Você está na página 1de 4

MED 04/05/2016 Liz Yumi Saguti

CARCINOMA BRONCOGÊNICO – CLÍNICA


ONCOLOGIA
*Tosse*/ Hemoptise/ Dispneia/ Dor torácica
Raio-x de tórax ----> lesão = medir a lesão: SÍNDROME DE PANCOAST: dor torácica + compressão do
≤ 3 cm = NÓDULO plexo braquial + síndrome de Horner
Se não houver mais nada além do nódulo =

nódulo pulmonar solitário
Mais comumente associada ao: EPIDERMOIDE
BENIGNO MALIGNO
SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR: varizes (tórax);
Ex.: cicatriz de TB Ex.: câncer de pulmão (o que + mata)
edema de face; turgência jugular
A sobrevida do câncer de pulmão em países desenvolvidos é de
20% em 5 anos (mortalidade muito elevada). E, além disso, não há 
nenhum screening universalmente aceito para o câncer de pulmão Mais comumente associada ao: OAT CELL
(diferente do que temos, por exemplo, para ca de mama, colo de -----------------------------------------------------------------------
útero, colorretal). Alguns trabalhos mais recentes tentam SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS:
demonstrar o benefício do rastreio com a tomografia, porém, isso OAT CELL Síndrome miastênica de Eaton-Lambert
ainda não é universalmente aceito. ADENOCARCINOMA Osteoartropatia hipertrófica pulmonar
Enquanto a lesão ainda é um nódulo pulmonar solitário, é possível EPIDERMOIDE Hipercalcemia (PTH-like)
o tratamento, com sobrevida que chega até a 80% Síndrome miastênica de Eaton Lambert (ataca a placa motora 
paciente apresenta fraqueza)
NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO
CARCINOMA BRONCOGÊNICO – DIAGNÓSTICO
BENIGNO MALIGNO Histopatológico – BIÓPSIA
Cicatriz de tuberculose Câncer CENTRAL = escarro ou broncoscopia
(BK) PERIFÉRICO = toracotomia ou videotoracoscopia ou
procedimento percutâneo
TABAGISMO
ESTADIAMENTO
RX, TC ou PET 3-6 m por 2
IDADE > ou = 35 ANOS PEQUENAS CÉLULAS
anos
LIMITADO: um hemitórax
NÓDULO > 2 CM EXTENSO: espalhado
NÃO PEQUENAS CÉLULAS
CRESCIMENTO EM 2 ANOS TNM
T1: lesão < ou = 3 cm (nódulo pulmonar solitário)
+ IMPORTANTES CALCIFICAÇÃO/ FORMA DO T2: lesão 3-7 cm (massa) E a 2 cm ou mais da carina
NÓDULO T3: lesão > 7 cm OU a menos de 2 cm da carina
T4: estrutura adjacente ou ≥ 2 lesões no pulmão
(geralmente T4 contraindica a ressecção, contudo, em caso de 2
lesões presentes no mesmo pulmão = ainda é ressecável)
Ressecção ou Lobectomia
N1: linfonodos hilares do mesmo lado da lesão
N2: linfonodos mediastinais do mesmo lado da lesão
CALCIFICAÇÃO / FORMA DO NÓDULO N3: linfonodos contralaterais  irressecável
CENTRAL CONCÊNTRICO DIFUSO
M1: metástases (osso, cérebro, fígado) ou derrame pleural/
pericárdico neoplásicos

