Formações do *Medo de espaços fechados.
Inconsciente: Sintomas
O sentido do sintoma:
*Tal como os atos falhos e os
sonhos, os sintomas neuróticos tem
um sentido que se relaciona com as
experiências dos indivíduos doentes,
ou seja, o sintoma está em conexão
com a vida de quem os produz.
Descoberta:
*Segundo Freud, a descoberta de
que os sintomas neuróticos têm um
sentido coube a Breuer, em seus
estudo e cura bem sucedida da
paciente Ana O.
Interpretação de sintomas:
*Como interpretamos sintomas?
*Pelas associações livres que os
pacientes fazem a partir deles!
*Exemplos de sintomas obsessivos:
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Tarefa do analista:
*A tarefa do analista é descobrir, com
relação a uma ideia sem sentido e
uma ação despropositada, a
situação passada em que a ideia se
justificou e a ação serviu a algum
propósito.
Sintomas “típicos”:
*Existem sintomas típicos
doenças psíquicas.
Exemplos de sintomas típicos da
neurose obsessiva:
*Lavar-se em demasia.
Exemplos de sintomas típicos da
fobia:
*Medo de espaços abertos.
*Medo de ruas longas.
*Medo de ruas estreitas.
Existem diferenças entre pacientes:
*Uns tem medo de ruas estreitas,
outros tem medo de ruas largas.
Sintomas típicos da histeria:
*Vômitos histéricos
*Enxaquecas
Histórias diferentes X mesmos
sintomas:
*Freud observou que diante de
histórias diferentes de seus
pacientes apareciam os mesmos
sintomas (sintomas típicos).
*Ele afirma que as histórias
reveladas pela análise pareciam
apenas pretextos explorados por
uma necessidade interna de produzir
determinados sintomas.
Possível explicação:
*Se os sintomas são dependentes de
experiências pessoais dos
pacientes, talvez, os sintomas típicos
remontem a experiências típicas em
si mesmas – comuns a todos os
seres humanos.
Sonhos típicos:
*Existem também sonhos típicos!
de
*Eles acontecem em todas as
pessoas, da mesma forma e que
oferecem as mesmas dificuldades de
interpretação.
*Ex: Cair, voar, flutuar, nadar,
envergonhar-se, estar nu, etc….
O Inconsciente – Traumas:
*Assim, como mencionado, Freud
sugere que existem experiências
típicas, ou seja, comuns a todos os
seres humanos.
Conferência XXIII: Os
caminhos da formação
dos sintomas.
Definição de sintomas psíquicos:
*São atos, prejudiciais, ou pelo
menos, inúteis à vida da pessoa, que
por sua vez, deles se queixa como
sendo indesejados e causadores de
desprazer ou sofrimento.
*O principal dano que causam reside
no dispêndio mental de energia
psíquica que acarretam, e no
dispêndio adicional que se torna
necessário para lutar contra eles.
Gasto de Energia Psíquica:
*Onde existe extensa formação de
sintomas, estes dois tipos de gasto
de energia psíquica podem resultar
em extraordinário empobrecimento
da pessoa no que se refere à energia
mental que lhe permanece
disponível e, com isso, na
paralisação da pessoa para todas as
tarefas importantes da vida.
Os sintomas são a solução de um
conflito:
*Este conflito surge de uma nova
forma de satisfazer a libido. As duas
forças que entram em luta (impulso e
defesa) encontram-se novamente no
sintoma e se reconciliam, por assim
dizer, através do acordo formado
pelo sintoma.
*É por isso que o sintoma é tão
resistente, ele é apoiado por ambas
as forças em luta.
A libido:
*Um dos componentes do conflito
que produz o sintoma é a libido
insatisfeita. Esta foi repelida pela
realidade e deve procurar outras vias
para satisfação.
*Que caminhos?
*A regressão!
A regressão da libido:
*Se a realidade não oferecer
satisfação, então a libido será
compelida a tomar o caminho
regressivo e a tentar encontrar
satisfação, seja em uma das
organizações que já havia deixado
para trás, seja em um dos objetos
que já havia abandonado.
*A libido é induzida a tomar o
caminho da regressão pela fixação
que deixou atrás de si durante o
desenvolvimento.
Perversão:
*No caso de uma perversão, as
regressões da libido não provocam
repúdio por parte do ego o que faz
com que a libido chegue a uma
satisfação real, embora não mais
uma satisfação “normal”.
Na neurose:
*Se o ego não concordar com essas
regressões, teremos um conflito!
*A libido é interceptada e deve
procurar escapar em alguma
direção, na qual, de acordo com as
exigências do princípio do prazer,
possa encontra uma descarga para
suas catexias de energia.
