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A motivação de estudantes de ELE em uma turma de terceira série do

ensino médio, numa Escola Pública integral Técnica da Paraíba.


É POSSÍVEL APRENDER ESPANHOL, A MOTIVAÇÃO É A CHAVE.

Francisgleik Santos Vieira

Projeto de Pesquisa apresentado à


disciplina Metodologia de pesquisa, como
requisito parcial para elaboração da
monografia do curso de Letras Língua
Espanhola da UFCG.

UFCG
CAMPINA GRANDE
Fevereiro - 2022
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.........................................................................3

2- OBJETIVOS.............................................................................4

3- JUSTIFICATIVA.......................................................................5

4- REVISÃO TEÓRICA................................................................7

5- METODOLOGIA......................................................................11

6- CRONOGRAMA.......................................................................12

7- BIBLIOGRAFIA.........................................................................13

8- ANEXOS (opcional).................................................................14
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1-INTRODUÇÃO

(O QUE É O TEMA?)

Na introdução o aluno deverá explicar o assunto que deseja desenvolver.

 Desenvolver genericamente o tema

 Anunciar a idéia básica

 Delimitar o foco da pesquisa

 Situar o tema dentro do contexto geral da sua área de trabalho

 Descrever as motivações que levaram à escolha do tema

 Definir o objeto de análise: O QUÊ SERÁ ESTUDADO?


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2- OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

A pesquisa a ser realizada pretende identificar, descrever e analisar a

motivação dos alunos de uma ECIT (Escola Cidadã Integral Técnica), como um

dos fatores que incidem no processo de aquisição de uma LE, no contexto do

ensino público no estado da Paraiba, durante a fase de conclusão do ensino

médio técnico profissionalizante.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Identificar as motivações dos aprendizes de ELE de uma turma de 3ª série

do ensino médio em uma escola pública integral da Paraiba.

 Descrever as motivações dos aprendizes de ELE no processo de

aprendizagem-aquisição dessa língua.


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3- JUSTIFICATIVA

Se pensarmos a concepção de língua, não apenas como um sistema complexo e

que deve ser utilizado de maneira formal, mas principalmente como ferramenta

necessária de comunicação, responsável por uma interação comunicativa,

acreditamos que o aluno que estuda uma língua estrangeira não pode apresentar

apenas postura passiva em sala de aula. É necessário que ele construa

habilidades que o atraiam e o motivem nesse processo, que ele tenha

curiosidade e vontade de aprender, fazendo assim, sentido para sua vida.

No contexto escolar, é comum sentir por parte de alguns professores, no que se

refere as motivações e interesses dos alunos por disciplinas que abordam o

ensino de LE, uma baixa desenvoltura, fazendo com que esses momentos sejam

apenas exaustivos e pareçam obrigatórios. "Alguma coisa parece não estar

funcionando bem", dizem os professores.

A literatura especializada aponta diversos fatores que incidem no processo de

aprendizagem-aquisição de uma LE. Esses fatores pertencem a dois grandes

grupos: os externos, que se situam fora do aluno (a abordagem de ensino do

professor, sua motivação para ensinar, seu domínio da língua que ensina, a
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escolha de materiais didáticos...) e os internos que têm a ver com o aprendiz

(atitude, aptidão, idade, estilo de aprendizagem e motivação).

A motivação dos estudantes de LE vem sendo estudada há alguns anos

(KRASHEN (1982); BZUNECK (2005) BORUCNOVITCH, (2007), GARDNER,

2007..., ENTRE OUTROS).

Esta pesquisa tem relevância teórica inegável na medida em que pode contribuir

para os estudos do papel desta variável no processo de aprendizagem. No plano

prático, seus resultados podem servir de subsídio para propostas didáticas mais

adequadas para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos.


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4- REVISÃO TEÓRICA

Um dos pontos mais importantes e prazerosos ao desenvolver uma aprendizagem de

excelência em LE é aprendermos o quê e quando gostamos. Os resultados tendem a

aparecer mais rápido, uma vez que estamos motivados a fazer, continuar fazendo e

buscar fazer cada vez melhor, já que essa ação nos traz satisfação.

Segundo Vernon, (1973), [...] a motivação é encarada como uma espécie de força

interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes.

Contudo, é evidente que motivação é uma expe-riência interna que não pode ser

estudada diretamente”.(VERNON, 1973, p.11).