TRATAMENTO
PIPOCA SALPICADO EXCÊNTRICO
PEQUENAS CÉLULAS
LIMITADO: QT + RT (cura 15-25%)
EXTENSO: QT paliativa
HAMARTOMA NÃO PEQUENAS CÉLULAS
Falam a favor de lesão maligna: salpicado e excêntrico Sempre que possível: CIRURGIA + QT
*IA(T1N0M0 – nódulo pulmonar solitário) = só cirurgia
CARCINOMA BRONCOGÊNICO IRRESSECÁVEL: T4, N3, M1 (IIIb ou IV) = QT +/- RT
(brônquio, bronquíolos e alvéolos)
CÂNCER DE TIREOIDE
NÃO PEQUENAS CÉLULAS
Adenocarcinoma (40%): BEM DIFERENCIADO
Mais comum, não fumantes, periférico (associado a derrame) Mulher (20-40ª); mais comum (90%); bom prognóstico
Epidermoide (30%): - PAPILÍFERO
Mais comum: tabagistas; central; associado a cavitação - FOLICULAR
Grandes células (10%): POUCO DIFERENCIADO
Periférico Somente 9%; pior prognóstico
PEQUENAS CÉLULAS (OAT CELL) (20%) - MEDULAR (CMT)
- ANAPLÁSICO
Menos comum
Mais agressivo
Central
MED 04/05/2016 Liz Yumi Saguti
PAPILÍFERO FOLICULAR
Tipo Bem diferenciado Bem diferenciado
Características gerais Mais comum Segundo mais comum
Mulher 30-40 anos Mulher 40-60 anos
Excelente prognóstico Bom prognóstico
Disseminação linfática Disseminação hematogênica
Associado à radiação Associado à carência de iodo
Corpos psamomatosos  células foliculares
Diagnóstico PAAF (o diagnóstico é citológico) PAAF = não consegue diferenciar um
adenoma folicular de um câncer folicular
de tireoide
Diagnóstico é HISTOPATOLÓGICO
Tratamento <1cm e sem risco: parcial (1lobo+istmo) <2cm e sem risco: parcial
>2cm ou com risco: total (se adenoma: ok/ se câncer: total)
(se <15anos, história de irradiação: total) >2cm ou com risco: total
Seguimento Tireoglobulina / Tireoglobulina /
Cintilografia Cintilografia
TSH
ESTADIAMENTO – CÂNCER DE TIREOIDE
BAIXO NORMAL
ESCORES DE AMES/ AGES  
BAIXO RISCO ALTO RISCO CINTILOGRAFIA USG
Idade <40 anos >40 anos
Sexo Feminino Masculino
Extensão Tumor confinado à Extensão QUENTE FRIO <1cm >1cm
tireoide extratireoidiana   
Metástas Ausência de Metástase regional ou à ADENOMA TÓXICO SEGUIMENTO PAAF
e metástase distância
Tamanho <2cm >4cm
Grau Bem diferenciado Pobremente
CÂNCER DE PRÓSTATA
diferenciado
ADENOCARCINOMA
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE - CMT É o 2º. câncer mais comum em homens (em primeiro = câncer
(Células C ou Parafoliculares: calcitonina) de pele não melanoma). Qual o que mais mata = pulmão
Fatores de risco Idade, história familiar, raça negra
 Marcadores: CALCITONINA Clínica Maioria assintomático (periférico)
 Diagnóstico: PAAF Se avançado: sintomas obstrutivos e
irritativos
ESPORÁDICO (80%)
Metástase Óssea (mais comum)
FAMILIAR (20%) Associação com NEM-2
NEM2A: CMT + FEOCROMOCITOMA + HIPERPARATIREODISMO
NEM2B: CMT + FEOCROMOCITOMA + NEUROMAS RASTREAMENTO
Recomendação do Ministério da Saúde = NÃO RASTREAR!
 Protooncogene RET: pesquisar em parentes de 1º.grau Obs.: as sociedades de urologia ainda mantêm a orientação de
Se positivo = tireoidectomia profilática fazer o rastreamento.
 Tratamento: tireoidectomia + linfadenectomia Quando indicar? >50 anos  TODOS até 76 anos
 Seguimento: calcitonina >45 anos  negros/história familiar
O que indicar? Toque retal + PSA
ANAPLÁSICO ou INDIFERENCIADO Para confirmar .. USG transrretal com biópsia
(mais raro, PIOR prognóstico, mais agressivo, idoso)
BIÓPSIA, quando indicar?
 Diagnóstico: PAAF - Toque retal suspeito OU
 Tratamento: traqueostomia + QT/RT - PSA
>4  BIÓPSIA
Um algo a mais ... 2,5-4*  REFINAR (buscar dados de malignidade)
CARCINOMA DE CÉLULAS DE HURTHLE (*) Se <60ª  BIÓPSIA
(variante mais agressiva e menos diferenciada do folicular)
Tratamento: tireoidectomia total + linfadenectomia PSA sugestivo de câncer (refinamento)
 FRAÇÃO LIVRE DO PSA <25%
NÓDULO TIREOIDIANO
 DENSIDADE DO PSA > 0,15
História + Exame físico  VELOCIDADE DE CRESCIMENTO > 0,75ng/mL/ano

