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Jerri A. Meneghetti
Prefeito Municipal de Dois Irmãos
4 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 5
Humanidade, solidariedade e
Editorial............................................................................................................... 3 Beatriz Maria Jung Stoffel - Projeto: A vida das Borboletas.................................. 51
Iara Cristina dos Santos, Eduarda Schallenberger Stein e Mariele Elisa Blume-
Momentos de Rede Detetives da água em ação: conscientizando sobre o uso e preservação da água... 52
sas vivências? De que modo conse- Não saberíamos indicar como mos que cada um encontre o seu Hansen)................................................................................................................... 14 alegria de ensinar e aprender brincando....................................................................... 62
A educação que transforma (EMEF Carlos Rausch)........................................ 15 Camilo Bruno Fonseca, Marite Callegaro e Débora Roberta Padilha da Silva-
guimos trazer a vida em sociedade todos sentem essas vivências, pois próprio jeito de viver a escola, sen- Núcleo de Apoio às Escolas (NAE - Núcleo de Apoio às Escolas).................. 16 Frutas que alimentam e dão energia para nosso corpo.............................................. 63
para o âmbito escolar? cada uma é singular. do você mesma/o, conhecendo o Gestão e ação no PROJETO GLOBAL: um olhar além da escola (Centro Perla Motta Goulart - Abandono de animais.............................................................. 64
Integrado de Educação Complementar das Escolas Municipais de Dois Ana Cristina Wiest - Es war einmal... Era uma vez... Um conto que ainda não
Para superar estes desafios, a edu- Todavia, com esta revista, alme- seu espaço, seu potencial e trilhan- Irmãos – Projeto Global)...................................................................................... 17 havia sido contado........................................................................................................... 66
cação deve ser concebida como um jamos propor algumas reflexões: o do o seu próprio caminho, que se Eduardo Gabriel Sebastiany - Na teia da Dona Aranha............................................ 67
Momentos Secretaria Municipal de Educação Deise Groth e Maureen Marques Pereira Guerra - Nossos Animais Fantásticos... 68
reflexo autêntico da diversidade e que faz dessa cidade um cruza com tantos outros, nesta rede Setor Pedagógico................................................................................................... 18 Robinson Ribeiro, Velânia Raine Ritter Eberhardt, Vanessa Orsi Cechinatto -
complexidade de nossa comunida- doce para viver, um doce para forte, fraterna e solidária! Setor do Transporte...............................................................................................
Setor do Desporto.................................................................................................
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O mundo é de vocês!........................................................................................................
Jenifer Spengler e Rosilene de Roma Gatelli - Pequenos Animais de Jardim........
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de. Ela deve representar o verde em ser e estar? O que nos motiva para Setor de Alimentação Escolar.............................................................................. 21 Paula Djovana Stoffel - É preciso se reinventar e se desafiar..................................... 71
Eveli Lourdes Smaniotto e Gabriela Helis Scherer - Alfabetizar é magico! Para a
meio às belas construções que ins- darmos o nosso melhor, como pro- Entrevista vida toda!.......................................................................................................................... 72
Ernani Mügge Katia Francini Kolling - Pequenos contadores de histórias!..................................... 73
A 34.ª Feira do Livro: histórias e memórias....................................................... 22 Kelin Karine Kolling - Brincando: o jeito de viver a escola na educação infantil... 74
Guisela Taiane de Oliveira Schenkel - A influência da oficina de culinária no
Seção Integrada desenvolvimento de hábitos saudáveis......................................................................... 75
Débora Juliana da Silva - A Pesquisa Científica na Educação Infantil........... 23 Alessandra Alves de Souza, Tatiane Büttenbender e Aline Pinheiro da Silva -
Djeni Kelly Knorst Lang - Vivenciando a identidade: conhecendo nosso ser.. 24 Chuva de onde vem?....................................................................................................... 76
Patrícia Scheidt Alles e Thuany Milena Heinzmann - Aflorando o desen- Andréa Maleski dos Santos e Ricardo Kolling da Costa - Avaliação como re-
volvimento: a contribuição do contraturno escolar na formação de um flexão: A experiência da EMEF Profº. Paulo Arandt em um projeto inovador
cidadão crítico e participativo............................................................................. 25 de avaliação interna......................................................................................................... 77
Colegiado CME/DI - 35 anos: muitos jeitos de se viver a educação.............. 26 Fabiana de Moraes, Jeniffer Thaís Mossmann e Renata Andrade Correia - A
Shirley Maria Heck Backes - Escola: um lugar de convivência e formação potência das trocas entre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e
integral.................................................................................................................... 28 Monitoria Educacional: entre ações - reflexões - frustrações.................................... 78
Maria Bianca Henrich e Caroline Pires Cerveira - O uso de recursos tecnológi-
Artigos cos para a elaboração de materiais didáticos............................................................... 79
Cristina Vier e Eliane Roth Gateli - A gestão de pessoas no ambiente Ana Carolina Torres - O eu, o outro e o nós: a prática do autorretrato e o (re)
escolar...................................................................................................................... 29 descobrimento de si......................................................................................................... 80
Daniele Arndt - As políticas educacionais e a gestão escolar democrática.... 30 Letícia Soares da Silva e Kely Fabiane Arend - “A Festa do Alfabeto” e “A Viagem
Camilo Bruno Fonseca e Fernanda Abreu - Vivendo o universo das ciên- do Alfabeto”....................................................................................................................... 81
cias na educação infantil...................................................................................... 32 Sabrina Dornelles, Ivana Collet e Izabel Goulart - “As descobertas de Ian” e dos
Aline Flores Rodrigues, Kelly Simone Silveira Correa e Juliana Gallas estudantes das séries iniciais de EMEF. Professor Paulo Arandt.............................. 82
Grawer - Escola e Família: uma parceria necessária!....................................... 33 Ana Claudia da Rosa - Promovendo Vivências e Construções Significativas em
Ana Claudia da Rosa, Cátia Weiler e Lídia Garcia - Como a interdisciplinar- uma turma do Ano do Ensino Fundamental: Estratégias para Estimular a Leitu-
idade pode ampliar a visão dos estudantes sobre as temáticas trabalhadas?... 34 ra...................................................................................................................................... 84
Adilson Reis Dillenburg - Jogos pedagógicos concretos aliados ao ensino Débora Knackfuss Escobar dos Santos e Giulianna Scarpati Faustini - Uma
da Matemática....................................................................................................... 36 massagem um tanto quanto diferente........................................................................ 85
Jéssica Trierveiler, Marli Closs, Iara Cristina dos Santos e Eduarda Stein- Thainá Letícia Garibaldi da Rosa - Intervenção precoce e a especialização em
Para preservar a vida é preciso cuidar do meio ambiente, faça a sua parte... 37 análise do comportamento aplicada............................................................................. 86
Nadia Helena Schneider - Consequências do uso excessivo de telas por Kellen Gambato - É uma cilada!................................................................................... 87
crianças/adolescentes........................................................................................... 38 Melissa Juliane Prates e Denise Fabiana Schmidt - Cantar, dançar e barulhar é
Tanise da Costa Pereira - Gestão humanizada para além dos limites da sala só começar....................................................................................................................... 88
de aula................................................................................................................... 40 Melissa Juliane Prates, Debora K. EScobar dos Santos e Aline Pinheiro da Silva
Cassiane Lerner de Sousa - Ser escola................................................................ 41 - De onde vem os bebês................................................................................................. 89
Dulce M. Fusiger Garcia, Cristina Sturmer Knob, Kellen Gambato, Rejani Butzen, Denise Maria Maldaner, Marcos Emerim, Fabiana Kellen Gambato e Kelin Karine Kolling - Vivendo a escola respeitando o Maria Cristiane do Couto Martins - No mundo dos contos literários................... 90
Niedermeier, Juliana Zimmer, Eduardo Gabriel Sebastiany e Vanessa Orsi. meu contexto......................................................................................................... 42 Alessandra Girola - Introdução da Tecnologia a partir da Educação Infantil....... 91
Graciele Andreia Wolfart - A relação criança e professor: caminhos para Daniele Schneider e Aline Tatiane Morschell - O encantado mundo das bor-
tornar a aprendizagem significativa.................................................................... 44 boletas coloridas.............................................................................................................. 92
Alana Schuck e Letícia Luana da Rosa - Vivências e experiências: con- Maiza Luana Bauer, Tamires Schuck Kafer e Giulianna Faustini Scarpati - Uma
EXPEDIENTE Diagramação: Uirá Müller hecendo a área rural e urbana da cidade de Dois Irmãos................................. 45 amiga que conheci na escola e nunca vou esquecer.................................................... 93
Entre em Contato: Fotos: Autores, Divulgação / Imagens: Freepik.com Nérison Carlos Hoffmann e Debora Linck - A Jornada da Escola Albano 34ª Feira do Livro de Dois Irmãos - Leia, acolha & transforme - Histórias e
Rua Berlim, 240 - Centro - Dois Irmãos/RS Hansen na Implementação de um Laboratório Maker..................................... 46 memórias........................................................................................................................... 94
CEP: 93950-000 - (51) 3564-8800 Comissão Organizadora: Bruna Góis Soares de Almeida - Estudantes de 9º ano em: Professor de
seceduca@edu.doisirmaos.rs.gov.br Dulce M. Fusiger Garcia, Cristina Sturmer Knob, Educação Física por um dia................................................................................. 47
www.doisirmaos.rs.gov.br Kellen Gambato, Rejani Butzen, Denise Maria Maldaner,
Jornalista responsável: Leonardo Boufleur – 0017603/RS Marcos Emerim, Fabiana Niedermeier, Juliana Zimmer, Eduardo Gabriel Sebastiany, Vanessa Orsi Cechinatto e Ester Terezinha Re-
Revista Palavra de Educador
Revisão linguística: Instituto Superior de Educação Ivoti Eduardo Gabriel Sebastiany e Vanessa Orsi. ichert - Interdisciplinaridade: algumas reflexões................................................ 48
Secretaria Municipal de Educação de Dois Irmãos/RS.
Capa: Imagens fornecidas pelas escolas.
Vol. 1, n. 1 (dezembro 2014) Dirce Rodrigues da Silva - Razão Áurea/Número de Ouro............................. 49
Dois Irmãos: SMEDI, 2014-. v.: il.; 23x31cm Formatação: Fabiana Niedermeier e Rejani Butzen
Anual
ISSN 2358-2219
Ficha catalográfica elaborada por Maria do Carmo Mitchell Neis – CRB 10/1309 Relatos de Experiências
Claudine Angelina Buttenbender - Explorando a harmonia das sequências
Os textos presentes nesta publicação são de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. recursivas através da arte africana e da matemática............................................ 50
6 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 7
Momentos de Rede 2023 Escola e Família: uma parceria
Como dizia Paulo Freire, “onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que
ensinar, há sempre o que aprender”. É assim que se constituem as nossas escolas: na coletividade que ensina e necessária!
que também aprende. Muitas são as boas experiências que surgem dessa coletividade. Os Momentos de Rede
2023 retrata essas experiências, demonstrando o quão potente e rico é o trabalho coletivo. Sabemos que tanto a família quanto a escola desempenham papéis decisivos na educação e formação da
A Importância do Acolhimento no
formação intelectual, firmando uma parceria imprescindível para alcançar uma maior qualidade na educação
e aprendizagem.
Atualmente, percebe-se que esse entendimento está se perdendo, pois a grande maioria dos pais acreditam
Ambiente Escolar
que é responsabilidade somente da escola instruir e educar seus filhos, delegando o que seria o seu papel para
os professores. Diante dessa inversão de valores e papéis, as crianças ficam vulneráveis em meio a falta de
direcionamento dos pais que mostram-se resistentes em aceitar as propostas pedagógicas da escola em favor
de ter as suas vontades e necessidades atendidas.
Todos os dias, no ambiente escolar, acolhe-se crianças, professores e profissionais da educação como um
Escola e família sempre formaram um elo importante no desenvolvimento da aprendizagem, elo este que
todo, com uma escuta sensível e um olhar individualizado. Sabemos que em nosso dia a dia, no núcleo fami-
deve ser mantido e fortalecido nos dias de hoje. Não é intenção da instituição que os pais sejam responsáveis
liar, nas relações como um todo, vivencia-se situações que precisam ser elaboradas, e que precisam de pesso-
pelo currículo escolar e sim, que participem e estimulem aos filhos o comportamento de estudante e cidadão.
as que possam ajudar nessa elaboração. Muitas vezes percebemos alunos com diferentes reações, querendo
Já à escola cabe também uma função educativa junto aos pais, para que em colaboração mútua possam pro-
chamar a atenção de diferentes formas, ou algum professor que percebemos estar diferente em determinado
mover uma educação integral da criança. A partir da parceria Escola e Família, a criança se torna um adulto
dia. A gestão escolar tem papel fundamental nessa intervenção, tanto com alunos, como com professores,
capaz de contribuir positivamente para a construção de uma sociedade mais justa.
para que se sintam acolhidos e escutados em suas individualidades. Percebe-se que as vezes um colo, um
Referências bibliográficas:
abraço, uma palavra de carinho, para aquela criança que está se sentindo mais sozinha, já faz toda diferença. ANDRADE, L. B. P. de. Os centros de convivência infantil da UNESP: contexto e desafios.Dissertação (mestrado em Serviço Social) – Faculdade de História, Direito e Serviço Social da
UNESP. Franca, SP. 2003.
Portanto é importante compreender o outro, sabendo que todos temos sentimentos e emoções que por vezes BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90. São Paulo, Atlas, 1991.
precisam deste olhar acolhedor. SZYMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. 1ª reimpressão. Brasília, Plano Editora: 2003.
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Planejamento e reflexão: que Uma comunidade chamada escola
escola queremos construir? A aplicação das avaliações externas não é um tema novo para as escolas. O Ministério da Educação criou,
em 1988 o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e desde então, esse tipo de avaliação tem sido apli-
cado nas escolas de todo país. Alguns Estados e Municípios também criaram avaliações próprias, nos moldes
Neste ano de 2023, buscamos construir um modelo de gestão na EMEF Prof. Arno Nienow, garantindo a do Saeb, para coletarem elementos específicos de cada rede. O objetivo, no entanto, é um só: coletar dados que
eficiência nos processos administrativos e gerenciais, qualidade na atividade pedagógica de gestão da prática possibilitem a criação de políticas públicas para a educação e definir qual o direito de aprendizagem básico
docente, sempre com carinho e atenção no atendimento às famílias e orientação educacional dos estudantes. que todo aluno deve ter assegurado ao concluir cada ciclo do Ensino Fundamental e Médio.
Acreditamos no diálogo e na participação ativa da comunidade escolar, algo sempre visto nos eventos e ce- As avaliações externas, entretanto, não conseguem acompanhar o estudante de forma individual. Daí a ne-
rimônias organizados, no intuito de se construir uma escola forte e feliz, onde a prática escolar cotidiana seja cessidade das avaliações internas, que permitem que a equipe gestora e os professores possam analisar, além
prioridade e os alunos estejam sempre no centro das ações do nosso coletivo. do desempenho individual, se as práticas pedagógicas adotadas pela escola estão tendo sucesso ou não.
