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Turismo, Lazer e Gastronomia
Turismo, Lazer e Gastronomia
Gastronomia
Prof.a Talita Cristina Zechner Lenz
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Talita Cristina Zechner Lenz
a
L575t
ISBN 978-65-5663-307-7
ISBN Digital 978-65-5663-308-4
CDD 790.0135
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico!
O debate sobre o tema lazer tomou força nos últimos tempos. Muito
se discute sobre a importância do lazer para assegurar uma vida de qualidade
e, nesse sentido, o turismo é visto como uma grande oportunidade para
sanar as necessidades de lazer.
Outros elementos irão fazer parte dessa rica disciplina, que pretende
contribuir alargando as perspectivas que permeiam a questão do turismo,
lazer e gastronomia, oferecendo subsídios para conduzir com eficiência e
eficácia a qualidade de sua vida.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 59
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO
E GASTRONOMIA.................................................................................................. 63
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 109
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 175
UNIDADE 1 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Para muitas pessoas a palavra lazer parece trazer consigo um significado
de supérfluo, “perfumaria” (diriam alguns), ou, ainda, um antônimo de
prioridade. Outros já admitem sua importância para assegurar uma vida de
qualidade e mais equilibrada. A discussão em torno do tempo é carregada de
sentidos que se encontram atrelados a diferentes momentos históricos, isto é,
dizem respeito a uma construção cultural.
Neste tópico, vamos analisar, de forma introdutória, como o tema lazer foi
discutido ao longo da história. Vamos lá?
3
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
4
TÓPICO 1 — O LAZER NO CONTEXTO HISTÓRICO
um nível de produção que ultrapassasse o consumo, até então, maior que o dos
bens e serviços indispensáveis às famílias, isto é, no início do período industrial,
a luta pelo consumo e equipamentos eletrodomésticos e eletrônicos era grande,
pois antes o contato com tais aparatos domésticos era raro, e, portanto, a referida
etapa inicial é marcada por um intenso consumo. Certamente que havia restrições
de ordem financeira, o que dificultava o acesso a alguns itens, mas o desejo em
almejar tais produtos era grande. No Brasil, por exemplo, onde as condições de
financiamento eram mais dificultosas do que atualmente, havia os chamados
‘consórcios’ para aquisição de vários equipamentos, desde veículos até televisores.
5
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
FONTE: <http://cidademedieval.blogspot.com/2009/04/o-paternalismo-nas-relacoes-de-
trabalho.html>. Acesso em: 8 dez. 2011.
Conforme pode ser visto, a consolidação das leis trabalhistas foi um passo
de suma importância para o trabalhador brasileiro, tendo sido criado inclusive a
expressão “celetista” para se referir aos empregados enquadrados no referida lei.
Tendo em vista que as leis trabalhistas são relativamente antigas em nosso país, já
nos acostumamos e consideramos ‘normal’ o direito às férias remuneradas.
6
TÓPICO 1 — O LAZER NO CONTEXTO HISTÓRICO
Nos Estados Unidos, por exemplo, as férias pagas não são obrigatórias,
de tal forma que somente 67% dos servidores públicos e 80% dos trabalhadores
do setor privado têm direito a férias pagas de duração variável. No Japão,
outra potência econômica, os trabalhadores têm direito a 10 dias de férias não
remuneradas. Na China, por sua vez, os funcionários possuem atualmente o
direito de gozar de até três semanas anuais de férias, mas este direito não se aplica
em todos os setores (REVISTA FÓRUM, 2011).
7
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
FONTE: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/caminhada-rapida-pode-garantir-alguns-
anos-a-mais-de-vida>. Acesso em: 8 fev. 2012.
8
TÓPICO 1 — O LAZER NO CONTEXTO HISTÓRICO
imagem do político ideal era uma pessoa séria e sisuda, hoje, eles procuram
temperar sua imagem austera com outras mais lúdicas, do esportista ou
do artista entre outras. Neste limiar, diversas igrejas que mantinham suas
celebrações e liturgias sérias inicialmente, passaram incorporar gestos e
canções animadas para se tornarem mais atrativas. (CAMARGO, 1999). Ou
seja, não faltam exemplos a nossa volta para demonstrar que é possível ser
descontraído, alegre, sem deixar de ser responsável e comprometido.
9
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
TUROS
ESTUDOS FU
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Até o século XIX, pouco de falava sobre a usufruição do lazer e sobre a natural
necessidade de repouso, pois, durante essa fase, as pessoas sentiam seu valor
pessoal reduzido a sua capacidade de produção.
11
AUTOATIVIDADE
12
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Conforme foi possível notar na seção anterior, o termo lazer carece de
uma apreciação mais cuidadosa e precisa, para que possa ser tratado de maneira
adequada, seja no setor privado, no setor público, ou, ainda, no âmbito de nossas
vidas pessoais. Na sequência, você vai aprender como os estudiosos tratam o
assunto. Isto lhe permitirá solidificar a compreensão do tema. Em seguida, os
assuntos lazer e turismo serão aproximados para você entender as interfaces que
se estabelecem entre os dois fenômenos.
Bons estudos!
2 O QUE É LAZER?
O termo lazer surgiu na antiga civilização greco-romana e deriva do
latim licere, que significa ‘ser permitido’. Nesse período, o ideal de lazer estava
atrelado à plena expressão de si mesmo nos planos físico, artístico e intelectual
(CAMARGO, 1999).
