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Dércio Constantino Novela

Geraldo Armando Chivável

Ivanilde Da Graça Nhapulo

Julieta Jeremias Absalão Nhavotso

Simião Manuel Muhate

Avaliação da Aprendizagem

(Licenciatura em Física, especialização em ensino)

Universidade Save-Sede

Chongoene

2023
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Dércio Constantino Novela

Geraldo Armando Chivável

Ivanilde Da Graça Nhapulo

Julieta Jeremias Absalão Nhavotso

Simião Manuel Muhate

Avaliação da Aprendizagem

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na


faculdade de ciências naturais exatas, no
curso de Licenciatura em Física com
habilidade em ensino, na cadeira Psicologia
de Aprendizagem para fins de avaliaçâo,
sob orientação do docente Artur Chanjale.

Universidade Save- Sede

Chongoene

2023
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1. Introdução

Segundo o professor Cipriano Carlos citado pelo Libâneo, avaliação é uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o
professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. No âmbito escolar, Libâneo considera
avaliação escolar como um componente do processo de ensino que visa, através da
verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os
objectivos propostos e, dai, orientar a tomada de decisões em relação as actividades didácticas
seguintes

Este capítulo tem como finalidade fazer uma abordagem sobre os aspectos relativo a avaliação
pedagógica de aprendizagem. Procura também identificar o conceito de avaliação, seus
objectivos, funções e tipos, bem como identificar as etapas do processo de avaliação
pedagógica
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1.1 Objectivos e Metodologias

1.1.1 Objectivos

a) Geral:
 Debruçar acerca da avaliação.
b) Específicos:
 Diferenciar os métodos da avalição;
 Descrever os tipos e as funções da avalição;
 Descrever as técnicas e instrumentos da avaliação.

1.1.2 Metodologias

Para efectivação dos objectivos do trabalho recorreu-se a observação, consultas bibliográficas


e a alguns artigos da internet, depois fez-se análise de conteúdos, seguido da respectiva
selecção e posteriormente compilação da informação, toda a bibliografia consultada esta
devidamente mencionada na última página deste trabalho.

Segundo Santos (2005), pesquisa bibliográfica consiste em obter informações por meio de
fontes teóricas, ou seja, por meio de material publicado como livros, revistas e artigos
científicos.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Avaliação

Segundo Libâneo (2008), Avaliação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do


trabalho do docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e
aprendizagem (PEA). Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do
trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objectivos propostos, a
fim constatar progressos, dificuldades e reorientar o trabalho para correcções necessárias.

Segundo Libâneo (2008), Avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho
escolar tanto do professor como dos alunos. Os dados colectados no decurso do processo de
ensino, qualitativos e quantitativos, são interpretados em relação à um padrão de desempenho
e expressos em juízos de valor (muito bom, bom, satisfatório, etc) acerca do aproveitamento
escolar.

Segundo Pilette (2004), Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar
os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos; tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objectivos, a fim que haja condições de decidir sobre
alternativas do planeamento do trabalho do professor e da escola como um todo.

A partir dessa definição, que pode-se julgar mais completa, conclui-se que:

a) A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar até que
ponto os objectivos estão sendo alcançados. Identificando os alunos que precisam de
atenção individual e reformulando o trabalho com adoção de procedimentos que
possibilitem sanar as deficiências identificadas.
b) O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o
professor deve informá-lo sobre os objectivos da Avaliação e analisar com ele os
resultados alcançados.
c) A avaliação, sendo um processo contínuo, não é algo que termine num determinado
momento, embora possa ser estabelecido um tempo para realizá-la.

2.2 Tarefas da Avaliação

Nos diversos momentos do processo do ensino, Libâneo destaca as seguintes tarefas de


avaliação a verificação, a qualificação e apreciação qualitativa.
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 Verificação: consiste na colecta de dados sobre o aproveitamento dos alunos, através


de provas, exercícios e tarefas ou de meios auxiliares como observação de
desempenho e entrevistas;
 Qualificação: faz-se a comprovação dos resultados alcançados em relação aos
objectivos e, conforme o caso, atribuição de notas ou conceitos;
 Apreciação qualitativa: é avaliação propriamente dita dos resultados, referindo-os a
padrões de desempenho esperados.

