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DIURÉTICOS

Os diuréticos são substâncias ativas que causam aumento na produção de urina, pela
propriedade de aumentar a excreção urinária de sal e água, por atuação em vários locais do
néfron e por mecanismos de ação diferentes. Uma aceitável definição clínica de diurético é
aquela que o considera como um fármaco capaz de provocar um balanço negativo de sódio
por aumento da sua excreção renal, bem como de seus ânions, principalmente o cloreto.
Alguns diuréticos são atualmente aplicados para tratamento de estados não edematosos, tais
como hipertensão, diabete insípida nefrogênica, acidose tubular renal, hipercalciúria,
hipercalcêmia e intoxicações.

DIURETICOS TIAZÍDIOS – Hidroclorotiazida (jejum); Clortalidona (alimento evitando


desconforto gastrointestinal)

Agem no túbulo contorcido distal

Indicação: HAS AMBULATORIAL

PODEM CAUSAR HIPONATREMIA, HIPERCALCEMIA NEFROLITICA E PIORA


HIPERPARATIOIDISMO.

DIURETICOS DE ALÇA – Furosemida(alimento evitando desconforto gastrointestinal);


Bumetanida (se ocorrer desconforto utilizar nas refeições)

Agem na alça de henle

Indicação: URGENCIAS HIPERTENSIVAS, INSUFICIENCIA CARDIACA, CIRROSE


HEPATICA, SIND NEFROTICA.
PODEM CAUSAR HPERNATREMIA PODEM CAUSAR HIPOCALCEMIA

AMBOS: INIBEM A REABSORÇÃO DE POTÁSSIO, SODIO E ÁGUA;

DIURETICOS POUPADORES DE POTÁSSIO

As concentrações extra e intracelular do íon potássio são normalmente mantidas em uma


dieta normal, sendo que esse íon é lentamente absorvido a partir do trato intestinal. Os
mecanismos renais são de particular importância na manutenção tanto de potássio total do
organismo quanto de suas concentrações no plasma. O potássio é filtrado livremente no
glomérulo e é quase completamente reabsorvido no túbulo proximal. A quantidade excretada
na urina, que é normalmente equivalente a 10% da quantidade filtrada, vem ter ao lúmen
tubular pelo processo de secreção tubular. Este fenômeno é passivo e ocorre no túbulo distal
e, em algumas circunstâncias, no ducto coletor. A aldosterona estimula notavelmente a
reabsorção distal de sódio e, portanto, a secreção de potássio. Quando os diuréticos são
administrados, o aumento de sódio no túbulo distal contribui ainda mais para o equilíbrio
negativo do potássio.
DIURETICOS OSMOTICOS

Algumas substâncias usualmente denominadas de não eletrólitos possuem o atributo de


causar aumento no fluxo urinário, bem como na excreção de cloreto de sódio, produzindo
diurese osmótica. O efeito primário dessas substâncias é de substituir o NaCl, aumentar a
osmolaridade do líquido tubular, reduzindo sua concentração relativa. As substâncias mais
comumente empregadas como diuréticos osmóticos são: o manitol, a ureia, a glicose e a
isossorbida, sendo que clinicamente o primeiro é mais extensivamente empregado.
Mecanismo de ação. ex., do manitol.

Mecanismo de ação: A presença de um soluto não absorvível na luz tubular promove diurese
osmótica. Este é o caso, p. ex., do manitol, um soluto impermeante que, ao ser filtrado no
glomérulo, retém água de equilibração osmótica, mantendo o liquido tubular isotônico.
Ocorrendo reabsorção de sódio, sua concentração vai-se reduzindo dentro do túbulo, em razão
da permanência da fração de água ligada ao manitol, o que reduz a concentração de sódio no
líquido tubular com diminuição progressiva da sua reabsorção. Isso acarretará maior oferta de
sódio e água aos segmentos distais do néfron, cujo produto final será a eliminação de sal, água
e manitol, isto é, uma diurese osmótica. Ainda, o manitol aumenta o fluxo sanguíneo medular,
o que concorre para dissipação do gradiente osmótica formada pelo sódio e pela ureia no
mecanismo de concentração urinária.

REFERENCIAS

 Farmacologia Integrada: uso racional de medicamentos Roberto DeLucia (Org.) / São


Paulo: 2016. – pg 326-334.

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