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TREINOS PROVA ORAL TJM-MG

PREVISÃO: 4 a 8 SETEMBRO 2023


TREINO 04: 13/08/2023

Direito Penal Militar


PONTO 2: Teoria da norma penal. Lei penal: fontes, características,
interpretação, integração, vigência, e aplicação. A lei penal no tempo e no
espaço. A lei penal em relação às pessoas. Conflito aparente de normas.
Aplicação subsidiária do Título I da Parte Geral do Código Penal brasileiro.
1. Acerca das FONTES do direito penal militar, comente sobre como
são divididas e tratadas na doutrina.
Materiais
Formais (mediatas e imediatas)
Coimbra, 7ª Edição, pág 161/163
2. Considerando que o CPM foi baixado pelo Decreto-Lei 1.001. de
1969, como aceitar que um diploma de tal natureza verse sobre
matéria de cunho penal?
Recepcionado como lei ordinária.
Coimbra, 7ª Edição, pág 163
3. O que são Banhos ou Bandos Militares? Tais institutos são
admitidos no ordenamento jurídico brasileiro?
Jorge Alberto Romeiro - “Éditos ou proclamações com força de lei, emanados
pelos Comandantes Supremos das Forças Armadas de um país em guerra, a
fim de integrarem as leis penais e processuais bélicas vigentes,
modificando-las ou ditá-las ex novo, quando as circunstâncias do front o
exigirem”.
Impossibilidade de aplicação de tal fonte do DPM/DPPM, em homenagem ao
princípio da legalidade, sob o aspecto da reserva legal.
Coimbra, 7ª Edição, pág 163.
4. Embora parte da doutrina não admita que haja espécies de
interpretação, por considerarem-na um processo único, há quem
enumere algumas formas de interpretação conforme a fonte.
Comente cada uma dessas classificações.
Doutrinária, jurisprudencial e autêntica.
Coimbra, 7ª Edição, pág 166.
5. Qual o papel da Exposição de Motivos na interpretação do CPM?
Materialização da interpretação autêntica. Intenção do legislador.
Coimbra, 7ª Edição, pág 166.
6. Considerando que o CPM é anterior à CF/88, qual o papel do
intérprete quando de sua aplicação nos dias atuais?
Filtro constitucional.
7. É possível, ainda, classificar a interpretação em declarativa,
restritiva e extensiva. Conceitue cada uma delas e dê exemplos de
verificação no CPM.
Declarativa - absorção exata do texto - motim, 149 CPM, crime
plurissubjetivo.
Restritiva - restrição dos termos do texto - cabeça, 53 § 5º CPM, para
crimes plurissubjetivos.
Extensiva - ampliação dos termos do texto - deserção especial, 190 CPM,
preceito secundário ao desertor capturado.
Coimbra, 7ª Edição, pág 168
8. Diante de um conflito aparente de normas, qual espaço tem o
princípio in dubio pro reo?
Aplicação da norma mais benéfica no momento de apreciação das provas,
bem como na análise dos pressupostos processuais, dos elementos
constitutivos, impeditivos, extintivos e mitigadores do crime …
Coimbra, 7ª Edição, pág 169, rodapé 11.
9. Diferencie interpretação analógica de analogia.
Coimbra, 7ª Edição, pág 169 e 170.
10. Diferencie lacuna de silêncio eloquente.
11. O artigo 22 do CPM, em interpretação autêntica, traz o
conceito de MILITAR, sem incluir expressamente os militares
estaduais. À luz da CF/88 como tal dispositivo deve ser
considerado?
Coimbra, 7ª Edição, pág 175.
12. Para efeitos de aplicação do CPM o atirador do Tiro de Guerra é
considerado militar?
Coimbra, 7ª Edição, pág 173.
13. O que justifica a aplicação irrestrita da extraterritorialidade no
Direito Penal Militar?
Coimbra, 7ª Edição, pág 208.
14. De acordo com o Código Penal Militar, quando e onde o crime é
considerado praticado?
Coimbra, 7ª Edição, pág 195.
15. Comente acerca da natureza da Lei 13.491/2017 e sua
aplicação em conflitos intertemporais.
Coimbra, pág 207.
16. Quanto aos jurisdicionados da JME, pela previsão do artigo
125, § 4º da CF/88, aquele que não é militar do Estado não
pratica o crime militar em âmbito estadual ou o pratica, devendo
ser julgado por esse fato pela Justiça comum?
Coimbra, 7ª Edição, pág 215.