2.3 Método de Avaliação

Segundo PCEB, são propostas para avaliação os seguintes métodos: Formal e informal

 Formal- consiste na realização periódica de teste referenciado a critérios. O uso deste


método requer uma organização, planificação que possa ajudar o professor e o aluno a
atingir os seus objectivos preconizados.
 Informal- consiste numa avaliação levada a cabo dia a dia muitas das vezes realizada
de uma forma casual dentro ou fora da sala.

2.4 Tipos de avaliação

Nivagara distingue três tipos de avaliação no PEA, nomeadamente avaliação diagnostica,


formativa ou continua e sumativa.

2.4.1 Avaliação Diagnóstica

Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano lectivo, do semestre, da unidade ou
dum novo tema. Esta avaliação deve ser realizada no início de novas aprendizagens em
qualquer momento da aula. Pode concluir-se então que a avaliação diagnóstica tem como
objectivo verificar o domínio de pré-requisitos necessários para aprendizagens posteriores.
Estes pré-requisitos constituem o ponto de partida para estabelecer uma estratégia do PEA
adequada para os alunos, de forma que o professor possa ajudar a todos os seus alunos a terem
o domínio do saber, saber fazer e saber ser/estar correspondentes à objectivos considerados
fundamentais.

2.4.2 Avaliação Formativa

Este tipo de avaliação realiza-se continuamente ao longo das aulas. Também tem uma função
formativa, uma vez que dá a conhecer ao professor e ao aluno se os objectivos estão a ser
alcançados, identifica os obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem, permitindo
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assim estabelecer estratégias que ajudem os alunos e os professores a ultrapassar as


dificuldades detectadas.

A Ana Pais & Manuela Monteiro (1996, pp. 43-49) subdivide este tipo de avaliação no seu
livro intitulado “Avaliação – uma Prática Diária” em duas partes: Avaliação Formativa e
Avaliação Formadora, mas segundo os autores, essas se complementam.

A avaliação formativa é um elemento integrante da prática educativa que permite a recolha


sistemática de informação e a formulação de juízos para a tomada de decisões adequadas às
necessidades dos alunos e do sistema educativo. Esses autores citando Scriven e Nunziati,
fazem a distinção entre a avaliação formativa e a avaliação formadora, na qual a primeira
dirige-se mais para o professor com a finalidade de levar o professor a actualizar os seus
conhecimentos didácticos, a cultivar coerência entre os seus critérios, as escolhas didácticas e
a auto-valorização da sua personalidade perante o aluno. Em outras palavras, diríamos que a
avaliação formativa assegura que os processos se adeqúem as características dos alunos,
permitindo a adaptação do ensino às diferenças individuais. Avaliação Formadora constitui
um percurso de avaliação conduzida por aquele que aprende (alunos) e é um instrumento de
construção dos conhecimentos que o aluno precisa de adquirir. Em esquema abaixo, visualiza-
se as características de cada tipo de avaliação.

Esquema 1: Avaliação formativa.

Fonte: Nivagara (2011)

No entanto, uma avaliação formativa no verdadeiro sentido da palavra não resulta sem uma
regulação individualizada das aprendizagens. O que significa que a mudança das práticas de
avaliação deve ser acompanhada por uma transformação do ensino, da gestão da turma, de
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uma atenção especial aos alunos com dificuldades. Uma avaliação formativa, de acordo com
os autores coloca a disposição do professor informações mais precisas, mais qualitativas sobre
os processos de aprendizagem, as atitudes e tudo o que os alunos adquiram. Tendo em conta a
função reguladora, é importante não esquecer que a avaliação não é um fim em si. Daí que
seja essencial discutir e negociar os critérios de avaliação para encontrar soluções e tomar
decisões. Não basta apenas conhecer os critérios da avaliação, há que discuti-los e explica-los.
Portanto, os objectivos e os critérios deverão ser claros e bem entendidos pelos intervenientes.
(PAIS &MONTEIRO, 1996, pp. 46-47). Nunziati no livro de Pais & Monteiro, apresenta
basicamente dois tipos de critérios: Os critérios de realização e os critérios de sucesso.

