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17/01/2024

Equipa pedagógica

| Responsável nacional do módulo


| Responsável regional do módulo
| Tânia Paias | Paulo Correia
| taniapaias.psi@gmail.com|tania.paias@portalbullying.com.pt

| Email do responsável do módulo

Psicologia do Exercício

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Curso de Especialização Tecnológica


Técnico Especialista em Exercício Físico
Coordenação regional | [nome do coordenador regional]

Psicologia do Exercício

Psicologia do Exercício

[Paulo Correia
[correiampaulo@gmail.com]

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Sumário:
Exercício, saúde mental e qualidade de vida:
• Exercício e bem-estar psicológico
• Comportamento e adesão ao exercício
• Psicologia nas lesões desportivas

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O TÉCNICO DE EXERCÍCIO FÍSICO E A LIDERANÇA

TRABALHAR O AMBIENTE DE GRUPO

As estratégias variam de acordo com o grupo em causa, características dos membros e suas preferências
(Gammage & Lamarche, 2014):

- Promover ativamente uma interação social positiva (exs., utilizar os nomes dos praticantes, dar
instrução específica e individualizada, dar atenção e reforço positivo a todos os membros, conversar um
pouco antes e depois da aula).
- Ter disponível e esclarecer os clientes da sua formação (informação sobre o nível de expertise promove
a confiança do praticante).
- Trabalhar com grupos que sejam semelhantes nas suas características (exs., iniciantes, mulheres,
seniores, condições clínicas específicas, …).
- Ter atenção ao tamanho do grupo (grande  dar atenção a todos, movimentação pela sala; pequeno 
não dar demasiada atenção).

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Liderança: Como potenciar?


• Gravação de comportamentos e visualização;

• Recolha de informação pela equipa/grupo/indivíduo;

• Análise da comunicação;

• Possuir fatores explicadores de sucesso e insucesso


• Metas e objetivos-delinear e avaliar

• Metas de qualidade de treino e objetividade

• Ideias a implementar com cronograma (modelo de treino)

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Atividade 4:
(Preencher os questionários, analisar os resultados, compreender os diferentes estilos de liderança e
analisá-los com base nos pressupostos de uma liderança eficaz)

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Exercício, Saúde Mental e Qualidade de Vida

Emoções | Ansiedade | Reatividade ao stress | Autoestima |Qualidade de vida |Depressão

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“… todas as partes do corpo são destinadas a uma função específica. Se usadas com moderação, fazendo
regularmente os movimentos para que foram concebidas, tornam-se por esse meio saudáveis, bem desenvolvidas
e envelhecem lentamente. Mas se ficarem imóveis e ociosas tornar-se-ão propícias à doença, crescerão de forma
deficiente e envelhecerão de forma precoce.”

Hipócrates Corpus – 420 a.C

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PODCAST:

Exercício Físico

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Benefícios
Emoções Aumenta positivas e diminui negativas

Ansiedade Redução nas 4-6 horas seguintes

Reatividade ao stresse Menor em que faz exercício

Auto-estima e Qualidade de Aumenta


Vida
Tratamento Depressão Dose-resposta ao exercício

Prevenção Depressão Running and Worrying don´t Fit

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Emoções: Feel-Good Factor


“Quando faço exercício sinto-me bem”
Aplicação do questionário POMS – perfil de estados de humor
Pós-Exercício
Pré-Exercício

Biddle e Mutrie, Psychology of Physical Activity, 2001 Tensão Depressão Ira Vigor Fadiga Confusão

Morgan, Med Sci Sports Exerc, 17: 94, 1985

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Emoções/Humor
• Associação Positiva entre Exercício e AF e Emoções
Positivas;

• Efeito pequeno-a-moderado no vigor (+), fadiga (-)


e confusão (-);

• Intensidade moderada provoca os maiores efeitos;

• Orientação para a tarefa está associada aos


melhores resultados emocionais;

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AUTOESTIMA
• Exercício está associado:
• A melhorias consistentes na autoestima
• Estas melhorias são mais evidentes nos sujeitos
com valores iniciais mais baixos;

• As melhorias são resultado de mudanças na


perceção de si

• O aumento de autoestima é independente


do nível atual de aptidão física

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ANSIEDADE
• REDUÇÃO:
• Durante e após a AF moderada
• Após a AF intensa
• Efeito de 2-4 horas pós-AF semelhante ao de
ansiolíticos

• Não se sabe se existem diferenças nos efeitos da


AF aeróbia ou anaeróbia;

• A reatividade ao stress é menor nos indivíduos


com elevada capacidade aeróbia;

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DEPRESSÃO
• A AF previne o aparecimento de depressões;

• A AF permite reduções na depressão leve a moderada


após episódios de depressões major;

• A AF é considerada um coadjuvante no tratamento


• Seja pelas sensações de bem-estar que provoca
Running and Worrying don´t fit
• Seja pela oportunidade de conversa (efeito catarse)

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Outros Resultados
Desempenho Cognitivo
• Efeitos pequenos, mas significativos, de melhoria.