Direito Processual Penal Militar


PONTO 6: Comunicação dos atos processuais. As provas no Direito
Processual Penal Militar. Prazos processuais. Defeitos processuais.
Nulidades.
1. É cabível a citação por hora certa no PPM?
Não.
2. Há resquícios do sistema da prova tarifada no CPPM? Quais?
294, CPPM
315, parágrafo único, CPPM
3. Quais os sistemas de avaliação da prova pelo magistrado? Qual o
sistema adotado pelo CPPM?
Íntima convicção - Tribunal do Júri
Prova tarifada
Livre convencimento motivado ou Persuasão racional.
4. O fato axiomático depende de prova?
Não. O fato axiomático é sinônimo de prova evidente, que não depende de
prova por guardar coerência lógica com outro fato já demonstrado.
Artigo 28, CPPM - Dispensa de inquérito.
MPE ORAL, PÁG 702
5. O que se entende por serendipidade? Existem graus dela?
MPE ORAL, PÁG 703
6. O que se entende por prova de fora da terra?
Produzida em juízo diverso - exemplo: por carta precatória.
MPE ORAL, PÁG 703
7. Comente acerca da presença do postulado nemo tenetur se
detegere nas disposições do CPPM. É válido para testemunha?
296, § 2º, CPPM.
Sim, sobre fato que a possa incriminar.
8. Como é tratada a confissão na aplicação da lei penal e processual
penal militar? É possível a aplicação da atenuação da pena em
virtude da confissão espontânea nos termos do CP?
Não, por não haver lacuna no CPM.
9. Comente sobre a previsão do artigo 305, CPPM (o silêncio poderá
ser interpretado em prejuízo da própria defesa) e 308, CPPM (o
silêncio não importará em confissão, mas poderá constituir
elemento para a formação do convencimento do juiz).
10. O que significa testemunha fedatária?
Instrumentária. Desconhecem os fatos, testemunha apenas de atos
instrumentais e procedimentais, como as testemunhas de apresentação.
MPE ORAL, PÁG 707.
11. O que se entende por teoria da fonte independente no âmbito
das provas?
Teoria da exceção da fonte independente. Necessária demonstração
inequívoca de que a nova prova advém de fonte autônoma, sem vínculo com
a prova originariamente ilícita.
MPE ORAL, PÁG 707.
12. Quanto à fundamentação das decisões judiciais, é necessário o
exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas?
Posicionamento do Supremo Tribunal Federal, que pacificou o entendimento
sobre a fundamentação das decisões judiciais através do Tema 339,
segundo o qual o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou
a decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar,
contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.
13. Sobre o que trata o princípio da correlação? Seria caso de
nulidade, a condenação por fatos que não se encontram descritos
na denúncia? Em todo caso deve ser oportunizado o exercício do
contraditório e da ampla defesa?
14. O julgador pode dar aos fatos definição jurídica diversa daquela
constante na denúncia? Em que situação?
Desde que exista pedido formulado pelo órgão ministerial nesse sentido, em
alegações finais, e que a outra parte tenha tido a oportunidade de
respondê-la, nos termos do art. 437 do CPPM.
15. Considerando que o MP não formulou, em alegações finais
escritas, pedido no sentido de imputar ao réu delito diverso do
contido na denúncia, não tendo também aditado a denúncia nesse
sentido, o órgão julgador pode alterar a definição jurídica do fato
na sentença, incluindo elemento ou circunstância da infração
penal não contida na acusação?
Não.
16. Caso acontecesse a alteração nessas condições, seria o caso de
decretação da nulidade?
Depende. Caso a condenação seja dissonante dos termos da inicial
acusatória e não seja oportunizado ao réu o exercício do contraditório e da
ampla defesa, a fim de que se manifestasse sobre a mudança de imputação,
necessária seria a decretação da nulidade da sentença.
17. E se o recurso for exclusivamente da defesa, é possível
reconhecer a nulidade da sentença condenatória?
Não, existindo recurso exclusivamente da defesa, não é possível
reconhecer-se a nulidade da sentença condenatória. Sobre o tema, a
Súmula n. 160 do Supremo Tribunal Federal dispõe que "é nula a decisão
do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da
acusação, ressalvando os casos de recurso de ofício".
Assim, sendo o caso de recurso exclusivo da defesa, é inviável a anulação de
atos praticados visando à realização de novo julgamento.
18. A Súmula 160 do Supremo é aplicada mesmo em caso de
nulidade absoluta?
Sim.

Questões 14 a 20: JULGADO TJMMG- LINK:


http://cp.tjmmg.jus.br/jurisprudencia/assets/pdfs/Ap%20Cr%20eproc%20
0000125-82.2016.9.13.0002.pdf
Processo eproc n. 0000125-82.2016.9.13.0002
Relator: Desembargador Fernando Armando Ribeiro
Revisor: Desembargador Osmar Duarte Marcelino
Julgamento: 11/04/2023 Publicação: 24/04/2023
Decisão: MAJORITÁRIA
19. É caso de nulidade o encarregado do IPM ser ouvido no
processo como testemunha?
Não. Compulsando o Código de Processo Penal Militar (CPPM), art. 351, e
em complementação o Código de Processo Penal (CPP), art. 202, não há
qualquer vedação expressa ou subentendida, em relação ao testemunho do
policial militar ou civil, que tenha participado da investigação criminal. Os
depoimentos prestados por policiais, a respeito das funções que
desempenham na qualidade de agentes públicos, possuem presunção de
veracidade e os atos por eles praticados, no exercício do cargo, gozam de
presunção de legitimidade, motivo pelo qual, seus testemunhos constituem
relevantes elementos probatórios. É pacífica a jurisprudência dos Tribunais
nesse sentido.
Questão 21: JULGADO TJMMG
Embargos Declaratórios n. 200054571.2021.9.13.0004
citado no julgado de LINK:
http://cp.tjmmg.jus.br/jurisprudencia/assets/pdfs/Ap%20Cr%20eproc%20
2000537-94.2021.9.13.0004.pdf

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