14
TÓPICO 2 — DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
a) Caráter liberatório: o lazer resulta de uma livre escolha e seria falso dizer que
lazer é sinônimo de liberdade, ausentando qualquer possibilidade de obrigação
que pudesse estar relacionado ao lazer. O lazer é a liberação de certo gênero
de obrigações, mas depende, como toda atividade, das relações sociais e das
obrigações interpessoais, isto é, o lazer está sujeito às obrigações decorrentes
da formação de um grupo. Por exemplo, um grupo de amigos que se reúne
semanalmente para jogar pôquer, pode ter regras e obrigações, como chegar no
horário combinado, não faltar mais que duas vezes ao mês, ter de avisar quando
não puder comparecer etc. O aspecto liberatório do lazer está relacionado à
ausência de obrigações institucionais, imposta pelas instituições profissionais,
familiais, socioespirituais e sociopolíticas. Reciprocamente, quando a atividade de
lazer se torna uma obrigação, tal como sair para passear com a família de forma
imposta, ou quando o jogo de tênis semanal migra para a categoria profissional,
sob o ponto de vista sociológico, mesmo que o conteúdo técnico da atividade não
se altere, a atividade passa a ser uma obrigação e deixa de ser lazer.
b) Caráter desinteressado: o lazer não está fundamentalmente submetido a fim
lucrativo, tal como o trabalho profissional e, tampouco, a fim utilitário algum,
como as obrigações domésticas (limpar a casa) e, ainda, não possui finalidade
ideológica, como os deveres políticos, por exemplo. O lazer não se coloca a
serviço de nenhum fim material ou social, mesmo que tais aspectos perpassem
15
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
16
TÓPICO 2 — DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
3 TIPOS DE LAZER
Do mesmo modo como ocorre com o turismo, é possível classificar o
lazer em categorias para facilitar o entendimento das diferentes alternativas
existentes. O tipo de categoria irá variar de acordo com o critério e a finalidade
que se propõem. Inicialmente, apresenta-se uma divisão pautada no conteúdo da
atividade realizada com base em Dumazedier (1999), acompanhe:
17
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Por fim, o autor elabora o conceito de lazer habitual, que se perfaz das
sensações percebidas no intervalo das atividades cotidianas, à consciência
do dever cumprido e simples expectativa de diversão. Trata-se de um estado
psicológico ausente de preocupações. Como exemplo, seria a sensação de chegar
em casa ao final do dia e repousar no sofá, sem preocupações, apenas relaxando e
tendo em mente a sensação de que o dever daquele dia foi cumprido.
Ainda quanto aos tipos de lazer, é possível dividir as práticas de lazer que
acontecem dentro e fora de casa. É inegável que, por uma série de fatores como
financeiros, culturais, de transporte e até mesmo de acomodação, as pessoas
passam uma parte importante do tempo livre e do tempo de lazer em casa. De
maneira alguma, pode-se afirmar que o lazer dentro de casa é menos importante
que o lazer que implica saídas.
18
TÓPICO 2 — DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
19
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
20
TÓPICO 2 — DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
21
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
“Não há chuva nem vento. As pessoas não cospem nem jogam tocos
de cigarro no chão. Não há moscas. Não há cachorros. A vida sob o teto de
um shopping é tranquila, segura e acolhedora”, diz o consultor Paco Underhill,
autor do livro A Magia dos Shoppings (Best Books) e considerado um dos
maiores especialistas do mundo em comportamento do consumidor.
Praças
22
TÓPICO 2 — DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
23
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
com a ideia de que, consumindo, é possível ser mais feliz. “Todas as pessoas,
mesmo com pequeno poder aquisitivo, caem nessa armadilha: comprar para
compensar frustrações. Se isso puder ser feito em um lugar seguro (como o
shopping center), melhor ainda.”
24
TÓPICO 2 — DISCUTINDO O CONCEITO DE LAZER
Desta forma, fica nítido que o turismo não se reduz ao lazer, já que parte
significativa dos deslocamentos turísticos obedece a expectativas que vêm das
esferas de saúde, profissionais, familiares, entre outras, logo, as viagens ocorrem
por distintas motivações, ainda que estejam ligadas a valores e expectativas
nascidas do lazer (CAMARGO, 2001).
Trigo (2002) destaca que, apesar de o lazer ser notável em nosso país,
ainda existem consideráveis lacunas na elaboração da problemática envolvendo
o setor. Pormenorizando as debilidades existentes, verifica-se que o setor de
lazer é relativamente recente no Brasil, de tal forma que as pessoas não têm
consciência do que o setor supracitado pode representar em termos econômicos
ou profissionais. Além disso, pesa o fato de não existirem programas e controles
abrangentes de qualidade em lazer e, ainda, a constatação de que alguns setores
privados não conhecem profundamente o lazer e o turismo e, por este motivo,
não investem de maneira adequada em equipamentos, projetos e qualificação
profissional. O autor acrescenta que vários setores da sociedade civil ainda não
se sensibilizaram que o lazer é tão indispensável como a saúde e habitação, por
exemplo.
25
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cultura refere-se a um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e
deve ser classificado.
• O turismo pode ser uma alternativa na busca do lazer pelas pessoas, uma forma
de realizá-lo.
26
AUTOATIVIDADE
27
28
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Qual a importância do lazer na atualidade? Seria sua contribuição para
o bem-estar das pessoas? Um modo de recarregar as baterias para o trabalho
e estudo? Ou seria importante por sua capacidade de movimentar o mercado
enquanto modalidade de negócio? Neste tópico, vamos nos aproximar dos temas
citados a fim de compreender qual a contribuição deste importante fenômeno em
nossa sociedade.
29
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
maior que o da temporada passada, e, para algumas pessoas, esse pode ser o
grande barato do lazer. Sem contar inúmeras outras atividades que oferecem
um nível de competição, como as corridas de carte, torneio de golfe entre outros.
Atividades relacionadas à competição demandam autocontrole e disciplina.
c) Vertigem: existem várias formas de vertigem que podem ser vivenciadas pelo
lazer, seja a de uma montanha-russa, em assistir a um filme 3D no cinema,
alguma atividade radical, como o rafting, entre tantas outras. Esse tipo de
sensação permite explorar a capacidade de se deixar levar, de perder o controle
e de correr riscos com segurança, calculados.
d) Fantasia: a quarta categoria de motivação para o lúdico e para o lazer refere-se ao
desejo de ser diferente, de ser outro, de estar em lugares diversos. Novamente,
há uma estreita relação entre lazer e turismo, pois a viagem permite entrar
na fantasia e algumas pessoas pretendem parecer mais descoladas, mais ricas,
mais jovens, mais divertidas – diferentes dos traços do cotidiano. Existem
ainda inúmeras possibilidades para explorar a fantasia no bojo do lazer, como
através das artes (literatura, música, artes plásticas, teatro, cinema etc.).
