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Avaliação da Aprendizagem
Universidade Save-Sede
Chongoene
2023
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Avaliação da Aprendizagem
Chongoene
2023
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1. Introdução
Segundo o professor Cipriano Carlos citado pelo Libâneo, avaliação é uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o
professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. No âmbito escolar, Libâneo considera
avaliação escolar como um componente do processo de ensino que visa, através da
verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os
objectivos propostos e, dai, orientar a tomada de decisões em relação as actividades didácticas
seguintes
Este capítulo tem como finalidade fazer uma abordagem sobre os aspectos relativo a avaliação
pedagógica de aprendizagem. Procura também identificar o conceito de avaliação, seus
objectivos, funções e tipos, bem como identificar as etapas do processo de avaliação
pedagógica
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1.1.1 Objectivos
a) Geral:
Debruçar acerca da avaliação.
b) Específicos:
Diferenciar os métodos da avalição;
Descrever os tipos e as funções da avalição;
Descrever as técnicas e instrumentos da avaliação.
1.1.2 Metodologias
Segundo Santos (2005), pesquisa bibliográfica consiste em obter informações por meio de
fontes teóricas, ou seja, por meio de material publicado como livros, revistas e artigos
científicos.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Avaliação
Segundo Libâneo (2008), Avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho
escolar tanto do professor como dos alunos. Os dados colectados no decurso do processo de
ensino, qualitativos e quantitativos, são interpretados em relação à um padrão de desempenho
e expressos em juízos de valor (muito bom, bom, satisfatório, etc) acerca do aproveitamento
escolar.
Segundo Pilette (2004), Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar
os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos; tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objectivos, a fim que haja condições de decidir sobre
alternativas do planeamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
A partir dessa definição, que pode-se julgar mais completa, conclui-se que:
a) A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar até que
ponto os objectivos estão sendo alcançados. Identificando os alunos que precisam de
atenção individual e reformulando o trabalho com adoção de procedimentos que
possibilitem sanar as deficiências identificadas.
b) O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o
professor deve informá-lo sobre os objectivos da Avaliação e analisar com ele os
resultados alcançados.
c) A avaliação, sendo um processo contínuo, não é algo que termine num determinado
momento, embora possa ser estabelecido um tempo para realizá-la.
Segundo PCEB, são propostas para avaliação os seguintes métodos: Formal e informal
Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano lectivo, do semestre, da unidade ou
dum novo tema. Esta avaliação deve ser realizada no início de novas aprendizagens em
qualquer momento da aula. Pode concluir-se então que a avaliação diagnóstica tem como
objectivo verificar o domínio de pré-requisitos necessários para aprendizagens posteriores.
Estes pré-requisitos constituem o ponto de partida para estabelecer uma estratégia do PEA
adequada para os alunos, de forma que o professor possa ajudar a todos os seus alunos a terem
o domínio do saber, saber fazer e saber ser/estar correspondentes à objectivos considerados
fundamentais.
Este tipo de avaliação realiza-se continuamente ao longo das aulas. Também tem uma função
formativa, uma vez que dá a conhecer ao professor e ao aluno se os objectivos estão a ser
alcançados, identifica os obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem, permitindo
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A Ana Pais & Manuela Monteiro (1996, pp. 43-49) subdivide este tipo de avaliação no seu
livro intitulado “Avaliação – uma Prática Diária” em duas partes: Avaliação Formativa e
Avaliação Formadora, mas segundo os autores, essas se complementam.
No entanto, uma avaliação formativa no verdadeiro sentido da palavra não resulta sem uma
regulação individualizada das aprendizagens. O que significa que a mudança das práticas de
avaliação deve ser acompanhada por uma transformação do ensino, da gestão da turma, de
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uma atenção especial aos alunos com dificuldades. Uma avaliação formativa, de acordo com
os autores coloca a disposição do professor informações mais precisas, mais qualitativas sobre
os processos de aprendizagem, as atitudes e tudo o que os alunos adquiram. Tendo em conta a
função reguladora, é importante não esquecer que a avaliação não é um fim em si. Daí que
seja essencial discutir e negociar os critérios de avaliação para encontrar soluções e tomar
decisões. Não basta apenas conhecer os critérios da avaliação, há que discuti-los e explica-los.
Portanto, os objectivos e os critérios deverão ser claros e bem entendidos pelos intervenientes.
(PAIS &MONTEIRO, 1996, pp. 46-47). Nunziati no livro de Pais & Monteiro, apresenta
basicamente dois tipos de critérios: Os critérios de realização e os critérios de sucesso.
Faz-se no fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre, semestre, ano
ou curso), portanto, é momento de se medir a distância a que o aluno ficou das metas pré-
estabelecidas, ou seja, avaliar se os objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos.
O importante, em nosso entender, é que a avaliação, contrariamente ao que fazem muitos
professores, não deve servir apenas para «dar notas» aos alunos, classifica-los, mas sim como
um instrumento valioso para condução do PEA. Para o efeito, se impõe ao professor a
realização não apenas da avaliação sumativa, mas cada vez mais da avaliação diagnóstica e
formativa. (Nivagara, s/d, pp. 126-130).
