalmente o dióxido de
deterioração e provocam danos visíveis aos documentos, enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozô-
ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos nio (O3). São gases que provocam reações químicas, com
papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos nas formação de ácidos que causam danos sérios e irreversí-
emulsões de fotos etc.. veis aos materiais. O papel fica quebradiço e descolorido; o
O mais recomendado é manter a temperatura o mais couro perde a pele e deteriora.
próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a As partículas sólidas, além de carregarem gases po-
50%, evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C luentes, agem como abrasivos e desfiguram os documen-
de temperatura e 10% de umidade relativa. tos.
O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qual- Agentes poluentes podem ter origem no próprio am-
quer projeto de mudança, é feito através do termo higrô- biente do acervo, como no caso de aplicação de vernizes,
metro (aparelho medidor da umidade e temperatura simul- madeiras, adesivos, tintas etc., que podem liberar gases
taneamente). prejudiciais à conservação de todos os materiais.
A circulação do ar ambiente representa um fator bas-
tante importante para amenizar os efeitos da temperatura 2. Agentes biológicos
e umidade relativa elevada. Os agentes biológicos de deterioração de acervos são,
entre outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedo-
1.2 Radiação da luz res e os fungos, cuja presença depende quase que exclu-
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite sivamente das condições ambientais reinantes nas depen-
radiação nociva aos materiais de acervos, provocando con- dências onde se encontram os documentos.
sideráveis danos através da oxidação. Para que atuem sobre os documentos e proliferem, ne-
O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escu- cessitam de conforto ambiental e alimentação. O confor-
recido. As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando a to ambiental para praticamente todos os seres vivos está
legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos e basicamente na temperatura e umidade relativa elevadas,
das encadernações. pouca circulação de ar, falta de higiene etc.

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
2.1 Fungos Alguns conselhos para limpeza de material com fun-
Os fungos representam um grupo grande de organis- gos:
mos. São conhecidos mais de 100.000 tipos que atuam em - Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aven-
diferentes ambientes, atacando diversos substratos. No tais, toucas e óculos de proteção (nos casos de sensibilida-
caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são mais co- de alérgica).
muns aqueles que vivem dos nutrientes encontrados nos - Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis.
documentos.
Os fungos são organismos que se reproduzem através 2.2 Roedores
de esporos e de forma muito intensa e rápida dentro de A presença de roedores em recintos de bibliotecas e
determinadas condições. Como qualquer outro ser vivo, arquivos ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Ten-
necessitam de alimento e umidade para sobreviver e proli- tar obstruir as possíveis entradas para os ambientes dos
ferar. O alimento provém dos papéis, amidos (colas), cou- acervos é um começo. As iscas são válidas, mas para que
ros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator indispensá- surtam efeito devem ser definidas por especialistas em
vel para o metabolismo dos nutrientes e para sua prolife- zoonose. O produto deve ser eficiente, desde que não pro-
ração. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos voque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia se nos
materiais atacados e na própria colônia de fungos. Além da faz mesmos moldes citados acima: temperatura e umidade
umidade e nutrientes, outras condições contribuem para relativa controladas, além de higiene periódica.
o crescimento das colônias: temperatura elevada, falta de
circulação de ar e falta de higiene. 2.3 Ataques de insetos
Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto re-
o suporte, causam manchas de coloração diversas e inten- vestimentos. A variedade também é grande. O ataque tem
sas de difícil remoção. A proliferação se dá através dos es- características bem próprias, revelando-se principalmente
poros que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de por perdas de superfície e manchas de excrementos. As
forma abundante e rápida. baratas se reproduzem no próprio local e se tornam infes-
Se as condições, entretanto, forem adversas, esses es- tação muito rapidamente, caso não sejam combatidas. São
atraídas pelos mesmos fatores já mencionados: tempera-
poros se tornam “dormentes”. A dormência ocorre quando
tura e umidade elevadas, resíduos de alimentos, falta de
as condições ambientais se tornam desfavoráveis, como,
higiene no ambiente e no acervo.
por exemplo, a umidade relativa do ar com índices baixos.
Existem iscas para combater as baratas, mas, uma vez
Quando dormentes, os esporos ficam inativos e, por-
instalada a infestação, devemos buscar a orientação de
tanto, não se reproduzem nem atacam os documentos.
profissionais.
Esse estado, porém, é reversível; se as condições forem
Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos
ideais, os esporos revivem e voltam a crescer e agir, mesmo imensos em acervos, principalmente em livros.
que tenham sido submetidos a congelamento ou secagem. A sua presença se dá principalmente por falta de pro-
Os esporos ativos ou dormentes estão presentes em grama de higienização das coleções e do ambiente e ocor-
todos os lugares, em todas as salas, em cada peça do acer- re muitas vezes por contato com material contaminado,
vo e em todas as pessoas, mas não é tão difícil controlá-los. cujo ingresso no acervo não foi objeto de controle. Exigem
As medidas a serem adotadas para manter os acervos vigilância constante, devido ao tipo de ataque que exer-
sob controle de infestação de fungos são: cem. Os sintomas desse ataque são claros e inconfundíveis.
- estabelecer política de controle ambiental, principal- Para combatê-lo se torna necessário conhecer sua natureza
mente temperatura, umidade relativa e ar circulante, man- e comportamento. As brocas têm um ciclo de vida em qua-
tendo os índices o mais próximo possível do ideal e evitan- tro fases: ovos – larva – pupa – adulta.
do oscilações acentuadas; A fase de ataque ao acervo é a de larva. Esse inseto se
- praticar a higienização tanto do local quanto dos do- reproduz por acasalamento, que ocorre no próprio acervo.
cumentos, com metodologia e técnicas adequadas; Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus derivados,
- instruir o usuário e os funcionários com relação ao como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e to-
manuseio dos documentos e regras de higiene do local; dos os materiais à base de celulose.
- manter vigilância constante dos documentos con- O ataque causa perda de suporte. A larva digere os
tra acidentes com água, secando-os imediatamente caso materiais para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala
ocorram. e põe ovos. Os ovos eclodem e o ciclo se repete.
Observações importantes: As brocas precisam encontrar condições especiais que,
- O uso de fungicidas não é recomendado; os danos como todos os outros agentes biológicos, são temperatura
causados superam em muito a eficiência dos produtos so- e umidade relativa elevadas, falta de ar circulante e falta de
bre os documentos. higienização periódica no local e no acervo.
- Caso se detecte situação de infestação, chamar pro- A característica do ataque é o pó que se encontra na
fissionais especializados em conservação de acervos. estante em contato com o documento.
- Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar, Este pó contém saliva, excrementos, ovos e resíduos
eleva a umidade relativa do ar, favorecendo a proliferação de cola, papel etc. Em geral as brocas vão em busca do
de colônias de fungos. adesivo de amido, instalando-se nos papelões das capas,
- Na higienização do ambiente, é recomendado o uso no miolo e no suporte do miolo dos livros. As perdas são
de aspirador. em forma de orifícios bem redondinhos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A higienização metódica é a única forma de se fazer o Nos acervos formados por livros, fotografias, docu-
controle das condições de conservação dos documentos e, mentos impressos, documentos manuscritos, mapas, plan-
assim, detectar a presença dos insetos. Uma medida que tas de arquitetura, obras de arte etc., é preciso ver que,
deve ser obedecida sempre é a higienização e separação segundo sua natureza, cada um apresenta suportes, tintas,
de todo exemplar que for incorporado ao acervo, seja ele pigmentos, estruturas etc. completamente diferentes.
originário de doação, aquisição ou recolhimento. Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um
Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso conhecimento das características individuais dos docu-
buscar a ajuda de um profissional especializado. mentos e dos materiais a serem empregados no processo
A providência a ser tomada é identificar o documento
de conservação. Todos os profissionais de bibliotecas e ar-
atacado e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higieniza-
quivos devem ter noções básicas de conservação dos do-
ção de infestados por brocas deve ser feita em lugar distan-
te, devido ao risco de espalhar ovos ou muitas larvas pelo cumentos com que lidam, seja para efetivamente executá
ambiente. -la, seja para escolher os técnicos capazes de fazê-lo, con-
Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por trolando seu trabalho. Os conhecimentos de conservação
mais que se higienize o ambiente e se removam as larvas ajudam a manter equipes de controle ambiental, controle
e resíduos, corre-se o risco de não eliminar totalmente os de infestações, higienização do ambiente e dos documen-
ovos. Portanto, após a higienização, os documentos devem tos, melhorando as condições do acervo.
ser revistos de tempos em tempos. Pequenos reparos e acondicionamentos simples po-
Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por pro- dem ser realizados por aqueles que tenham sido treinados
fissionais especializados, pois o uso de qualquer produto nas técnicas e critérios básicos de intervenção.
químico pode acarretar danos intensos aos documentos.
Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só 4. Problemas no manuseio de livros e documentos
para as coleções como para o prédio em si. O manuseio inadequado dos documentos é um fator
Vivem em sociedades muito bem organizadas, repro- de degradação muito frequente em qualquer tipo de acer-
duzem-se em ninhos e a ação é devastadora onde quer que vo.
ataquem. Na grande maioria das vezes, sua presença só é O manuseio abrange todas as ações de tocar no do-
detectada depois de terem causado grandes danos. cumento, sejam elas durante a higienização pelos funcio-
Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubu-
nários da instituição, na remoção das estantes ou arquivos
lações, conduítes de instalações elétricas, rodapés, batentes
para uso do pesquisador, nas foto reproduções, na pesqui-
de portas e janelas etc., muitas vezes fora do alcance dos
nossos olhos. sa pelo usuário etc. O suporte papel tem uma resistência
Chegam aos acervos em ataques massivos, através de determinada pelo seu estado de conservação. Os critérios
estantes coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, para higienização, por exemplo, devem ser formulados me-
assoalhos etc. diante avaliação do estado de degradação do documento.
Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar dentro Os limites devem ser obedecidos. Há documentos que, por
dos edifícios das bibliotecas e arquivos. mais que necessitem de limpeza, não podem ser manipu-
Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na lados durante um procedimento de higienização, porque o
base de árvores ou outros prédios. tratamento seria muito mais nocivo à sua integridade, que
Com muita frequência, quando os cupins atacam o é o item mais importante a preservar, do que a eliminação
acervo, já estão instalados em todo o prédio. Da mesma for- da sujidade.
ma que os outros agentes citados anteriormente, os cupins
se instalam em ambientes com índices de temperatura e 4.1 Furto e vandalismo
umidade relativa elevados, ausência de boa circulação de ar, Um volume muito grande de documentos em nossos
falta de higienização e pouco manuseio dos documentos. acervos é vítima de furtos e vandalismo.
No caso de ataque de cupim, não há como solucionar A falta de segurança e nenhuma política de controle
o problema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um pro- são a causa desse desastre.
fissional especializado na área de conservação de acervos
Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A
para cuidar dos documentos atacados e outro profissional
quantidade de documentos mutilados aumenta dia a dia.
capacitado para cuidar do extermínio dos cupins que estão
na parte física do prédio. O tratamento recomendado para Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata
o extermínio dos cupins ou para prevenção contra novos muito tempo depois. É necessário implantar uma política
ataques é feito mediante barreiras químicas adequadamen- de proteção, mesmo que seja através de um sistema de
te projetadas. segurança simples.
Durante o período de fechamento das instituições, a
3. Intervenções inadequadas nos acervos melhor proteção é feita com alarmes e detectores internos.
Chamamos de intervenções inadequadas todos os pro- O problema é durante o horário de funcionamento, que é
cedimentos de conservação que realizamos em um con- quando os fatos acontecem.
junto de documentos com o objetivo de interromper ou O recomendado é que se tenha uma só porta de entra-
melhorar seu estado de degradação. Muitas vezes, com a da e saída das instalações onde se encontra o acervo, para
boa intenção de protegê-los, fazemos intervenções que re- ser usada tanto pelos consulentes/pesquisadores quanto
sultam em danos ainda maiores. pelos funcionários.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas. 6. Características gerais dos materiais empregados
Nas áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa em conservação
ter uma visão de todas as mesas, permanecendo no local Nos projetos de conservação/preservação de acervos
durante todo o horário de funcionamento. As chaves das de bibliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas
salas de acervo e o acesso a elas devem estar disponíveis o uso de materiais de qualidade arquivística, isto é, daque-
apenas a um número restrito de funcionários. les materiais livres de quaisquer impurezas, quimicamente
Na devolução dos documentos, é preciso que o funcio- estáveis, resistentes, duráveis. Suas características, em re-
nário faça uma vistoria geral em cada um. lação aos documentos onde são aplicados, distinguem-se
pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade e inércia. Os
5. Fatores de deterioração materiais não enquadrados nessa classificação não podem
Como podemos ver, os danos são intensos e muitos ser usados, pois apresentam problemas de instabilidade,
são irreversíveis. Apesar de toda a problemática dos custos reagem com o tempo e decompõem-se em outras subs-
de uma política de conservação, existem medidas que po- tâncias que vão deteriorar os documentos com os quais
demos tomar sem despender grandes somas de dinheiro, estão em contato. Além disso, são de natureza irreversível,
minimizando drasticamente os efeitos desses agentes. ou seja, uma vez aplicados aos documentos não podem ser
Alguns investimentos de baixo custo devem ser feitos, removidos.
a começar por: Dentro das especificações positivas, encontramos vá-
• treinamento dos profissionais na área da conservação rios materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres
e preservação; inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orien-
• atualização desses profissionais (a conservação é uma tais, borrachas plásticas etc., usados tanto para pequenas
ciência em desenvolvimento constante e a cada dia novas intervenções sobre os documentos como para acondicio-
técnicas, materiais e equipamentos surgem para facilitar e namento.
melhorar a conservação dos documentos);
• monitoração do ambiente – temperatura e umidade 7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais
relativa em níveis aceitáveis; para a conservação de acervos
• uso de filtros e protetores contra a luz direta nos do- Como já enfatizamos anteriormente, é muito impor-
cumentos;
tante ter conhecimentos básicos sobre os materiais que
• adoção de política de higienização do ambiente e dos
integram nossos acervos para que não corramos o risco de
acervos;
lhes causar mais danos.
• contato com profissionais experientes que possam
Vários são os procedimentos que, apesar de simples,
assessorar em caso de necessidade.
são de grande importância para a estabilização dos docu-
Conservação: critérios de intervenção para a estabiliza-
mentos.
ção de documentos
Os documentos que sofrem algum tipo de dano apre-
sentam um processo de deterioração que progressivamen- 8. Higienização
te vai levá-los a um estado de perda total. Para evitar esse A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os
desfecho, interrompe-se o processo através de interven- documentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada
ções que levam à estabilização do documento. a condições ambientais inadequadas, provoca reações de
Estabilizar um documento é, portanto, interromper destruição de todos os suportes num acervo. Portanto, a
um processo que esteja deteriorando o suporte e/ou seus higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na
agregados, através de procedimentos mínimos de inter- manutenção de bibliotecas ou arquivos, razão por que é
venção. Por exemplo: estabilizar por higienização significa considerada a conservação preventiva por excelência.
que uma limpeza mecânica corrige o processo de deterio- Durante a higienização de documentos, procedemos
ração. No capítulo anterior, vimos os fatores de deteriora- também de forma simultânea a um levantamento de da-
ção e seus efeitos nos documentos. O segundo passo será dos sobre suas condições de conservação, para efeitos de
a intervenção nesse processo de deterioração, através de futuras intervenções. É hora Durante a higienização de do-
estabilização dos documentos danificados. cumentos, procedemos também de forma simultânea a um
Para se fazer qualquer intervenção, deve-se obedecer levantamento de dados sobre suas condições de conserva-
a critérios de prioridade estabelecidos no tratamento dos ção, para efeitos de futuras intervenções. É hora também
acervos: de coleções gerais ou de obras raras, no caso de de executar os primeiros socorros para que um processo
bibliotecas, de documentos antigos ou mais recentes, no de deterioração em andamento seja interrompido, mesmo
caso de arquivos. que não possa ser sanado no momento.
Antes de qualquer intervenção, a primeira avaliação é
se nós somos capazes de executá-la. 8.1 Processos de higienização
Alguns de nós seremos capazes e muitos outros não. 8.1.1 Limpeza de superfície
Esse é o primeiro critério a seguir. O processo de limpeza de acervos de bibliotecas e ar-
Caso não nos julguemos com conhecimentos necessá- quivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é
rios, a solução é buscar algum especialista da área ou acon- mecânica, feita a seco. A técnica é aplicada com o objetivo
dicionar o documento enquanto aguardamos o momento de reduzir poeira, partículas sólidas, incrustações, resíduos
oportuno de intervir. de excrementos de insetos ou outros depósitos de super-

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
fície. Nesse processo, não se usam solventes. A limpeza de • Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça,
superfície é uma etapa independente de qualquer trata- espátula, agulha, cotonete;
mento mais intenso de conservação; é, porém, sempre a • Materiais de apoio necessários para limpeza mecâ-
primeira etapa a ser realizada. nica:
- raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil;
8.1.2 Razões que levam a realizar a limpeza do acervo • - fita-crepe;
A sujidade escurece e desfigura o documento, prejudican- - lápis de borracha;
do-o do ponto de vista estético. - luvas de látex ou algodão;
• As manchas ocorrem quando as partículas de poei- - máscaras;
ra se umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo - papel mata-borrão;
por ataque de água, e penetram rapidamente no papel. A - pesos;
sujeira e outras substâncias dissolvidas se depositam nas - poliéster (mylar);
margens das áreas molhadas, provocando a formação de - folhas de papel siliconado;
manchas. A remoção dessas manchas requer a intervenção - microscópios;
de um restaurador. Os livros, além do suporte papel, exigem também tra-
• Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e, tamento de revestimento. Assim, o couro (inclui-se aqui o
portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamen- pergaminho), tecidos e plastificados fazem parte dos ma-
te absorvidos, alterando seriamente o pH do papel. teriais pertencentes aos livros.
Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferen-
8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo tes tamanhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa
Cada objeto deve ser avaliado individualmente para potência com proteção de boca, pinças, espátulas de me-
determinar se a higienização é necessária e se pode ser tal, entre outros materiais.
realizada com segurança. No caso de termos as condições Na limpeza do couro, é recomendável somente a utili-
abaixo, provavelmente o tratamento não será possível: zação de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro.
• Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas Não se deve tratá-lo com óleos e solventes.
finas, perdas, rasgos intensos podem estar muito frágeis A encadernação em pergaminho não necessita do
para limpeza. Áreas com manchas e áreas atacadas por mesmo tratamento do couro. Como é muito sensível à
fungos podem não resistir à limpeza: o suporte torna-se umidade, o tratamento aquoso deve ser evitado. Para sua
escuro, quebradiço, manchado e, portanto, muito facil- limpeza, apresenta bons resultados o uso de algodão em-
mente danificado. bebido em solvente de 50% de água e álcool. O algodão
Quando o papel se degrada, até mesmo um suave con- precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre buscar traba-
tato com o pó de borracha pode provocar a fragmentação lhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa lim-
do documento. peza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos
• Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar muito ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e
borracha nesses materiais, pois a remoção das partículas o documento pode desintegrar-se. A estabilização de per-
residuais com pincel se torna difícil: gaminhos, nesse caso, requer os serviços de especialistas.
- papel japonês; Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para
- papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos a hidratação dos couros. Os componentes das diversas
(que degradam a celulose, consumindo a encolagem); fórmulas do produto variam muito (óleos, graxas, gordu-
- papel molhado (que perde a encolagem e, após a se- ras) e, se mal aplicados, podem causar sérios problemas
cagem, torna-se frágil). de conservação ao couro. A fórmula do British Museum é
a mais usada e recomendada. O uso deve ser criterioso e
8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície não indiscriminado. Em casos específicos de livros novos
A remoção da sujidade superficial (que está solta so- de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu uso
bre o documento) é feita através de pincéis, flanela macia, como parte integrante de um programa de manutenção.
aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de
à técnica. trincha ou aspirador é recomendável, caso sua integridade
Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigató- o permita.
ria e sempre se realiza como primeiro tratamento, quais- Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser uti-
quer que sejam as outras intervenções previstas. lizado pó de borracha ou diretamente a borracha, caso a
• Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na integridade do papel e das tintas não fique comprometida
limpeza mecânica, de diferentes formas, tamanhos, quali- com essa ação.
dade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga es- E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros),
tática atritando as cerdas contra o nylon, material sintético deve-se usar apenas uma flanela seca e bem macia.
ou lã); Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel
• Flanela: serve para remover sujidade de encaderna- macio, sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de
ções, por exemplo; agredir as tintas, o resíduo de borracha é permanente e de
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e difícil remoção. Os resíduos agem como abrasivos e per-
com potência de sucção controlada; manecerão em contato com o suporte para sempre.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de hi- Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “bor-
gienização rar”, ao mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado
- Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, para isso é fino e quebradiço, tornando o manuseio mui-
pincel macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado to arriscado e a limpeza de superfície desaconselhável. As
da encadernação; áreas ilustradas e decorativas dos manuscritos iluminados
- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela são desenhadas com tintas à base de água que podem es-
lombada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel, tar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nesses ca-
limpar os cortes, começando pela cabeça do livro, que é sos, deve ser evitada.
a área que está mais exposta à sujidade. Quando a sujei-
ra está muito incrustada e intensa, utilizar, primeiramente, 8.3.2 Documentos em grande formato
aspirador de pó de baixa potência ou ainda um pedaço de Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura
carpete sem uso; (no geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, borracha, após testes. Pode-se também usar um cotonete -
bem enxuto e embebido em álcool. Muito sensíveis à água,
numa primeira higienização;
esses papéis podem ter distorções causadas pela umidade
- Oxigenar as folhas várias vezes.
que são irreversíveis ou de difícil remoção.
Num programa de manutenção, pode-se limpar a en-
Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são
cadernação, cortes e aproximadamente as primeiras e últi-
muito frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica.
mas 15 folhas, que são as mais sujeitas a receber sujidade, Todo cuidado é pouco, até mesmo na escolha de seu acon-
devido à estrutura das encadernações. Nos livros mais frá- dicionamento.
geis, deve-se suportar o volume em estruturas adequadas Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma
durante a operação para evitar danos na manipulação e atenção especial na limpeza. Em mapas impressos, desde
tratamento. que em boas condições, o pó de borracha pode ser aplica-
Todo o documento que contiver gravuras ou outra téc- do para tratar grandes áreas. Os grandes mapas impressos,
nica de obra de arte no seu interior necessita um cuidado muitas vezes, têm várias folhas de papel coladas entre si
redobrado. Antes de qualquer intervenção com pincéis, nas margens, visando permitir uma impressão maior. Ao
trinchas, flanelas, é necessário examinar bem o documento, fazer a limpeza de um documento desses, o cuidado com
pois, nesse caso, só será recomendada a limpeza de super- as emendas deve ser redobrado, pois nessas, geralmente,
fície se não houver nenhum risco de dano. ocorrem descolamentos que podem reter resíduos de bor-
No caso dos documentos impressos como os livros, racha da limpeza, gerando degradação. Outros mapas são
existe uma grande margem de segurança na resistência montados em linho ou algodão com cola de amido. O ver-
das tintas em relação ao pincel. Mesmo assim, devemos so desses documentos retém muita sujidade. Recomenda-
escolher o pincel de maciez adequada para cada situação. se remover o máximo com aspirador de pó (munido das
Em relação às obras de arte, as técnicas são tão variadas e devidas proteções em seu bocal e no documento).
as tintas de composições tão diversas que, de modo algum,
se deve confiar na sua estabilidade frente à ação do pincel 9. Pequenos reparos
ou outro material. Os pequenos reparos são diminutas intervenções que
podemos executar visando interromper um processo de
8.3 Higienização de documentos de arquivo deterioração em andamento. Essas pequenas intervenções
Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmen- devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e
te quebradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso têm a função de melhorar o estado de conservação dos
se deve principalmente ao alto índice de acidez resultante documentos. Caso esses critérios não sejam obedecidos, o
risco de aumentar os danos é muito grande e muitas vezes
do uso de papéis de baixa qualidade. As más condições de
de caráter irreversível.
armazenamento e o excesso de manuseio também contri-
Os livros raros e os documentos de arquivo mais an-
buem para a degradação dos materiais. Tais documentos
tigos devem ser tratados por especialistas da área. Os de-
têm que ser higienizados com muito critério e cuidado.
mais documentos permitem algumas intervenções, de sim-
ples a moderadas. Os materiais utilizados para esse fim de-
8.3.1 Documentos manuscritos vem ser de qualidade arquivística e de caráter reversível. Da
Os mesmos cuidados para com os livros devem ser to- mesma forma, toda a intervenção deve obedecer a técnicas
mados em relação aos manuscritos. O exame dos docu- e procedimentos reversíveis. Isso significa que, caso seja
mentos, testes de estabilidade de seus componentes para necessário reverter o processo, não pode existir nenhum
o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de in- obstáculo na técnica e nos materiais utilizados.
tervenção devem ser cuidadosamente realizados. Os procedimentos e técnicas para a realização de re-
As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir paros em documentos exigem os seguintes instrumentos:
um documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuida- - mesa de trabalho;
do é pouco para manusear esses documentos. As espessas - pinça;
tintas encontradas em partituras de música, por exemplo, - papel mata-borrão;
podem estar soltas ou em estado de pó. - entretela sem cola;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
- placa de vidro; PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
- peso de mármore; São elementos do processo de comunicação:
- espátula de metal; • emissor – o que emite ou envia a mensagem
- espátula de osso; • receptor – o que recebe a mensagem
- pincel chato; • mensagem – 0 que se quer comunicar
- pincel fino; • canal – o meio de comunicação pelo qual se transmi-
- filme de poliéster. te a mensagem
• ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comuni-
cação .
3. COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL:
BARREIRAS, USO CONSTRUTIVO, O processo de comunicação é o centro de todas as ati-
COMUNICAÇÃO FORMAL E INFORMAL. vidades humanas. No entanto, além de usar palavras cor-
retas e adequadas ao contexto, o emissor deve transmitir à
outra pessoa, o receptor, informações, ideias, percepções,
intenções, desejos e sentimentos, ou seja, a mensagem do
O profissional de administração deve estabelecer e
processo de comunicação. Ao mesmo tempo, para que a
manter um sistema contingente de comunicação dentro da
organização, de forma unificadora e esclarecedora, a fim comunicação ocorra, não basta transmitir ou receber bem
de saber qual é a situação de sua organização para poder as mensagens. É preciso, sobretudo, que haja troca de en-
controlar as atividades e tomar decisões, visto que nem tendimentos. Para tanto, as palavras são importantes, mas
sempre a informação segue os rumos que a organização também o são as emoções, as ideias, as informações não
deseja, transformando-se muitas vezes em boatos que ve- verbais.
nham a prejudicar a corporação.
A comunicação administrativa não deve se preocupar Comunicação verbal e não verbal
com meios externos e sim com seu fluxo interno de in- A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio
formações. Ela deve ser feita entre e para os membros da da escrita. São exemplos de comunicações orais: ordens,
organização, o que não impede que algumas informações pedidos, debates, discussões, tanto face-a-face quanto por
transmitidas internamente sejam difundidas além dos limi- telefone, rádio, televisão ou outro meio eletrônico. Cartas,
tes da organização. Ela precisa ser vista como uma forma jornais, impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem
de comunicação social e humana, constituída por cinco ele- parte das comunicações escritas.
mentos básicos; um comunicador que transmite uma men‑ A comunicação não verbal realiza-se por meio de ges-
sagem para um receptor visando obter um feedback do tos e expressões faciais e corporais que podem reforçar ou
mesmo. contradizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as
Seu principal objetivo é unir a situação de todos os se- pernas, por exemplo, é um gesto que pode ser interpre-
tores, e todos os assuntos, interagir entre os membros e tado como posição de defesa. Colocar a mão no queixo,
garantir a funcionalidade da empresa. Denominada de co- coçar a cabeça ou espreguiçar-se na cadeira podem indicar
municação funcional, parte-se do pressuposto de que cada falta de interesse no que a outra pessoa tem a dizer.
cargo de uma organização precisa comunicar algo a al- Também são gestos interpretados como forma de de-
guém ou algum setor, de modo a transmitir as informações monstrar desinteresse durante a comunicação: ajeitar pa-
necessárias em busca de um trabalho sinérgico, respeitan- péis que se encontrem sobre a mesa, guardar papéis na
do as individualidades de cada cargo, setor e também as gaveta, responder perguntas com irritação ou deixar de
pessoais. A comunicação deve ser vista pelo administrador
respondê-las.
como instrumento descentralizador e de elevação da capa-
A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos
cidade operacional da organização, através da delegação
para processar pensamentos, idéias e diálogos interiores,
de autoridades e atribuições, contudo sem que o adminis-
trador perca o controle e a autoridade perante seus su- ou comunicar-se com outros. A linguagem pode ser repre-
bordinados. A descentralização administrativa exige, acima sentada por uma língua ou pela não verbalização.
de tudo, um sistema eficaz de comunicação e controle. É É importante observar que algumas palavras assumem
a comunicação horizontal que permitirá ao administrador diferentes significados para cada pessoa.
alcançar sinergia e controle dos mais variados setores que Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igual-
compõe o corpo da empresa. dade, entre outras, servem de rótulos para experiências
Fica explícito que conforme o tamanho da organização universais, mas têm significados particulares para cada in-
as trocas de informação podem sofrer mais empecilhos, divíduo. A realidade subjetiva de cada pessoa é formada
contudo são nesses casos que a comunicação torna-se mais pelo seu sistema de valores, pelas suas crenças, pelos seus
necessária. Sem um plano comunicacional eficaz o trabalho objetivos pessoais e pela sua visão de mundo. Daí a impor-
torna-se mais demorado e desperdiçam-se esforços, já que tância de checarmos a linguagem utilizada no processo de
fica clara a dificuldade de interação entre os mais variados comunicação e adaptarmos nossa mensagem ao vocabu-
setores da organização. Onde se faz necessário o trabalho lário, aos interesses e às necessidades da pessoa a quem
em grupo há consequentemente a necessidade de se reali- transmitimos alguma informação.
zar uma competente comunicação horizontal.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Barreiras e ruídos Na era da informação e em um momento em que a
No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos tecnologia é disponibilizada, a habilidade no processamen-
na comunicação, ou seja, é necessário reconhecer os ele- to de dados e a transformação desses dados em informa-
mentos que podem complicar ou impedir o perfeito enten- ções prontas para serem usadas nas tomadas de decisões,
dimento das mensagens. Às vezes, uma pessoa fala e a outra representa uma oportunidade valiosa na melhoria do pro-
não entende exatamente o que foi dito. Ou, então, tendo em cesso de comunicação no mundo dos negócios. Só através
vista a subjetividade presente na mensagem, muitas vezes, o de uma comunicação interna eficiente, é que acontece a
emissor tem uma compreensão diferente da que foi captada troca de informações.
pelo receptor. Alguns exemplos: É papel do profissional de Relações Públicas fazer com
Ruídos que haja interação entre todo o universo organizacional.
Sobrecarga de informações
Tipos de informações OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA
Fonte de informações Os principais objetivos da comunicação interna são:
Localização Física •Tornar influentes, informados e integrados todos os
Defensidade funcionários da empresa;
Além dessas dificuldades, existem outras que interferem
no processo de comunicação, entre elas, as barreiras tecno- •Possibilitar aos colaboradores de uma empresa o co-
lógicas, psicológicas e de linguagem. Essas barreiras são ver- nhecimento das transformações ocorridas no ambiente de
dadeiros ruídos na comunicação. trabalho;
As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou interfe-
rências dos canais de comunicação. São de natureza material, •Tornar determinante a presença dos colaboradores de
ou seja, resultam de problemas técnicos, como o do telefone uma organização no andamento dos negócios.
com ruído. •Facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara
As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das e objetiva para o público interno.
gírias, regionalismos, dificuldades de verbalização, dificulda-
des ao escrever, gagueira, entre outros.
Comunicação interna: porque, como e quando deve
As barreiras psicológicas provêm das diferenças indivi-
acontecer
duais e podem ter origem em aspectos do comportamento
Sabemos que a comunicação é o processo de tro-
humano, tais como:
ca de informações entre duas ou mais pessoas. Desde os
Seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interesse
tempos mais remotos, a necessidade de nos comunicar é
ou o que coincida com a sua opinião;
uma questão de sobrevivência. No mundo dos negócios
Egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o pon-
to de vista do outro ou corta a palavra do outro, demonstran- não é diferente. A necessidade de tornar os funcionários
do resistência para ouvir; influentes, integrados e informados do que acontece na
Timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra empresa, fazendo-os sentir parte dela, fez surgir a comuni-
pode causar gagueira ou voz baixa, quase inaudível; cação interna, considerada hoje como algo imprescindível
Preconceito: a percepção indevida das diferenças socio- às organizações, merecendo, cada vez mais, maior aten-
culturais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras; ção. Por meio da Comunicação Interna, torna-se possível
Descaso: indiferença às necessidades do outro. estabelecer canais que possibilitem o relacionamento ágil e
transparente da direção da organização com o seu público
A comunicação interna e sua importância nas organiza‑ interno e entre os próprios elementos que integram este
ções público.
A imagem da empresa é muito importante para a sobre- Nesse sentido, entender a importância da Comuni-
vivência da mesma. Para ter uma imagem consolidada é ne- cação Interna em todos os meios hierárquicos, como um
cessário transformar seus funcionários em verdadeiros em- instrumento da administração estratégica é uma exigência
baixadores da boa vontade de sua empresa. Em decorrência para se atingir a eficácia organizacional. Compreender a
disso, tem se discutido a relação entre empregado/emprega- importância desse processo de comunicação para que flua
dor. Assim, este artigo trata da importância da comunicação de forma eficiente, no momento oportuno, de forma que
interna para as instituições, as estratégias usadas por ela para seja atingido o objetivo pretendido, é um desafio para as
o bom relacionamento com seus funcionários, a eficiência da organizações.
comunicação para com o público interno e a importância do A comunicação efetiva só se estabelece em clima de
profissional de Relações Públicas nesse contexto. verdade e autenticidade. Caso contrário, só haverá jogos
Não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente de aparência, desperdício de tempo e, principalmente uma
motivados. “anti-comunicação” no que é essencial/necessário. Porém
Se ela não estiver bem informada, se seus integrantes não basta assegurar que a comunicação ocorra. É preci-
não se comunicarem adequadamente, não será possível po- so fazer com que o conteúdo seja efetivamente aprendido
tencializar a força humana da empresa. para que as pessoas estejam em condições de usar o que
A comunicação interna nas organizações, empresas ou é informado.
entidades nem sempre foi valorizada ou reconhecida como Por tanto, o trabalho em equipe precisa ser incentivado
de vital importância para o desenvolvimento e sobrevivên- com uma postura de empatia e cooperação eliminando as-
cia dessas organizações. sim, os afastamentos e as falhas na comunicação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
O envolvimento dos colaboradores em todo o proces- Os canais formais da comunicação influenciam a efi-
so organizacional desenvolvendo a capacidade de boa co- cácia da comunicação de duas formas: primeiro, os canais
municação interpessoal é condição imprescindível ao bom cobrem uma distância cada vez maior à medida que as or-
andamento da organização. ganizações crescem e se desenvolvem. Atingir a comunica-
A falta de cultura do diálogo, de abertura a conversa- ção eficaz em uma grande organização é muito mais difícil
ção e a troca de ideias, opiniões, impressões e sentimentos, do que em uma organização menor.
é, sem dúvida alguma, o grande problema que prejudica o Segundo, os canais de comunicação inibem o fluxo li-
funcionamento de organizações e países. A comunicação vre de informações entre os diversos níveis da organização.
corporativa é um processo diretamente ligado à cultura Exemplo: um trabalhador do almoxarifado de uma empre-
da empresa, ou seja, aos valores e ao comportamento das sa comunicará problemas do seu trabalho a um supervisor
suas lideranças e às crenças dos seus colaboradores. e nunca ao gerente.
As comunicações administrativas consideradas como Estrutura de autoridade: verifica-se que as diferenças
fontes de comunicação social e humana encontram os se- hierárquicas ajudam a determinar quem irá comunicar-se
guintes elementos: comunicador, mensagem e destinatá- com quem. O conteúdo e exatidão da comunicação são
rio. O processo de comunicação envolve no mínimo duas
sempre comprometidos pela diferença de autoridade.
pessoas ou grupos: remetente (fonte) e o destino (recebe-
A especialização do trabalho, ou seja, a divisão do tra-
dor) isto é, o que envia a documentação e o que recebe.
balho em ações pertinentes a cada grupo facilita a comuni-
O conteúdo da comunicação é geralmente uma men-
cação entre esses grupos.
sagem e o seu objetivo é a compreensão por parte de
quem recebe. A comunicação só ocorre quando o destino
(quem a recebe) a compreende ou a interpreta. Se a men- TIPOS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
sagem não chega ao destino à comunicação não acontece. Nas organizações a comunicação apresenta diferentes
formas que variam de acordo com os elementos, contexto
FATORES QUE INFLUENCIAM A COMUNICAÇÃO e tipo de comunicação a ser usado.
A qualidade da comunicação é derivada de alguns A comunicação se divide em dois itens: comunicação
pontos considerados de suma importância: verbal e comunicação não verbal.
•Prioridade à comunicação – qualidade e timing da co- No primeiro item a comunicação envolve participação,
municação assegurando sintonia de energia e recursos de transmissão e trocas de conhecimento e experiências. A
todos com os objetivos maiores da empresa; comunicação verbal pode ser: interna – quando o processo
•Abertura da alta direção – disposição da cúpula de acontece dentro da empresa e externa – quando o proces-
abrir informações essenciais garantindo insumos básicos a so ultrapassa os limites da empresa, ocorrendo entre esta e
todos os colaboradores; funcionários ou instituições de fora da empresa.
•Processo de busca – pro-atividade de cada colabo- Quanto à transmissão da mensagem, a comunicação
rador em busca das informações que precisa para realizar ocorre de duas formas: oral e escrita.
bem o seu trabalho; Para se ter ideia da importância das comunicações
•Autenticidade – verdade acima de tudo, ausência de orais, basta lembrar que elas estão no cerne dos problemas
“jogos de faz de conta” e autenticidade no relacionamento de relacionamento entre setores ou na raiz das soluções
entre os colaboradores assegurando eficácia da comunica- de integração horizontal/vertical. Muitas questões penden-
ção e do trabalho em times; tes poderiam ser resolvidas por meio de uma receita que
•Foco em aprendizagem – garantia de efetiva apren- inclui, necessariamente, contatos, reuniões de integração,
dizagem do que é comunicado, otimizando o processo de avaliação, análise, controle e feedback. Como se percebe,
comunicação; as comunicações orais merecem atenção.
•Individualização – consideração às diferenças indivi-
Quanto ao tipo de comunicação a ser utilizado, pode
duais (evitando estereotipo e generalizações) assegurando
ser: formal (realizada através da hierarquia) e informal (rea-
melhor sintonia e qualidade de relacionamento na empre-
lizada fora do sistema convencional).
sa;
•Competências de base – desenvolvimento de compe-
tências básicas em comunicação (ouvir, expressão oral e Comunicação não verbal – O propósito deste tipo de
escrita, habilidades interpessoais) assegurando qualidade informação é exprimir sentimentos sem usar a palavra.
das relações internas; Exemplo: balançar a cabeça para indicar um “sim”.
•Velocidade – rapidez na comunicação dentro da em- A comunicação não verbal, de um modo geral pode ser
presa potencializando sua qualidade e nível de contribui- dividida em oito categorias:
ção aos objetivos maiores; 1. Ambiente – espaço físico.
•Adequação tecnológica – equilíbrio entre tecnologia e 2. Posição do corpo
alto contato humano assegurando evolução da qualidade 3. Postura – inclinar-se em direção a outra pessoa su-
da comunicação e potencializando a força do grupo. gere ser favorável em relação à mensagem.
Quatro fatores influenciam a eficácia da comunicação 4. Gestos das mãos
nas organizações: canais formais da comunicação, estrutu- 5. Expressões e movimentos faciais – aspectos da face
ra de autoridade, especialização do trabalho e a proprieda- e movimentos com a cabeça podem indicar aprovação, de-
de da informação. saprovação ou descrença.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
6. Timbre de voz – podem comunicar confiança, nervo- Comunicação Diagonal – transmissão de mensagem
sismo ou entusiasmo. de níveis organizacionais mais altos ou mais baixos em di-
7. Vestuário, adorno e aparência ferentes departamentos, demonstrando maior dinamismo
8. Reflexão – muitos sinais não verbais são ambíguos. no que se refere às decisões da comunicação.
Exemplo: um sorriso indica calor humano, mas, às vezes Canais informais de comunicação - representam a rede
pode indicar nervosismo. de comunicação, não oficial, que complementa os canais
formais. São dois importantes canais informais de comuni-
Seja através da comunicação verbal ou não verbal, a in- cação: rádio corredor e os encontros casuais.
formação é indispensável aos funcionários de uma empre- A rádio corredor é o principal meio de transmissão de
sa como base para atingir metas. É através da informação boatos e até pode criar problemas à organização. Boatos
que se pode detectar áreas problemáticas capazes de im- falsos podem ser prejudiciais à moral e à produtividade da
pedir a consecução de objetivos. É também, por meio dela empresa. Reuniões com empregados para discutir o boato
que são avaliados desempenhos individuais e/ou coletivos. é a melhor forma de evitar que tais boatos comprometam
E ainda, só através de informações torna-se possível fazer a imagem dos funcionários da Organização.
ajustamentos necessários para que a eficiência no trabalho Encontros Casuais - não programados - acontecendo
seja alcançada. entre os superiores e empregados podem representar um
canal de informação eficiente. Além das reuniões formais,
CANAIS DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES muitas informações valiosas podem ser coletadas nesses
As mensagens, nas organizações passam por diferen- encontros casuais. A alta direção, preocupados com a co-
tes caminhos ou canais. Tais canais podem ser formais ou municação interna, utilizam desses canais sem preconceito,
informais. Para Du Brin (2001) os canais formais de comu- coletando informações que os ajudam na tomada de deci-
nicação são os caminhos oficiais para envio de informações sões importantes.
dentro e fora da empresa, tendo como fonte de informa- Muitas vezes, a comunicação não acontece de forma
ção o Organograma, que indica os canais que a mensagem eficaz em virtude da falta de habilidade do emissor e/ou re-
deve seguir. ceptor, constituindo-se verdadeiras barreiras. Consideram-
Além de serem caminhos para a comunicação, os ca- se barreiras da comunicação: motivação e interesses bai-
nais também são meios de enviar mensagens. Incluem bo- xos, reações emocionais e desconfianças que podem limi-
letins, jornais, reuniões, memorandos escritos, correio ele- tar ou distorcer as comunicações; diferenças de linguagem,
trônico, quadros de aviso tradicionais e informativos mais jargão, colaboradores com conhecimentos e experiências
elevados. diferentes também podem se constituir em barreiras da co-
As mensagens nas organizações viajam em quatro di- municação numa organização.
reções: para baixo, para cima, horizontal e diagonalmente.
A comunicação que viaja para baixo é aquela que parte USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS – COMUNICAÇÃO
do superior da empresa para os subordinados – envolve ELETRÔNICA
os relatórios administrativos, manuais de políticas e proce- A tecnologia tem um dos principais papéis na transfor-
dimentos, jornais internos da empresa, cartas e circulares, mação das atividades e no negócio da comunicação social.
relatórios escritos sobre desempenho, manuais de empre- Além de representar para muitos, uma verdadeira revolu-
gados e etc. O tipo de comunicação mais adequado aos ção cultural, ela significa investimentos e até a definição de
subordinados é a que presta mais informações; não apre- novos objetivos e rumos.
senta controvérsias e cujo propósito é mais informativo A internet está se tornando imprescindível nos planos
que persuasivo. de comunicação das grandes corporações, cujos sites fo-
A comunicação ascendente ocorre para cima, do su- ram criados como centros de informação para consumi-
bordinado para o superior. Envolve: memorandos escritos, dores. Em vez de vendas, muitas empresas estabelecem
relatórios, reuniões grupais planejadas, conversas informais objetivos de comunicação e realizam on-line uma verda-
com o superior. Apresenta propósito informativo e auxilia deira estratégia de administração dos seus contatos e do
na tomada de decisão. relacionamento com os diferentes públicos que com elas
Para facilitar este tipo de comunicação as empresas de- se relacionam e interagem.
senvolvem programas e políticas tais como: A vídeo conferência também faz parte dos avanços de
•Políticas de portas abertas – permite a qualquer em- tecnologia e, tem tido aceitação cada vez maior no mundo
pregado receber a atenção da alta administração. dos negócios. Através desse recurso, funcionário de uma
•Programas de treinamento – serve para avaliar aspec- organização em diferentes locais mantém um diálogo ven-
tos da empresa – os empregados trazem os problemas da do as imagens na tela da televisão, realizando uma reunião
Empresa à tona. Permite a ela atingir velocidade e simplici- em diversos lugares ao mesmo tempo. Esta tecnologia traz
dade nas operações. a vantagem da diminuição de gastos para a empresa, além
•Programas de reclamações – as reclamações são en- do aumento da produtividade, pois os funcionários preci-
viadas para cima, incluindo aquelas sobre os supervisores, sam ir apenas ao centro de vídeo conferência próximo à
condição de trabalho, conflitos, assédio sexual, métodos de empresa.
trabalho, etc. Em decorrência disso, a comunicação eletrônica veio
Comunicação Horizontal – trata-se do envio de infor- para facilitar a vida das organizações, trazendo agilidade,
mações entre funcionários do mesmo nível organizacional. comodidade e baixo custo para as empresas.

