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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS


GUARULHOS

Ariane Silva Ferreira 105.029 Pedagogia/Vespertino

Projeto de Pesquisa: Ainda podemos brincar?


A importância do Brincar no desenvolvimento escolar das crianças.

GUARULHOS/2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS
GUARULHOS

Ariane Silva Ferreira 105.029 Pedagogia/Vespertino

Projeto de Pesquisa: Ainda podemos brincar?


A importância do Brincar no desenvolvimento escolar das crianças.

Projeto de Pesquisa apresentado à Comissão de Ética


da Universidade
Federal de São Paulo como requisito para o
Trabalho de Conclusão de Curso.
Prof° Orientadora: Celia Serrão
GUARULHOS/2018

Sumário
Introdução e justificativa, com síntese da bibliografia fundamental
Tema ................................................................................................... 3
Justificativa ...........................................................................................
Referencial Teórico

Objetivos
Delimitação do Problema
Formulação das Hipóteses
Título
Objetivo

Metodologia
Cronograma de atividades
Recursos Humanos e Materiais

Referências
● Tema
O curso de Pedagogia possibilitou várias vivências em que tive a oportunidade
de observar o lugar da brincadeira no cotidiano escolar, a primeira que destaco foi
uma situação em que pude observar uma turma de crianças com idade entre 1 ano e
1 ano e 6 meses no Núcleo de Educação Infantil – Escola Paulistinha de Educação
da UNIFESP. Tal experiência foi propiciada como parte das atividades curriculares
da UC Brincar e Educação: Teorias, Experiência e Pesquisas. Foi possível refletir
sobre as práticas das docentes e estagiárias e o envolvimento das mesmas com as
crianças em todos os momentos da rotina diária dos grupos infantis. Quanto as
práticas do brincar, essencial para o desenvolvimento infantil, as ações das docentes
e estagiárias centravam-se na entrega dos brinquedos localizados no alto dos
armários e também a abertura da área do solário onde havia outros brinquedos
infantis, como uma caixa de itens infantis de cozinha, bonecas e ainda contava com
pequenos escorregadores e balanços duplos.
Ressalto outra vivência com o PIBID – Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência, no qual acompanhei uma turma de crianças com 11 anos em
uma escola da Prefeitura de Guarulhos, e observei que as práticas docentes só
estavam envolvidas com as áreas do conhecimentos, especialmente (língua
portuguesa, matemática, artes, entre outras) e que a prática do brincar era “quase”
nula.
A Residência Pedagógica de Educação Infantil, desenvolvida numa turma de crianças
de 4 anos, intensificou minhas inquietações ao permitir-me verificar que a prática
docente que dava-se por meio do brincar era apenas com as peçinhas de encaixar, com a
massinha, passeio nos solário e também com o parque destinado a Educação Infantil,
locais onde, geralmente, estavam disponíveis às crianças brinquedos como:
escorregadores, balanços, giras-giras e uma casinha de madeira. Pude observar que o
tempo do brincar era bastante reduzido devido à preocupação das professoras com a
pressão por, precocemente, alfabetizar as crianças.