A prática cotidiana escolar é complexa e cheia de desafios. Exige paciência, sabedoria e humildade para Com isso em mente, a EMEF Prof Paulo Arandt pensou em criar sua própria avaliação como forma de
buscarmos acertar nas tomadas de decisão e quando acontecerem os erros e problemas, que acontecem, bus- preparar os estudantes para as avaliações externas e auxiliar os professores e a equipe gestora a pensar como
carmos aprender com as experiências e melhorarmos com elas. podemos melhorar a aprendizagem dos estudantes. O professor Ricardo Kolling da Costa foi convidado para
Ser educador, estando em sala de aula e particularmente no papel da gestão escolar, requer que busquemos organizar este projeto e foram disponibilizadas quatro horas semanais para isso. Foi criado um Drive para
ser melhores a cada dia. Como profissionais, mas sobretudo como humanos. Pois acreditamos que essa é e que a equipe gestora e o professor trocassem materiais sobre as avaliações externas, como referencial teórico
sempre deve ser a razão de ser da educação na escola: sermos humanos melhores, ajudarmos familiares e for- e modelos de provas anteriores.
marmos estudantes para que esses também possam ser seres humanos melhores em nossa sociedade. O professor elaborou, em um primeiro momento, provas para as turmas de 5º e 9º anos com um total de
Estamos em um processo de construção. Temos um projeto de escola, o qual buscamos consolidar na re- 10 questões de Língua Portuguesa e 10 questões de matemática, seguindo a matriz de referência que indica
lação com a comunidade escolar representada pelo Círculo de Pais e Mestres e Conselho Escolar, tendo em as habilidades que devem ser avaliadas em cada etapa da escolarização, mais especificamente, os elementos
vista a (re)formulação do Projeto Político Pedagógico no ano de 2024. que descrevem as habilidades trabalhadas nas avaliações, os chamados descritores. Ao elaborar as provas,
Acreditamos na retomada e valorização das culturas e tradições de nosso município de Dois Irmãos e região o professor também elaborou o gabarito no qual constavam os descritores exigidos em cada questão. Isso
do Vale dos Sinos, ao mesmo tempo em que seja assegurado o espaço à pluralidade e diversidade em todos os auxiliou na hora de passar os resultados para os professores, pois foi possível verificar qual habilidade estava
sentidos: de pensamentos e concepções pedagógicas, de etnias/raças e crenças religiosas, de modos de viver e consolidada e qual precisaria ser mais trabalhada. A análise deste descritores possibilitaram também apontar
ser em nosso meio, desde que com respeito e tolerância com o diferente. habilidades que não estavam previstas no documento orientador do município, o DOC/DI.
Tendo clareza da nossa missão de bem representar nossa mantenedora e o território educacional de Dois Como o resultado era individual, foi possível verificar se os estudantes com desempenho baixo estavam
Irmãos, sempre com foco nos interesses e razões da população que atendemos, a Escola Arno se oferece como sendo atendidos de alguma forma pela escola, com aulas de reforço, por exemplo. Os alunos que possuem
um espaço que busca se qualificar no ensino ofertado, na formação cidadã de nossas crianças e adolescentes, laudo e aqueles com dificuldades já reconhecidas, mas que ainda estão em processo de investigação, tiveram
nas condições de trabalho oferecidas aos docentes e demais profissionais que aqui atuam. tratamento diferenciado e realizaram as provas em uma outra sala e com o auxílio de um profissional que fez
Um espaço que se busca acolhedor, de afeto, carinho e esperança! a leitura da prova para eles.
Como a escola entende que a caminhada de um estudante no espaço educativo é o resultado de anos de
trabalho de cada profissional que atendeu aquele indivíduo, elaborou-se uma formação sobre as Avaliações
Externas para todos os professores da escola, momento em que o professor responsável pelo projeto pode
apresentar a metodologia utilizada e os resultados da primeira aplicação, proporcionando um debate que
convidou a todos a se corresponsabilizarem pelo processo e por garantirem o direito de aprendizagem de cada
criança e jovem.
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EMEF Professor Matheus Grimm: Brincar e interagir com e na
onde a educação acontece natureza: viver a escola
A escola municipal de ensino fundamental Professor Matheus Grimm é o lugar onde a educação acontece. Nossa escola concebe a criança como um ser curioso, explorador nato, que pede movimento, que quer
Nela são proporcionadas experiências e vivências para o desenvolvimento de aprendizagens. A relação, inte- aprender e tem um jeito próprio de fazer isso brincando. Esta concepção somada às nossas concepções de
ração e cooperação entre todos é a base para a construção de vínculos que auxiliam no desenvolvimento dos educação e as leis/normas que orientam a educação infantil nos fazem organizar nossa prática pedagógica
educandos e educadores no espaço educativo. prevendo tempos maiores de integração das crianças com e na natureza.
O acolhimento do ser humano, crianças, adolescentes e adultos, considerando às suas especificidades, torna O brincar e o interagir, com seus pares, na e com a natureza beneficia imensamente as crianças, possibili-
o ambiente mais humano, não deixando de realizar os encaminhamentos necessários para a evolução de cada tando exercer sua pulsão de explorar, indo além, buscando novos desafios, aprendendo a avaliar e lidar com o
cidadão. risco, com o imprevisível, ao mesmo tempo que desenvolve e aprimora suas habilidades intelectuais, emocio-
A inclusão de alunos com alguma deficiência, transtorno de aprendizagem ou dificuldade de aprendizagem, nais, sociais e físicas. Este brincar e interagir se dá nos espaços externos, mas principalmente na área verde da
está presente na nossa escola, pois desde a educação infantil até o último ano do ensino fundamental, estamos nossa escola, denominada, carinhosamente, pelas crianças de “floresta”. É comum vermos as crianças subindo
atendendo crianças e adolescentes com alguma situação específica, o que está sendo um grande desafio para em árvores, mexendo na terra, brincando com as folhas, galhos, sementes, insetos, água; aproveitando sua
os educadores, que não estão medindo esforços para promover aprendizagens essenciais para a vida de cada infância de forma saudável e feliz - próximo ao que viveram seus pais e avós.
estudante. A troca de experiências e vivências na própria escola, assim como o apoio de parceiros, está auxi- Essa interação e brincadeira também tornam-se ações concretas de educação ambiental ao propiciar a cria-
liando os educadores na mediação com os alunos. ção de vínculo, de afeto e cuidado da criança com a natureza, afinal é mais provável que tu preserve o que tu
Na escola também estamos avançando no uso da tecnologia, disponibilizando para os nossos professores aprendeu a amar.
recursos, ferramentas e materiais que estão tornando as aulas mais motivadoras, facilitando a aprendizagem.
A escola tem um papel social na comunidade, de promover a educação e todos os profissionais não estão Diretora: Eloiza Aparecida Wilhelms
medindo esforços para o alcance dos seus objetivos enquanto instituição. Vice-diretora e Técnica de Apoio Pedagógico: Elisangela Rossetto Juriatti
Diretora: Gladis Marli Haas
Vice-diretora: Natália Madalena Grendoski
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A parceria que fortalece A educação que transforma
“É necessária uma aldeia inteira, para educar uma criança”, como diz o provérbio africano, as pessoas apren- A escola deve representar a vida presente. Os desafios impõem à escola uma postura diferente, diante da
dem e se educam a partir dos valores familiares, mas também de acordo com valores sociais da comunidade formação de seus estudantes.
onde vivem e se relacionam. Nesse contexto, a escola assume papel primordial, de conciliar os valores fami- No contexto de uma escola atual, tudo aponta para uma metodologia de trabalho flexível, na qual aprender
liares e sociais, preparando, a partir das vivências cotidianas, cidadãos resilientes, empreendedores e criativos, a selecionar informações é fator essencial para a organização do conhecimento. Além de consolidar a apren-
capazes de transformar situações adversas em oportunidades para o bem estar de todos. dizagem e de se afinar com as orientações educacionais.
Na EMEI Jardim da Alegria, organizamos espaços colaborativos entre professores, pais e gestão, de forma a Sendo assim, o professor é o centro da construção da aprendizagem do estudante. Cada vez mais, o papel
oportunizar às crianças, momentos e vivências baseados em problemáticas reais, mas que priorizem o desen- afetivo do professor chama a atenção no processo de formação para a vida e para o trabalho.
volvimento de uma consciência de cuidado com a vida pessoal, social e planetária. Preservar boas relações, O educador atual, além da consolidação de aprendizagens, também aprofunda com os estudantes um exer-
estimular trocas constantes entre escola e famílias, favorece este processo. Assim, a Gestão Escolar oportuniza cício de reflexão sobre fatos, comportamentos, acontecimentos cotidianos, planos, metas, frustrações, senti-
espaços de troca, reflexão e diálogo entre os professores, em reuniões formativas e Conselhos de Classe, para mentos, escolhas, consequências, começos e recomeços.
organizar propostas de encaminhamento e ajuda no processo de desenvolvimento de cada criança. Além dis- O educador deve buscar sempre se qualificar, a fim de obter uma formação crítica e mais humana, que
so, os pais são convidados e já possuem a prática de se dirigirem à escola para conversar e construir junto com possibilite ao educando a capacidade de refletir sobre temas do seu próprio cotidiano, fazendo deste um ser
os profissionais da escola, estratégias de organização de rotinas, apoio sócio emocional com profissionais es- capaz de transformar sua própria vida. “Educação é um processo de vida, e não uma preparação para a vida”.
pecializados e trocas de experiências com os professores para qualificar o processo educativo dos seus filhos. E isso requer tempo, e tempo de qualidade, investido na nobre missão de educar.
Uma comunidade que estuda e aprende, tem melhores condições de educar. Por fim, o tempero principal de
todo esse trabalho é o comprometimento, cuidado e carinho que os profissionais dedicam a cada criança.
Fruto disso, são espaços saudáveis para o desenvolvimento e educativos por si só. Onde cada criança se de-
senvolve, com boa autoestima, em segurança física e psicológica, onde todos se relacionam, independente das
limitações de parentesco e do convívio na comunidade.
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Núcleo de Apoio às Escolas Gestão e ação no PROJETO
O Núcleo de Apoio às Escolas - NAE compõe uma equipe interdisciplinar, cuja atuação se constitui na
assessoria e suporte para as escolas. No NAE, vivenciamos “UM JEITO DE VIVER ESCOLA” ímpar, pois
GLOBAL: um olhar além da escola
nosso trabalho visa dar suporte aos professores, alunos, equipe técnica, direção e às famílias, trabalhando
diretamente com a comunidade escolar. Nosso desempenho, em especial, objetiva promover e potencializar a A palavra gestão nos remete a: pensar, articular, planejar, conciliar, executar, calar e falar...determinar.
capacidade de aprender do educando, bem como fortalecer suas habilidades e competências. Estar a frente de uma equipe vai muito além de ter uma portaria e fazer acontecer. A gestão necessita de
Os profissionais do NAE, quando solicitados pela equipe diretiva, circulam nas escolas para intervir em sensibilidade, comprometimento, entrega, paciência, resiliência e se valer da razão.
situações em que os estudantes estão envolvidos. Participam da Microrede e auxiliam nos encaminhamentos A gestão do Global envolve muitas pessoas, com demandas, visão de mundo, conhecimentos, experiências
para profissionais da área da saúde, quando verificada a necessidade. e perspectivas diferentes. No Projeto Global, significa olhar para 440 crianças, do 1º ao 6º ano. Envolve ges-
No âmbito da Psicologia Escolar, busca-se promover intervenções que proporcionem o desenvolvimento de tar serventes responsáveis pelo café da manhã, almoço, lanche da tarde e higiene diária. E os profissionais da
forma integral, incluindo fatores emocionais, cognitivos e relacionais. Para este fim, a família e toda a comu- educação que são desafiados a pôr em prática todas as suas habilidades, pois o contraturno não é escola, é
nidade escolar é envolvida. São realizados encontros individuais e familiares, assim como visitas nas escolas, complementação curricular, onde se oportuniza o conhecimento de forma lúdica, prazerosa e significativa.
onde são desenvolvidos projetos e intervenções, juntamente, com as equipes. Reuniões com outros serviços Ao Projeto Global não cabe o ritual de escola, mas uma proposta que visa alcançar as competências ge-
da Rede (CAPS, UBS, CT, CREAS) também são realizadas pretendendo promover diferentes olhares e saberes rais para a Educação Básica previstas na BNCC. Somos diferentes, e para tal, existe uma Associação de pais
para o melhor benefício do aluno. Além disso, atualmente, os seguintes projetos estão sendo disponibilizados denominada APEG que por meio de suas contribuições permite a contratação de oficineiros e recursos
para as escolas, a fim de proporcionar a todos os alunos o acesso a temas importantes relativos à Saúde Men- pedagógicos que garante o diferencial, como música, robótica, ginastica, arte, horta, ju jitsu, culinária…
tal: “Saúde Mental na Adolescência” e “Relações respeitosas e bullying na escola” A sensibilidade desta gerência cabe a equipe gestora, que deve ter em seu DNA a inquietude e a perspicácia
O foco do trabalho Psicopedagógico são os processos de aprendizagem, assim como, suas dificuldades e das demandas da sociedade.
limitações inerentes. Visando decifrar a origem destas, que pode ser social, física e mesmo emocional, a oferta
deste apoio conta com a parceria da Apae e também da empresa conveniada ADDE que, além de avaliar a
criança/estudante no seu desenvolvimento e desempenho cognitivo, auxiliam nas intervenções.
Já a Fonoaudiologia Educacional apoia com atuações de: promoção e prevenção da saúde fonoaudiológica
à comunidade escolar, desenvolvendo ações facilitadoras, enriquecedoras e inclusivas para melhor comu-
nicação e processo de aprendizagem; triagens e avaliações no ambiente escolar e no NAE, a fim de identi-
ficar como estão os diferentes aspectos relacionados a comunicação, linguagem oral e escrita dos alunos e
das turmas, bem como acompanhamentos, nos quais busca-se acolher e dialogar com as pessoas e serviços
envolvidos, para que juntos possamos fazer intervenções. Essas costumam ser reuniões interdisciplinares,
acompanhamento individual ou em grupos de alunos, e encaminhamentos a outros profissionais da educação
e/ou da saúde, assim como encaminhamentos a Fonoaudiologia Clínica para tratamento de demandas mais
complexas.
O NAE também oferta Projetos Multidisciplinares:
- Projeto “Desenvolver Bem” (para pais de crianças da Educação Infantil) e
- Projeto: “Amparo ao Monitor” (Suporte e acolhimento aos monitores das escolas).
Articular ações de acolhimento, apoio, avaliações e orientações direcionadas à melhoria do desenvolvimen-
to cognitivo, emocional e social dos educandos e a toda comunidade escolar é o “Nosso jeito de viver escola”.
