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TRABALHO
TEMA: FICHAMENTO FORMAS DE PACTUAÇÃO OU FIXAÇÃO
DO SALÁRIO, REGRAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO, SALÁRIO
IN NATURA, SALÁRIO COMPRESSIVO, PROTEÇÃO
ISONÔMICA DO SALÁRIO
FRANCA
2022
"(…) o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário mensal por 220 (duzentas
e vinte) horas, salvo se o contrato estipular jornada mensal inferior que resulte em
divisor diverso; o salário dia normal será obtido dividindo-se o salário mensal por 30
(trinta) e servirá de base para pagamento do repouso remunerado e dos feriados
trabalhados. Quando o trabalhador doméstico for responsável por acompanhar o
empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas
efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias
em outro dia, que serão, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superiores ao valor
do salário-hora normal. Tal remuneração, porém, nos termos do § 3º do art. 2º da LC
150, ‘poderá ser, mediante acordo, convertido em acréscimo no banco de horas, a ser
utilizado a critério do empregado (…)." (LEITE, 2022, p.595)
“(…) Remuneração por produção. Quando o serviço for contratado por produção, a
remuneração não poderá ser inferior à diária correspondente ao salário normativo (SDC
Precedente Normativo positivo 67) (…).” (LEITE, 2022, p.1451)
"(…) Se o pagamento do salário é feito por tempo, não pode passar a ser pago por
produção (e vice-versa), salvo se houver acordo e este não redunde em prejuízo para o
obreiro. O mesmo raciocínio é aplicado na hipótese em que o pagamento é feito em
moeda e as partes, de comum acordo, pretenderem seja o mesmo feito em uma parte de
utilidades (…)." (LEITE, 2022, p.1631)
“(…) Se o pagamento do salário é feito por tempo, não pode passar a ser pago por
produção (e vice-versa), salvo se houver acordo e este não redunde em prejuízo para o
obreiro. O mesmo raciocínio é aplicado na hipótese em que o pagamento é feito em
moeda e as partes, de comum acordo, pretenderem seja o mesmo feito em uma parte de
utilidades (…)." (LEITE, 2022, p.1631)
"(…) a) salário por unidade de tempo (hora, dia, semana, quinzena, mês); b) salário por
unidade de obra (resultado do trabalho, pouco importando o tempo gasto na sua
produção); e c) salário por tarefa (combinação dos dois tipos anteriores) (…)." (LEITE,
2022, p.1427)
"(…) o art. 503 da CLT e a Lei 4.923/65 (art. 2º), que admitiam a redução do salário por
motivos decorrentes de força maior e dificuldades econômicas da empresa,
respectivamente, devem ser interpretados conforme a Constituição, no sentido de que
somente será permitida a redução salarial por meio de convenção ou acordo coletivo e
desde que devidamente comprovada pelo menos uma das seguintes situações: força
maior e/ou dificuldades econômicas da empresa (…)." (LEITE, 2022, p.1275)
"(…) É importante lembrar que, nos termos do § 3º do art. 611-A da CLT, com redação
dada pela Lei 13.467/2017: ‘Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada,
a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos
empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento
coletivo (…)" (LEITE, 2022, p.1275)
“Este princípio protege o salário contra os credores do empregado. Sua base legal não
está na CLT, e sim no inciso IV do art. 833 do CPC, que trata da impenhorabilidade do
salário.” (LEITE, 2022, p.1286)
a.4) Controle dos descontos (art. 462 da CLT – Súmula 342 do TST)
“(…) O Colendo TST, por sua vez, editou a Súmula 342, in verbis: Descontos salariais
efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para
ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de
previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo associativa de
seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no
art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito
que vicie o ato jurídico (…).” (LEITE, 2022, p.1279)
"(…) Além disso, é vedado à empresa que mantiver armazém para venda de
mercadorias aos empregados ou serviços estimados proporcionar-lhes prestações in
natura ou exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se
utilizem do armazém ou dos serviços. Quando não for possível o acesso dos
empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade
competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias
sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre
em benefício dos empregados. Nos termos do § 4º do art. 462 da CLT, observadas as
exceções legais, é vedado às empresas limitar, de qualquer forma, a liberdade dos
empregados de dispor do seu salário (…)." (LEITE, 2022, p.1279)
"(…) Como se vê, a lei brasileira não permite que a remuneração do empregado seja
feita exclusivamente em utilidades. Procurou-se, com isso, coibir o chamado truck