A Residência Pedagógica de Ensino Fundamental, a situação acerca do brincar


pouco se altera, mesmo quando acompanhei a turma de crianças de 8 anos, e que
estavam em pleno processo de alfabetização, e por este processo ser de extrema
importância, o brincar ainda era permitido, desde que fosse o “brincar pedagógico”,
momento que as crianças podiam brincar com jogos pedagógicos da escola ou
trazidos pela professora, que tinham como temática o exercício da alfabetização. A
professora responsável pela turma, recorrentemente falava: “Eu não entendo por que
as crianças da Educação Infantil só sabem brincar? Elas poderiam pelo menos
começar a aprender sobre as letras, números até 5. Eu sei que o brincar é importante,
mas por que elas devem brincar tanto. É só isso que eu não entendo!”. Tal postura
revela o quanto é necessário aprofundar sobre este tema.
Vale destacar outra vivência com a Brinquedoteca da UNIFESP no Campus
Guarulhos, no qual estive como monitora voluntária e podemos compreender e
aprender mais sobre as práticas do brincar para situar uma nova configuração para a
Brinquedoteca, que na época estava em fase de reformulação. Durante essa
experiência, mesmo ainda quando estávamos em um processo de organização e
reestruturação da BRINQUE, tive o contato com estudos e leituras acerca do
brincar, da brincadeira e da brinquedoteca no qual me possibilitou uma visão mais
crítica deste tema e que intensificou minhas inquietações.
A partir dessas vivências durante a graduação, elejo como tema do meu projeto
de pesquisa “A Perspectiva do Brincar na Transição da Educação Infantil para o
Ensino Fundamental após a Regulamentação do Ensino Fundamental de Nove Anos
(Lei 11.274/2006).”

Esse tema me despertou grande interesse ao me deparar com uma questão que
até o ano de 2005, a criança de 6 anos estava matriculada na Educação Infantil e,
nesta 1° etapa da Educação Básica, deveria desenvolver as suas múltiplas
linguagens, principalmente, pelo prática do brincar. Após essa lei, a mesma criança
passou a estar matriculada no Ensino Fundamental e que desenvolve os saberes
escolares de forma mais sistemática, sem muita abertura para outros tipos de
práticas e metodologia. A exemplo disso, o modelo do Ensino Fundamental é
caracterizado por dispor as crianças sentadas umas atrás das outras, sempre de frente
para o professor, utiliza-se caderno e lápis para realizar as atividades propostas, a
organização e o comportamento são altamente controlados pelo adulto e cobrados
das crianças. A Educação Infantil ainda tenta resistir a esse modelo e permitindo
alguns momentos para o brincar. Nesta etapa da Educação Básica o ideal, e que
vem prescrito nos documentos oficiais é que deveria resistir, pois as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil estabelece que as brincadeiras e a
interação devem ser os eixos norteadores das propostas pedagógicas nas escolas
infantis.

Assim, busco por meio deste projeto de pesquisa refletir sobre as questões que
emergiram durante as observações e vivências nas escolas de Educação Infantil e
Ensino Fundamental propiciadas pelo curso de Pedagogia da Unifesp. Conforme
estudamos nas disciplinas de Educação Infantil, o brincar é uma importante prática
que viabiliza a construção dos saberes das crianças. Porém, quando a criança
ingressa no Ensino Fundamental, a forte cultura escolar desconsidera que essa
criança tem seis anos e ainda se desenvolve por meio do brincar. Por isso, por meio
desta pesquisa pretendo compreender melhor sobre a visão dos docentes acerca do
brincar para entender a sua relevância para a docência e a prática escolar.

- Relevância acadêmica: a essa questão que hoje não é tão problematizada nas
produções acadêmicas .Será???? Seria relevância acadêmica???? Vamos conversar
(Duvida minha sobre a pesquisa: Será que esta pesquisa tem alguma relevância
acadêmica? Na minha concepção, sim, mais pelo fato de termos poucas produções
acadêmicas especificamente sobre o período de transição.) ARIANE: meu
questionamento é quanto à sua afirmação de que há poucas pesquisas, e não quanto
à relevância acadêmica!!!! Vc fez um levantamento no banco de dados da CAPES?
No GTs da ANPED???? Se fez, tem que trazer aqui qual foi o resultado. Se não fez,
não pode afirmar que há pouca pesquisa
Estou convicta de que por meio deste estudo, os profissionais de educação
atuantes na Educação Infantil e Ensino Fundamental poderão compreender o brincar
como uma prática importante no processo de ensino e aprendizagem e rever a
organização do tempo didático, destinando mais momentos na rotina diária para as
atividades lúdicas.

