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Transtorno Ansioso

e Depressivo

Transtornos de Ansiedade

Finalidade:

Ide ntificar as manife staçõe s clínicas de ansie dade , distinguindo a ansie dade normal da ansie dade
patológica, e reconhecer os diversos tipos de tratamento para os transtornos ansiosos.

Objetivos:
• identificar as manifestações clínicas de ansiedade;
• distinguir ansiedade normal e ansiedade patológica;
• analisar os diversos tipos de tratamento dos transtornos ansiosos.
Índice
Índice............................................................................................................................. 1

Introdução..................................................................................................................... 2
1. Concluindo....................................................................................................... 2

Transtornos Ansiosos.................................................................................................... 3
1. Concluindo....................................................................................................... 4

Manifestações Clínicas da Ansiedade.......................................................................... 4


1. Ansiedade Normal............................................................................................ 4
2. Ansiedade Patológica...................................................................................... 5
3. Concluindo....................................................................................................... 6

Tipos de Transtornos Ansiosos..................................................................................... 6


1. Transtornos de Ansiedade de Separação........................................................ 6
2. Transtorno de Ansiedade Generalizada...........................................................7
3. Fobias Específicas.............................................................................................8
4. Transtornos de Ansiedade Social (Fobia Social)............................................. 9
5. Transtornos de Pânico......................................................................................10
6. Agorafobia.........................................................................................................10
7. Concluindo....................................................................................................... 11

Transtorno de Estresse Pós-Traumático e Transtorno Obsessivo-Compulsivo.......... 11


1. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).............................................. 11
2. Transtorno Obsessivo-Compulsivo................................................................. 12
3. Concluindo....................................................................................................... 12

Tratamento.................................................................................................................... 13
1. Concluindo........................................................................................................13

Considerações Finais.................................................................................................... 14

Referências Bibliográficas............................................................................................ 14

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Introdução

Dife re nciar o normal e o patológico se mpre foi algo muito discutido. Quando os sintomas são muito
presentes e de longa duração, essa denominação é mais fácil. Porém, em muitas situações, isso é limítrofe,
e essa dificuldade não é só encontrada quando tentamos entender a psicopatologia; ela, na verdade, é um
dilema de toda a área da saúde.
Tal problemática foi amplamente abordado por Georges Canguilhem (1978) na obra O Normal e o
Patológico e permanece em destaque quando entramos na área da saúde mental. Aqui, vamos visitar
esse tema pela ótica da psicopatologia moderna, com a visão atual dos transtornos depressivos e de
ansiedade.

Estudos demostram que 35% da população geral de países


ocidentais apresenta algum transtorno mental ao longo da vida1.

No Brasil, Almeida Filho et al. (1997) mostraram estudos que


afirmam que entre 31 a 51% da população brasileira
apresentará durante a vida pelo menos um episódio de
transtorno mental, e de 20 a 40% dessa população
precisará de tratamento em virtude dessas patologias.

Figura ilustrativa sobre os estudos realizados da população mundial e do Brasil.

Note que as informações apresentadas são fundamentais para o entendimento dos impactos das doenças
mentais na população; além disso, elas demonstram a relevância em estudar a área da psicopatologia a
fim de auxiliar um grande número de indivíduos atingidos nessa prevalência de grande repercussão.
Atualme nte , e xiste m dois siste mas de classificação dos transtornos psiquiátricos: o DSM-V (Diagnostic
and Statiscal Manual of Mental Disorders) e o CID-10(Classificação Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde). Neste curso, vamos seguir as especificações diagnósticas do DSM-V.

Concluindo
Os transtornos psiquiátricos atualmente são uma preocupação crescente no cenário patológico mundial.
Assim se ndo, na formação de profissionais capacitados e m saúde me tal, de monstra-se cada ve z mais
importância ao atendimento dessa população.

