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EDUCAÇÃO-SOCIEDADE E

PRÁTICA ESCOLAR

Ana Cristina
acgsrn@gmail.com

PROF. Fernando Sousa


EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E PRÁTICA ESCOLAR

● FORMAL
EDUCAÇÃO ● NÃO FORMAL
● INFORMAL

● FEUDAL
SOCIEDADE ● MODERNA

AUTORES ● COMTE; DURKHEIM; MARX; WEBER

● QUAL A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA CADA AUTOR?


RELAÇÕES ● QUEM FORMAR? COMO FORMAR?
● FORMAR PARA QUAL SOCIEDADE?

Ana Cristina
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As mudanças advindas do uso das Tecnolo-
gias de Informação e Comunicação, sobre-
tudo da internet, têm colocado novos desa-
fios à educação formal no que se refere ao O QUE É EDUCAÇÃO?
ambiente, ao currículo e a aprendizagem.
A educação é o principal elemento que au-
xilia a moldar e transformar e em alguns
casos manter a sociedade como está, para
que isso ocorra são necessárias ações e pro-
cessos educativos.

A educação é um direito social, portanto,


o Estado deve oferecer educação de quali-
dade para que o aluno realmente aprenda
e não apenas oferecer apenas a vaga. Nes-
se contexto, o papel da escola é mostrar à
criança e ao jovem que ele pode desenvol-
ver todo seu potencial mediado pelos edu-
cadores.
Para atender essa demanda a Lei de Di-
retrizes e Bases, propõe que “A educação
abrange os processos formativos que se de-
senvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais
e organizações da sociedade civil e nas ma-
nifestações culturais.” (BRASIL, 1996)

A educação como prática social difere de


cultura para cultura e está a serviço das ne-
cessidades de um determinado povo.

Segundo Gadotti (2005), a educação é um


dos direitos fundamentais para que os se-
res humanos tenham acesso ao conjunto
de bens e serviços disponíveis na sociedade
democrática, é por isso que a legislação em
diversos países contém artigos que garan-
tem a educação.

EDUCAÇÃO FORMALacgsrn@gmail.com
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A educação formal tem objetivos claros e específicos e é representada principalmente


pelas universidades e escolas. Ela é formulada a partir de uma diretriz educacional centra-
lizada como o currículo, estruturas hierárquicas e burocráticas, determinadas em âmbito
nacional, com órgãos fiscalizadores dos ministérios da educação.

Ghon propõe que a educação formal acontece em “[..] território das escolas, são insti-
tuições regulamentadas por lei, certificadoras, organizadas segundo diretrizes nacio-
nais.” (GHON, 2006, p. 26)
A educação formal, institucionalizada pos-
sui conteúdos pré-estabelecidos ensinados
por professores em ambientes que têm
normas e padrões de comportamento de-
finidos previamente. Ghon salienta ainda
que: entre outros objetivos destacam-se
os relativos ao ensino e aprendizagem de
conteúdos historicamente sistematizados,
normatizados por leis, dentre os quais des-
tacam-se o de formar o indivíduo como um
cidadão ativo, desenvolver habilidades e
competências várias, desenvolver a criativi-
dade, percepção, motricidade etc. (GHON,
2006, p. 26).
A educação não formal acontece, devido
ao relacionamento do indivíduo com o am-
biente em que vive. Não está relacionada à

EDUCAÇÃO
educação ensinada pela família ou escola.
Ghanem; Trilla propõe: um tipo de educa-
ção que não provém da família, não consis-
te na influência, tão difusa quanto poderosa,
que se dá no relacionamento direto do in-
divíduo com “o mundo”, nem é aquela que
NÃO FORMAL
se recebe do sistema escolar propriamente
dito (GHANEM; TRILLA, 2008, p. 16).

Por meio da educação não formal, os indi-


víduos se tornam cidadãos do mundo e vão
o construindo, pois é aprendida no cotidia-
no, com o outros, por meio da experiência e
em espaços de ação coletivos fora da esco-
la, um processo educativo, que surge como
resultado dos interesses e necessidades do
grupo.

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EDUCAÇÃO INFORMAL
A educação informal tem por finalidade
socializar o indivíduo, determinar o com-
portamento e desenvolver hábitos e atitu-
des de acordo com o grupo social que per-
tence desde o nascimento. Possui como
características a não organização, a não sis-
tematização dos conhecimentos, pois estes
são transmitidos por meio da prática pauta-
dos em experiências passadas e repletas de
emoção e sentimentos.

Ghon(2006), propõe que: a educação infor-


mal tem seus espaços educativos demarca-
dos por referências de nacionalidade, loca-
lidade, idade, sexo, religião, etnia etc. A casa
onde se mora, a rua, o bairro, o condomínio,
o clube que se frequenta, a igreja ou o local
de culto a que se vincula sua crença religio-
sa, o local onde se nasceu, etc. (GHON, 2006,
p. 29).
PERGUNTAS

QUEM FORMAR?

COMO FORMAR?

PARA QUAL SOCIEDADE?

O QUE É A SOCIEDADE?

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CONCEPÇÕES DE SOCIEDADE
CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLOGIA

A Sociologia é uma das ciências - juntamen-


te com a História - que nos ajuda a estudar
a sociedade em que vivemos ou as socie-
dades antigas. Ajuda a compreender ques-
tões cotidianas e que, de alguma maneira,
têm impacto na comunidade em que vive-
mos ou em todas as comunidades ao redor
do mundo.
Mas, o fundamental quando usamos a So-
ciologia para realização de estudos pes-
soais é os conceitos metodológicos e fer-
ramentas que são fornecidos para que se
possa analisar as questões individuais e so-
ciais que afetam a vida em comunidade, de
forma sistemática, consistente, racional e
científica, indo além do senso comum.