30
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
31
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
32
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
33
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
34
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
1. A liberdade.
2. A paz de espírito.
3. A companhia agradável.
4. A ausência de problemas.
5. A solitude.
6. A convivência comunitária.
7. A conveniência econômica.
8. A conveniência financeira.
9. As situações novas.
10. As expectativas de conforto.
11. O poder aquisitivo.
12. O desejo de rupturas.
13. O desejo de aparecer.
14. O amor.
15. A paixão.
35
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
5 EMPREENDIMENTOS DE LAZER
Na sequência, apresentam-se algumas modalidades de empreendimentos
em lazer para ilustrar quão amplo é o segmento.
Bares e restaurantes
36
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Bibliotecas
Cassinos
Cartódromo ou kartodromo
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Cinemas
38
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Circo
FONTE: <http://www.cirquedusoleil.com/pt/home.aspx#/pt/home/about/details/cirque-du-
soleil-at-a-glance.aspx>. Acesso em: 10 jan. 2012.
39
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
DICAS
Clubes
Um fato curioso é que ao longo dos anos, os horários das baladas vêm se
alterando, com as festas começando cada vez mais tarde. Em algumas cidades,
é comum antes de ir para as discotecas ou casas noturnas fazer o chamado
‘esquenta’, reunião de amigos para tomar alguns drinks para então seguir para a
festa em si, depois da meia-noite.
40
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Hotéis de lazer
Museus
41
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Parques aquáticos
42
TÓPICO 3 — A IMPORTÂNCIA DO LAZER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Parques de diversão
43
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Pesque e pague
Teatros
44
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
45
AUTOATIVIDADE
2 Cite duas motivações comuns das pessoas que buscam o lazer, de acordo
com o conteúdo estudado no tópico.
46
TÓPICO 4 — O
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
As discussões sobre o tema do lazer perpassam por várias áreas do
conhecimento, como o turismo, a economia, a psicologia, a educação física e
a sociologia. Neste tópico, vamos lançar um olhar especial sobre essa última
disciplina a fim de entender que papel cumpre o lazer no contexto social.
Padilha (2002) aborda tal questão e explica que, muitas vezes, o lazer acaba
se configurando como residual, como compensatório, sendo considerado como
uma fonte de recuperação de energias que se perdem no trabalho ou no tempo
de realizar obrigações. Nesse sentido, o quadro que se forma é funcionalista, isto
é, o lazer é encarado como um remédio capaz de curar os males que a sociedade
provoca.
47
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
DICAS
48
TÓPICO 4 — O O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
49
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Convém apontar que essas duas teorias podem se relacionar entre si,
dependendo da maneira que se trabalha com cada uma delas. Por exemplo, a
ideia de lazer como uma restauração para o trabalho não é equivocada, porém não
é exclusiva, quer dizer, sua única razão de ser. O lazer pode servir para alguma
coisa (racionalidade instrumental) ou não (racionalidade substantiva), ter sentido
por si só, como o desfrutar do ócio, ficar de pernas para o ar, simplesmente pelo
prazer do nada fazer.
50
TÓPICO 4 — O O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
A partir das teorias dos tempos sociais, surge, então, uma pergunta que
parece crucial para reiterarmos a importância de caracterizar esses três conceitos,
que dão título ao artigo, a saber, ócio, tempo livre e lazer. Considerando que, ao
longo da sociedade industrial, foi o trabalho a atividade que ocupou a centralidade
na organização da temporalidade social, seria o ócio a atividade que ocuparia
na sociedade pós-industrial o lugar que foi ocupado pelo trabalho na sociedade
industrial? A atividade social e o tempo que a demarca precisam ser postos em
discussão para que tenhamos elementos para a formulação de uma análise crítica
do contexto social em que hoje vivemos.
51
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
52
TÓPICO 4 — O O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
53
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
Estudos atuais evidenciam que ambos são muito diferentes pelo contexto
de liberdade que invocam. No caso, um se apresenta na dinâmica social brasileira
carregado dos valores do capital, relacionando-se diretamente com tempo de
reposição de energia para o trabalho. O outro envolve um sentido de utopia
por orientar a uma liberdade supostamente, longe de ser alcançada, haja vista a
própria dinâmica socioeconômica preponderante.
54
TÓPICO 4 — O O LAZER NO CONTEXTO SOCIAL
[...]
55
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LAZER
A palavra ócio, derivada do latim otium, significa o fruto das horas vagas,
do descanso e da tranquilidade, possuindo também sentido de ocupação suave
e prazerosa, porém, como ócio, abriga a ideia de repouso, confunde-se com
ociosidade.
FONTE: AQUINO, Cássio Adriano Braz; MARTINS, José Clerton de Oliveira. Ócio, lazer e tempo
livre na sociedade do consumo e do trabalho. Revista Mal-estar e subjetividade. Fortaleza, v.7,
n. 2, p. 479-500, set. 2007. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/dcefs/
Prof._Adalberto_Santos/4-ocio_lazer_e_tempo_livre_na_sociedade_do_consumo_e_do_
trabalho_22.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2012.
56
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• A educação para o lazer tem como finalidade formar o indivíduo para que
viva o seu tempo disponível da forma mais positiva, sendo um processo de
desenvolvimento total através do qual um indivíduo amplia o conhecimento
de si próprio, do lazer e das relações do lazer com a vida e com o tecido social.
CHAMADA
57
AUTOATIVIDADE
2 Qual é o sentido de afirmar que o lazer deve fazer parte de uma cultura
vivenciada?
58
REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. V. de. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no
trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
59
GEE, C. Y.; FAYOS-SOLÁ, E. Turismo internacional: uma perspectiva global. 2.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
60
TASCHNER, G. B. Lazer, cultura e consumo. Revista Administração de
empresas, São Paulo, v. 40, n. 4, p. 38-47, out/dez 2000.
61
62
UNIDADE 2 —
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
63
64
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
OS CONSUMIDORES DE LAZER
1 INTRODUÇÃO
Cada cultura possui os seus valores definidos. Eles estabelecem correlação
com o sistema técnico vigente, que, em toda sociedade, influi a capacidade de
consumo de bens e serviços, as formas de trabalho e de vida e, especificamente,
a forma de uso do tempo livre (BACAL, 2003). Neste tópico, estudaremos os
diferentes consumidores de lazer.