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Momentos Secretaria Municipal de Educação Com o apoio da Administração Municipal, Secretaria de Educação, professores de Informática Educati-
va, empresas parceiras e comunidade escolar, a EMEF 29 de Setembro organizou o I Festival de Inovação,
Denise Maria Maldaner
Ciência e Tecnologia, evento para incentivar o protagonismo dos estudantes, apresentando possibilidades
para identificar oportunidades e desenvolver ideias criativas e inovadoras.
Secretária da Educação Que essa jornada continue a ser permeada pelo espírito do amor, inspirando a cada um de nós a dar o
Setor Pedagógico
melhor de si e a fazer desta escola um lugar verdadeiramente especial.
Com gratidão, Setor Pedagógico.
Celsi Lambrecht Richter, Denise Maria Maldaner, Dulce Maria Fusiger Garcia, Fabiana Niedermeier, Raquel
Machado Leite, Rejane Maria Atz Juver, Rejani Butzen, Priscila de Lima, Ivana Soligo Collet, Cristina Stoffel
Görgen e Juliana Zimmer.
A educação é a chave para o desenvolvimento humano e o alicerce sobre o qual construímos um futuro
de possibilidades. Mais do que um processo, ela é um caminho para a descoberta, a compreensão e o cres-
cimento contínuo.
A escola, nesse contexto, não é apenas uma instituição física, mas um ambiente dinâmico que inspira a
aprendizagem em todas as suas formas. É um lugar onde as crianças e estudantes desenvolvem habilidades
essenciais, como pensamento crítico, criatividade, colaboração e resiliência. A verdadeira educação vai
além das salas de aula; ela se estende às interações diárias, moldando não apenas o intelecto, mas também
o ser como um todo.
Viver a escola como um modo de vida implica em cultivar uma comunidade educativa onde todos os
membros - crianças, estudantes, educadores, pais/responsáveis e funcionários - se envolvam ativamente no
processo de aprendizagem. Essa abordagem fomenta um ambiente de apoio e crescimento mútuo.
A educação transcende as fronteiras da escola e se integra à vida cotidiana. A curiosidade torna-se um Setor do Transporte
hábito, a busca pelo conhecimento uma paixão. Os desafios são encarados como oportunidades de apren- Anencir Fröhlich, Gabriela Felix da Trindade, Luciano Banachoki, Rogério Medinger e Vilmar Augusto
dizado, e a colaboração é vista como uma ferramenta essencial para o progresso. Hanzen Back.
Para evoluirmos na trajetória pedagógica, o Setor Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Encerramos o ano de 2022 com a aquisição de mais um ônibus escolar, com capacidade para 59 passageiros
Dois Irmãos - SMEDI, fomentou a formação continuada dos profissionais, através das formações do SE- e que também conta com acessibilidade. Com isso, dispomos de 04 veículos, sendo que até o presente mo-
BRAE:Desenvolvimento de competências sócio-emocionais, Protagonismo, ética e colaboração, Educando mento haviam apenas 03 motoristas. Sabendo da necessidade do município para o transporte das crianças e
para o empreendedorismo e projeto de vida, Programas de Escolares em parceria com a Sicredi Pioneira: estudantes, era preciso um novo motorista para darmos conta desta demanda.
Programa a União Faz a Vida, Cooperativa Escolar, Educação Financeira na Ponta do Lápis, , ofertou a Por isso, com o aumento de alunos que precisam do transporte para se deslocar até as escolas, além do au-
formação dos Primeiros Socorros, Lei Lucas socorros de urgência, e a Visualidades Afro-brasileiras e In- mento de contraturnos conveniados, começamos o ano de 2023 com um novo motorista. Assim, tivemos um
dígenas na Educação Básica. Podemos ainda salientar, que a grande maioria das escolas da rede municipal. aumento do número de alunos transportados com os veículos próprios.
Os professores do AEE - Atendimento Especializado ao Educando e monitoras, receberam formações es- Através do transporte escolar, foram feitos muitas saídas de estudos, transporte para a Feira do Livro e
pecíficas sobre assuntos pertinentes à inclusão. Olimpíadas Escolares, tanto da rede municipal, como da rede estadual e particular, além de alunos da Funda-
As formações disponibilizadas para os profissionais neste ano, permitiram que cada um aprendesse e ção Assistencial de Dois irmãos (FADI). Também foram abastecidas todas as escolas da rede municipal, com
aplicasse no seu dia. E para fazermos um jeito diferente de viver na escola, precisamos estar abertos para estrega de carnes, produtos de limpeza, materiais de expediente e mobílias.
cada interação, cada descoberta, contribuindo para a nossa jornada educacional contínua, transformando
a escola em um farol que guia a busca pelo conhecimento.
Na busca constante de olhar para nossas crianças e estudantes, o Setor Pedagógico acompanhou o proces-
so de aprendizagem com o auxílio dos indicadores de aprendizagem e o diálogo constante com os profissio-
nais da educação nas escolas. A escuta sensível com as equipes gestoras também proporcionou momentos
de trocas e construções pedagógicas.
O Setor Pedagógico também conta com a parceria do Núcleo de Apoio às Escolas - NAE, o qual auxilia na
demanda que temos na rede municipal através de atendimentos especializados. O NAE tem a coordenação
da técnica de apoio pedagógico da SMEDI e conta com profissionais de psicologia, fonoaudiologia e psi-
copedagogia que auxiliam no desenvolvimento cognitivo dos educandos que necessitam de atendimento
especializado.
Além disso, as turmas da Educação Infantil de todas as escolas receberam brinquedos novos, os quais
proporcionaram novas interações e aprendizagens significativas para as crianças. Ainda, foi ofertado nas
EMEIs, aulas de Informática Educativa para crianças de 4 e 5 anos, através do uso dos Chromebooks e as
aulas foram ministradas por uma professora concursada na área.
18 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 19
Setor de Desporto
Astério Luís Mombach
O esporte é um direito de todos, sendo valioso instrumento de transformação social, Através do esporte que
se pode conseguir uma melhora significativa nas atitudes do aluno e por consequência, um melhor aproveita-
mento escolar e muitas vezes reconhecendo que o esporte pode representar uma grande chance em sua vida.
Assim a Administração municipal de Dois Irmãos, através do Departamento de Desporto, conseguiu criar o
Projeto SUPERAÇÃO de Atletismo, tendoa Instituição Evangélica de Novo Hamburgo IENH, como parceira
deste projeto já que é referência regional no Atletismo Escolar.
O Programa de Atletismo Dois Irmãos tem os seguintes objetivos:
- fornecer oportunidade de aprendizagem dos fundamentos da MODALIDADE ATLETISMO, trabalhando
atividades para o desenvolvimento psicofísico-social de crianças e adolescentes do município de Dois Irmãos/
RS, através da prática de Atletismo de forma orientada e com acompanhamento técnico. A implantação deste
Projeto visa fortalecer e potencializar as atuações de jovens atletas do município de Dois Irmãos por meio
20 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 21
A 34ª Feira do Livro: memórias Débora Juliana da Silva
Professora e Coordenadora Pedagógica
Escola de Educação Infantil Bruxinha Faceira
Entre 23 e 29 de outubro de 2023, conhecer novos professores, con- e 2008, do qual resultaram várias
realizou-se, em Dois Irmãos, a 34.ª versar com estudantes ativou a publicações e que obteve à época,
Feira do Livro. Para mim, o even- memória, trazendo lembranças entre outras distinções, o prêmio
to veio revestido de um sabor es- de minha atuação como professor Gestor Público. Vários docentes
pecial: fui o patrono. A escolha,
feita de forma democrática entre
em Dois Irmãos, em especial, as
ações em prol da leitura do texto
declararam que a proposta conti-
nua viva na escola, o que, obvia- A pesquisa científica na educação infantil
os docentes, teve como motivação literário. Muitas dessas lembran- mente, me deixou muito feliz. Algo
não só minha produção ficcional ças pude compartilhar com meus que persiste por duas décadas, com É sabido que a Educação Científi- vam noções e conhecimentos cientí- lacionar as características dos planetas
e acadêmica, mas todo o trabalho interlocutores durante a semana certeza, tem sua relevância. ca é uma metodologia/conhecimento ficos dentro das suas possibilidades. com fenômenos do dia-dia delas. Por
desenvolvido na rede municipal da Feira. Enfim, foram muitas as expe- abordado pelo ensino de Ciências da No projeto de estudo desenvolvido exemplo: estudamos os planetas Júpi-
entre 1991-2012, como professor, Quando cheguei aqui, no final riências durante minha atuação Natureza. Demo (2011) afirma que a com uma turma de Pré (5 e 6 anos) ter e Saturno considerados os gigantes
própria vida como tal, já nos estabele- não foi diferente, o tema de interesse gasosos e para que a criança pudesse
diretor, coordenador de projetos, dos anos de 1980, Dois Irmãos já como professor da rede munici-
ce algum tipo de conhecimento. O co- das crianças foi o Espaço Sideral, en- ter uma aprendizagem significativa,
atuações sempre pautadas pela possuía uma biblioteca munici- pal e múltiplas as lembranças da- nhecimento científico está vinculado à volvendo o conhecimento de todos os relacionamos com os estados físicos
defesa da leitura e da literatura. pal com acervo considerável e um quela época. Pude revivê-las nes- adaptação dos fenômenos da natureza planetas, bem como as estrelas e anéis. da água, uma observação de uma cha-
Entretanto, fiz questão de compar- bom número de frequentadores. sa semana da 34.ª Feira do Livro à sociedade e aos interesses humanos, Dentro deste tema o conhecimento leira de água fervendo já proporcionou
tilhar a honra e a alegria da distin- As escolas municipais, entretanto, e compartilhá-las com o público. controlando-os, preservando-os, ou científico foi abordado a cada pergun- uma noção de como seriam os plane-
ção com todos os que me acompa- embora possuíssem, cada uma, sua Por isso agradeço, imensamente, transformando-os, de acordo com as ta/dúvida da criança. As atividades fo- tas gasosos.
nharam na caminhada: prefeitos, pequena biblioteca, precisavam de a todos os que participaram da necessidades, tendo em vista à solução ram lúdicas e os planetas foram as pri- Observou-se no encerramento do
vice-prefeitos, secretários, colegas, atenção especial. É nesse contexto minha caminhada como profes- dos problemas que vão surgindo ao meiras descobertas delas, uma vez que, projeto que as crianças criaram um
funcionários das escolas, estudan- que iniciamos um movimento co- sor da rede municipal, aos que longo de sua evolução, adequando-se precisaríamos que elas tivessem um certo engajamento para a pesquisa,
tes e comunidade em geral. A bus- letivo em prol da literatura, afinal, reconheceram o meu trabalho e como referência para uma visão de conhecimento prévio para o aprofun- relacionando a todo tempo, fenôme-
ca por uma educação de qualidade, como bem defende Antonio Can- me elegeram como patrono, aos mundo coerente e objetiva (GERAL- damento das características de cada nos do cotidiano com possibilidades
DO, 2009). um. O processo de conhecimento se existentes. Percebeu-se então que a
por uma cidade leitora, não foi um dido, ela é um “bem incompres- que me acolheram calorosamente
Na educação infantil a metodologia deu a partir da imaginação da criança. educação científica quando abordada
empreendimento individual; mui- sível” (Candido, 2004, p. 74), ou nos diversos espaços, desde minha de projetos de estudos é muitas vezes Ela entrava no foguete (que foi confec- de forma lúdica e concreta faz desper-
to pelo contrário, foi um projeto seja, aquele que não pode ser ne- escolha, até o último dia de feira, abordada para desenvolver os objeti- cionado com a turma), usava seu ca- tar possibilidades de respostas a aquilo
coletivo. Muitos e muitos atores gado ao ser humano. A literatura, aos que compartilharam comigo vos propostos pela legislação nacional. pacete e imaginava onde iria pousar, que muitas vezes a criança não conhe-
sociais, desempenhando as mais concordamos com ele, “age com o momentos de paixão pelas histó- Muitos desses projetos apresentam fazendo com que o destino de pouso, ce, buscando a pesquisa como meio de
variadas funções no município, fo- impacto indiscriminado da vida e rias e memórias, seja nas escolas, temas voltados ao mundo natural, fa- fosse o objeto de estudo da semana. O alcançar uma resposta.
ram decisivos para a construção de educa como ela – com altos e bai- seja na praça. Um agradecimento zendo com que as crianças desenvol- projeto proporcionou às crianças, re-
uma educação da qual hoje Dois xos, luzes e sombras” (Candido, especial ao prefeito, Sr. Jerri Adria-
Irmãos pode se orgulhar. 2002, p. 83). O resultado das ações ni Meneghetti, ao vice-prefeito, Sr.
Nesses dias de Feira, visitei as foi muito positivo, e as bibliotecas Juarez Stein, à secretária de edu-
doze escolas municipais e, em escolares deram um salto de quali- cação, Denise Maria Maldaner e
cada uma, pude ver o quanto o dade. Muitas delas, passaram, in- sua equipe, ao Comitê Lies, pelo
município aposta e investe na edu- clusive, a abrir suas portas para a acolhimento e atenção, a mim e a
cação. A estrutura delas é invejá- comunidade em geral, democrati- minha família, durante todo o pe-
vel; as bibliotecas, localizadas em zando ainda mais o acesso ao livro. ríodo que envolveu a realização da
espaços adequados, aconchegan- Além das ações voltadas especi- Feira.
tes, apresentam excelente e quali- ficamente para a qualificação das Por fim, desejo muito sucesso a
ficado acervo, o que evidencia que bibliotecas, também relembrei e todos, e que a leitura e a literatu-
há uma política de investimento compartilhei com colegas profes- ra continuem recebendo sempre
no livro e na leitura. sores outra experiência memorável atenção especial. Que venha a 35.ª
A realidade que encontrei foi – o Carrossel de Letras. Foi um pro- Feira do Livro!
envolvente. Visitar as escolas, re- jeto de valorização da leitura e da
encontrar antigos colegas da rede, literatura, desenvolvido entre 2003
Ernani Mügge
Doutor em Literatura Brasileira, Portuguesa e Luso-Africana, com pós-doutorado em Cultura e Literatura. Pesquisador e professor do curso de Letras e do
Programa de Pós-graduação em Processos e Manifestações Culturais e dos cursos de Letras do Instituto Superior de Educação Ivoti.
