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Ética (Resumo Último Teste)

Tipos de Éticas ou Morais:


Deontológicas;

Consequencialistas;

Éticas Deontológicas
Reúnem todas as teorias morais segundo as quais certas ações devem ou não devem
ser realizadas, independentemente das consequências ou resultados. Interessa o que
fazemos (intenção) e não o que acontece no mundo (consequência). Os atos são
intrinsecamente corretos ou incorretos.

Éticas Consequencialistas
Incluem todas as teorias morais segundo as quais as ações são corretas ou incorretas
em virtude das suas consequências ou resultados. Interessa aquilo que acontece no
mundo (consequência) e não aquilo que fazemos (intenção). As ações só podem ser
avaliadas a partir dos seus resultados.

Ética Deontológica de Immanuel Kant


Boa Vontade
Nenhuma das virtudes humanas pode ser considerada intrinsecamente boa
(moderação nas emoções, calma na reflexão, inteligência, coragem, honra, etc);

O que vai determinar se uma determinada virtude é ou não boa será o facto da
vontade do agente for ou não boa;

Só uma boa vontade (ou uma vontade boa) é intrinsecamente boa, sem qualquer
tipo de exceção;

Agir por Dever e Agir em Conformidade com o Dever


Agir por Dever (Moralidade)

Ética (Resumo Último Teste) 1


Agimos por dever quando a nossa ação não persegue nenhum interesse particular nem
é o resultado de uma inclinação ou desejo. Agimos por dever quando a nossa ação é
única e exclusivamente motivada pelo respeito à lei (moral), independentemente das
consequências ou dos resultados da ação, mesmo com prejuízo de todas as minhas
inclinações ou desejos.

Agir em Conformidade com o Dever (Legalidade)


Agimos em conformidade com o dever quando a nossa ação cumpre a lei (moral), mas,
simultaneamente, persegue um interesse um interesse particular ou é o resultado de
uma inclinação ou desejo.

Podemos assim classificar as ações humanas em três tipos:


Incorreta ou Imoral ou Contra o dever (que nem é em conformidade com o dever ou
por dever);

Correta em conformidade com o dever (ação legal);

Correta por dever (ação moral);

Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético


Imperativo Hipotético
Um imperativo hipotético é uma afirmação normativa ou príncipio prático que
estabelece que uma ação é boa porque é um meio para conseguir algum propósito ou
fim. O imperativo categórico tem a forma:

Se queres X, então deves fazer Y.

Imperativo Categórico
Um imperativo categórico é uma obrigação ou príncipio prático que prescreve que uma
ação é boa se, e somente se, for realizada por puro respeito ao dever, à lei (moral) em
si mesma. É absoluto e representa a necessidade prática da ação como um fim em si
mesma e não meio para atingir um fim. Não podemos escapar-lhe. O imperativo
categórico ordena incodicionalmente:

Deves fazer Y, sem mais. ou Não deves fazer Y, sem mais.

Ética (Resumo Último Teste) 2


Formulações para o Imperativo Categórico:
A máxima tem que universalizável;

Age como se a máxima da ação se devesse tornar universal;

Age usando a humanidade como fim e nunca, apenas, como meio;

Autonomia versus Heteronomia


Autonomia
Para Kant, a autonomia é característica de uma vontade que age racionalmente e
cumpre o dever pelo dever, não sendo condicionada por qualquer outro objeto ou
autoridade exterior.

Heteronomia
Para Kant, sempre que agimos em função de um fim exterior, ou quando escolhemos
um meio para atingir um fim, não estamos a agir livremente, mas a ser escravos dos
nossos apetites e aspirações.

Críticas ao deontologismo de Kant


Existe conflito entre deveres;

Pode conduzir a consequências desastrosas;

Existem emoções e sentimentos distintivamente morais;

É extremamente exigente;

A Ética Utilitarista de Jhon Stuart Mill


O Príncipio da Utilidade ou da Maior Felicidade
Segundo este prícipio uma ação será correta na medida em que tender a promover a
felicidade e incorreta na medida em que tender a produzir o contrário da felicidade. Ou
seja, devemos fazer aquilo que, previsivelmente, maximize imparcialmente o bem-estar
ou a felicidade do maior número possível de afetados (humanos e não humanos). Por
felicidade entende-se o prazer e a ausência de dor.

Ética (Resumo Último Teste) 3


Características Fundamentais do Utilitarismo
O utilitarismo é uma ética consequencialista;

O utilitarismo é uma ética hedonista;

Teoria Consequencialista
Para o utilitarismo, não existem deveres absolutos, incondicionaiS. Todos os deveres
são relativos. Nenhum ato é correto ou incorreto em si mesmo, é-o apenas
considerando os seus resultados. O caráter ou intenções do agente são irrelevantes
para determinar o valor moral das ações. Para os consequencialistas importa o que
acontece no mundo, os efeitos do que fazemos.

Teoria Hedonista
As teorias que defendem que o prazer é o maior bem (ou bem último) chamamos
hedonistas. A felicidade é a única desejável como fim. A moralidade reside então no
esforço para maximizar o bem (a felicidade ou prazer) e para procurar alcançar tanta
felicidade quanta nos for possível.

Prazeres Superiores e Inferiores


Hedonismo quantitativo de Bentham;

Hedonismo qualitativo de Mill;

Hedonismo Quantitativo de Bentham


Todas as fontes de prazer são equivalentes;

Tudo depende do grau de prazer (intensidade e duração)

Hedonismo Qualitativo de Mill


Os prazeres não podem ser classificados apenas quanto á sua intensidade e
duração;

Os prazeres podem ainda ser classificados como superiores e inferiores;

Os prazeres superiores (prazeres do intelecto) são superiores aos prazeres


inferiores (pazeres do corpo);

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Existe uma autoridade competente que decide se um prazer é mais valioso que
outro;

Esta autoridade corresponde ás pessoas que já experimentaram tanto os prazeres


inferiores como os prazeres superiores;

Imparcialidade
Ser moral, agir moralmente, implica decidir cada ato de um ponto de vista neutro e
considerar os interesses e desejos de todos os que são afetados por ele. Nem a etnia,
nem o género ou a classe social afetam o estatuto moral do indivíduo. A felicidade de
cada pessoa é contabilizada como sendo igualmente importante.

Críticas ao Utilitarismo de Stuart Mill


Pode-nos conduzir a consequências moralmente inaceitáveis;

É demasiado exigente;

O hedonismo qualitativo é incosciente com o pressuposto de imparcialidade;

Ética (Resumo Último Teste) 5

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