Opto a autora Janet Moyles, como parte do referencial teórico, em especial as


obras: Só Brincar? O Papel do Brincar na Educação Infantil (2002); A Excelência
do Brincar (2006).
Os documentos elaborados e publicados pelo MEC/ Secretaria da Educação
Básica que tratam da organização da Educação Infantil e do Ensino Fundamental de
Nove anos, juntamente com o aparato legal vigente, nos fornecerão referencial para
compreender as políticas públicas e estrutura organizacional da educação,.
Sabemos que o Ensino Fundamental, como as demais etapas do sistema
educacional brasileiro, tem se apresentado como um campo de disputas internas.
Claramente vemos essas disputas nos processos de reformulações que ocorrem a
cada gestão. Uma das reformulações que trouxe uma nova configuração e que
prevalece ainda, iniciou-se com o Plano Nacional da Educação - PNE 2001-2010,
Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001,em que uma de suas metas era a
Implementação do Ensino Fundamental de Nove Anos, mudança que acarretaria no
ingresso da criança com 6 anos neste nível da Educação Básica (BRASIL, 2009).
Com essa meta, começou-se a buscar um aporte legal para sua
institucionalização. Um primeiro movimento que vemos dessa ação, se dá pela Lei
11.114/2005, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei
9394/19961, torna obrigatória a matrícula de crianças com 6 anos no Ensino
Fundamental.

A partir daí, no ano subsequente promulga-se a Lei 11.274/2006, que estabelece


a alteração do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração, e determina
um prazo de implantação, até o ano de 2010, para que todos os sistemas de ensino
atendam a nova configuração . Tal ampliação muda-se a configuração deste nível
de ensino da Educação Básica afetando, essencialmente, a criança de 6 anos.

Com a nova configuração, o Ministério da Educação procura formular


documentos norteadores que auxiliem essa implementação nas escolas públicas,
especialmente. O documento "Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações
Gerais" (BRASIL, 200__) é um referencial para as questões pedagógicas e
administrativas referente a inclusão das crianças com 6 anos nesta modalidade.
Além de apresentar a fundamentação legal, aborda de temas de fundamental
importância para a constituição de uma escola de qualidade.

1
A lei 11.114/2005 altera o artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LBD 9. 394/96. Ok, mas
traga aqui o que diz o artigo, pode ser citaçao literal
Com essa implementação em vigor, a organização da escola alterou-se
estruturalmente. Previamente, as crianças de 6 anos, matriculadas na Educação
Infantil, estavam situadas em um espaço orientado por normas que atendem as
necessidades infantis. Com a nova mudança, essa mesma criança, matriculada agora
no Ensino Fundamental, passa a frequentar uma escola norteada por regras e normas
e que fisicamente ainda não atende a sua necessidade infantil, a começar pelo
tamanho do mobiliário.

ARIANE – vc abre uma nova questao, ampliando a discussao e nao avisou o


leitor .... há necessidade de fazer uma introduçao A escola emerge como uma
instituição fundamental para a constituição do sujeito e para si próprio, da mesma
forma que emerge para a evolução da sociedade e do ser humano. A escola enquanto
instituição social possui metas e objetivos, transmitindo e reelaborando os
conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade. Para Émile Durkheim a
escola foi vista como um ato social, e suas teses ajudaram a compreender o
significado social do trabalho docente, onde a educação deixa de ser visualizada de
forma individualista para uma perspectiva coletiva. qual referência??? A escola que
conhecemos atualmente, tem uma trajetória de fortes marcos históricos que
influenciaram, de certa forma, a sua atual configuração.

A escola moderna é marcada por um projeto educativo que se baseia em dois


pilares: a função de libertar e a função de conformar. O projeto tem a ideia de
liberdade, algo transformador, mas que deveriam se conformar com as regras para
viver em sociedade. A sociedade moderna buscava libertar os indivíduos da
ignorância, da submissão, das superstições mas conforma-los aos modelos, às regras
para não pôr em risco a organização e seu novo funcionamento. A escola aqui ocupa
um lugar cada vez mais central e importante, para a reprodução da ideologia (da
ordem e da produtividade) e do sistema econômico ( criando figuras profissionais,
competências). E a família por sua vez, também ocupa um espaço central na
experiência formativa e a reprodução cultural e ideológica da sociedade qual
referência???.