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Djeni Kelly Knorst Lang Patrícia Scheidt Alles
Professora de Educação Infantil Diretora de Escola
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CME/DI - 35 anos: muitos jeitos de
se viver a educação
Neste ano de 2023, o Conselho Municipal de Educação de Dois Irmãos está completando 35 anos de exis-
tência, 25 anos de efetivo funcionamento e, também, comemora 21 anos de Sistema Municipal de Ensino. Atualmente o CME/DI é composto por: Vilson Francisco Selch (Presidente do CME/DI), Celsi Lambrecht
Quantos desafios, quantas expectativas, quantos olhares atentos de pessoas envolvidas e engajadas nesses Richter (Vice-Presidente), Carolina Preussler (1ª Secretária), Ana Liliam Siebert Hausmann Esswein (2ª
processos! Esperançosas, essas pessoas estavam juntas, em cada reunião, em cada constituição de grupo, em Secretária), Matheus Klauck Blume, Morgana Melo de Melo, Ivana Collet Soligo, Ana Paula Closs, Rejani
cada transposição legal dos princípios, das deliberações e das determinações federais oriundas da Presidên- Butzen, Juliana Trentin.
cia da República, do MEC/CEB ou do CNE para o âmbito do contexto da Educação território do Município O Conselho Municipal de Educação exerce papel de articulador e mediador das demandas educacionais
de Dois Irmãos. junto aos gestores municipais e desempenha funções normativa, consultiva, mobilizadora e fiscalizadora.
O Conselho Municipal de Educação do município de Dois Irmãos foi criado em 24 de agosto de 1988, pela Ficou um grande aprendizado para os membros do CMD/DI: que o conselheiro deve ser um estudioso,
Lei Municipal n° 716, enquanto um órgão de cooperação, vinculado ao gabinete do prefeito, com a finalida- pesquisador, debatedor e sabedor da legislação educacional. Não basta o conselheiro ter boa vontade. Ele
de de auxiliar a Administração Municipal na orientação, no planejamento, na interpretação e no julgamento precisa ter profissionalismo no exercício de sua função para garantir um direito básico às crianças e adoles-
da matéria inerente à educação. Entretanto, durante um período de dez anos, ficou com atividades restritas. centes do território: educação.
Em conformidade ao que consta na Ata nº 01/1998, em 23 de março de 1998, às 15 horas, na Prefeitura
Municipal de Dois Irmãos, reuniu-se, pela primeira vez o CME/DI. Através da Portaria n°289/1997, consti-
tuía-se o CME/DI por: Maria Lígia Cerveira (SEMEC), Iara Wickert (Câmara de Vereadores), Maria Helena
Vier Becker (escolas da rede particular de ensino), Eliana Maria Wolf (escolas da rede estadual de ensino),
Denise Maria Maldaner (escolas da rede municipal de ensino), Irena Lurdes Girardon Julien (Lions Club de
Dois Irmãos), Terezinha Ritter Malheiros (APAE), Lixia Stoffel (FADI) e Ieda Regina Henrich Scholl (COM
das redes pública e particular de ensino de Dois Irmãos).
Considerando a Ata n° 02/1998, no dia 27/04/98, às 17h, elegeu-se a primeira diretoria do CMD/DI, pro-
clamada como a primeira presidente do CME/DI a Sra. Terezinha Ritter Malheiros (APAE), Vice-presidente
a Sra. Eliana Maria Wolf (Rede estadual).
Nesta composição o CME/DI ainda estava submetido ao Conselho Estadual de Educação – CEE, pois ain-
da não havia a instituição do Sistema Municipal de Ensino.
Colegiado do CME/DI
Diante dos desafios locais e das necessidades de brevidade nos processos de criação e credenciamento de
escolas, através da Lei Municipal nº 1.966/2002, de 07 de novembro de 2002, organizou-se o Sistema Muni-
cipal de Ensino de Dois Irmãos.
A Lei Municipal nº 1.967/2008, de 07 de novembro de 2002, consolidou a gestão democrática na educação
municipal, recebendo a autonomia em orientar as competências de cada ente dentro do Sistema Municipal
de Ensino e maior respaldo para as decisões do órgão colegiado, como também a adequação do Regimento
Interno do Conselho Municipal de Educação com o Sistema. Eis que se reorganiza o CME/DI com Sistema
Próprio.
26 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 27
Shirley Maria Heck Backes Cristina Vier
Diretora do Colégio Imaculada Conceição Técnica de Apoio Pedagógico
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Daniele Simone Arndt superficial do mesmo evidencia que fundamentais que requerem atenção conforme a imagem (Imagem 1).
Diretora da Escola boa parte de suas intenções ficou no e cuidado. Ao promover uma cultu- A reflexão sobre as políticas edu-
EMEF 29 de Setembro papel (VIEIRA, 2007). ra de diálogo, participação e respeito cacionais, a legislação vigente, a au-
mútuo, podemos construir ambien- tonomia escolar e a gestão demo-
Por fim, é importante reconhecer a tes educacionais mais inclusivos, de- crática precisa acontecer de maneira
dinâmica do poder presente nas re- mocráticos e propícios ao desenvol- interligada e é essencial para pro-
lações políticas e de gestão. O poder vimento integral dos estudantes. mover uma educação de qualidade,
pode ser exercido de diferentes ma- Nesse contexto, as reflexões devem que atenda às necessidades de nossa
As políticas educacionais e a gestão escolar neiras, e é fundamental que ele seja
utilizado de forma ética e responsá-
explorar questões como a valoriza-
ção dos profissionais da educação, a
sociedade. Elas formam o quebra-ca-
beça da Educação no Brasil. Ao con-
30 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 31
Camilo Bruno Fonseca Aline Flores Rodrigues
Professor de Educação Infantil Diretora da Escola - EMEI Professora Clarice Maria Arandt
Fernanda Abreu Kelly Simone Silveira Correa
Professora de Educação Infantil Técnica de Apoio Pedagógico
EMEI Profª. Clarice Maria Arandt
Juliana Gallas Grawer
Vice-Diretora
EMEI Profª. Clarice Maria Arandt
Vivendo o universo das ciências na educação Escola e Família: uma parceria necessária!
infantil Sabemos que tanto a família quanto tados, fazendo com que os familiares cola em favor de ter as suas vontades e
a escola desempenham papéis decisi- entendam seu papel e sua importância necessidades atendidas.
Ao ensinar Ciências na educação de campo, oportunizando momen- possibilite um novo olhar para o en- vos na educação e formação da crian- no processo de ensino e aprendizagem, Escola e família sempre formaram
infantil, é possível identificar novas tos de experiências diversificadas, sino de Ciências na educação infantil, ça. Ao ingressar no ambiente escolar, além de deixá-los bem informados a um elo importante no desenvolvimen-
possibilidades de trabalho que eno- possibilitando agregar ainda mais para que o trabalho em conjunto com faz-se necessário uma fase de adap- respeito da vida escolar dos seus filhos. to da aprendizagem, elo este que deve
brece e respeita as crianças dentro de conhecimentos das diversas ciências, outras ferramentas seja sistemático, tação, onde os aspectos afetivos, o di- Szymanzki (2003, p.75) reforça a con- ser mantido e fortalecido nos dias de
suas particularidades. Por meio de perpassando pela Educação Infantil pois, conforme Botega (2015, p. 79- álogo e respeito são imprescindíveis, vivência dos pais na escola quando diz hoje. Não é intenção da instituição que
um olhar mais atento é possível per- (SOARES et al., 2019). 80), “se os docentes julgam que não favorecendo a construção de vínculos. que: “Uma condição importante nas os pais sejam responsáveis pelo cur-
ceber a riqueza das oportunidades e Desenvolvendo um dos campos de estão preparados e não tem as bases Uma boa relação entre família e escola relações entre família e escola é a cria- rículo escolar e sim, que participem e
possibilidades de ensinar, satisfazen- experiência, “Espaços, tempos, quan- conceituais necessárias para o ensino deve fazer parte de qualquer trabalho ção de um clima de respeito mútuo – estimulem aos filhos o comportamen-
do as demandas de desenvolvimento tidades, relações e transformações”, os dos conhecimentos de ciências, irão, educativo, unindo esforços em busca favorecendo sentimentos de confiança to de estudante e cidadão. Já à escola
e aprendizagem (COSTA, 2021). verbos manipular, explorar, observar, sempre que possível, evitar a explo- de objetivos comuns. e competência, tendo claramente deli- cabe também uma função educativa
No universo da Educação Infan- identificar, entre outros, permitem al- ração de situações de aprendizagem Envolver as famílias nem sempre é mitados os âmbitos de atuação de cada junto aos pais, para que em colabo-
til existem inúmeros caminhos para cançar vários objetos de estudo, por dentro desse assunto”. tarefa simples, por isso a escola opor- uma [...].” ração mútua possam promover uma
se ensinar Ciências, de forma que o meio da investigação. E para que estes momentos de tro- tuniza a participação dos pais e comu- Sendo a família o primeiro contato educação integral da criança. A partir
professor potencialize seu olhar com cas de experiências sejam cada vez nidade escolar em palestras, reuniões da criança desde o seu nascimento, a da parceria Escola e Família, a criança
sensibilidade e análise de seus alunos, mais ricos, é muito importante que os por turma, assembleias e eventos que base de todo o processo de formação se torna um adulto capaz de contribuir
possibilitando saber o que querem ou professores que não são da área das são oferecidos durante o ano letivo, para se viver em sociedade, é indis- positivamente para a construção de
o que demandam para se desenvolve- ciências sejam integrados às possibi- visando o acesso a informações funda- pensável que a ela seja assegurado seus uma sociedade mais justa.
rem de acordo com a faixa etária. Ao lidades de investigação e experimen- mentais na educação dos filhos, crian- direitos à vida, à saúde, à alimentação,
passo que as crianças brincam, tam- tação, dentro das realidades que as es- do assim, um elo importantíssimo no à educação, …(BRASIL, 1990) como
bém descobrem coisas referentes ao colas possam oferecer, com o objetivo desenvolvimento da aprendizagem de primordial ao seu desenvolvimento. É
ambiente que as cercam, com um viés de impactar positivamente a apren- qualquer criança. A escola tem a res- na família que a criança começa a re-
investigativo (SOARES et al., 2019). dizagem e a vivência destes alunos, a ponsabilidade de dialogar, informar, ceber a educação básica (valores, ide-
Vários assuntos podem surgir, pois partir da etapa de onde tudo começa: aconselhar e encaminhar os mais di- ais, respeito, noções comportamentais
a curiosidade converge com os fenô- a educação infantil. versos assuntos aos pais para que jun- e de autonomia…). A escola torna-se
menos presenciados e vividos ou por tos possam promover uma educação assim, uma aliada da família, pois dará
estarem no seu imaginário, por exem- integral da criança e refletir sobre suas continuidade nesse processo educativo
plo, como consta no Referencial Cur- atitudes, envolvendo-se na vida escolar e introduzirá a formação intelectual,
ricular Nacional para a Educação In- dos filhos. firmando uma parceria imprescindível
fantil (RCNEI), Brasil (1998, p.189): A união família/escola gera benefício para alcançar uma maior qualidade na
“se for possível manter uma horta em relação não só ao processo ensino/ educação e aprendizagem.
na instituição, as crianças também Ademais, é imprescindível buscar aprendizagem, mas também na troca Atualmente percebe-se que esse en-
podem observar o crescimento das propostas, metodologias e alternati- de informações acerca da criança, no tendimento está se perdendo, pois a
hortaliças e vegetais, além de apro- vas para ampliar o acesso das crian- desenvolvimento da mesma na escola grande maioria dos pais acreditam que
veitá-los nas refeições”, possibilitando ças a este espaço, como: capacitação e em casa. Ou seja, essa inter-relação é responsabilidade somente da escola
a observação da realidade (HAILE, dos professores, oficinas de experi- possibilita compreender a atuação da instruir e educar seus filhos, delegando
2018). mentações voltadas para os proje- criança tanto em casa como na escola, o que seria o seu papel para os profes-
É interessante explorar os espaços tos e desenvolvimento de recursos suas condutas e as relações que esta- sores. Diante dessa inversão de valores
da escola e também promover saídas didático-pedagógicos, de forma que belece com os adultos no seio familiar e papéis, as crianças ficam vulneráveis
(ANDRADE, 2008). em meio a falta de direcionamento dos
Referências bibliográficas: Uma boa comunicação entre família pais que mostram-se resistentes em
BOTEGA, Marcia Palma. Ensino de ciências na educação infantil: formação de professores da rede municipal de ensino de Santa Maria, RS, Brasil. 2015. 137 f. Tese (Doutorado em
Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2015. e escola geralmente traz bons resul- aceitar as propostas pedagógicas da es-
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF, 1998.
COSTA, Edith Gonçalves; ALMEIDA, Ana Cristina Pimentel Carneiro de. Ensino de ciências na educação infantil: uma proposta lúdica na abordagem ciência, tecnologia e sociedade
(CTS). Ciência & Educação. Bauru, V. 27, 2021. Referências bibliográficas:
HAILE, Ana Caroline. O ensino de ciências na educação infantil. 2018. 112 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Ensino de ANDRADE, Lucimary Bernabé Pedrosa de. Os centros de convivência infantil da UNESP: contexto e desafios. 2003. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de História,
Ciência e Tecnologia, Universidade Federal Tecnológica do Paraná, Ponta Grossa, 2018. Direito e Serviço Social da UNESP. Franca, SP. 2003.
SOARES, Alessandro Cury; SILVA, André Luís Silva da; PORTUGAL, Khalil Oliveira; FERREIRA, Marcello; SILVA FILHO, Olavo Leopoldino da. O ensino de ciências na educação BRASIL. Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF, 1990.
infantil: possibilidades e desdobramentos. Revista de Produtos Educacionais e Pesquisas em Ensino, v. 3, n. 2, p. 85–104, 2019. SZYMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano Editora, 2003
32 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 33
Ana Claudia da Rosa ficial (IA), canva e editores de vídeo um tema em comum. Isso envolve a nexão profunda com diversos conteú-
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais para apresentar os pontos turísticos participação dos professores de cada dos, permitindo-nos contextualizar o
Cátia Weiler do município através de imagens, fala disciplina na sala de aula, discutin- tema por várias perspectivas. Isso, por
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais dos personagens e descrição. do suas perspectivas e contribuições sua vez, estimula o pensamento críti-
Lídia Garcia Conforme Fazenda (2008), a in- para a análise do assunto em questão. co dos estudantes, enriquecendo sua
Professora de Informática Educativa trodução da interdisciplinaridade na Ao integrarmos o componente de compreensão do mundo ao seu redor.