65
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
FONTE: <https://pix10.agoda.net/hotelImages/390/3906/3906_1209131616007444160.
jpg?s=1024x768>. Acesso em: 30 set. 2020.
66
TÓPICO 1 — OS CONSUMIDORES DE LAZER
3 O LAZER E OS ADULTOS
Dentre os públicos que desfrutam do lazer, os adultos são aqueles que
apresentam mais dificuldades para desfrutar da atividade em sua plenitude. É um
público difícil de trabalhar porque, considerando algumas exceções, os adultos
tendem a apegar-se a hábitos adquiridos, a pessoas e a atividades as quais se
acostumaram pela rotina, pela conveniência e por necessidades (ANDRADE, 2001).
67
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
Ocorre também que, a fim de não desejarem correr o risco de serem levados
a reações que possam criar-lhes constrangimentos ou forçar-lhes a rupturas em
seu modo de levar a vida, os adultos costumam fazer de tudo para garantir o clima
de coexistência pacífica (ANDRADE, 2001). Não restam dúvidas que as mutações
do mundo atual vão progressivamente afastando os indivíduos do convívio
social de caráter lúdico, de modo que os tempos modernos impõem outras
formas de lazer, deslocando o eixo do lazer compartilhado para modalidades
individuais (NEGRINI; BRADACZ; CARVALHO, 2001). As formas individuais
de lazer são impulsionadas pela tecnologia, por meio de equipamentos como os
computadores portáteis, tablets, a televisão, os celulares, os videogames entre
outros, fato perceptível já na fase infantil.
68
TÓPICO 1 — OS CONSUMIDORES DE LAZER
melhorar sua saúde: seu cônjuge e seu médico lhe dizem isso, sem contar toda a
informação disponível nos canais de comunicações (internet, revistas, televisão
etc.), contudo, muitas vezes, ela não consegue mudar o seu estilo de vida. O que
falta para convencer uma pessoa assim? A resposta não é fácil e nem evidente. Um
caminho parece ser a insistência e a constante busca por maneiras de sensibilizar
os adultos para os benefícios que o lazer lhes reserva.
FONTE: <http://rondoniadigital.com/wp-content/uploads/2010/09/idosos.png>.
Acesso em: 30 set. 2020.
70
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
71
AUTOATIVIDADE
72
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
RECREAÇÃO E LAZER
1 INTRODUÇÃO
O termo “recreação” é amplamente utilizado e conhecido e, inclusive,
algumas pessoas o entendem como um sinônimo de lazer. Nesse tópico,
exploraremos o tema da recreação visando entender a sua relação com o fenômeno
do lazer e do turismo.
Vale lembrar que da mesma forma como ocorre com o turismo, que possui
termos e palavras específicas para cada ação empreendida, no dia a dia, muitas
vezes ocorre uma utilização de termos inadequados, como é o caso de excursão,
por exemplo. Da mesma forma, é possível que você visualize no cotidiano do
seu campo de atuação, o emprego de termos pouco apropriados e específicos,
como “departamento de recreação do hotel”, enquanto o mais adequado seria
“departamento de lazer”, dada a amplitude das tarefas empreendidas. Nesse
caso, o importante é ter discernimento dos sentidos e após a construção de um
relacionamento (o que demanda certo tempo), você pode sugerir uma alteração.
O que não soa bem é a partir de um determinado conhecimento sair criticando
todas as pessoas e iniciativas e querer que as mudanças ocorram rapidamente. Os
relacionamentos de trabalho são construídos gradualmente.
73
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
74
TÓPICO 2 — RECREAÇÃO E LAZER
• Oficinas de poesia.
• Oficinas e tour de fotografia (aproveitando a paisagem e espaços de lazer
comuns nos hotéis).
• Aulas de culinária.
• Aulas para aprender a preparar drinques.
• Oficinas sobre os ícones da Música Popular Brasileira.
• Oficinas sobre os principais talentos das artes plásticas no Brasil.
• Oficinas sobre como aproveitar melhor os passeios nas galerias e exposições de
artes.
• Oficina de introdução à musica clássica.
• Oficina sobre dicas de moda.
• Minicursos de automaquiagem.
• Minicurso para churrasqueiros.
• Minicurso sobre o uso de chás, ervas e temperos etc.
FONTE: <https://http2.mlstatic.com/como-montar-escola-de-culinaria-gastronomia-sebrae-D_
NQ_NP_428915-MLB25359891555_022017-F.jpg>. Acesso em: 30 set. 2020.
75
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
76
TÓPICO 2 — RECREAÇÃO E LAZER
que pareça óbvio para alguns, sempre pode existir um “perdido” que vá de calça
jeans para aula de alongamento ou com sua vasta, longa e rebelde cabelereira
solta na aula de culinária. Cabe ao responsável pela atividade pensar em todos
os detalhes que possam assegurar uma experiência mais agradável e harmoniosa
possível. Também é importante mencionar se as atividades são mantidas no caso
de mal tempo e outras informações que podem ser úteis. Lembre-se de que cada
hóspede possui personalidade diferente e, alguns, por exemplo, podem deixar
de participar de alguma atividade por vergonha ou acanhamento em ligar para a
recepção e tirar alguma dúvida.
77
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem várias áreas para atuar na recreação entre elas: pública, comercial,
industrial, escolar, turístico-hoteleira, ecológica e hospitalar.
78
AUTOATIVIDADE
79
80
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
ESPORTE E LAZER
1 INTRODUÇÃO
Grande parte da população em nosso país, quando opta por alguma
atividade corporal, não tem como finalidade o rendimento ou um desempenho
profissional, mas uma forma de se exercitar no tempo de lazer, fato que explicita a
relação direta que se estabelece entre esporte e lazer (BRUHNS, 1997). Conforme
você aprendeu, o fenômeno do lazer abarca uma série de atividades diferenciadas,
de cunho recreacional, lúdico, artístico, cultural e esportivo.
81
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
82
TÓPICO 3 — ESPORTE E LAZER
nos jogos de futebol, com uma série de animações gráficas para mostrar, por
exemplo, a distância de um determinado lance e se esse estava impedido ou não.
Tais aparatos cativam os espectadores e ajudam até leigos entender melhor as
regras do jogo e passam a ficar mais motivados para acompanhar as partidas.
