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Qual o critério para se determinar o

valor moral das nossas ações?

Onde reside o valor moral das ações?


Nas intenções ou, ao invés, nos resultados que delas resultam?
Fundamentação da moral

Éticas Deontológicas - I.Kant Éticas Teleológicas – S.Mill


• O valor moral das ações é determinado • O valor moral das ações é determinado
pelas intenções (domínio do a priori). pelos efeitos ou consequências que delas
• Agimos moralmente quando AGIMOS POR derivam (domínio do a posteriori).
DEVER (e não em conformidade ao • Agimos moralmente quando as nossas
dever). ações geram felicidade para o maior
• A finalidade do agir moral é a liberdade e número, incluindo a felicidade do agente.
ser livre é praticar o bem sem se • A finalidade do agir moral é a felicidade e
pretender tirar privilégios dessa ação. tal é conseguido se as consequências
foram úteis e são-no se gerarem prazer
(hedone).
• O valor moral da ação reside ou é determinado pela INTENÇÃO subjacente à ação, isto é, por aquilo
que mobiliza o sujeito para a ação (dimensão do a priori).
• As ações com valor moral são aquelas que são exclusivamente praticadas por dever (e não em
conformidade ao prazer). Uma ação praticada por dever é uma ação decorrente de um querer ou

ÉTICA uma vontade subordinada à razão, e não à paixão, às emoções, aos sentimentos, às inclinações
naturais ou interesses pessoais. Neste sentido, distingue-se da ação praticada em conformidade ao
dever. Estas (amorais) replicam o comportamento devido, mas decorrem ou resultam de
DEONTOLÓGI inclinações naturais, emoções, sentimentos ou interesses privados na ação - pratica-se o bem por
conveniência pessoal. Em matéria de moral não há lugar para a imitação, afirmou Kant.

CA (Immanuel • Quanto mais desinteressada for a ação, mais valor moral possui. Tal significa que quanto mais
liberta do “EU”, dos interesses subjetivos, da busca de reconhecimento ou outras extensões do eu,

Kant)
mais valor moral a ação comporta.
• “Age de tal modo que a máxima da tua ação se transforme numa lei universal” – eis a 1ª
formulação do Princípio Categórico à luz do qual poderemos validar as nossas ações. Dito de outro
modo, age de tal modo que os motivos que te levam a agir sejam incondicional e universalmente
aceites. Antes de agirmos, deveremos subordinar os nossos motivos a este crivo (PRINCÍPIO
CATEGÓRICO)
• Estamos perante uma moral HETEROCÊNTRICA e não egocêntrica – o outro (a humanidade no
OUTRO) é a razão maior da nossa ação.
• A finalidade da ação moral não é a felicidade mas a liberdade. Ser livre é ser capaz de agir
desinteressadamente, i. é, praticar o bem sem pretender tirar proveito pessoal dessa ação. Pratico
o bem porque DEVO, sem mais.
• A boa vontade é o querer subordinado aos ditames da RAZÃO, e não às inclinações naturais, às
emoções, sentimentos ou interesses pessoais.
• O valor moral das ações é determinado pelas
CONSEQUÊNCIAS ou RESULTADOS das ações.
• O princípio que nos permite determinar o valor
moral das ações é o “ Princípio da maximização
da felicidade e minimização da dor”…e para o
maior número, inclusive a felicidade do agente da
ÉTICAS ação.
• Quanto maior a felicidade gerada pela ação, mais
TELEOLÓGICA valor moral a ação possui.
S (Stuart Mill) • O BEM é determinado pelos impactos da ação
(CONSEQUENCIALISMO), e estes são bons se
forem ÚTEIS (UTILITARISMO) e são ÚTEIS se
gerarem PRAZER (HEDONISMO).
• Estamos perante uma ÉTICA HEDONISTA (hedone
= prazer) – É bom o que gera prazer e minimiza a
dor, reconhecendo-se a superioridade do prazer
intelectual face ao prazer sensível).

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