Estudar a sociedade fazendo uso dos recur-


sos científicos desenvolvidos ao longo dos
séculos por sociólogos colabora, então, para
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que o ser social consiga compreender:
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• de que maneira os fatos sociais têm im-
pacto nos acontecimentos cotidianos;
• como as sociedades antigas se compor-
taram diante desses fatos;
• de que maneira a construção histórica e
sobreposição de diversos acontecimentos
nas sociedades antigas ainda impacta e in-
fluencia nossa realidade e ações sociais.

O conceito de sociedade, tão utilizado na Sociologia, tem alguns significados e especifici-


dades que são levados em consideração pelos autores clássicos da disciplina.
Em primeiro lugar, é possível definir sociedade como um conjunto de indivíduos que têm
necessidade de transmitir a outros indivíduos noções de moral, valores e leis sociais que
regem o comportamento daquele determinado grupo de pessoas.
De maneira geral, sociedade é o conjunto de pessoas que vive em um mesmo território,
compartilham gostos, costumes, construções e rituais sociais.
Algumas construções, hábitos e costumes são específicas dos grupos analisados. Outras
características, por sua vez, existem em todos os grupos sociais, como:
não matar;
não praticar roubos;
não destruir bens alheios ou que são usados para o bem comum de todos.
O ILUMINISMO

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REVOLUÇÃO FRANCESA
A lei dos três estados, formulada por Auguste Comte, é con-
siderada como a lei fundamental de sua teoria e rege o modo
de pensar da humanidade. Ela caracteriza-se por concepções
da história humana e indica que elas passam por três fases: te-
ológica, metafísica e positiva:

Em outros termos, o espírito humano, por sua natureza, em-


prega sucessivamente em cada uma de suas investigações
três métodos de filosofar, cujo caráter é essencialmente dife-
rente e mesmo radicalmente oposto: primeiro, o método teo-
lógico, em seguida, o método metafísico, e finalmente, o mé-
todo positivo [...] (COMTE, 1825, pp.125-126).

No século XIX, o francês Auguste Comte definiu o momento


histórico no qual vivia como caótico e conturbado.

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Émile Durkheim entende a sociedade
como superior ao indivíduo e existe inde-
pendente deste. Para ele, o indivíduo é ape-
nas receptor de regras e modo de viver da
sociedade da qual faz parte. As regras foram
chamadas, pelo sociólogo, de fatos sociais.
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Os fatos sociais são exteriores e anteriores
ao indivíduo e controlam sua ação perante
aos outros membros da sociedade. As re-
gras são impostas desde o nascimento, e o
indivíduo não tem poder para modificá-las.

FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO: Para Durkheim,


a educação teria como função substan-
cial transmitir o legado sociocultural de um
determinado contexto, tendo como resulta-
do um processo de socialização que possi-
bilitaria a constituição do que ele denomina
de “ser social”.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revo-


lução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha,
integrou o conjunto das chamadas Revolu-
ções Burguesas do século XVIII, responsáveis
pela crise do Antigo Regime, na passagem
do capitalismo comercial para o industrial.

AS CLASSES SOCIAIS

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“A história da humanidade é a história das
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lutas de classes”

BURGUESES X PROLETÁRIOS:
CONTRADIÇÕES DO CAPITALISMO

A TEORIA REVOLUCIONÁRIA
DE KARL MARX
Para Karl Marx, a sociedade é heterogê-
nea e formada por classes sociais que se
mantêm por meio de ideologias das elites.
O Estado, para o autor, compõe a esfera
superestrutural, sendo seu surgimento ne-
cessário para ordenar essa luta de classes,
amenizando-a. Ele analisa-o relacionado
à realidade política, como reflexo da socie-
dade civil e, portanto, como decorrente de
uma luta de classes.
Na sociedade capitalista, há valorização de
bens materiais, e o bem-estar coletivo é
situação de menor relevância. Nas socieda-
des divididas em classes, o trabalhador tro-
ca a força de trabalho pelo salário, enquanto
o burguês acumula lucro, símbolo de poder,
prestígio e status social.

FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO: Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura


de controle usada pelas classes dominantes. Por isso, ao aceitar as idéias passadas pela
escola à classe dos trabalhadores (que Marx denominava classe proletária) cria uma falsa
consciência, que a impede de perceber os interesses de sua classe.
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Entre os cientistas sociais clássicos, Max
Weber preocupa-se com as particularida-
des das situações sociais concretas, como
a ação social, que é a expressão do compor-
tamento externo ao indivíduo, além do con-
ceito de poder. Weber é o primeiro a ana-
lisar o indivíduo em meio a sociedade em
que esse vive.
Para o autor, a sociedade forma um sistema
de poder que atinge todos os níveis, desde
as relações de família às relações de classe
e de trabalho.
FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO: Para We-
ber a educação tem o papel de criar um cor-
po burocrático especializado e treinado para
gerir os interesses e os negócios da máquina
estatal a partir de uma lógica pautada na do-
minação tradicional e legal-burocrática.
O QUE SIGNIFICA O FUNCIONALISMO E O
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO?

QUAL A RELAÇÃO
DESSES AUTORES
COM OS
CONTEÚDOS QUE
VIRÃO A SEGUIR?

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Qual a relação entre esses
conteúdos?
Educaçãe Tendêncis
Bases
Sociedade Pedagógicas
Psicológicas
Clássicos que explicam a Qual a função da escola- Compreensão do processo
relação entre Educação e educação? Quem formar e de desenvolvimento e
Sociedade para qual sociedade? aprendizagem
Filosofia Saviani Piaget - Vigotski
Sociologia Libâneo Wallon – Skinner
Gagné - Carl Rogers
História Luckesi
Ausubel – Gardner…
Pedagogia Mizukami
Outros.
Bodernave
Gadotti
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Para ele, o conhecimento não é um estado da alma, ou um objeto que se possui, mas
um processo, uma busca constante. A verdade plena existe, mas é muito maior do que
qualquer humano.