EMEF Dr. Mário Sperb
escola ou no meio acadêmico requer Arte e Informática Educativa em nos-
34 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 35
Adilson Reis Dillenburg Jéssica Trierveiler Professora de Educação Infantil
Professor de Ensino Fundamental - Anos Finais
EMEF Prof. Carlos Rausch Marli Closs Professora de Educação Infantil
Iara Cristina dos Santos Professora de Educação Infantil
Eduarda S. Stein Professora de Educação Infantil
EMEI Profª Clarice Maria Arandt
Jogos pedagógicos concretos aliados ao ensino Para preservar a vida é preciso cuidar do meio
da Matemática ambiente, faça a sua parte
Ensinar requer um constante mo- va o raciocínio lógico e sejam estimu- Atualmente encontramos uma va- O projeto “Vida Marinha” foi de- procuramos conscientizar as crianças ma. Sendo assim, ao longo da pesqui-
vimento na busca por adequações lados o pensamento independente, a riedade de opções de jogos pedagó- senvolvido com a turma do NA5 da dos cuidados necessários para eles sa eles descobriram que:
metodológicas de ensino, pois os es- criatividade e a capacidade de resolver gicos concretos, pensados e desen- Escola Municipal de Ensino Infantil sobreviverem. Durante o estudo, des- - O peixe-palhaço vive em anêmo-
tudantes parecem estar cada vez mais problemas. Ainda, a importância do volvidos para as diferentes idades Professora Clarice Maria Arendt. O cobrimos que os animais marinhos nas que são muito venenosas. (João)
acelerados e com dificuldades de con- uso de jogos e curiosidades no ensi- e necessidades. Existem jogos his- tema surgiu ao observarmos brin- estão morrendo diariamente em de- - O peixe palhaço não dança, ele
centração para desenvolver as ativi- no da Matemática, com o objetivo de tóricos, evolutivos e fragmentados, cadeiras e diálogos das crianças, nas corrência da poluição dos oceanos. tem esse nome devido às suas cores.
dades propostas em seus ambientes mudar a rotina da classe, despertar o consistindo em trabalhar a atenção quais brincavam e relatavam sobre Realizamos uma saída pelo bairro da (Maria Luiza)
escolares. Como educadores, somos interesse do aluno e fazê-lo gostar de e planejamento das ações, exigindo as férias na praia. Segundo elas, de- escola, a fim de recolhermos o lixo - A água viva queima com os tentá-
diariamente desafiados a encontrar aprender a disciplina, diante seu cará- plasticidade cerebral frente às variá- pararam-se com águas vivas que, ao jogado no chão e visitamos a Usina culos para se defender dos predado-
meios/dinâmicas para que o processo ter lúdico, desenvolvedor de técnicas veis do jogo. entrarem em contato com a nossa de Reciclagem de Dois Irmãos para res. (Joaquim)
de ensino e aprendizagem possa inter- intelectuais e formador de relações Enfim, a prática de jogos concretos pele, provocam queimaduras. Assim, compreenderem a importância da - A enguia dá choque. (Pedro)
vir e despertar o interesse dos educan- sociais. Os autores destacam que é que desafiam a capacidade humana, surgiram diversos questionamen- separação e descarte correto do lixo. - O polvo tem três corações e tem
dos, com abordagens significativas e através dos jogos que se torna possível tais como: o montar de formas geo- tos, por exemplo: como a água-viva Fizemos uma socialização entre as oito tentáculos. (Sophia)
que atraiam-lhes a atenção. proporcionar experiências, estimular métricas, de alinhamentos, combina- queima as pessoas? O peixe palhaço turmas para refletirmos sobre as con- - O polvo solta tinta preta para fugir
É fundamental que ocorra a apren- a aceitação de normas e hierarquias, o ções de cores, preenchimentos, entre dança? Quantos tentáculos o polvo sequências do descarte de lixo de ma- dos predadores. Ele não tem ossos, e
dizagem dos estudantes por meio do trabalho em equipe e o respeito pelos outros, normalmente atraem a aten- tem? O que a estrela-do-mar come? O neira desordenada. consegue passar por pequenos bura-
desenvolvimento de habilidades es- outros. ção das pessoas, quando na oportuni- que mora dentro das conchas? Como cos. (Rafael)
senciais no processo educacional, evi- Jogos como o Dominó de Cores,- dade do contato. Apesar das pessoas, os animais respiram dentro da água? - A tartaruga marinha põe e enterra
denciando a importância e sentido da Tablini, Ábaco Aberto, além de ou- atualmente, independente de sua ida- Tartaruga pode respirar fora d’água? seus ovos na areia. (Maíra)
existência dos espaços escolares. Em tros, podem ser usados para explorar de, e em sua maioria, estarem sempre Por que os golfinhos fazem barulhos - As tartarugas marinhas têm pul-
tal processo, historicamente, a apren- conceitos matemáticos de números ligadas às questões tecnológicas, o altos? Os animais marinhos sentem mões e precisam respirar fora da
dizagem matemática sempre foi, para e formas geométricas, auxiliando no jogo concreto ainda é uma excelente frio na água? Por que o polvo solta água. (Elisa)
grande parte, uma disciplina de difí- desenvolvimento do raciocínio e da ferramenta para auxiliar no desenvol- tinta? Todos os animais marinhos têm - O caranguejo tem cinco patas e
cil compreensão e sua aprendizagem lógica. Já, como exemplos, o Critérios vimento intelectual. Sendo assim, é dentes? Peixes têm ossos? Por que os duas tem garrinhas. (Maria Victória)
constantemente condicionada a diver- Planos, Quadrante e Travessia Geo- necessário incentivar e explorar, além animais marinhos fazem bolhas? - O golfinho tem a cor cinza e res-
sos fatores. Diante de tal observação, métrica são jogos de estratégia que dos ambientes escolares, a prática em O tema foi inserido de forma sim- pira por um buraquinho. (Antonelli)
os professores são movidos a uma in- apresentam variações nos cenários de família e amigos, reconhecendo sua ples e compatível à idade das crian- - A foca come peixinhos e pode res-
cessante avaliação da prática, buscan- acordo com mecânicas de movimen- importância e contribuições no de- ças, por meio de pesquisas na inter- pirar dentro da água. (Alici)
do aprimorar suas ações, avaliando to, captura e objetivo. senvolvimento pessoal. net, para entender o modo de vida - A ostra dá pra comer, tem que
melhores caminhos e propondo in- de cada animal. Várias atividades re- chupar ela, mas tem que tirar a péro-
tervenções mais acertadas para que se lacionadas ao tema foram realizadas, la. (Arthur)
possa obter resultados significativos a como: leitura de livros infantis, rodas As crianças perceberam que as - O tubarão tem dentes grandes.
partir de suas escolhas. de conversa, vídeos educativos sobre ações diárias, realizadas equivocada- (Davi)
O ensino e a aprendizagem da Ma- a anatomia e fisiologia dos animais, mente, relacionadas ao descarte do Em síntese, foi possível aproximá-
temática, através de uma metodologia confecção dos animais marinhos com lixo afetam a fauna marinha. Estes -las da compreensão da importância
que inclui o uso dos jogos pedagógi- diferentes materiais (areia, argila, car- materiais, principalmente o plástico, do cuidado com o meio ambiente.
cos concretos, reflete a uma provoca- vão, sucatas, papelão, massinha de chegam aos oceanos por meio dos Conhecer os animais faz com que as
ção humana em mergulhar no pensa- modelar, jornal, entre outros). Como cursos d’água, são confundidos com crianças estejam atentas à sua preser-
mento reflexivo e desafiador, de forma culminância do trabalho faremos alimentos e ingeridos pelos animais, vação e à importância da fauna para
individual ou coletiva. Segundo Gro- uma saída de estudos para o Museu causando-lhes, muitas vezes, a morte. nossa sobrevivência. Mas a aprendi-
enwald e Timm (2007), para aprender de Ciências Naturais da UFRGS/Ce- Como nosso projeto foi desenvol- zagem mais impactante e significativa
matemática é preciso que se desenvol- Dominó de 4 cores. climar-Mucin na cidade de Imbé/RS. vido por meio da escuta atenta às foi a conscientização do descarte cor-
O projeto teve como objetivo estu- crianças é importante trazermos nes- reto do lixo. Como isso faz diferença
dar as características dos animais ma- te texto as aprendizagens adquiridas, para os animais que estudamos e para
Referências bibliográficas:
GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira; TIMM, Ursula Tatiana. Utilizando curiosidades e jogos matemáticos em sala de aula. Educação Matemática em Revista, 2000. rinhos e por meio dessas pesquisas dando voz às próprias crianças da tur- as pessoas de modo geral.
36 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 37
Nadia Helena Schneider tibilidade para desenvolver depres-
Técnica de Apoio Pedagógico são, ansiedade, baixa autoestima e
NAE - Núcleo de Apoio às Escolas
transtornos da imagem corporal. Este
último é motivo de preocupação espe-
cial entre as meninas, levando a risco
aumentado de distúrbios alimentares
como anorexia e bulimia, quando to-
38 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 39
Tanise da Costa Pereira Cassiane Lerner de Sousa
Técnica de Apoio Pedagógico Diretora da Escola
EMEF Felippe Alfredo Wendling EMEF Felippe Alfredo Wendling
40 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 41
Kellen Gambato superfície onde seus estados interiores “Postão” há uma mangueira? Já repa- emocionalmente falando?
Professora de Educação Infantil se projetam ou refletem; de modo que, rou que no estacionamento ao lado E quanto ao projeto, explorando o
Kelin Karine Kolling a partir daí, sabe-se, ou pensa-se saber, há uma jabuticabeira? Quantas flores mundo das emoções e dos sentimen-
Professora de Educação Infantil aquilo que se quer, sente, teme, deseja, você vê pelo caminho que faz todo tos, percebemos emoções que não sa-
EMEI Profª Heda Alves Nienow pensa, isto é, aquilo que se pode comu- dia para ir ao seu trabalho? Há gati- bíamos muito bem definir e também
nicar desses estados. É preciso, portan- nhos que ficam se alongando e se re- identificar. A literatura de apoio aju-
to, que o homem tenha diante de si um torcendo por entre suas pernas e pés dou muito. As conversas com os cole-
42 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 43
Graciele Andreia Wolfart Alana Schuck
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
44 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 45
Nérison Carlos Hoffmann Bruna Góis Soares de Almeida
Diretor da Escola Professora de Educação Física
Debora Linck
EMEF Profº Carlos Rausch
Vice-Diretora
EMEF Albano Hansen
46 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 47
Eduardo Gabriel Sebastiany Dirce Rodrigues da Silva
Professor de Ensimo Fundamental - Anos Finais Técnica de Apoio Pedagógico
48 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 49
Claudine Angelina Buttenbender Beatriz Maria Jung Stoffel
Professora de Ensino Fundamental - Anos Finais Professora de Educação Infantil
EMEF Primavera EMEI Profª Heda Alves Nienow
50 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 51
Iara Cristina dos Santos Márcia Enzweiler Borth Professora de Educação Infantil
Professora de Educação Infantil
Cinara de Moraes Santos Professora de Educação Infantil
Eduarda Schallenberger Stein Fernanda Abreu Professora de Educação Infantil
Professora de Educação Infantil
Mariele Elisa Blume Veronice do Nascimento Monitora Educacional
EMEI Profª Clarice Maria Arandt
Monitora Educacional
EMEI Profª Clarice Maria Arandt
Detetives da água em ação: conscientizando Projeto: Nem tudo se joga fora, cuide da
sobre o uso e preservação da água natureza!
Considerando que as crianças pos- O interesse da turma NB3, da EMEI com o planeta, com o descarte correto além dos questionamentos. A turma
suem um potencial transformador Professora Clarice Maria Arandt, pelo do lixo, com a reciclagem e o uso de mostrou-se muito envolvida a cada
da realidade em que estão inseridas, assunto ‘reaproveitamento’ surgiu sacolas de tecido ou recicladas. descoberta. As vivências foram muito
tanto no presente quanto no futuro, quando as professoras trouxeram para Foram inúmeras as propostas reali- significativas e os estudantes compre-
o trabalho acerca do tema água e sua a sala alguns brinquedos confecciona- zadas e a cada dia surgiam novas des- enderam a importância do descarte
preservação torna-se de fundamental dos com sucatas. Com a contação da cobertas. A turma socializou a canção, correto e a reciclagem do lixo. A turma
importância. O projeto surgiu a partir história: “A turma do utilixo” e a con- “Jogue o lixo na cestinha” (Professora relatou que aprendeu durante o proje-
de observações das crianças quanto fecção de cartazes para as lixeiras da Joice Silva Santos em paródia de “O to a importância de cuidar do planeta,
ao uso consciente da água. Durante sala surgiram mais questionamentos. patinho colorido” de Bento e Totó) e os descartando o lixo corretamente, re-
o encher da garrafa de água no be- Em outro momento, as crianças pa- brinquedos confeccionados com suca- ciclando, utilizando sacolas de tecido
bedouro, idas ao banheiro e na sala, raram para observar o caminhão e os tas. Realizamos passeios pelo bairro e ou recicláveis, reaproveitando mate-
no momento de escovação dos den- recicladores recolhendo o lixo da es- coletamos o lixo encontrado nos arre- riais e objetos, reduzindo o consumo
tes, entravam em discussão quanto das e curiosidades da turma e, dentre da água; Experiência como forma a cola. Surgiram então muitas dúvidas dores da escola. As crianças ouviram excessivo, entre outras ações. A turma
ao uso correto da água. Mostraram a elas, destacamos: Passeio da chuva; chuva; Experiência do saco de eva- sobre o assunto: “Por que o caminhão músicas, histórias, assistiram vídeos e concluiu, de forma satisfatória, dizen-
curiosidade sobre a falta de água na Confecção folder com desenhos, falas poração; Confecção de um pluviôme- do lixo amassa o lixo?” “Por que é im- se divertiram com jogos relacionados do “É muito bom cuidar da natureza!”.
cidade e trouxeram falas sobre o rio e aprendizagens; Mobilização e entre- tro com garrafa pet; Construção de portante reciclar?”... Seguimos nesse ao tema. As famílias se envolveram, Que essa conscientização das crianças
seco e questionamentos sobre a chu- ga dos folders para comunidade es- um gráfico acerca da quantidade de caminho e assistimos ao vídeo: “Nem criando brinquedos feitos com sucatas seja transmitida para suas famílias e,
va. Sabendo que a escola tem o papel colar; Conversa com a bióloga Ivana água nas frutas; Confecção do fundo tudo se joga fora, nem tudo que sobra e decoraram sacolas de tecido de do- de forma contagiosa, para a comuni-
de sensibilizar a criança quanto a nos- Soligo Collet. Além disso, realizamos do mar da NB1 e criação de animais é lixo”, do Mundo Bita, e as crianças ação. Outra experiência significativa dade. Assim, as gerações futuras po-
sa responsabilidade com o meio am- uma saída de estudos na Corsan, que marinhos com materiais recicláveis apresentaram mais indagações, con- foi a visita à Usina de Reciclagem da derão usufruir do nosso planeta de
biente, o projeto aqui explicitado visa foi muito significativa, uma vez que com as famílias; Experiência Poluição firmando o interesse pelo assunto. Os cidade de Dois Irmãos, onde a turma maneira sustentável!
ajudar na conscientização das crian- foi possível sanar os questionamentos da água; Confecção de coletes e lupas professores (as) são peças fundamen- sanou dúvidas e observou as etapas do
ças em relação à preservação da água, trazidos em sala, como: “A gente quer para os detetives; Mobilização junto tais no processo de conscientização trabalho realizado pelos recicladores.