Alguns fatores influenciaram o surgimento e a consolidação da escola moderna,


como a Reforma Protestante, a Contrareforma Católica, o novo sentimento da
infância (ARIÈS, ano??) e o problema urbano. Com a Reforma afirma-se dois
princípios: o direito de todos em relação ao estudo e a obrigação e a gratuidade do
ensino. Já a Contrareforma a experiência missionária provoca a evangelização dos
jesuítas, como exemplo, a torna-se um projeto cultural com a ação de ir e ensinar.
“Assim, a clivagem entre católicos e protestantes acarreta a criação de escolas”
(GUATHIER, 2010, p.???). Um outro fator que influenciou foi o surgimento do
sentimento de infância, que após o século XVII, a infância tornou-se uma verdadeira
preocupação moral e com isso surge a ideia de que é preciso corrigir e proteger ao
mesmo tempo e que deve-se “curar” a criança de sua leviandade. A infância é vista
como um período negativo e que deve ser curado. “Daí o confinamento das crianças
em instituições que substituem a família. Sente-se pois a necessidade de criar
escolas, para responder a esse novo sentimento moral pela infância” (GUATHIER,
2010, p.???). Com esse novo olhar para a infância, a preocupação com a juventude
turbulenta estimula um desejo de corrigir essa situação indesejável. A partir desse
problema urbano a escola adquire uma utilidade social: o combate a delinquência, e
daí aparece uma necessidade crescente por escolas. “Essa nova visão da utilidade
social da escola tem pois como efeito favorecer a educação do povo e, por
conseguinte, a criação de escolas” (GUATHIER, 2010, p.???). Com ess a ideia de
utilidade há um aumento do número de alunos nas escolas, ocorre também o
aumento do número de escolas e consequente a necessidade da pedagogia, um
sistema de regras e procedimentos que deve englobar a totalidade da vida da classe.

Com esses Há fatores que influenciam na criação de escolas mas que também
marcam o aparecimento de uma nova ordem escolar: a pedagogia, nota-se
claramente uma preocupação com o ensino que exige um saber metódico específico.
A pedagogia do século XVII procura, antes, organizar a prática escolar a fim de
equacionar os problemas advindos dessa nova configuração escolar, problemas esses
de disciplina, organização e motivação dos alunos. Em suma, o saber pedagógico
tinha por objetivo eliminar o acaso e a desordem e submeter os corpos e as almas
aos bons costumes para formar sujeitos policiados, instruídos e de boa conduta.

A escola atualmente apresenta-se na forma seriada/ano (série/ano –


seriada/anual). Mas esse modelo de organização nasce do projeto republicano com a
implantação da escola primária graduada no estado de São Paulo (1890-1910). Neste
período a educação popular encontrava-se difundida a nível mundialmente, e no
Brasil não foi diferente. O projeto republicano de educação popular concebeu
implantação dos “grupos escolares” como seu pilar. Mas qual era a escola desejada?
Para tal finalidade, a escola constitui-se na forma gradual, por meio do ensino
simultâneo com a centralidade no professor. O que era então uma escola graduada?
Uma escola composta de várias classes e professores, com edifícios próprios
dispostos de todos os materiais, com curso – divisão do programa de ensino, com
jornada escolar, separação do saber, processos padronizados de avaliação. O modelo
de escola que conhecemos atualmente é um reflexo da escola graduada instituída no
projeto republicano de 1890-1910, ou seja, nossa escola chega em seu modelo atual
por conter em seu passado uma forma de organização que deu certo, em alguns
pontos.

Pensando em sua funcionalidade, história e organização, a escola é um espaço


que acolhe sujeitos, a fim de formá-los como sujeitos autônomos, reflexivos e
críticos. E neste espaço que os docentes lidam todos os dias com crianças, que
mesmo tendo pouca idade, já fazem sua leitura de mundo. Essa Crianças que possui
necessidade, necessitam de um espaço com profissionais que as conheça, que
desenvolvam e ampliem seus saberes, assim dando “voz” para as especificidades
infantis.