Critérios de Realização – indicam o que se espera dos alunos, visam a regulação de


aprendizagem, e permitem a sua reorientação (aluno e professor). Critérios de sucesso
referem-se aos produtos da aprendizagem; são critérios de incidência sumativa, pois incidem
mais sobre os produtos que sobre os processos.

2.4.3 Avaliação Somativa/sumativa

Faz-se no fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre, semestre, ano
ou curso), portanto, é momento de se medir a distância a que o aluno ficou das metas pré-
estabelecidas, ou seja, avaliar se os objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos.
O importante, em nosso entender, é que a avaliação, contrariamente ao que fazem muitos
professores, não deve servir apenas para «dar notas» aos alunos, classifica-los, mas sim como
um instrumento valioso para condução do PEA. Para o efeito, se impõe ao professor a
realização não apenas da avaliação sumativa, mas cada vez mais da avaliação diagnóstica e
formativa. (Nivagara, s/d, pp. 126-130).

De acordo com L. C. Ribeiro, citado por Pais e Monteiro (1996, p. 49) a avaliação sumativa
pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem,
no sentido de aferir resultados já recolhidos por avaliações de tipo formativo e obter
indicações que permite aperfeiçoar o processo de ensino. A avaliação sumativa complementa
um ciclo de avaliação em que já foram utilizadas a avaliação diagnostica e a Formativa.
Portanto, no decurso do PEA, ela tem uma função formativa, uma vez que permite adequar o
ensino às necessidades de aprendizagem dos alunos. Em suma, a avaliação sumativa constitui
sempre um balanço final, um balanço de resultados no final de um segmento de ensino
aprendizagem. De um modo geral, segundo os autores, pode se dizer que os três tipos de
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avaliação aparecem associados pela complementaridade das suas funções e podem, por isso,
ser utilizados em qualquer altura do ano lectivo.

Esquema 2: Avaliação sumativa.

Fonte: Nivagara (2011)

2.5 Finalidades de Avaliação

Segundo o manual de apoio e avaliação pedagógico, a avaliação dos alunos é um elemento


indispensável para uma prática educativa integrada, ou seja, é um elemento chave no processo
de ensino. O processo de avaliação tem como finalidade:

 Determinar a selecção dos métodos e recursos educativos para situação específica da


aula;
 Orientar o professor na identificação das dificuldades dos alunos, na sua relação com o
aluno, bem com outros professores e pais/encarregados de educação, na busca de
soluções para colmatar algumas dificuldades;
 Auxiliar aos alunos na formação e consolidação do seu próprio processo educativo.
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 Melhorar a qualidade do sistema educativo através da introdução de alterações


curriculares, melhorando deste modo a qualidade das estratégias do ensino.

2.6 Objectivos da Avaliação

2.6.1 Relativamente ao Aluno:

 Consciencializar o aluno sobre os pontos fortes e francos do seu desempenho;


 Estimular o gosto e interesse pelo estudo a superar as dificuldades encontradas no
PEA
 Desenvolver nos alunos uma atitude crítica e participativa, em relação ao PEA, tendo
em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

2.6.2 Relativamente ao Professor:

 Identificar o nível do desempenho do aluno, os principais problemas e os factores


associados;
 Adequar os métodos e matérias de ensino-aprendizagem utilizando a informação
recolhida sobre o desempenho dos alunos;
 Informar regularmente, aos pais sobre o progresso (qualitativo e quantitativo), dos
seus educandos.