mostrando consumo consciente e sua saber como eles limpam a água?” (Te- com a turma NA5 e NB3 para o re- da sociedade referente aos problemas A guia do local explicou cada espaço
importância para a vida. odoro); “Como a água vai do rio para colhimento de lixos jogados na ruas ambientais, pois buscam desenvolver e a experiência da reciclagem de pa-
Nesse contexto, fizemos algumas as nossas casas? (Lara)”. próximas à escola; Construção da em seus alunos hábitos e atitudes sa- pel foi algo que deixou as crianças en-
perguntas instigadoras e salientamos A saída de estudos na Usina de Re- maquete “Que planeta você quer para dias de conservação ambiental e res- cantadas, pois participaram de todo o
que, assim como em nossas casas, na ciclagem de Dois Irmãos surgiu devi- seu futuro?; Horta e um jardim com peito à natureza, transformando-os processo com entusiasmo e relataram
escola a água também é de extrema do a turma trazer os questionamen- reutilização da água da chuva; Cons- em cidadãos conscientes e compro- essa experiência aos seus familiares.
importância para preparação dos ali- tos: “Que tipos de coisas eles fazem na trução do Livro do Projeto. metidos com o futuro do nosso país. A turma recebeu a visita da bióloga
mentos, higiene, horta, limpeza e, por Usina?” (Otávio). Após, realizamos Na mostra pedagógica a turma pôde (MUNHOZ, 2004). Observando o Ivana Soligo Collet para falar sobre a
isso, precisamos utilizá-la de forma uma roda de conversa e registramos demonstrar na prática tudo o que encantamento do grupo pelo assunto, composteira, e ela explicou qual a me-
consciente. Diante de tanta curio- a vivência por meio da montagem de descobriu e, ao finalizarmos o proje- demos início às vivências significa- lhor maneira de pôr em prática, junto
sidade, muitas dúvidas e algumas um vídeo em que as crianças, indi- to, percebemos o quanto as crianças tivas. Iniciamos pelo que as crianças ao canteiro da turma, na horta da es-
certezas surgiram a partir das falas vidualmente, relataram seu aprendi- exploraram, experimentaram, de ma- já sabiam sobre lixo para o que elas cola, esclarecendo as dúvidas que sur-
abordadas pelas crianças: “Por que zado. Realizamos também a saída de neira autônoma e protagonista, por tinham curiosidade em descobrir. E giram. Prática que foi realizada pelas
não podemos desperdiçar a água?” estudos ao Museu de ciências natu- meio das vivências proporcionadas, surgiram vários questionamentos, crianças com o auxílio das professo-
(Teodoro), “Como seca a água do rais - Ceclimar\Ufrgs em Imbé, que lançando suas hipóteses e pesquisan- como: “Quais são os tipos de lixo?”, ras, com atenção e de forma contínua
rio?” (Stéfany), “Para que a chuva ser- abrangeu as temáticas relacionadas à do sobre as curiosidades abordadas, “O que é feito com o papel higiênico e periódica durante o projeto.
ve?” (Bento). E assim surgiu o projeto poluição dos oceanos e tipos de lixo. assim damos-nos conta do quanto o que vai para o lixo?”, “Como se recicla Acreditamos que atingimos os obje-
“Detetives da água em ação”. Realiza- Além disso, foram realizadas pro- estudo foi significativo para todos os o papel?”. tivos do projeto, sanamos as dúvidas
mos propostas, buscando sanar dúvi- postas como: Tipos de nuvem; Ciclo envolvidos. O objetivo do projeto foi conscienti- das crianças referente ao reaproveita-
zar que é preciso e possível contribuir mento de sucatas e aprendemos para
Referências bibliograficas:
DOIS IRMÃOS, Documento Orientador Curricular de Dois Irmãos. Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto. – Dois Irmãos: SEMEC, 2019.
RIO GRANDE DO SUL, Secretaria de Estado da Educação. Departamento Pedagógico, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação. Referencial Curricular no Referência bibliografica:
Gaúcho: Educação Infantil. Porto Alegre: Secretaria de Estado da Educação, Departamento Pedagógico, 2018.V1. MUNHOZ, Tânia. Desenvolvimento Sustentável e Educação ambiental. Brasília, abril/2004, p.81.
52 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 53
Tanise da Costa Pereira Cristina Sturmer Knob
Técnica de Apoio Pedagógico Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
Bruna Fernanda Utzig Immig Carina Sander Becker
Vice-Diretora
Cassiane Lerner de Sousa Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
EMEF Profº Arno Nienow
Diretora de Escola
EMEF Felippe Alfredo Wendling
54 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 55
Cátia Weiler Adriane Aline Butzker Costa
Professora de Ensino Fundamental - Anos Finais Professora de Educação Infantil
EMEF Felippe Alfredo Wendling Tamires Schuck Kafer
Professora de Educação Infantil
Ana Claudia da Rosa
Professora de Educação Infantil
EMEI Jardim da Alegria
56 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 57
Gabriela D’Ávila Schüttz Jéssica Trierveiler Professora de Educação Infantil
Professora de Ensino Fundamental - Anos Finais
Marli Closs Professora de Educação Infantil
Janete Loebens Johann Monitora Educacional
EMEF Prof. Carlos Rausch
58 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 59
Eliane Roth Gateli po de criação teatral, onde a imagi-
Diretora de Escola nação, o corpo, e a ação dos alunos
Anderson Barbosa Soares estejam integrados, na construção
Professor do Projeto Teatro de novos saberes e competências ex-
EMEF Dr. Mário Sperb pressivas. (FERREIRA; FALKEM-
BACH, 2012, p. 11)
60 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 61
Deloni Ott Stoffel Camilo Bruno Fonseca
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais Professor de Educação Infantil
Projeto Global Marite Callegaro
Professora de Educação Infantil
Débora Roberta Padilha da Silva
Monitora Educacional
EMEI Profª Clarice Maria Arandt
Letramento matemático através dos jogos: Frutas que alimentam e dão energia para
a alegria de ensinar e aprender brincando nosso corpo
A prática docente tem me ensina- para a aula, os usados no contraturno ou no seis, mas se no decorrer do ca- A temática Frutas despertou um - “Como é uma árvore de uva?”
do que o acolhimento, a escuta e o e ainda as roupas que no decorrer do minho for ultrapassado por qualquer interesse significativo aos alunos da (Thierry);
diálogo são pilares fundamentais na dia iam despindo. Observamos todos adversário volta para casa e tem que turma NB2 da EMEI Clarice Maria - “A banana tem semente?” (Fer-
compreensão e desenvolvimento da os compartimentos de cada mochila, recomeçar. A frustração de voltar é Arandt, próximo ao fim do período nando);
aprendizagem, e por isso sempre op- planejamos e organizamos os mate- inevitável, porém, um bom jogador de adaptação da nova rotina diária - “Como é feito o chá da bergamo-
tei em estar na Educação Infantil, lu- riais por tamanho, depois definimos sabe que neste jogo tudo é possível, que lhes era apresentada. Em um dos ta?” (Flávia).
gar que me permite exercer com tran- onde cada um poderia ficar, por últi- pois na reta final da trilha é preciso momentos de alimentação surgiu o Partindo disso, atividades foram
quilidade e maestria os pilares acima mo treinamos diferentes dobras nas acertar a quantidade de casa para sair, seguinte questionamento: “Por que desenvolvidas com o objetivo de
citados. Entretanto, como professora roupas para ocupar menos espaço. do contrário fica indo e vindo, e é nes- comemos frutas duas vezes ao dia?”. responder as perguntas trazidas. Ao
concursada e fazendo parte da rede Na prática de jogos em equipe: pas- te momento que o retardatário pode O questionamento foi uma semen- longo do projeto, os alunos externa-
municipal de educação, em 2023 me sa garrafa, o primeiro jogador da fila chegar primeiro. tinha para a discussão. A partir des- vam suas percepções, encantamentos,
aventurei como oficineira no Proje- precisa ter agilidade, percepção do Por fim, no jogo “brincando de en- se momento, deu-se início a uma questionamentos e alegrias ao identi-
to Global e, neste espaço de troca de valor de cada garrafa no momento genheiro”: projetar um trânsito segu- conversa de esclarecimento, em que ficarem novas descobertas e aprendi- e sabores.
saberes, compartilho algumas das vi- de escolha, enquanto os demais jo- ro para nossa cidade, definitivamente essa semente foi “regada” pelos pro- zados: Em um canteiro, as crianças reali-
vências neste novo espaço. gadores prestam atenção e precisam não é tarefa fácil, demanda muitos fessores com algumas informações - “A melancia nasce da semente de zaram o plantio de mudas de moran-
A Base Nacional Comum Curri- ter agilidade em receber e repassar cálculos. O lápis foi registrando os sobre a importância do consumo de uma planta rasteira e pode ser amare- go, no qual observaram o processo
cular (BNCC) aponta que a partir a mesma. Percebi que as crianças se comandos do pequeno projetista, que frutas e seus benefícios. Começaram la” (Vinícius); de crescimento, maturação e ama-
de dezembro de 2017, o 1º e 2º ano doam, cada uma com suas particula- ilustrou o relevo irregular da cidade e a “germinar” e várias perguntas sur- - “O morango tem flores brancas e durecimento. Na terceira semana de
do ensino fundamental passam a ser ridades: comandos, gritos, agitação, no “sobe e desce” criou rótula, sinali- giram, “gerando” o projeto Frutas. A amarelas e o fruto é vermelho”; setembro, realizaram a colheita dos
considerados “ Ciclos de Alfabetiza- constatações… (“Quem tem mais zação, vegetação, lago, parques, casas, pesquisa foi crescendo e o objetivo de - “Fazemos chá com a folha da ber- primeiros frutos, pois logo as mudas
ção”. Com ela aprimoramos o enten- garrafas ganha.” “Não, quem faz mais escola e igreja, ocupando todo o es- explanar os benefícios para o desen- gamoteira” (Flávia); entrarão em estágio de senescência.
dimento de Letramento e como se dá pontos.”). Por fim, quantificamos as paço disponível no papel, afinal, Dois volvimento do corpo humano, pro- - “Podemos usar a casca de algumas Uma descoberta muito importante
o processo de apropriação da lecto- garrafas, somamos os valores de cada Irmãos tem infinitas belezas a serem movendo a alimentação saudável e frutas para colocar na horta e as ver- que trouxeram foi a partir do plantio
-escrita (aprendizagem significativa uma, transformamos os resultados registradas. melhorando o consumo por parte das duras crescem com isso” (Iago); da muda de abacaxi, que foi feita com
da leitura e da escrita). E o processo em dezenas, e assim, temos a equipe Diante disso, percebeu-se que os crianças foi ficando cada vez maior. - “A casca do limão é repelente para a coroa obtida a partir do abacaxi co-
matemático? Desenvolver o raciocí- vencedora, além de ser uma brinca- jogos e as brincadeiras mobilizaram O assunto começou a ser explorado não vir o mosquito da dengue” (Sofia letado no pomar da escola, pois cada
nio lógico também é um método de deira onde todos ganham. esquemas mentais, criando impulsos e as crianças trouxeram o que já sa- e Miguel). abacaxizeiro produz apenas um fruto
letramento. Se o processo significativo Observou-se, no jogo de solo: o co- naturais em que a criança realizou es- biam: O aumento da ingestão de frutas por ciclo de floração. Logo, a coroa
da alfabetização acontece no enredo lorido do tabuleiro, pinos e o dado forços voluntários e espontâneos para - “Mamão faz bem para os olhos” pelas crianças foi percebido, pois foi replantada após o crescimento
do cotidiano da criança, o letramento “fazem” o convite para o jogo. O ludo atingir o objetivo em questão, estimu- (Henrique); mostraram-se curiosos e participati- das radículas para que o pomar possa
matemático também não é diferente. é um desafio de concentração, paci- lou e aprimorou habilidades motoras, - “Se comer frutas diferentes, vamos vos no desenvolvimento das ativida- produzir mais abacaxis ao longo do
Assim, procurei desenvolver minha ência e muita estratégia para chegar cognitivas, afetivas e sociais, e promo- ter várias vitaminas” (Alana); des, estimulando o desejo de novas tempo.
prática além das operações básicas ao destino, as regras são claras, para veu a capacidade da criança de resol- - “Quanto mais fruta comemos, experiências. Algumas das árvores existentes no
trazendo propostas relacionadas às sair de casa o dado precisa cair no um ver problemas. mais forte ficamos” (Iago); Embora grande parte das ativida- pomar da escola são mantidas pelas
necessidades primárias de quem fre- Enquanto traziam o que já sabiam, des tenham sido realizadas dentro da funcionárias, como: a bananeira, a la-
quenta a escola e contraturno, através a curiosidade foi despertada e outros escola, os esforços, quando desenvol- ranjeira, o limoeiro e demais árvores
de dinâmicas atrativas, jogos e brin- levantavam a mão para questionar vidos em conjunto pelos alunos, pais, frutíferas existentes, permitindo que
cadeiras. algo que ainda não sabiam, surpreen- comunidade em geral, professores e as crianças acompanhem o desenvol-
Logo nos primeiros dias letivos dendo-nos com o rico conteúdo que funcionários, possibilitam o ensino e vimento e produção das frutas.
percebi a dificuldade das crianças estava em “modo de espera” neles. a troca de conhecimentos, de forma A parceria entre escola e comunida-
em organizar seus pertences em uma - “Porque todas as frutas não nas- aglutinadora. Em algumas propos- de é fundamental para o desenvolvi-
única mochila, afinal, dentro preci- cem da árvore?” (Isabela); tas, os pais enviavam frutas de seus mento das atividades e também para
sava caber os materiais necessários - “Como o coco nasce?” (Augusto); pomares (fruta do conde, carambolas que as crianças possam “viver a esco-
- “O que podemos fazer com as cas- e romãs), para que pudessem experi- la”, entendendo o pertencimento delas
Referência bibliografica:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/, acessado em 22/09/2023.
cas das frutas?” (Sofia); mentar novos aromas, texturas, cores nos espaços escolares e na sociedade.
62 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 63
Perla Motta Goulart a maioria das pessoas adotou e não rua com algum alimento, água ou até
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais comprou seu Pet. mesmo encaminhando para a Asso-
EMEF Felippe Alfredo Wendling Concluímos que, antes de adotar- ciação de Animais. Lá é o local ideal
mos um animal, é muito importante para ajudar a conseguir um lar amo-
pensarmos bastante, para depois não roso para ele.
acabarmos abandonando-o. É impor- É muito importante realizarmos a
tante pensarmos no tempo que preci- castração dos animais para evitar que
Abandono de animais
samos dedicar ao animalzinho e nos tenhamos muitos deles nas ruas em
custos que iremos ter com ração, re- estado de sofrimento. Além disso, de-
médios e veterinário. vemos denunciar qualquer situação
Também precisamos pensar com de maus tratos às autoridades.