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Sócrates percebeu que ele era sábio porque, dentre os sábios,


era o único que julgava não saber e buscava o verdadeiro con-
hecimento. Da afirmação de sua própria ignorância faz surgir a
célebre frase: Só sei que nada sei. A partir desta ideia, é desen-
volvido o Método Socrático.
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A academia de Atenas é uma alegoria complexa do conhe-


cimento filosófico profano. Mostra um grupo de filósofos de
várias épocas históricas ao redor de Aristóteles e Platão, ilus-
trando a continuidade histórica do pensamento filosófico
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Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem. As
sombras projetadas em seu interior representam a falsidade dos sentidos, enquanto as
correntes significam os preconceitos e a opinião que aprisionam os seres humanos à ig-
norância e ao senso comum.

Então, no diálogo proposto por Platão, Sócrates diz para Glauco supor o que aconteceria
se tal homem retornasse à caverna a fim de “abrir os olhos” de seus irmãos. Eles che-
gam à conclusão de que o homem seria rechaçado por muitos dos prisioneiros, que não
acreditariam nele e o tomariam como louco.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE PLATÃO E
ARISTÓTELES?
A pintura do mestre renascentista Rafael,
A Escola de Atenas, deixa clara a diferença
entre as prioridades de pensamento por
meio da postura dos dois filósofos. Aristó-
teles foi retratado com uma cópia de Ética
nas mãos. Além disso, sua mão está virada
para baixo, o que sinaliza a Terra e a ampla
variedade de ensinamentos morais. Platão,
por outro lado, aponta para cima em uma
alusão à sua crença de que a realidade está
além do presente, se encontra no mundo
das formas ou mundo das ideias.

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O idealismo parte do princípio de que há


a existência metafísica de uma realidade
complexa e ideal. O que é ideal é aquilo que
existe enquanto ideia, enquanto conceito,
como algo descolado da matéria. O idealis-
mo é justamente a afirmação dessas ideais
como ponto central do conhecimento.

1 INATISMO A natureza inteligível é aquela que antes


de nascermos passamos a ter as ideias as-
similadas em nossas mentes, originadas de
uma realidade espiritual perfeita, não as an-
títeses das significações materiais a priori.

O pressuposto básico subjacente ao inatismo é que são inerentes ao homem, já desde


seu nascimento, as possibilidades de aprender, de descobrir, de compreender. Sua ma-
neira de agir, interagir e sentir está já presente ao nascer e praticamente pronta desde a
concepção, sendo que poucas mudanças nesse potencial deverão ocorrer ao longo da
vida dessa pessoa.
No inatismo, o sujeito aproxima-se do objeto do conhecimento – seja ele relativo ao meio
físico ou social – e o apreende com seus próprios meios e recursos. O desenvolvimento
do conhecimento humano e, também, do próprio ser humano não depende, portanto,
de ações exteriores, sejam elas advindas de outros homens ou da própria natureza: essas
ações apenas facilitam ou possibilitam a emergência de conhecimentos e qualidades
já presentes na pessoa.
Contrário ao idealismo de seu mestre, Aristóteles
prega de maneira realista que as idéias estão nas
coisas, com sua própria essência. É também realista
em sua concepção educacional; expõem três fatores
principais que determinam o desenvolvimento es-
piritual do homem: “disposição inata, hábito e ensi-
no”. Com isso, acredita que o homem pode tornar-se
a criatura mais nobre, como pode tornar-se a pior de
todas, que aprendemos fazendo, que nos tornamos
justos agindo justamente. O realismo afirma a exis-
tência do mundo e das coisas que o constituem.

O pressuposto do ambientalismo é que o homem, ao nascer, é como se fosse uma “tá-


bula rasa”, uma página em branco a ser preenchida pela experiência: desenvolve seus
conhecimentos, características e valores a partir e em decorrência daquilo que está pre-
sente ou disponível no meio em que vive.
AnaDesse modo, a experiência é o veículo por meio
Cristina
do qual o homem se aproxima do acgsrn@gmail.com
conhecimento e constitui sua forma de ser, sentir e
agir.
O Behaviorismo é uma teoria psicológica que
objetiva estudar a psicologia atravésda observação do comportamento, c o m e m b a s a -
mento em metodologia objetiva e científica fundamentada na comprovação experimen-
tal, e não através de conceitos subjetivos e teóricos da mente como sensação, percepção,
emoção e sentimentos.

O empirismo é uma corrente filosófica, referente à teoria do conhecimento, que tem


suas origens na filosofia aristotélica. O termo empirismo advém da palavra grega empei-
ria, que significa experiência.
Se considerarmos que o homem busca o prazer e evita a dor e se acreditarmos que tudo
está pronto na natureza, de modo que o homem, desde seu nascimento, é controlado por
eventos ambientais (estímulos), reagindo a eles por intermédio de sua percepção e de
seus comportamentos, então poderemos supor que esses comportamentos surgirão ou
desaparecerão na medida em que os estímulos do meio provo- quem prazer ou dor.

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A teoria de Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mu-


dança no comportamento manifesto. As mudanças no comportamento são o resultado
de uma resposta individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio.