*Catexizando as fantasias
relacionadas aos pontos de fixação
situados na trajetória de seu
desenvolvimento que estão
reprimidos, a libido se retira do ego e
de seu controle.
*As ideias investidas desta catexia
pertencem ao sistema do
inconsciente e estão sujeitas aos
processos que ali são possíveis.
Deslocamento e condensação.
Estabeleceu-se assim, condições
que se assemelham a formação de
sonhos.
*A ideia reprimida que é investida de
libido tem que contar com a força do
ego pré-consciente.
*A oposição formada contra esta
ideia no ego persegue-a como se
fosse uma anticatexia e compete a
ela escolher uma forma de
expressão da própria oposição.
*A identificação pode provir do
complexo de Édipo; neste caso
significa um desejo hostil, por parte
da menina, de tomar o lugar da mãe,
e o sintoma expressa seu amor
objetal pelo pai, ocasionando
realização, sob a influência do
sentimento de culpa, de seu desejo
de assumir o lugar da mãe: ‘Você
queria ser sua mãe e agora você a é
– pelo menos, no que concerne a
seus sofrimentos’. Esse é o
mecanismo completo da estrutura de
um sintoma histérico.
*No texto Dostoiévski e o Parricídio
(1928[1927]), Freud fornece outro
exemplo de formação de sintoma
histérico baseado numa
identificação. Ele analisa os
sintomas similares a morte de
Dostoiévski em linhas muito
semelhantes às acima descritas e
diz:

*Assim, o sintoma emerge como um *Conhecemos o significado e a

derivado múltiplas vezes distorcido intenção dessas crises semelhantes
da realização de desejo libidinal à morte. Significam uma
inconsciente. Uma peça de identificação com uma pessoa
ambiguidade engenhosamente morta, seja com alguém que está
escolhida, com dois significados em realmente morto ou com alguém que
completa contradição mútua. ainda está vivo e que o indivíduo
deseja que morra. (...) A crise possui
*Está descrição da formação de então o valor de uma punição.
sintomas se refere a histeria. Quisemos que outra pessoa
Exemplos de sintomas histéricos: morresse; agora somos nós essa
outra pessoa e estamos mortos.
*No que diz respeito aos sintomas
histéricos, Freud, em Psicologia de O segundo exemplo mencionado em
grupo e análise do Eu (1924), Psicologia de grupo e análise do ego
apresenta alguns exemplos destes (1925) é o de alguém que
baseados no processo de desenvolve o mesmo sintoma da
identificação. pessoa que é amada, como no caso
Dora, em que ela imitava a tosse do
O primeiro é o de uma menina que pai. Freud diz que, nesse caso, “(...)
desenvolve a mesma tosse só podemos descrever o estado de
atormentadora de sua mãe. De coisas dizendo que a identificação
acordo com Freud: apareceu no lugar da escolha de
objeto e que a escolha de objeto identificação é logo após construída
regrediu para a identificação.” sobre esse ponto e, sob a influência
da situação patogênica, deslocada
*Assim, Freud afirma que pode
para o sintoma que o primeiro ego
acontecer que “(...) a escolha de
produziu. A identificação por meio do
objeto retroaja para a identificação
sintoma tornou-se assim o sinal de
(...)”, já que “(...) a identificação
um ponto de coincidência entre os
constitui a forma mais primitiva e
dois egos, sinal que tem de ser
original do laço emocional.” Desta
mantido reprimido.
forma, “(...) o ego assume as
características do objeto.” *Freud conclui, a partir dos exemplos
citados, que a identificação nos
*Freud afirma então que “(...) nessas
sintomas histéricos observados é
identificações, o ego às vezes copia
“(...) parcial e extremamente
a pessoa que não é amada e, outras,
limitada, tomando emprestado
a que é.”
apenas um traço da pessoa que é
O terceiro exemplo dado por Freud é objeto dela.”
o caso no qual a “(...) identificação é
baseada na possibilidade ou desejo
de colocar-se na mesma situação.”
Neste caso, “(...) a identificação
deixa inteiramente fora de
consideração qualquer relação de
objeto com a pessoa que está sendo
copiada.”
Freud diz:
*Suponha-se, por exemplo, que uma
das moças de um internato receba
de alguém de quem está
secretamente enamorada uma carta
que lhe desperta ciúmes e que a ela
reaja por uma crise de histeria.
Então, algumas de suas amigas que
são conhecedoras do assunto
pegarão a crise, por assim dizer,
através de uma infecção mental. (...)
As outras moças também gostariam
de ter um caso amoroso secreto e,
sob a influência do sentimento de
culpa, aceitam também o sofrimento
envolvido nele.
Ainda segundo Freud:
*(...) um determinado ego percebeu
uma analogia significante com outro
sobre certo ponto (...). Uma