83
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
84
TÓPICO 3 — ESPORTE E LAZER
Norte 449 24 6 3 1 1 - -
Rondônia 52 - - - - - - -
Acre 22 2 1 1 - - - -
Amazonas 62 6 1 - - - - -
Roraima 15 3 - 1 - - - -
Pará 143 8 4 1 1 1 - -
Amapá 16 4 - - - - - -
Tocantins 139 1 - - - - - -
Nordeste 1 790 33 13 1 5 - - -
Maranhão 217 - - - - - - -
Piauí 222 - - - - - - -
Ceará 184 9 1 - 2 - - -
Rio Grande do
Norte 165 4 2 - 2 - - -
Paraíba 223 2 1 1 - - - -
Pernambuco 185 7 4 - - - - -
Alagoas 102 - - - - - - -
Sergipe 75 7 4 - 1 - - -
Bahia 417 4 1 - - - - -
85
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
Para finalizar o debate sobre o tema esporte, o qual muitos vezes não recebe
a devida atenção por parte dos gestores de turismo, defende-se o argumento
que o esporte, lazer e turismo podem compor uma mesma equação, permitindo
alternativas de lazer completas e especializadas.
86
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Grande parte da população em nosso país, quando opta por alguma atividade
corporal, não tem como finalidade o rendimento ou um desempenho
profissional, mas uma forma de se exercitar no tempo de lazer.
87
AUTOATIVIDADE
88
TÓPICO 4 —
UNIDADE 2
TURISMO E GASTRONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Compreender o turismo gastronômico é entender que cada cultura
gastronômica deriva de uma combinação única de geografia, história, povos com os
quais se fazia comércio ou mesmo que conquistaram o local e com os ingredientes
naturalmente disponíveis na região. Esse estudo por vezes auxilia a compreender
que o planeta todo se une pelos detalhes gastronômicos compartilhados.
2 VIAGEM GASTRONÔMICA
Apesar de termos sido colônia de Portugal desde o descobrimento
até 7 de setembro de 1822, para muitos é difícil identificar o que de fato temos em
nossa cultura alimentar que deriva dos costumes portugueses. Não foram só os
portugueses que influenciaram a gastronomia brasileira. Por nossa história, outros
povos trouxeram produtos e costumes que se mesclaram à cozinha nacional.
Da mesma forma, foram eles que trouxeram grande parte dos produtos
que temos em nossas mesas atualmente. Grande parte das frutas que comemos
diariamente foi introduzida pelos colonizadores. O mesmo aconteceu para
raízes, como cenoura e beterraba; oleaginosas, como amêndoas, nozes e pistache;
grãos, como trigo, cevada, arroz e aveia; as especiarias asiáticas; ingredientes
básicos, como cebola, alho, salsão, vinagres, vinhos etc.
89
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/65/Mapa_europa.
svg/1020px-Mapa_europa.svg.png>. Acesso em: 3 ago. 2020.
90
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
91
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
92
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
Como veremos nas receitas deste tópico, os frutos do mar estão presentes
principalmente nas regiões litorâneas portuguesas. Além dos pescados, os
portugueses possuem paixão pelos pães, sopas, assados, doces e açordas.
93
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/b8/db/39/b8db39152e60365e656e6a2612a390c2.png>.
Acesso em: 6 ago. 2020.
94
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
FONTE: <https://static.todamateria.com.br/upload/58/51/58513f3fdaea8-alemanha.jpg>.
Acesso em: 8 ago. 2020.
As estações no país são muito bem definidas, com isso, o menu se altera
de acordo com os produtos disponíveis. Na primavera, que vai de março a
maio, após inverno rigoroso, traz à mesa pescados como caranguejo, bacalhau,
lagosta, ostra, truta e carpa. A horta presenteia os alemães com couve-flor,
cebola, raiz-preta (schwarzwurzeln), cenoura, aspargos brancos, brotos diversos,
alho-de-urso (similar ao alho-poró), alfafa, alfaces, cogumelos e capuchinha
(GRABOLLE, 2013).
95
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
96
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
ovinos e caprinos se adaptaram melhor. Com isso, muitos pratos são elaborados
com suas carnes, mas também os queijos produzidos ali derivam principalmente
do leite destes animais.
Queijo Feta: queijo branco curado e salgado com pequenos buracos e sem
casca, produzido com 70% de leite de ovelha e 30% de leite de cabra. É conhecido
desde a época do Império Bizantino com o nome de ‘prósphatos’, que significa
“recente”, ou seja, “fresco”, e era produzido principalmente em Creta.
97
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
98
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
Seu norte é seco e mais frio, fazendo fronteira com Rússia e Mongólia,
diferentemente do Sul, mais úmido e quente, com presença de florestas nas
fronteiras com Laos, Vietnã e Mianmar. Povos já estavam bem estabelecidos
99
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
às margens do rio Amarelo desde 2000 anos a.C., tendo sido governada pelas
conhecidas dinastias e impérios ao longo dos tempos. As dinastias perduraram
até 1912, quando se instaurou a república (PENA, 2018).
100
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
2.7 ÍNDIA
A nação localizada no Centro-sul da Ásia possui mais de 1,4 bilhão de
habitantes (LONELY PLANET, 2020b) e, em breve, deve passar a população
chinesa, tornando-se a maior do planeta.
Seu clima é em grande parte de monção, que alterna bastante clima seco
e chuvoso com fortes incidências de ventos, equatorial, árido e de montanha.
Além do Hinduísmo já citado (mais de 80% da população), há também no país
praticantes do Islamismo (11%), Cristianismo (3,8%), Sikhismo (2%) e Budismo,
Jainismo e outras com menores percentuais (LONELY PLANET, 2020b).