system, que é uma forma utilizada pelo empregador para remunerar o empregado com
‘vales’ apenas aceitos em estabelecimentos da própria empresa, criando para este um
estado de sujeição incompatível com a liberdade e dignidade que todos os trabalhadores
devem ter (…)." (LEITE, 2022, p.1403)
b.5) Prova do pagamento = pessoalidade (art. 464 CLT e 439 CLT no caso de
empregado menor)
“(…) A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País, sendo
certo que o pagamento realizado com inobservância desse preceito considera-se como
não feito (CLT, art. 463, parágrafo único). Admite-se o pagamento feito em cheque
nominal e não cruzado (…).” (LEITE, 2022, p.1289)
"(…) A rescisão indireta, também chamada de justa causa do empregador, que sempre
esteve prevista no art. 483 da CLT (…)." (LEITE, 2022, p.602)
b.7.1) Mora contumaz – Dec. -Lei 368/68, art. 2º, § 1º E Súmula 133 do TST
C) Salário em natura
"(…) O art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que as prestações in
natura estão compreendidas no salário que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornece habitualmente ao empregado (…)." (LEITE, 2022, p.1392)
"(…) que deu nova redação ao § 2º do art. 458 da CLT, passou a não mais “considerar
como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários,
equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de
trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino
próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade,
anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o
trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência
médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V –
seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada (…).” (LEITE, 2022,
p.1392)
“o § 1º do art. 458 da CLT, que faz remissão aos arts. 81 e 82 da mesma Consolidação,
determina que os ‘valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e
razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas
componentes do salário-mínimo’. Nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 458 da CLT (com
redação dada pela Lei 8.860/94), a habitação e a alimentação fornecidas como salário
utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder,
respectivamente, a 25% e 20% do salário contratual. No caso do empregado rural, os
percentuais não podem exceder a 20% para moradia e 25% para alimentação (Lei
5.889/73, art. 9º).” (LEITE, 2022, p.1395)
"1. A eg. Oitava Turma firmou entendimento no sentido de ser indevida a incidência de
FGTS sobre a ajuda de custo habitacional, uma vez que a verba era fornecida para o
desempenho do trabalho, tendo por fim o custeio de despesas no exterior, nos termos da
Súmula n. 367, I, do TST. 2. Não se verifica a alegada contrariedade à Orientação
Jurisprudencial n. 232 da SDI-1, por não se tratar de parcela de natureza salarial paga ao
empregado em virtude de prestação de serviços no exterior. Recurso de embargos de
que não se conhece. (...)’ (TST-E-ED-RR 1529001620035020055, Rel. Min. Walmir
Oliveira da Costa, SBDI-1, DEJT 16.11.2018)." (LEITE, 2022, p.1381)
“Nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 458 da CLT (com redação dada pela Lei 8.860/94), a
habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender aos fins a
que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salário
contratual. No caso do empregado rural, os percentuais não podem exceder a 20% para
moradia e 25% para alimentação (Lei 5.889/73, art. 9º).” (LEITE, 2022, p.1395)
C.4) Desconto das utilidades do doméstico
"(…) vale-transporte fornecido pelo empregador, ainda que este não promova desconto
no salário do empregado, não possui natureza salarial (Lei 7.418, art. 2º, a) (…)."
(LEITE, 2022, p.1392)
C.6) Parcelas que não são consideradas salário utilidade - §2º do art. 458 CLT
"(…) foi editada a Lei 10.243, de 19.06.2001, que deu nova redação ao § 2º do art. 458
da CLT, passou a não mais “considerar como salário as seguintes utilidades concedidas
pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos
empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação,
em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte
destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada
diretamente ou mediante seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI
– previdência privada (…).” (LEITE, 2022, p.1392)
C.7) Súmulas e OJ’s = súmulas 241 TST, 367 TST, OJ 123, 133 e 413 da SDI-1
TST
D) Súmula 91 TST
"(…) Não há lugar para equiparação salarial ‘quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos
critérios de antiguidade e merecimento (…).’ (CLT, art. 461, § 2º)." (LEITE, 2022,
p.1454)
LEITE, C. H. B. Curso de direito do trabalho. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.