Os alunos do 3º/01 da E.M.E.F. Fe- • Observar se existem animais brincarmos com ela, que foi resgatada Por meio do nosso trabalho foi pos- quem iremos deixar o bichinho quan- Aprendemos, com este trabalho,
lippe Wendling e a professora Perla abandonados no bairro; e atendida pela Associação. Eles au- sível incentivar o cuidado com os ani- do formos viajar. Devemos dar pre- que os animais nos ensinam que
Goulart iniciaram um estudo com a • Pesquisar na internet sobre o tema xiliaram encaminhando-a para a cas- mais e sensibilizar as pessoas para a ferência pela adoção consciente, pois quem ama não abandona e cuida com
temática sobre o Abandono de Ani- estudado; tração e cirurgia para retirada de um adoção responsável. existem muitos animais abandonados todo amor e carinho como gostaria de
mais. A justificativa do trabalho ba- • Realizar uma pesquisa sobre a câncer de mama. Após sua recupera- No questionário que as famílias e que precisam de ajuda! ser tratado!
seou-se no fato de que muitas pessoas adoção de animais entre os alunos da ção, em um lar temporário, iniciou- professores responderam, felizmente, Se possível, auxilie os animais de
abandonam os animais na nossa cida- E.M.E.F Felippe Wendling. -se uma busca para encontrar um lar
de. Nosso trabalho foi de grande im- amoroso para ela. Agora, Gaya vive
portância, pois falamos sobre a prote- A turma foi visitar a Associação feliz com sua nova família!
ção dos animais. Amigos dos Animais, que é formada Realizamos uma pesquisa entre a
O problema que tínhamos para re- por pessoas que amam os bichos e comunidade, professores e funcio-
solver era: o que poderíamos fazer trabalham voluntariamente para dar nários da Escola Felippe Wendling,
para diminuir o índice de abandono o melhor para eles, uma vez que es- questionando sobre a adoção de ani-
de animais em nossa cidade? tão em situação de risco. Na oportu- mais.
Em nossas hipóteses, gostaríamos nidade, entrevistamos a presidente da Em nosso questionário foi possível
de incentivar a adoção de animais e Associação Maria Isaura Husken, que verificar que 80,7% dos entrevistados
conscientizar as pessoas para uma respondeu a diversas questões trazi- têm animais de estimação.
adoção responsável. das pelos alunos. Ao serem perguntados sobre como
O objetivo geral do trabalho teve o Iniciamos o trabalho com debates conseguiram o animal de estimação,
intuito de incentivar as pessoas a cui- e conversas sobre o tema. Após, rea- 71,8% respondeu que adotou. Já 9,9%
darem mais dos animais. lizamos pesquisas bibliográficas em comprou e o restante ganhou ou o
Os objetivos específicos do trabalho diferentes sites. Assistimos um vídeo animal apareceu em sua casa.
foram: sobre o resgate da cachorrinha Gaya Quando questionados sobre se já
• Conhecer o trabalho da Associa- e da sua evolução após ser adotada. viram algum animal em situação de
ção de Animais; Recebemos então a visita da Gaya em abandono, 96,4% respondeu que sim.
• Distribuir panfletos sobre a prote- nossa sala de aula e tivemos a opor-
ção de animais pelo bairro; tunidade de darmos muito carinho e
Referências bibliograficas:
https://adotar.com.br/instituicao.aspx?cod=2005
https://jornaldoisirmaos.com.br/noticia/18032022-abandono-de-caes-e-gatos-preocupa-associacao-dos-animais-de-dois-irmaos
64 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 65
Ana Cristina Wiest Eduardo Gabriel Sebastiany
Professora de Ensino Fundamental - Anos Finais Professor de Educação Infantil
EMEF Profº Arno Nienow EMEF Profº Carlos Rausch
Es war einmal... Era uma vez... Um conto que Na teia da Dona Aranha
ainda não havia sido contado Trabalhar com a Educação Infantil é
garantia de retorno ao mundo da ima-
“Um rei chamado Vírus que vi- viam música? Quais eram os entrete- instrumentos tocamos? E se, com a ginação. Para Piaget (2010), a imagina-
via escondido em qualquer lugar do nimentos? Momento de conversar em nossa música, pudéssemos afastar ção é a ferramenta com a qual as crian-
mundo. Ele tinha muita vontade de família, ouvir histórias de antigamen- algo de ruim… Uma boa música traz ças abstraem objetos e situações que
expandir o seu reino. Então, um dia, te, pois naquele momento a família bons sentimentos! Os maiores com- não estão presentes imediatamente
saiu à conquista de outros reinos. Pe- estava tendo mais tempo em casa. positores clássicos do mundo falavam no ambiente e que vai evoluindo até a
gou um avião e, ao aterrissar em cada Interessantes invenções que usamos alemão… Bach, Beethoven, Mozart, construção de símbolos mais comple-
cidade, começou a empestar a todo no nosso cotidiano foram inventadas Chopin. xos. Já Montessori (2021) enfatiza que
planeta…” Conto de Guadalupe del genuinamente por alemães, desde o Embarcamos para uma viagem essas construções surgem a partir da
Canto, traduzido em vários idiomas motor ao filtro do café. Em cada um encantadora: A Rota dos Contos de exploração ativa do mundo, através do
para ajudar pais e educadores pelo de nós mora um inventor em poten- Fadas, que vai da cidade dos irmãos corpo que sente e que age. Compreen-
mundo a conversar com seus filhos cial. Em tempos de pandemia, tive- Grimm, Hanau, no vale de Kinzig, dendo a potencialidade do movimento
sobre a triste realidade: Covid-19. Es- mos que “nos reinventar”, o momento num percurso de 600 km até o mar, e do imaginário, duas turmas de Edu-
tudamos a versão em língua alemã. exigiu de nós precaução e criativida- onde surgiu o conto “Bremer Stadt- cação Infantil foram convidadas a vi-
Você, caro leitor, deve estar pensan- de. Os estudantes relataram em frases musikanten” (Os Músicos de Bre- venciar, nas aulas de Educação Física,
do, mas o que isso tem a ver com as o que estavam “inventando” em casa. men). o projeto “Na teia da Dona Aranha”.
vivências da escola hoje? É que esse “Wir backen Brot” (Nós fazemos A cantiga clássica da Dona Aranha é
relato de experiência ficou inacaba- pão), “Ich planze im Garten” (Eu Hanau é a cidade natal de Jacob e um componente da cultura brasileira cânicos e anatômicos. Ele defende que rado a Base, pois aponta como objeti-
do devido às demandas da pandemia planto na horta)... Wilhelm Grimm e abriga o Monu- e dispensa apresentações. Ocorre que as crianças não são simples corpos em vos e habilidades a experimentação de
e não foi publicado. Mas como todo E como cuidar dos sentimentos e mento Nacional em homenagem aos essa figura mítica possui característi- movimento, elas são vidas que estão situações que demandem domínio,
bom conto dos irmãos Grimm “Wenn emoções das nossas crianças? Lite- Grimm, marco zero do roteiro. cas e habilidades carregadas de signos ocupadas com algo significativo, o que exteriorização, combinação e ade-
sie nicht gestorben sind, dann leben ratura sempre é uma boa escolha. A (Fonte: Google) que podem ser assimilados de diver- caracterizou como o Se-movimentar. quação de movimentos, coisas que
sie noch heute” (se eles não morre- fantasia dos contos de fadas é funda- sas formas. Um dos elementos mais Um exemplo disso é a brincadeira de só ocorrerão se as atividades fizerem
ram, então vivem hoje ainda) virou o mental para o desenvolvimento in- Neste ano, os contos retornaram utilizados no projeto foi a teia da per- pular elástico, realizada no projeto. A sentido no contexto proposto, como
nosso “felizes para sempre”. Continuo fantil. “Se quiser falar ao coração dos de forma presencial e muito especial. sonagem que serviu como fio condu- brincadeira possui relevância cultural uma brincadeira na teia da aranha.
o meu relato de 2020… homens, há que se contar uma histó- Um novo conto para se contar! tor e teceu as experiências corporais, no Brasil e apresenta variações especí- Uma vez que o movimento humano é
E foi assim que começamos as ati- ria. Dessas onde não faltem animais, através da imaginação e de seus sig- ficas dependendo da região, tendo evo- fundado em uma intencionalidade, o
vidades não presenciais na discipli- (...) e muita fantasia. Porque é assim nificados. Em determinados momen- luído organicamente ao longo do tem- Se-movimentar remete a uma forma
na de Língua Alemã na EMEF Arno suave e docemente que se despertam tos, os fios de barbante passavam a se po entre os círculos de socialização e especial de compreender o mundo
Nienow, naquele ano de 2020. Após a consciência”. (Jean de La Fontaine, sé- manifestar como teias pegajosas que sua importância e fim estão na própria através da ação.
história, estudantes e famílias foram culo XVII) formavam obstáculos e deveriam ser prática. Segundo os Campos de Expe- O projeto “Na teia da Dona Aranha”
instigados a confeccionar, simboli- Muito poderia se dizer sobre a im- evitadas, em outros, a teia materiali- riência da BNCC (2017), poder-se-ia rendeu muitos frutos, pois priorizou
camente, um escudo protetor contra portância de contarmos histórias zava-se como uma ponte que auxilia- propor a atividade com o simples in- o contexto social e os significados
este rei indesejado. Queríamos ter a para as crianças. E o quanto isso im- va na passagem das aranhas, mesmo tuito de que as crianças demonstras- simbólicos construídos pelas crianças
certeza de que as nossas famílias es- pacta positivamente a vida delas. O que, aos olhos adultos, parecesse uma sem controle adequado de seus corpos ao longo das aulas. Elas justificaram
tavam tomando os devidos cuidados momento era delicado, aproveitei a simples fita de slackline. em brincadeiras e jogos (EI03CG02). certos acontecimentos e sugeriram
e, assim, gerar uma consciência de oportunidade para trazer os clássi- Neste ponto, recorro a Kunz (2004), Assim, avaliar-se-ia se a criança é ca- ações, infiltrando-se no jogo simbó-
cuidado e proteção para afastar o mal. cos dos Irmãos Grimm, na sua língua que critica uma Educação Física que paz de saltar e direcionar seus pés para lico e construindo coletivamente os
Escudos protetores ativados, segui- original, e trazer esse encantamento, olha para um corpo que é, ou capaz acertar ou evitar o elástico, bem como esquemas motores que não se restrin-
mos com as aulas remotas. Na pro- alegria e esperança dos finais felizes, de realizar ações, como correr, saltar, em qual estágio do movimento ela se giram a uma classificação por nível
posta seguinte deveriam imaginar de certa forma. Começamos com o arremessar e suar, ou é incapaz, prio- encontra. Nesse sentido, o DOC-DI de desempenho, mas nos sentidos do
suas vidas sem telefones celulares, conto “Der Rattenfänger von Ha- rizando aspectos fisiológicos, biome- já apresenta uma evolução se compa- Se-movimentar.
sem carro, sem internet. Como ou- meln” (O flautista de Hamelin). Quais Referências bibliograficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_ver-
Referências bibliograficas: saofinal_site.pdf > Acesso em 09/06/2022.
NOEL, Daniel. Os contos dos irmãos Grimm. Editora Taschen, 2017. KUNZ, Elenor. Educação física: ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 3. ed., 2004.
https://www.academia.edu/42297988/O_ESCUDO_PROTETOR_CONTRA_O_REI_VIRUS - Acesso em abril de 2022. MONTESSORI, Maria. A mente da criança: mente absorvente. Campinas: Kírion, 1. ed., 2021.
http://plataforma.prolivro.org.br/projeto-exibe.php?p=263&s=135 - Acesso em 22 setembro de 2022. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: LTC, 4. ed., 2010.
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Deise Groth Robinson Ribeiro
Professora de Educação Infantil Professor do Ensino Fundamental - Anos Finais
Referência bibliografica:
https://planejadordeaulas.org.br/ Acesso em: 11/09/23.
68 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 69
Jenifer Spengler Paula Djovana Stoffel
Professora de Educação Infantil Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
70 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 71
Eveli Lourdes Smaniotto Katia Francini Kolling
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais Professora de Educação Infantil
Monitora Educacional
EMEF Felippe Alfredo Wendling
72 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 73
Kelin Karine Kolling Guisela Taiane de Oliveira Schenkel
Professora de Educação Infantil Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
EMEI Profª. Heda Alves Nienow Projeto Global
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Alessandra Alves de Souza Andréa Maleski dos Santos
Professora de Educação Infantil Diretora de Escola
Tatiane Büttenbender Ricardo Kolling da Costa
Professora de Educação Infantil
Aline Pinheiro da Silva
Professor de Ensino Fundamental - Anos Finais
EMEF Profº. Paulo Arandt
Professora de Educação Infantil
EMEI Profª. Clarice Maria Arandt
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Fabiana de Moraes Professora de Atendimento Especializado Maria Bianca Henrich
Jeniffer Thaís Mossmann Monitora Educacional Professora de Informática Educativa
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Ana Carolina Torres Letícia Soares da Silva
Professora de Educação Infantil Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
EMEF Primavera
Kely Fabiane Arend
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
EMEF Albano Hansen
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Sabrina Dornelles Profª. de Ensino Fundamental - Anos Iniciais família e poupar os recursos naturais ele pode fazer um controle de gastos mitir informações importantes e úteis
Ivana Soligo Collet Coordenadora da SMEDI é indispensável para a manutenção da através delas. para todos.
vida e somente o esforço coletivo tra- O livro foi ilustrado pelos próprios O trabalho realizado, além de abor-
Izabel Cristina Goulart Maria da Silva rá benefício a todos. estudantes do 4º ano 02 e do 3º ano 02 dar um tema de relevância social, per-
Profª. de Ensino Fundamental - Anos Iniciais
Para que os conhecimentos traba- e, depois de concluído, a divulgação mitiu a reflexão sobre o uso da lingua-
Dorotéia Selch Profª. de Ensino Fundamental - Anos Iniciais lhados atingíssem mais pessoas, o 4º da história ocorreu através da Hora gem e sobre a importância de escrever
EMEF Profº. Paulo Arandt
ano 02 decidiu criar uma livro com o do Conto com a professora Dorotéia com clareza e de adaptar a escrita às
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Ana Claudia da Rosa Débora Knackfuss Escobar dos Santos
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais Professora de Educação Infantil
EMEF Dr. Mário Sperb
Giulianna Scarpati Faustini
Monitora Educacional
EMEI Jardim da Alegria
leitura
crianças da turminha do Maternal B2 massagear os lóbulos das orelhas dos e é uma forma de expressar afeto for-
da Jardim da Alegria de 2023 adoram! pequenos. talecendo o vínculo e aprofundando a
Em nosso MB2, percebemos que as 9) Quase terminando, vem a batata conexão emocional entre cuidador e
A turma do 4º ano da Escola D. o desfecho das histórias e seus perso- acreditamos que a educação deve ser crianças constantemente pediam colo palha: massageie os dedos das mãos criança.