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A internet cada vez mais se forma como mídia. Suas Destaca-se que os elementos para uma transmissão
características mais importantes para a atividade e o negó- de mensagem eficiente são: comunicação assertivamente
cio da Comunicação Social são: a facilidade operacional, o – a mensagem será mais bem recebida se os funcionários
baixo custo de operação e a interatividade. exporem suas ideias diretamente; uso de canais múltiplos –
Como exemplos de canais de comunicação eletrônica, uso dos cinco sentidos para recepção; uso da comunicação
temos os SMS, redes sociais, e a agora falaremos sobre o bidirecional – envolvimento da mensagem dos receptores
e-mail, que é uma mensagem eletrônica das mais difundi- na conversação; apoiar-se- certos tipos de comunicação fa-
das nesse tipo de comunicação. zem com que as pessoas se sintam apoiadas, facilitando o
Além de ser um dos mais populares serviços da inter- processo; ser sensível as diferenças culturais- respeito as di-
ferenças de estilo, sotaque, erros gramaticais, aparência pes-
net, por ser uma forma rápida e de baixo custo de manter
soal; ser sensível as diferenças de gênero – identificar as di-
comunicação, o fator da distancia não interferir e de liber- ferenças no estilo de comunicação relacionadas ao gênero.
dade de horário para utiliza-la também favoreceram essa Nesse sentido, homens e mulheres apesar da tendência
popularidade. à igualdade nas organizações, comunicam-se de formas di-
Pela facilidade de uso e eficácia, tornou-se um dos ser- ferentes.
viços mais populares da internet. Utilizar corretamente esse A comunicação interna é uma via de mão dupla, por-
serviço de e-mail pode auxiliar a ter acesso à informações, tanto, tão importante como comunicar é saber escutar. Os
gerenciar, manter e ampliar sua rede de contatos, agilizar e 5 “C’s” de uma comunicação interna eficaz são: clara, cons-
otimizar o tempo quando a comunicação se faz necessária. ciente, contínua e frequente, curta e rápida e completa.
Assim, é importante compreender como ele funciona e
quais os benefícios de seu uso para poder tirar o máximo RELAÇÕES INTERPESSOAIS, RELAÇÕES PÚBLICAS E A
de proveito dessa ferramenta praticamente indispensável COMUNICAÇÃO INTERNA
nos dias de hoje, lembrando-se que, embora esse meio de Quando se fala em comunicação interna organizacio-
nal, automaticamente relaciona ao profissional de Relações
comunicação traga muita facilidade, ele ainda é uma forma
Públicas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da
de comunicação, portanto, exigirá todos os cuidados exigi-
empresa com os seus diversos públicos (internos, externos
dos na comunicação como vimos na abordagem acima, ou e misto).
seja, formalidade, uso correto da linguagem, adequação ao As organizações têm passado por diversas mudanças
contexto, e principalmente, uso do bom senso, garantirão buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos
um resultado eficaz ao utilizar de mensagens eletrônicas negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são:
como forma de se comunicar. tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder
as exigências do mercado, reduzindo custos operacionais
EFICIÊNCIA NA COMUNICAÇÃO INTERNA ORGANIZA- e apresentando produtos competitivos e de qualidade. A
CIONAL reestruturação das organizações gerou um público interno
A alta direção de qualquer organização precisa conhe- de novo perfil. Hoje, os empregados são muito mais cons-
cer e acreditar no poder da comunicação interna, pois, é cientes, responsáveis, inseridos e atentos às cobranças das
através dela, com uma boa relação com o público interno, empresas em todos os setores. Diante desse novo modelo
de forma eficiente, que a empresa poderá transmitir a sua organizacional, é que se propõe como atribuição do profis-
sional de Relações Públicas ser o intermediador, o adminis-
imagem ao seu público externo, pois são eles, os responsá-
trador dos relacionamentos institucionais e de negócios da
veis por essa imagem. empresa com os seus públicos. Sendo assim, fica claro que
A qualidade de comunicação nas organizações deve esse profissional tem seu campo de ação na política de rela-
pressupor individualização do processo em função das na- cionamento da organização. A comunicação interna, portan-
turais diferenças em outro quadro de referência, nível de to, deve ser entendida como um feixe de propostas bem en-
experiência, amplitude de interesses, grau de motivação, cadeadas, abrangentes, coisa significativamente maior que
etc. de pessoa para pessoas. Comunicações feitas para a um simples programa de comunicação impressa. Para que
“média” do público acabam gerando, mais problemas do se desenvolva em toda sua plenitude, as empresas estão a
que benefícios, sem falar no fato da pasteurização tornar exigir profissionais de comunicação sistêmicos, abertos, trei-
as mensagens sem impacto. nados, com visões integradas e em permanente estado de
Para que haja eficiência na comunicação interna, é de alerta para as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio
fundamental importância conhecer em profundidade o pú- ambiente.
blico interno da empresa. É necessário um contato pessoal Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
Relações Públicas: estratégica, política, institucional, merca-
em que se estabeleça uma relação de confiança, que possa
dológica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sempre
transmitir as suas expectativas, ansiedades e interesses en-
para cumprir os objetivos da organização e definir suas po-
tre a organização e o seu público interno. É importante que líticas gerais de relacionamento.
o emissor tenha acesso aos conhecimentos do receptor so- Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações
bre o assunto a ser abordado. O seu nível de linguagem e o Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o pro-
seu grau de interesse são itens relevantes para que ocorra cesso de comunicação total da empresa, tanto no nível do
a sintonia entre eles. entendimento, como no nível de persuasão nos negócios.

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Pronúncia correta das palavras Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir
Proferir as palavras corretamente. Isso envolve: de um país para outro — até mesmo de uma região para
Usar os sons corretos para vocalizar as palavras; outra no mesmo país. Um estrangeiro talvez fale o idioma
Enfatizar a sílaba certa; local com sotaque. Os dicionários às vezes admitem mais
Dar a devida atenção aos sinais diacríticos de uma pronúncia para determinada palavra. Especialmen-
te se a pessoa não teve muito acesso à instrução escolar ou
Por que é importante? se a sua língua materna for outra, ela se beneficiará muito
A pronúncia correta confere dignidade à mensagem por ouvir com atenção os que falam bem o idioma local
que pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no e imitar sua pronúncia. Como Testemunhas de Jeová que-
teor da mensagem sem ser distraídos por erros de pro- remos falar de uma maneira que dignifique a mensagem
núncia. que pregamos e que seja prontamente entendida pelas
Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras pessoas da localidade.
de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se
idiomas utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há está bem familiarizado. Normalmente, a pronúncia não
também os alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No constitui problema numa conversa, mas ao ler em voz alta
idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um alfabe- você poderá se deparar com palavras que não usa no co-
to, mas por meio de caracteres que podem ser compostos tidiano.
de vários elementos. Esses caracteres geralmente repre-
sentam uma palavra ou parte de uma palavra. Embora os Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm pro-
idiomas japonês e coreano usem caracteres chineses, estes blemas de pronúncia não se dão conta disso.
podem ser pronunciados de maneiras bem diferentes e Em primeiro lugar, quando for designado a ler em
nem sempre ter o mesmo significado. público, consulte num dicionário as palavras que não co-
Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige nhece. Se não tiver prática em usar o dicionário, procure
que se use o som correto para cada letra ou combinação em suas páginas iniciais, ou finais, a explicação sobre as
de letras. Quando o idioma segue regras coerentes, como é abreviaturas, as siglas e os símbolos fonéticos usados ou,
o caso do espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não é tão se necessário, peça que alguém o ajude a entendê-los. Em
difícil. Contudo, as palavras estrangeiras incorporadas ao alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias diferentes,
idioma às vezes mantêm uma pronúncia parecida à origi- dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam a
nal. Assim, determinadas letras, ou combinações de letras, pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a
podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, às vezes, sílaba tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra
simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez precise várias vezes em voz alta.
memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler
conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige a memori- para alguém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe
zação de milhares de caracteres. Em alguns idiomas, o sig- que corrija seus erros.
nificado de uma palavra muda de acordo com a entonação.
Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar
Se a pessoa não der a devida atenção a esse aspecto do
atenção aos bons oradores.
idioma, poderá transmitir ideias erradas.
Se as palavras de um idioma forem compostas de síla-
Pronúncia de números telefonicos
bas, é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas
O número de telefone deve ser pronunciado algarismo
que usam esse tipo de estrutura têm regras bem defini-
por algarismo.
das sobre a posição da sílaba tônica (aquela que soa mais
Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
forte). As palavras que fogem a essas regras geralmente
Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres
recebem um acento gráfico, o que torna relativamente fácil
em tres algarismos, com exceção de uma sequencia de
pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se houver mui-
tas exceções às regras, o problema fica mais complicado. quatro numeros juntos, onde damos uma pausa a cada
Nesse caso, exige bastante memorização para se pronun- dois algarismos.
ciar corretamente as palavras. O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante número “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado
atenção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo como “onze”.
de determinadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç.
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas ar- Veja abaixo os exemplos
madilhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um,
afetação e até de esnobismo. O mesmo acontece com as zero – zero, tres
pronúncias em desuso. Tais coisas apenas chamam atenção 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres,
para o orador. Por outro lado, é bom evitar o outro extremo tres – quatro, tres
e relaxar tanto no uso da linguagem quanto na pronúncia 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze
das palavras. Algumas dessas questões já foram discutidas – nove, oito
no estudo “Articulação clara”.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exceções assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa
110 - cento e dez que atende ao telefone deve considerar o assunto como
111 – cento e onze seu, ou seja, comprometer-se e, assim, garantir ao inter-
211 – duzentos e onze locutor uma resposta rápida. Por exemplo: não deve dizer
118 – cento e dezoito “não sei”, mas “vou imediatamente saber” ou “daremos
511 – quinhentos e onze uma resposta logo que seja possível”. Se não for mesmo
0001 – mil ao contrario possível dar uma resposta ao assunto, o atendente deverá
apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer
Atendimento telefonico o número do telefone direto de alguém capaz de resolver
Na comunicação telefônica, é fundamental que o inter- o problema rapidamente, indicar o e-mail ou numero da
locutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se pessoa responsável procurado. A pessoa que ligou deve ter
trata da utilização de um canal de comunicação a distância. a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido
É preciso, portanto, que o processo de comunicação ocorra ou chamada;
da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor Não negar informações: nenhuma informação deve ser
e receptor) e que as mensagens sejam sempre acolhidas e negada, mas há que se identificar o interlocutor antes de
contextualizadas, de modo que todos possam receber bom a fornecer, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa
atendimento ao telefone. situação, é adequada a seguinte frase: vamos anotar esses
Alguns autores estabelecem as seguintes recomenda- dados e depois entraremos em contato com o senhor
ções para o atendimento telefônico: Não apressar a chamada: é importante dar tempo ao
• não deixar o cliente esperando por um tempo muito tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a
longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo dizer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado
e retornar a ligação em seguida; com atenção, dando feedback, mas não interrompendo o
• o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário raciocínio do interlocutor;
tem de se empenhar em explicar corretamente produtos e Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demons-
serviços; tra que o atendente é uma pessoa amável, solícita e inte-
• atender às necessidades do cliente; se ele desejar ressada;
algo que o atendente não possa fornecer, é importante Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser ca-
oferecer alternativas; tastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” do que as boas;
ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou ins- Manter o cliente informado: como, nessa forma de co-
tituição são atitudes que tornam a conversa mais pessoal. municação, não se estabele o contato visual, é necessário
Perguntar o nome do cliente e tratá-lo pelo nome trans- que o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do
mitem a ideia de que ele é importante para a empresa ou telefone durante alguns segundos, peça licença para inter-
instituição. O atendente deve também esperar que o seu romper o diálogo e, depois, peça desculpa pela demora.
interlocutor desligue o telefone. Isso garante que ele não Essa atitude é importante porque poucos segundos podem
interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser comple- parecer uma eternidade para quem está do outro lado da
mentar alguma questão, terá tempo de retomar a conversa. linha;

No atendimento telefônico, a linguagem é o fator prin- Ter as informações à mão: um atendente deve conser-
cipal para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, var a informação importante perto de si e ter sempre à mão
é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor e res- as informações mais significativas de seu setor. Isso permi-
ponda a suas demandas de maneira cordial, simples, clara e te aumentar a rapidez de resposta e demonstra o profissio-
objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a qualidade nalismo do atendente;
da dicção também são fatores importantes para assegu- Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que
rar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que o liga: quem atende a chamada deve definir quando é que a
atendente transmita a seu interlocutor segurança, compro- pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a
misso e credibilidade. empresa ou instituição vai retornar a chamada.
Além das recomendações anteriores, são citados, a
seguir, procedimentos para a excelência no atendimento Todas estas recomendações envolvem as seguintes ati-
telefônico: tudes no atendimento telefônico:
Receptividade - demonstrar paciência e disposição
Identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém para servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais
gosta de falar com um interlocutor desconhecido, por isso, comuns dos usuários como se as estivesse respondendo
o atendente da chamada deve identificar-se assim que pela primeira vez. Da mesma forma é necessário evitar que
atender ao telefone. Por outro lado, deve perguntar com interlocutor espere por respostas;
quem está falando e passar a tratar o interlocutor pelo Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções,
nome. Esse toque pessoal faz com que o interlocutor se dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se neces-
sinta importante; sário, anotar a mensagem do interlocutor);

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Empatia - para personalizar o atendimento, pode-se Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de
pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca, cordialidade;
expressões como “meu bem”, “meu querido, entre outras); Flexibilidade – capacidade de lidar com situações não
Concentração – sobretudo no que diz o interlocutor -previstas.
(evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situa-
ções, desviando-se do tema da conversa, bem como evitar A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja
comer ou beber enquanto se fala); vista, que transmitir uma mensagem para outra pessoa e
Comportamento ético na conversação – o que envolve fazê-la compreender a essência da mesma é uma tarefa
também evitar promessas que não poderão ser cumpridas. que envolve inúmeras variáveis que transformam a comu-
nicação humana em um desafio constante para todos nós.
Atendimento e tratamento E essa complexidade aumenta quando não há uma
O atendimento está diretamente relacionado aos ne- comunicação visual, como na comunicação por telefone,
gócios de uma organização, suas finalidades, produtos e onde a voz é o único instrumento capaz de transmitir a
serviços, de acordo com suas normas e regras. O atendi- mensagem de um emissor para um receptor. Sendo assim,
mento estabelece, dessa forma, uma relação entre o aten- inúmeras empresas cometem erros primários no atendi-
dente, a organização e o cliente. mento telefônico, por se tratar de algo de difícil consecu-
ção.
A qualidade do atendimento, de modo geral, é deter- Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefô-
minada por indicadores percebidos pelo próprio usuário nico, de modo a atingirmos a excelência, confira:
relativamente a:
• competência – recursos humanos capacitados e re- 1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma lingua-
cursos tecnológicos adequados; gem formal, privilegiando uma comunicação que transmita
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários respeito e seriedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades,
estabelecidos previamente; etc, pois assim fazendo, você estará gerando uma imagem
• credibilidade – honestidade no serviço proposto; positiva de si mesmo por conta do profissionalismo de-
• segurança – sigilo das informações pessoais; monstrado.
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao 2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extre-
pessoal de contato; mamente prejudicial ao cliente são as interferências, ou
• comunicação – clareza nas instruções de utilização seja, tudo aquilo que atrapalha a comunicação entre as
dos serviços. partes (chieira, sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.).
Sendo assim, é necessário manter a linha “limpa” para que
Fatores críticos de sucesso ao telefone: a comunicação seja eficiente, evitando desvios.
A voz / respiração / ritmo do discurso 3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz
A escolha das palavras que seja minimamente compreensível, evitando desconfor-
A educação to para o cliente que por várias vezes é obrigado a “implo-
Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do rar” para que o atendente fale mais alto.
outro lado da linha não pode ver as suas expressões faciais 4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que
e gestos, mas você transmite através da voz o sentimento você não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou
que está alimentando ao conversar com ela. As emoções seja, procure encontrar o meio termo (nem lento e nem
positivas ou negativas, podem ser reveladas, tais como: rápido), de forma que o cliente entenda perfeitamente a
Interesse ou desinteresse, mensagem, que deve ser transmitida com clareza e obje-
Confiança ou desconfiança, tividade.
Alerta ou cansaço, 5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e
Calma ou agressividade, coesão para que a mensagem tenha organização, evitando
Alegria ou tristeza, possíveis erros de interpretação por parte do cliente.
Descontração ou embaraço, 6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um
Entusiasmo ou desânimo. cliente sem educação, use a inteligência, ou seja, seja pa-
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 pala- ciente, ouça-o atentamente, jamais seja hostil com o mes-
vras por minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 pa- mo e tente acalmá-lo, pois assim, você estará mantendo
lavras por minuto aproximadamente, tornando o discurso sua imagem intacta, haja vista, que esses “dinossauros” não
mais claro. precisam ser atacados, pois, eles se matam sozinhos.
A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensa- 7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e sorri-
gem e pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o dente para que o cliente se sinta valorizado pela empresa,
outro a julgar que não existe entusiasmo da sua parte. gerando um clima confortável e harmônico. Para isso, use
suas entonações com criatividade, de modo a transmitir
O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige emoções inteligentes e contagiantes.
ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando 8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça
sua simpatia. Está relacionada a: o cliente para aguardar na linha, mas não demore uma
Presteza – demonstração do desejo de servir, valori- eternidade, pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e
zando prontamente a solicitação do usuário; desligar o telefone.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal Resoluções de situações conflitantes ou problemas
é atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois, quanto ao atendimento de ligações ou transferências
é um ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar O agente de comunicação é o cartão de visita da em-
entregar para o cliente a máxima eficiência. presa.. Por isso é muito importante prestar atenção a todos
10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é os detalhes do seu trabalho. Geralmente você é a primeira
dizer o nome da organização, o nome da própria pessoa pessoa a manter contato com o público. Sua maneira de
seguido ainda, das tradicionais saudações (bom dia, boa falar e agir vai contribuir muito para a imagem que irão for-
tarde, etc.). Além disso, quando for encerrar a conversa mar sobre sua empresa. Não esqueça: a primeira impressão
lembre-se de ser amistoso, agradecendo e reafirmando o é a que fica.
que foi acordado. Alguns detalhes que podem passar despercebidos na
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém rotina do seu trabalho:
que não está presente na sua empresa no momento da - Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais na-
ligação, jamais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é tural possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de
uma função do atendente, ou seja, a de retornar a ligação tempo.
quando essa pessoa estiver de volta à organização. - Calma: Ás vezes pode não ser fácil mas é muito im-
12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a or- portante que você mantenha a calma e a paciência . A pes-
ganização é um dos princípios para um bom atendimento soa que esta chamando merece ser atendida com toda a
telefônico, haja vista, que é necessário anotar o nome da delicadeza. Não deve ser apressada ou interrompida. Mes-
pessoa e os pontos principais que foram abordados. mo que ela seja um pouco grosseira, você não deve res-
13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que
ponder no mesmo tom. Pelo contrário, procure acalmá-la.
não tem responsabilidade de cumprir aquilo que foi acor-
- Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama me-
dado demonstra desleixo e incompetência, comprometen-
rece atenção especial. E você, como toda boa telefonista,
do assim, a imagem da empresa. Sendo assim, se tiver que
deve ser sempre simpática e demonstrar interesse em aju-
dar um recado, ou, retornar uma ligação lembre-se de sua
dar.
responsabilidade, evitando esquecimentos.
- Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de
14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao
detalhes importantes sobre o assunto que será tratado.
atender o telefone, você deve demonstrar para o cliente
Esses detalhes são confidenciais e pertencem somente às
uma postura de quem realmente busca ajudá-lo, ou seja,
pessoas envolvidas. Você deve ser discreta e manter tudo
que se importa com os problemas do mesmo. Atitudes ne-
gativas como um tom de voz desinteressado, melancólico em segredo. A quebra de sigilo nas ligações telefônicas é
e enfadado contribuem para a desmotivação do cliente, considerada uma falta grave, sujeita às penalidades legais.
sendo assim, é necessário demonstrar interesse e iniciativa
para que a outra parte se sinta acolhida. O que dizer e como dizer
15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente Aqui seguem algumas sugestões de como atender as
atentamente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude contri- chamadas externas:
bui positivamente para a identificação dos problemas exis- - Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o
tentes e consequentemente para as possíveis soluções que nome da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou
os mesmos exigem. boa noite.
16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou - Essa chamada externa vai solicitar um ramal ou pes-
ligar para alguma empresa e teve que esperar um longo soa. Você deve repetir esse número ou nome, para ter cer-
período de tempo para que a linha fosse desocupada? Pois teza de que entendeu corretamente. Em seguida diga: “
é, é algo extremamente inconveniente e constrangedor. Um momento, por favor,” e transfira a ligação.
Por esse motivo, busque não delongar as conversas e evi- Ao transferir as ligações, forneça as informações que
te conversas pessoais, objetivando manter, na medida do já possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale so-
possível, sua linha sempre disponível para que o cliente mente o necessário e evite assuntos pessoais.
não tenha que esperar muito tempo para ser atendido. Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar
Buscar a excelência constantemente na comunicação ao seu interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir
humana é um ato fundamental para todos nós, haja vista, a ligação, mantenha-o ciente dos passos desse atendimen-
que estamos nos comunicando o tempo todo com outras to.
pessoas. Infelizmente algumas pessoas não levam esse im- Não se deve transferir uma ligação apenas para se li-
portante ato a sério, comprometendo assim, a capacidade vrar dela. Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor,
humana de transmitir uma simples mensagem para outra colocar-se à disposição dele, e se acontecer de não ser
pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos para não re- possível, transfira-o para quem realmente possa atendê-lo
petirmos esses erros e consequentemente aumentarmos e resolver sua solicitação. Transferir o cliente de um setor
nossa capacidade de comunicação com nosso semelhante. para outro, quando essa ligação já tiver sido transferida vá-
rias vezes não favorece a imagem da empresa. Nesse caso,
anote a situação e diga que irá retornar com as informa-
ções solicitadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
- Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a * Ramais restritos: só fazem ligações internas.
transferência, diga à pessoa que chamou: “O ramal está -Linha - Tronco: linha telefônica que liga a CPCT à
ocupado. Posso anotar o recado e retornar a ligação.” É central Telefônica Pública.
importante que você não deixe uma linha ocupada com - Número-Chave ou Piloto: Número que acessa au-
uma pessoa que está apenas esperando a liberação de um tomaticamente as linhas que estão em busca automática,
ramal. Isso pode congestionar as linhas do equipamento, devendo ser o único número divulgado ao público.
gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista - Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações entre
em falar com o ramal ocupado, você deve interromper a ramais e linhas-tronco.
outra ligação e dizer: “Desculpe-me interromper sua liga- - Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede
ção, mas há uma chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a) a realização de ligações interurbanas.
para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pes- - DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano
soa puder atender , complete a ligação, se não, diga que franqueado, cuja cobrança das ligações é feita no telefone
a outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua chamado.
possibilidade em auxiliar. - DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas ex-
Lembre-se : ternas vão direto para o ramal desejado, sem passar pela
Você deve ser natural, mas não deve esquecer de cer- telefonista . Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo
tas formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por fa- PABX.
vor” , “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita - Pulso : Critério de medição de uma chamada por
a comunicação e induz a outra pessoa a ter com você o tempo, distância e horário.
mesmo tipo de tratamento. - Consultores: empregados da Telems que dão orien-
A conversa: existem expressões que nunca devem ser tação às empresas quanto ao melhor funcionamento dos
usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com co- sistemas de telecomunicações.
notação de intimidade. A conversa deve ser sempre manti- - Mantenedora: empresa habilitada para prestar servi-
da em nível profissional. ço e dar assistência às CPCTs.
- Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas
Equipamento básico nos horários fora do expediente para determinados ramais.
Além da sala, existem outras coisas necessárias para Só é possível em CPCTs do tipo PBX e PABX.
assegurar o bom andamento do seu trabalho:
- Listas telefônicas atualizadas. Em casos onde você se depara com uma situação que
- Relação dos ramais por nomes de funcionários (em represente conflito ou problema, é necessário adequar a
ordem alfabética). sua reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
- Relação dos números de telefones mais chamados. 1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer?
- Tabela de tarifas telefônicas. Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar a rai-
- Lápis e caneta va.
- Bloco para anotações Acima de tudo, mantenha-se calmo.
- Livro de registro de defeitos. Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente, em um
estado de nervosismo.
O que você precisa saber: Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a) está
O seu equipamento telefônico não é apenas parte do muito nervoso (a), tente acalmar-se”.
seu material de trabalho. É o que há de mais importante. Use frases adequadas ao momento. Frases que ajudam
Por isso você deve saber como ele funciona. Tecnicamente, acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali para
o equipamento que você usa é chamado de CPCT - Central ajudá-lo
Privada de Comunicação Telefônica, que permite você fazer
ligações internas (de ramal para ramal) e externas. Atual- 2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fa-
mente existem dois tipos: PABX e KS. zer?
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sis- O tratamento deverá ser sempre positivo, independen-
tema, todas as ligações internas e a maioria das ligações temente das circunstâncias.
para fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais. Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a en-
Todas as ligações que entram, passam pela telefonista. tender que você não é o alvo.
- KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de en- Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidando
trada, de saída ou internas, são feitas sem passar pela te- para não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa
lefonista e age positivamente, coloca uma pressão psicológica no
Informações básicas adicionais Cliente, para que ele reaja de modo positivo.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as
ligações telefônicas. Eles se dividem em: 3ª – Diante de erros ou problemas causados pela
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se po- empresa
dem fazer ligações para fora sem passar pela telefonista ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido possível.
* Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é neces- Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que estiver
sário o auxilio da telefonista para ligar para fora. ao seu alcance para que o problema seja resolvido.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando vai Entender que para você o problema apresentado pelo
corrigir. cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o
Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema. problema é único, é o problema dele.
EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar. Entender que seu trabalho é este: atender o melhor
Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFIQUE, possível.
mas com muita prudência. O Cliente não se interessa por Entender que você e a empresa dependem do cliente,
“justificativas”. Este é um problema da empresa. não ele de vocês.
4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer? Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depen-
Concentre-se para entender o que realmente o Cliente der o futuro da relação do cliente com a empresa.
quer ou, exatamente, o que ele não está entendendo e o
porquê. POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom sen-
Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, so/Cordialidade)
até que o Cliente entenda. A FUGA DOS CLIENTES
Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o ge- As pesquisas revelam que 68% dos clientes das em-
rente, o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do presas fogem delas por problemas relacionados à pos-
possível, que o Cliente saia sem entender ou concordar tura de atendimento.
com a resolução. Numa escala decrescente de importância, podemos
5ª – Discussão com o Cliente observar os seguintes percentuais:
Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, 68% dos clientes fogem das empresas por problemas
você sempre perde! de postura no atendimento;
Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas;
ou “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre 9% fogem pelo preço;
alerta -, de forma que se evite SINTONIZAR na mesma fre- 9% fogem por competição, mudança de endereço,
quência emocional do Cliente, quando esta for negati- morte.
va. Exemplos:
A origem dos problemas está nos sistemas implanta-
O Cliente está... Reaja de forma oposta dos nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes siste-
mas não definem uma política clara de serviços, não defi-
Falando alto, nem o que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem
Fale baixo, pausadamente.
gritando. isso, existe muita dificuldade em satisfazer plenamente o
Irritado Mantenha a calma. cliente.
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes,
Desafiando Não aceite. Ignore o desafio.
não contratam profissionais com características básicas
Diga-lhe que é possível para atender o público, não treinam estes profissionais na
resolver o problema sem a postura adequada, não criam um padrão de atendimento e
Ameaçando
necessidade de uma ação este passa a ser realizado de acordo com as características
extrema. individuais e o bom senso de cada um.
Diga-lhe que o compreende, A falta de noção clara da causa primária da perda de
Ofendendo que gostaria que ele lhe desse clientes faz com que as empresas demitam os funcionários
uma oportunidade para ajudá-lo. “porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até
que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e
6ª – Equilíbrio Emocional que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais
Em uma época em que manter um excelente relacio- complexa e recheada de nuances que perpassam pela con-
namento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter dição individual e por condições sistêmicas.
um alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito
importante para todos os profissionais, particularmente os Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
que trabalham diretamente no atendimento a Clientes. 1. Falta de uma política clara de serviços;
2. Indefinição do conceito de serviços;
Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à 3. Falta de um perfil adequado para o profissional de
medida que: atendimento;
For paciente e compreensivo com o Cliente. 4. Falta de um padrão de atendimento;
Tiver uma crescente capacidade de separar as questões 5. Inexistência do follow up;
pessoais dos problemas da empresa. 6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal.
Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você,
mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espé- Nas condições individuais, podemos encontrar a
cie de “para-raios”. contratação de pessoas com características opostas ao ne-
Não fizer pré julgamentos dos clientes. cessário para atender ao público, como: timidez, avareza,
Entender que cada cliente é diferente do outro. rebeldia...