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Transtornos Ansiosos

O infográfico a seguir apre se nta os re sultados de um e studo sobre transtornos de ansie dade realizado
pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Analise-o atentamente:

Segundo a Organização Mundial de


Saúde (OMS), em estudo divulgado em
fevereiro de 2017, existem 264
milhões de pessoas no mundo com
diagnóstico de transtorno de ansiedade,
o que corresponde a aproximadamente
3,6% da população mundial.

O Brasil é o país com a maior taxa de


Outros estudos mostram que os pessoas com transtornos ansiosos do
transtornos ansiosos são a patologia mundo, sendo que 9,3% dos brasileiros
mental mais comum tanto em crianças possuem algum tipo dessa patologia
(cerca de 9%) quanto na vida adulta (18,6 milhões de pessoas),
(com até 15%). tornando-se, assim, um problema de
saúde pública.

Figura ilustrativa do estudo sobre transtornos de ansiedade divulgado pela OMS.

Tais transtornos são carate rizados por um grupo de morbidade s que têm como principais sintomas a
ansiedade e o medo.
Os sintomas ansiosos com compone nte s físicos e e mocionais (tre mor, taquicardia, sudore se , agitação,
insônia, apreensão, preocupação, irritabilidade, entre outros) são muito corriqueiros na vivência clínica.
Comumente, todo indivíduo em sua vida já passou ou vai passar pela sensação de medo, que se caracteriza
pe lo re ce io de um obje to re al que pode lhe faze r mal ou causar ansie dade , que é um se ntime nto
desagradável de apreensão e tensão de antecipação de que alguma coisa ruim pode acontecer. Esses são
sentimentos naturais e normais da natureza humana.

Mas se esses sentimentos são normais, como podemos saber quando eles se referem a uma
doença?

? Ansie dade e me do passam a se r conside rados patológicos quando são de sproporcionais e m


relação à situação vivenciada e interferem diretamente na qualidade de vida e no equilíbrio
pe ssoal, faze ndo com que o indivíduo te nha dificuldade e m re alizar açõe s normais de se u
cotidiano.

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Saiba Mais
Atualmente, além dos componentes de desenvolvimento para o aparecimento do transtorno,
por exemplo um trauma, acredita-se que outros componentes, como o fator hereditário, possam
ser associados ao aparecimento de desordens emocionais.

Concluindo
A pre valência de transtornos ansiosos no Brasil e no mundo de monstra a importância do te ma e da
contínua pesquisa e tratamento para essa população.

Manifestações Clínicas da Ansiedade

São muito normais as dúvidas sobre a ansiedade ser considerada uma reação normal do dia a dia e quando
ela pode ser um doença com diversas manifestações, intensidades e prejuízos na vida da pessoa.

Ansiedade Normal
É um estado de medo ou sentimento subjetivo de apreensão e angústia, manifestado por várias alterações
autonômicas.

É um sentimento humano frente a situações novas e funciona como um sinal de alerta, desencadeando
reações defensivas (palpitação, diarreia, entre outras), mas sempre de forma suportável e passageira. É
um sentimento produtivo, defensivo contra o estresse, acabando por ser semelhante ao medo, só que não
possui objeto real.

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Ansiedade Patológica
É uma resposta inadequada a uma percepção ou estímulo que paralisa o indivíduo ou o faz agir de forma
caótica; com isso, ocorrem dificuldades para adaptação a situações e ao ambiente.
Uma caraterística importante para a identificação do transtorno ansioso de outras patologias é que seus
sintomas são primários, não sendo, portanto, derivados de outras morbidades psíquicas, como depressão,
psicoses e outros transtornos psiquiátricos.
Isso que r dize r que outras patologias psíquicas também apre se ntam sintomas ansiosos e não são
transtornos ansiosos de base , pois faze m parte de outro conjunto de sintomas, como, por e xe mplo,
percepção de ansiedade ao entardecer do dia em um paciente que tenha depressão.
Entretanto, em alguns casos, quando é difícil identificar quais são os sintomas primários, o paciente pode
apresentar uma comorbidade (mais de um patologia ao mesmo tempo) de diagnósticos.