De acordo com L. C. Ribeiro, citado por Pais e Monteiro (1996, p. 49) a avaliação sumativa
pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem,
no sentido de aferir resultados já recolhidos por avaliações de tipo formativo e obter
indicações que permite aperfeiçoar o processo de ensino. A avaliação sumativa complementa
um ciclo de avaliação em que já foram utilizadas a avaliação diagnostica e a Formativa.
Portanto, no decurso do PEA, ela tem uma função formativa, uma vez que permite adequar o
ensino às necessidades de aprendizagem dos alunos. Em suma, a avaliação sumativa constitui
sempre um balanço final, um balanço de resultados no final de um segmento de ensino
aprendizagem. De um modo geral, segundo os autores, pode se dizer que os três tipos de
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avaliação aparecem associados pela complementaridade das suas funções e podem, por isso,
ser utilizados em qualquer altura do ano lectivo.
Segundo LIBÂNEO, avaliação escolar cumpre pelo menos três funções: Pedagógico-
didáctica, diagnóstico e de controlo.
Existem várias técnicas e vários instrumentos de avaliação. Para a avaliação diagnóstica, por
exemplo. Podemos utilizar o pré-teste, o teste diagnóstico, a ficha de observação ou qualquer
outro instrumento elaborado pelo professor. Para a avaliação formativa temos as observações,
os exercícios, os questionários, as pesquisas, etc. E, finalmente, para a avaliação somativa, os
dois tipos de instrumentos mais utilizados são as provas objectivas e as provas subjectivas. Se,
por um lado, as provas objetivas têm a vantagem da precisão e clareza, elas são mais
limitantes do que as provas subjectivas. As provas subjectivas oferecem mais chances ao
aluno para colocar sua opinião, formar conceitos e generalizações.
Ao escolher uma técnica ou instrumento de avaliação deve-se ter presente, portanto, o tipo de
habilidade que se deseja verificar no aluno.
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Neste nível o aluno reproduz o que lhe foi apresentado. Tal objetivo pode ser aprendido
apenas por memória. Veja um exemplo: O ramo da Pedagogia que estuda o aspecto
técnico do processo de ensino-aprendizagem denomina-se:
Psicologia.
Filosofia.
Metodologia.
Didática.
b) Compreensão - Refere-se ao entendimento de uma mensagem literal contida numa
comunicação. Para o nível da compreensão, o aluno não deve somente repetir mas
compreender o que aprendeu, a0 menos de maneira Suficiente para afirmá-lo de outra
forma. Exemplo: "Formule um problema didático com suas próprias palavras
c) Aplicação - Refere-se à habilidade para usar abstrações em situações particulares e
concretas. O estudante é solicitado a usar um método, uma regra ou um princípio para
resolver um problema. O problema deve ser novo. Caso contrário, o aluno pode estar
memorizando soluções e não aplicando princípios. Exemplo: Apresenta-se ao aluno
um problema didáctico para que ele o resolva aplicando os princípios da Didáctica.
d) Análise -Refere-se à habilidade de desdobrar uma comunicação em seus elementos ou
partes constituintes. Exemplo: "Identificar os aspectos relevantes de um problema
didático pedagógico". Para alcançar esse objetivo do aluno deve usar habilidades
citadas nas categorias anteriores. Deve saber o que procurar, compreender os conceitos
envolvidos e aplicar os princípios.
e) Síntese - Trata-se da habilidade para combinar elementos e partes de modo a formar
um todo. Na síntese, cada aluno deve exprimir suas próprias ideias, experiências ou
pontos de vista. Não há apenas uma resposta correta. Qualquer resposta que englobe a
expressão própria e criativa do aluno vai ao encontro do objetivo de síntese. Exemplo:
Capacidade para escrever, de forma criadora, uma história, um ensaio ou uma poesia
sobre a atividade didático-pedagógica.
f) Avaliação - Refere-se à habilidade para fazer um julgamento sobre o valor do material
e dos métodos empregados com o objetivo de alcançar determinados propósitos. O
aluno deve justificar a posição por ela assumida, baseando-se no raciocínio na relação
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dos argumentos. Para ser avaliação e não compreensão ou aplicação, o objectivo deve
sugerir a expressão de um ponto de vista individual. Não pode haver uma única
"resposta correta. Por isso, esse objetivo não pode ser avaliado adequadamente por
itens de múltipla escolha.
a) Verdadeiro-falso
Exemplo: Escreva, nos parênteses, a letra C diante das afirmações correctas e a letra E diante
das afirmações erradas:
d) Completar lacunas - Consiste em apresentar frases nas quais faltam palavras importantes,
que deverão ser descobertas pelos alunos. Exemplo: Complete a frase abaixo:
Omita apenas as palavras-chaves, para que não haja mais de uma interpretação.
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3. Conclusão
O processo de avaliação visa também orientar o professor na sua relação com o aluno e a
comunidade escolar, permitido desta forma melhorar a qualidade do sistema educativo através
da introdução de alterações curriculares e a escolha de estratégias eficazes de ensino. Para tal,
a avaliação deve ser dinâmica, contínua e sistemática, em toda a sua extensão.
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4. Referências Bibliográficas
BROWN, S., SMITH, B..500 Tipson Assessment, Editorial Presença, Lisboa, 2000.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica, Avaliação escolar. S. Paulo Cortez Editora, 2008.
PAIS, A., MONTEIRO, M., Avaliação – uma Prática Diária, Editorial Presença, Lisboa,
1996.
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral.23ª ed. Editora Ática, São Paulo, 2004.