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ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

Classificação

1. Quanto ao mecanismo
- Mecânica
- Funcional (distúrbio da motilidade – íleo paralítico)
2. Quanto ao grau
- total
- Parcial
3. Quanto à gravidade
- Simples – não tem isquemia
- Estrangulada
4. Quanto à localização
- Alta (delgado) – proximal à válvula ileocecal
- Baixa (grosso)

Obstrução – isquemia – necrose – perfuração – peritonite

ETIOLOGIA

1. Alta
1º Bridas
- Dx clínico + radiológico (nem sempre precisa de TC) – empilhamento de moedas ou
nível hidroaéreo
- Tratamento conservador || se não houver melhora em até 48h  laparotomia
2º Neoplasias
- Normalmente metastáticas
3º Hérnias
- Mais comum em idosos
- A hérnia mais comum é a inguinal, mas a que mais estrangula é a femoral
- Hérnia encarcerada  cirurgia imediata
- Se < 6 a 8h de evolução, paciente de alto risco cirúrgico = tentativa de redução
manual
- Se houver sinais de isquemia ou perfuração  contraindicado o uso de telas
sintéticas para correção (opções: bassini, Mc vay, shouldice)
4º outras causas: volvo gástrico e intestinal; invaginação intestinal; doença de crohn;
íleo biliar(fístula da vesícula para o duodeno que permite a passagem de calcula que
impacta no íleo); síndrome da artéria mesentérica superior (sind. Wilkie); divertículo
de meckel; corpos estranhos, parasitas, doença infecciosa do intestino delgado
(tuberculose); abscesso intra-abdominal

*Tríade de rigler: padrão de obstrução alta; cálculo ectópico (imagem radiopaca


normalmente em íleo direito); aerobilia;

2. Baixa  85% ocorre por obstrução de cólon esquerdo


1º Neoplasia colorretal
2º Volvo de sigmoide
3º Outras causas: fecaloma; volvo de ceco; corpo estranho; diverticulite aguda;
intussuscepção (adenocarcinomas); hérnias; doença inflamatória (RCU)

- Risco de perfuração de ceco (>11 cm)

- Mais comum em idosos (60 a 80 anos)

- Antecedente de alteração do hábito intestinal, emagrecimento, sangramento retal

- Dor e distensão abdominal aguda e subaguda

- Parada de eliminação de fezes e flatos (completa)

- Vômitos fecalóides e tardios = válvula ileocecal incompetente

- Toque retal pode identificar neoplasias de canal anal e reto distal

- A maioria tem indicação de tto cirúrgico


CLÍNICA

- Dor e distensão abdominal

- náuseas e vômitos

- parada de eliminação de flatos e fezes

- alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica

- sinais sistêmicos

- timpanismo

- ruídos aumentados (timbre metálico)

- cicatriz abdominal

EXAME FÍSICO

 Obrigatório toque retal

LABORATÓRIO

- Hemograma: leucocitose/ anemia

- Eletrólitos: hipocalemia, hipocloremia e hiponatremia

- gasometria arterial: alcalose metabólica  acidose metabólica (se evoluir com isquemia
intestinal)

- Lactato sérico: isquemia intestinal

**Alcalose metabólica hipoclorêmica hipocalêmica  vômitos


EXAMES RADIOLÓGICOS

- Rotina radiológico de abdome agudo  RAIO-X (tórax AP, abdome em pé e deitado)

* Abd em pé  níveis hidroaéreos

- Obstrução alta: empilhamento de moedas

- Obstrução alta: volvo de sigmoide, aumento das austrações

- TC de abdome  diagnóstico etiológico

Medidas de suporte

- Jejum

- SNG: descompressão do TGI

- Hidratação endovendosa

- Correção de distúrbios hidroeletrolíticos

- Analgesia

- Antibióticos: a princípio só há indicação de fazer antibióticos nos pacientes com indicação de


tratamento cirúrgico (profilaxia) ou na presença de complicações.

- Definir tratamento conservador x cirúrgico

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