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PLANEJAMENTO ESCOLAR

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AVALIAÇÃO ESCOLAR

https://youtu.be/JqSRs9Hqgtc

É um componente do processo de ensino e aprendizagem que busca comparar o


que foi adquirido com o que se pretende alcançar.

Podemos dizer que a avaliação tem como objetivo diagnosticar como a escola e o
professor estão contribuindo para o desenvolvimento dos alunos.

Avaliação processual: é a avaliação contínua.


Avaliação pontual: é a avaliação de resultado.

Segundo Libâneo (2017) ao analisar os resultados obtidos, por meio da avaliação,


percebe-se se os objetivos propostos foram alcançados para que o trabalho docente
seja reorientado, logo a avaliação é uma reflexão do processo educativo que
abrange aluno e professor. Os dados coletados são mensurados em quantitativos e
qualitativos.

Avaliação quantitativo e qualitativo


Avaliação quantitativa: é o que pode ser mensurado por meio de notas e
informações. Ela é classificatória.
Avaliação qualitativa: é o que não pode ser mensurável, observa-se o processo de
ensino-aprendizagem de forma contínua e global.

Vamos ver o que a LDB 9.394/96 fala sobre a avaliação?


Art. 24. V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;

Perceba que os aspectos abordados na lei não são notas, mas registros de
acompanhamento das atividades dos alunos. A avaliação contínua e cumulativa
demonstra que ela é diária, transparente, assim possui uma aparência diagnóstica.
Os aspectos qualitativos devem sobrepor os aspectos quantitativos.

Princípios da avaliação:

Integralidade: a avaliação deve perceber o estudante como um todo, considerando


todos os envolvidos no processo.

Funcionalidade: relacionada à avaliação aos objetivos educacionais.

Orientação: direciona a prática escolar. Ela não pode assumir um caráter


excludente.

Sistematicidade: a avaliação deve ser muito bem planejada, integrando todo o


trabalho educativo.

A avaliação é um processo contínuo, por isso deve ser projetada para acompanhar
a aprendizagem, identificando as conquistas diante do desenvolvimento real do
aluno. Uma avaliação inicial traz para o professor as características e o suporte
necessário para que ele possa desenvolver o planejamento de acordo com as
características de seus alunos.

Segue abaixo, as principais características da avaliação escolar conforme Libâneo:

Reflete a unidade objetivos-conteúdos-métodos


Possibilita a revisão do plano de ensino
Ajuda a desenvolver capacidades e habilidades
Volta-se para a atividade dos alunos
Deve ser objetiva
Ajuda na percepção do professor
Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos
Esse autor ainda nos traz como tarefas da avaliação a verificação, a qualificação e a
apreciação qualitativa.

Verificação: coleta de dados por meio de provas, exercícios e tarefas ou outros


meios auxiliares.
Qualificação: comprovação dos resultados alcançados e conforme o caso, atribuição
de notas.
Apreciação Qualitativa: avaliação propriamente dita, referindo-se aos padrões de
desempenho esperados.

Fique atento, você tem que verificar cada conceito que envolve a avaliação.
Cuidado para não confundir a teoria com a sua prática como docente.

Muita atenção nas funções da avaliação (que mudam de acordo com alguns
autores) e que sempre caem nas provas. O conceito abaixo é um dos mais
cobrados por nossas bancas examinadoras.

Funções da avaliação
A avaliação apresenta três funções, sendo elas:

Função diagnóstica: é realizada no início do processo para direcionar o trabalho


do professor. Nessa fase são estudados e levantados os conhecimentos prévios dos
alunos para que o professor possa verificar como colocará em prática o seu
planejamento, de forma a atender as características dos alunos.

Função formativa ou processual: é realizada durante o processo para


acompanhar o desenvolvimento dos alunos. A função formativa proporciona ao
professor e aos estudantes as informações necessárias para corrigir as possíveis
falhas, estimulando todos a continuarem o trabalho. Nessa fase encontra-se o
famoso feedback que reorienta os envolvidos em suas tarefas de forma positiva.