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO cultiva o estado de espírito antes da chegada do cliente.
Observando estas duas condições principais que cau- O primeiro passo de cada dia, é iniciar o trabalho com a
sam a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os
podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de
em dois itens: realizar serviços para o cliente.
os serviços e a postura de atendimento.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organi- Os requisitos para contratação deste profissional
zações e, como tal, está diretamente relacionado ao pró- Para trabalhar com atendimento ao público, alguns re-
prio negócio. quisitos são essenciais ao atendente. São eles:
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
são tratados os aspectos gerais da organização que dão Gostar de lidar com gente.
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pin- Ser extrovertido.
tura), os jardins. Este item, portanto, depende mais direta- Ter humildade.
mente da empresa e está mais relacionado com as condi- Cultivar um estado de espírito positivo.
ções sistêmicas. Satisfazer as necessidades do cliente.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento Cuidar da aparência.
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o fun-
cionário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendi-
com os clientes. Portanto, está ligado às condições indivi- mento.
duais.
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas A POSTURA pode ser entendida como a junção de to‑
políticas das empresas, o treinamento, a definição de um dos os aspectos relacionados com a nossa expressão corporal
padrão de atendimento e de um perfil básico para o profis- na sua totalidade e nossa condição emocional.
sional de atendimento, como forma de avançar no próprio Podemos destacar 03 pontos necessários para falar-
negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam com- mos de POSTURA. São eles:
plementares e inter-relacionados, com dependência recí- 01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracte-
proca para terem peso. riza por um posicionamento de humildade, mostrando-se
Para conhecermos melhor a postura de atendimen- sempre disponível para atender e interagir prontamente
to, faz-se necessário falar do Verdadeiro profissional do com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA do atenden-
atendimento. te suscita alguns sentimentos positivos nos clientes, como
por exemplo:
Os três passos do verdadeiro profissional de atendi- a) postura do atendente de manter os ombros abertos
mento: e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de recep-
01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de tividade e acolhimento;
compreender e atender as necessidades dos clientes, b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente;
importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem
profissional é voltado completamente para a interação respeito e segurança;
com o cliente, estando sempre com as suas antenas ligadas d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afe-
neste, para perceber constantemente as suas necessidades. tividade e calorosidade.
Para este profissional, não basta apenas conhecer o produ-
to ou serviço, mas o mais importante é demonstrar inte- 02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO COR-
resse em relação às necessidades dos clientes e atendê-las. PORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as ne- entre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo.
cessidades dos clientes, aguçando a capacidade de perce- Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos
ber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário e confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir
que este profissional tenha uma formação voltada para as os nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa for-
pessoas e goste de lidar com gente. Se espera que ele ma, nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos
fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional, medos.
a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em 03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos ex-
que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar trair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emo-
a felicidade do outro. cionais que elas traduzem e a identificação destes estados
pelas pessoas; e a sua função social que diz em que condi-
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO ções ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador
DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e senti- e quem a expressa.
mentos positivos, para ter atitudes adequadas no momen- Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor-
to do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com-
problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para isso, plexa entre o organismo e o seu meio ambiente.

58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
O olhar 2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através momento do pagamento;
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos senti‑ 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
mentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado de ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
espírito.
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos pren- A INVASÃO
der somente a ele, mas a fisionomia como um todo para Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver
entendermos o real sentido dos olhos. com INVASÃO DE TERRITÓRIO.
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de Vamos entender melhor isso.
acolhimento, de interesse no atendimento das suas ne- Todo ser humano sente necessidade de definir um
cessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar TERRITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos.
apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a Este território não se configura apenas em um espaço físi-
impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento. co demarcado, mas principalmente num espaço pessoal e
social, o que podemos traduzir como a necessidade de pri-
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este vacidade, de respeito, de manter uma distância ideal entre
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples:
si e os outros de acordo com cada situação.
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro,
Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes
gostar de ajudar o próximo.
na privacidade, o que normalmente traz consequências ne-
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e
gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação gativas. Podemos exemplificar estas invasões com algumas
agradável para o cliente. Gostar de atender o público signi- situações corriqueiras: uma piada muito picante contada
fica gostar de atender as necessidades dos clientes, querer na presença de pessoas estranhas a um grupo social; ficar
ver o cliente feliz e satisfeito. muito próximo do outro, quase se encostando nele; dar um
tapinha nas costas...
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode trans‑ Nas situações de atendimento, são bastante comuns as
mitir: invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maio-
01. Interesse quando: ria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por
Brilha; eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Alguns
Tem atenção; são os exemplos destas atitudes e situações mais comuns:
Vem acompanhado de aceno de cabeça.
02. Desinteresse quando: Insistência para o cliente levar um item ou adquirir um
É apático; bem;
É imóvel, rígido; Seguir o cliente por toda a loja;
Não tem expressão. O motorista de taxi que não pára de falar com o cliente
passageiro;
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerindo
gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como pratos sem ser solicitado;
dissimular com o olhar. O funcionário que cumprimenta o cliente com dois
beijinhos e tapinhas nas costas;
A aproximação - raio de ação. O funcionário que transfere a ligação ou desliga o te-
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao con- lefone sem avisar.
ceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o pú-
blico, independente deste ser cliente ou não. Estas situações não cabem na postura do verdadeiro
Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3
profissional do atendimento.
metros de distância do público e de um tempo imediato,
ou seja, prontamente.
O sorriso
Além do mais, deve ocorrer independentemente do
funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes re- O SORRISO abre portas e é considerado uma lingua-
quisitos para a interação, a tornam mais eficaz. gem universal.
Esta interação pode se caracterizar por um cumpri- Imagine que você tem um exame de saúde muito im-
mento verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou ape- portante para receber e está apreensivo com o resultado.
nas por um aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista
cliente sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a que apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se
atenção necessária para satisfazer os seus anseios. sentirá mais seguro e mais confiante, diminuindo um pou-
co a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado
Alguns exemplos são: como um ato de apaziguamento.
1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de es-
carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. pírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas
Ela prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as
dia!”. não sorridentes.

59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de Alguns cuidados são essenciais para tornar este item
comunicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções mais completo. São eles:
e geralmente informa mais do que a linguagem falada e a 01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além
escrita. Dessa forma, podemos passar vários tipos de sen- da função higiênica, também é revigorante e espanta a
timentos e acarretar as mais diversas emoções no outro. preguiça;
02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas lim-
Ir ao encontro do cliente pas, cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito
Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compro- agradável, axilas
misso no atendimento, por parte do atendente. Este item Asseadas, barba feita;
traduz a importância dada ao cliente no momento de aten- 03. Roupas limpas e conservadas;
dimento, na qual o atendente faz tudo o que é possível 04. Sapatos limpos;
para atender as suas necessidades, pois ele compreende 05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local vi-
que satisfazê-las é fundamental. Indo ao encontro do clien- sível pelo cliente.
te, o atendente demonstra o seu interesse para com ele.
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
cliente se questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da
A primeira impressão
sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A
um bom serviço ? “
PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA.
A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto im-
Você concorda com ela? portante para criar uma relação de proximidade e confian-
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil ça entre o cliente e o atendente.
a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a
impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o Cumprimento caloroso
cliente irá voltar. O que você sente quando alguém aperta a sua mão
É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta sem firmeza ?
o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se co-
teve os seus desejos satisfeitos. nhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade do
Estes clientes perdem a confiança na empresa e nor- seu aperto de mão.
malmente os custos para resgatá-la, são altos. Alguns O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passivi-
mecanismos que as empresas adotam são os contatos via dade, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta de
telemarketing, mala-direta, visitas, mas nem sempre são compromisso com o contato.
eficazes. Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que
A maioria das empresas não têm noção da quantidade machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem posi-
de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não tiva, causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, agres-
adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou sividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumpri-
insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as mento firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe
armas que teriam para reforçar os seus processos internos livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra inte-
e o seu sistema de trabalho. resse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e
Quando as organizações atentam para essa importân- compromisso com o contato.
cia, elas passam a aplicar instrumentos de medição. É importante lembrar que o cumprimento deve estar
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros
realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, sub- e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e ex-
jetivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto. pressão corporal.
Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não
de cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e auto‑
colher as informações reais.
mática.
A saída seria criar medidores que traduzissem com
Tom de voz
fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma
serviço e o produto adquiridos da empresa. onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como
dizemos as palavras, são mais importantes do que as pró-
Apresentação pessoal prias palavras.
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair
quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos des- hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará
penteados, as roupas mal cuidadas... ? pronta na próxima semana “. De acordo com a maneira
O atendente está na linha de frente e é responsável que dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos,
pelo contato, além de representar a empresa neste mo- vamos perceber reações diferentes do cliente.
mento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons ser- Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos des-
viços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa culpando pela falha e assumindo uma postura de humilda-
apresentação pessoal. de, falando com calma e num tom amistoso e agradável,
percebemos que a reação do cliente será de compreensão.

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma me- O calor no atendimento
cânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, O atendimento caloroso evita dissabores e situações
poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os
o gerente, gritando... pontos estudados sobre postura.
As palavras são símbolos com significados próprios. A O atendente escolhe a condição de atender o cliente e
forma como elas são utilizadas também traz o seu signifi- para isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se
cado e com isso, cada palavra tem a sua vibração especial. sentir importante e respeitado. Na situação de atendimen-
to, o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo caloro-
Saber escutar sidade nas atitudes, o atendente satisfaz as necessidades
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCU- do cliente de estima e consideração.
TAR? Se você respondeu que não, você errou. Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verda‑ cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito,
deiro sentido, compreendendo e interpretando a essência, o além de retornar ao atendente como um bumerangue. O
conteúdo da comunicação. EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em situações
O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com de atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou
a nossa capacidade de perceber o outro. E, para perceber- não, do cliente em relação ao atendente. Com este efeito,
mos o outro, o cliente que está diante de nós, precisamos as atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem, o
nos despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem cliente se sente bem e trata o atendente com respeito. Se
o processo de comunicação. São elas: este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil.
* os nossos PRECONCEITOS; O cliente não está na esteira da linha de produção, mere-
* as DISTRAÇÕES; cendo ser tratado com diferenciação e apreço.
* os JULGAMENTOS PRÉVIOS; Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraí-
* as ANTIPATIAS. das, que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido
de vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO.
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilida-
precisamos compreender o TODO, captando os estímulos de, retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas
que vêm do outro, fazendo uma leitura completa da situa- atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que
ção. este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois
ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua
Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de
MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ.
receptividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e
uma boca, o que nos sugere que é preciso escutar mais
As gafes no atendimento
do que falar.
Depois de conhecermos a postura correta de atendi-
Quando não sabemos escutar o cliente - interrompen-
mento, também é importante sabermos quais são as for-
do-o, falando mais que ele, dividindo a atenção com outras
mas erradas, para jamais praticá-las. Quem as pratica, com
situações - tiramos dele, a oportunidade de expressar os
certeza não é um verdadeiro profissional de atendimento.
seus verdadeiros anseios e necessidades e corremos o risco
Podemos dividi-las em duas partes, que são:
de aborrecê-lo, pois não iremos conseguir atende-las.
A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que Postura inadequada
vamos conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar A postura inadequada é abrangente, indo desde a pos-
de fato, os sentimentos por trás do que está sendo dito, tura física ao mais sutil comentário negativo sobre a em-
mas, para isso, é preciso que o atendente esteja sintoniza- presa na presença do cliente.
do emocionalmente com o cliente. Esta sintonia se dá atra- Em relação à postura física, podemos destacar como
vés do despojamento das barreiras que já falamos antes. inadequado, o atendente:
* se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça
Agilidade no seu birô por não estar com o cliente (esta atitude impe-
Atender com agilidade significa ter rapidez sem de que ele interaja no raio de ação);
perder a qualidade do serviço prestado. * mascar chicletes ou fumar no momento do atendi-
A agilidade no atendimento transmite ao cliente a idéia mento;
de respeito. Sendo ágil, o atendente reconhece a necessi- * cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas coi-
dade do cliente em relação à utilização adequada do seu sas só devem ser feitas no banheiro);
tempo. * comer na frente do cliente (comum nas empresas que
Quando há agilidade, podemos destacar: oferecem lanches ou têm cantina);
o atendimento personalizado; * gritar para pedir alguma coisa;
a atenção ao assunto; * se coçar na frente do cliente;
o saber escutar o cliente; * bocejar (revela falta de interesse no atendimento).
cuidar das solicitações e acompanhar o cliente durante Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
todo o seu percurso na empresa. * se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir caro-
na, por exemplo;

61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
* receber presentes do cliente em troca de um bom Este verdadeiro profissional trabalha em cada mo-
serviço; mento da verdade, considerando-o único e fundamental
* fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou para definir a satisfação do cliente. Ele se fundamenta na
serviços na frente do cliente; chamada TRÍADE DO ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que ATENDIMENTO, que é composto de elementos básicos do
vende, o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem processo de interação, que são:
para o cliente;
* falar mau das pessoas na sua ausência e na presença A ) a pessoa
do cliente; A pessoa mais importante é aquela que está na sua
* usar o cliente como desabafo dos problemas pes- frente. Então, podemos entender que a pessoa mais im-
soais; portante é o cliente que está na frente e precisa de aten-
* reclamar na frente do cliente; ção.
* lamentar; No Momento da Verdade, o atendente se relaciona di-
* colocar problemas salariais; retamente com o cliente, tentando atender a todas as suas
* “ lavar a roupa suja “ na frente do cliente. necessidades. Não existe outra forma de atender, a não ser
pelo contato direto e, portanto, a pessoa fundamental nes-
LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS OU-
te momento é o cliente.
TROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS.

Usar chavões B ) a hora


O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o
forma de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao presente, pois somente nele podemos atuar.
cliente. Citamos aqui, os mais comuns: O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado
e o futuro não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o
PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO presente como fonte de atuação. Nele, podemos agir e
A ESTE ATENDENTE? transformar. O aqui e agora são os únicos momentos
* o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER... nos quais podemos interagir e precisamos fazer isto da
* o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA melhor forma.
FAZ PELO SENHOR...
* o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS... C ) a tarefa
* AÍ VEM ELE DE NOVO... Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais
Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando importante diante desta pessoa mais importante para nós,
a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente. na hora mais importante que é o aqui e o agora, é FAZER O
Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um CLIENTE FELIZ, atendendo as suas necessidades.
círculo vicioso na postura inadequada, pois, o atendente Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos
usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao cliente e da Verdade e, para que estes sejam plenos, é necessário que
a situação de atendimento ), o cliente se aborrece e descar- os funcionários de linha de frente, ou seja, que atendem
rega no atendente, ou simplesmente não volta mais. os clientes, tenham poder de decisão. É necessário que os
Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança chefes concedam autonomia aos seus subordinados para
radical no pensamento e postura do atendente. atuarem com precisão nos Momentos da Verdade.
Impressões finais do cliente Teleimagem
Toda a postura e comportamento do atendente vai le- Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMA-
var o cliente a criar uma impressão sobre o atendimento e,
GEM da empresa e dele mesmo.
consequentemente, sobre a empresa.
TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente for-
Duas são as formas de impressões finais mais comuns
do cliente: ma na sua mente ( imagem mental ) sobre quem o está
1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato dire- atendendo e , consequentemente, sobre a empresa (
to (pessoal) e/ou telefônico com o atendente; que é representada por este atendente).
2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do
conhecê-las com mais detalhes. cliente encaminhar os seus negócios é maior, pois ele su-
põe que a empresa é comprometida com o cliente. No
Momentos da verdade entanto, se a imagem é negativa, vemos normalmente o
Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qual- cliente fugindo da empresa. Como no atendimento telefô-
quer episódio no qual o cliente entra em contato com qual- nico, o único meio de interação com o cliente, é através da
quer aspecto da organização e obtem uma impressão da palavra e sendo a palavra o instrumento, faz-se necessário
qualidade do seu serviço. usá-la de forma adequada para satisfazer as exigências do
O funcionário tem poucos minutos para fixar na mente cliente. Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados
do cliente a imagem da empresa e do próprio serviço pres- a palavra e as atitudes, como fundamentais na formação
tado. Este é o momento que separa o grande profissional da TELEIMAGEM.
dos demais.

62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
São eles: Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho
01. O tom de voz: é através dele que transmitimos in- , criando uma couraça ao nosso redor para nos proteger.
teresse e atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio e Com eles, nós achamos que somos tudo o que importa e
distante, passamos ao cliente, a ideia de desatenção e de- esquecemos de olhar para o outro e perguntar como ele
sinteresse. está, do que ele precisa, em que podemos ajudar.
Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma Esquecemos de perceber principalmente os seus sen-
decidida e atenciosamente, satisfazemos as necessidades timentos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos
do cliente de sentir-se assistido, valorizado, respeitado, im- tornamos vaidosos e passamos a ver os outros de acordo
portante. com o que estes óculos registram: os nossos preconceitos,
02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas nossos valores, nossos sentimentos...
o atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não
expressamente PROIBIDO o uso de termos como: amor, sabemos repartir, não sabemos doar.
bem, benzinho, chuchu, mulherzinha, queridinha, co- Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mes-
lega... mos, só lembramos de nós. É aqui que a empatia se de-
teriora, quando os nossos próprios sentimentos são tão
03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a im- fortes que não permitem harmonização com o outro e
passam por cima de tudo.
pressão de educação e respeito. São INCORRETAS as atitu-
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABA-
des de transferir a ligação antes do cliente concluir o que
LHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE
iniciou a falar; passar a ligação para a pessoa ou ramal er- DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS
rado ( mostrando com isso que não ouviu o que ele disse ); SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES.
desligar sem cumprimento ou saudação; dividir a atenção
com outras conversas; deixar o telefone tocar muitas vezes Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas,
sem atender; dar risadas no telefone. pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para con-
cluir, podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O
Aspectos psicológicos do atendente Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o essen-
Nós falamos sobre a importância da postura de atendi- cial é invisível aos olhos“. Isto é empatia.
mento. Porém, a base dela está nos aspectos psicológicos
do atendimento. Vamos a eles. PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de com-
Empatia preender e captar as situações, o que exige sintonia e é
O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA, fundamental no processo de atendimento ao público. Para
que significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a percebermos melhor, precisamos passar pelo “esvaziamen-
capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, pro- to” de nós mesmos, ficando assim, mais próximos do outro.
curando sempre entender as suas necessidades, os seus Mas, como é isso? Vamos ficar vazios? É isso mesmo. Vamos
anseios, os seus sentimentos. Dessa forma, é uma aptidão ficar vazios dos nossos preconceitos, das nossas antipatias,
pessoal fundamental na relação atendente - cliente. Para dos nossos medos, dos nossos bloqueios, vamos observar
conseguirmos ser empáticos, precisamos nos despojar dos as situações na sua totalidade, para entendermos melhor
nossos preconceitos e preferências, evitando julgar o outro o que o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo
a partir de nossas referências e valores. real: certa vez, em uma loja de carros, entra um senhor de
A empatia alimenta-se da autoconsciência, que signifi- aproximadamente 65 anos, usando um chapéu de palha,
ca estarmos abertos para conhecermos as nossas emoções. camiseta rasgada e calça amarrada na cintura por um bar-
Quanto mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura bante. Ele entrou na sala do gerente, que imediatamente se
levantou pedindo para ele se retirar, pois não era permitido
dos sentimentos dos outros. Quando não temos certeza
“pedir esmolas ali “. O senhor com muita paciência, retirou
dos nossos próprios sentimentos, dificilmente consegui-
de um saco plástico que carregava, um “bolo“ de dinheiro
mos ver os dos outros.
e disse: “eu quero comprar aquele carro ali”.
E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata cla-
está na capacidade de interpretar os canais não verbais de ramente o que podemos fazer com o outro quando pré-
comunicação do outro, que são: os gestos, o tom de voz, julgamos as situações.
as expressões faciais... Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo
Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está li- é muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que
gada ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. é e não é harmônico e com ele percebemos a essência dos
Isto requer uma atitude muito sublime que se chama HU- fatos e situações.
MILDADE. Sem ela é impossível ser empático. Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado
Quando não somos humildes, vemos as pessoas de com a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de
maneira deturpada, pois olhamos através dos óculos do percepção, na qual vemos, escutamos e sentimos apenas
orgulho e do egoísmo, com os quais enxergamos apenas aquilo que nos interessa. Esta seleção age como um filtro,
o nosso pequenino mundo. que deixa passar apenas o que convém. Esta filtragem está
O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a diretamente relacionada com a nossa condição física-psí-
humanidade, impedindo-a de ser feliz. quica emocional. Como é isso? Vamos entender:

63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
a)Se estou com medo de passar em rua deserta e es- Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutu-
cura, a sombra do galho de uma árvore pode me assustar, ra adequada para o atendimento ao público, obrigando o
pois eu posso percebê-lo como um braço com uma faca atendente a dividir o seu trabalho entre atendimento pes-
para me apunhalar; soal e telefônico, quando normalmente há um fluxo grande
b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de de ambos no setor. Neste caso, o ideal seria separar os dois
um cheiro agradável de comida; tipos de atendimento, evitando problemas desta espécie.
c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
parte mais amena da repreensão e reprimir a mais severa. * atender pessoalmente e interromper com o telefone
Em alguns casos, a percepção seletiva age como me- * atender o telefone e interromper com o contato di-
canismo de defesa. reto
* sair para tomar café ou lanchar
O ESTADO INTERIOR * conversar com o colega do lado sobre o final de se-
O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a mana, férias, namorado, tudo isso no momento de atendi-
condição interna, o estado de espírito diante das situações. mento ao cliente.
A atitude de quem atende o público está diretamente
Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como
relacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente
um exibicionismo funcional, o que não agrega valor ao tra-
mantém um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupa-
balho. O cliente deve ser poupado dele.
ções excessivas, as suas atitudes serão mais positivas frente
Os desafios do profissional de atendimento
ao cliente.
Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensa- Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. Al-
mentos e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes, gumas situações exigem um alto grau de maturidade do
dão suporte as atitudes frente ao cliente. atendente e é nestes momentos que este profissional tem
Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensa- a grande oportunidade de mostrar o seu real valor. Aqui
mentos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vai- estão duas destas situações.
dade, as atitudes advindas deste estado, sofrerão as suas
influências e serão: Encantando o cliente
* Atitudes preconceituosas; Fazer apenas o que está definido pela empresa como
* Atitudes de exclusão e repulsa; sendo o seu padrão de atendimento, pode até satisfazer as
* Atitudes de fechamento; necessidades do cliente, mas talvez não ultrapasse o nor-
* Atitudes de rejeição. mal.
É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabi- Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que
lidade, para que o atendente consiga manter uma atitude faz a grande diferença no atendimento.
positiva com os clientes e as situações.
Atuação extra
O ENVOLVIMENTO A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o cliente
A demonstração de interesse, prestando atenção ao que se caracteriza por atitudes ou ações do atendente, não
cliente e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o estabelecidas nos procedimentos de trabalho. É produzir
caminho para o verdadeiro sentido de atender. um serviço acima da expectativa do cliente.
Na área de serviços, o produto é o próprio serviço
prestado, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com Autonomia
o cliente. Um serviço é, então, um resultado psicológico e Na verdade, a autonomia não deveria estar no encan-
pessoal que depende de fatores relacionados com a intera- tamento do cliente; ela deveria fazer parte da estrutura da
ção com o outro. Quando o atendente tem um envolvimen- empresa. Mas, nem sempre a realidade é esta. Colocamos
to baixo com o cliente, este percebe com clareza a sua falta
aqui porque o consumidor brasileiro ainda se encanta ao
de compromisso. As preocupações excessivas, o trabalho
encontrar numa loja, um balconista que pode resolver as
estafante, as pressões exacerbadas, a falta de liderança, o
suas queixas sem se dirigir ao gerente.
nível de burocracia, são fatores que contribuem para uma
A AUTONOMIA está diretamente relacionada ao
interação fraca com o cliente. Esta fraqueza de envolvimen-
to não permite captar a essência dos desejos do cliente, o processo de tomada de decisão. Onde existir uma situa-
que se traduz em insatisfação. Um exemplo simples disso é ção na qual o funcionário precise decidir, deve haver au-
a divisão de atenção por parte do atendente. Quando este tonomia.
divide a atenção no atendimento entre o cliente e os cole- No atendimento ao público, é fundamental haver au-
gas ou outras situações, o cliente sente-se desrespeitado, tonomia do pessoal de linha de frente e é uma das condi-
diminuído e ressentido. A sua impressão sobre a empresa é ções básicas para o sucesso deste tipo de trabalho.
de fraqueza e o Momento da Verdade é pobre. Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo
Esta ação traz consequências negativas como: impos- de poder para atuar de acordo com a situação e esse poder
sibilidade de escutar o cliente, falta de empatia, desrespei- deve ser conquistado. O poder aos funcionários serve para
to com o seu tempo, pouca agilidade, baixo compromisso agilizar o negócio. Às vezes, a falta de autonomia se rela-
com o atendimento. ciona com fraca liderança do chefe.

64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade, Esta definição ressalta o fato de que o gerente contribui
desburocratização, respeito, compromisso, organização. para os objetivos da organização fazendo com que outras
Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o ou- pessoas, e não ele mesmo, executem as tarefas que são
tro , não precisa passear pela empresa, ouvindo dos aten- necessárias. Essas pessoas, cujo trabalho o gerente dirige,
dentes: “Esse assunto eu não resolvo; é só com o fulano; são exatamente os indivíduos por meio dos quais o geren-
procure outro setor...” te obtém resultados. Em tais condições, o gerente torna-se
A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra responsável pelo desempenho das pessoas que ele dirige.
que a empresa está totalmente voltada para o cliente, pois Assim, para que um gestor possa se desincumbir satisfato-
todo o sistema funciona para atendê-lo integralmente, e riamente dessa responsabilidade, ele precisa conhecer os
essa postura é vital, visto que a imagem transmitida pelo fatores que influenciam o desempenho dos indivíduos no
atendente é a imagem que será gerada no cliente em re- trabalho.
lação à organização, dessa forma, ao atender, o atendente De que fatores depende o desempenho das pessoas
precisa se lembrar que naquele cargo, ele representa uma em uma organização? Há uma infinidade deles mas, de
marca, uma instituição, um nome, e que todas as suas ati- modo geral, pode-se agrupá-los em quatro categorias:
tudes devem estar em conformidade com a proposta de 1) qualificação;
visão que essa organização possui, focando sempre em um 2) motivação;
atendimento efetivamente eficaz e de qualidade. 3)problemas ambientais; e
4) problemas pessoais.
Os dois primeiros fatores descrevem as relações do
4. GESTÃO DE PESSOAS: CONCEITOS, indivíduo com o que ele faz, isto é, com o conteúdo de
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, TRABALHO seu serviço. São fatores que atuam de modo positivo. O
EM EQUIPE, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA E terceiro fator, que descreve a relação do ser humano com
GERENCIAMENTO DE CONFLITOS. o ambiente em que ele realiza seu trabalho, bem como o
quarto fator, agem no sentido negativo. Se qualquer um
desses quatro grandes fatores estiver em desordem, o de-
sempenho do funcionário será afetado. Vamos examinar
LIDERANÇA, DESEMPENHO E MOTIVAÇÃO cada categoria para entender o que significa.
Muito tem sido falado sobre a relação entre liderança
e motivação. Afirma-se que o líder exerce um papel funda- MOTIVAÇÃO
mental, o de manter sua equipe motivada a fim de obter As várias teorias existentes indicam que a motivação
altos níveis de desempenho. Sustenta-se que liderança é a
de um indivíduo para o trabalho depende de vários fatores:
capacidade de inspirar e motivar as pessoas a alcançarem
grau de interesse na função que ele executa, possibilidades
suas metas e ultrapassar seus limites. Declara-se que o líder
de desenvolvimento profissional, possibilidade de progres-
é capaz de influenciar as pessoas a atingirem seus próprios
so na carreira, existência de metas e objetivos desafiantes,
objetivos bem como os da organização, e que, para isso,
feedback, reconhecimento, grau de autonomia e de parti-
é necessário compreender o comportamento humano e o
cipação nas decisões que afetam seu trabalho e outros. A
que o motiva, ou seja, é preciso identificar as necessidades
das pessoas para facilitar o processo motivacional e au- motivação é, igualmente, um fator que atua positivamente,
mentar a produtividade.1 ou seja, sua presença é indispensável para um desempe-
Embora seja verdade que o comportamento do líder nho satisfatório.
têm, de fato, influência sobre a motivação da equipe, a ên-
fase que inúmeros textos têm colocado nessa relação in- CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
duz os leitores a pensar que a única preocupação do líder Necessidade, motivo ou motivador é um estado ou
deve ser com o fator motivacional. Essa restrição implica condição interna que predispõe o indivíduo a agir. Em con-
deixar de lado outros elementos, igualmente poderosos, trapartida, temos o que se chama de fator de satisfação,
que exercem considerável influência sobre a produtivida- que nada mais é do que aquilo que satisfaz uma necessida-
de e o desempenho dos funcionários. É conveniente, pois, de. Satisfação é, pois, o atendimento ou eliminação de uma
alargar o foco para incluir na discussão essas outras variá- necessidade. Em tais condições, define-se motivação como
veis. Como consequência, em vez de discutirmos a relação uma inclinação para a ação que tem origem em um motivo
entre liderança e motivação, analisaremos a relação entre (necessidade). A motivação, portanto, decorre das necessi-
liderança e desempenho. Começaremos examinando os dades humanas, razão pela qual uma pessoa não pode mo-
fatores que afetam o desempenho e, posteriormente, o pa- tivar outra. É possível oferecer ou negar às pessoas fatores
pel da liderança na conformação desses fatores. de satisfação de necessidades tais como água, vestuário,
elogios etc., mas isto não significa oferecer ou negar moti-
DESEMPENHO E SEUS FATORES DETERMINANTES vação. Isto significa simplesmente satisfazer ou não satis-
Uma definição comum para a palavra “Gerente” é: um fazer as necessidades da pessoa. Um fator de satisfação só
indivíduo que dirige o trabalho de outras pessoas e que, fará sentido se corresponder a uma necessidade do indiví-
portanto, é responsável pelo trabalho dessas pessoas. Ou- duo. As necessidades humanas não são criadas pelo ofere-
tro conceito para esse termo é o de que Gerente é o profis- cimento ou negação de fatores de satisfação; elas existem
sional que obtém resultados por meio de outras pessoas. simplesmente em decorrência da natureza humana. Assim,