Quando comparamos a e vidência da patologia ansiosa e ntre os gêne ros, a distribuição no


i ge ral é e quivale nte , e ape nas o transtorno de pânico e o e stre sse pós-traumático têm maior
predominância no sexo feminino.

Assista ao vídeo abaixo que aborda a distinção entre a personalidade ansiosa e patologias ansiosas.

Ansiedade e Depressão
https://player.vimeo.com/video/742261054?h=0ec4d81772

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Em te rapia, no mome nto da anamne se (e ntre vista inicial), é muito importante le vantar o histórico
completo e minucioso do paciente, detalhando os seguintes temas:

1 Início dos sintomas

2 Fatores desencadeantes

3 Desenvolvimento

4 Temperamento

5 Apoio familiar

6 Sintomas presentes

7 Outras doenças associadas

Imagem esquemática dos temas a serem detalhados no momento da anamnese.

O tratame nto mais usual é re alizado de mane ira multidisciplinar, com tratame nto psicológico e
psiquiátrico, com uso de medicação (quando o psiquiatra achar necessário) para manejo dos sintomas
mais exacerbados. Para o tratamento de crianças e adolescentes, é muito importante o apoio aos pais.

Transtornos de Ansiedade e Depressão - Avaliação inicial


https://player.vimeo.com/video/742264272?h=2a7973b77a

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Concluindo
A diferenciação dos sintomas de ansiedade normal e da ansiedade patológica é muito importante para
a busca de ajuda especializada e tratamento eficaz.

Tipos de Transtornos Ansiosos

Transtornos de Ansiedade de Separação


Na classificação atual (CID-10 e DSM-V), o transtorno de se paração mante ve -se na se ção de infância e
adolescência.
Caracte riza-se transtorno de ansie dade de se paração o sintoma ansioso e xace rbado e m re lação
ao afastame nto da figura de ape go (pai, mãe ou substituto), le vando e m conta o se u e stágio de
desenvolvimento.

O pacie nte (normalme nte criança ou adole sce nte ) apre se nta pre ocupação exce ssiva da possíve l pe rda
dessa figura de apego e tem dificuldade de sair de casa ou ficar sozinho, com perda significativa em seu
cotidiano social, escolar ou profissional.
Além dos sintomas psíquicos de ansie dade e me do e xtre mos, a ante cipação da se paração pode ge rar
sintomas físicos, como cefaleia (dor de cabeça), dor abdominal, náusea e vômitos. Há também casos de
sintomas cardiovasculares, como tontura, palpitações e sensações de desmaio.
Normalmente, consideram-se os pacientes como pessoas medrosas, afetando também a autoestima.

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i Para o diagnóstico, esses sintomas precisam persistir por quatro ou mais semanas

Na anamne se , é muito comum e ncontrar adultos com outros transtornos de ansie dade , os quais, na
infância, foram diagnosticados com transtorno de ansiedade de separação. Assim, esse transtorno acaba
sendo um fator de risco para o desenvolvimento de outras patologias psíquicas.

Transtorno de Ansiedade Generalizada


O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é definido pela presença do sintoma ansioso exacerbado na
maior parte do dia, com características psíquicas, como angústia, tensão, preocupação ou irritabilidade;
sintomas físicos, como dor de cabeça, tremores, dificuldade para relaxar, sensação de fadiga, palpitações,
sudorese, vertigem, ondas de calor ou frio, urgência urinária e falta de ar; e sintomas de hipervigilância,
como irritabilidade, insônia e dificuldade de concentração, com duração de mais de seis meses.
No quadro de TAG, o paciente apresenta uma expectativa negativa de que alguma “coisa ruim” vai acontecer
com ele ou com pessoas próximas, ou que acontecerá algum problema no trabalho ou nos estudos.