Mário Sperb é composta por 12 estu- nagens, mas também a exposição a um processo contínuo e incansável para as profes. Nesse contexto, surgiu dos pequenos. Por último, percebemos que é muito
dantes, e é inegável que a prática da diferentes referências literárias trazi- de busca pelo conhecimento. Nesse a ideia de aproveitar esses momentos 10) Por último, o bacon! É hora de útil avisar, antes de começar, que você
leitura desempenha um papel funda- das pelos colegas e pela professora. contexto, o papel do professor emer- para fazer uma espécie de massagem e, pegar a criança como quem pega um vai fazer um único cachorro quente
mental no desenvolvimento da capa- Além disso, nossa turma do 4º ano ge como o de um mediador, promo- em seguida, liberar a criança para vol- bebê no colo e fazer cosquinha em sua por criança, ou seja, uma vez só para
cidade interpretativa dos estudantes, conta com a “Sacola Literária”, que vendo o resgate de princípios éticos e tar a brincar com os demais colegui- barriga, sempre fonte de boas risadas. cada um. Passamos a fazer isso para
bem como na construção de um co- abriga uma variedade de obras. A estéticos no ambiente da sala de aula. nhas. Como nossas crianças adoram Notamos o quanto as crianças fi- que não pedissem para repetir a ex-
nhecimento amplo e diversificado. cada semana, a sacola é levada para Em resumo, o “Clube do Livro”, a “Sa- histórias e enredos, típicos dessa faixa cam felizes, satisfeitas e relaxados com periência trezentas mil vezes, afinal,
Como educadora, minha reflexão a casa de um estudante, e este, jun- cola Literária” e as “Histórias Coleti- etária, resolvemos criar algum ele- essa prática… E, além disso, a prática quem não adora uma massagem?
contínua sobre minha prática docente tamente com sua família, escreve um vas” mostraram que, além dos livros, a mento lúdico que favorecesse esse mo- de massagem em crianças ajuda de
me estimula a buscar estratégias que relato sobre os livros lidos ou histórias adoção de estratégias que se adaptem mento: a narrativa de como fazer um diversas formas, pois promove o au-
ajudem os estudantes a construírem que chamaram a atenção. Quando a ao processo de ensino-aprendizagem cachorro quente! Todos os dias desde
seu próprio conhecimento. No con- sacola retorna à escola, o estudante ampliam as oportunidades para os que criamos essa brincadeira que que-
texto atual, reconheço que os profes- compartilha esses relatos com a tur- estudantes revisarem e aprimorarem remos relatar, elas vem pedindo: “Pro-
sores precisam fazer um esforço extra ma. Para diversificar ainda mais nos- sua relação com a leitura. Isso cria fe, Profe, faz cachorro quente?”
para criar novas oportunidades de sa abordagem à leitura, criamos his- uma imersão profunda na dimensão 1) Sente-se e coloque a criança de
aprendizado e compreender que en- tórias coletivas, onde cada estudante literária, na qual a imaginação de- barriga para baixo em cima das suas
sinar e aprender são processos inter- contribui com uma parte da narrati- sempenha um papel fundamental na pernas.
ligados. Não se trata apenas de trans- va, seguindo o trecho anterior do co- atribuição de sentido à existência. 2) Comece afofando com as mãos
mitir conhecimento ao aluno, mas lega. Isso gerou histórias inusitadas, Imagem 1: Estudante falando sobre suas costas como se estivesse prepa-
também de aprender com ele. Nesse fruto da imaginação das crianças. o livro. rando o pão do cachorro quente.
sentido, a vontade de aprender é um No decorrer dos dias, nossa turma 3) Depois, diga que está cortando o
princípio fundamental da aprendiza- começa com o olhar curioso e a sede pão por passar a mão reta nas costas
gem, que ocorre na interseção entre o por descobertas. No ambiente escolar, deles, no mesmo sentido da coluna.
indivíduo e o ambiente. os estudantes são naturalmente moti- 4) A seguir, “pique” a salsicha fazen-
Com o objetivo de estimular a vados a questionar e buscar significa- do movimento similar por toda a colu-
curiosidade literária dos estudantes, do no que estão aprendendo. Ao lon- na, de uma ponta a outra.
implementamos diversas estratégias. go da prática diária, observamos uma 5) E, então, promova o molho fazen-
Uma delas é o “Clube do Livro”, no evolução significativa no repertório do movimentos circulares nas costas
qual reservamos dez minutos diários dos estudantes em suas produções Imagem 2: Estudante fazendo relato dos pequenos como quem mexe um
para a leitura em sala de aula. A cada textuais, com um aumento na rique- da sacola literária. caldeirão.
dia, um estudante compartilha suas za de detalhes em relação ao passado. 6) Após, coloque o milho fazendo
experiências com o livro que está len- Essas atividades também influencia- movimentos ritmados com as pontas
do, permitindo que os colegas façam ram suas visões de mundo e compre- dos dedos para cima e para baixo, pa-
perguntas sobre a história. O “Clube ensão das narrativas. Os estudantes recido com quando a gente sacode a
do Livro” foi projetado principalmen- passaram a identificar os elementos já aberta lata de milho para descer seu
te para fomentar a leitura diária, des- estruturais das histórias e refletiram conteúdo na panela
pertando a curiosidade sobre as obras sobre temas como confiança, igualda- 7) Então, coloque a ervilha por fazer
recomendadas pelos colegas. Essa de e mal-entendidos. o mesmo movimento ritmado, porém
abordagem visa não apenas descobrir Seguindo a perspectiva freiriana, agora com as mãos em concha.
8) Depois vem a azeitona, pouco co-
Referência bibliografica: locada nos cachorros aqui do sul, mas
Práticas de letramento literário na escola. Proposta para o ensino básico. Disponível em <http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/download/1033/1017/ utilizada em outros lugares do país. A
10937-1?inline=1> . Acesso em 02 de setembro de 2023.
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Thainá Letícia Garibaldi da Rosa Kellen Gambato
Monitora Educacional Professora de Educação Infantil
EMEI Profª. Clarice Maria Arandt EMEI Profª. Heda Alves Nienow
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Melissa Juliane Prates Melissa Juliane Prates
Professora de Educação Infantil Professora de Educação Infantil
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Maria Cristiane do Couto Martins Alessandra Girola
Professora de Ensino Fundamental - Anos Iniciais Professora de Informática
EMEF Felippe Alfredo Wendling EMEF Primavera e EMEF Profº. Carlos Rausch
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Daniele Schneider Maiza Luana Bauer
Professora de Educação Infantil Professora de Educação Infantil
O encantado mundo das borboletas coloridas Uma amiga que conheci na escola e nunca vou
Ao realizar um passeio para co- esquecer
nhecer o entorno da escola e brincar
numa área verde, conhecida carinho- Num final de tarde chuvoso, as referências à personagem Josefina nas crianças para passarem uns dias com
samente como a “Floresta encantada”, crianças estavam brincando na sala de brincadeiras e no dia a dia, visto que as mesmas e suas famílias. A turma fi-
as crianças da turma NA1, da Emei aula e algo chamou atenção na jane- ela era “bastante observadora” e aju- cou radiante com a ideia das corujas
Professora Clarice Maria Arandt en- la: uma grande quantidade de neblina dava em vários momentos da rotina visitarem suas casas e acompanharem
contraram diversas borboletas voan- cobria os morros parecendo com uma escolar, acompanhando a convivência suas rotinas e vivências em família!
do pelo local e correr atrás delas foi fumaça que saia da floresta. Com a coletiva em: rodinhas, interações em E assim foi… As crianças foram
a diversão do momento. Convidamos imaginação aguçada, duas crianças brincadeiras, organização dos espa- recebendo as visitas das corujinhas
o grupo para se aproximar do inseto levantaram uma hipótese: “Olha, é a ços e brinquedos. Percebemos visi- juntamente com uma pastinha para
para observá-la, instigando-as a falar chaminé da casa do Papai Noel!” Nes- velmente, que o comportamento das realizarem o relato escrito e o registro
sobre suas percepções. De volta à es- como vídeos educativos para observar lugar ao meio da natureza, onde as ta hora, os demais colegas correram crianças evoluiu positivamente, pois em desenho dos momentos passados
cola, ao brincar nos espaços externos, o ciclo de vida da borboleta, montan- borboletas gostam de estar, no parque em direção a janela e foram comple- como Josefina elogiava a turma e via em família junto às visitantes. Acom-
outras borboletas foram avistadas e do o “Jogo da metamorfose” com as Municipal Romeo Benício Wolf. mentando com falas: “O Papai Noel tudo que acontecia, havia uma certa panhadas das crianças, as amigas
sempre criavam grande euforia na crianças, utilizando elementos natu- O projeto, além de proporcionar tem uma fábrica de brinquedos; A fá- preocupação em não desapontá-la. corujas participaram de: eventos de
turma. A partir dessas manifestações, rais que foram coletados com suas fa- muitas descobertas e aprendizagens, brica dele tem uma chaminé; O Papai aniversário, almoços e passeios em fa-
iniciamos uma investigação para co- mílias e trazidos numa “caixa da natu- também aguçou o olhar das crianças Noel tem muitos ajudantes para fazer mília, aulas de ballet, judô, escolinha
nhecer e descobrir mais característi- reza”. Ao enfatizar questões referentes para observar as belezas e minúcias os brinquedos; Ele cuida do compor- de futebol, idas ao supermercado para
cas e curiosidades deste inseto. a essas mudanças também utilizamos da natureza. Tornaram-se verdadei- tamento das crianças; Como ele mora fazer compras, assistiram desenhos,
O projeto “O encantado mundo das diferentes histórias como “A borbole- ros cuidadores e admiradores dos numa floresta tem muitos bichinhos e bem como, se envolveram em diver-
borboletas coloridas” buscou envol- ta e o grilo”, “A primavera da lagarta”, pequenos bichinhos, principalmente até os bichinhos ajudam a cuidar. É... sos outros momentos e brincadeiras
ver as crianças em várias propostas que, juntamente com a narrativa do das borboletas, que fascinam e en- os passarinhos ajudam a cuidar”. presentes no cotidiano familiar.
lúdicas para que pudessem brincar do livro “Gabriela, a borboleta amare- cantam a turma todas as vezes que A turma se mostrava criativa. Tive- Como professoras e monitora da
com a imaginação e ao mesmo tem- la” foi possível também abordar ques- podem contemplar seu vôo no céu ou mos a ideia de apresentar um “mas- Um dia, a turminha chegou na sala turma, consideramos os momentos
po encontrar as respostas para seus tões sobre os sentimentos e aceitação num pouso em nosso jardim. cote” com o objetivo das crianças e algo diferente havia acontecido. A vivenciados com as crianças junto
questionamentos e dúvidas referen- de si mesmo, trabalhando compe- continuarem criando histórias e en- coruja Josefina simplesmente havia das personagens Josefina e Juscelina
tes a estrutura corporal do inseto e tências socioemocionais importantes redos. Na busca por um personagem sumido do quadro, deixando um es- profundamente significativos, pois
compreender melhor como ocorre o para o desenvolvimento das crianças. que fosse de encontro ao imaginário paço em branco onde antes ocupava. aguçaram ainda mais o imaginário
processo da metamorfose. Para atrair Dessa forma, cada uma confeccionou das crianças, a monitora Giulianna Então, as crianças literalmente passa- infantil. Sabemos que, por vezes, se
as borboletas cultivamos um jardim sua “borboleta dos sentimentos” para sugeriu trazer um quadro com a foto ram a “ver” Josefina em árvores do torna um tanto quanto difícil traba-
bem próximo a nossa sala de referên- levar para casa e juntamente com a fa- de uma coruja, que ela tinha em casa. entorno da escola, nos pátios onde lhar algumas atitudes apresentadas
cia, para podermos visualizá-las mais mília conversar, identificar e nomear Na hora do conto planejada para a se- brincavam e até nos jardins de suas pelas crianças no ambiente escolar,
próximas a nós. Acompanhamos o as emoções vivenciadas, registrando- mana, apresentamos a coruja Josefi- casas. Procuravam vestígios de sua porém as personagens Josefina e Jus-
processo de crescimento das flores, -as num caderno para ser comparti- na, que tinha um quadro como casa e revoada, coletando penas ao chão das celina nos ajudaram, de forma lú-
fazendo a rega e observações perió- lhado na turma. que conseguia sair e voltar dele quan- praças onde brincavam na escola ou dica, a abordar e trabalhar questões
dicas e quando menos esperávamos, Algumas lagartas e cascos de casu- do ninguém estava olhando. A turma lugares visitados. como: inclusão, cuidado e respeito ao
pudemos avistar e contemplar diver- los foram encontradas e trazidas para fez muitas perguntas, e estas foram Passadas algumas semanas, ao re- próximo, tolerância, paciência, com-
sas vezes o inseto e verificar as partes a sala referência com o objetivo de ob- respondidas por Josefina “cochichan- tornar da pracinha, as crianças per- preensão, colaboração e organização
do seu corpo, inclusive o espirotrom- servar seus detalhes e características. do” ao pé do ouvido das professoras, ceberam que Josefina havia retornado com a turma de forma interativa e
ba, o aparelho bucal adaptado para Muitas músicas, brincadeiras e expe- que se transformaram em intérpre- à escola, trazendo duas sacolas, uma prazerosa. Além de explorar aspectos
sugar o néctar das flores. Ao utilizar riências lúdicas, envolvendo a culiná- tes da personagem traduzindo suas carta e que não estava sozinha. Na comportamentais importantes para o
o microscópio da escola também ob- ria e a imaginação foram vivenciadas. “falas” para as crianças. A coruja Jo- carta ela explicou que foi visitar sua desenvolvimento social das crianças,
servamos as asas, cabeça, tórax e ab- A partir da canção da “Borboletinha”, sefina foi aceita prontamente como família e voltou acompanhada de sua fomentamos ainda mais o imaginário
dômen de borboletas que compõem o as crianças se envolveram no prepa- nova integrante da turma e ganhou irmã-gêmea, “Juscelina”, que também e a criatividade infantil, tão presentes
“Borboletário” da escola. ro de um delicioso bolo de chocolate um lugar de destaque na parede, para ficou curiosa para conhecer a turma. nas crianças desta faixa etária, que
Utilizamos recursos visuais, como que foi degustado em um piquenique que pudesse enxergar todos os ân- A carta trazia uma proposta especial. devem continuar sendo cultivados ao
imagens, materiais pedagógicos bem acompanhado de chimarrão num gulos da sala. Foram feitas inúmeras As corujas queriam visitar a casa das longo da vida.
92 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 93
34ª Feira do Livro de Dois Irmãos
Leia, acolha & transforme
Histórias e memórias
Lesen, annehmen und verwandeln: geschichten und erinnerungen
94 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 PALAVRA DE EDUCADOR - SMEDI DOIS IRMÃOS - DEZEMBRO DE 2023 95