65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
definimos Motivação como o desejo, a disposição, a vonta- sas são feitas. Ela oferece estabilidade à organização. Toda
de de fazer um esforço para satisfazer uma necessidade ou organização tem uma cultura e que, dependendo de sua
um objetivo individual.4 Definimos ainda Motivação para o força, pode ter uma influência significativa sobre o com-
trabalho como o desejo, a disposição, a vontade de fazer portamento e as atitudes de seus membros.
um esforço para alcançar um objetivo organizacional. Não A cultura funciona assim então como uma espécie de
se deve, portanto, confundir motivação com esforço. Moti- controle do comportamento individual, tornando-o mais
vação é algo que o indivíduo possui antes de iniciar a ação, semelhante aos dos demais membros da organização.
ou seja, antes de começar a se esforçar. Podemos dizer que a cultura organizacional, num sen-
Em decorrência do conceito de motivação exposto aci- tido bem ampliado, é como um conjunto de mecanismos
ma, usaremos, a partir de agora, o verbo “motivar” como de controle - planos, receitas, regras, instruções - para go-
sinônimo de “oferecer o fator de satisfação de uma neces- vernar o comportamento.
sidade”. Por constituir-se num poderoso mecanismo de contro-
le do comportamento, a cultura organizacional tem forte
CULTURA ORGANIZACIONAL impacto sobre grande parte das dimensões organizacio-
Quando uma organização assume uma vida própria, nais tais como produtividade, comprometimento, rotativi-
independente de seus fundadores ou qualquer de seus dade, autoconfiança, motivação, exercício do poder, etc.
membros, ela adquire a imortalidade. A institucionalização Buscar os fatores que tomam parte do processo de
opera para produzir uma compreensão comum, entre os aprendizagem cultural parece ser, então, um passo impor-
membros da organização sobre o que é o comportamento tante para o estudo da cultura organizacional.
apropriado. Partindo desta noção é que se compreende a A verdadeira cultura da organização é revelada muito
cultura organizacional. mais pelas práticas de tratamento aos empregados, forne-
A cultura organizacional influencia as percepções, os cedores e clientes do que pelo discurso dos seus líderes.
valores e os sentimentos, tornando os comportamentos Lamentavelmente, o discurso dissociado da prática
das pessoas mais semelhantes entre si. vem sendo o recurso preferencial de algumas organizações
Focalizar a empresa na dimensão de sua forma ou con- do nosso meio.
figuração organizacional pode ajudar a identificar aspectos Podemos concluir que a cultura organizacional produz
de sua estrutura, da natureza do trabalho executado dentro comportamentos funcionais que contribuem para que se
dela e outras particularidades de sua anatomia. Mas, ainda alcancem as metas da organização. É também uma fonte
que este enfoque seja da maior importância para a com- de comportamentos desajustados que produzem efeitos
preensão dos fenômenos organizacionais, não devemos adversos ao sucesso da organização.
esquecer que a organização é constituída de pessoas que Uma função importante da cultura organizacional é
se comportam. E isto altera dramaticamente a abordagem distinguir uma organização de outras e de seu ambiente,
para o seu entendimento. Na verdade, para começarmos a proporcionando a esta uma identidade externa. Ela atua
compreender uma organização necessitamos, além da sua como um filtro de percepção, encorpado com estórias e
estrutura, estudar também os seus processos psicossociais mitos, os quais ganham significado a partir da rotina, even-
dentro do contexto cultural específico onde eles ocorrem. tos vivenciados frequentemente, assim como em situações
A análise da cultura da organização é, portanto, um requi- únicas.
sito essencial para a compreensão do comportamento das Finalmente, cultura é um mecanismo de controle so-
pessoas que nela trabalham. cial. Através da cultura – particularmente uma forte e efe-
Se estivermos com os nossos olhos e mentes, bem tiva – a organização define a realidade com a qual os seus
abertos observaremos na organização certas regularida- membros irão viver. Estas socializam os novos membros
des de comportamentos. Podem ser facilmente notadas de uma forma peculiar de fazer as coisas e periodicamente
como, por exemplo, nos modos de vestir das pessoas, nos ressocializa seus membros mais antigos.
adornos e na utilização dos espaços físicos do trabalho, nas A maior disfunção – consequência negativa – da cul-
maneiras como são tomadas as decisões ou nas manifesta- tura organizacional é a de criar barreiras à mudança. Uma
ções de disputa pelo poder entre as gerências. Podem ser organização de cultura forte produz membros com um
também acontecimentos de comportamentos padroniza- conjunto de comportamentos explícitos que funcionaram
dos pouco perceptíveis, como certas crenças não explicita- bem no passado.
das claramente, mas compartilhadas por muitos membros Naturalmente, a expectativa é de que estes comporta-
da organização. mentos também serão eficientes no futuro.
A cultura organizacional, até certo ponto, cega as pes- Paradoxalmente, uma cultura forte pode produzir ri-
soas para outras realidades ou formas de fazer, parece que gidez na organização, dificultando as necessárias mudan-
tudo aquilo que foi pregado é reconhecido como natural e ças para as novas condições. Outra disfunção da cultura é
normal. A partir daí, qualquer outra maneira de ser parece que ela pode criar conflitos dentro da própria organização.
estranha e até inaceitável. Como sabemos, subculturas (pequenos grupos altamen-
Assim, a organização, como um ente coletivo, tende a te coesos) emergem frequentemente nas organizações.
considerar o próprio modo de fazer como o mais correto. Subculturas podem se tornar tão coesas que acabam de-
Uma forte cultura organizacional oferece aos funcio- senvolvendo valores suficientemente distintos que sepa-
nários uma compreensão clara da maneira como as coi- ram o subgrupo do resto da organização. Outro tipo de

66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
comportamento disfuncional é o de subculturas que se INDICADORES DO CLIMA ORGANIZACIONAL
desenvolvem em velocidades diferentes de outras unida- 1) Turnover
des da organização. Isto resulta em falta de coordenação 2) Absenteísmo
interna que afeta adversamente as relações externas. Por 3) Avaliações de desempenho
exemplo, um departamento de Tecnologia da Informação 4) Programas de sugestões
pode implantar sistemas computadorizados que estejam 5) Pichações no banheiro
além das habilidades da maioria dos empregados médios. 6) Greves
Mesmo com treinamento, trabalhadores podem resistir à 7) Conflitos interpessoais e interdepartamentais
nova tecnologia ou vivenciar um longo período de apren- 8) Desperdício de material
dizado. Relacionado com isto, subculturas orientadas para 9) Reclamações no serviço de medicina
a mudança podem vivenciar conflitos com subculturas que
não valorizam mudanças. Isto os impede de explorar novas O indicador só nos alerta de alguns fatores importan-
soluções para os problemas da organização, criando uma tes, daí teremos que lançar mão de algumas estratégicas
cultura onde predomina a indecisão.
para realmente avaliar o clima de uma empresa. A pesquisa
A cultura é um sistema de crenças (como as coisas
é uma estratégia e muitas empresas têm ações constantes
funcionam) e valores (o que é importante) compartilhados
para monitorar a questão do clima dentro da empresa. Al-
(vivenciado por todos) e que interagem com (penetrações
gumas práticas encontradas são:
nos sistemas e subsistemas) as pessoas, as estruturas e
mecanismos de controle para produzir (efeitos) as normas Café da manhã com o presidente
de comportamento características daquela organização Ombudsman da empresa (ouvidor clientes, fornecedo-
(como fazemos as coisas por aqui). res, comunidade)
Reuniões constantes com as áreas
RELAÇÕES ENTRE CULTURA E CLIMA: Entrevista de desligamento
Entre clima e cultura há uma relação de causalidade.
A cultura sendo a causa e o clima a consequência. Clima e PARADIGMAS QUE PRECISAM SER MUDADOS
cultura são fenômenos intangíveis, apesar de se manifesta- - O sentimento que os sucessos do passado garantem
rem de forma concreta. o sucesso do futuro
Apesar disso vemos a cultura se manifestar através de - Desequilíbrio na valorização das competências téc-
arquiteturas, vestuários, comportamentos de colaborado- nicas em detrimento das competências emocionais e de
res, Ela irá se tangibilizar através do relacionamento da em- gestão
presa com seus parceiros comerciais. - Falta de foco nos resultados da empresa, gestão fo-
Clima é um fenômeno temporal, refere-se aquele dado cada nos interesse setoriais ou pessoais, falta de visão sis-
momento. Já a cultura é decorrente de práticas recorrentes têmica
ao longo do tempo. - Falta de transparência nas comunicações
- Falta de comprometimento com os valores da em-
CLIMA ORGANIZACIONAL: presa
CONCEITOS DE CLIMA - Falta de coerência entre o discurso e a ação
O clima é o indicador do grau de satisfação dos mem-
bros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da PESQUISA DE CLIMA
cultura ou realidade aparente da organização, tais como É o mais importante instrumento de apoio para imple-
políticas de RH, modelo de gestão, missão da empresa, mentações consistente de processo de melhoria contínua.
processo de comunicação, valorização profissional e iden- Visa conciliar as aspirações dos empregados com as
tificação com a empresa.
aspirações do empregador.
Clima e cultura são tópicos complementares. Clima re-
É uma ferramenta de gestão onde será analisado o am-
fere-se aos modos pelos quais as organizações indicam aos
biente interno buscando visualizar os alavancadores e as
seus participantes, o que é considerado importante para a
vulnerabilidades do planejamento estratégico da empresa.
eficácia organizacional.
Em todos os conceitos citados acima 03 elementos se
repetem em quase toda definição: OBJETIVOS DA PESQUISA
1) Satisfação dos funcionários: que se remete ao grau A pesquisa pode ter como objetivos o seguinte:
de satisfação dos trabalhadores em relação ao clima de - Avaliar o grau de satisfação dos funcionários em rela-
uma empresa. ção à empresa (mais usual);
2) Percepção dos funcionários: trata-se da percepção - Determinar o grau de prontidão de uma empresa
dos colaboradores sobre aspectos que podem influenciá para a implementação de uma mudança.
-lo positiva ou negativamente. - Avaliar o grau de satisfação dos funcionários, decor-
3) Cultura organizacional: cultura e clima, a cultura in- rente do impacto de algumas mudanças.
fluenciando o clima de uma empresa, faces complementa- - Avaliar o grau de disseminação de determinados va-
res de uma mesma moeda como diz Ricardo Luz. lores culturais entre os funcionários.

67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
BENEFÍCIOS DO CLIMA BEM TRABALHADO NAS OR- apenas a somatória das contribuições individuais de seus
GANIZAÇÕES membros. Não existe uma sinergia positiva que possa criar
-Retenção de Talentos um nível geral de desempenho maior do que a soma das
-Diminuição do índice de doenças psicossomáticas contribuições individuais.
-Treinamentos sintonizados com os objetivos da em- Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva
presa, gerando resultado por meio do esforço coordenado. Os esforços individuais
-Maior produtividade resultam em um nível de desempenho maior do que a
-Melhoria na comunicação interna soma daquelas contribuições individuais. O quadro abaixo
-Aumento do comprometimento dos funcionários com ressalta as diferenças entre grupos de trabalho e equipes
a empresa de trabalho.
-Integração
-Credibilidade Comparação entre Grupos de Trabalho e Equipes de
Trabalho
Perguntas do tipo podem surgir: do que adianta pes- Transformando indivíduos em membros de equipe
quisar o clima da organização se sabemos que o grande - partilham suas ideias para a melhoria do que fazem e
problema da organização é o salário baixo? Sabemos que de todos os processos do grupo;
o salário não é o grande causador de problemas de moti- - respeitam as individualidades e sabem ouvir;
vação a motivação está ligada a: - comunicam-se ativamente;
Desafio - desenvolvem respostas coordenadas em benefícios
Perspectiva de desenvolvimento dos propósitos definidos;
Reconhecimento - constroem respeito, confiança mútua e afetividade
Sentido de Utilidade nas relações;
Segurança - participam do estabelecimento de objetivos comuns;
Autonomia - desenvolvem a cooperação e a integração entre os
Remuneração justa membros.
Fatores que interferem no trabalho em equipe
- Estrelismo;
TRABALHO EM EQUIPE
- Ausência de comunicação e de liderança;
- Posturas autoritárias;
Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de
- Incapacidade de ouvir;
trabalho nas organizações do mundo contemporâneo. As
- Falta de treinamento e de objetivos;
evidências sugerem que as equipes são capazes de melho-
- Não saber “quem é quem” na equipe.
rar o desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer
múltiplas habilidades, julgamentos e experiências. Quando
São características das equipes eficazes:
as organizações se reestruturaram para competir de modo
- Comprometimento dos membros com um propósito
mais eficiente e eficaz, escolheram as equipes como for-
comum e significativo;
ma de utilizar melhor os talentos dos seus funcionários. As - O estabelecimento de metas específicas para a equi-
empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis pe que conduzam os indivíduos a um melhor desempenho
e reagem melhor às mudanças do que os departamentos e também energizam as equipes. Metas específicas ajudam
tradicionais ou outras formas de agrupamentos permanen- a tornar a comunicação mais clara. Ajudam também a equi-
tes. As equipes têm capacidade para se estruturar, iniciar pe a manter seu foco sobre o obtenção de resultados;
seu trabalho, redefinir seu foco e se dissolver rapidamen- - Os membros defendem suas ideias, sem radicalismo;
te. Outras características importantes é que as equipes são - Grande habilidade para ouvir;
uma forma eficaz de facilitar a participação dos trabalha- - Liderança é situacional; ou seja, o líder age de acordo
dores nos processos decisórios aumentar a motivação dos com o grau de maturidade da equipe; de acordo com a
funcionários. contingência;
- Questões comportamentais são discutidas aberta-
Diferença entre Grupo e Equipe mente, principalmente as que podem comprometer a ima-
Grupo e equipe não é a mesma coisa. Grupo é definido gem da equipe ou organização
como dois ou mais indivíduos, em interação e interdepen- - O nível de confiança entre os membros é elevado;
dência, que se juntam para atingir um objetivo. Um grupo - Demonstram confiança em seus líderes, tornando a
de trabalho é aquele que interage basicamente para com- equipe disposta a aceitar e a se comprometer com as me-
partilhar informações e tomar decisões para ajudar cada tas e as decisões do líder;
membro em seu desempenho na sua área de responsabi- - Flexibilidade permitindo que os membros da equipe
lidade. possam completar as tarefas uns dos outros.
Os grupos de trabalho não têm necessidade nem Isso deixa a equipe menos dependente de um único
oportunidade de se engajar em um trabalho coletivo membro;
que requeira esforço conjunto. Assim, seu desempenho é - Conflitos são analisados e resolvidos;

68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
- Há uma preocupação / ação contínua em busca do tumam ser muito trabalhosos e demorados. Demora algum
autodesenvolvimento. tempo até que se desenvolva a confiança e o espírito de
O desempenho de uma equipe não é apenas a soma- equipe, especialmente entre pessoas com diferentes histó-
tória das capacidades individuais de seus membros. ricos, experiências e perspectivas.
Contudo, estas capacidades determinam parâmetros Equipes Virtuais: Os tipos de equipes analisados até
do que os membros podem fazer e de quão eficientes eles agora realizam seu trabalho face a face. As equipes virtuais
serão dentro da equipe. Para funcionar eficazmente, uma usam a tecnologia da informática para reunir seus mem-
equipe precisa de três tipos diferentes de capacidades. bros, fisicamente dispersos, e permitir que eles atinjam um
Primeiro, ela precisa de pessoas com conhecimentos téc- objetivo comum. Elas permitem que as pessoas colaborem
nicos. Segundo, pessoas com habilidades para solução on-line utilizando meios de comunicação como redes in-
de problemas e tomada de decisões que sejam capazes ternas e externas, videoconferências ou correio eletrônico
de identificar problemas, gerar alternativas, avaliar essas – quando estão separadas apenas por uma parede ou em
alternativas e fazer escolhas competentes. Finalmente, as outro continente. São criadas para durar alguns dias para
equipes precisam de pessoas que saibam ouvir, deem a solução de um problema ou mesmo alguns meses para
feedback, solucionem conflitos e possuam outras habi- conclusão de um projeto. Não são muito adequadas para
lidades interpessoais. tarefas rotineiras e cíclicas.

Tipos de Equipe Em todo processo onde haja interação entre as pes-


As equipes podem realizar uma grande variedade de soas vamos desenvolver relações interpessoais.
coisas. Elas podem fazer produtos, prestar serviços, nego- Ao pensarmos em ambiente de trabalho, onde as ati-
ciar acordos, coordenar projetos, oferecer aconselhamen- vidades são predeterminadas, alguns comportamentos são
tos ou tomar decisões. precisam ser alinhados a outros, e isso sofre influência do
Equipe de soluções de problemas: Neste tipo de aspecto emocional de cada envolvido tais como: comu-
equipe, os membros trocam ideias ou oferecem sugestões nicação, cooperação, respeito, amizade. À medida que as
sobre os processos e métodos de trabalho que podem ser atividades e interações prosseguem, os sentimentos des-
melhorados. Raramente, entretanto, estas equipes têm au- pertados podem ser diferentes dos indicados inicialmente
toridade para implementar unilateralmente suas sugestões. e então – inevitavelmente – os sentimentos influenciarão as
Equipes de trabalho autogerenciadas: São equipes interações e as próprias atividades. Assim, sentimentos po-
sitivos de simpatia e atração provocarão aumento de inte-
autônomas, que podem não apenas solucionar os proble-
ração e cooperação, repercutindo favoravelmente nas ati-
mas, mas também implementar as soluções e assumir total
vidades e ensejando maior produtividade. Por outro lado,
responsabilidade pelos resultados. São grupos de funcio-
sentimentos negativos de antipatia e rejeição tenderão à
nários que realizam trabalhos muito relacionados ou inter-
diminuição das interações, ao afastamento nas atividades,
dependentes e assuem muitas das responsabilidades que
com provável queda de produtividade.
antes eram de seus antigos supervisores.
Esse ciclo “atividade-interação-sentimentos” não se re-
Normalmente, isso inclui o planejamento e o crono- laciona diretamente com a competência técnica de cada
grama de trabalho, a delegação de tarefas aos membros, pessoa. Profissionais competentes individualmente podem
o controle coletivo sobre o ritmo de trabalho, a tomada de render muito abaixo de sua capacidade por influência do
decisões operacionais e a implementação de ações para grupo e da situação de trabalho.
solucionar problemas. As equipes de trabalho totalmente Quando uma pessoa começa a participar de um grupo,
autogerenciadas até escolhem seus membros e avaliam o há uma base interna de diferenças que englobam valores,
desempenho uns dos outros. atitudes, conhecimentos, informações, preconceitos, expe-
Consequentemente, as posições de supervisão perdem riência anterior, gostos, crenças e estilo comportamental,
a sua importância e até podem ser eliminadas. o que traz inevitáveis diferenças de percepções, opiniões,
Equipes multifuncionais: São equipes formadas por sentimentos em relação a cada situação compartilhada. Es-
funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferen- sas diferenças passam a constituir um repertório novo: o
tes setores da empresa, que se juntam para cumprir uma daquela pessoa naquele grupo. Como essas diferenças são
tarefa. As equipes desempenham várias funções (multifun- encaradas e tratadas determina a modalidade de relacio-
ções), ao mesmo tempo, ou seja, não há especificação para namento entre membros do grupo, colegas de trabalho,
cada membro. O sentido de equipe é exatamente esse, os superiores e subordinados. Por exemplo: se no grupo há
membros compensam entre si as competências e as carên- respeito pela opinião do outro, se a ideia de cada um é
cias, num aprendizado contínuo. ouvida, e discutida, estabelece-se uma modalidade de rela-
As equipes multifuncionais representam uma forma cionamento diferente daquela em que não há respeito pela
eficaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de uma opinião do outro, quando ideias e sentimentos não são ou-
empresa (ou até de diferentes empresas) possam trocar vidos, ou ignorados, quando não há troca de informações.
informações, desenvolver novas ideias e solucionar pro- A maneira de lidar com diferenças individuais criam certo
blemas, bem como coordenar projetos complexos. Eviden- clima entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a
temente, não é fácil administrar essas equipes. Seus pri- vida em grupo, principalmente nos processos de comuni-
meiros estágios de desenvolvimento, enquanto as pessoas cação, no relacionamento interpessoal, no comportamento
aprendem a lidar com a diversidade e a complexidade, cos- organizacional e na produtividade.

69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Valores: Representa a convicções básicas de que um 04. Em relação ao arquivo corrente, NÃO se pode afir-
modo específico de conduta ou de condição de existência mar que:
é individualmente ou socialmente preferível a modo con- (A) Tem valor primário.
trário ou oposto de conduta ou de existência. Eles contêm (B) Abrange apenas documentos em tramitação.
um elemento de julgamento, baseado naquilo que o indi- (C) Abrange documentos em tramitação ou não.
víduo acredita ser correto, bom ou desejável. Os valores (D) É objeto de consultas frequentes.
costumam ser relativamente estáveis e duradouros.
05. Os documentos correntes são de acesso restrito e
Atitudes: As atitudes são afirmações avaliadoras – fa- devem ficar próximos aos servidores que são seus usuários
voráveis ou desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas diretos.
ou eventos. Refletem como um indivíduo se sente em rela- ( ) Certo ( ) Errado
ção a alguma coisa. Quando digo “gosto do meu trabalho”
estou expressando minha atitude em relação ao trabalho. 06. Quando o documento de arquivo tem uma grande
As atitudes não são o mesmo que os valores, mas ambos possibilidade de uso, ele deve ser considerado como docu-
estão inter-relacionados e envolve três componentes: cog- mento do arquivo corrente.
nitivo, afetivo e comportamental. ( ) Certo ( ) Errado
A convicção que “discriminar é errado” é uma afirma-
tiva avaliadora. Essa opinião é o componente cognitivo de 07. No que se refere ao gerenciamento da informação
uma atitude. Ela estabelece a base para a parte mais crítica e à gestão de documentos, julgue o item subsequente.
de uma atitude: o seu componente afetivo. O afeto é o seg- Após passarem pelos arquivos correntes, os documen-
mento da atitude que se refere ao sentimento e às emo- tos de arquivo podem ser eliminados, ser encaminhados ao
ções e se traduz na afirmação “Não gosto de João porque arquivo intermediário, ou, ainda, ser recolhidos aos arqui-
ele discrimina os outros”. Finalmente, o sentimento pode vos permanentes.
provocar resultados no comportamento. O componente ( ) Certo ( ) Errado
comportamental de uma atitude se refere à intenção de se
comportar de determinada maneira em relação a alguém 08. Considere os nomes a seguir:
ou alguma coisa. Então, para continuar no exemplo, posso
decidir evitar a presença de João por causa dos meus sen-
1. Alberto Soares Júnior
timentos em relação a ele.
2. João Castelo Branco 3. Everaldo Santo Cristo
Encarar a atitude como composta por três componen-
4. Dr.Alexandre Silva
tes – cognição, afeto e comportamento – é algo muito útil
5. Maria Cardoso Silva
para compreender sua complexidade e as relações poten-
ciais entre atitudes e comportamento. Ao contrário dos va-
O nome arquivado corretamente, segundo o método
lores, as atitudes são menos estáveis.
alfabético, é:
(A) Júnior, Alberto Soares
QUESTÕES (B) Branco, João Castelo
(C) Santo Cristo, Everaldo
01. No que se refere ao gerenciamento da informação (D) Silva, Dr.Alexandre
e à gestão de documentos, julgue os itens subsequentes. (E) Cardoso Silva, Maria

Por atenderem a necessidades especiais, os documen- 09. O método de arquivamento alfanumérico, que con-
tos do arquivo corrente podem permanecer distantes de siste na combinação de letras e números, pertence ao sis-
seus usuários diretos. tema indireto.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
02. O arquivo constituído por documentos que são de
uso exclusivo da unidade que os gerou ou recebeu, deno- GABARITO
mina-se
(A) ostensivo. 01-Errado
(B) sigiloso. 02-E
(C) permanente. 03-Errado
(D) intermediário. 04-B
(E) corrente. 05-Certo
06-Certo
03. Com relação à gestão de documentos, julgue o 07-Certo
item que se segue. 08-C
Para facilitar o acesso rápido ao material, recomenda- 09-Errado
se que arquivos correntes sejam armazenados em caixas
-arquivo.
( ) Certo ( ) Errado

70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Apresentações dadas pela companhia no começo de
5. NOÇÕES DE INFORMÁTICA: NOÇÕES 2008 mostraram que o Windows 7 apresenta algumas va-
BÁSICAS DE SISTEMAS OPERACIONAIS; riações como uma barra de tarefas diferente, um sistema
6. SISTEMA OPERACIONAL MS WINDOWS; de “network” chamada de “HomeGroup”, e aumento na
performance.
7. PACOTE DE APLICATIVOS MS OFFICE
· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tare-
(WORD, EXCEL);
fas e suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-
8. SERVIÇO DE INTERNET (CONCEITOS touch)
BÁSICOS, CORREIO ELETRÔNICO, · Internet Explorer 8;
NAVEGAÇÃO, ACESSO REMOTO, · Novo menu Iniciar;
TRANSFERÊNCIA DE ARQUIVOS, BUSCA). · Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
9. CONCEITOS E COMANDOS DE EDITOR DE · Comando de voz (inglês);
TEXTOS. · Gadgets sobre o desktop;
10. CONCEITOS E COMANDOS DE PLANILHA · Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows
ELETRÔNICA;
Media Player, integrado ao Windows Explorer;
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Win-
AMBIENTE WINDOWS dows (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office
2007;
O Windows é o sistema operacional para computadores · Aceleradores no Internet Explorer 8;
pessoais mais usado no mundo. Com certeza, se você não o · Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória
está usando agora, já o usou em algum momento. Embora RAM;
nos últimos anos, o Windows venha perdendo espaço para o · Home Groups;
Linux e para o Mac OS X, esse sistema operacional ainda pos- · Melhor desempenho;
sui grande fatia do mercado de computadores no mundo. · Windows Media Player 12;
É um sistema operacional, isto é, um conjunto de pro- · Nova versão do Windows Media Center;
gramas (softwares) que permite administrar os recursos de · Gerenciador de Credenciais;
um computador. · Instalação do sistema em VHDs;
A principal novidade que o Windows trouxe desde as · Nova Calculadora, com interface aprimorada e com
suas origens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de uti- mais funções;
lização. Aliás, o seu nome (traduzido da língua inglesa como · Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet,
“janelas”) deve-se precisamente à forma sob a qual o siste- Gamão Internet e Internet Damas;
ma apresenta ao utilizador os recursos do seu computador, o · Windows XP Mode;
que facilita as tarefas diárias. · Aero Shake;
Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de
interface do utilizador, exibindo a saída do sistema ou permi- Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos
tindo a entrada de dados. Uma interface gráfica do utilizador o número de capacidades e certos programas que faziam
que use janelas como uma de suas principais metáforas é parte do Windows Vista não estão mais presentes ou mu-
chamada sistema de janelas, como um gerenciador de janela. daram, resultando na remoção de certas funcionalidades.
As janelas são geralmente apresentadas como objetos Mesmo assim, devido ao fato de ainda ser um sistema
bidimensionais e retangulares, organizados em uma área de operacional em desenvolvimento, nem todos os recursos
trabalho. Normalmente um programa de computador assume podem ser definitivamente considerados excluídos. Fixar
a forma de uma janela para facilitar a assimilação pelo utiliza- navegador de internet e cliente de e-mail padrão no menu
dor. Entretanto, o programa pode ser apresentado em mais de Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados
uma janela, ou até mesmo sem uma respectiva janela. manualmente).
O Windows apresenta diversas versões através dos anos
e diferentes opções para o lar, empresa, dispositivos móveis Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windo-
e de acordo com a variação no processador. ws Mail e Windows
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas con-
WINDOWS 7 trapartes do Windows Live, com a perda de algumas fun-
cionalidades. O Windows 7, assim como o Windows Vista,
O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de ju- estará disponível em cinco diferentes edições, porém apenas
lho de 2009, e começou a ser vendido livremente para usuá- o Home Premium, Professional e Ultimate serão vendidos na
rios comuns dia 22 de outubro de 2009. maioria dos países, restando outras duas edições que se con-
Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas no- centram em outros mercados, como mercados de empresas
vidades, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e di- ou só para países em desenvolvimento. Cada edição inclui
recionada para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo recursos e limitações, sendo que só o Ultimate não tem limi-
totalmente compatível com aplicações e hardwares com os tações de uso. Segundo a Microsoft, os recursos para todas
quais o Windows Vista já era compatível. as edições do Windows 7 são armazenadas no computador.

71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo
Windows é proporcionar uma melhor interação e integração
do sistema com o usuário, tendo uma maior otimização dos
recursos do Windows 7, como maior autonomia e menor
consumo de energia, voltado a profissionais ou usuários de
internet que precisam interagir com clientes e familiares com
facilidade, sincronizando e compartilhando facilmente arqui-
vos e diretórios.

Recursos

Segundo o site da própria Microsoft, os recursos en-


contrados no Windows 7 são fruto das novas necessidades
encontradas pelos usuários. Muitos vêm de seu antecessor,
Windows Vista, mas existem novas funcionalidades exclusi-
vas, feitas para facilitar a utilização e melhorar o desempenho
do SO (Sistema Operacional) no computador. Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela
Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras sensível ao toque.
versões do Windows, não terá que jogar todo o conhecimen-
to fora. Apenas vai se adaptar aos novos caminhos e apren- Lista de Atalhos
der “novos truques” enquanto isso.
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir di-
Tarefas Cotidianas retamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir
Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se o programa que você utilizou. Digamos que você estava
tornou comum. Não precisamos mais estar em alguma em- editando um relatório em seu editor de texto e precisou fe-
presa enorme para precisar sempre de um computador perto chá-lo por algum motivo. Quando quiser voltar a trabalhar
de nós. O Windows 7 vem com ferramentas e funções para te nele, basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor
e o arquivo estará entre os recentes.
ajudar em tarefas comuns do cotidiano.
Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se
preocupar em procurar o arquivo, você pula uma etapa e
Grupo Doméstico
vai diretamente para a informação, ganhando tempo.
Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais
computadores em sua casa. Permitir a comunicação entre vá-
rias estações vai te poupar de ter que ir fisicamente aonde a
outra máquina está para recuperar uma foto digital armaze-
nada apenas nele.
Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica sim-
plificada e segura. Você decide o que compartilhar e qual os
privilégios que os outros terão ao acessar a informação, se é
apenas de visualização, de edição e etc.

Tela sensível ao toque

O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível


ao toque com opção a multitoque, recurso difundido pelo
iPhone.
O recurso multitoque percebe o toque em diversos pon-
tos da tela ao mesmo tempo, assim tornando possível di-
mensionar uma imagem arrastando simultaneamente duas
pontas da imagem na tela.
O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de apli-
cativos e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Col- Exemplo de arquivos recentes no Paint.
lage é um aplicativo para organizar e redimensionar fotos.
Nele é possível montar slide show de fotos e criar papeis de Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere im-
parede personalizados. Essas funções não são novidades, portante. Se a edição de um determinado documento é
mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múlti- constante, vale a pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que
plos toques as tornam novidades. a lista de recentes se modifica conforme você abre e fecha
novos documentos.

72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Snap Windows Explorer
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena
várias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recurso de parte do total disponível.
Snap, você pode posicioná-las de um jeito prático e diverti- Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é aciona-
do. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas bordas da tela para do automaticamente quando você navega pelas pastas do
obter diferentes posicionamentos. seu computador – você encontrará uma busca mais abran-
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a compa- gente.
ração de janelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de
outra na direita. Ambas ficaram abertas e dividindo igualmente o se fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de busca.
espaço pela tela, permitindo que você as veja ao mesmo tempo. No 7, precisamos apenas digitar os termos na caixa de bus-
ca, que fica no canto superior direito.
Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e es-
tendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas
diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada a
busca enquanto você navega pelas pastas.

Menu iniciar
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do
menu iniciar. É útil quando você necessita procurar, por
exemplo, pelo atalho de inicialização de algum programa ou
arquivo de modo rápido.
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do
Windows Search, a pesquisa do menu início não olha apenas Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; Win‑
aos nomes de pastas e arquivos. dows 7 Bible, pg 774).
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e proprieda- A busca não se limita a digitação de palavras. Você pode
des também” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770). aplicar filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas, todas
Os resultados são mostrados enquanto você digita e são as canções do gênero Rock. Existem outros, como data, ta-
divididos em categorias, para facilitar sua visualização. manho e tipo. Dependendo do arquivo que você procura,
Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua busca podem existir outras classificações disponíveis.
pode ser dividido. Imagine que todo arquivo de texto sem seu computa-
· Programas dor possui um autor. Se você está buscando por arquivos de
· Painel de Controle texto, pode ter a opção de filtrar por autores.
· Documentos
· Música Você observará que o Windows Explorer traz a janela
· Arquivos dividida em duas partes.

Fonte: http://ead.go.gov.br/ficead/mod/book/tool/
print/index.php?id=53&chapterid=56

Controle dos pais


Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que
visualizam por meio do computador. O Windows 7 ajuda
a limitar o que pode ser visualizado ou não. Para que essa
funcionalidade fique disponível, é importante que o com-
putador tenha uma conta de administrador, protegida por
Ao digitar “pai” temos os itens que contêm essas letras senha, registrada. Além disso, o usuário que se deseja res-
em seu nome. tringir deve ter sua própria conta.

73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
As restrições básicas que o 7 disponibiliza: Papéis de Parede
· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou
dia que o PC pode ser utilizado. praticamente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo de ídolos, paisagens ou qualquer outra figura que as agra-
horário e também pela classificação do jogo. Vale notar de. Uma das novidades fica por conta das fotos que você
que a classificação já vem com o próprio game. encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando uma
· Bloquear programas: É possível selecionar quais apli- única folha numa floresta até uma montanha.
cativos estão autorizados a serem executados. A outra é a possibilidade de criar um slide show com
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a várias fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a
quantidade de restrições, como controlar as páginas que impressão que sua área de trabalho está mais viva.
são acessadas, e até mesmo manter um histórico das ativi-
dades online do usuário. Gadgets
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista,
Central de ações mas eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar
A central de ações consolida todas as mensagens de em qualquer local do desktop.
segurança e manutenção do Windows. Elas são classifica- Servem para deixar sua área de trabalho com ele-
das em vermelho (importante – deve ser resolvido rapida- mentos sortidos, desde coisas úteis – como uma pequena
mente) e amarelas (tarefas recomendadas). agenda – até as de gosto mais duvidosas – como uma que
O painel também é útil caso você sinta algo de estra- mostra o símbolo do Corinthians. Fica a critério do usuário
nho no computador. Basta checar o painel e ver se o Win- o que e como utilizar.
dows detectou algo de errado. O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir
necessidade, pode baixar ainda mais opções da internet.

A central de ações e suas opções.


- Do seu jeito Gadgets de calendário e relógio.
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para
nossa qualidade de vida quanto para o desempenho no Temas
trabalho. O computador é uma extensão desse ambiente. Como nem sempre há tempo de modificar e deixar to-
O Windows 7 permite uma alta personalização de ícones, das as configurações exatamente do seu gosto, o Windows
cores e muitas outras opções, deixando um ambiente mais 7 disponibiliza temas, que mudam consideravelmente os
confortável, não importa se utilizado no ambiente profis- aspectos gráficos, como em papéis de parede e cores.
sional ou no doméstico.
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão ClearType
na página de Personalização1, que pode ser acessada por “Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes pare-
um clique com o botão direito na área de trabalho e em cerem mais claras e suaves no monitor. É particularmente
seguida um clique em Personalizar. efetivo para monitores LCD, mas também tem algum efeito
É importante notar que algumas configurações podem nos antigos modelos CRT(monitores de tubo). O Windows
deixar seu computador mais lento, especialmente efeitos 7 dá suporte a esta tecnologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bib-
de transparência. Abaixo estão algumas das opções de per- le, pg 163, tradução nossa).
sonalização mais interessantes.