A aprendizagem ocorre através de estímulos e reforços, de modo que se torna mecaniza-


da. De acordo com a teoria de Skinner, os alunos recebem passivamente o conhecimento
do professor. Em sua visão, conhecida como Behaviorismo, os comportamentos são ob-
tidos pelo reforço - estímulo do comportamento desejado.
Segundo Pavlov, o condicionamento é um processo básico da aprendizagem. Existe
um estímulo a condicionar e seu reforço e respostas reflexas. Para estar estabilizado é
necessário que haja uma relação de estímulo-resposta a 100%.
Para o interacionismo há uma estreita e íntima interação entre o sujeito e o objeto, de
modo que um constitui o outro. Cada indivíduo, ao interagir com suas circunstâncias,
sejam elas físicas ou sociais, busca explicá-las. Para tanto, constrói hipóteses sobre si mes-
mo e sobre seu contexto de vida que o levam a adotar deter- minadas ações. Essas ações
provocam mudanças nas próprias circunstâncias que, modificadas, levam o sujeito a le-
vantar novas hipóteses e a realizar novas ações que, por sua vez, modificam novamente
as circunstâncias que, em consequência, alteram a forma de o sujeito pensar e agir e
assim por diante.
Piaget, Vigotski e Wallon fazem parte da perspectiva interacionista de pensar a aprendi-
zagem. Nesta, há um papel fundamental do sujeito no aprender sendo de grande impor-
tância a interação entre todo o conjunto de indivíduos (aluno, professor) e coisas (currícu-
lo escolar, atividades, entre outros).

INTERACIONISMO
Para Vigotski a cultura e a vida fora da sala de aula são de grande valia para
entender e estudar o aprendizado. O indivíduo, neste caso, é histórico e as
suas relações vão influenciar na maneira de ele apreender o que se ensina.

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Wallon foi o primeiro a levar não só oacgsrn@gmail.com
corpo da criança mas também suas
emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em qua-
tro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o
movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.

Para Piaget o processo de desenvolvimento do aprendizado se assemelha a biologia num