2.6.3 Relativamente aos Pais:

 Sugerir em conjunto com o professor e o director da escola, formas e actividades


apropriadas para a melhoria do desempenho do seu educando e da escola em
geral.

Os objectivos de avaliação enquadram-se nos três intervenientes do processo de ensino-


aprendizagem (Aluno, Professor e Pais ou encarregados de Educação), como pode-se observar
através do esquema a seguir.
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Esquema 3: Objectivos da avaliação

Fonte: Nivagara (2011)

2.7 Funções de avaliação

Segundo LIBÂNEO, avaliação escolar cumpre pelo menos três funções: Pedagógico-
didáctica, diagnóstico e de controlo.

A função pedagógico-didáctica– se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos


objectivos gerais e específicos de educação escolar. Cumprindo a sua função didáctica, a
avaliação contribui para assimilação e fixação, pois a correcção dos erros cometidos
possibilitam o aprimoramento, a ampliação e aprofundamento de habilidades, e desta forma o
desenvolvimento das capacidades cognoscitivas.

A função diagnóstica – permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e actuação


do professor que por sua vez determina modificações do processo do ensino para melhor
cumprir as exigências dos objectivos.
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A função de controlo – se refere aos meios e frequência das verificações e de qualificação


dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didácticas.

2.8 Fases/Etapas de Avaliação

O processo de avaliação compreende as seguintes fases:

 Planificação da avaliação. É a condição necessária para o sucesso de qualquer


actividade humana, contribui na melhoria da forma como os alunos aprendem e
como são orientados.
 Obtenção da informação. A informação pode ser obtida através de um conjunto de
técnica e instrumentos tais como: perguntas informais, testes, questionários,
inventários e entrevistas.
 Formulação de juízos de valores. Nesta fase o professor faz uma descrição das
competências e dificuldades que o aluno apresenta na aprendizagem de um
determinado conteúdo.
 Tomada de decisões. Esta constitui a 4ª fase absolutamente decisiva no processo
de aprendizagem e enfatiza a importância das fases precedentes. O professor após
a formulação de juízos de valores, terá que tomar decisões acertadas com base a
opinião que tiver emitido.

2.9 Técnicas e instrumentos de avaliação

Existem várias técnicas e vários instrumentos de avaliação. Para a avaliação diagnóstica, por
exemplo. Podemos utilizar o pré-teste, o teste diagnóstico, a ficha de observação ou qualquer
outro instrumento elaborado pelo professor. Para a avaliação formativa temos as observações,
os exercícios, os questionários, as pesquisas, etc. E, finalmente, para a avaliação somativa, os
dois tipos de instrumentos mais utilizados são as provas objectivas e as provas subjectivas. Se,
por um lado, as provas objetivas têm a vantagem da precisão e clareza, elas são mais
limitantes do que as provas subjectivas. As provas subjectivas oferecem mais chances ao
aluno para colocar sua opinião, formar conceitos e generalizações.

Ao escolher uma técnica ou instrumento de avaliação deve-se ter presente, portanto, o tipo de
habilidade que se deseja verificar no aluno.
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a) Conhecimento - Envolve a evocação de transformações. Nesta categoria estão os


conhecimentos de terminologia, de fatos específicos, de critérios, de metodologia, de
princípios e generalizações, de teorias e estruturas, ctc.

Neste nível o aluno reproduz o que lhe foi apresentado. Tal objetivo pode ser aprendido
apenas por memória. Veja um exemplo: O ramo da Pedagogia que estuda o aspecto
técnico do processo de ensino-aprendizagem denomina-se:

 Psicologia.
 Filosofia.
 Metodologia.
 Didática.
b) Compreensão - Refere-se ao entendimento de uma mensagem literal contida numa
comunicação. Para o nível da compreensão, o aluno não deve somente repetir mas
compreender o que aprendeu, a0 menos de maneira Suficiente para afirmá-lo de outra
forma. Exemplo: "Formule um problema didático com suas próprias palavras
c) Aplicação - Refere-se à habilidade para usar abstrações em situações particulares e
concretas. O estudante é solicitado a usar um método, uma regra ou um princípio para
resolver um problema. O problema deve ser novo. Caso contrário, o aluno pode estar
memorizando soluções e não aplicando princípios. Exemplo: Apresenta-se ao aluno
um problema didáctico para que ele o resolva aplicando os princípios da Didáctica.
d) Análise -Refere-se à habilidade de desdobrar uma comunicação em seus elementos ou
partes constituintes. Exemplo: "Identificar os aspectos relevantes de um problema
didático pedagógico". Para alcançar esse objetivo do aluno deve usar habilidades
citadas nas categorias anteriores. Deve saber o que procurar, compreender os conceitos
envolvidos e aplicar os princípios.
e) Síntese - Trata-se da habilidade para combinar elementos e partes de modo a formar
um todo. Na síntese, cada aluno deve exprimir suas próprias ideias, experiências ou
pontos de vista. Não há apenas uma resposta correta. Qualquer resposta que englobe a
expressão própria e criativa do aluno vai ao encontro do objetivo de síntese. Exemplo:
Capacidade para escrever, de forma criadora, uma história, um ensaio ou uma poesia
sobre a atividade didático-pedagógica.
f) Avaliação - Refere-se à habilidade para fazer um julgamento sobre o valor do material
e dos métodos empregados com o objetivo de alcançar determinados propósitos. O
aluno deve justificar a posição por ela assumida, baseando-se no raciocínio na relação
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dos argumentos. Para ser avaliação e não compreensão ou aplicação, o objectivo deve
sugerir a expressão de um ponto de vista individual. Não pode haver uma única
"resposta correta. Por isso, esse objetivo não pode ser avaliado adequadamente por
itens de múltipla escolha.

2.9.1 Medida de rendimento escolar

Tabela 1 : Medida do rendimento escolar

Fonte: Pilette (2004).

2.9.2 Algumas medidas de rendimento escolar.

a) Verdadeiro-falso

Consiste em apresentar afirmativas, para que sejam indicadas as certas e as erradas.


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Exemplo: Escreva, nos parênteses, a letra C diante das afirmações correctas e a letra E diante
das afirmações erradas:

 Os conteúdos são considerados, arduamente, fins do processo de aprendizagem.


 Atualmente, a aprendizagem deslocou-se do conteúdo para os objetivos a serem
alcançados.
 O conteúdo abrange apenas a organização do conhecimento sobre a base de suas
próprias regras internas de unidade.
 O conteúdo abrange também as experiências educativas no campo do conhecimento,
devidamente selecionadas e organizadas pela escola.

Sugestões para a elaboração de questões do tipo verdadeiro-falso:

 Construir uma lista significativa de afirmações verdadeiras.


 Reescrever cerca da metade delas, para torná-las falsas.
 Fazer as afirmações bem claras.
 Fazer as afirmações abreviadas c mais ou menos do mesmo tamanho.
 Incluir somente uma ideia em cada afirmação.
 Evitar o uso de negativas.
 Evitar afirmações forçadas.

As questões verdadeiro-falso apresentam as seguintes vantagens:

 São puramente objetivas.


 São fáceis e rápidas de elaborar e corrigir.
 Podem medir tanto o raciocínio como a memória.
 Permitem a solução de grande quantidade de itens em pouco tempo, o que faculta ao
professor avaliar uma amostragem relativamente grande de assuntos.
 São aplicáveis a qualquer área do conhecimento.