74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Novas possibilidades Outro recurso de personalização é colocar imagem de
Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, no- conta de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um
vas possibilidades de configuração, maior facilidade na na- computador. A imagem é exibida na tela de boas vindas e
vega, dentre outros pontos. Por enquanto, essas novidades no menu Iniciar. Você pode alterar a imagem da sua conta
foram diretamente aplicadas no computador em uso, mas de usuário para uma das imagens incluídas no Windows
no 7 podemos também interagir com outros dispositivos. ou usar sua própria imagem. E para finalizar você pode
adicionar “gadgets” de área de trabalho, que são minipro-
Reproduzir em gramas personalizáveis que podem exibir continuamente
Permitindo acessando de outros equipamentos a um informações atualizadas como a apresentação de slides de
computador com o Windows 7, é possível que eles se co- imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma nova
muniquem e seja possível tocar, por exemplo, num apare- janela.
lho de som as músicas que você tem no HD de seu com-
putador. Aplicativos novos
É apenas necessário que o aparelho seja compatível Uma das principais características do mundo Linux é
com o Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário
“Compatível com o Windows 7”. não precisa ficar baixando arquivos após instalar o sistema,
o que não ocorre com as versões Windows.
Streaming de mídia remoto O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora
Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7,
computador para outros lugares da casa. Se quiser levar para que o usuário não precisa baixar programas para ati-
para fora dela, uma opção é o Streaming de mídia remoto. vidades básicas.
Com este novo recurso, dois computadores rodando Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desk-
Windows 7 podem compartilhar músicas através do Win- top e também suportar entrada por caneta e toque.
dows Media Player 12. É necessário que ambos estejam as- No Math Input Center, utilizando recursos multitoque,
sociados com um ID online, como a do Windows Live. equações matemáticas escritas na tela são convertidas em
Personalização texto, para poder adicioná-la em um processador de texto.
Você pode adicionar recursos ao seu computador alte- O print screen agora tem um aplicativo que permite
rando o tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de capturar de formas diferentes a tela, como por exemplo,
trabalho, a proteção de tela, o tamanho da fonte e a ima- a tela inteira, partes ou áreas desenhadas da tela com o
gem da conta de usuário. Você pode também selecionar mouse.
“gadgets” específicos para sua área de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na
área de trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da
janela sons e, às vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é
um visual premium dessa versão do Windows, apresentan-
do um design como o vidro transparente com animações
de janela, um novo menu Iniciar, uma nova barra de tarefas
e novas cores de borda de janela. Use o tema inteiro ou
crie seu próprio tema personalizado alterando as imagens,
cores e sons individualmente. Você também pode locali-
zar mais temas online no site do Windows. Você também
pode alterar os sons emitidos pelo computador quando,
por exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou
desliga o computador.
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de
papel de parede, é uma imagem, cor ou design na área de
trabalho que cria um fundo para as janelas abertas. Você
pode escolher uma imagem para ser seu plano de fundo Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
de área de trabalho ou pode exibir uma apresentação de
slides de imagens. Também pode ser usada uma proteção O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferra-
de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua mentas e design melhorado, ganhou menus e ferramentas
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por que parecem do Office 2007.
determinado período de tempo. Você pode escolher uma
variedade de proteções de tela do Windows. Aumentando Paint com novos recursos.
o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e
outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível O WordPad também foi reformulado, recebeu novo vi-
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para sual mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas
diminuir o tamanho do texto e outros itens na tela para que ferramentas, assim se tornando um bom editor para quem
caibam mais informações na tela. não tem o Word 2007.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A calculadora também sofreu mudanças, agora conta Se for desejado rodar o sistema sem problemas de len-
com 2 novos modos, programador e estatístico. No modo tidão e ainda usufruir de recursos como o Aero, o reco-
programador ela faz cálculos binários e tem opção de álge- mendado é a seguinte configuração.
bra booleana. A estatística tem funções de cálculos básicos. Configuração Recomendada:
Também foi adicionado recurso de conversão de uni- · Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits)
dades como de pés para metros. · Memória (RAM) de 2 GB
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos Di-
rectX 9 com 256 MB de memória (para habilitar o tema do
Windows Aero)
· Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)

Atualizar de um SO antigo

O melhor cenário possível para a instalação do Win-


dows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apro-
priados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador
antigo, desde que atenda as especificações mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista ins-
talado, você terá a opção de atualizar o sistema operacional.
Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá fazer a
re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavel-
Calculadora: 2 novos modos. mente seu computador não atende aos requisitos mínimos.
Entretanto, nada impede que você tente fazer a reinstala-
ção.
Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows
7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as confi-
gurações e os programas do Windows Vista no lugar” (Site
da Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-
windows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui
conhecimento ou tempo para fazer uma instalação do mé-
todo tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse
tomar cuidado com a compatibilidade dos programas, o
que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.

Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser
WordPad remodelado efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viá-
vel.
Requisitos Neste caso, é necessário fazer backup de dados que
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve se deseja utilizar, como drivers e documentos de texto,
em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de pois todas as informações no computador serão perdidas.
hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os programas
sem problemas de desempenho. que você havia instalado e com as configurações padrão.
Esta é a configuração mínima:
· Processador de 1 GHz (32-bit) Desempenho
· Memória (RAM) de 1 GB De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida
memória (sem Windows Aero) por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem
· Espaço requerido de 16GB ganhou alguns pontos na velocidade.
· DVD-ROM O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho:
· Saída de Áudio “Seu sistema operacional toma conta do gerenciamento do
processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7
Bible, pg 1041, tradução nossa).

76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de troca seu papel de parede automaticamente no intervalo
não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7 prio- de tempo determinado. Haverá ainda um aplicativo nativo
riza o que o usuário está interagindo (tarefas “foreground”). para auxiliar no gerenciamento de redes wireless, conhecido
Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois como Mobility Center.
são naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da
visão” do usuário, dando a impressão que o computador não
está lento.
Essa característica permite que o usuário não sinta uma
lentidão desnecessária no computador.
Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada vez
mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o siste-
ma operacional se torne um forte consumidor de memória e
processamento. O 7 disponibiliza vários recursos de ponta e
mantêm uma performance satisfatória.

Monitor de desempenho
Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma fer-
ramenta poderosa para verificar como o sistema está se
portando. Podem-se adicionar contadores (além do que já
existe) para colher ainda mais informações e gerar relatórios.
Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e
Monitor de recursos também poderá ser encontrada em computadores novos.
Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra
informações sobre o uso do processador, da memória, disco Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas
e conexão à rede. Mais voltada para as pequenas empresas, a versão
Professional do Windows 7 possuirá diversos recursos
que visam facilitar a comunicação entre computadores e
até mesmo impressoras de uma rede corporativa.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES
Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o
Windows 7 Starter
Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Win-
“se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location
dows é a mais simples e básica de todas. A Barra de Tarefas
Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar
foi completamente redesenhada e não possui suporte ao fa- muito mais fácil o compartilhamento de impressoras.
moso Aero Glass. Uma limitação da versão é que o usuário Como empresas sempre estão procurando maneiras
não pode abrir mais do que três aplicativos ao mesmo tem- para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional
po. traz o Encrypting File System, que dificulta a violação de
Esta versão será instalada em computadores novo ape- dados. Esta versão também será encontrada em lojas de
nas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e varejo ou computadores novos.
Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits.
Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Windows 7 Home Basic Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma
Esta é uma versão intermediária entre as edições Starter versão mais voltada para empresas de médio e grande
e Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá tam- porte, só poderá ser adquirida com licenciamento para
bém a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais de diversas máquinas. Acumula todas as funcionalidades ci-
três aplicativos ao mesmo tempo. tadas na edição Professional e possui recursos mais sofis-
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass ticados de segurança.
nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável
pouco da principal novidade do Windows 7. Computadores pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a
novos poderão contar também com a instalação desta edi- execução de programas não-autorizados. Além disso, há
ção, mas sua venda será proibida nos Estados Unidos. ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arqui-
vos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super
Windows 7 Home Premium ajuda com a configuração de redes corporativas.
Edição que os usuários domésticos podem chamar de
“completa”, a Home Premium acumula todas as funcionali- Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
dades das edições citadas anteriormente e soma mais algu- Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas,
mas ao pacote. pois contém todas as funcionalidades já citadas neste ar-
Dentre as funções adicionadas, as principais são o su- tigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita
porte à interface Aero Glass e também aos recursos Touch às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade
Windows (tela sensível ao toque) e Aero Background, que limitada desta versão do sistema.

77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos Pesquisar Ajuda
presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Cli-
interessando muito aos usuários comuns. que no botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em
um item na lista de títulos de assuntos que será exibida. Es-
ses títulos podem conter tópicos da Ajuda ou outros títulos
de assuntos. Clique em um tópico da Ajuda para abri-lo ou
clique em outro título para investigar mais a fundo a lista
de assuntos.

Usando a Ajuda e Suporte do Windows


A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda
interno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas
a dúvidas comuns, sugestões para solução de problemas e
instruções sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de
ajuda com relação a um programa que não faz parte do
Windows, consulte a Ajuda desse programa (consulte “Ob-
tendo ajuda sobre um programa”, a seguir).
Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no
botão Iniciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte.
Obter o conteúdo mais recente da Ajuda
Se você estiver conectado à Internet, verifique se o
Centro de Ajuda e Suporte do Windows está configurado Navegando em tópicos da Ajuda por assunto
como Ajuda Online. A Ajuda Online inclui novos tópicos da
Ajuda e as versões mais recentes dos tópicos existentes. EDITOR DE TEXTO MS WORD 2016
Clique no botão Iniciar e em Ajuda e Suporte.
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, Novidades do Word 2016 para Windows1
clique em Opções e em Configurações. O Word 2016 para Windows tem todas as funcionalida-
des e recursos conhecidos, com alguns aprimoramentos e
Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de sele- novos recursos do Office 2016.
ção Melhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda
online (recomendado) e clique em OK. Quando você estiver Veja alguns dos novos recursos.
conectado, as palavras Ajuda Online serão exibidas no can-
to inferior direito da janela Ajuda e Suporte. Realize ações rapidamente com o recurso Diga-me
Pesquisar na Ajuda
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma Observe que há uma caixa de texto na Faixa de Opções
ou duas palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para do Word 2016 com a mensagem O que você deseja fazer.
obter informações sobre rede sem fio, digite rede sem fio e Esse é um campo de texto no qual você insere palavras
pressione Enter. Será exibida uma lista de resultados, com ou frases relacionadas ao que deseja fazer e obtém rapi-
os mais úteis na parte superior. Clique em um dos resulta- damente os recursos que pretende usar ou as ações que
dos para ler o tópico. deseja realizar. Se preferir, use o Diga-me para encontrar
ajuda sobre o que está procurando ou para usar a Pesqui-
sa Inteligente para pesquisar ou definir o termo que você
inseriu.

1 Fonte: https://support.office.com/pt-br/article/No-
v i d a d e s - d o - Wo r d - 2 0 1 6 - p a r a - Wi n d o w s - 4 2 1 9 d f b 5 - 2 3 f c - 4 8 5 3 -
A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows -95aa-b13a674a6670?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR

78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Ideias para o trabalho que está realizando
A Pesquisa Inteligente da plataforma Bing apresenta as
pesquisas diretamente no Word 2016. Quando você sele-
ciona uma palavra ou frase, clica com o botão direito do
mouse sobre ela e escolhe Pesquisa Inteligente, o Painel
de ideias é exibido com as definições, os artigos Wiki e as
principais pesquisas relacionadas da Web.

Trabalhe em grupo em tempo real


Ao armazenar um documento online no OneDrive ou no
SharePoint e compartilhá-lo com colegas que usam o Word
2016 ou Word Online, vocês podem ver as alterações uns
dos outros no documento durante a edição. Após salvar o
documento online, clique em Compartilhar para gerar um
link ou enviar um convite por email. Quando seus colegas
abrem o documento e concordam em compartilhar automa-
ticamente as alterações, você vê o trabalho em tempo real.
Equações à tinta
Incluir equações matemáticas ficou muito mais fácil.
Vá até Inserir > Equação > Equação à Tinta sempre que
desejar incluir uma equação matemática complexa em um
documento. Se tiver um dispositivo sensível ao toque, use
o dedo ou uma caneta de toque para escrever equações
matemáticas à mão, e o Word 2016 vai convertê-las em
texto. Caso não tenha um dispositivo sensível ao toque, use
o mouse para escrever. Você pode também apagar, sele-
cionar e fazer correções à medida que escreve.

Histórico de versões melhorado


Vá até Arquivo > Histórico para conferir uma lista com-
pleta de alterações feitas a um documento e para acessar
versões anteriores.

79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Compartilhamento mais simples
Clique em Compartilhar para compartilhar seu documento com outras pessoas no SharePoint, no OneDrive ou no One-
Drive for Business ou para enviar um PDF ou uma cópia como um anexo de email diretamente do Word.

Formatação de formas mais rápida


Quando você insere formas da Galeria de Formas, é possível escolher entre uma coleção de preenchimentos predefini-
dos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual desejado.

Interface

Tela de trabalho do MS Word

No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento , que como é um novo do-
cumento apresenta como título “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido, que permite acessar alguns
comandos mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha para
baixo) à direita dela.

80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Mais à esquerda tem a ABA Arquivo.

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar o
documento (permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior.

O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemento
selecionado.

81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Explore a galeria de documentos

A galeria de documentos é o local onde você pode criar um documento em branco ou usar um modelo predefinido. A
galeria fica disponível ao abrir o Word ou você pode acessá-la escolhendo Arquivo > Novo se estiver trabalhando em um
documento existente.

Explorar a faixa de opções

82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Saiba mais sobre a caixa Diga-me

Diga-Me é uma nova ferramenta de pesquisa e está disponível no Word, no PowerPoint e no Excel 2016. Ela exibe os
comandos necessários quando você digita o que deseja fazer. Por exemplo, digite “configurações de fonte” na janela Diga-
me o que você quer fazer. Em seguida, escolha uma das sugestões exibidas ou escolha Obter Ajuda sobre “configurações
de fonte” para abrir o visualizador da Ajuda.

Faça um tour do Word 2016

Quando o Word abrir, clique em Faça um tour ou digite “Bem-vindo ao Word” na caixa Pesquisar modelos online. O
modelo Bem-vindo ao Word é aberto.
Este documento permite que você explore cinco áreas:
- Usar guias dinâmicas de layout e alinhamento
- Colaborar no Modo de Exibição Marcação Simples
- Inserir Imagens e Vídeos Online
- Desfrutar da Leitura
- Editar conteúdo em PDF no Word

Criando um documento

Quando você abre o Word, a galeria de documentos é exibida, permitindo que você escolha o modelo de documento
em branco ou um dos vários outros modelos.

83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Utilizando um modelo
Quando você inicia um aplicativo do Office, como o Word, o Excel, o PowerPoint, o Visio ou o Access, a primeira coisa
que você vê é uma lista de modelos que podem ser usados para criar seus arquivos e documentos.
Para encontrar modelos para os aplicativos do Office a qualquer momento, selecione Arquivo > Novo. Veja um exem-
plo de como isso é exibido no Word:

Insira uma pesquisa para o tipo de modelo que você está procurando na caixa de pesquisa que diz Procurar modelos on-
line. Para navegar pelos tipos de modelos populares, selecione qualquer uma das palavras-chave abaixo da caixa de pesquisa.

Selecione a miniatura de um modelo para ver uma visualização maior de como ele é. Você pode usar as setas em ambos os
lados da visualização para rolar pelos modelos relacionados. Depois de encontrar um modelo de que você gosta, selecione Criar.

DICA : Se você usa um modelo com frequência, pode fixá-lo para que esteja sempre à mão quando você inicia o apli-
cativo do Office. Basta selecionar o ícone de pino que aparece abaixo da miniatura na lista de modelos.

Modos de documento e compatibilidade


Quando você abre um documento no Word 2016, ele se encontra em um destes modos:
- Modo Word 2013-2016
- Modo de Compatibilidade do Word 2010
- Modo de Compatibilidade do Word 2007
- Modo de Compatibilidade do Word 97-2003

84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Caso você veja o Modo de Compatibilidade na barra de título, saiba como descobrir em que modo você está:
- Clique em Arquivo > Informações.
- Na seção Inspecionar Documento, clique em Verificar Problemas e em Verificar Compatibilidade.

Clique em Selecionar versões a exibir para verificar se há uma marca de seleção exibida ao lado do nome do modo em
que o documento se encontra.

Ajustar recuos e espaçamento no Word


Quando você quiser fazer alterações precisas nos recuos e no espaçamento ou quando quiser fazer várias alterações de
uma só vez, use as configurações na guia Recuos e Espaçamento na caixa de diálogo Parágrafo.
Selecione o texto que deseja ajustar.
Clique em Layout e clique na seta para o iniciador da caixa de diálogo no grupo Parágrafo.

Na guia Recuos e Espaçamento, escolha as configurações (veja abaixo os detalhes de cada configuração) e clique
em OK.

Opções da caixa de diálogo Parágrafo


Escolha uma destas opções na caixa de diálogo Parágrafo. Na parte inferior da caixa de diálogo, a caixa Visualiza-
ção mostra a aparência das opções antes que você as aplique.

Geral
Escolha À Esquerda para alinhar o texto à esquerda com uma margem
Alinhamento
direita irregular (ou use o atalho de teclado CTRL+Q).
EscolhaCentralizar para centralizar o texto com uma borda esquerda e
direita irregulares (CTRL+E).
EscolhaÀ Direita para alinhar o texto à direita com uma margem esquerda
irregular (CTRL+G).
EscolhaJustificar para alinhar o texto à esquerda e à direita, adicionando
espaço entre as palavras (CTRL+J).
O nível no qual o parágrafo aparece no modo de exibição de Estrutura
Nível da estrutura de tópicos
de Tópicos.
Escolha Recolhido por padrão se quiser que o documento seja aberto
com os títulos recolhidos por padrão.

Recuo
Move-se no lado esquerdo do parágrafo de acordo com quantidade que
Para a Esquerda
você escolher.
Move-se no lado direito do parágrafo de acordo com quantidade que você
Para a Direita
escolher.
Especial Escolha Primeira linha > Por para recuar a primeira linha de um parágrafo.
Escolha Deslocamento > Por para criar um recuo deslocado.
Quando você escolher isso, Esquerda e Direita tornam-se Dentro e Fora.
Espelhar recuos
Isso é para impressão de estilo de livro.
Espaçamento
Antes Ajusta a quantidade de espaço antes de um parágrafo.

85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Recuo
Move-se no lado esquerdo do parágrafo de acordo com quantidade que
Para a Esquerda
você escolher.
Depois Ajusta a quantidade de espaço após um parágrafo
Espaçamento entre linhas Escolha Simples para texto com espaçamento simples.
Escolha 1,5 linhas para definir o espaçamento do texto uma vez e meia o do
espaçamento único.
Escolha Duplo para texto com espaçamento duplo.
Escolha Pelo menos > Em para definir a quantidade mínima de espaçamento
necessário para acomodar a maior fonte ou gráfico na linha.
Escolha Exatamente > Em para definir o espaçamento de linha fixa, expresso
em pontos. Por exemplo, se o texto estiver em fonte de 10 pontos, você pode
especificar 12 pontos como o espaçamento entre linhas.
EscolhaMúltiplo > Em para definir o espaçamento de linha como um múltiplo
expresso em números maiores que 1. Por exemplo, definir o espaçamento
entre linhas como 1,15 aumentará o espaço em 15% e definir o espaçamento
entre linhas como 3 aumentará o espaço em 300% (espaçamento triplo).
Escolha Não adicionar espaço entre parágrafos do mesmo estilo quando não
Não adicionar …
quiser espaço adicional entre os parágrafos.

Se você quiser salvar as configurações como padrão, clique em Definir como padrão.
Clicar em Guias… abre a caixa de diálogo Guias, onde você pode definir precisamente as guias.

Inserir imagens
As imagens podem ser inseridas (ou copiadas) a partir de vários locais diferentes, inclusive de um computador, de uma
fonte online como o Bing.com ou de uma página da Web.
Inserir uma imagem a partir de um computador
Clique no local em que deseja inserir a imagem no documento.
Clique em Inserir > Imagens.

Navegue até a imagem que você deseja inserir, selecione-a e clique em Inserir.
OBSERVAÇÃO: Por padrão, o Word insere a imagem em um documento. Mas você pode, de forma alternativa, vincular
seu documento à imagem para reduzir seu tamanho. Para fazê-lo, na caixa de diálogo Inserir Imagem, clique na seta ao lado
de Inserir e clique em Vincular ao Arquivo.
Inserir imagem a partir de uma fonte online
Caso não tenha uma imagem ideal no seu computador, experimente inserir uma a partir de uma fonte online, como o
Bing ou o Flickr.
Clique no local onde deseja inserir a imagem no documento.
Clique em Inserir > Imagens Online.

86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Na caixa de pesquisa, digite uma palavra ou frase que descreva a imagem desejada e pressione Enter.
Na lista de resultados, clique na imagem desejada e em Inserir.
Inserir uma imagem a partir de uma página da Web
Abra seu documento.
Na página da Web, clique com o botão direito do mouse na imagem que deseja e clique em Copiar.
No seu documento, clique com o botão direito do mouse no local que deseja inserir a imagem e clique em Colar.

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inserir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o número
correto de colunas e linhas desejado.

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamentos de largura personalizada
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as colunas, use o comando Inserir Tabela.

87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células
colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de dentro das células.
largura das colunas. Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O pon-
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela. teiro é alterado para um lápis.
Defina o número de colunas e linhas. Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela.
Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do
retângulo.

Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferra-


Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há mentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que
três opções para configurar a largura das colunas: você quer apagar.
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir
automaticamente a largura das colunas com Automático
ou pode definir uma largura específica para todas as co-
lunas. Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria
colunas muito estreitas que são expandidas conforme você
adiciona conteúdo.
Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará au-
tomaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se Adicionar um cabeçalho ou rodapé
ao tamanho de seu documento.
Se quiser que as tabelas criadas tenham uma aparência Você pode adicionar muito mais além de números de
semelhante à da tabela que você está criando, marque a página aos seus cabeçalhos ou rodapés. Mas para come-
caixa Lembrar dimensões para novas tabelas. çar, veja como criar e personalizar um cabeçalho ou rodapé
Projetar sua própria tabela simples.
Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e Clique em Inserir e depois clique em Cabeçalho ou Ro-
linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica, dapé.
a ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamen-
te a tabela que você deseja.

Dezenas de layouts internos são exibidos. Percorra-os


e clique naquele que você deseja.
O espaço de cabeçalho e rodapé será aberto em seu
documento, junto com as Ferramentas de Cabeçalho e Ro-
dapé. Você precisa fechar as Ferramentas de Cabeçalho e
Rodapé para poder editar o corpo do seu documento no-
vamente.
Digite o texto desejado no cabeçalho ou no rodapé.
A maioria dos cabeçalhos e rodapés tem texto do espaço
reservado (por exemplo, “Título do documento”) que você
pode digitar diretamente sobre.

88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
DICA: Escolha entre as Ferramentas de Cabeçalho e
Rodapé para adicionar mais ao seu cabeçalho ou rodapé,
como data e hora, uma imagem e o nome do autor ou
outras informações do documento. Você também pode
selecionar opções para cabeçalhos diferentes em páginas
pares e ímpares, além de indicar que não deseja que o ca-
beçalho ou rodapé apareça na primeira página.
Quando terminar, clique em Fechar Cabeçalho e Ro- Na lista Nomes de campos, clique em Página e em OK.
dapé.
OBSERVAÇÕES: Para mostrar os números de página
como Página X de Y, faça o seguinte:
Digite de após o número de página que você acabou
de adicionar.
Na guia Inserir, clique em Partes Rápidas e Campo.
Na lista Nomes de campos, clique em NumPages e
em OK.
Para alterar o formato de numeração, na guia De-
sign (em Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé), clique
em Número de Página > Formatar Números de Página.
DICA: Sempre que você quiser abrir as Ferramentas de
Cabeçalho e Rodapé, clique duas vezes dentro da área de
cabeçalho ou rodapé.

Adicionar números de página a um cabeçalho ou


rodapé no Word
OBSERVAÇÃO: Se você não tiver um cabeçalho ou ro-
dapé, ou se você tiver um cabeçalho ou rodapé que você
não queira manter, para adicionar rapidamente números
de página, clique em Inserir > Número de Página e selecio-
ne o tipo de número da página desejado. Isso substituirá
Para retornar ao corpo do documento, clique em Fer-
qualquer cabeçalho ou rodapé existente.
ramentas de Cabeçalho e Rodapé > Fechar Cabeçalho e
Se o documento já tem cabeçalhos ou rodapés, você
pode usar o código de campo de Número da Página para Rodapé.
adicionar números de página sem substituir os cabeçalhos
ou rodapés. Adicionar números de página no Word
Com mais uma etapa, você poderá exibir o número de Clique em Inserir > Número de Página, clique em um
página como Página X de Y. local (como o Início da Página) e escolha um estilo. O Word
Usar o código Campo de página para adicionar núme- numera as páginas de forma automática.
ros de página a um cabeçalho ou rodapé
Clique duas vezes na área do cabeçalho ou rodapé
(próxima à parte superior da ou inferior da página). Isso
abre a guiaDesign em Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé.

Posicione o cursor onde você deseja adicionar o núme- Quando concluir, clique em Fechar Cabeçalho e Roda-
ro da página. Para colocar o número da página no centro pé ou clique duas vezes em qualquer lugar fora da área do
ou no lado direito da página, faça o seguinte: cabeçalho ou do rodapé.
Para colocar o número de página no centro, na guia De-
sign, clique em Inserir Tabulação de Alinhamento >Centrali-
zar > OK.
Para colocar o número de página no lado direito da
página, na guia Design, clique em Inserir Tabulação de Ali-
nhamento > Direita > OK.
Na guia Inserir, clique em Partes Rápidas e Campo.

89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
DICA : O Word numera as páginas de forma auto- Salvar um documento comercial
mática, mas você pode alterar essa opção se preferir. Por que você deseja compartilhar
exemplo, caso não pretenda exibir o número da página com sua equipe. Para mantê-lo
na primeira página do documento, clique duas vezes ou Sites -Organização
privado, coloque-o em uma bi-
dê um toque duplo na parte superior ou inferior da pá- blioteca que não seja comparti-
gina para abrir as ferramentas de cabeçalho e rodapé na lhada com outras pessoas.
guia Design e marque a caixa Primeira Página Diferente.
Salvar um documento pessoal
Escolha Inserir > Número da Página > Formatar Números
que você deseja manter privado
de Página para saber mais. OneDrive - Pessoal
ou que deseja compartilhar com
amigos e familiares.
Salvar um documento no Word 2016
O local escolhido para salvar seu documento depende Salvar um documento em uma
da forma como você planeja usá-lo. Para acessar um do- Este PC pasta no seu computador. Esco-
cumento em praticamente qualquer lugar, compartilhá-lo lha Este PC e escolha uma pasta.
com outras pessoas ou trabalhar em conjunto com outras Adicionar um novo local online.
pessoas em tempo real, salve-o online. Mas onde você Escolha Adicionar um Local e to-
adicionar um local
deve salvá-lo? Veja algumas dicas para ajudá-lo a decidir: que ou clique em SharePoint do
Use o site de equipe do OneDrive for Business ou do Office 365ou OneDrive.
SharePoint para documentos que serão usados por seus
colegas. Escolha uma pasta pessoal do OneDrive para do- Salvando Arquivos
cumentos particulares que somente você pode ver ou que É importante ao terminar um documento, ou durante a di-
deseja compartilhar com seus amigos e familiares. gitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
Se pretende trabalhar com um documento no com- salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento
em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou outro
putador que você está usando atualmente, salve em uma
dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, cli-
pasta neste computador.
que no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma tela onde
você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

Decida onde salvar seu documento

Use a tabela a seguir para ajudá-lo a escolher um local


para salvar seu documento:
Observe na janela de salvar que o Word procura salvar seus
LOCAL PARA SAL- USE ESTE PROCEDIMENTO arquivos na pasta Documents do usuário, você pode mudar o
VAR QUANDO QUISER... local do arquivo a ser salvo, pela parte esquerda da janela. No
Salvar um documento comercial campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com
que você provavelmente deseja- o título do documento, como o documento não possui um tí-
rá compartilhar mais tarde com tulo, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome,
parceiros de fora de sua equipe é aconselhável colocar um nome menor e que se aproxime do
OneDrive conteúdo de seu texto. “Em Tipo a maior mudança, até versão
ou organização. As opções de
-Organização 2003, os documentos eram salvos no formato”. DOC”, a partir da
compartilhamento permitem
versão 2010, os documentos são salvos na versão”. DOCX”, que
escolher as pessoas que você
não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder salvar
deseja permitir que exibam ou
seu documento e manter ele compatível com versões anteriores
editem o documento.
do Word, clique na direita dessa opção e mude para Documento
do Word 97-2003.

90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word


Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

Na esquerda da janela, o botão abrir é o segundo abaixo de novo, observe também que ele mostra uma relação de
documentos recentes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao
clicar em abrir, será necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique no botão Office e escolha Salvar Como.

91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Visualização do Documento
Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·.
Anterior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento, que podem
também ser acessados pela Aba Exibir.

Os cinco primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


• Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha im-
pressa.
• Modo de leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do
documento à direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique
no botão fechar no topo à direita da tela.
• Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários
postam textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
• Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu documento em tópicos, o formato terá melhor compreensão quando
trabalharmos com marcadores.
• Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar diversos recursos de produção de texto, porém não visualiza como
impressão nem outro tipo de meio.

O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Configuração de Documentos O grupo “Configurar Página”, permite definir as mar-
gens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-
Um dos principais cuidados que se deve ter com seus definidos, como também personalizá-las. Ao personalizar as
documentos é em relação à configuração da página. A margens, é possível alterar as margens superior, esquerda,
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui um inferior e direita, definir a orientação da página, se retrato ou
manual de regras para documentações, então é comum es- paisagem, configurar a fora de várias páginas, como normal,
cutar “o documento tem que estar dentro das normas”, não livro, espelho. Ainda nessa mesma janela temos a guia Papel.
vou me atentar a nenhuma das normas especificas, porém
vou ensinar como e onde estão as opções de configuração
de um documento. No Word 2016 a ABA que permite con-
figurar sua página é a ABA Layout da Página.

Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de


alimentação do papel.

93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A pri- Alterar a cor do plano de fundo
meira opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define Clique em Design > Cor da Página.
como será uma nova seção do documento, vamos apren- Escolha a cor que deseja em Cores do Tema ou Cores
der mais frente como trabalhar com seções. Em cabeçalhos Padrão.
e rodapés podemos definir se vamos utilizar cabeçalhos e
rodapés diferentes nas páginas pares e ímpares, e se quero
ocultar as informações de cabeçalho e rodapé da primeira
página. Em Página, pode-se definir o alinhamento do con-
teúdo do texto na página. O padrão é o alinhamento supe-
rior, mesmo que fique um bom espaço em branco abaixo
do que está editado. Ao escolher a opção centralizada, ele
centraliza o conteúdo na vertical. A opção números de li-
nha permite adicionar numeração as linhas do documento.

Colunas

Caso não veja a cor desejada, clique em Mais Cores e


escolha a cor desejada usando qualquer uma das opções da
caixa Cores.
Para adicionar gradiente, textura, padrão ou imagem, cli-
que em Efeitos de Preenchimento e, em seguida, clique nas
guias Gradiente, Textura, Padrão ou Imagem para selecionar
as opções desejadas.
Os padrões e texturas são replicados (ou organizados
lado a lado) para preencher a página toda. Se você salvar um
documento como página Web, as texturas serão salvas como
Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as arquivos JPEG e os padrões e gradientes como arquivos PNG.
suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré- Remover a cor da tela de fundo
definidas, mas você pode colocar em um número maior de Para remover a cor da página, clique em Design > Cor da
colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura Página > Sem Cor.
e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso Adicionar uma imagem como marca d’água em tela
desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente de fundo no Word 2016 para Windows
também que se preciso adicionar colunas a somente uma Adicionar uma marca d’água de imagem é uma ótima ma-
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto. neira de aplicar uma marca em seu documento com um logo-
tipo ou adicionar uma tela de fundo atraente. Para inserir uma
imagem de tela de fundo rapidamente, adicione-o como uma
marca d’água personalizada. Se você quiser mais opções para
ajustar a imagem de tela de fundo, insira-a como um cabeçalho.

Alterar a cor ou a tela de fundo no Word 2016 para


Windows
Para aumentar o apelo visual do documento, adicione
uma cor da tela de fundo usando o botão Cor da Página.
Você também pode adicionar uma imagem como marca
d’água de tela de fundo.

94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Adicionar uma imagem de tela de fundo como uma marca d’água
Este método é rápido, mas ele não lhe dá muitas opções para a formatação da imagem.
Clique em Design > Marca D’água.

Clique em Marca D’água Personalizada.


Clique em Marca d’água de imagem > Selecionar Imagem.
Procure (ou pesquise) a imagem desejada e clique em Inserir.
Selecione uma porcentagem em Escala para inserir a imagem com um tamanho específico. Verifique se colocou uma
porcentagem grande o suficiente para preencher a página ou simplesmente selecione Automático.
Marque a caixa de seleção Desbotar para clarear a imagem de modo que não interfira no texto.
Clique em OK.
Adicionar uma imagem de tela de fundo com mais opções de formatação
Inserir uma imagem de tela de fundo como um cabeçalho é um pouco mais complexo, mas oferece mais opções de
ajuste de fotos.
Clique em Inserir > Cabeçalho > Editar Cabeçalho.
Na guia Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé, clique em Imagens.
Vá até a imagem e clique em Inserir.
Na guia Ferramentas de Imagem, clique em Posição e clique na opção centralizada em Com Quebra Automática de
Texto.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Quebra de Texto Automática > Atrás do Texto.
Em Ferramentas de Imagem, selecione as opções desejadas no grupo Ajustar. Por exemplo, para dar à imagem uma
aparência desbotada para que ela não compita com o texto, clique em Cor e, em Recolorir, clique na opção Desbotar:

Clique em Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé > Fechar Cabeçalho e Rodapé

95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor,
tamanho e tipo de fonte, etc.

Selecionando pelo Mouse


Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o
cursor aponta para a direita.
• Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
• Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o pa-
rágrafo.
• Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
• Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi
clicado
• Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a pa- Observe na imagem que ele traz o texto no formato
lavra. HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa ma-
• Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o pa- nipulá-lo, marque a opção Texto não formatado e clique
rágrafo em OK.
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que Localizar e Substituir
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar Ao final da ABA Pagina Inicial temos o grupo edição,
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar dentro dela temos a opção Localizar e a opção Substituir.
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde Clique na opção Substituir.
começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde
termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas.
Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecio-
nando as partes do texto que deseja modificar.

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma
que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de
atalho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Co-
lar), ou o primeiro grupo na ABA Pagina Inicial.
A janela que se abre possui três guias, localizar, Substi-
tuir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permi-
te substituir em seu documento uma palavra por outra. A
substituição pode ser feita uma a uma, clicando em subs-
tituir, ou pode ser todas de uma única vez clicando-se no
botão Substituir Tudo. Algumas vezes posso precisar subs-
tituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou
então somente quando escrita em maiúscula, etc., nestes
casos clique no botão Mais. As opções são:
• Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção
Este é um processo comum, porém um cuidado impor-
da pesquisa;
tante é quando se copia texto de outro tipo de meio como,
por exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem for- • Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será locali-
matações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao zada exatamente a palavra como foi digitada na caixa lo-
copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao calizar.
seu documento, não basta apenas clicar em colar, é ne- • Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e
cessário clicar na setinha apontando para baixo no botão não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
Colar, escolher Colar Especial. • Usar caracteres curinga: Procura somente as pa-
lavras que você especificou com o caractere coringa. Ex.
Se você digitou *ão o Word vai localizar todas as palavras
terminadas em ão.
• Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma
sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para
palavras em inglês.