sentido em que o sujeito, aluno, se desenvolve em etapas, isto é, ele vai
atingir as diferentes fazes de desenvolvimento passando pelas várias eta-
pas da aprendizagem aprendizagem.
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1. De que maneira a prática escolar se dis- ainda preparadas para a vida social; tem
tingue de outras práticas educativas, como por objeto suscitar e desenvolver, na crian-
as que acontecem na família, no trabalho, ça, certo número de estados físicos, inte-
na mídia, no lazer e nas demais formas de lectuais e morais, reclamados pela socie-
convívio social? dade política no seu conjunto e pelo meio
A) Distingue-se por constituir-se como uma especial a que a criança, particularmente,
ação de simples socialização e adaptação se destine”. A esse respeito, assinale a afir-
das crianças e dos adolescentes ao convívio mativa correta:
social. A) Com esta definição, Karl Marx apontava a
B) Distingue-se por constituir-se como uma educação como parte da superestrutura de
ação improvisada e espontânea que deve controle usada pelas classes dominantes,
ser vivenciada a partir de conhecimentos ou seja, as ideias reproduzidas pelas esco-
que advêm, em especial, do senso comum. las burguesas à classe operária, passadas ao
C) Distingue-se por constituir-se como uma proletariado a serviço da reprodução sócio-
ação semelhante a qualquer processo edu- cultural.
cativo não intencional, espontâneo e que B) Com esta definição, Pierre Bourdieu
preconize a socialização. identificava a educação como um campo
D) Distingue-se por constituir-se como de reprodução de estruturas sociais e de
uma ação intencional, sistemática, planeja- transferência de capitais de uma geração
da, continuada e embasada em teorizações para outra, sendo nas escolas onde o lega-
científicas para crianças e jovens durante do econômico da família transforma-se em
um período contínuo e extenso de tempo. capital cultural.
E) Distingue-se por constituir-se como uma C) Com esta definição, Max Weber funda-
ação que visa, exclusivamente, à aquisição menta-se na teoria utilitarista para apon-
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de conteúdos científicos e assimilação dos tar a educação como importante fator de
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lugares sociais pautados pela economia vi- transformação da sociedade, influenciando
gente. a formação moral do indivíduo e do bom ci-
dadão que deveria estar a serviço da socie-
2. Sabe-se que o processo formativo dos dade e do Estado.
professores busca possibilitar vivências e D) Com esta definição, John Stuart Mill bus-
discussões sobre as nuances do trabalho ca demonstrar que na medida em que a
docente. Neste contexto, o entendimento sociedade se racionaliza, historicamente, a
sobre a função social do professor aparece formação educacional torna-se um fator de
como um dos pontos primordiais, então, é estratificação social, um meio de distinção,
CORRETO afirmar que: de obtenção de honras, de poder e de di-
A) O professor não contribui no processo de nheiro.
formação social dos estudantes. E) Com esta definição, Émile Durkheim ex-
B) Nos seus preceitos éticos, o professor não põe sua compreensão da função crucial da
deve levar em conta a realidade dos seus educação de transmitir o legado sociocul-
alunos. tural de um determinado contexto, resul-
C) O magistério é um ato político, pois é rea- tando em um processo de socialização que
lizado no âmbito das relações sociais. viabilizaria a constituição do que o autor de-
D) É uma atividade que contribui pouco nomina como “ser social”.
para o desenvolvimento de aspectos cultu-
rais e científicos do povo. 4. A educação da criança não foi sempre
igual, até porque a própria forma de ser
3. É clássica, no campo da sociologia da criança, a infância, não é única e estável, so-
educação, a definição de educação, como fre permanentes mudanças relacionadas à
“a ação exercida pelas gerações adultas inserção concreta da criança no meio social.
sobre as gerações que não se encontram Este processo resulta em permanentes
transformações também no âmbito concei- não exclusivos, a escola e os espaços comu-
tual e das ideias que a sociedade constrói nitários, entendidos como cenário da ga-
acerca da responsabilidade sobre a cons- rantia de direitos. Do exposto decorre que,
trução dos novos sujeitos. (...) A educação para realizar sua função social, a escola:
infantil tem uma identidade que precisa A) deve levar em consideração as deman-
considerar a criança como um sujeito de di- das da sociedade enquanto parâmetro para
reitos, oferecendo-lhe condições materiais, o desenvolvimento das propostas de ativi-
pedagógicas, culturais e de saúde para isso, dades escolares.
de forma complementar à ação da família. B) pode optar, ou não, em ser pública, gra-
tuita, democrática e laica em todos os níveis
Disponível em: (https://grupoinfoc.com.br/publicacoes/periodicos/
e assegurar e pautar-se, ou não, pelos prin-
p53_O_papel_social_da_Educacao_Infantil.pdf) - (P.1) (Adaptado)
cípios da inclusão.
Nesse contexto, marque a alternativa cor- C) independe do espaço escolar, da amplia-
reta e adequada ao tema: “A educação in- ção da jornada escolar e da garantia da per-
fantil e seu papel social”. manência bem-sucedida, na escola, para se
A) A educação infantil tem papel social im- realizar.
portante no desenvolvimento humano e D) considera o contexto de desigualdades,
social. em relação ao qual oferece as mesmas con-
B) A posição de muitos países em desenvol- dições de frequência e atendimento, de
vimento é de desprezo à educação infantil, modo a nivelar as oportunidades.
mesmo reconhecendo a sua importância E) reconhece a necessidade de escolas es-
no âmbito de desenvolvimento. peciais para os grupos historicamente ex-
C) A prioridade do papel social da educação cluídos, como povos tradicionais, negros,
infantil não se volta eminentemente para a povos da floresta e indígenas.
escola fundamental, por conta do acesso AnaeCristina
da duração da permanência das crianças 6. Relacione os nomes dos pensadores clás-
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para aquisição dos conhecimentos para to- sicos com suas respectivas definições de
dos. educação.
D) Os argumentos mais fortes e evidentes 1. Émile Durkheim
no contexto da educação infantil denigrem 2. Max Weber
a representação do seu papel social. 3. Karl Marx
( ) A educação é um elemento de manu-
5. O entendimento vigente sobre a função tenção da hierarquia social, de dominação
social da escola na sociedade brasileira en- da burguesia sobre o proletariado.
contra-se condensado no Documento Final ( ) A consolidação da solidariedade orgâni-
do CONEB (Conferência Nacional da Educa- ca da sociedade passa pela difusão de uma
ção Básica). Quanto à função social da edu- educação secular e científica.
cação, cabe destacar o entendimento de ( ) A educação é fator de seleção e de es-
que a educação é processo e prática social, tratificação social.
constituídos e constituintes das relações Assinale a opção que indica a sequência
sociais mais amplas. Essa concepção de correta, de cima para baixo:
educação sinaliza a importância de que ela A) 1 – 2 – 3.
se dê de forma contínua ao longo da vida. B) 3 – 2 – 1.
Para que seja realizada como direito huma- C) 2 – 3 – 1.
no inalienável do cidadão, em consonância D) 3 – 1 – 2.
com o Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases E) 1 – 3 – 2.
da Educação Nacional (LDB), sua práxis so-
cial deve ocorrer em espaços e tempos pe- 7. Gadotti (1997) menciona em seu livro que:
dagógicos diferentes, para atender às dife- “O pensamento pedagógico positivista
renciadas demandas. Como prática social, a consolidou a concepção burguesa de edu-
educação tem como loci privilegiados, mas cação. [...]” Para os pensadores positivistas,
a liberação social e política passava pelo de- vrestringe-se à organização jurídica coer-
senvolvimento da ciência e da tecnologia, citiva de uma determinada comunidade e
sob o controle das elites. São representan- deveria estar acima das organizações co-
tes do pensamento positivista: munitárias, cumprindo uma função moral
A) Émile Durkheim, Augusto Comte e Mi- sem fins conceituais, ideológicos ou religio-
chel de Montaigne. sos para garantir a coesão social.
B) Johann Pestalozzi, Émile Durkheim e Au- B) é criado por uma divindade, deve seguir
gusto Comte. os ensinamentos desta e toda a sociedade
C) Augusto Comte, Herbert Spencer e Émile seguir os preceitos religiosos vigentes, legi-
Durkheim. timando sua soberania pela religião.
D) Émile Durkheim, John Dewey e Augusto C) possui vinculação orgânica com a reali-
Comte. dade social e com o seu modo de produção
E) Augusto Comte, Maria Montessori e John material, não se constitui em esfera social
Dewey. eterna e se apoia na necessidade da eman-
cipação humana como horizonte social e
8. O materialismo histórico dialético é o político.
método de análise da sociedade criado por D) em sua constituição moderna, seja ele
Karl Marx, um dos clássicos da Sociologia. A capitalista ou socialista, deve se pautar em
respeito desse método, é possível afirmar valores como o individualismo, a família e a
que: propriedade privada, para estruturar a nova
A) o materialismo explica que as condições ordem política e econômica mundial.
materiais de existência não são fatores de-
terminantes para o modo de ser e pensar 10. Comentadores do pensamento de
de cada um. Durkheim como Alberto Tosi Rodrigues,
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B) a sociedade e a política surgem da ação na perspectiva da sociologia da educação,
da natureza e não da ação concreta dos se- resgatam princípios sociais comparáveis às
res humanos no tempo. leis da natureza, baseados nos pressupos-
C) o materialismo explica que são as rela- tos segundo os quais “se a lei da gravidade
ções sociais de produção que determinam ou a da inércia são leis da natureza” não se
o modo de ser e pensar de cada indivíduo. pode questioná-las, não se pode mudá-las,
É um modo histórico, já que a sociedade e a e só resta conhecê-las para melhor viver. Do
política surgem da ação concreta dos seres mesmo modo, a sociedade, e a vida coletiva
humanos no tempo. devem ter suas leis próprias, independen-
D) a História é um processo contínuo e li- tes da vontade humana, que precisam ser
near, logo a realidade é estática e o movi- conhecidas. A física newtoniana descobriu
mento da história possui uma base material as leis da gravidade e da inércia dos cor-
e econômica, mas não obedece a um movi- pos. Portanto, cabe à sociologia, na visão de
mento dialético. Durkheim, descobrir as leis da vida social. O
E) a base material ou econômica constitui comentador,com base na visão sociológi-
a “superestrutura” da sociedade, que exerce ca de Durkheim, apresenta como funda-
influência direta na “infraestrutura” da so- mento a concepção:
ciedade, ou seja, nas instituições jurídicas, A) Sociointeracionista
políticas e ideológicas. B) Materialista-histórica.
C) Positivista.
9. A relação estabelecida entre escola e so- D) construtivista.
ciedade está implicada na concepção que
se tem de Estado. No que diz respeito a
diferenças teóricas concernentes a essa
concepção, para o materialismo histórico
dialético, o Estado:
03. Observe a charge “Justiça Injusta”.