Dentro dessa perspectiva, a criança possui uma necessidade específica que em


determinados momentos essa escola atribui seu devido valor: o brincar. O brincar
que por sua vez, “nas sociedades ocidentais, ainda é considerado irrelevante ou de
pouco valor do ponto de vista da educação formal assumindo frequentemente a
significação de oposição ao trabalho” (BORBA, 2007, p. ???). Vemos que a
brincadeira é algo estreitamente associado a infância, e que adquire uma imagem de
pouco valor para a docência e para os adultos. Segundo Ângela Meyer Borba
(2007), o brincar é uma atividade que se incorpora na dimensão social-cultural do
processo de constituição da formação humana. E que A criança, como um sujeito
situado em um contexto social e histórico, produz sua cultura infantil por meio da
ressignificação do brincar.

A concepção do ‘brincar como oposição ao trabalho’ causa a diminuição dos


tempos/espaços do brincar que ao longo do avanço da séries do Ensino Fundamental
vão se limitando cada vez mais. “Seu lugar e seu tempo vão se restringindo à “hora
do recreio”, assumindo contornos cada vez mais definidos e restritos em termos de
horários, espaços e disciplina [...] Sua função fica reduzida a proporcionar o
relaxamento e a reposição de energias para o trabalho” (BORBA, 2007, p.???).
ARIANE, precisa verificar a citaçao: onde começa e onde termina Observamos
claramente que o brincar na escola, por estar associado a essa concepção negativa de
oposiçao ao trabalho, acaba por ocupar um espaço que se define ao momento do
recreio, momento em que as crianças estão livres das carteiras e cadernos da sala. E
que o uso O brincar só é considerado válido para que recurso para as crianças
relaxem e acalmem-se para de forma que o professor possa dar continuidade a sua
aula, ou com a intenção de repor as energias para o trabalho em sala.

Borba (2007) sugere em seu artigo, que consideremos o brincar de forma mais
positiva como uma atividade que se associa aos processos de conhecer , desenvolver
e ampliar. Para tal feito, apoia-se em um fundamento levantado por Lev Vygotsky
(1987), um dos principais representantes dessa visão, e infere que brincar é uma
“atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na
produção de novas possibilidades de interpretação” (p.???? É citaçao da Borba ou de
Vygotsky?). Tal ideia afasta-se da visão do brincar como uma ação restrita à
assimilação de códigos e papéis sociais, assim facilitando o processo de socialização
e de integração da criança à sociedade. Para Borba, os estudos Vygotsky nos
possibilita compreender que se por um lado a criança reproduz as ações sob o
mundo por meio da brincadeira, por outro lado, essa reprodução não ocorre de
forma indiferente, mas mediante um processo ativo de ressignificação do mundo,
que abre espaço para a invenção e a produção de novos saberes e culturas infantis. –
A DUVIDA É SEGUINTE: NA PARTE DO REFERECIAL TEÓRICO EU
PRECISO INDICAR OS LEITOR QUAL SERÁ O MEU REFERENCIAL, MAS
TAMBÉM PRECISO INCLUIR O EMBASAMENTO INICIAL DO TRABALHO.
O QUE EU QUERIA É SE PODERIA INCLUIR O QUE EU ESCREVI NA
APRESENTAÇÃO DO TCC? POR ISSO QUE COLOQUEI SUBLINHADO.