Um fato curioso desse transtorno é que, pelos fortes sintomas físicos, o paciente inicia sua investigação com
outros médicos, como o cardiologista quando os sintomas são de palpitação, ou com o gastroenterologista
quando relacionados ao sistema digestório. É claro que todo sintoma precisa ser averiguado antes de ser
atribuída a ansiedade; contudo, esse fato faz com que haja demora em atribuir esses sintomas à parte
psíquica, atrasando o tratamento e, consequentemente, a melhora dos sintomas.

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Fobias Específicas
Fobias específicas são medo ou ansiedade excessivos, com comportamento de esquiva por um objeto ou
situação, sendo esse medo ou ansiedade desproporcional em relação ao perigo real. Existem fobias que
podem gerar prejuízo social, profissional ou em áreas significativas na vida da pessoa.
Quando em contato com essas situações, a pessoa pode apresentar sintomas físicos, como falta de ar,
palpitações, tontura e tremores (com piora dos sintomas), chegando até mesmo a ataques de pânico.

Ape sar de sintomas pare cidos, as fobias pode m se r classificadas por tipos dife re nte s como: animais,
situacionais (locais fe chados, e le vadore s, e ntre outros), sangue e fe rime ntos e e stímulos ambie ntais,
entre outras.
As fobias específicas são diferenciadas dos medos normais por serem em intensidade muito maior que o
esperado. Você pode conferir as fobias mais comuns na Tabela 1 a seguir:

TABELA 1 - Fobias mais comuns

Glossofobia Falar em público

Agorafobia Locais cheios

Catsaridafobia Baratas

Claustrofobia Lugares fechados

Nictofobia Noite ou escuro

Aracnofobia Aranhas

Hematofobia Sangue

Hidrofobia Água

Aicmofobia Agulha

Tabela 1. Fonte: Tabela produzida pelo autor.

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Encontramos também fobias mais raras, que estão explícitas na Tabela 2.

TABELA 2 - Fobias mais raras

Alectorofobia Galinhas

Androfobia Homem

Eclesiofobia Igreja

Catagelofobia Passar ridículo

Coulrofobia Palhaços

Ablutofobia Banho

Pogonofobia Barbas

Automatonofobia Bonecos de ventríloquos

Tabela 2. Fonte: Tabela produzida pelo autor.

Transtornos de Ansiedade Social (Fobia Social)


O transtorno de ansiedade social é caracterizado pelo medo persistente e intenso de ser observado por
outras pessoas e de seu julgamento negativo

É normal existir dúvida sobre esse conceito quando pensamos que a maioria das pessoas se sente nervosa
frente a uma situação de exposição, tal como fazer um trabalho na frente da turma da escola ou em uma
apresentação no trabalho. Nesses casos, se a ansiedade é controlada, não é considerada patológica. Nas
situações em que os sintomas são demasiadamente intensos ou incapacitantes, com perda funcional em
seu cotidiano, o transtorno é diagnosticado.

Apesar de o próprio paciente perceber que essa reação é exacerbada, ele mesmo não consegue controlar.
Normalmente por se iniciar na adolescência e se prolongar por toda a sua vida, impacta em situações
pontuais, como falar em público, ou de forma generalizada, quando a pessoa quase não suporta contato
social.
A simples antecipação do estímulo negativo já é suficiente para iniciar os sintomas psíquicos, que podem
também ser de ordem física, como palpitação, falta de ar, tremor e sudorese, e ser presente em outras

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comorbidades, como ataque de pânico. Entretanto, não é considerado transtorno de pânico quando as
crises são relacionadas com contato social.
Outras patologias também podem ser relacionadas a esse transtorno, como depressão ou uso abusivo de
bebidas ou ansiolíticos.
O impacto na vida cotidiana pode ser muito grande pensando nas diversas situações em que isso pode
ocorrer, tais como falar, beber e comer na frente de outras pessoas, conversar com estranhos, falar com
pessoas do sexo oposto, escrever e assinar em público, chamar a atenção para si, usar banheiros públicos,
manter contato visual etc.