01. O quadrinho acima faz referência a uma


estratégia metodológica que se coloca
como uma alternativa ao ensino tradicional,
qual seja:
a) ensino por projetos.
b) livre expressão.
c) pedagogia Waldorf.
d) método silábico.
e) temas geradores.

02. Relacione as descrições conceituais a


respeito do processo educativo com suas
respectivas filiações teóricas.
1. Pedagogia tradicional de J. F. Herbart. É correto afirmar que a situação ironizada
na charge pode ser corrigida com base no
2. Educação pela experiência de John princípio de:
Dewey. a) respeito à diversidade, pelo que entende-
Ana Cristina
-se justiça como distribuição uniforme de
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3. Desenvolvimento integral de J. H. Pesta- ferramentas e assistência para os mais va-
lozzi. riados tipos de pessoas.
b) equidade, pelo que entende-se justiça
4. Didática Magna de Iohannes Comenius. como fomento de oportunidades iguais,
( ) A educação é a reorganização das múl- considerando as diferenças entre os indiví-
tiplas relações da vida sob a direção de um duos e suas características e necessidades.
c) igualdade de oportunidades, pelo que
meio social. entende-se justiça como estímulo à supe-
( ) O processo didático é sequenciado em ração das incapacidades de cada indivíduo
preparação, apresentação, associação, ge- para que todos alcancem a mesma meta.
neralização e aplicação. d) meritocracia, pelo que entende-se justi-
ça como oferecimento de acesso igualitário
( ) A didática é a arte universal de ensinar às oportunidades, de modo a corrigir as de-
tudo a todos, em todas as dimensões do ser sigualdades sociais.
humano. e) personalização do ensino, pelo que en-
tende-se justiça como reconhecimento das
( ) O ensino deve se processar conforme as capacidades individuais de aprendizado
leis ordenadas da formação da personalida- para selecionar os mais capazes.
de humana.
04. A proposta educativa de uma dada
A relação correta, de cima para baixo, é: sociedade revela uma certa concepção de
a) 4, 3, 2 e 1. mundo, a qual determina os fins a serem
b) 4, 1, 2 e 3. atingidos pelo processo educativo.
c) 1, 2, 4 e 3. 05. A educação é um fenômeno social, es-
d) 2, 1, 4 e 3. tando relacionada ao contexto político, eco-
e) 2, 1, 3 e 4. nômico, científico e cultural de uma deter-
minada sociedade.