ARIANE, vamos considerar como parte da Introduçao / justificativa do Projeto, da


maneira como vc indicou aqui neste texto

OBJETIVOS

● Delimitação do Problema
Com base em toda discussão do referencial teórico na questoes acima
apresentadas, tal problematização sobre o brincar nos leva a pensar sobre o impacto
que da mudança implantaçao do Ensino Fundamental de Nove Anos gera em torno,
fundamentalmente, das sobre as crianças de 6 anos no que se refere,
especificamente, à prática do brincar. Isso nos leva a refletir sobre perguntar: qual é
a perspectiva do brincar na transição em que a criança passa da Educação Infantil
para o Ensino Fundamental após a regulamentação das leis 11.114/05 e 11.274/06?
Quais espaços o brincar ocupa em nossas escolas? Qual é a visão que os docentes
têm acerca do brincar? Quais são as possibilidades que o brincar oferece a
educação? As crianças já nascem sabendo brincar e a brincar socialmente? Quais
papéis as crianças ressignificam por meio da brincadeira? Há espaço na escola para
a reinvenção do brincar? Permitimos, em nossas escolas, que as crianças brinquem
livremente sem cobrança de resultados como se espera do mundo do trabalho?
Existe interação com os outros nas atividades do brincar? Utilizamos o brincar como
um meio para possibilitar a fruição, a imaginação e a fantasia? E como podemos
garantir que as crianças tenham suas especificidades atendidas, tendo o brincar um
visão predominantemente negativa?

NESSA PARTE, EU TAMBÉM COLOQUEI UM TRECHO DA


APRESENTAÇÃO DO TCC QUE EU HAVIA ESCRITO. PODEMOS COLOCAR
NO PROJETO?

● Formulação das Hípoteses

É necessário ter formulação de hipóteses professora? Estou com esta duvida a muito
tempo. Não há !!!!!

● Título

Esta pesquisa tem como o título: “Ainda podemos brincar?


A importância do Brincar para o desenvolvimento escolar das crianças.”

● Objetivos
Isto posto, temos por objetivo geral deste projeto de pesquisa: Compreender qual é a
perspectiva dos educadores acerca do brincar em uma turma de crianças em
transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental da Prefeitura de Osasco.

Objetivos Específicos:

➢ Analisar as leis que alteram os artigos da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação/96 para a nova configuração do Ensino Fundamental de 9 anos.

➢ Analisar os documentos norteadores formulados pelo MEC após a nova

configuração da Educação Básica.

➢ Discutir sobre o surgimento, organização e função da escola.

➢ Compreender como o modelo escolar atual se inseriu na organização da escola e

qual a prática do brincar aceita / valorizada nesse modelo.

➢ Identificar qual é a especificidade da criança na Educação Infantil e no Ensino

Fundamental.

➢ Discutir a função do brincar na instituição escolar Educação.

➢ Investigar a visão dos educadores acerca do brincar e os momentos destinados a

tal atividade no cotidiano escolar na observação em campo.

➢ Analisar as práticas docentes relacionadas ao brincar nos níveis de ensino:

Educação Infantil e Ensino Fundamental.

➢ Compreender por meio da observação à campo, qual é o papel do brincar nas

práticas docentes. Pensar melhor nesse objetivo – pode compor o objetivo geral

● Metodologia

Para o desenvolvimento deste projeto, optamos pela pesquisa bibliográfica .....


(GT Anped – Moylles ....) - , Em minha pesquisa pretendo utilizar dois meios de
metodologia:
Pesquisa bibliográfica e documental e uma observação em campo.
Para iniciar a pesquisa, pretendo realizaremos uma pesquisa bibliográfica e
documental para olhar sobre os estudos, fontes e artigos do meu objeto de pesquisa
partindo do macro para o micro. Dentro da pesquisa bibliográfica, busco ,
observando as seguintes temáticas: - As Políticas Públicas para a Educação Básica,
EI - EF: Observar e analisar sobre e o aparato legal, com especial atenção as leis
LBD 9.394/96 , as Emendas Constitucionais 53/2006 e 59 - 2009, as leis 11.114/05,
11.274/06 e 11.330/06 lei que altera a LDB em 2013 , bem como ...... e também
analisar os materiais produzidos pelo MEC.
- Surgimento, Organização e Função da Escola: Planejo também analisar textos que
abordem sobre o surgimento da escola, sua organização com ênfase na mudança do
sistema seriado para o sistema de ciclo – atual sistema do ensino fundamental, assim
como sobre a função da escola e ainda discutir sobre a especificidade da criança na
Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