101
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
102
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
103
UNIDADE 2 — TEMAS CENTRAIS PARA O ESTUDO DO LAZER, TURISMO E GASTRONOMIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Bettina Monteiro
Subir morro, andar até fazer bolhas nos pés, esfolar-se, arrepiar-se de
medo e acabar o dia esgotado numa cama nada confortável não são atividades
geralmente associadas a férias ideais. No entanto, cada vez mais brasileiros
alistam-se nas fileiras do turismo de aventura, exatamente para passar por essas
desventuras. Todo mundo sabe que corpo cansado dá a agradável impressão de
vitória sobre a vil matéria. E que, à adrenalina liberada diante de um penhasco,
segue-se uma incrível sensação de prazer. Todavia, o motivo mais contundente
para tanta gente passar maus bocados por livre e espontânea vontade não
é a bioquímica, e sim o cenário. Só o turismo de aventura leva a algumas das
paisagens mais excepcionais do Brasil. Muitas inatingíveis para quem não se
dispõe a padecer um pouquinho na Terra antes de atingir o paraíso, que pode
estar logo ali, no alto de uma montanha ou no fundo de uma caverna.
104
TÓPICO 4 — TURISMO E GASTRONOMIA
O turismo de aventura fez com que Brotas passasse dos dois hotéis que
tinha dez anos atrás para vinte. Hoje a cidade recebe 100.000 turistas por ano. O
modelo deu tão certo que vem sendo copiado. Basta a geografia colaborar. No
Parque Nacional de Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul, os cânions são
percorridos a pé e de balão. No Vale do Itajaí, em Santa Catarina, as agências
locais já oferecem rafting no Rio Itajaí-Açu. No Paraná, os turistas aventuram-
se em caminhada, rappel e ciclismo no Cânion Guartelá, o sexto do mundo em
extensão. Em Itacaré, na Bahia, os nativos tornaram-se guias de trilhas pelas serras
encostadas no mar, de rafting pelos rios íngremes e de rappel nas cachoeiras. O
espetáculo da natureza costuma conquistar até os mais renitentes sedentários.
FONTE: REVISTA VEJA. Férias com fôlego. 2012. Disponível em: http://veja.abril.com.br/
especiais/turismo/p_058.html. Acesso em: 19 jan. 2019.
105
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• A cozinha da América do Sul e Central tende a ser uma mescla entre a cultura
nativa, europeia (principalmente espanhola) e africana. Alguns países possuem
mais cultura nativa, outros mais europeias e outros mais africanas, contudo, é
nítida a presença de todas elas nos países apresentados.
• Batata, milho, tomate e abacate estão presentes em todos os cantos das Américas.
Estes produtos nativos do continente formam a base alimentar de grande parte
da população. Para os países no território amazônico, a mandioca ganha mais
importância, sendo alimento diário.
106
• Já a feijoada, que é tão brasileira, é uma excelente mescla de culturas.
• A pasta de camarão, popular pela Ásia, é elaborada com camarões que são
fermentados, possuindo odor muito forte. Entretanto, quando adicionada aos
preparos quentes, aflora-se com notas interessantes de sabor e aroma.
CHAMADA
107
AUTOATIVIDADE
108
REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. V. de. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
109
GAVALAS, G. D. A cozinha grega. São Paulo: Melhoramentos, 2001.
IBGE. Perfil dos municípios brasileiros – esporte. 2003. Disponível em: https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv29131.pdf. Acesso em: 18 ago. 2020.
110
PENA, R. A. China. 2018. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.
br/china/. Acesso em: 17 dez. 2020.
111
112
UNIDADE 3 —
TURISMO E LAZER —
TEMAS TRANSVERSAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
113
114
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
O comportamento reflete as atitudes do homem, que estão diretamente
vinculadas àquilo que a pessoa pensa, acredita e vê, e se realiza graças à capacidade
cognitiva e emocional de cada um. Neste sentido, a direção, a persistência e a
finalidade de um comportamento constituem o objeto de estudo da motivação,
isto é, trata-se de uma área de estudo que analisa quais razões e estímulos
norteiam as ações individuais. (BACAL, 2003). Vamos nos debruçar então sobre o
comportamento e a motivação dos consumidores de lazer e turismo.
115
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
116
TÓPICO 1 — MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
Auto-Realização
Auto Estima
Necessidades Sociais
Necessidades de Segurança
117
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
Isto quer dizer que muitas pessoas não foram educadas para o desfrute
do lazer e não possuem o costume de realizar certo esforço para organizar e
viabilizar seu lazer, seja organizando mentalmente suas atividades com cuidado,
afim de que sobre mais tempo para descansar; pesquisando em sites e jornais a
programação artística e cultural da sua cidade; economizando dinheiro ao longo
de todo o ano para poder realizar um passeio nas férias; planejando o ambiente
de sua casa (quartos, salas e varandas) para que estes fiquem mais aconchegantes
e estimulantes para o convívio social etc.
118
TÓPICO 1 — MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
Para Coriolano e Silva (2005) a viagem turística de lazer possui por objetivo
a busca do prazer e do gozo, permitindo a pessoa se distanciar do seu cotidiano,
propiciando o encontro com o novo, o diferente e visa satisfazer diversos prazeres
que vão do luxo ao consumo, avançando para o resgate psíquico que permitiria,
de certa forma, a pessoa ser mais feliz. Evidentemente, as viagens de lazer são
bastante distintas das viagens realizadas por razões de negócios, seja em sua
motivação e pelas características inerentes a cada modalidade. Swarbrooke e
Horner (2002) identificam as diferenças no quadro a seguir:
119
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
120
TÓPICO 1 — MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
121
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
durante uma viagem de férias é comum que o sujeito leve alguns dias (ou pelo
menos algumas horas) para se ambientar e passar a desfrutar do seu tempo de
lazer. Por tal razão, o turismo é tão eficiente na tarefa de permitir a restauração
mental, física e psicológica, pois usualmente, assegura tempo e espaço para tanto.
Tal fato é realmente instigante, mas é notável que muitas pessoas mudam
sua postura e sua atitude quando viajam. Algumas se tornam mais expansivas
e alegres, outras passam a utilizar roupas bem mais coloridas, vibrantes e
despojadas do que no dia a dia, outras demonstram interesse por assuntos que
antes pareciam não lhe agradar. Se a viagem for em grupo então, parece que
as mudanças e até mesmo os exageros são potencializados. Como é notável em
várias situações cotidianas, duas moças acomodadas em um restaurante, tendem
a falar em um tom de voz natural. Em um grupo de dez mulheres, por sua vez,
a tendência é um aumento expressivo no tom da conversação e que estas se
apresentem de forma mais expansiva. O estudo do comportamento das pessoas
e dos diferentes consumidores é um tema complexo que cresce nos últimos anos.