O significado etimológico da palavra motivo foi extraído do latim “movere motum”, e


significa aquilo que faz mover. “Em consequência, motivar significa provocar
movimento, atividade no indivíduo” (CAMPOS, 1987, p.108).
No sentido funcional, motivo pode ser definido como uma condição interna,
relativamente duradoura, que leva o indivíduo ou que o predispõe a persistir num
comportamento orientado para um objetivo, possibilitando a satisfação do que era
visado (CAMPOS, 1987, p. 109).

Para Nérici, (1993) motivação é compreendida como o processo que se desenvolve no


interior do indivíduo e o impulsiona a agir, mental ou fisicamente, em função de algo. O
indivíduo motivado encontra-se disposto a despender esforços para alcançar seus
objetivos (NÉRICI, 1993, p. 75).

Existem dois tipos pensamentos teóricos sobre motivação: a intrínseca e a extrínseca.


A primeira é aquela que parte do próprio individuo, ou seja, de seus desejos e
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realizações pessoais. Já a segunda é provocada por acontecimentos externos que,
consequentemente, estará auxiliando a construção da motivação intrínseca
(RODRÍGUEZ, 2006). Como diz Eccheli “(...) todo evento que aumentar a percepção da
própria competência ou proporcionar um feedback positivo acerca da performance
numa dada atividade, tenderá a aumentar a motivação intrínseca (ECCHELI, 2008,
p.202).”

Gardner (2007) diferencia motivação relacionada à aquisição de uma segunda língua


em duas classes: a aprendizagem motivada por impulsos pessoais e aquela gerada a
partir da sala de aula. Segundo ele, a primeira classe caracteriza-se pela busca do
aprendiz em estar em constante aprendizado, aproveitando qualquer oportunidade para
aprender ou reforçar algo que já tenha aprendido. Já a segunda classificação terá a
influência de todos os participantes no contexto escolar, das próprias características
dos estudantes, da metodologia e conhecimento do professor, entre outros fatores.

Aprender sem motivação é algo totalmente ilusório. Estar motivado nos auxilia a querer
aprender e a buscar conhecimento. Portanto, proporcionar atividades que auxiliem na
motivação extrínseca para que a intrínseca possa surgir é fundamental. Isso permitirá
que o aluno busque por si próprio o conhecimento e tenha um aprendizado prazeroso e
verdadeiro. Além disso, saber que se está aprendendo é muito gratificante e acontecerá
se eles buscarem.

Eccheli, (2008) observa uma interrelação entre a motivação extrínseca e a intrínseca,


como se observa na seguinte citação:

Contudo, existe ainda a possibilidade da aprendizagem extrinsecamente


motivada conduzir à motivação intrínseca, na qual o aluno, ao sair da escola,
continuaria buscando informações para compreender o mundo em que vive,
possibilitando-lhe uma atitude crítica frente aos fatos e consequentemente
maior autonomia. (ECCHELI, 2008, p.204)
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Nesse mesmo sentido, Falcão (2001) lembra que:
(...) a grande aspiração da escola deve ser o desenvolvimento, na criança, de
motivação intrínseca ao estudo e ao saber (...). No entanto, quantas vezes o
que se consegue é tornar o estudo apenas meio para a obtenção de uma
nota, de um elogio, de um presente, ou o que é pior, meio para evitar um
castigo ou uma surra!” (FALCÃO, 2001, p.65).

Mas como motivar o aluno? Como estimular a motivação intrínseca? Não é uma tarefa
fácil! Contudo necessária! O professor necessita criar um ambiente onde o aluno se
sinta confortável para errar, mas que veja resultados em seu aprendizado e que tudo
isso faça sentido em sua vida. É importante o desenvolvimento de atividades que
despertem a curiosidade do discente e que estejam adequadas ao nível de
conhecimento dele. Não se deve oferecer nada muito fácil e nada muito difícil, mas sim
atividades desafiadoras e possíveis. A esse respeito, Eccheli (2008) afirma que:

(...) o professor, como organizador da situação de aprendizagem, pode


influenciar o nível de motivação dos alunos através da determinação das
atividades propostas, das formas de avaliação e informações sobre o
desempenho dos alunos nas atividades realizadas. Por isso, se o professor
quiser promover a motivação, deve planejar tarefas adequadas ao aluno.
(ECCHELI, 2008, p.204)

A motivação dos aprendizes de ELE é objeto de estudo de diversos pesquisadores


PLAZA, (2009); CALLEGARI, (2012); SOUZA, (2016)

Plaza, (2009) pesquisou “Motivación y clases de Español como Lengua Extranjera:


Análisis y propuesta didáctica”, propondo uma reflexão sobre o conceito de motivação
no ensino de espanhol como língua estrangeira e o papel que o professor de ELE joga
dentro deste processo. Numa primeira fase, foram analisados alguns fatores que
moldam a personalidade dos alunos, com o propósito de chegar às raízes de alguns
padrões de comportamento.
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O trabalho de Callegari (2008) tinha por objetivo pesquisar a “Motivação e ensino de
espanhol” em um centro de estudos de línguas paulista. Os dados foram coletados a
traves de um estudo de caso, e obteve resultados de parte de uma pesquisa empírica
levada a cabo em 2008 com alunos de espanhol do centro de estudos mantido pelo
governo estadual de São Paulo, com 161 alunos informantes.
Os principais resultados apontaram que: I) os estudantes em geral encontram-se
motivados durante as aulas de espanhol; II) a figura do professor, o esforço
depreendido, o conteúdo, a autonomia de escolha do idioma estudado e o prazer que
têm em aprender a LE foram as principais causas de motivação apresentadas; III) a
falta de conhecimento sobre aspectos culturais da língua alvo foi apontada como uma
das principais causas de desmotivação; IV) as atividades descritas como mais
motivadoras foram, pela ordem, jogos e brincadeiras, vídeos/filmes e músicas; V) as
atividades consideradas menos motivadoras foram seminário, prova oral/chamada oral
e redação.

Por sua vez, (Sousa) buscava “A motivação na prática de Ensino de Língua Espanhola
no contexto de sala de aula”.
Nesta pesquisa se utilizou uma abordagem qualitativa, motivo pelo qual se fez
necessário uma pesquisa de campo, já que se tratava de descrever e analisar uma
população.
O objetivo foi analisar dentro da prática docente os fatores motivacionais que
contribuem para o ensino aprendizagem da língua espanhola.
O instrumento de pesquisa utilizado foi: Um questionário com perguntas fechadas e
abertas. Foi aplicado aos alunos, matriculados na disciplina de espanhol.
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5- METODOLOGIA

Será um estudo evidentemente qualitativo em que os sujeitos de pesquisa serão os

alunos de uma turma da 3ª série do ensino médio técnico, em uma escola pública

cidadã integral técnica da Paraiba, também concluintes no curso técnico em

administração.

Os dados serão coletados a partir da aplicação de questionário, entrevistas aos alunos

e da observação de aulas durante um semestre.


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6- CRONOGRAMA

MES/ETAPAS Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembr Outrubro Novembr
o o

Pesquisa X X X X X X X X
bibliográfica
Redação da X X X X
fundamentação
teórica
Desenho dos X X
instrumentos
de coleta de
dados
Aplicação dos X X
instrumentos
de coleta de
dados
Organização e X X X
análises dos
dados
Redação da X X X X X
análises dos
dados
Redação da X X
Metodologia
Redação dos X X
resultados e
Considerações
finais
Redação da X
introdução e o
resumo
Revisão final e X
entrega da
monografia
Defesa da X
monografia
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7-BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis:


Vozes,1987.
ECCHELI, S. D. A motivação como prevenção da indisciplina. Educar, Curitiba: UFPR,
2008.
FALCÃO, Gérson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. 10 ed. São Paulo: Ática,
2001.
NÉRICI, Imídeo Giuseppe. Didática: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1993.
Vernon, M. D. (1973). Motivação humana. Tradução de L. C. Lucchetti. Petrópolis:
Vozes. (trabalho original publicado em 1969).
3cm
3cm

8- ANEXOS (opcional)
2cm

Você pode anexar qualquer tipo de material ilustrativo, tais como tabelas, lista de
abreviações, documentos ou parte de documentos, resultados de pesquisas, etc.

ALGUMAS INDICAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PROJETO

 Utilizar papel branco, A4.


 Fonte Times New Roman, estilo normal, tamanho 12.
 Citações com mais de três linhas, fonte tamanho 10, espaçamento simples e recuo
de 4cm da margem esquerda.
 Notas de rodapé, fonte tamanho 10.
 O espaçamento entre linhas deve ser 1,5.
 As margens das páginas devem ser: superior e esquerda de 3cm; inferior e direita
de 2cm.
 O número da página deve aparecer na borda superior direita, em algarismos
arábicos, inclusive das Referências e Anexos, somente a partir da Introdução. Não
contar a capa para efeito de numeração.

2cm

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