Função somativa (classificatória): é realizada no final do processo, classificando


os alunos quanto ao nível de desenvolvimento. Esta fase oferece também as
informações necessárias para o registro das atividades que foram desempenhadas
pelos alunos.
Em resumo, segue simplificação da visão apresentada acima:

Avaliação Diagnóstica
Realiza-se no início do curso, do ano letivo, do semestre/trimestre, da unidade ou de
um novo tema.
Verifica pré-requisitos.
Avaliação Formativa
Ocorre ao longo do ano letivo.
Localiza deficiências/dificuldades.

Avaliação Somativa
Classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do curso, do ano letivo,
segundo níveis de aproveitamento.
Tem a função Classificadora (classificação final).

Avaliação escolar na visão dos principais autores.


Vejamos como alguns autores abordam sobre a avaliação:

O momento de avaliar é também para diagnosticar dificuldades e mostrar caminhos


de superação. (ANDRADE 2014, p. 21).

Nenhuma avaliação dá resultados absolutos, mas informações sobre o que e como


o aluno aprendeu. E a função da avaliação é diagnosticar o processo de
aprendizagem, não a capacidade do aluno. (TAVARES, 2011, p. 108)

O processo de avaliação tem início quando: São levantados os conhecimentos


prévios dos alunos. A partir disso é possível estabelecer objetivos e metas, escolher
conteúdos e aplicar métodos. (SANTOS, 2011, p. 106)

Tendo um ponto de partida, a avaliação torna-se auxiliadora, quantitativamente e


principalmente qualitativamente, do processo de ensino-aprendizagem em que
progresso ou fracasso são importantes para se repensar as estratégias com vistas a
auxiliar o desenvolvimento do aluno. (SANTOS, 2011, p. 106)

Assim sendo, a avaliar os alunos representa incluí-la no mundo do conhecimento.


Assim caracteriza-se o tipo de avaliação que é preparada para ensinar, reforçar o
processo de aprendizagem, e não apenas para atribuir notas, medindo o que foi
memorizado. (ANDRADE 2014, p. 21).

Agora que já sabemos desses conceitos, vamos analisar as funções da avaliação


escolar na perspectiva de José Carlos Libâneo que também é muito cobrado.

Libâneo classifica a avaliação em três funções:


Pedagógico-didática: está relacionada ao cumprimento dos objetivos educacionais.
Essa avaliação ajuda na compreensão acerca do alcance dos objetivos
educacionais.

Diagnóstica: apresenta os avanços e os problemas dos alunos junto com a atuação


do professor.
Ocorre em três fases:

Início: para sondar os conhecimentos.


Durante: para acompanhar o desenvolvimento dos professores e alunos.
Final: para verificar o resultado do trabalho desenvolvido.
Com essas informações o professor poderá propor modificações durante o processo
de ensino e aprendizagem.

Controle: está relacionada aos meios e a frequência das verificações e de


qualificação dos resultados escolares, permitindo o diagnóstico das situações
didáticas.

Essas três funções atuam de forma interdependentes, não podendo ser isoladas!

Outros conceitos da avaliação escolar


Vamos conhecer um pouquinho mais sobre alguns fatores que envolvem a
avaliação escolar e que não foram conceituados:

A observação: é muito importante durante o acompanhamento dos alunos. Com ela


o professor pode modificar as dificuldades identificadas que influenciam a
aprendizagem dos estudantes.

A entrevista: ajuda e busca conhecer o aluno em seu desempenho escolar.


Contribui com as informações que o professor já tem, tratando assim problemas
mais específicos, esclarecendo dúvidas quanto às atitudes e hábitos de
determinada criança.

Existem também outras formas de avaliação que já caíram em concursos, vamos


conhecer um pouquinho mais:
Avaliação informal: faz parte do processo desenvolvido pelo professor que
consiste em elogios, castigos, ameaças entre outros aspectos em que o educador
traça sobre o perfil do aluno durante o processo de ensino. Para Freitas, esse tipo
de avaliação consiste na construção, pelo professor, “de juízos gerais sobre o aluno,
cujo processo de constituição está encoberto e é aparentemente assistemático”.
Avaliação formal: é formada por instrumentos específicos de avaliação como
provas, trabalhos e tarefas organizadas. Compõe-se das práticas “que envolvem o
uso de instrumentos explícitos de avaliação, cujos resultados podem ser
examinados objetivamente pelo aluno, à luz de um procedimento claro” (Freitas).
O papel da avaliação na prática escolar
Que tal lembrarmos o papel da avaliação que está presente em cada prática
pedagógica? Vamos para elas:

Função da avaliação tradicional: é exercida de forma classificatória com


memorização e reprodução através de provas e exercícios.
Avaliação – escola nova: há a valorização dos aspectos afetivos. A auto avaliação
está presente priorizando o desenvolvimento individual do aluno.
Avaliação – tecnicista: é analisada através do comportamento desejado. Há o apego
aos livros didáticos, a produtividade do aluno com exercícios programados.
Avaliação – libertária: não há uma avaliação dos conteúdos, auto-avaliação.
Avaliação – libertadora: busca a emancipação do grupo.
Avaliação – histórico-crítica: existe a tomada de decisão para a transformação da
sociedade. Função diagnóstica.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar.
O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá
forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você
prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem
muito sobre ele:

É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante


determinado período de tempo.
É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos
conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na
sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos
necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a
direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários,
alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas
sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de
aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração
precisa contemplar os seguintes tópicos:

Missão
Clientela
Dados sobre a aprendizagem
Relação com as famílias
Recursos
Diretrizes pedagógicas
Plano de ação

Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de


planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e
pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de
sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar
esforços para resgatá-lo e repensá-lo. "O PPP se torna um documento vivo e
eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências,
experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha,
diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.

Compartilhar a elaboração é essencial para uma gestão democrática

Infelizmente, muitos gestores veem o PPP como uma mera formalidade a ser
cumprida por exigência legal - no caso, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), de 1996. Essa é uma das razões pelas quais ainda há quem
prepare o documento às pressas, sem fazer as pesquisas essenciais para retratar
as reais necessidades da escola, ou simplesmente copie um modelo pronto (leia os
erros mais comuns).
Na última Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada no primeiro
semestre deste ano, o projeto político pedagógico foi um dos temas em destaque.
Os debatedores lembraram e reforçaram a ideia de que sua existência é um dos
pilares mais fortes na construção de uma gestão democrática. "Por meio dele, o
gestor reconhece e concretiza a participação de todos na definição de metas e na
implementação de ações. Além disso, a equipe assume a responsabilidade de
cumprir os combinados e estar aberta a cobranças", aponta Maria Márcia Sigrist
Malavasi, coordenadora do curso de Pedagogia e pesquisadora do Laboratório de
Observação e Estudos Descritivos da Faculdade de Educação da Universidade de
Campinas (Loed/Unicamp).

Envolver a comunidade nesse trabalho e compartilhar a responsabilidade de definir


os rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP
bem estruturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança para
tomar decisões. "Mesmo que no começo do processo de discussão poucos
participem com opiniões e sugestões, o gestor não deve desanimar. Os primeiros
participantes podem agir como multiplicadores e, assim, conquistar mais
colaboradores para as próximas revisões do PPP", afirma Celso dos Santos
Vasconcellos, educador e responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa,
Formação e Assessoria Pedagógica, em São Paulo.

Os erros mais comuns


Alguns descuidos no processo de elaboração do projeto político-pedagógico podem
prejudicar sua eficácia e devem ser evitados:

- Comprar modelos prontos ou encomendar o PPP a consultores externos. "Se a


própria comunidade escolar não participa da preparação do documento, não cria a
ideia de pertencimento", diz Paulo Padilha, do Instituto Paulo Freire.

- Com o passar dos anos, revisitar o arquivo somente para enviá-lo à Secretaria de
Educação sem analisar com profundidade as mudanças pelas quais a escola
passou e as novas necessidades dos alunos.

- Deixar o PPP guardado em gavetas e em arquivos de computador. Ele deve ser


acessível a todos.
- Ignorar os conflitos de ideias que surgem durante os debates. Eles devem ser
considerados, e as decisões, votadas democraticamente.

- Confundir o PPP com relatórios de projetos institucionais - portfólios devem


constar no documento, mas são apenas uma parte dele.

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