Transtornos de Pânico
Crise ou ataque de pânico são crises de angústia súbitas, atingindo o nível máximo de intensidade em
aproximadame nte de z minutos, com duração e ntre 15 e 30 minutos, com forte de scarga no siste ma
autônomo, o que pode ge rar sintomas de palpitação ou taquicardia, falta de ar, se nsação de asfixia,
sudorese, tremor, formigamento ou perda de sensibilidade, ondas de calor ou calafrios, tontura, náusea
ou de sconforto abdominal, de sre alização, de spe rsonalização e me do de pe rda do controle ou morre r,
medo e angústia crescente, com a forte sensação de que algo ruim vai acontecer.

Para se r de finido como um transtorno de pânico, e ssas crise s pre cisam se r re pe titivas e
i inesperadas, com mais de três ataques em um mês. O paciente, por sua vez, sente uma grande
preocupação de ter um novo ataque, o que, em muitas situações, ocasiona a própria crise.

Agorafobia
Em linhas ge rais, agorafobia é de scrita como o me do de se ntir me do. É carate rizada pe lo me do ou
ansiedade intenso, desencadeado pela exposição real ou antecipatória a diversas situações exemplificadas
no infográfico a seguir:

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Uso de transporte Permanecer em Permanecer em Permanecer em Sair de casa


público, como locais abertos. locais fechados, filas no meio de sozinho.
ônibus, metrô, como lojas, multidão.
trens ou avião. cinemas e teatros.

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Ne ssas situaçõe s, a pe ssoa vive ncia alguns dos sintomas de pânico, como tontura, de smaio e vômito,
além de sintomas inflamatórios intestinais e medo de morrer.
Na agorafobia, alguns dos principais componentes são a evitação dessas situações e a preocupação de
ocorrer alguns desses males ou descontrole em locais públicos. Dessa forma, o paciente evita sair sozinho,
ficando sempre dependente de outras pessoas, e/ou sempre possui medicação para uma possível crise.
Nessa morbidade, a ansiedade antecipatória, que é sensação de medo na iminência de estar em conta
com uma dessas situações, é um dos principais critérios de diagnóstico.

Concluindo
Para o profissional de saúde , é muito importante sabe r distinguir o sintoma do transtorno ansioso de
outros sintomas diferentes, identificando seus diversos tipos e ajudando no melhor encaminhamento e
tratamento.

Transtorno de Estresse Pós-Traumático e Transtorno


Obsessivo-Compulsivo
Com a nova atualização, o DSM-V retira o transtorno de estresse pós- traumático e o transtorno obsessivo-
compulsivo do e ixo dos transtornos de ansie dade , criando e ixo próprio para ambos. Assim, para um
entendimento amplo das patologias ansiosas, é importante descrevê-las.

Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)


As caracte rísticas do transtorno de e stre sse pós-traumático são agitação e hipe rvigilância, além de
pensamentos obsessivos após situações de perigo real, desencadeando sintomas emocionais de temor
inte nso e angústia, sintomas físicos e m pe ríodo acordado e pe sade lo durante o sono, com conte údo
relacionado à vivência traumática.

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O pacie nte com TEPT vive ncia o e ve nto traumático e m várias situaçõe s do se u dia com pe nsame ntos
intrusivos, e a correlação com o evento também pode ser desencadeada com reações físicas e emocionais,
apresentando dificuldade em manter seu cotidiano normal.