122
TÓPICO 1 — MOTIVAÇÕES PARA O LAZER E O TURISMO
123
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• As motivações são as causas subjetivas que vão fazer com que o turista decida
sua viagem.
CHAMADA
124
AUTOATIVIDADE
125
126
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
O LAZER E A EMPRESA
1 INTRODUÇÃO
Durante muitos anos, os tempos de trabalho e os tempos de lazer
mantiveram-se claramente separados e a dicotomia existente impedia a realização
de práticas mais integradoras. Nos últimos anos, essa realidade foi alterada e no
âmbito das organizações, o lazer passou a ser debatido e incorporado por muitas
empresas. Neste tópico, vamos analisar de que modo ocorreu esse processo e
observar quais são os avanços e as fragilidades que permeiam essa relação.
127
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
128
TÓPICO 2 — O LAZER E A EMPRESA
129
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
130
TÓPICO 2 — O LAZER E A EMPRESA
131
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
Priscilla Nery
132
TÓPICO 2 — O LAZER E A EMPRESA
133
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
134
TÓPICO 2 — O LAZER E A EMPRESA
135
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
136
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
137
AUTOATIVIDADE
5 Cite três atividades de lazer que podem ser realizadas nas empresas.
138
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
LAZER E TECNOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Após a Revolução Industrial, o advento tecnológico impulsionou uma
série de inovações e mudanças que passaram a fazer parte da vida das pessoas
e das empresas. No âmbito do lazer e do turismo, a tecnologia também foi
responsável por profundas alterações e indispensável para que se criassem novas
modalidades de entretenimento. Neste tópico, vamos analisar de que modo a
tecnologia e os avanços da era digital interferem no lazer das pessoas.
139
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
140
TÓPICO 3 — LAZER E TECNOLOGIA
141
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
142
TÓPICO 3 — LAZER E TECNOLOGIA
143
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
144
TÓPICO 3 — LAZER E TECNOLOGIA
Sob o ponto de vista econômico, tamanho é o sucesso dos video games como
forma de entretenimento que nos últimos anos, despontam-se novos cursos, em
nível técnico e de graduação, focados na elaboração de jogos.
Simone Tinti
Jogos de video game sempre geram polêmica entre os pais. Afinal, fazem
bem ou mal para as crianças? Para a psicóloga Andréa Jotta Nolf, do Núcleo de
Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI) da PUC-SP, as crianças de hoje
não conhecem o mundo sem tecnologia. Portanto, não seria possível privá-las
do video game.
145
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
Uma saída para o equilíbrio é oferecer mais opções de lazer dos filhos.
Além de jogar video game, eles devem ter outras formas de diversão, como a
prática de esportes ou brincadeiras ao ar livre. Além disso, o game não pode
atrapalhar a hora da lição ou do banho. “Os pais precisam criar regras e serem
firmes na execução delas. Até pode ser atraente ter algumas horas de sossego,
com o filho quietinho em frente à televisão ou computador, mas os combinados
devem ser seguidos”, explica.
Prislaine Krodi diz, ainda, que no caso dos games violentos, a atenção
deve ser maior com os menores de 7 anos. “Até essa idade, aproximadamente,
a criança não separa muito bem a fantasia da realidade”, diz. Uma solução
é explicar a diferença do que acontece no jogo e na vida real e, se possível,
incentivá-lo a brincar com outro game. “Os pais precisam saber o que o filho
está jogando, discutir o que acontece na tela e oferecer outras opções”, afirma
Prislaine.
Com relação ao advento tecnológico, vale a pena comentar que sempre que
surge uma nova forma superior ou diferente de tecnologia, é comum que ocorra o
pensamento de que a forma anterior será deixada totalmente para trás. No caso do
vídeo cassete, por exemplo, foi o que aconteceu com o surgimento do aparelho de
DVD, a forma mais moderna tornou totalmente obsoleta a modalidade anterior.
Em outros casos, entretanto, a transição pode ser mais lenta e a substituição pode
não ser total. Um exemplo é o rádio, que embora antigo e com substitutos mais
arrojados, ainda faz parte da realidade cotidiana. O livro e as bibliotecas podem
ser outra demonstração, pois embora existam amplos acervos digitais, o domínio
ainda é o das obras impressas.
146
TÓPICO 3 — LAZER E TECNOLOGIA
147
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A concepção de que o lazer cultural seria uma forma mais sofisticada e que
seria destinada a camadas privilegiadas da população, precisa ser abandonada
nos dias de hoje.
148
AUTOATIVIDADE
149
150
TÓPICO 4 — O
UNIDADE 3
LAZER E O JOGO
1 INTRODUÇÃO
Muitos turistas viajam motivados em participar de jogos e apostas. O
jogo é um segmento do turismo que cresceu nos últimos anos. Existem destinos
e cruzeiros famosos por seus cassinos, e talvez Las Vegas seja um ícone desse
segmento. Neste tópico, vamos estudar a relação que se estabelece entre os jogos,
o lazer e o turismo.
2 OS JOGOS E OS CASSINOS
O primeiro cassino europeu foi fundado por volta de 1638, quando os
venezianos decidiram trabalhar profissionalmente o jogo, batizando-o de Il
Redotto e, em seguida, fundaram diversos outros. Nesse período inicial, houve
muitas brigas, impasses e falências, pois muitas famílias levaram suas finanças a
ruínas, jogando suas posses e até sua dignidade pessoal nas mesas e nas roletas.
Passado o período de conflitos e tumultos, houve a regulamentação do jogo e dos
cassinos, que há séculos compõe um dos setores mais lucrativos no âmbito do
lazer, nos países onde sua prática é legalmente permitida. (ANDRADE, 2001b).
151
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
152
TÓPICO 4 — O LAZER E O JOGO
Ciudad Del Leste (CDE), no Paraguai, têm dois cassinos – Gran Casino
Paraná e Gran Casino Itaipu. Com ambientes cuidadosamente decorados,
sempre com muito glamour e elegância, ambos levam os visitantes a cenários
que lembram os grandes centros de jogos, como Las Vegas.