06. A organização e as formas de funcio-


namento social não são influenciadas pelo utilização de materiais desenvolvidos para
processo educativo ensejado no âmbito es- proporcionar experiências concretas, es-
colar truturadas para conduzir de forma gradual
abstrações cada vez maiores. Criou o Mate-
07. As relações entre sociedade e educação rial Dourado. O trecho refere-se a:
concretizam-se também pelo preparo para a) Paulo Freire.
o trabalho e pelo exercício da cidadania. b) Maria Montessori.
c) Celestin Freinet.
08. O exercício da cidadania, em uma socie- d) Henri Wallon.
dade democrática, é mediado pelas opor- e) Johann Heinrich Pestalozzi.
tunidades educativas ofertadas às crianças,
adolescentes e adultos que a constituem. 11. Gadotti ordena e sistematiza a história
das ideias pedagógicas; dentre elas está o
09. A epistemologia, por tratar da origem pensamento pedagógico brasileiro. Assi-
do conhecimento, é um campo vasto de es- nale a alternativa que NÃO se relaciona ao
tudo das várias áreas, inclusive na área pe- pensamento pedagógico brasileiro.
dagógica. O conhecimento tem um papel a) O movimento por uma educação popu-
central em qualquer teoria da aprendiza- lar foi mais concentrado na educação esco-
gem ou educacional. A questão fundamen- lar formal.
tal é: como o ser humano constrói seu co- b) Quase até o final do século XIX o pensa-
nhecimento? Ou ainda: o que é aprender? mento pedagógico brasileiro reproduzia o
O que é conhecer? Como se relacionam pensamento religioso medieval.
aprender e conhecer? O que é necessário c) Os jesuítas nos legaram um ensino de ca-
para aprender um assunto completamente ráter verbalista, retórico, livresco, memorís-
novo? Como se passa de um conhecimento tico e repetitivo, que estimulava a competi-
Ana Cristina
mais simples para um mais complexo? ção através de prêmios e castigos.
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No que diz respeito aos pressupostos d)A criação da Associação Brasileira de Edu-
epistemológicos de toda teoria educacio- cação (ABE) foi fruto do projeto liberal da
nal, é possível constatar basicamente três educação que tinha, dentre outros compo-
diferentes formas de representar a rela- nentes, um grande otimismo pedagógico:
ção ensino-aprendizagem: reconstruir a sociedade através da educa-
a) O empirismo, o inatismo e o construtivis- ção.
mo/interacionismo.
b) O empirismo, o ilusionismo e o tradicio- 12. Existem várias correntes filosóficas que
nal. analisam e discutem as teorias a respeito
c) O inatismo, o socialismo e o comunismo. do conhecimento. Entre elas, está a que
d) O construtivismo, o inatismo e o tradicio- admite que o conhecimento tem origem e
nal. evolui, a partir de experiências que o sujei-
e) O empirismo, o comunismo e o constru- to vai acumulando. Advoga, portanto, que
tivismo/interacionismo todo conhecimento tem como fundamen-
to a experiência, que vem, primeiro, de uma
10. Parte do princípio de que toda a crian- informação sensorial, transmitida do exte-
ça tem a capacidade de aprender através rior para o interior do indivíduo. Tal pensa-
de um processo que deve ser desenvolvido mento é defendido pelos
espontaneamente a partir das experiências a) racionalistas.
efetuadas no ambiente, que deve estar or- b) construtivistas.
ganizado para proporcionar a manifestação c) internacionalistas.
dos interesses naturais da criança, estimu- d) ambientalistas.
lando a capacidade de aprender fazendo e e) empiristas.
a experimentação da criança, respeitando
fatores como tempo e ritmo, personalida-
de, liberdade e individualidade dos alunos.
O método é reconhecido também pela
Sendo então a alma imortal e tendo nas- historicamente conhecido como _____.
cido muitas vezes, e tendo visto tanto as Assinale a alternativa que completa cor-
coisas (que estão) aqui quanto as (que es- retamente as lacunas do texto:
tão) no Hades, enfim, todas, as coisas, não a) platônico • dedutivo.
o que não tenha aprendido; de modo que b) socrático • maiêutica.
não é nada de admirar, tanto com respeito c) aristotélico • indutivo.
à virtude quanto ao demais, ser possível a d) kantiano • racionalista.
ela rememorar aquelas coisas justamente e) liberal • investigativo.
que já antes conhecia. Pois, sendo a nature-
za toda congênere e tendo a alma aprendi- 04. O método filosófico de Sócrates consis-
do todas as coisas, nada impede que, tendo te em:
(alguém) rememorando alguma só coisa a) afastar-se do mundo, para meditar me-
— fato esse precisamente que os homens lhor a respeito das ideias, que são a realida-
chamam aprendizado —, essa pessoa des- de fundamental da natureza.
cubra todas as outras coisas, se for corajosa b) ver, em todos os seres, a união indisso-
e não se cansar de procurar. Pois, pelo vis- lúvel da matéria unida à forma, tomando a
to, o procurar e o aprender são, no seu total, natureza e os seus reinos como objetos de
uma rememoração. estudos.
Tendo o fragmento do texto de Platão c) alegar a própria ignorância para, na in-
como referência inicial, julgue o item a terlocução com os que julgam saber mais,
seguir, acerca da teoria da reminiscência descobrir a verdade.
platônica: d) duvidar de toda a realidade para, então, a
01. Conforme a teoria da reminiscênciaAnapla-Cristina
partir do próprio pensamento, construir um
tônica, os sentidos são as ferramentas que sistema de conhecimento que considere
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despertam na alma as lembranças latentes. correto, tendo, por consequência, a convic-
ção da própria existência.
02. O método socrático de induzir as pesso-
as a descobrirem as suas próprias verdades, 05. Em uma argumentação sobre a educa-
que deu origem ao método pedagógico ção formal, informal e não formal, um As-
que permite ao professor dirigir as pesqui- sistente de Gestão Escolar afirma que, se-
sas do aluno, deixando que ele descubra a gundo a Lei Federal nº 9.394/96, que fixa as
verdade por seus próprios meios, também Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
é conhecido como: a educação abrange os processos forma-
a) Indução. tivos que se desenvolvem na vida familiar,
b) Dedução. na convivência humana, no trabalho, nas
c) Summerhill. instituições de ensino e pesquisa, nos movi-
d) Semiótica. mentos sociais e organizações da socieda-
e) Maiêutica. de civil e nas manifestações culturais.
Argumenta ainda, corretamente, que a
03. Sem dúvidas há uma relação estreita educação escolar, segundo a LDB, é aque-
entre a filosofia e a educação, como pode- la que:
mos perceber no método _____ de ensino, a) ocorre na família ou na igreja por meio
que consiste em induzir as pessoas a desco- da interação com os grupos sociais, os quais