Em seguida, viso discutir sobre a função do brincar na educação, trazendo


alguns elementos históricos sobre o surgimento da infância para contextualizar sobre
o brincar. E em cima disso, desejo abordar sobre o meu referencial teórico que dará
um embasamento melhor sobre as teorias do brincar.
Com o auxílio de um artigo de Ângela Meyer Borba, planejo abordar sobre a
problematização do projeto de pesquisa, assim finalizando com alguns
questionamentos.

Entretanto, após trazer toda a discussão, planejo acompanhar e observar uma


turma de crianças que estão atualmente matriculadas em uma escola de educação
infantil da Prefeitura de Osasco para compreender melhor sobre as práticas docentes
acerca do brincar. E em seguida, acompanhar a mesmas crianças que estarão
matriculadas no próximo ano no ensino fundamental na mesma rede da cidade de
Osasco para verificar e observar as práticas docentes do ensino fundamental.
Após todo o levantamento de dados obtidos com a observação e o acompanhamento
da turma e as docentes, planejo discutir os dados apoiada em todo embasamento
teórico da pesquisa.
● Cronograma de Atividades

2018

Atividade Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Realização da pesquisa
X X
bibliográfica

Discussão do referencial
X
teórico

Levantamento e
elaboração dos X
instrumentos de pesquisa

Observação e
acompanhamento de
X X
uma turma da Educação
Infantil

Formulação dos
X
primeiros dados

2019

Atividade Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Formulação dos
X
primeiros dados

Observação e X X
acompanhamento de
uma turma do primeiro
ano do Ensino
Fundamental

Formulação dos
X
resultados da observação

Revisão de Literatura X X

Revisão da Orientadora X X

Revisão X

Texto Final X

Entrega do TCC X

● Recursos materiais

Para esta pesquisa, haverá um gasto com a impressão dos instrumentos de coleta
de dados, como: a entrevista. Assim como a compra de livros para embasamento da
pesquisa bibliográfica e todo o processo de acompanhamento da turma em transição
– transporte, alimentação.

● Bibliografia

BRASIL. Conselho Nacional da Educação/ Câmara da Educação Básica. Resoluçao


CNE/CEB nº5/2009 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Brasília, 2009. (verificar referencia correta)

BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In:
BEAUCHAM, J. PAGEL, S. D., NASCIMENTO, A. R. do. (orgs) Ensino
fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de
idade.– Brasília: DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2°
Edição, 2007.

GUATHIER, Clermont. O século XVII e o problema do método ou o nascimento da


pedagogia. In: GUARTHIER, C., TARDIF, M. A pedagogia: Teorias e práticas da
Antiguidade aos nossos dias. Trad: Lucy Magalhães. – Petrópolis: RJ: Vozes, 2010.
MOYLES, Janet. R. A excelência do brincar – A importância da brincadeira na
transição entre educação infantil e anos iniciais. Trad: Maria Adriana Veríssimo
Veronese. – Porto Alegre: SC: Artmed, 2006

_________. Só brincar? O papel do Brincar na educação infantil. Trad: Maria


Adriana Veríssimo Veronese. – Porto Alegre: SC: Artmed, 2002

LUNA, Sergio Vasconcelos. Planejamento de Pesquisa. Uma introdução. 2° edição.


São Paulo: SP: EDUC, 2009.

PESCE, Lucila & BARSOTTINI, Claudia. Tipos de Pesquisa cientifica e instrumentos.


Material Didático elaborado para o curso de Especialização em Prevenção ao uso
indevido de drogas. UNIFESP – UAB, mímeo, 2012.

PESCUMA e CASTILHO. Projeto de Pesquisa. O que é? Como Fazer? São Paulo: SP:
Olho D’Água, 2005.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: SP: Martins
Fontes, 1987.

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