“De cara nova” – Outra opção é o Gran Casino Paraná (antigo Casino
Acaray), que foi remodelado recentemente e se tornou opção de lazer para toda
a família. A casa de jogos conta também com boate e restaurante internacional,
com um cardápio para agradar aos paladares mais exigentes. Caso a intenção
seja apenas um happy hour, o Casino Paraná é uma boa opção para saborear
petiscos. Essa nova estrutura foi inaugurada no final de outubro do ano
passado. Situado próximo ao Rio Paraná, o cassino é anexo ao luxuoso Hotel
Casino Acaray, de padrão quatro estrelas. O local ganhou fama internacional
por ter sido cenário para a gravação do filme “Miami Vice”.
153
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
154
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
155
AUTOATIVIDADE
156
TÓPICO 5 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Se a tarefa de relacionar alguns assuntos, como lazer e trabalho, podem
requerer algum esforço inicial, algumas associações parecem tão evidentes e
parecem se encaixar perfeitamente. Festa e lazer são um desses casos. A festa é
uma expressão de alegria, de diversão, de encontro. As festas são uma forma de
lazer muito difundida e antiga. Neste tópico, vamos abordar a questão das festas
e do lazer.
2 FESTAS E TURISMO
As festas são um espetáculo à parte e ocorrem em um espaço e tempo
especiais e o setor do entretenimento empreende significativos esforços para fazer
com que as pessoas se abstraiam de seu lugar comum social e temporal a fim de
integrá-las na esfera festiva. As festas podem acontecer em diferentes espaços, tais
como: ruas, clubes, bares, praças das cidades, centros de eventos entre outros. As
festas permitem explorar a variável temporal de diferentes formas. O complexo
Disney Village, em Orlando, Flórida, comemora todas as noites, à meia-noite,
uma festa de réveillon. (TRIGO, 2003).
157
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
158
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
159
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
A cada ano que passa, o carnaval brasileiro toma força e os desfiles das
escolas de samba, do Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente, são atrações
aguardadas por muitos durante vários meses.
160
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
Seja para descansar ou para cair na folia, o fato é que o brasileiro vai
sair de casa durante o carnaval. É o que revela levantamento do Ministério do
Turismo que estima a realização de seis milhões de viagens, dentro do Brasil,
no período que começa na sexta-feira (17) e se estende até a Quarta-Feira de
Cinzas (22).
161
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
LEITURA COMPLEMENTAR
1. INTRODUÇÃO
162
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
É nesse sentido que Ecléa Bosi (1981) insiste em destacar que o lazer deve
ser sempre definido em relação (de posição e oposição) ao trabalho. Não com fato
externo, mas como é vivido pelo trabalhador, como é integrado na vida cotidiana
e qual é a significação para a sua consciência.
163
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
2. FESTA
164
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
Capra, em sua obra às conexões ocultas (2002, s.n.), diz que “a capacidade
marcante do nosso planeta é a sua capacidade intrínseca de sustentar a vida” e
sinto-me tentada a parafraseá-lo dizendo que a capacidade marcante do Homem
é a sua capacidade de sustentar a vida social. Entre os mecanismos alienantes
da economia e as limitações opressoras do poder, o Homem reage infiltrando,
nos interstícios da sociedade, formas de vivências revitalizadoras para recuperar
seu sentido de participação e construção de identidade. Assim, numa convivência
solidária, em diferentes modos de ser e viver, os homens criam, imaginam e
inventam formas de sustentar o humano no social, a identidade na impessoalidade.
165
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
3. METODOLOGIA
4. O FESTEJAR
166
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
5. FESTA DE PARINTINS
167
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
Tudo que se possa ler e ouvir, imagens que se possam ver, não conseguem
transmitir a efervescência da festa, seu aspecto monumental e seu clima feérico.
Ao amanhecer do primeiro dia dos festejos a cidade entra em ebulição. As ruas
se transformam, num abrir e fechar de olhos, barracas se erguem com os mais
variados produtos e as embarcações típicas do amazonas, com dois ou três
andares e dezenas de redes para acomodar os passageiros, buscam lugar para
atracar. Desse momento em diante, as ruas centrais, se transformam em palco
onde milhares de turistas passeiam, dançam e compram artesanato. Sucos de
frutos afrodisíacos são anunciados e pratos típicos são disputados nas barracas.
Bicicletas, transformadas em ‘taxi’, disputam espaço com os turistas.
168
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
6. A FESTA DA CAVALHADA
169
UNIDADE 3 — TURISMO E LAZER —
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vemos, portanto, que a festa é uma realidade social que requer abordagens
e interpretações múltiplas e complementares. Entre elas, gostaria de ressaltar o
fato de que ela é um espaço privilegiado para a prática do lazer.
170
TÓPICO 5 — FESTAS, LAZER E CULTURA
REFERÊNCIAS
171
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
172
AUTOATIVIDADE
173
174
REFERÊNCIAS
ANDRADE, José Vicente de. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no
trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
BACAL, Sarah. Lazer e o universo dos possíveis. São Paulo: Aleph, 2003.
175
BRAMANTE, Antônio Carlos. Qualidade no gerenciamento do lazer. In:
BRUHNS, Heloísa Turini (Org.). Introdução aos estudos do lazer. Campinas:
Editora da UNICAMP, 1997.
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna,
1999.
176
DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer. 2. ed. São Paulo: SESC,
1999.
TOZZI, Elisa; OHL, Murilo. Seu cérebro no trabalho. Revista Você S/A.
Disponível em: <http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/seu-
cerebro-trabalho-612822.shtml#>. Acesso em: 18 dez. 2011.
177
GOOGLE – Cultura da epresa. Disponível em: <http://www.google.com/intl/pt-
BR/about/corporate/company/culture.html>. Acesso em: 18 fev. 2012.
178
MACENA, Lourdes. Festas, danças e folguedos: elementos de identidade local,
patrimônio imaterial do nosso povo. In: MARTINS, Clerton. Turismo, cultura e
identidade. São Paulo: Roca, 2003.
179
OKTOBERFEST BLUMENAU – Disponível em: <http://www.oktoberfest
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REVISTA EXAME – Praça móvel traz solução para espaços públicos carentes
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