brirem suas próprias verdades. Assim como dão ênfase aos valores herdados historica-
as parteiras auxiliam as mães a “darem a mente.
luz” às suas crianças, os professores deve- b) se desenvolve, predominantemente, por
riam atuar de tal forma que conseguissem meio do ensino, em instituições próprias e
conduzir seus discípulos a descobrirem e deverá vincular-se ao mundo do trabalho e
conhecerem a sabedoria por seus próprios à prática social.
meios. O método mencionado se tornou c) envolve um processo organizado no qual
os resultados da aprendizagem não são a) se somente a afirmativa I estiver correta.
avaliados formalmente. b) se somente a afirmativa II estiver correta.
d) visa proporcionar ao indivíduo conheci- c) se somente a afirmativa III estiver correta.
mentos sobre o mundo que envolve as pes- d) se somente as afirmativas I e II estiverem
soas e suas relações sociais. corretas.
e) ocorre no mundo, através da interação e) se somente as afirmativas II e III estive-
com o cotidiano, promovendo a aprendiza- rem corretas.
gem por meio de ações coletivas.
Segundo Libâneo (2000), a Pedagogia é
06. Definir os termos educação formal, não- o campo do conhecimento que se ocupa
-formal e informal é tarefa difícil até mes- do estudo sistemático da educação, isto é,
mo para os profissionais que desenvolvem das práticas educativas concretas que se
ações nesses âmbitos. As ações educativas realizam na sociedade como ingredientes
desenvolvidas nos museus ora se enqua- necessários para a atividade humana. O au-
dram na perspectiva da educação não-for- tor ressalta, nesse sentido, que a educação
mal ora na informal. Uma referência impor- é o “conjunto de ações, processos, influên-
tante é o trabalho de Mark K. Smith, que cias e estruturas que intervêm no desenvol-
busca apontar elementos que discriminam vimento humano de indivíduos e grupos”,
as ações desenvolvidas nos três âmbitos da ocorrendo em vários espaços para além da
educação. escola, como no trabalho, na fábrica, na fa-
No que se refere às definições desse au- mília. Cumpre distinguir diferentes moda-
tor, analise as afirmativas a seguir: lidades de prática educativa, tais como a
I. A educação formal é desenvolvida em educação formal, a informal e a não formal.
di-Cristina
Ana
ferentes espaços físicos, não podendo ser Com relação a educação formal, informal
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considerada um sistema de educação hie- e não formal, julgue os itens a seguir:
rarquicamente estruturado e cronologica- 07. A educação informal possui um caráter
mente graduado. Inclui-se nela, além da não intencional, envolvendo tudo o que das
escola primária e a universidade, as institui- relações socioculturais, da política e do am-
ções de treinamento técnico e profissional. biente impregnam a vida individual e em
grupo.
II. Há muita confusão entre os termos infor-
mal e não formal, já que ambos não pressu- 08. A educação formal é inteligível, estrutu-
põem qualquer tipo de aprendizagem dos rada, organizada e sistemática. A educação
sujeitos envolvidos no processo. Para distin- escolar convencional é tipicamente formal,
gui-los é necessário considerar os espaços mas não significa dizer que não ocorra em
físicos em que as ações são realizadas. outros tipos de educação não convencional.
III. A dificuldade de distinção entre as mo-
dalidades de educação formal, não formal e 09. A educação não formal diz respeito a
informal ocorre, em grande parte, porque as atividades com caráter de intencionalidade,
definições têm caráter meramente admi- possuem relações pedagógicas não forma-
nistrativo, diferenciando as práticas apenas lizadas e alto grau de estruturação e siste-
pelos locais onde são realizadas. Torna-se matização para seu desenvolvimento.
assim, um desafio determinar com precisão
onde se inicia e onde terminam as experi- 10. A educação não formal ocorre em equi-
ências educativas que buscam articular as pamentos urbanos culturais e de lazer e em
atividades escolares com ações desenvolvi- associações de bairros, entre outros espa-
das em outros espaços educativos como os ços.
museus.
Assinale: 11. Os pensamentos da classe dominante
são também, em todas as épocas, os pen-
samentos dominantes, ou seja, a classe que a) perceber que fenômenos sociais têm ori-
tem o poder material dominante numa gem em múltiplas variáveis como sociais,
dada sociedade é também a potência do- climáticas e genéticas de uma população.
minante espiritual. A classe que dispõe dos b) avaliar fenômenos complexos, separan-
meios de produção material dispõe igual- do apenas o caráter social para a explicação,
mente dos meios de produção intelectual, como no o caso das mudanças climáticas.
de tal modo que o pensamento daqueles a c) identificar regras que eram gerais, ex-
quem são recusados os meios de produção teriores e coercitivas aos indivíduos e que,
intelectual está submetido igualmente à portanto, conduziam suas ações.
classe dominante. Os pensamentos domi- d) examinar aspectos sociais de fenômenos
nantes nada mais são do que a expressão antes tidos como naturais, tais como a reli-
idealizada das relações materiais dominan- gião e a magia.
tes, portanto, a expressão das relações que e) compreender que os fenômenos sociais
fazem de uma classe a classe dominante; têm sua origem em fatores biológicos tais
em outras palavras, são as ideias de sua do- como aqueles ligados a evolução humana.
minação.
Ainda considerando o texto 14A1-II, assi-
nale a opção correta:
a) Marx pensa a dominação da classe traba-
lhadora em termos materiais, pois os traba-
lhadores possuem sua cultura própria, que
seria a cultura popular, enquanto as elites
tem a cultura erudita. Ana Cristina
b) Marx separa as classes sociais de acgsrn@gmail.com
acordo
com sua posição na produção: de um lado,
aqueles que detêm os meios de produção,
os capitalistas; de outro, aqueles que, por
não possuírem os meios de produção, de-
têm apenas sua força de trabalho, os traba-
lhadores.
c) Marx pensa a história como uma ideolo-
gia criada pela classe que detém os meios
de produção intelectual para dominar a
classe dos que detém os meios de produ-
ção material.
d) Marx pensa a história como a luta entre
a classe que detém os meios de produção
e a classe que detém o meio de produção
intelectual.
e) Marx separa as classes sociais de acordo
com o tipo de trabalho: os trabalhadores
manuais são aqueles que detêm os meios
de produção material e os trabalhadores in-
telectuais aqueles que dispõem dos meios
de produção intelectual.

12. O conceito de fato social, formulado por


Durkheim, possibilitou ampliar a compre-
ensão do funcionamento da sociedade,
tendo permitido
Ana Cristina
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