96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
• Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere
coringa e semelhantes estiverem marcadas.
• Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto

Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2016 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte

A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Este botão permite alterar a colocação de letras maiús-
culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para
realçar o texto e o botão de cor do texto.

Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte.

A janela fonte contém os principais comandos de for-


matação e permite que você possa observar as alterações
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avançado.

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com es-
paçamento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta
interessante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela
você pode copiar toda a formatação de um texto e aplicar
em outro.

Formatação de parágrafos
A principal regra da formatação de parágrafos é que
independentemente de onde estiver o cursor a formatação
será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessário selecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Pá-
gina Inicial, e os recuos também na ABA Layout da Página.

Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-


tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
No grupo da Guia Página Inicial, temos as opções de Marcadores e Numeração
marcadores (bullets e numeração e listas de vários níveis),
diminuir e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Os marcadores e numeração fazem parte do grupo
Tudo, na segunda linha temos os botões de alinhamentos: parágrafos, mas devido a sua importância, merecem um
esquerda, centralizado, direita e justificado, espaçamento destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e
entre linhas, observe que o espaçamento entre linhas pos- Numeração.
sui uma seta para baixo, permitindo que se possa definir
qual o espaçamento a ser utilizado.

A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto


tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
Cor do Preenchimento do Parágrafo. diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado.

Você pode observar que o Word automaticamente


adicionou outros símbolos ao marcador, você pode alte-
rar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado
do botão Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo
Bordas no parágrafo. Marcador.

99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK.


Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon- Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque
selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings, a opção Atualizar automaticamente.
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão Inserindo Elementos Gráficos
importar, poderá utilizar uma imagem externa.
O Word permite que se insira em seus documentos
Bordas e Sombreamento arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as
Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará- ilustrações.
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a
ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto Formas
ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma Podemos também adicionar formas ao nosso conteú-
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas do do texto
e Sombreamento.
Podemos começar escolhendo uma definição de borda
(caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada
uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se
pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da
borda. A Guia Sombreamento permite atribuir um preen-
chimento de fundo ao texto selecionado. Você pode es-
colher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto
dessa cor.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo


de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no
grupo Texto, temos o botão Data e Hora.

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta


clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para
definir as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra
passa a ter as propriedades para modificar a forma.

100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
SmartArt

O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

WordArt

Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Controlar alterações no Word Clique em Revisar.
Quando quiser verificar quem está fazendo alterações Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique
em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações. em Bloqueio de Controle.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação


Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer
pessoa no documento e mostra para você onde elas estão, Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na
exibindo uma linha ao lado da margem. caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.
Enquanto as alterações controladas estiverem blo-
queadas, você não poderá desativar o controle de altera-
ções, nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações.
Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con-
trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con-
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
O Word mostra um pequeno balão no local em que rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar
alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique e rejeitar alterações.
no respectivo balão.
Desativar o controle de alterações
Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações,
mas todas as alterações já realizadas continuarão marcadas
no documento até que você as remova.
Remover alterações controladas
IMPORTANTE: A única maneira de remover alterações
Para ver as alterações, clique na linha próxima à mar- controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
gem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marca- Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
ção do Word. da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
As alterações não são excluídas e aparecerão novamente
da próxima vez em que o documento for aberto. Para ex-
cluir permanentemente as alterações controladas, aceite
-as ou rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado

É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com


uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lem-
bre-se da senha para poder desativar esse recurso quando
estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.)
O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa
para a próxima alteração.
Para excluir um comentário, selecione-o e clique
em Revisão > Excluir. Para excluir todos os comentários,
clique em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Docu-
mento.

102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
DICA: Antes de compartilhar a versão final do seu do- Imprimir páginas específicas
cumento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Docu- No menu Arquivo, clique em Imprimir.
mento. Essa ferramenta verifica comentários e alterações Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas das
controladas, além de texto oculto, nomes pessoais em pro- propriedades do documento ou alterações controladas e co-
priedades e outras informações que talvez você não que- mentários, clique na seta em Configurações, ao lado de Im-
ria compartilhar amplamente. Para executar o Inspetor de primir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as opções.
Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
e para trás, na parte inferior da página.

Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use


o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
para ampliá-lo.

Escolha o número de cópias e qualquer outra opção


desejada e clique no botão Imprimir.

Para imprimir somente determinadas páginas, siga um


destes procedimentos:
Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-
cione a opção Imprimir Página Atual.
Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-
lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.
Para imprimir páginas individuais e intervalo de pági-
nas (como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo,
escolhaImpressão Personalizada e digite os números das
páginas e intervalos separados por vírgulas (por exemplo,
3, 4-6).

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas a
serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibiliza
uma grande quantidade de estilos através do grupo estilos.

103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você Será mostrado todos os estilos presentes no documen-
clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti- to em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela exis-
lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém tem três botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo,
se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado clique sobre ele.
somente ao que foi selecionado.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí-


tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defi-


ni que ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação
dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo
parágrafo o próximo será também corpo. Abaixo definir a
formatação a ser aplicada no mesmo. Na parte de baixo
mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que o
mesmo está disponível somente a este documento. Ao fina-
lizar clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

Podemos também se necessário criarmos nossos pró-


prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.

Criar um sumário no Word 2016


Para criar um sumário que seja fácil de atualizar, apli-
que estilos de título ao texto que deseja incluir no sumário.
Depois disso, o Word vai compilá-lo automaticamente a
partir desses títulos.
Aplicar estilos de título
Escolha o texto que você deseja incluir no sumário e,
em seguida, na guia Página Inicial, clique em um estilo do
título, comoTítulo 1.

Faça isso para todo o texto que você deseja exibir no


sumário.

104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Criar um sumário O Word também verifica e marca possíveis erros gra-
O Word usa os títulos no documento para construir um maticais com uma linha ondulada azul:
sumário automático que pode ser atualizado quando você
altera o texto do título, sequência ou nível.
Clique no local que deseja inserir o índice analítico,
normalmente perto do início de um documento.
Clique em Referências > Sumário e escolha um estilo
de Sumário Automático na lista. Se os erros de ortografia e gramática não estiverem
OBSERVAÇÃO: Se você usar um estilo de Sumário Manual, marcados, talvez seja necessário habilitar a verificação or-
o Word não utilizará os títulos para criar um sumário e não será tográfica e gramatical automática.
possível atualizá-lo automaticamente. Em vez disso, o Word Quando você vir erros ortográficos ou gramaticais, cli-
usará o texto do espaço reservado para criar um sumário fictí- que com botão direito do mouse ou mantenha pressio-
cio, e você deverá preencher as entradas manualmente. nada a palavra ou a frase e escolha uma das opções para
corrigir o erro.
Habilitar (ou desabilitar) a verificação ortográfica e gra-
matical automática
Clique em Arquivo> Opções> Revisão de Texto.
Você pode optar por verificar a ortografia e a gramá-
tica automaticamente, uma ou outra, ambas ou nenhuma
delas, ou até mesmo outras opções, como a verificação or-
tográfica contextual

Caso prefira formatar ou personalizar o sumário, é


possível fazê-lo. Por exemplo, você pode alterar a fonte, o
número de níveis de título e optar por mostrar linhas pon-
tilhadas entre as entradas e os números de página.
Em Exceções para, você pode optar por ocultar os erros
Verificar ortografia e gramática no Word 2016 para de gramática e de ortografia em seu documento aberto ou,
Windows se deixar as opções desmarcadas mas mantiver qualquer
O Word verifica automaticamente possíveis erros de uma das opções acima delas marcada, todos os documen-
ortografia e gramaticais à medida que você digita. Se pre- tos novos manterão essas configurações.
ferir esperar para verificar a ortografia e a gramática quan- Clique em OK para salvar suas alterações.
do terminar de escrever, você pode desabilitar a verificação Verificar a ortografia e a gramática ao mesmo tempo
ortográfica e gramatical. Verificar a ortografia e a gramática no seu documento é
Verificar a ortografia e a gramática ao digitar útil quando você quer revisar rapidamente seu texto. Você
O Word verifica e marca automaticamente possíveis er- pode verificar a existência de possíveis erros e então deci-
ros de ortografia com uma linha ondulada vermelha: dir se concorda com o verificador ortográfico e gramatical.
Clique em Revisão > Ortografia e Gramática (ou pres-
sione F7) para iniciar o verificador ortográfico e gramati-
cal e veja os resultados nos painéis de tarefas de Ortogra-
fia e Gramática.

105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Se o Word encontrar um possível erro, um painel de tarefas será aberto e mostrará as opções de ortografia e gramática:

Para corrigir um erro, siga um destes procedimentos:


Use uma das sugestões Para usar uma das palavras sugeridas, selecione a palavra na lista de sugestões e clique em
Alterar. (Você também pode clicar em Alterar tudo, se souber que usou essa palavra incorretamente em todo o documento,
para não precisar corrigi-la toda vez que ela aparecer.)
Adicionar uma palavra ao dicionário     Se a palavra estiver correta e se for uma que você deseja que o Word e TODOS
os programas do Office reconheçam, clique em Adicionar para adicioná-la ao dicionário. Isso só funciona para palavras com
grafia incorreta. Não é possível adicionar uma gramática personalizada ao dicionário.
Ignorar a palavra    Clique em Ignorar para ignorar apenas aquela ocorrência ou clique em Ignorar Tudo para ignorar
todas as ocorrências da palavra.
Depois de corrigir ou ignorar algo marcado como um possível erro, o Word passa para o próximo. Quando o Word
concluir a revisão do documento, você verá uma mensagem informando que a verificação ortográfica ou gramatical foi
concluída.
Clique em OK para retornar ao documento.
Verificar novamente problemas de ortografia e gramática
Você também pode forçar uma nova verificação das palavras e da gramática que anteriormente foram ignoradas.
Abra o documento que você deseja verificar novamente.
Clique em Arquivo> Opções> Revisão de Texto.
Em Ao corrigir ortografia e a gramática no Word, clique em Verificar Documento Novamente.
Quando você vir uma mensagem, clique em Sim e clique em OK para fechar a caixa de diálogo Opções do Word.
Em seguida, no seu documento, clique em Revisão > Ortografia e Gramática (ou pressione F7).

Proteger um documento com senha


Ajude a proteger um documento confidencial contra edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é possível
evitar que um documento seja aberto.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Documento > Criptografar com Senha.

106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Clique na guia Arquivo.
Na área Aviso de Segurança, clique em Habilitar Con-
teúdo.
Em Habilitar Todo o Conteúdo, clique em Sempre habi-
litar o conteúdo ativo deste documento.
O arquivo se tornará um documento confiável.
A imagem a seguir é um exemplo das opções Habilitar
Conteúdo.

Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e Habilitar macros uma vez quando o Aviso de Seguran-
clique em OK. ça for exibido
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e Use as instruções a seguir para habilitar macros en-
clique em OK. quanto o arquivo permanecer aberto. Quando o arquivo
Observações : for fechado e, em seguida, reaberto, o aviso aparecerá no-
Você sempre pode alterar ou remover sua senha. vamente.
As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri- Clique na guia Arquivo.
fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar Na área Aviso de Segurança, clique em Habilitar Con-
uma senha pela primeira vez. teúdo.
Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não Selecione Opções Avançadas.
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde Na caixa de diálogo Opções de Segurança do Micro-
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha soft Office, clique em Habilitar conteúdo para esta sessão
forte da qual se lembrará. para cada macro.
Clique em OK.
Habilitar ou desabilitar macros em arquivos do Office
Uma macro é uma série de comandos que podem ser Alterar configurações de macro na Central de Confia-
usados para automatizar uma tarefa repetida e que po- bilidade
dem ser executados durante a tarefa. Este artigo apresenta As configurações de macro estão localizadas na Cen-
informações sobre os riscos envolvidos no trabalho com tral de Confiabilidade. Entretanto, se você trabalha em uma
macros, e você poderá saber mais sobre como habilitar ou organização, é possível que o administrador do sistema te-
desabilitar macros na Central de Confiabilidade. nha alterado as configurações padrão para impedir a alte-
ração das configurações.
Habilitar macros quando a Barra de Mensagens for exi- Importante: Quando você altera as configurações de
bida macro na Central de Confiabilidade, elas são alteradas ape-
Quando você abre um arquivo que possui macros, a nas no programa do Office usado no momento. As confi-
barra de mensagens amarela aparece com um ícone de gurações de macro não são alteradas em todos os progra-
escudo e o botão Habilitar Conteúdo. Se você conhecer mas do Office.
a(s) macro(s) como sendo de uma fonte confiável, use as Clique na guia Arquivo.
instruções a seguir: Clique em Opções.
Na Barra de Mensagens, clique em Habilitar Conteúdo. Clique em Central de Confiabilidade e em Configura-
O arquivo é aberto e se trata de um documento con- ções da Central de Confiabilidade.
fiável. Na Central de Confiabilidade, clique em Configurações
A imagem a seguir é um exemplo da Barra de Mensa- de Macro.
gens quando há macros no arquivo. Faça as seleções desejadas.
Clique em OK.
A imagem a seguir é a área Configurações de Macro da
Central de Confiabilidade.
Habilitar macros no modo de exibição Backstage
Outra maneira de habilitar macros em um arquivo é pos-
sível pelo modo de exibição Microsoft Office Backstage, o
modo de exibição que aparece depois que você clica na guia
Arquivo,quando a Barra de Mensagens amarela é exibida.

107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
e gravadas por desenvolvedores de software. No entan-
to, algumas macros podem representar um possível risco
para a segurança. Um usuário mal-intencionado, também
conhecido como hacker, pode introduzir uma macro des-
trutiva em um arquivo que possa espalhar vírus no compu-
tador ou na rede da sua organização.

Criar ou executar uma macro


Para poupar tempo em tarefas que você costuma rea-
lizar com frequência, compacte as etapas em uma macro.
Em primeiro lugar, grave a macro. Em seguida, você poderá
executá-la clicando em um botão da Barra de Ferramentas
Use as informações da seção a seguir para saber mais de Acesso Rápido ou pressionando uma combinação de
sobre as configurações de macro. teclas. Isso dependerá de como você a configurar.
Vamos começar com a configuração do botão.
Configurações de macro explicadas Clique em Exibir > Macros > Gravar Macro.
Desabilitar todas as macros sem notificação     As ma-
cros e os alertas de segurança sobre macros serão desa-
bilitados.
Desabilitar todas as macros com notificação     As
macros serão desabilitadas, mas os alertas de segurança
serão exibidos, se houverem macros. Habilite-as, uma de
cada vez.
Desabilitar todas as macros, exceto as digitalmen-
te assinadas     As macros são desabilitadas, mas alertas
de segurança serão apresentados se houver macros. No
entanto, se a macro estiver assinada digitalmente por um
fornecedor confiável, ela será executada se você confiar Digite um nome para a macro.
no fornecedor. Se não confiar no fornecedor, você será
notificado para habilitar a macro assinada e confiar no for-
necedor.
Habilitar todas as macros (não recomendável, pois
pode executar um código potencialmente perigoso)     To-
das as macros serão executadas. Essa configuração deixa
seu computador vulnerável a códigos potencialmente mal
intencionados.
Confiar no acesso ao modelo de objeto do projeto do
VBA     Permitir ou não permitir o acesso programático ao
modelo de objeto do Visual Basic for Applications (VBA) de
um cliente de automação. Esta opção de segurança desti-
na-se a código escrito para automatizar um programa do
Office e manipular o ambiente e o modelo de objeto VBA.É
uma configuração definida por usuário e por aplicativo, e Para usar essa macro em qualquer novo documento
nega o acesso por padrão, impedindo que programas não que você criar, verifique se a caixa Armazenar macro em
autorizados compilem código de replicação automática exibe Todos os Documentos (Normal.dotm).
prejudicial. Para que os clientes de automação acessem o
modelo de objeto do VBA, o usuário que executa o código
deve conceder acesso. Para ativar o acesso, marque a caixa
de seleção.
Observação : O Microsoft Publisher e o Microsoft Ac-
cess não têm a opção Confiar no acesso ao modelo de
objeto do projeto do VBA.
O que são macros, quem são suas criadoras e qual é o
risco de segurança?
As macros automatizam tarefas que são usadas fre-
quentemente para economizar o tempo de pressiona-
mento de teclas e ações do mouse. Muitas macros foram
criadas com o uso do VBA (Visual Basic for Applications)

108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Para executar uma macro quando você clicar em um Escolha uma imagem de botão, digite o nome deseja-
botão, clique em Botão. do e clique em OK duas vezes.

Clique na nova macro (cujo nome é algo do tipo Normal.


NovasMacros.<nome da sua macro>) e clique em Adicionar.

Agora, chegou a hora de gravar as etapas. Clique nos


comandos ou pressione as teclas para cada etapa na tarefa.
O Word grava seus cliques e pressionamentos de teclas.
Observação : Use o teclado para selecionar texto en-
quanto você grava a macro. Macros não gravam seleções
feitas com o mouse.
Para parar de gravar, clique em Exibir > Macros > Parar
Gravação.

Clique em Modificar.

O botão da sua macro aparece na Barra de Ferramen-


tas de Acesso Rápido.

Para executar a macro, clique no botão.

109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Criar uma macro com um atalho do teclado Digite uma combinação de teclas na caixa Pressione a
nova tecla de atalho.
Clique em Exibir > Macros > Gravar Macro. Verifique se essa combinação já não está atribuída a
outro item. Se estiver, tente uma combinação diferente.
Para usar esse atalho de teclado em qualquer novo do-
cumento criado, verifique se a caixa Salvar alterações em
indica Normal.dotm.
Clique em Atribuir.
Agora, chegou a hora de gravar as etapas. Clique nos
comandos ou pressione as teclas para cada etapa na tarefa.
O Word grava seus cliques e pressionamentos de teclas.
Observação: Use o teclado para selecionar texto en-
quanto você grava a macro. Macros não gravam seleções
feitas com o mouse.
Para parar de gravar, clique em Exibir > Macros > Parar
Digite um nome para a macro. Gravação.

Para executar a macro, pressione as teclas de atalho


do teclado.
Para usar essa macro em qualquer novo documento
que você criar, verifique se a caixa Armazenar macro em Executar uma macro
exibe Todos os Documentos (Normal.dotm). Para executar uma macro, clique no botão na Barra de
Ferramentas de Acesso Rápido, pressione o atalho de te-
clado ou executar a macro a partir da lista de Macros.
Clique em Exibir > Macros > Exibir Macros.

Na lista em Nome da macro, clique na macro a ser exe-


Para executar sua macro quando você pressionar um cutada.
atalho do teclado, clique em Teclado. Clique em Executar.
Disponibilizar uma macro em todos os documentos
Para disponibilizar uma macro de um documento em
todos os novos documentos, adicione-a ao modelo Nor-
mal.dotm.
Abra o documento que contém a macro.

110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Clique em Exibir > Macros > Exibir Macros.

Clique em Organizador.

Clique na macro que você quer adicionar ao modelo Normal.dotm e clique em Copiar.
Adicionar um botão de macro à faixa de opções
Clique em Arquivo > Opções > Personalizar Faixa de Opções.
Em Escolher comandos de, clique em Macros.
Clique na macro desejada.
Em Personalizar a faixa de opções, clique na guia e no grupo personalizado onde você quer adicionar a macro.
Se não tiver um grupo personalizado, clique em Novo Grupo e depois clique em Renomear e digite um nome para o
seu grupo personalizado.
Clique em Adicionar.
Clique em Renomear para escolher uma imagem para a macro e digitar o nome desejado.
Clique em OK duas vezes.

Integração com planilhas


A integração entre diversos aplicativos, sempre foi uma das principais características da suíte Office da Microsoft. Na
versão 2016, além de importar documentos prontos, é possível criar pequenas janelas de outros programas e simular sua
funcionalidade plena.
A partir de um documento do Word, por exemplo, você pode criar planilhas usufruindo dos mesmos recursos do Excel,
contando até com a Barra de tarefas do programa. Em vez de abrir dois programas, esta dica permite que você permaneça
na interface do Word, facilitando seu trabalho.
Dentro da aba “Inserir”, clique sobre a opção “Tabela” e escolha “Planilha do Excel”:

111
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Ao invés de uma tabela comum, o que você encontra é uma verdadeira miniatura do Excel com todos os recursos do
aplicativo.

Repare que até a Barra de ferramentas tradicional do Word dá espaço para a o editor de planilhas. Basta selecionar uma
porção do texto ou da planilha para alternar entre as ferramentas de ambos os programas do Office.

Principais Atalhos
CTRL+O Abrir um novo documento em branco
CTRL+A Abrir um arquivo já existente
CTRL+V Colar o texto selecionado ou movido
CTRL+X Recortar o texto selecionado
CTRL+T Selecionar o documento inteiro
CTRL+ENTER Iniciar uma nova página em um mesmo documento
CTRL+N Formata o texto selecionado negrito
CTRL+I Formata o texto selecionado para itálico
CTRL+S Formata o texto selecionado para sublinhado
CTRL+J Formata o parágrafo para justificado
CTRL+C Copiar o texto selecionado
CTRL+P Imprimir documento
CTRL+E Formata o parágrafo para centralizado
CTRL+Q Formata o parágrafo para alinhamento à esquerda
CTRL+B ou F12 Salvar como..
CTRL+Z Desfazer a última ação
CTRL+Y Refazer a última ação
CTRL+F10 Maximizar ou restaurar a janela
CTRL+D Alterar formatação de caracteres
ALT+F4 Sair do Word
CTRL+SHIFT+> Aumentar o tamanho da fonte do texto selecionado
CTRL+SHIFT+< Diminuir o tamanho da fonte do texto selecionado
CTRL+SHIFT+W Aplicar sublinhado somente em palavras
CTRL+ALT+L Aplicar o estilo lista

112
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
PLANILHA ELETÔNICA MS EXCEL 2016

Tarefas básicas no Excel2

O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas ele
também funciona muito bem para cálculos simples e para rastrear de quase todos os tipos de informações. A chave para
desbloquear todo esse potencial é a grade de células. As células podem conter números, texto ou fórmulas. Você insere
dados nas células e as agrupa em linhas e colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classifique-os e filtre-os,
insira-os em tabelas e crie gráficos incríveis. Vejamos as etapas básicas para você começar.
Criar uma nova pasta de trabalho
Os documentos do Excel são chamados de pastas de trabalho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, normalmen-
te, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar quantas planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode criar novas
pastas de trabalho para guardar seus dados separadamente.
Clique em Arquivo e em Novo.
Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco

Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As células são referenciadas por sua localização na linha e na coluna
da planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira linha da coluna A.
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula seguinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje somá-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que você deseja adicionar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique em AutoSoma no grupo Edição.

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na célula selecionada.


Criar uma fórmula simples
Somar números é uma das coisas que você poderá fazer, mas o Excel também pode executar outras operações mate-
máticas. Experimente algumas fórmulas simples para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores.
Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fórmula.
Digite uma combinação de números e operadores de cálculos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de menos
(-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação ou a barra (/) para divisão.
Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2.
Pressione Enter.
Isso executa o cálculo.
Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você deseja que o cursor permaneça na célula ativa).
2 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel

113
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Aplicar um formato de número
Para distinguir entre os diferentes tipos de números,
adicione um formato, como moeda, porcentagens ou datas.
Selecione as células que contêm números que você de-
seja formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na
seta na caixa Geral.

Selecione um formato de número

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabela para


visualizar seus dados e, em seguida, clique no botão Tabela.

Clique na seta no cabeçalho da tabela de uma coluna.


Para filtrar os dados, desmarque a caixa de seleção Se-
lecionar tudo e, em seguida, selecione os dados que você
deseja mostrar na tabela.

Caso você não veja o formato de número que está pro-


curando, clique em Mais Formatos de Número.

Inserir dados em uma tabela


Um modo simples de acessar grande parte dos recur-
sos do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso per-
mite que você filtre ou classifique rapidamente os dados.
Selecione os dados clicando na primeira célula e arras-
tar a última célula em seus dados.
Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada
ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção
para selecionar os dados.
Clique no botão Análise Rápida no canto inferior
direito da seleção.

114
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Para classificar os dados, clique em Classificar de A a Selecione os dados que você deseja examinar mais de-
Z ou Classificar de Z a A. talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias Formatação e Minigráfi-
cos para ver como elas afetam os dados.

Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale-


ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média
e baixa.

Quando gostar da opção, clique nela.

Mostrar os dados em um gráfico


A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor-
Clique em OK. reto para seus dados e fornece uma apresentação visual
com apenas alguns cliques.
Mostrar totais para os números Selecione as células contendo os dados que você quer
As ferramentas de Análise Rápida permitem que você mostrar em um gráfico.
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média Clique no botão Análise Rápida no canto inferior
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados direito da seleção.
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números. Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
Selecione as células que contêm os números que você mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
somar ou contar. dados e clique no que desejar.
Clique no botão Análise Rápida no canto inferior
direito da seleção.
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão
para aplicar os totais.

OBSERVAÇÃO: O Excel mostra diferentes gráficos nesta ga-


leria, dependendo do que for recomendado para seus dados.

Salvar seu trabalho


Clique no botão Salvar na Barra de Ferramentas de
Adicionar significado aos seus dados Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S.
A formatação condicional ou minigráficos podem des-
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza-
ção Dinâmica para experimentar.

115
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Se você salvou seu trabalho antes, está pronto. Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa e
Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo: siga um destes procedimentos:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra- Para procurar dados em uma planilha ou em uma
balho e navegue até uma pasta. pasta de trabalho inteira, na caixa Em, clique em Plani-
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas- lha ou Pasta de Trabalho.
ta de trabalho. Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai-
Clique em Salvar. xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas.
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai-
Imprimir o seu trabalho xa Examinar, clique em Fórmulas, Valores ou Comentários.
Clique em Arquivo e, em seguida, clique em Impri- OBSERVAÇÃO: As opções Fórmulas, Valores e Comen-
mir ou pressione Ctrl+P. tários só estão disponíveis na guia Localizar, e somen-
Visualize as páginas clicando nas setas Próxima Pági- te Fórmulas está disponível na guia Substituir.
na e Página Anterior. Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús-
culas de minúsculas.
Para procurar células que contenham apenas os carac-
teres que você digitou na caixa Localizar, marque a caixa
A janela de visualização exibe as páginas em preto e de seleção Coincidir conteúdo da célula inteira.
branco ou colorida, dependendo das configurações de sua Se você deseja procurar texto ou números que tam-
impressora. bém tenham uma formatação específica, clique em For-
Se você não gostar de como suas páginas serão im- mato e faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar
pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi- Formato.
cionar quebras de página. DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
Clique em Imprimir. dam a uma formato específico, exclua qualquer critério da
caixa Localizar e selecione a célula que contenha a for-
Localizar ou substituir texto e números em uma matação que você deseja localizar. Clique na seta ao lado
planilha do Excel 2016 para Windows de Formato, clique em Escolher formato da célula e, em
Localize e substitua textos e números usando curingas seguida, clique na célula que possui a formatação a ser
ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, linhas,
pesquisada.
colunas ou pastas de trabalho.
Siga um destes procedimentos:
Em uma planilha, clique em qualquer célula.
Para localizar texto ou números, clique em Localizar
Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo-
Tudo ou Localizar Próxima.
calizar e Selecionar.
DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as
ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
Siga um destes procedimentos: em Localizar ou Localizar Tudo.
Para localizar texto ou números, clique em Localizar. OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Para localizar e substituir texto ou números, clique ponível, clique na guia Substituir.
em Substituir. Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que andamento pressionando ESC.
você deseja procurar ou clique na seta da caixa Localizar e, Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
em seguida, clique em uma pesquisa recente na lista. rências dos caracteres encontrados, clique em Substi-
Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco tuir ou Substituir tudo.
(*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa: DICA: O Microsoft Excel salva as opções de formata-
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de carac- ção que você define. Se você pesquisar dados na planilha
teres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”. novamente e não conseguir encontrar caracteres que você
Use o ponto de interrogação para localizar um único sabe que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções
caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”. de formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálo-
DICA: Você pode localizar asteriscos, pontos de inter- go Localizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois
rogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha prece- em Opções para exibir as opções de formatação. Clique
dendo-os com um til na caixa Localizar. Por exemplo, para na seta ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar
localizar dados que contenham “?”, use ~? como critério formato’.
de pesquisa.

116
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Alterar a largura da coluna e a altura da linha OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
Em uma planilha, você pode especificar uma largura rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele-
de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o nú- cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer
mero de caracteres que podem ser exibidos em uma célula limite entre dois títulos de coluna.
formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero) a
409. Esse valor representa a medida da altura em pontos (1
ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035 cm).
A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximadamente
1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida como 0
(zero), a linha ficará oculta.
Se estiver trabalhando no modo de exibição de Layout
da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da Pasta
de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá especi-
ficar uma largura de coluna ou altura de linha em polega-
das. Nesse modo de exibição, a unidade de medida padrão Fazer com que a largura da coluna corresponda à de
é polegada, mas você poderá alterá-la para centímetros ou outra coluna
milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções, clique na Selecione uma célula da coluna com a largura deseja-
categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma opção na da.
lista Unidades da Régua). Pressione Ctrl+C ou, na guia Página Inicial, no gru-
po Área de Transferência, clique em Copiar.
Definir uma coluna com uma largura específica
Selecione as colunas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna. Clique com o botão direito do mouse na coluna de
Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado. destino, aponte paraColar Especial e clique no botão Man-
Clique em OK. ter Largura da Coluna Original
DICA: Para definir rapidamente a largura de uma única
coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna
selecionada, clique em Largura da Coluna, digite o valor Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma
desejado e clique em OK. planilha ou pasta de trabalho
Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica- O valor da largura de coluna padrão indica o número
mente ao conteúdo (AutoAjuste) médio de caracteres da fonte padrão que cabe em uma cé-
Selecione as colunas a serem alteradas. lula. É possível especificar outro valor de largura de coluna
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For- padrão para uma planilha ou pasta de trabalho.
matar. Siga um destes procedimentos:
Para alterar a largura de coluna padrão de uma plani-
lha, clique na guia da planilha.
Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de tra-
balho inteira, clique com o botão direito do mouse em uma
guia de planilha e, em seguida, clique em Selecionar Todas
as Planilhas no menu de atalhoTE000127572.

Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da


Coluna Automaticamente.

117
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão. Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Na caixa Largura padrão da coluna, digite uma nova Selecione as linhas a serem alteradas.
medida e clique em OK. Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas matar.
as novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar
um modelo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo
como base para as novas pastas de trabalho ou planilhas.

Alterar a largura das colunas com o mouse


Siga um destes procedimentos:
Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite
do lado direito do título da coluna até que ela fique do
tamanho desejado. Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura
da Linha.
DICA: Para ajustar automaticamente de forma rápi-
da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de
um dos títulos de linha.

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
coluna selecionado.
Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado.
Para alterar a largura de todas as colunas da planilha,
clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual-
quer título de coluna. Alterar a altura das linhas com o mouse
Siga um destes procedimentos:
Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite
abaixo do título da linha até que ela fique com a altura
desejada.

Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas


Definir uma linha com uma altura específica desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
Selecione as linhas a serem alteradas. linha selecionados.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For- Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
matar. que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
qualquer título de linha.

118
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.

Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con-


teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha.

Formatar números como moeda no Excel 2016


Para exibir números como valores monetários, forma-
te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de
número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar.
As opções de formatação de número estão disponíveis na
guia Página Inicial, no grupo Número.
Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda desejado.
OBSERVAÇÃO: Se desejar exibir um valor monetário
sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum.
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de-
cimais desejadas para o número.
Por exemplo, para exibir R$138.691 em vez de colo-
car R$ 138.690,63 na célula, insira 0 na caixa Casas deci-
mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
Formatar números como moeda mero na caixa Amostra. Ela mostra como a alteração das
Você pode exibir um número com o símbolo de moe- casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
da padrão selecionando a célula ou o intervalo de célu-
bição que você deseja usar para números negativos.
las e clicando em Formato de Número de Contabilização Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
no grupo Número da guia Página Inicial. (Se desejar número.
aplicar o formato Moeda, selecione as células e pressione OBSERVAÇÃO: A caixa Números negativos não está
Ctrl+Shift+$.) disponível para o formato de número Contábil. O motivo
disso é que constitui prática contábil padrão mostrar nú-
Alterar outros aspectos de formatação meros negativos entre parênteses.
Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique
Selecione as células que você deseja formatar.
em OK.
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você
Diálogo ao lado deNúmero. aplicar formatação de moeda em seus dados, isso signifi-
cará que talvez a célula não seja suficientemente larga para
exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique
duas vezes no limite direito da coluna que contém as cé-
lulas com o erro #####. Esse procedimento redimensiona
automaticamente a coluna para se ajustar ao número. Você
também pode arrastar o limite direito até que as colunas
fiquem com o tamanho desejado.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.

119
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Remover formatação de moeda DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula,
Selecione as células que têm formatação de moeda. você pode selecionar as células que contêm os valores que
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na cai- deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
xa de listagem Geral. Pressione Enter.
As células formatadas com o formato Geral não têm Para adicionar valores rapidamente, você pode usar
um formato de número específico. a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente
(guia Página Inicial, grupo Edição ).
Operadores e Funções Para avançar mais uma etapa, você pode usar as refe-
rências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma
A função é um método utilizado para tornar mais fácil fórmula simples.
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos Exemplos
mais complexos e vários valores. Existem funções para os Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e co-
cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exem- le-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as
plo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+ fórmulas mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2
A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a fun- e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as largu-
ção o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o ras das colunas para ver todos os dados.
exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar
um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a Dados
referência de células (A1) e não somente valores. 2
A quantidade de argumentos empregados em uma
5
função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re- Fórmula Descrição Resultado
ferências, etc... Adiciona os valores nas
‘=A2+A3 =A2+A3
células A1 e A2
Operadores Subtrai o valor na célula
‘=A2-A3 =A2-A3
A2 do valor em A1
Operadores são símbolos matemáticos que permitem Divide o valor na célula
fazer cálculos e comparações entre as células. Os operado- ‘=A2/A3 =A2/A3
A1 pelo valor em A2
res são: Multiplica o valor na cé-
‘=A2*A3 =A2*A3
lula A1 pelo valor em A2
Eleva o valor na célula A1
‘=A2^A3 ao valor exponencial es- =A2^A3
pecificado em A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
Eleva 5 à segunda potên-
‘=5^2 =5^2
cia
Criar uma fórmula simples
Você pode criar uma fórmula simples para adicionar, Usar referências de célula em uma fórmula
subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fór- Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa
mulas simples sempre começam com um sinal de igual (=), uma função, você pode fazer referência aos dados das cé-
seguido de constantes que são valores numéricos e ope- lulas de uma planilha incluindo referências de célula nos
radores de cálculo como os sinais de mais (+), menos (-), argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere
asterisco (*) ou barra (/). ou seleciona a referência de célula A2, a fórmula usa o valor
Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o dessa célula para calcular o resultado. Você também pode
Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o fazer referência a um intervalo de células.
primeiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
das operações matemáticas, a multiplicação e executada
antes da adição. Na barra de fórmulas , digite = (sinal de igual).
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor
a fórmula. desejado ou digite sua referência de célula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos Você pode fazer referência a uma única célula, a um
operadores que você deseja usar no cálculo. intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um
Você pode inserir quantas constantes e operadores fo- local em outra pasta de trabalho.
rem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.