Avaliar função tireoidiana = TSH TRATAMENTO
*Câncer não altera a função da tireoide Doença localizada Prostatectomia OU Radioterapia
Metástase Privação androgênica (“castração”)

Segundo o Ministério da Saúde, a única neoplasia a ser rastreada


em homens é o câncer colorretal (colonoscopia a partir dos 50ª)
CÂNCER DE BEXIGA
MED 04/05/2016 Liz Yumi Saguti
(hematúria e mais nada ... (BORMANN) Tipo III Ulcerado/bordos não nítidos
no máximo uma anemia por uma perda sanguínea crônica) Tipo IV Infiltrante (linite plástica)
CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS
Tipo V Não classificável
Homem branco > 70 anos
-------------------------------------------------------------------- Obs.: Maioria dos diagnósticos = tipo III
Fatores de Tabagismo, arilaminas, hidrocarbonetos, Estadiamento = esôfago
risco Schistosoma haematobium (até T1 = tumor precoce)
Clínica Hematúria
Diagnóstico Cistoscopia com biópsia Obs.: ASCITE = VIDEOLAPAROSCOPIA
para o estadiamento
Tratamento Superficial (submucosa)
Ressecção endoscópica +/- BCG intravesical Tratamento Curativo (sem metástase):
GASTRECTOMIA + LINFADENECTOMIA +/- QT + RT
Invasivo (muscular)
QT adjuvante + neoadjuvante DISTAL: GASTRECTOMIA SUBTOTAL (retira cerca de
Cistectomia + linfadenectomia 2/3 do estômago)
PROXIMAL: GASTRECTOMIA TOTAL
Metastática
QT +/- ressecção da doença residual
(*) BCG = bacilo atenuado de M. bovis >> objetivo = inflamar a CÂNCER COLORRETAL
bexiga, fazendo com que o sistema imune destrua algum ‘foco’
que ainda tenha restado (é como uma modalidade de QT) ASSOCIAÇÃO:
endocardite infecciosa por S. bovis e câncer
colorretal
CÂNCER DE ESÔFAGO