São as seguintes as desvantagens das questões do tipo verdadeiro-falso:

 Apresentam dificuldade em construir itens completamente verdadeiros ou


completamente falsos.
 Encorajam a adivinhação.
 Não são adequadas para testar assuntos controvertidos.
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b) Múltipla escolha - Consiste em apresentar uma afirmativa incompleta seguida de


vários conceitos. Dentre os conceitos apresentados, o aluno deverá escolher apenas
um, que complete a afirmação, formando uma sentença de sentido verdadeiro.
Exemplo: Para que uma atividade seja bem sucedida é preciso, antes de mais nada:
 Conseguir recursos.
 Planejar a actividade.
 Estabelecer normas e princípios.
 Executar a actividade.

c) Associação - consiste em apresentar duas relações de palavras, frases ou símbolos, para


que os alunos associem os conceitos correlacionados. Exemplo: Enumere a segunda coluna de
acordo com a primeira:

1. Aspecto filosófico ()abrange o como" educar.

2. Aspecto científico () procura definir "o que deve ser a educação"

3. Aspecto técnico () Estabelece o que é a educação.

Para elaborar questões de associação, apresentamos as Seguintes questões:

 Usar apenas conceitos estritamente relacionados.


 Não misturar números, normas e datas na coluna das alternativas.
 Dispor as respostas em coluna, numa secqüência diferente da adotada para as
perguntas.
 •Não incluir palavras claramente erradas na coluna das respostas.
 As questões de associação apresentam as seguintes vantagens:
 São puramente objetivas.
 São fáceis de ser preparadas.
 Reduzem a adivinhação, se os conjuntos forem desequilibrados.

d) Completar lacunas - Consiste em apresentar frases nas quais faltam palavras importantes,
que deverão ser descobertas pelos alunos. Exemplo: Complete a frase abaixo:

A água se compõe de.................. e de.............. e é............... um líquido incolor e inodoro.

Sugestões para a elaboração de questões do tipo completar lacunas:

 Omita apenas as palavras-chaves, para que não haja mais de uma interpretação.
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 Não omita adjetivos e advérbios.


 Só omita verbos quando a compreensão não for prejudicada.
 Não se deve colocar mais de três lacunas numa frase.

As questões do tipo completar lacunas apresentam as seguintes desvantagens:

 É difícil construir itens puramente objectivos.


 Há a tendência em deixar lacunas demais.
 São difíceis de corrigir. Geralmente precisam ser corrigidas pelo próprio instrumento
do assunto.

e) Identificação - Consiste em apresentar um gráfico, diagrama, desenho, esboço, etc., para


que seja reconhecido c identificado o que for pedido. Exemplo: identifique as diferentes
figuras geométricas, escrevendo o nome de cada uma nas linhas em branco, indicadas pelos
números correspondentes.
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3. Conclusão

A avaliação pedagógica de aprendizagem constitui em linhas gerais, operações fundamentais


da avaliação de resultados de ensino.

A função de avaliar tem hoje um lugar preponderante em qualquer operação de planificação


sistemática e nos mais diversos domínios educacionais. Compreende se facilmente o porquê,
num plano modesto ou de grande dimensão, a curto ou a longo prazo, visam se sempre metas
ou objectivos que importam atingirem.

O processo de avaliação visa também orientar o professor na sua relação com o aluno e a
comunidade escolar, permitido desta forma melhorar a qualidade do sistema educativo através
da introdução de alterações curriculares e a escolha de estratégias eficazes de ensino. Para tal,
a avaliação deve ser dinâmica, contínua e sistemática, em toda a sua extensão.
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4. Referências Bibliográficas

BROWN, S., SMITH, B..500 Tipson Assessment, Editorial Presença, Lisboa, 2000.

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica, Avaliação escolar. S. Paulo Cortez Editora, 2008.

PAIS, A., MONTEIRO, M., Avaliação – uma Prática Diária, Editorial Presença, Lisboa,
1996.

RIBEIRO, António Carrilho e CARRILHO, R. Lucie. Planificação e Avaliação do ensino-


aprendizagem. Univesidade Aberta, Lisboa-2003.

NIVAGARA, D. Daniel, Didáctica Geral: Aprender a ensinar, Ensino a Distância, UP-


Maputo, 2011.

PILETTI, Claudino. Didáctica Geral.23ª ed. Editora Ática, São Paulo, 2004.

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