120
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arras- Criar uma fórmula usando uma função
tar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou Você pode criar uma fórmula para calcular valores
arrastar o canto da borda para expandir a seleção. na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmu-
las =SOMA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função
SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As
fórmulas sempre começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir
Função .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.
1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o
intervalo de células tem uma borda azul com cantos qua-
drados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde
e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos
quadrados.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em
uma borda codificada por cor, significa que a referência
está relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA : Você também pode inserir uma referência a um
intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole
-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fór-
mulas mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e
pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras
das colunas para ver todos os dados. Use o comando De-
finir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para
definir “Ativos” (B2:B4) e “Passivos” (C2:C4).
Se você estiver familiarizado com as categorias de fun-
Departamento Ativos Passivos ção, também poderá selecionar uma categoria.
TI 274000 71000 Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá
Administrador 67000 18000 digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na
RH 44000 3000 caixa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar nú-
meros” retorna a função SOMA).
Fórmula Descrição Resultado
Na caixa Selecione uma função, selecione a função que
Retorna o to- deseja utilizar e clique em OK.
tal de ativos Nas caixas de argumento que forem exibidas para a
dos três de- função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracte-
partamentos res de texto ou referências de célula desejadas.
no nome defi- Em vez de digitar as referências de célula, você tam-
‘=SOMA(Ativos) nido “Ativos”, =SOMA(Ativos) bém pode selecionar as células que deseja referenciar. Cli-
que é defi- que em para expandir novamente a caixa de diálogo.
nido como o Depois de concluir os argumentos para a fórmula, cli-
intervalo de que em OK.
células B2:B4. DICA : Se você usar funções frequentemente, poderá
(385000) inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de di-
Subtrai a gitar o sinal de igual (=) e o nome da função, poderá obter
soma do informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos
nome defini- da função pressionando F1.
‘=SOMA(Ativos)- do “Passivos” =SOMA(Ativos) Exemplos
-SOMA(Passivos) da soma do -SOMA(Passivos) Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em
nome defini- branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fór-
do “Ativos”. mulas que usam funções.
(293000)

121
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Dados Barra de Status


Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre
5 4
tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula
2 6 ou várias células. Se você com o botão direito na barra de
3 8 Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out
7 1 exibindo todas as opções que você pode selecionar. Obser-
Fórmula Descrição Resultado ve que ele também exibe valores para o intervalo selecio-
Adiciona todos nado se você tiver esses atributos marcados.
‘=SOMA(A:A) os números na =SOMA(A:A)
coluna A Usando o Assistente de AutoSoma
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma
Calcula a mé-
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione
dia de todos
‘=MÉDIA(A1:B4) =MÉDIA(A1:B4) uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo
os números no
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula
intervalo A1:B4
na faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assis-
tente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo
Função Soma
para ser somados e criar a fórmula para você. Ele também
A função soma , uma das funções matemáticas e trigo-
pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma
nométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valo-
célula para a esquerda ou à direita do intervalo a serem
res individuais, referências de células ou intervalos ou uma
somados.
mistura de todos os três.
Este vídeo faz parte de um curso de treinamento cha-
mado Adicionar números no Excel 2013.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SUM(A2:A10)
= SUM(A2:A10, C2:C10)

Nome do
Descrição
argumento
O primeiro número que você
deseja somar. O número pode
número1   
ser como “4”, uma referência de
(Obrigatório)
célula, como B6, ou um intervalo
de células, como B2:B8.
Este é o segundo número que
número2-255    você deseja adicionar. Você pode
(Opcional) especificar até 255 números des-
sa forma.

Soma rápida com a barra de Status


Se você quiser obter rapidamente a soma de um inter- Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os
valo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o intervalos contíguos de soma
intervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel. A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que
você selecione outras funções comuns, como:
Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções

122
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente AutoSoma horizontalmente
Exemplo 4 – somar células não-contíguas

AutoSoma verticalmente Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma detectou automaticamente O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará
células B2: B5 como o intervalo a serem somados. Tudo o para intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou
que você precisa fazer é pressione Enter para confirmá-la. colunas vazias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o
Se você precisar adicionar/excluir mais células, você pode primeiro espaço. Nesse caso você precisaria soma por sele-
manter a tecla Shift > tecla de direção da sua escolha até ção, onde você pode adicionar os intervalos individuais, um
que corresponde à sua seleção desejado e pressione Enter por vez. Neste exemplo se você tivesse dados na célula B4,
quando terminar. o Excel seria gerar =SUM(C2:C6) desde que ele reconheça
Guia de função Intellisense: a soma (Número1, [núm2]) um intervalo contíguo.
flutuantes marca abaixo a função é o guia de Intellisense. Você pode selecionar rapidamente vários intervalos
Se você clicar no nome de função ou soma, ele se trans- não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
formará em um hiperlink azul, que o levará para o tópico (“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
de ajuda para essa função. Se você clicar nos elementos tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
de função individual, as peças representantes na fórmula você. Pressione enter quando terminar.
serão realçadas. Nesse caso somente B2: B5 seria realçadas Dica: você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
como há apenas uma referência numérica nesta fórmula. mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
A marca de Intellisense será exibido para qualquer função. precisa fazer é selecionar o intervalo (s).
Observação: você pode perceber como o Excel tem
Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente realçado os intervalos de função diferente por cor, e eles
correspondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3
é azul e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as
funções, a menos que o intervalo referenciado esteja em
uma planilha diferente ou em outra pasta de trabalho. Para
acessibilidade aprimorada com tecnologia assistencial,
você pode usar intervalos nomeados, como “Semana1”,
“Semana2”, etc. e, em seguida, fazer referência a eles, sua
fórmula:
=SUM(Week1,Week2)

Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também.
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23

123
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Em seguida, tente validar se suas entradas estão cor- SOMA ignora valores de texto
retas. É muito mais fácil colocar esses valores em células #REF! Erro de excluir linhas ou colunas
individuais e usar uma fórmula de soma. Além disso, você
pode formatar os valores quando eles estão nas células,
tornando-as muito mais legível e quando ela estiverem em
uma fórmula.

Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não serão


atualizados para excluir a linha excluída e retornará um #REF!
erro, onde uma função soma atualizará automaticamente.

#VALUE! erros de referência de texto em vez de nú-


meros. Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou
Se você usar um fórmula como: colunas
= A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3

= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar


linhas ou colunas
Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será
Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função
não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retor- soma atualizará automaticamente (contanto que você não
narão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es-
lhe dar a soma dos valores numéricos. pecialmente importante se você esperar sua fórmula para
atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados
que você não pode capturar.

SOMA com referências de célula individuais versus in-


tervalos

124
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Usando uma fórmula como: Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou
=SUM(A1,A2,A3,B1,B2,B3) soma 3 dimensionais:
É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas
dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É
muito melhor usar intervalos individuais, como:

=SUM(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem de
desconto para um intervalo de células que você já somados.

= SUM(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês (janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de resumo.

= SUM(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
dezembro.

= SUM(A2:A14) *-25% Observação: se suas planilhas tem espaços em seus


Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto, nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um
que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma
encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor fórmula:
colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez = SUM(‘January Sales:December Sales’! A2)
disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte- SOMA com outras funções
rados, assim: Absolutamente, você pode usar soma com outras fun-
= SUM(A2:A14) * E2 ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média
Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs- mensal:
titua a “*” com “/”: = SUM(A2:A14)/E2
Adicionando ou retirando de uma soma
i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
soma usando + ou - assim:
= SUM(A1:A10) + E2
= SUM(A1:A10)-E2

SOMA 3D
Às vezes você precisa somar uma determinada célula
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla- =SUM(A2:L2)/COUNTA(A2:L2)
nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de
célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa, células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em
muito mais assim que apenas tentando construir uma fór- branco).
mula que faz referência apenas uma única folha.
i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1

125
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Função SE Introdução
A função SE é uma das funções mais populares do Ex- A melhor maneira de começar a escrever uma instrução
cel e permite que você faça comparações lógicas entre um SE é pensar sobre o que você está tentando realizar. Que com-
valor e aquilo que você espera. Em sua forma mais simples, paração você está tentando fazer? Muitas vezes, escrever uma
a função SE diz: instrução SE pode ser tão simples quanto pensar na lógica em
SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário, sua cabeça: “o que aconteceria se essa condição fosse aten-
faça outra coisa) dida vs. o que aconteceria se não fosse?” Você sempre deve
Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados. se certificar de que suas etapas sigam uma progressão lógi-
O primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o ca; caso contrário, sua fórmula não executará aquilo que você
segundo se a comparação for Falsa. acha que ela deveria executar. Isso é especialmente importan-
te quando você cria instruções SE complexas (aninhadas).
Exemplos de SE simples
Mais exemplos de SE

=SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orçamen-


to”)
No exemplo acima, a função SE em D2 está dizendo SE(C2
=SE(C2=”Sim”;1,2)
é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”, caso contrário,
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór-
retorne “Dentro do orçamento”)
mula retorna um 1 ou um 2)

= SE(C2>B2,C2-B2,0)
Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado de
=SE(C2=1;”Sim”;”Não”) texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula em E2
Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor orçado, subtraia
fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não) o Valor orçado do Valor real, caso contrário, não retorne nada).
Como você pode ver, a função SE pode ser usada
para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
para avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
tado; você também pode usar operadores matemáticos e
executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
realizar várias comparações.

OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será


preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.

126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
=SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0) =SE(D3=””;””;SuaFórmula())
Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 = SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua
“Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário, fórmula).
nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0) Exemplo de SE aninhada
Práticas Recomendadas - Constantes
No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de Im-
posto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na fór-
mula. Geralmente, não é recomendável colocar constantes
literais (valores que talvez precisem ser alterados ocasional-
mente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem ser difí-
ceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor colocar
constantes em suas próprias células, onde elas ficam fora das
constantes abertas e podem ser facilmente encontradas e al-
teradas. Nesse caso, tudo bem, pois há apenas uma função
SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas raramente será alterada.
Mesmo se isso acontecer, será fácil alterá-la na fórmula. Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois
Usar SE para verificar se uma célula está em branco resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas SE
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran- podem ter de 3 a 64 resultados.
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula =SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”))
exiba um resultado sem entrada. Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”).

CONT.SE
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para contar o
número de células que atendem a um critério; por exemplo,
para contar o número de vezes que uma cidade específica
aparece em uma lista de clientes.

Sintaxe
CONT.SE(intervalo, critério)
Por exemplo:
Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA: =CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
=SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em branco”) =CONT.SE(A2:A5,A4)
Que diz SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”, caso
contrário, retorne “Não está em branco”). Você também pode- Nome do argumento Descrição
ria facilmente usar sua própria fórmula para a condição “Não O grupo de células que
está em branco”. No próximo exemplo usamos “” em vez de você deseja contar. Inter-
ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa “nada”. valo pode conter números,
intervalo    matrizes, um intervalo no-
(obrigatório) meado ou referências que
contenham números. Valo-
res em branco e texto são
ignorados.
Um número, expressão, re-
ferência de célula ou cadeia
de texto que determina
quais células serão conta-
das.
Por exemplo, você pode
usar um número como 32,
critérios    (obrigatório)
uma comparação, como “>
=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”) 32”, uma célula como B4 ou
Essa fórmula diz SE(D3 é nada, retorne “Em branco”, caso uma palavra como “maçãs”.
contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um exemplo CONT.SE usa apenas um
de um método muito comum de usar “” para impedir que único critério. Use CONT.
uma fórmula calcule se uma célula dependente está em SES se você quiser usar vá-
branco: rios critérios.

127
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Função SOMASE Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_
Você pode usar a função SOMASE para somar os valores soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de
em uma intervalo que atendem aos critérios que você especi- células, o recálculo da planilha pode levar mais tempo do
ficar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém que o esperado.
números, você quer somar apenas os valores que são maio-
res do que 5. Você pode usar a seguinte fórmula: = SOMASE MÁXIMO (Função MÁXIMO)
(B2:B25,”> 5”). Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma]) MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos: A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argu-
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser avalia- mentos:
da por critérios. Células em cada intervalo devem ser números Núm1, núm2,...     Núm1 é obrigatório, números sub-
ou nomes, matrizes ou referências que contenham números. sequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor
Valores em branco e texto são ignorados. O intervalo selecio- máximo você deseja saber.
nado pode conter datas no formato padrão do Excel (exem- Comentários
plos abaixo). Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes
critérios    Obrigatório. Os critérios na forma de um ou referências que contenham números.
número, expressão, referência de célula, texto ou função Os valores lógicos e representações em forma de texto
que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, de números digitados diretamente na lista de argumentos
os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”, são contados. Se um argumento for uma matriz ou refe-
“maçãs” ou HOJE(). rência, apenas os números nesta matriz ou referência serão
IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer usados. Células vazias, valores lógicos ou texto na matriz ou
critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO
estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéri-
retornará 0.
cos, as aspas duplas não serão necessárias.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que
intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adi-
não podem ser traduzidos em números causam erros.
cionadas, se você quiser adicionar células diferentes das
Se você deseja incluir valores lógicos e representações
especificadas no argumento intervalo. Se o argumento in-
de texto dos números em uma referência como parte do
tervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células es-
cálculo, utilize a função MÁXIMOA.
pecificadas no argumento intervalo (as mesmas células às
Exemplo
quais os critérios são aplicados). Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os
Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de in- na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fór-
terrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento crité- mulas mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e
rios. O ponto de interrogação corresponde a qualquer ca- pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras
ractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequên- das colunas para ver todos os dados.
cia de caracteres. Para localizar um ponto de interrogação
ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.
Comentários Dados
A função SOMASE retorna valores incorretos quando 10
você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com 7
mais de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VA- 9
LOR!. 27
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo 2
tamanho e forma que o argumento intervalo. As células
Fórmula Descrição Resultado
reais adicionadas são determinadas pelo uso da célula na
extremidade superior esquerda do argumentointervalo_ Maior valor no
=MÁXIMO(A2:A6) 27
soma como a célula inicial e, em seguida, pela inclusão das intervalo A2:A6.
células correspondentes em termos de tamanho e forma Maior valor no
=MÁXIMO(A2:A6;
no argumento intervalo. Por exemplo: intervalo A2:A6 e 30
30)
o valor 30.
Se o intervalo e intervalo_ Então, as células MÍNIMO (Função MÍNIMO)
for soma for reais serão Descrição
A1:A5 B1:B5 B1:B5 Retorna o menor número na lista de argumentos.
A1:A5 B1:B3 B1:B5 Sintaxe
A1:B4 C1:D4 C1:D4 MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A1:B4 C1:C2 C1:D4 A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argu-
mentos:

128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Núm1, núm2,...     Núm1 é obrigatório, números sub-
sequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor
MÍNIMO você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes
ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto
de números digitados diretamente na lista de argumentos
são contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, ape-
nas os números daquela matriz ou referência poderão ser
usados. Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na
matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO Selecione duas ou mais células adjacentes que você
retornará 0. deseja mesclar.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que IMPORTANTE : Verifique se os dados que você deseja
não podem ser traduzidos em números causam erros. agrupar na célula mesclada estão contidos na célula supe-
Se você deseja incluir valores lógicos e representações rior esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão
de texto dos números em uma referência como parte do excluídos. Para preservar os dados das outras células, copie
cálculo, utilize a função MÍNIMOA. -os em outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.
Exemplo Clique em Início > Mesclar e Centralizar.
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os
na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fór-
mulas mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e
pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras
das colunas para ver todos os dados.

Dados
10
7 Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, ve-
9 rifique se você não está editando uma célula e se as células
27 que você quer mesclar não estão dentro de uma tabela.
2 DICA : Para mesclar células sem centralizar, clique na
Fórmula Descrição Resultado seta ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar
Através ou Mesclar Células.
O menor dos
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que
=MÍNIMO(A2:A6) números no 2
foram mescladas.
intervalo A2:A6.
O menor dos Criar um gráfico no Excel 2016 para Windows
=MIN(A2:A6;0) números no 0 Use o comando Gráficos Recomendados na guia Inse-
intervalo A2:A6 e 0. rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados.
Selecione os dados que você deseja incluir no seu grá-
Média fico.
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores. Clique em Inserir > Gráficos Recomendados.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de ida-
de na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte função
=MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no in-
tervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar
uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de
criar um rótulo que se estende por várias colunas. Por
exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de ti-
criar o rótulo “Vendas Mensais” e descrever as informações pos de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.
nas linhas de 2 a 7. Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os
seus dados aparecem naquele formato.

129
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel 2016 para ana-
lisar dados da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
sumir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exemplo,
veja uma lista simples de despesas:

DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,


clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
gráfico disponíveis.
Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-
que nele e clique emOK.
Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-
co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
gráfico para adicionar elementos de gráfico como títulos
de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

Aqui estão os mesmos dados resumidos em uma Ta-


bela Dinâmica:

Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâ-
micas ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica
Recomendada é uma boa opção. Quando você usa este
DICAS : recurso, o Excel determina um layout significativo, combi-
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso- nando os dados com as áreas mais adequadas da Tabela
nalizar a aparência do gráfico. Dinâmica. Isso oferece um ponto inicial para experimentos
adicionais. Depois que uma Tabela Dinâmica básica é cria-
da, você pode explorar orientações diferentes e reorgani-
zar os campos para obter os resultados desejados.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
Se você não vir essas guias, adicione as Ferramentas dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
de gráfico à faixa de opções clicando em qualquer lugar Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica Recomen-
no gráfico. dada.

130
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova planilha e exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.
Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto

Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por pa-
drão, campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data
Adicionar um campo
e hora são adicionadas à área Coluna e os campos numéricos são adicionados
à área Valores.

Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra,
Mover um campo
por exemplo, de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Criar uma Tabela Dinâmica manualmente


Se você sabe como organizar seus dados, pode criar uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.

131
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão, campos
Adicionar um campo não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e hora são adicionadas à
área Colunae os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra, por exemplo,
Mover um campo
de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e, na caixa Defi-
nições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado


em um campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâ-


Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.
mica

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.
Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.
Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.
Clique em Arquivo > Salvar como.
Clique em um local, como Computador ou a página da Web Meu Site.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar.
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Opções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma senha para confirmar e clique novamente em OK.
OBSERVAÇÃO: Para remover uma senha, siga as etapas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado no Excel.

132
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para OBSERVAÇÃO : Para remover uma senha, siga as etapas
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo. acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha
em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de se-
nha usado no Excel. Por que minha senha desaparece quan-
do salvo no formato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usando
o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida na
pasta de trabalho desapareceu. Isso acontece porque a sua
versão do Excel usa um novo esquema para salvar senhas,
e o formato de arquivo anterior não o reconhece. Como
resultado, a senha é descartada ao salvar seu arquivo para
o formato do Excel 97-2003. Defina a senha no arquivo *.xls
para proteger a pasta de trabalho novamente.
Consulte as anotações abaixo para mais informações.
Proteger uma planilha com ou sem uma senha no
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça Excel 2016
isto: Para ajudar a proteger seus dados de alterações não in-
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho. tencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou sem
Clique em Estrutura. senha. Ela impede que outras pessoas removam a proteção
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre da planilha: a senha deve ser inserida para desproteger a
essa opção e a opçãoWindows. planilha. Por padrão, quando você protege uma planilha, o
Digite uma senha na caixa Senha. excel bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de pro-
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. teger a planilha, desbloqueie quaisquer células que desejar
OBSERVAÇÕES : alterar antes de seguir essas etapas.
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
pasta de trabalho, os usuários somente precisarão digitar Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
a senha uma vez. conteúdo de células bloqueadas está marcada.
Se você solicitar somente uma senha para alterar a Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
pasta de trabalho, os usuários podem abrir uma cópia so- proteger a planilha. Outros usuários podem remover a pro-
mente leitura do arquivo, salvá-la com outro nome e alterar teção se você não usar uma senha.
seus dados. IMPORTANTE : Anote sua senha e armazene-a em lo-
Selecionar a opção Estrutura previne outros usuários cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
de visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou recuperar senhas perdidas. Se você digitou uma senha na
ocultar planilhas e renomear planilhas. etapa 3, redigite-a para confirmá-la.
Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabili-
tada nessa versão do Excel.
Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta
de trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Tra-
balho acende.

Criptografar a pasta de trabalho com uma senha


No modo de exibição Backstage, você pode definir uma
senha para a pasta de trabalho que fornece criptografia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de
Trabalho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
clique em OK. Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permi-
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e tir que todos os usuários desta planilha possam e clique
clique em OK. em OK.

133
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
OBSERVAÇÕES : Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
Para remover a proteção da planilha, clique em Re- res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
visão, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se cor desejada.
necessário. Se uma macro não pode executar na planilha DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
protegida, você verá uma mensagem e a macro será inter- te, clique em Cor de Preenchimento . Você também
rompida encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
recentemente em Cores recentes.
Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
células Quando você deseja algo mais do que apenas um
É possível realçar dados em células utilizando Cor de preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de drão ou efeitos de preenchimento.
fundo ou padrão das células. Veja como: Selecione a célula ou intervalo de células que deseja
Selecione as células que deseja realçar. formatar.
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para a Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-
planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso irá ocul- go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.
tar as linhas de grade, mas é possível melhorar a legibilidade
da planilha exibindo bordas ao redor de todas as células.

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de
Preenchimento .

Em Cores do Tema ou Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma


cor na caixa Cor do Padrão e, em seguida, selecione um
padrão na caixa Estilo do Padrão.
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as
opções desejadas.

DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano


de fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecio-
nados.

134
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de CTRL+A — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
preenchimento contiver dados, este comando seleciona a região atual.
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las. suas linhas de resumo. Pressionar CTRL+A novamente se-
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi- leciona a planilha inteira.
mento, e então selecione Sem Preenchimento. CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C) — exibe a Área
de Transferência.
CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
intervalo selecionado nas células abaixo.
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
chimento em cores tuir com a guia Localizar selecionada.
Se as opções de impressão estiverem definidas SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
como Preto e branco ouQualidade de rascunho — seja T+F4 repete a última ação de Localizar.
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém CTRL+SHIFT+F — Abre a caixa de diálogo Formatar
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram Células com a guia Fonte selecionada.
na ativação automática do modo de rascunho — não será CTRL+G — Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- bém exibe essa caixa de diálogo.)
solver isso: CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- tuir com a guia Substituir selecionada.
logo Configurar Página. CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico.
CTRL+K — Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink
para novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink
para os hiperlinks existentes que estão selecionados.
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou
localizar um arquivo.
CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que con-
têm comentários.
Na guia Folha, em Imprimir, desmarque as caixas de CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
seleção Preto e branco e Qualidade de rascunho. CTRL+SHIFT+P — Abre a caixa de diálogo Formatar
OBSERVAÇÃO : Se você não visualizar cores em sua Células com a guia Fonte selecionada.
planilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste. CTRL+R — Usa o comando Preencher à Direita para
Se não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, tal- copiar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda
vez nenhuma impressora colorida esteja selecionada. de um intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de ar-
Principais atalhos quivo, local e formato atual.
CTRL+Menos (-) — Exibe a caixa de diálogo Excluir CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
para excluir as células selecionadas. CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+; — Insere a data atual. CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redu-
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu- ção da barra de fórmulas.
la e a exibição de fórmulas na planilha. CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência
CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Dispo-
da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas. nível somente depois de ter recortado ou copiado um ob-
CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células. jeto, texto ou conteúdo de célula.
CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito. CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial,
CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico. disponível somente depois que você recortar ou copiar um
CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado. objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou
CTRL+5 — Aplica ou remove tachado. em outro programa.
CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos CTRL+W — Fecha a janela da pasta de trabalho sele-
e exibir espaços reservados para objetos. cionada.
CTRL+8 — Exibe ou oculta os símbolos de estrutura CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
de tópicos. CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se possível.
CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas. CTRL+Z — Usa o comando Desfazer para reverter o
CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas. último comando ou excluir a última entrada digitada.

135
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer para reverter ou restaurar a correção automática quando Mar-
cas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
CTRL+SHIFT+( — Exibe novamente as linhas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+& — Aplica o contorno às células selecionadas.
CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células selecionadas.
CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Exponencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-) para
valores negativos.
CTRL+SHIFT+* — Seleciona a região atual em torno da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e colunas
vazias).
CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inserir para inserir células em branco.

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


=SOMA(A1;A2).
Para aplicar a fórmula de soma você pre- Dica: Sempre separe a indi-
cisa, apenas, selecionar as células que cação das células com pon-
Adição =SOMA(célulaX;célula Y) estarão envolvidas na adição, incluindo a to e vírgula (;). Dessa forma,
sequência no campo superior do progra- mesmo as que estiverem em
ma junto com o símbolo de igual (=) localizações distantes serão
consideradas na adição
Segue a mesma lógica da adição, mas
dessa vez você usa o sinal correspon-
Subtração =(célulaX-célulaY) dente a conta que será feita (-) no lugar =(A1-A2)
do ponto e vírgula (;), e retira a palavra
“soma” da função
Use o asterisco (*) para indicar o símbolo
Multiplicação = (célulaX*célulaY) = (A1*A2)
de multiplicação
A divisão se dá com a barra de divisão
Divisão =(célulaX/célulaY) (/) entre as células e sem palavra antes =(A1/A2)
da função

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e
mínimo. Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra “me-
dia” antes das células indicadas,
que são sempre separadas por
Média =MEDIA(célula X:célulaY) =MEDIA(A1:A10)
dois pontos (:) e representam o
grupo total que você precisa cal-
cular
Segue a mesma lógica, mas usa
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
a palavra “max”
Mínima =MIN(célula X:célulaY) Dessa vez, use a expressão “min” =MIN(A1:A10)

136
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo


Função =se(célulaX<=0 ; “O que =se(B1<=0 ; “a ser enviado” ; “no estoque”)
Se precisa saber 1” ; “o que Essa linguagem diz ao Excel que se o conteúdo da célula B1 é menor ou
precisa saber 2”) igual a zero ele deve exibir a mensagem “a ser enviado” na célula que
contem a fórmula. Caso o conteúdo seja maior que zero, a mensagem
que aparecerá é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

INTERNET

“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um
mundo novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportunidades que
os empreendedores seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se expandiria com o
desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de 60, ficou em poder exclusivo do governo conectando
bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar a
tecnologia, logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão de conversação entre as máquinas se tor-
nou impróprio pela quantidade de equipamentos.
Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as máquinas continuassem trocando dados, surgiu
então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas àquela rede.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máqui-
nas que compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede se torna internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que
conhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mun-
dial, além de alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 caísse no domínio
público.
Com esta popularidade e o surgimento de softwares de navegação de interface amigável, no fim da década de 90,
pessoas que não tinham conhecimentos profundos de informática começaram a utilizar a rede internacional.

Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam à
Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela relacionados, e em função do serviço classificam-se em:
• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e administram backbones de longo alcance, ou seja, estru-
tura física de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para redes locais;
• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponibilizam
acesso à terceiros a partir de suas instalações;
• Provedores de Informação: São instituições que disponibilizam informação através da Internet.

Endereço Eletrônico ou URL


Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhecer o seu endereço.
Este endereço, que é único, também é considerado sua URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recursos
Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.br
Onde:
www = protocolo da World Wide Web
xxx = domínio
com = comercial
br = brasil

137
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da
É um serviço disponível na Internet que possui um con- web.
junto de documentos espalhados por toda rede e disponi- O Browser lê e interpreta os documentos escritos em
bilizados a qualquer um. HTML, apresentando as páginas formatadas para os usuá-
Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti- rios.
liza uma linguagem especial, chamada HTML.
ARQUITETURAS DE REDES
Domínio As modernas redes de computadores são projetadas de
Designa o dono do endereço eletrônico em ques- forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exami-
naremos com algum detalhe a técnica de estruturação.
tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das
.edu = Instituição acadêmica redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons-
.gov = Instituição governamental truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o
.mil = Instituição militar norte-americana nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de
.net = Provedor de serviços em redes uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro-
.org = Organização sem fins lucrativos pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama-
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de como os serviços oferecidos são de fato implementados.
Trasferência em Hipertexto A camada n em uma máquina estabelece uma conver-
É um protocolo ou língua específica da internet, res- são com a camada n em outra máquina. As regras e conven-
ponsável pela comunicação entre computadores. ções utilizadas nesta conversação são chamadas coletiva-
Um hipertexto é um texto em formato digital, e mente de protocolo da camada n, conforme ilustrado na Fi-
pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe- gura abaixo para uma rede com sete camadas. As entidades
ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa que compõem as camadas correspondentes em máquinas
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na diferentes são chamadas de processos parceiros. Em outras
forma de blocos de textos, imagens ou sons. palavras, são os processos parceiros que se comunicam uti-
lizando o protocolo.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente
mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
da camada n em uma máquina para a camada n em outra
outro documento. máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor-
mações de controle para a camada imediatamente abaixo,
Home Page até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível
Sendo assim, home page designa a página inicial, prin- 1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co-
cipal do site ou web page. municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis- física através de linhas sólidas.
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.

HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de


Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
nho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
transmissão através da Internet, evitando longos perío- ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
dos de espera e congestionamento na rede). a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede e

138
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
o que cada camada deve fazer, uma das considerações mais A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi-
importantes é definir interfaces limpas entre as camadas. zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en-
Isso requer, por sua vez, que cada camada desempenhe um dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
conjunto específico de funções bem compreendidas. Além a organização das casas da região onde você mora. Neste
de minimizar a quantidade de informações que deve ser sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
passada de camada em camada, interfaces bem definidas dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
também tornam fácil a troca da implementação de uma ca- uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
mada por outra implementação completamente diferente e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
(por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas por canais rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
de satélite), pois tudo o que é exigido da nova implemen- octetos são usados na identificação de computadores.
tação é que ela ofereça à camada superior exatamente os
mesmos serviços que a implementação antiga oferecia. Classes de endereços IP
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem
arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve ser utilizados tanto para identificar o seu computador den-
conter informações suficientes para que um implementa- tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com-
cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má-
protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer
pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
não são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessá- rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um
rio que as interfaces em todas as máquinas em uma rede endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta,
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor- cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni-
retamente todos os protocolos. co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se
então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta
O endereço IP
a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa-
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
lhar toda a rede.
Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re-
recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
des locais quanto para utilização na internet, contamos com
quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades
tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In-
transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que,
Também é graças ao seu endereço - único para cada resi- basicamente, divide os endereços em três classes principais
dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas e mais duas complementares. São elas:
de água, aquele produto que você comprou em uma loja Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128
on-line, enfim. redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta-
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu com- dos;
putador seja encontrado e possa fazer parte da rede mun- Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
dial de computadores, necessita ter um endereço único. O 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
mesmo vale para websites: este fica em um servidor, que Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
por sua vez precisa ter um endereço para ser localizado na 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), recurso Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
que também é utilizado para redes locais, como a existente Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
na empresa que você trabalha, por exemplo. servado.
O endereço IP é uma sequência de números composta As três primeiras classes são assim divididas para aten-
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro der às seguintes necessidades:
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 - Os endereços IP da classe A são usados em locais
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú- onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
zado como identificador da rede e os demais servem como
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
restantes para identificar os dispositivos;

139
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema:
requerem grande quantidade de redes, mas com poucos se um octeto é usado para identificação da rede, este re-
dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é
são usados para identificar a rede e o último é utilizado aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub
para identificar as máquinas. -rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es- desta relação:
peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
especiais para a comunicação entre os computadores, en-
quanto que a segunda está reservada para aplicações futu- Identificador
Identificador Máscara
ras ou experimentais. Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede
Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva- computador
dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja, C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para Você percebe então que podemos ter redes com más-
propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de cara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indi-
maneira simultânea. cando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode ha-
ver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha
Endereços IP privados que uma faculdade tenha que criar uma rede para cada um
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores.
privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados A solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser
na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desper-
essencialmente, estes: dício. Uma forma de contornar este problema é criar uma
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255; rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255; máscaras novamente entram em ação.
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255. Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária).
com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es- 255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez,
tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C,
por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O 255.255.255.0, é:
que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. 11111111.11111111.11111111.00000000
Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa- Perceba então que, aqui, temos uma máscara forma-
mento de rede - como um roteador - que receba a cone- da por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para
xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as pos-
precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial sibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns
de computadores. zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do últi-
Máscara de sub-rede mo octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita),
As classes IP ajudam na organização deste tipo de en- resultando em:
dereçamento, mas podem também representar desperdí- 11111111.11111111.11111111.11100000
cio. Uma solução bastante interessante para isso atende Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de
pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte
bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-re-
dos números que um octeto destinado a identificar dis-
des. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possi-
positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a
bilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para
capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en-
o endereçamento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5
xergar as classes A, B e C da seguinte forma:
= 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (esta-
- A: N.H.H.H;
mos fazendo estes cálculos sem considerar limitações que
- B: N.N.H.H;
possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
- C: N.N.N.H.
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultan-
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o
te é 255.255.255.224.
uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se
“transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser
de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits empregado também em endereços classes A e B, conforme
são destinados para a identificação da rede e quantos são a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível
utilizados para identificar os dispositivos. utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.

140
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanen-
temente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
exceto se tal ação for executada manualmente. Como
exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via
ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus as-
sinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará
o mesmo IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado
a um computador quando este se conecta à rede, mas que
muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha
que você conectou seu computador à internet hoje. Quan-
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au-
do você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo
entender melhor, imagine a seguinte situação: uma em-
pode ser, por exemplo:
presa tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF
dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para
tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador Finalizando
receberá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que
que não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do
que os provedores de internet trabalham. mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ- Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
Protocol). Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos
IP nos sites a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
Você já sabe que os sites na Web também necessitam é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes
de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www. ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se
infowester.com, por exemplo, como é que o seu compu- aprofundar nas duas especificações.
tador sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir en- A esta altura, você também deve estar querendo des-
contrá-lo? cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma
Quando você digitar um endereço qualquer de um forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por
site, um servidor de DNS (Domain Name System) é con- exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do
sultado. Ele é quem informa qual IP está associado a cada Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all
site. O sistema DNS possui uma hierarquia interessante, e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig.
semelhante a uma árvore (termo conhecido por progra-
madores). Se, por exemplo, o site www.infowester.com é
requisitado, o sistema envia a solicitação a um servidor
responsável por terminações “.com”. Esse servidor locali-
zará qual o IP do endereço e responderá à solicitação. Se o
site solicitado termina com “.br”, um servidor responsável
por esta terminação é consultado e assim por diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
nos deparamos com um grande problema: o número de saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futu- você pode visitar sites como whatsmyip.org.
ras) aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, Provedor
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607. sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
alto! mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.