Personalidade e Ajustamento Psicológico


• Reforço dos aspetos positivos da personalidade
• Melhor capacidade para lidar com o stress

Biddle & Mutrie (2001)

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Outros Resultados
Sono (os distúrbios do sono afetam cerca de 45% da população mundial)
• Adormece-se mais rapidamente, dorme-se mais e de forma mais
profunda;
• É possível combater as insónias com uma rotina de exercícios
físicos;
• Cerca de 10 minutos diários de atividades (corrida, pedalada,
caminhada) já são suficientes para evitar distúrbios do sono.
https://www.sleepfoundation.org/insomnia/exercise-and-insomnia

Menopausa
• Possibilita uma melhor vivência da peri-menopausa

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http://noticias.ecosaude.pt/wp-content/uploads/2021/04/Rel-Exerc-Fisic-SNS-2020.pdf

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Vamos testar conhecimentos?

https://wordwall.net/pt/resource/53983129/sa%c3%bade-e-bem-estar

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PORQUE ESTES NÃO SÃO, SÓ POR


SI, DETERMINANTES PARA A
PRÁTICA DE EXERCÍCIO?

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http://noticias.ecosaude.pt/wp-content/uploads/2021/04/Rel-Exerc-Fisic-SNS-2020.pdf

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25 novembro 2020 – novas recomendações da OMS para a atividade física

“CADA MOVIMENTO CONTA” – programa nacional para a promoção da atividade física 2020
• Apresentam um conjunto mais alargado de recomendações
específicas de atividade física e limitação do comportamento
sedentário

• Consideram também subgrupos populacionais de acordo com


condições crónicas de saúde e/ou incapacidade

• Períodos de gravidez e pós-parto são considerados


http://noticias.ecosaude.pt/wp-content/uploads/2021/04/Rel-Exerc-Fisic-SNS-2020.pdf

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Como conseguir que uma pessoa sedentária se exercite?

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Comportamentos de adesão ao exercício


|”Seja menos disciplinado e tenha mais motivação para
exercícios|

https://saude.abril.com.br/fitness/seja-menos-disciplinado-e-tenha-mais-motivacao-para-exercicios/
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Atividade 5: Brainstorm

• Quais os motivos para a fraca adesão ao exercício em Portugal?


• Como atuar?

https://www.publico.pt/2020/05/04/sociedade/noticia/confinamento-pos-gente-praticar-actividade-fisica-1914691

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Psicologia nas lesões desportivas


Fatores psicológicos predisponentes das lesões desportivas | Implicações psicológicas
das lesões | Intervenção psicológica perante o lesionado

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Lesão desportiva, o que é?

Lesão sica contraída durante a par cipação em atividades desportivas de


caráter competitivo ou recreativo, que supõe uma disfunção do organismo,
que produz dor e leva à interrupção ou limitação da atividade.
(Buceta, 1996)

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Qual o fator psicológico mais relacionado


com as lesões desportivas ???

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Modelo de stress e lesão desportiva


(Williams & Andersen, 1998)

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Reações psicológicas a lesões desportivas e do exercício


• RESPOSTAS EMOCIONAIS:
 Os psicólogos do desporto especulam que a reação das pessoas às lesões relacionadas com o
desporto ou exercício, era semelhante à resposta das pessoas ao enfrentarem a morte eminente.

 De acordo com esta visão, os praticantes que se lesionavam frequentemente passavam por um
processo de resposta de pesar em cinco estágios.

(Hardy e Crace, 1990)

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Reações psicológicas a lesões desportivas e do exercício


Pode-se esperar que indivíduos lesionados exibam três categorias gerais de respostas (Udry et al,
1997):
1. Processamento de informação relevantes à lesão – O praticante lesionado concentra-se em informações
relacionadas à dor da lesão, à consciência da extensão da lesão e indaga como ocorreu a lesão, além de
reconhecer a consequências negativas ou inconveniência.

2. Revolta emocional e comportamento reativo – Quando o praticante percebe que está lesionado, pode
tornar-se emocionalmente agitado, experimentar emoções oscilantes, sentir-se emocionalmente
esgotado, experimentar isolamento e separação e sentir-se em choque, desacreditado, em negação ou
ter autocompaixão.

3. Perspetiva e enfrentamento positivos – O praticante de exercício aceita a lesão e lida com ela, inicia
esforços e enfrentamento positivo, exibe uma boa atitude e otimismo e fica aliviado ao perceber o
progresso.

