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➢ Autoridade forte => evitar desencorajar a existência desses conflitos desagregadores da unidade
do Estado (reino)
O rei só prestava contas das suas ações a Deus => deixou de consultar as cortes (ou Estados
Gerais), impondo uma total obediência dos orgãos políticos ao poder supremo do monarca.
➢ O Rei tinha um poder autocrático e de caráter absoluto => o soberano detinha superiormente e
arbitrariamente todos os poderes políticos fundamentais: o poder legislativo; o poder executivo;
e o poder judicial => Os poderes do Rei confundiam-se com os do Estado (ex.: afirmação do
rei Luís XIV (França) – “L’ etat, c’est moi!” => “O Estado sou eu!”).
➢ O Rei tinha um poder paternal (Rei =>“pai do povo”), por ser este o poder mais conforme com a
natureza humana; e, por conseguinte, o rei deve satisfazer as necessidades do seu povo, proteger
os fracos e governar brandamente.
➢ O poder real estava submetido à razão (o.s., à sabedoria) => O Rei, escolhido por Deus, possuía
uma perceção superior das coisas inerentes à sua responsabilidade e possuía determinadas
qualidades intrínsecas: bondade, firmeza, força de caráter, prudência, capacidade de previsão.
➢ O Rei impunha uma espetacular imagem de poder (através da arte da encenação e da exuberância)
Exs.: O Rei Luís XIV – “O Rei-Sol”, obrigou:
a) a Construção do Palácio de Versalhes – símbolo da grandeza do poder político do rei; e, por
extensão, do Estado francês (em relação a outros Estados europeus)
b) os súbditos a respeitarem os diversos rituais/a etiqueta/os procedimentos da corte
=> no espaço do palácio real, a sociedade cortesã acompanhava o despertar matinal/as
refeições/os passeios pelos jardins do Rei – imagem requintada/espetacular do poder real e da
submissão de toda a corte.
Nota: A corte régia torna-se um lugar de encenação do poder e da grandeza do rei, que se evidencia na
riqueza do vestuário, no cerimonial rígido que define o lugar hierárquico de cada um e culmina
no endeusamento do Rei.
• A função do poder real => juramento do rei “à igreja e ao reino”
➢ as responsabilidades da realeza => assegurar a defesa do Estado (reino), da Igreja Católica
e da justiça
➢ a aquisição de um poder taumatúrgico (= poder curativo), com origem divina/carácter
sagrado, sobre os seus súbditos
– a cerimónia do “toque do rei” => o rei Luís XIV afirmava: “O rei toca-te, Deus cura-te”.