141
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada Identificação de endereços de um site
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros Exemplo: http://www.pelotas.com.br
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso comunicação
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- pelotas -> empresa ou organização que mantém o site
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- .com -> tipo de organização
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que ......br -> identifica o país
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade Tipos de Organizações:
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite .edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun- edu
do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, .com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.
que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso com
e um endereço eletrônico na Internet.
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
URL - Uniform Resource Locator
.net -> computadores com funções de administrar re-
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
des. Exemplo: embratel.net
tificação de onde está localizado o computador e quais re-
cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL: .org -> organizações não governamentais. Exemplo:
http://www.novaconcursos.com.br care.org
Será mais bem explicado adiante.
Home Page
Como descobrir um endereço na Internet? Pela definição técnica temos que uma Home Page é
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de com-
Para que possamos entender melhor, vamos exempli- putadores rodando um Navegador (Browser), que permite
ficar. o acesso às informações em um ambiente gráfico e multi-
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu- mídia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informa-
mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor- ções dentro das Home Pages.
mações que preciso? O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de http://www.endereço.com/página.html
procura, que são sites que possuem um enorme banco de Por exemplo, a página principal da Pronag:
dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa- http://www.pronag.com.br/index.html
ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista PLUG-INS
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
de páginas encontradas. de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe- exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui- em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como software vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces- impressionante. Maiores informações e endereços sobre
sivamente. plug-ins são encontradas na página:
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/
Barra de endereços
Software/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/
Indices/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
temos uma relação de alguns deles:
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
reço da página. etc.).
Alguns sites interessantes: - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) PCX, etc.).
• www.cefetrs.tche.br (Cefet) - Negócios e Utilitários
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú- - Apresentações
blico)
• www.siapenet.gog.br (contracheque) FTP - Transferência de Arquivos
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) Permite copiar arquivos de um computador da Inter-
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) net para o seu computador.

142
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Os programas disponíveis na Internet podem ser: um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuído suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para sua cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
programa. científicas.
• Shareware: Programa demonstração que pode O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
ser utilizado por um determinado prazo ou que contém dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
alguns limites, para ser utilizado apenas como um teste WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
do programa. Se o usuário gostar ele compra, caso contrá- dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
rio, não usa mais o programa. Na maioria das vezes, esses não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
programas exibem, de tempos em tempos, uma mensa- ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
gem avisando que ele deve ser registrado. Outros tipos de desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
shareware têm tempo de uso limitado. Depois de expirado Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
este tempo de teste, é necessário que seja feito a compra Depois disto, várias outras companhias passaram a
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
deste programa.
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Navegar nas páginas
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
um documento normal e de links das próprias páginas. outros browsers.
Como salvar documentos, arquivos e sites Busca e pesquisa na web
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
Os sites de busca servem para procurar por um deter-
Como copiar e colar para um editor de textos minado assunto ou informação na internet.
Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com Alguns sites interessantes:
o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar. • www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Abra o editor de texto clique em colar

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais impor-
tante para o usuário de Internet. É com ele que se podem
visitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente. Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
O navegador não precisa de nenhuma configuração quisa.
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de en-
viar e receber algumas mensagens de correio eletrônico e
acessar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era

143
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na Por exemplo: 3+4
pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
vras com ou sem acento.
Irá retornar:
Opções de pesquisa

O resultado da pesquisa
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma:
Web: pesquisa em todos os sites

Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.


Exemplo do resultado se uma pesquisa.

INTRANET

A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de


uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de
Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In-
Exemplo: ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
da empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente da
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
dos por assunto em categorias. Exemplo: interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
Como escolher palavra-chave ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
cluam a palavra digitada. colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas nante explosão na informação disponível na Internet, que
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
sequência de termos que foram digitadas. Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna que tem interessado um número cada vez maior de em-
páginas que incluam todas presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• as palavras aleatoriamente na página. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- advento e disseminação promete operar uma revolução
cam antes do sinal de tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
• menos são excluídas da pesquisa. cimento das primeiras redes locais de computadores, no
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um final da década de 80.
cálculo em um site de pesquisa.

144
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
O que é Intranet? • Navegação - É possível passar de um documento a
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe- facilitam o acesso não linear aos documentos;
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias • Execução Distribuída - Determinadas tarefas de
projetadas para a comunicação por computador entre em- acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma ças à execução de programas aplicativos, que podem estar
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). A van-
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre tagem da intranet é que esses programas são ativados atra-
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação vés da WWW, permitindo grande flexibilidade. Determinadas
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos linguagens, como Java, assumiram grande importância no
programas de navegação na Web, os browsers. desenvolvimento de softwares aplicativos que obedeçam aos
três conceitos anteriores.
Objetivo de construir uma Intranet
Organizações constroem uma intranet porque ela é Como montar uma Intranet
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente Basicamente a montagem de uma intranet consiste em
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital- empresas, e em instalar um servidor Web.
funcionários com conhecimentos das operações e produ- Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositó-
tos da empresa. rio das informações contidas na intranet. É lá que os clientes
vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qual-
Aplicações da Intranet quer outro tipo de arquivo.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O pri-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet meiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio de
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência de
arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas na in-
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
tranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um idioma
• Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.
tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação
Identificação do Servidor e das Estações - Depois de de-
de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades
finidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as infor-
de membros das equipes, situações de projetos;
mações e como requisitá-las. Falta apenas saber o nome de
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- quem pede e de quem solicita. Para isso existem dois progra-
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- mas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP (Dinamic Host
nuais de qualidade; Configuration Protocol) que atribui nome às estações clientes.
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades acessam as informações colocadas à sua disposição no ser-
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- vidor. Para isso usam o Web browser, software que permite
nefícios. folhear os documentos.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Comparando Intranet com Internet
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Inter-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas net, é uma questão de semântica e de escala. Ambas utilizam
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa rede e os mesmos produtos servidores. O conteúdo na Inter-
complexa e exige a presença de profissionais especializa- net, por definição, fica disponível em escala mundial e inclui
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, tudo, desde uma home-page de alguém com seis anos de
sua diversidade de funções e a quantidade de informações idade até as previsões do tempo. A maior parte dos dados
nela armazenadas. de uma empresa não se destina ao consumo externo, na ver-
A intranet é baseada em quatro conceitos: dade, alguns dados, tais como as cifras das vendas, clientes e
• Conectividade - A base de conexão dos computa- correspondências legais, devem ser protegidos com cuidado.
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma intra-
qualquer tipo de informação digital entre si; net está contida dentro de um pequeno grupo, departamento
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- ou organização corporativa. No extremo, há uma intranet
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de global, mas ela ainda conserva a natureza privada de uma
forma transparente; Internet menor.

145
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, • Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir- apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma volver aplicativos cliente/servidor.
medida da necessidade de uma abordagem organizada. Como a Intranet é ligada à Internet
Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
num ambiente controlado e seguro.

Vantagens e Desvantagens da Intranet


Alguns dos benefícios são:
• Redução de custos de impressão, papel, distribuição
de software, e-mail e processamento de pedidos;
• Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
técnicas e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
remotas;
• Incrementando o acesso a informações da concorrên-
cia;
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par- Segurança da Intranet
ceiros (revendas); Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamen-
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso to e à troca de dados em uma rede: autenticação, controle
à informação; de acesso e criptografia.
• Uma única interface amigável e consistente para Autenticação - É o processo que consiste em verificar se
aprender e usar; um usuário é realmente quem alega ser. Os documentos e
• Informação e treinamento imediato (Just in Time); dados podem ser protegidos através da solicitação de uma
• As informações disponíveis são visualizadas com cla- combinação de nome do usuário/senha, ou da verificação
reza; do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os usuários
• Redução de tempo na pesquisa a informações; autenticados têm o acesso autorizado ou negado a recursos
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e in- específicos de uma intranet, com base em uma ACL (Access
formação; Control List) mantida no servidor Web;
• Redução no tempo de configuração e atualização dos
Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
sistemas;
mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave
• Simplificação e/ou redução das licenças de software
secreta de descriptografia. Um método de criptografia am-
e outros;
plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
• Redução de custos de documentação;
tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS
• Redução de custos de suporte;
- um protocolo Web seguro;
• Redução de redundância na criação e manutenção de
páginas;
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
• Redução de custos de arquivamento; segura entre uma intranet e a Internet através de servidores
• Compartilhamento de recursos e habilidade. proxy, que são programas que residem no firewall e permi-
tem (ou não) a transmissão de pacotes com base no serviço
Alguns dos empecilhos são: que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por exemplo,
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola- pode permitir que navegadores Webs internos da empresa
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos acessem servidores Web externos, mas não o contrário.
programas para grupos de trabalho tradicionais. É necessá-
rio configurar e manter aplicativos separados, como e-mail Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
e servidores Web, em vez de usar um sistema unificado, Os dispositivos para a realização de cópias de seguran-
como faria com um pacote de software para grupo de tra- ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de espe-
balho; cial importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número com grande capacidade de armazenamento, tapes...
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a Queremos ainda referir que para o funcionamento de
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra- uma rede existem outros conceitos como topologias/configu-
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu- rações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede em
ções de software para grupo de trabalho que funcionam árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos,
com os protocolos de transmissão de redes local existentes; protocolos de comunicação, velocidade de transmissão …

146
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
EXTRANET Comentários: Para desinstalar um programa de forma
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
computadores que faz uso da Internet para partilhar com remover programas
segurança parte do seu sistema de informação. Resposta – Letra A
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-
segurança parte do seu sistema de informação. formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei- que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode mídias removíveis do computador, organizados em:
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a (A) telas.
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre- (B) pastas.
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet (C) janelas.
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde (D) imagens.
somente “usuários registrados” podem navegar, previa- (E) programas.
mente autenticados por sua senha (login).
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
Empresa estendida bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
O acesso à intranet de uma empresa através de um mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in- sistema de armário e gavetas.
tranet através de redes externas ao ambiente da empresa. Resposta: Letra B
Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in- 3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-
tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages, sionando-se simultaneamente as teclas
servidor FTP etc. (A) Ctrl + Delete.
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en- (B) Shift + End.
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base (C) Shift + Delete.
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar (D) Ctrl + End.
novas soluções. (E) Ctrl + X.
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea-
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- Comentário: Quando desejamos excluir permanente-
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento, mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação, para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun-
distribuição, contabilidade entre outros. to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
QUESTÕES GERAIS mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi- Resposta: C
nale a opção correta.
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con- arquivos, sem que haja perda de informação?
trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos (A) Compactação
relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera- (B) Deleção
cional. (C) Criptografia
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e (D) Minimização
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos (E) Encolhimento adaptativo
diretórios de programas instalados na máquina em uso.
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá- podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
rios possivelmente cadastrados nessa máquina. plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios SolusZip, etc.
disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre Resposta: A
eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
máquina e, em seguida, desligar o computador.

147
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;
• Compatibilidade com os servidores de e-mail
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co- (nem sempre são compatíveis).
lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será: A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
(A) 7 grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
(B) 56 Microsoft Office Outlook
(C) 448 Microsoft Outlook Express;
(D) 511 Mozilla Thunderbird;
(E) uma mensagem de erro IcrediMail
Eudora
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando Pegasus Mail
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos Apple Mail (Apple)
em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po- Kmail (Linux)
sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser Windows Mail
copiada de D1 para D3: A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL,
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o
gabarito da questão.
Resposta: B.

7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor-


reio eletrônico, analise:
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos
navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo-
gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet
(Exemplo: http://www.google.com.br).
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so- II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans-
mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam ferência de dados de um servidor ou computador remoto
‘até’), sendo assim teremos que somar A3, , B3, C3 obten- para um computador local.
do-se o resultado 448. III. Upload é a transferência de dados de um computa-
Resposta: C. dor local para um servidor ou computador remoto.
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi-
6- “O correio eletrônico é um método que permite ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a
compor, enviar e receber mensagens através de sistemas um destinatário, com endereço eletrônico.
eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores Estão corretas apenas as afirmativas:
de email, EXCETO: A) I, II, III, IV
A) Mozilla Thunderbird. B) I, II
B) Yahoo Messenger. C) I, II, III
C) Outlook Express. D) I, II, IV
D) IncrediMail. E) I, III, IV
E) Microsoft Office Outlook 2003.
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur-
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô- conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
nico podem funcionar por meio de um software instalado É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
em nosso computador local ou por meio de um progra- down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e
ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por III são verdadeiros.
Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser
instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.

148
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi-
nale a opção correta.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma
rede local, pois sua função é conectar um computador à
rede de telefonia fixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
No item IV encontramos o item falso da questão, o que denominada cliente requisita serviços a outra, denominada
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
sagem de e-mail significa copiar e não mover! (E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
Resposta: C. mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado
ambiente MS Office, assinale a opção correta. em termos de internet pois não é tão robusto quanto re-
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado des P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do
com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win- servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no
dows ativa o MS Access para a abertura do documento em segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores
tela. ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas o download continue. Ex: programas torrent, Emule, Lime-
ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL ware, etc.
+ V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de Em relação às outras letras:
todos os aplicativos da suíte MS Office. letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli- para localizar e identificar conjuntos de computadores na
cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu- Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso, vegador.
a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver- letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
são permanece armazenada no computador. forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
(D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo.
to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu-
Word para ser aberto no MS PowerPoint.
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma
(E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim
boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
acessar redes locais.
e imagens de maneira estruturada e organizada.
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com-
putação que fornece serviços a uma rede de computado-
Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/
mandos universais dos programas da Microsoft como é o
caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do ou restringe acessos.
localizar. Resposta: D
Em relação às outras letras:
Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo 10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
Excel e não o Access (A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Inter-
Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma net, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde
cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga. está localizada tal máquina.
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de (B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários
exibição do documento dentro do contexto de cada pro- se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente,
grama e não de um programa para o outro como é o caso como no caso de salas de bate-papo.
da afirmativa. (C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi-
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação mento de arquivos na Internet.
de slides e sim o Ms Power Point. (D) Quando se digita o endereço de uma página web,
Resposta: B o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em
formato HTML, por exemplo.
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para
outro destinatário de correio eletrônico.

149
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es- Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de‑
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
protocolos mais comuns: também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- informações guardadas.
regamento de páginas de Hipertexto – HTML Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
máquina na rede informação prestada à sociedade, pelo órgão.
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen- O ambiente operacional de computação disponível para
to de emails direto no PC via gerenciador de emails realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
drão de envio de emails eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- utilizadas atualmente.
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa- CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla‑
gens de email direto no servidor. da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme‑
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe- lhantes.
rência de arquivos
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
Resposta: D
eletrônica,
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor-
resultados diferentes do original.
reta. (B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- (C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão lunas.
Iniciar do Windows. (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- a uma.
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
Modos de Exibição. tabela.
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
acesso direto a elas. nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com das e só os números são colados.
o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do Resposta: E
arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu-
ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus- 13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio
ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de do correio eletrônico, deve considerar as operações de
máquinas ligadas à Internet. (A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui- (B) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu- dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
ras e Detalhes. (C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
Resposta: B
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
Atenção: Para responder às questões de números
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
12 e 13, considere integralmente o texto abaixo:
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
de computadores. seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve‑ os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no
rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa-
artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten-
obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va‑ de a segurança solicitada no enunciado.
lores e totais. Resposta: A

150
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Resposta: “E”.
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio Comentários:
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
shell de comando é um programa que fornece comuni- Upload – Carregar para cima (enviar).
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de 17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) As-
um comando da pasta Acessórios denominado sinale a alternativa que contém os nomes dos menus do
(A) Prompt de Comando programa Microsoft Word XP, em sua configuração pa-
(B) Comandos de Sistema drão, que, respectivamente, permitem aos usuários: (I)
(C) Agendador de Tarefas numerar as páginas do documento, (II) contar as pala-
(D) Acesso Independente vras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho ao
(E) Acesso Direto texto em edição.
a) Janela, Ferramentas e Inserir.
Resposta: “A” b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
c) Formatar, Editar e Janela.
Comentários d) Arquivo, Exibir e Formatar.
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe‑ e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do Resposta: “B”
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman‑ Comentário:
dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao • Ação numerar - “INSERIR”
digitar comandos, você pode executar tarefas no computa‑ • Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de • Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
Comando é normalmente usado apenas por usuários avan‑
çados. 18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)

15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário


Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será

Resposta: “C” a) 3, 0 e 7.
b) 5, 0 e 7.
Comentários: c) 5, 1 e 2.
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d, d) 7, 5 e 2.
e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens e) 8, 3 e 4.
d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras Resposta: “C”
formatações foi o item c. Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en- Expressão =MENOR(B1:B3;2)
tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
cliente, respectivamente, um que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números em
(A) download e um upload ordem crescente.
(B) downgrade e um upgrade Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
(C) downfile e um upfile Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número,
(D) upgrade e um downgrade que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
(E) upload e um download em ordem decrescente.

151
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II) Passo 3
Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a
propagação, o resultado

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5 20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-
werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
Resposta: “D” ser feita na guia
a) Geral.
Comentário: b) Inserir.
Passo 1 c) Animações.
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1 d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
Resposta: “E”
Comentário:

Passo 2 21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi-


que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.
e A3 zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em
inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no
exemplo dado acima, é o
a) protocolo.
b) xxx.
c) zzz.
d) yyy.
e) br.

Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio
c) zzz. o tipo de domínio
d) yyy. subdomínios
Click na imagem para melhor visualizar e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio

152
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Comentário:
Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua
configuração padrão, exibida na figura.

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
Resposta: D
Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do‑
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no
seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua
até que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em
seguida, clique na régua no local desejado.
Uma tabulação Direita define a extremidade do texto à di‑
reita. Conforme você digita, o texto é movido para a esquerda.
Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin‑
um ponto decimal. Independentemente do numero de dígi‑ chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so‑
tos, o ponto decimal ficará na mesma posição. matório) em uma única questão. A função ARRED é para
Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
uma barra vertical na posição de tabulação. inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento).
A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas
23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra
Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4, (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi‑
(B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se- ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
guinte resultado: casas decimais.
(A) 2
(B) 1,66
(C) 2,667
(D) 2,7
(E) 2,67
Resposta: E

153
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Considere a figura que mostra o Windows Explorer Comentário:
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
nal, e responda às questões de números 24 e 25.

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos. Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
(D) no Desktop. oculta o painel PASTAS.
(E) na raiz do disco rígido.

Resposta: E
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Comentário: SOBRE: INFORMÁTICA
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca‑ 01. (POLÍCIA FEDERAL - PAPILOSCOPIS-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil TA DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE/2012) - Acer-
para copiar e mover arquivos. ca de conceitos de hardware, julgue o item seguinte.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis: Diferentemente dos computadores pessoais ou PCs
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza‑ tradicionais, que são operados por meio de teclado e
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área mouse, os tablets, computadores pessoais portáteis,
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta); dispõem de recurso touch-screen. Outra diferença entre
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esses dois tipos de computadores diz respeito ao fato
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu de o tablet possuir firmwares, em vez de processadores,
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a como o PC.
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando ( ) Certo
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) ( ) Errado

25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao Firmwares não são hardwares, e sim códigos de pro-
gramação existentes no próprio hardware, inclusos em
se clicar em , localizado abaixo do menu Favori- chips de memória (ROM, PROM, EPROM, EEPROM, flash)
durante sua fabricação. Sua natureza, na maioria das vezes,
tos, será fechado é não volátil, ou seja, não perde seus dados durante a au-
(A) o Meu computador. sência de energia elétrica, mas quando presentes em tipos
(B) o Disco Local (C:). de memória como PROM ou EPROM, podem ser atualiza-
(C) o painel Pastas. dos.
(D) Meus documentos. Por esse motivo, os firmwares não substituem proces-
(E) o painel de arquivos. sadores inteiros.
A seguir, veja alguns modelos de tablets e observe a
Resposta: C presença do processador em sua configuração:

154
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo

Tablet Multilaser Diamond NB005 8GB Android 2.3


Tela 7 Polegadas
Tablet Softronic PHASER KINNO 4GB Android 2.3.4 Wi-Fi HDMI
Tela 7 Polegadas Informações técnicas
Características do Produto Marca: Multilaser
Tablet 4GB - Softronic Capacidade :8 Gb. Memória expansível até 32 GB por
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO: Com o novo Phaserkin- cartão micro SD.
no Plus, você possui muito mais interatividade e rapidez na Processador: Boxchip 1.5 GHz.
palma de suas mãos, graças ao seu poderoso processador Sistema Operacional: Android. 2.3.
A10 de 1.2 Ghz, ele consegue ser totalmente multi-tarefas TV e vídeo: Somente vídeo: Vídeos suportados - MKV
para você que se desdobra em dez durante o seu dia a (H.264HP), AVI, RM/BMVB, FLV eMPEG-1/2.
dia, podendo ler um livro, escutar suas músicas e continuar Tamanho da tela: 7 “. LCD Multi toque.
acompanhando sua vida em redes sociais e sincronizando Resolução: 800 x 480.
e-mails. Tudo isso sem se preocupar com a lentidão do sis- Wi-Fi:Sim.
tema. Para você que precisa estar conectado a todo o mo- Resolução: 1.3 megapixels e filmadora digital.
mento, o PhaserKinno Plus ainda oferece suporte a modem Localização
externo. Ele conta com uma tela touchscreen capacitiva de Sensores: Sensor de gravidade: gira a tela conforme a
7 polegadas que permite uma maior sensibilidade e leveza posição do tablet.
ao tocar na tela de seu tablet, dispensando totalmente o
uso das inconvenientes canelas stykus. Possui saída mini Áudio Formatos suportados:
HDMI, para curtir seus vídeos favoritos da internet ou de MP3, WMA, WAV, APE, AC3, FLAC e AAC.
seu computador, na sua televisão ou projetor, com entrada Duração aproximada da bateria:
HDMI. Além de acompanhar um lindo case com teclado - 06 horas reproduzindo vídeo ou wi-fi ligado;
para utilização de tablet comparada com a de um note- - 48 horas em standby.
book com grande performance. Alimentação do Tablet:
- Modelo: PHASER KINNO. Bateria recarregável.
- Capacidade: 4GB. Expansível para 32GB via Micro SD.
- Memória: 512MB. RESPOSTA: “ERRADO”.
- Tela:7 Polegadas capacitiva, sensível ao toque.
- Câmera:frontal 2 megapixels.
- Conectividade: Wi-Fi - LAN 802.11b/g/n. 02. (UFFS - TÉCNICO DE LABORATÓRIO ÁREA
- Processador:Allwinner A10 de 1.0~1.2 Ghz. INFORMÁTICA – FEPESE/2012)- São componentes de
- Sistema Operacional:Android 2.3.4. hardware de um micro-computador:
a. ( ) Disco rígido, patch-panel, BIOS, firmware,
mouse.
b. ( ) RJ-11, processador, memória RAM, placa de
rede, pen-drive.
c. ( ) Memória ROM, placa de vídeo, BIOS, proces-
sador, placa mãe.
d. ( ) Memória RAM, Memória ROM, Disco rígido,
processador, placa e rede.
e. ( ) Memória RAM, BIOS, Disco rígido, processa-
dor, placa de rede.

Já vimos a respeito de Memória RAM, Memória ROM,


Disco Rígido e Processador.

155
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Placa de rede é um hardware especificamente proje- Veja imagens de pendrives:
tado para possibilitar a comunicação entre computadores.

Placa de rede

RESPOSTA: “D”.
Tipos de pendrive

03. (TRE - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) - RESPOSTA: “D”.


Em relação a hardware e software, é correto afirmar:
a) Para que um software aplicativo esteja pronto
para execução no computador, ele deve estar carregado 04. (ANE - ANALISTA EDUCACIONAL – NÍVEL I –
na memória flash. GRAU A – INSPETOR ESCOLAR – FCC/2012) - Marco Au-
b) O fator determinante de diferenciação entre um rélio estava digitando um documento na sala dos pro-
processador sem memória cache e outro com esse re- fessores da escola ABCD quando uma queda de energia
curso reside na velocidade de acesso à memória RAM. fez com que o computador que usava desligasse.
c) Processar e controlar as instruções executadas no Após o retorno da energia elétrica, Marco Aurélio
computador é tarefa típica da unidade de aritmética e ligou o computador e percebeu que havia perdido o
lógica. documento digitado, pois não o havia gravado. Como
d) O pendrive é um dispositivo de armazenamento tinha conhecimentos gerais sobre informática, concluiu
removível, dotado de memória flash e conector USB, que perdera o documento porque, enquanto estava di-
que pode ser conectado em vários equipamentos ele- gitando, ele estava armazenado em um dispositivo de
trônicos. hardware que perde seu conteúdo quando o computa-
e) Dispositivos de alta velocidade, tais como discos dor desliga. O nome desse dispositivo é
rígidos e placas de vídeo, conectam-se diretamente ao
processador. a) memória RAM.
O pendrive, por ser um dispositivo portátil, de grande b) HD.
poder de armazenamento e conector USB (Universal Serial c) memória ROM.
Bus) que permite sua rápida aceitação em vários disposi- d) pen drive.
tivos de hardware, popularizou-se rapidamente. Hoje, en-
contramos pendrives de vários GBs, como 2, 4, 8, 16 e até
512GB. RAM – Randon AcessMemory, ou Memória de Acesso
A tecnologia USB está sendo largamente utilizada para Randômico, é um hardware considerado como memória
padronizar entradas e conectores, possibilitando um mes- primária, volátil. Ela mantém os dados armazenados en-
mo tipo de conector para diversos tipos de equipamentos quanto estes estão à disposição das solicitações do proces-
como mouses, teclados, impressoras e outros. Por esse mo- sador, mantendo-os através de pulsos elétricos. As infor-
tivo, os equipamentos atuais possuem uma grande quan- mações mantidas nesse tipo de memória são informações
tidade de conectores USB. Além disso, a tecnologia usada que estão em uso em um programa em execução, como
por esses conectores é a Plugand Play, onde basta conectar no caso de textos que estão sendo digitados e não foram
o dispositivo para que o sistema o reconheça precisando salvos no disco rígido ainda. Como as informações são
de poucos ou quase nenhum caminho de configuração mantidas por pulsos elétricos, caso haja falta de energia,
para poder utilizá-lo. seja pelo desligamento do computador, seja por uma
O tipo de memória que o pendrive utiliza - me- queda brusca que cause o desligamento inesperado do
mória flash - é do tipo EEPROM (Electrically- equipamento, os dados presentes nesse tipo de memória
ErasableProgrammableRead-OnlyMemory), uma serão perdidos.
memória não volátil, ou seja, não depende da
permanência de energia elétrica para manter os dados,de
leitura e gravação. Os chips de memória flash ocupam pou-
co espaço físico, mas grande poder de armazenamento.

156
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
Veja a seguir imagens ilustrativas da memória RAM. (E)BIT é a sigla para BinaryDigit, ou Dígito Binário, que
pode ser representado apenas pelo 0 ou pelo 1 (verdadeiro
ou falso) que representam a menor unidade de informação
transmitida na computação ou informática.

RESPOSTA: “C”.

06. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN-


CEIRA – FCC/2012) - O processador do computador (ou
CPU) é uma das partes principais do hardware do com-
putador e é responsável pelos cálculos, execução de ta-
refas e processamento de dados. Sobre processadores,
Tipos de memória RAM considere:
I. Contém um conjunto restrito de células de me-
RESPOSTA: “A”. mória chamados registradores que podem ser lidos e
escritos muito mais rapidamente que em outros dispo-
05. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN- sitivos de memória.
CEIRA – FCC/2012) - Sobre os computadores é correto II. Em relação a sua arquitetura, se destacam os mo-
afirmar: delos RISC (ReducedInstruction Set Computer) e CISC
a) O BIOS é um software armazenado em um chip (ComplexInstruction Set Computer).
de memória RAM fixado na placa mãe. Tem a função de III. Possuem um clock interno de sincronização que
armazenar o Sistema Operacional. define a velocidade com que o processamento ocorre.
b) A fonte de alimentação transforma a tensão elé- Essa velocidade é medida em Hertz.
trica que entra no computador, de 240 V para 110 V, Está correto o que se afirma em
pois os componentes internos suportam apenas a ten-
a) III, apenas.
são de 110 V.
b) I e II, apenas.
b) Barramentos são circuitos integrados que fazem
c) II e III, apenas.
a transmissão física de dados de um dispositivo a outro.
d) II, apenas.
d) Quando o sistema de fornecimento de energia
e) I, II e III.
falha, um estabilizador comum tem como principal ob-
jetivo manter o abastecimento por meio de sua bateria O processador é um chip que executa instruções inter-
até que a energia volte ou o computador seja desligado. nas do computador (em geral, operações matemáticas e
e) Um bit representa um sinal elétrico de exatos 5 lógicas, leitura e gravação de informações). Todas as ações
V que é interpretado pelos componentes de hardware estão presentes na memória do computador e requisitadas
do computador. pelo sistema. A velocidade do processador é medida em
ciclos denominados clocks e sua unidade é expressa atra-
(A)BIOS é a sigla do termo Basic Input/Output System, vés de Hz.
ou Sistema Básico de Entrada/Saída. É um software grava- Os registradores são unidades de memória que repre-
do na memória não volátil ou memória ROM, que é a sigla sentam o meio mais caro e rápido de armazenamento de
para ReadOnlyMemory, ou Memória de Somente Leitura, dados. Por isso são usados em pequenas quantidades nos
que não altera ou perde os dados com o desligamento ou processadores.
ausência de energia do computador. Esse software não ar- Quanto às arquiteturas RISC e CISC, podemos nos valer
mazena o Sistema Operacional. É o primeiro software que das palavras de Nicholas Carter, em seu livro Arquitetura
é executado quando ligamos o computador. de Computadores, editora Bookman:
(B)A fonte de alimentação do computador é um equi- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en‑
pamento eletrônico, fixada ao gabinete e ligada aos conec- quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite que
tores da placa mãe e alguns drives. Fornece energia aos outras operações também façam referência à memória.
demais componentes da máquina. Ela transforma a cor- Podemos citar também o autor Rogério Amigo De Oli-
rente elétrica alternada (que tem o sentido variável com veira, que em seu livro Informática – Teoria e Questões de
o tempo) em uma corrente constante ao longo do tempo. Concursos com Gabarito, editora Campus, fala a respeito do
(C)Os barramentos são como vias de tráfego presentes clock, da seguinte maneira:
na placa mãe, por onde sinais elétricos (representando da- Em um computador, a velocidade do clock se refere ao
dos) podem percorrer toda sua extensão se comunicando número de pulsos por segundo gerados por um oscilador (dis‑
com todos os dispositivos. positivo eletrônico que gera sinais), que determina o tempo
(D)O estabilizador é um equipamento eletrônico exter- necessário para o processador executar uma instrução. Assim
no ao gabinete do computador, onde os demais cabos de para avaliar a performance de um processador, medimos a
energia da máquina são ligados. Geralmente, o estabiliza- quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e, para tanto,
dor é ligado diretamente na rede elétrica e tem a função de utilizamos uma unidade de medida de frequência, o Hertz.
estabilizar a tensão desta para evitar danos ao equipamen-
to devido às variações e picos de tensão. RESPOSTA: “E”.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Administrativo
07. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINAN- I – O processador é a peça do computador responsável
CEIRA – FCC/2012) - O armazenamento de informações pela execução lógica e aritmética das tarefas e operações
em computadores é feito pela utilização de dispositivos de busca, leitura e gravação de dados do computador. A
chamados de memória, que as mantêm de forma volátil entrada e saída contínua de informações transformadas
ou permanente. Entre esses dispositivos, está a memó- em linguagem de máquina e os registradores presentes no
ria RAM ou memória processador são todos mantidos por pulsos elétricos e o
a) magnética. aquecimento é resultado da aceleração dos processadores.
b) secundária. Processadores mais velozes tendem a ser mais aquecidos.
c) cache. Por esse motivo os processadores são utilizados sob pastas
d) principal. térmicas e coolers, que são apropriados para cada tipo de
e) de armazenamento em massa. processador. O aquecimento do processador pode causar
travamentos e inclusive o desligamento inesperado da
A memória RAM, sigla de Random Access Memory, máquina.
ou memória de acesso randômico, é um dispositivo II- A memória RAM é o hardware responsável pelo
eletrônico de armazenamento temporário de dados armazenamento temporário das informações que serão
que permite a leitura e escrita, ou seja, as informações usadas pelo computador. Essas informações também são
mantidas por pulsos elétricos, o que faz com que se per-
ocupam lugar nessa memória enquanto aguardam serem
cam caso haja a interrupção no fornecimento de energia.
usadas pelo processador. Os dados da memória RAM são
Vários erros no sistema são causados por defeitos na me-
representados por pulsos elétricos e são descartados assim
mória RAM como a “tela azul”, a reinicialização inesperada
que o fornecimento de energia elétrica é interrompido,
do sistema e travamentos aleatórios. Um dos motivos des-
seja pelo desligamento do computador, ou por uma queda ses travamentos ocorre quando o computador tenta gravar
de energia. Por esse motivo, essas memórias também são momentaneamente uma informação na RAM e não recebe
chamadas de memórias voláteis. Devido a sua importância permissão para essa tarefa devido a um defeito no local de
para o funcionamento do computador, a memória RAM é locação da memória, ou quando a informação não conse-
considerada um tipo de memória principal. Existem ainda gue ser lida pelo processador.
outros tipos de memórias que são consideradas desse III – Todo o funcionamento do computador é impulsio-
grupo, como a memória ROM, sigla de ReadOnlyMemory, nado pela eletricidade. Picos ou ausências dela causam de-
ou memória de somente leitura, onde os dados são feitos em hardware, problemas no funcionamento correto
geralmente gravados na fábrica e não são perdidos em dos procedimentos computacionais e podem ocasionar os
caso de ausência de energia. Por esse motivo, a memória travamentos aleatórios.
ROM é considerada memória não volátil.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “D”. 09. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
08. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM São vários os fatores que causam a não detecção do HD
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- pelo Setup. Assim sendo, todas as alternativas abaixo
Com relação aos fatores que podem levar ao travamen- são responsáveis por esse defeito, EXCETO:
to aleatório em um computador: a) HD com defeito físico
I. Aquecimento excessivo do processador; b) Defeito na placamãe
II. Defeito na memória RAM; c) Defeito no cabo de alimentação do HD
III. Inconstância na rede elétrica; d) Defeito no cabo de dados do HD
IV. Bateria da placamãe descarregada. e) HD sem formatação

Dentre os fatores listados anteriormente, estão cor- HD é a sigla para Hard Disk e representa o hardwa-
re responsável pelo armazenamento das informações de
retos
dados salvos pelo usuário, de programas instalados e até
a) apenas I, III e IV.
informações presentes em memória virtual para posterior
b) apenas II, III e IV.
uso em processamentos de informação.
c) apenas I, II e III.
O HD é ligado por um cabo flat ao conector IDE da
d) apenas I e II. placa mãe. Além dessa conexão, há também a conexão do
e) apenas III e IV. cabo da fonte de alimentação de energia.
Se conectarmos um HD não formatado e ligarmos o
Dizemos que um computador está travado quando sua computador, a mensagem de detecção ocorrerá normal-
tela fica estática, impossibilitando abertura, fechamento ou mente, mas aparecerá outra mensagem que indica que não
execução de qualquer tarefa no computador. Um trava- há sistema operacional instalado.
mento aleatório é aquele que não ocorre sempre em um
mesmo programa ou em determinado momento do traba- RESPOSTA: “E”.
lho do computador.

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