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Os seguintes sintomas são sinais de alerta de má adaptação à lesão:


(Petitpas &Danish, 1995)

• Sentimentos de raiva e confusão


• Obsessão com a questão de quando poderá voltar a jogar
• Negação (p.ex., “A lesão não é grande coisa”)
• Repetidamente voltar muito cedo e lesionar-se de novo
• Orgulho exagerado das realizações
• Insistências em queixas físicas menores
• Culpa por dececionar a equipa
• Afastamento do cônjuge
• Mudanças repentinas de humor
• Declarações de que, independentemente daquilo que fizerem, a recuperação não vai acontecer

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IMPLICAÇÕES PARA O TRATAMENTO E A RECUPERAÇÃO DE LESÃO

As habilidades psicológicas mais importantes a aprender para a


reabilitação são: (Hardy e Carace, 1993; Petiptas e Danish, 1995; Wiese e Weiss, 1987)

• O estabelecimento de metas
• (sessões de fisioterapia por semana, a quantidade de exercícios de mobilidade, força ou
resistência )

• O diálogo interior positivo


• (bloquear pensamentos negativos (e.g., “eu nunca vou melhorar”) e substituí-los por
pensamentos reais e positivos (e.g., “sinto-me mal hoje, mas estou a cumprir o tratamento e
por isso vou melhorar”).

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• A visualização ou mentalização:
1. Imagem de recuperação ou afirmação: visualizar uma meta de reabilitação a ser atingida
2. Imagem de cicatrização: visualizar o fluxo sanguíneo a chegar à área lesionada produzindo uma
cicatrização dos tecidos
3. Imagem de tratamento: ao ter conhecimento dos mecanismos que ocorrem durante um
tratamento, o atleta pode imaginar esses efeitos a acontecer
4. Imagem de performance: visualizar imagens que simulem a sua performance específica (e.g., ver
um vídeo de um jogo anterior onde efetuou ações de sucesso, sem dor na área lesionada).

• O treino de relaxamento:
(Útil no alívio da dor e do stress, facilita o sono e reduz o nível geral de tensão)
Efeitos positivos:
• diminuição da frequência cardíaca
• redução da frequência respiratória
• redução da resposta galvânica da pele
• redistribuição do fluxo sanguíneo
• melhora do sistema imunológico, etc.

(Samulski & Azevedo, 2002; Pesca, 2004; Silvério & Srebro, 2006)

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• Em que medida o exercício pode melhorar a saúde mental e a qualidade de vida dos indivíduos?

• De que forma devemos olhar a adesão vs aderência ao exercício?

• As reações emocionais perante a lesão são determinantes para o sucesso da recuperação, porquê?

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• Importa compreender os motivos que validam e justificam a fraca adesão ao exercício, para se
conseguir contrariar esta premissa;

• Ter em conta que o exercício joga um papel fundamental na saúde mental e na qualidade de vida, e que
se compreendermos a fundo estas temáticas, estaremos em condição, através de um plano de
exercícios, de prevenir doenças metais e promover um maior ajustamento psicológico e, naturalmente,
aumentar a qualidade de vida;

• Importa conhecer alguns comportamentos associados à prática do exercício e como o praticante reage
perante uma adversidade (lesão).

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http://www.athleticinsight.com/Vol10Iss1/InterventionsInjury.htm#

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• Biddle, S. J., & Mutrie, N. (2001). Psychology of Physical Activity : Determinants, Well-Being, and Interventions. London:
Routledge.
• Buceta, J.M. Psicologia y lesiones deportivas: prevención y recuperación. Madrid: Dykinson, 1996.
• Hardy, C.J.,& Crace, R.K.(1990). Dealing with injury. Sport Psychology Training Bulletin, 1, 1-8
• Olivardia, R., Pope, H. G., & Hudson, J. I. (2000). Muscle dysmorphia in male weightlifters: a case-control study. The
American journal of psychiatry, 157(8), 1291–1296.
• Paias, T., Gonçalves, R. & Batalau, R. (2011). Dismorfia muscular e tipologia de personalidade em praticantes de Actividade
Física Regular, nas XII Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto: A prática da Psicologia do Desporto e
do exercício, no Rendimento Desportivo e na Saúde.
• Petitpas, A. J. and Danish, S. J. 1995. “Caring for injured athletes”. In Sport psychology interventions, Edited by: Murphy, S.
M. 255–281. Champaign, IL: Human Kinetics.

Psicologia do Exercício

• Samulski & Azevedo, (2002). Psicologia Aplicada às lesões esportivas. In D. Samulski (eds), Psicologia do Esporte (pp
277-299). Tamboré: Manole.
• Udry, E., Gould, D., Bridges, D. and Tuffey, S. (1997). People helping people? Examining the social ties of athletes
coping with burnout and injury stress. Journal of Sport & Exercise Psychology, 19, 368-395.
• Wiese, D. M. and Weiss, M. R. 1987. Psychological rehabilitation and physical injury: Implications for the
sportsmedicine team. The Sport Psychologist, 1: 318–330.
• Williams, J. M., & Andersen, M. B. (1998). Psykosocial antecedents of sport injury: Review and critique of the stress
and injury model. Journal of Applied Sport Psychology, 10, 5-25.

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