Pessoas que já passaram por situações de risco, como acidente de carro, assalto, entre outras,
i podem ficar assustadas quando ouvem uma freada de carro ou ficam mais alertas quando saem
na rua, o que é considerado normal. Para o diagnóstico de TEPT, esses sintomas devem passar
de um mês e levar prejuízo para sua vida normal.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Ele é caraterizado pela obsessão ou compulsões recorrentes suficientemente graves a ponto de consumir
tempo ou causar sofrimento acentuado ou prejuízo significativo.
Como o próprio nome se re fe re , no TOC existe m dois compone nte s importante s para se u diagnóstico:
o primeiro é a obsessão, que se define por pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes intrusivos e
desagradáveis que causam grande nível de ansiedade; o segundo é a compulsão, que são comportamentos
ou atos mentais repetitivos necessários para amenizar a resposta à obsessão, minimizando a ansiedade
ou evitando que algo ruim aconteça.
De ssa forma, um é a re sposta do outro. Enquanto a obse ssão causa mal- e star e mocional, os rituais
compulsivos (sempre exagerados, irracionais e mágicos) servem para minimizar o desconforto emocional,
porém sem ganho.

Todas as pe ssoas, e m algum mome nto da vida, já se pre ocuparam se a jane la foi de ixada abe rta ou a
porta foi fechada. No caso do TOC, a pessoa destina horas checando portas e janelas todos os dias e ela
acredita que se isso não for feito da maneira correta e em uma ordem pré-estabelecida, alguém vai sofrer
um acidente. Ou a mão está suja e deve ser lavada de maneira compulsiva até apresentar feridas. Tais
exemplos são importantes para demostrar a intensidade e gravidade dos sintomas do TOC.

Concluindo
Apesar de atualmente esses dois transtornos estarem em classificações diferentes no DSM-V, ambos ainda
são morbidades com muitos sintomas e características ansiosas e devem ser identificados para um melhor
tratamento.

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Tratamento

Em todas as patologias ansiosas, o tratamento psicológico é recomendado como um ponto de ajuda para
minimizar os comportamentos e ajudar na ansiedade.

Em algumas patologias, como a fobia social ou a fobia específica, existem tratamentos psicológicos mais
diretos, como a dessensibilização progressiva, técnica psicológica da linha comportamental, que consiste
e m e xposição gradual do contato com o e stímulo fóbico para de se nvolve r o controle do me do até a
extinção deste comportamento. Combinada com outras técnicas, ela se mostra o tratamento mais eficaz.
Em outros casos, como o transtorno de ansie dade de se paração, o tratame nto pode se e ste nde r para
orientações para a escola, e o apoio familiar é direcionado para ajudar em metas de autonomia, reforçando
as compe tências e conquistas. De forma comple me ntar, o tratame nto e lucida carate rísticas e dúvidas
sobre esse transtorno.
O uso de medicação (quando recomendado pelo médico) para o tratamento desses transtornos pode variar.
Em alguns casos, como nas fobias, ele não é muito recomendado; porém, em outros, como na ansiedade
generalizada, o uso de medicação se faz necessário quando os sintomas são graves e com grande impacto
no cotidiano do paciente. Normalmente, usa-se ansiolítico para controlar e aliviar sintomas. Em período
de latência do antidepressivo, o uso dessa medicação é considerado o tratamento mais eficaz e seguro
para tal tipo de transtorno.

Concluindo
Atualme nte , e xiste m dive rsos tratame ntos para e sse tipo de doe nça, e e le s são dife re nte s para cada
tipo de transtorno ansioso, de vendo ser de vidamente reconhecidos para o melhor encaminhame nto e
tratamento.

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Considerações Finais

Os transtornos ansiosos podem ter várias características e manifestações. No Brasil, entre as suas causas,
agravam-se as de natureza socioeconômicas, como pobreza, desemprego e, de forma mais global, a vida
nas grandes cidades, que acabam por acarretar grande sofrimento pessoal, econômico e social nas pessoas
acometidas, tornando-se um problema de saúde pública, pois é a patologia emocional de maior incidência
na população geral. Dessa forma, conhecer a fundo sintomas e tratamento torna-se imprescindível para
os que atuam, seja com o enfoque que for ou com a frequência que for, com a saúde, em vias gerais.

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