Associação: TILOSE História Na história natural tudo começa com um


(hiperceratose palmo-plantar) ADENOMA , que sofre degeneração 
ADENOCARCINOMA
Clínica CÓLON DIREITO: anemia ferropriva, massa
Tipos palpável, febre
ESCAMOSO - esôfago médio-superior
CÓLON ESQUERDO: diarreia, constipação
Fumo, álcool, tilose, acalasia
RETO: hematoquezia, fezes em fita, tenesmo
ADENOCARCINOMA - esôfago distal
Diagnóstico Colonoscopia + Biópsia
Barret (metaplasia intestinal)
Clínica Os tumores colônicos podem ser sincrônicos –
Disfagia progressiva, odinofagia,
por isso, uma retossigmoidoscopia irá
emagrecimento,..
visualizar apenas uma parte do intestino >>
Diagnóstico EDA + biópsia diagnóstico incompleto (lembrando que mais
Estadiament Tis Mucosa comumente teremos tumores a D)
o T1 Submucosa **TUMOR PRECOCE** CEA = acompanhamento
T2 Muscular Estadiament TeM = ESTÔMAGO
T3 Adventícia o N0 Sem linfonodo regional
T4 Outra víscera N1 1 a 3 linfonodos regionais
N0 Sem metástase para linfonodos N2 = ou > 4 linfonodos regionais
N1 Metástases em 1 a 2 linfonodos Tratamento CÓLON:
N2 Metástase em 3 a 6 linfonodos  Ressecção com margem de segurança +
linfadenectomia
N3 Metástase em = 7 ou mais linfonodos
 QT adjuvante
M1 Doença metastática
Tratamento QT + RT neoadjuvante + RETO: ----- importante----
ESOFAGECTOMIA + LINFADENECTOMIA  QT + RT neoadjuvante
exceção: T4 (*irressecável) e M1 -> paliativa  QT adjuvante
(*) aorta, corpo vertebral, traqueia
ATENÇÃO: TUMORES ALTOS (≥6cm): ressecção abdominal
Só mucosa envolvida >>> mucosectomia baixa (RAB) + anastomose colorretal
endoscópica TUMORES BAIXOS (≤5cm): ressecção
Até a submucosa >> esofagectomia + abdominoperineal (MILES) + colostomia
linfadenectomia (não é preciso de QT e RT) definitiva
Tumor que foi até a submucosa = tumor precoce! –importante--
Quando ressecar a doença metastática?
CÂNCER GÁSTRICO No fígado >> se até 3 lesões unilobares
ADENOCARCINOMA (90%) No pulmão e peritônio >> metástase única
Tipos Intestinal: homem, >50ª, melhor Obs.: o câncer colorretal tem um crescimento muito lento
(LAUREN) prognóstico, bem diferenciado, associado (demora cerca de 2 anos para dobrar de tamanho).
a gastrite crônica atrófica
Difuso: mulher, jovem, pior prognóstico, CÂNCER DE PÂNCREAS
pouco diferenciado, disseminação linfática
ADENOCARCINOMA DUCTAL (90%)
Clínica Dispepsia + emagrecimento Homem, negro, idoso, tabagista
Outros dados Krukenberg (ovário), Virchow Clínica Dor abdominal + emagrecimento
(linfonodo supraclavicular),
Síndromes Síndrome de Trousseau – tromboflebite
dermatomiosite (manif paraneoplásica)
paraneoplásica migratória
Diagnóstico EDA + Biópsia s Diabetes – se lesar >90%
Classificação Tipo I Polipoide Virchow
macroscópica Tipo II Ulcerado/ bordos nítidos
MED 04/05/2016 Liz Yumi Saguti
Se cabeça de SÍNDROME COLESTÁTICA
pâncreas (COURVOISIER)
(mais comum..)
Diagnóstico TC de abdome (a imagem , mesmo sem
biópsia já orienta para um tratamento
curativo – cirúrgico – ou não)
Marcador: CA19-9 > acompanhamento
Tratamento Curativo: sem metástase e sem invasão
vascular
CABEÇA = PANCREATODUODENECTOMIA
(WHIPPLE)
CORPO E CAUDA = PANCREATECTOMIA
DISTAL + ESPLENECTOMIA
..........
QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE

TUMORES HEPÁTICOS

MALIGNOS METÁSTASE
HEPATOCARCINOMA
BENIGNOS ADENOMA
HEMANGIOMA
HIPERPLASIA NODULAR FOCAL

MALIGNOS

METÁSTASE CÓLON/ PÂNCREAS/ MAMA


Múltiplos nódulos de tamanho semelhante
Tratamento: paliativo
Ressecar se: primário do cólon com até 3
lesões unilobares
HEPATOCARCINOM FATORES DE RISCO: CIRROSE, HEPATITE B
A DIAGNÓSTICO; alfafetoproteína/ TC
dinâmica (trifásica)* ou RNM
Na dúvida = biópsia
TRATAMENTO:
LESÃO ÚNICA + CHILD A = ressecção
LESÃO ÚNICA < 5 cm ou ATÉ 3 LESÕES < 3
cm (CHILD B e C) = transplante
LESÃO IRRESSECÁVEL= embolização
METÁSTASE = paliativo
(*) TC dinâmica (trifásica): sem contraste/ arterial/ portal
 captação arterial (“wash-out”)

BENIGNOS

HEMANGIOMA Mais frequente


Tratamento: expectante – exceção: sintomas,
sangramento
Risco de ruptura
HIPERPLASIA Segunda mais frequente
NODULAR Cicatriz central (grande característica)
FOCAL Tratamento: expectante
ADENOMA Associação: anticoncepcional oral
HEPÁTICO Risco de ruptura e malignização > ressecção

TC DINÂMICA (TRIFÁSICA)
HEMANGIOMA Captação arterial periférica
HIPERPLASIA Captação arterial “Roda de Carruagem”
NODULAR FOCAL
ADENOMA HEPÁTICO Captação arterial heterogênea

Você também pode gostar