Questão 1 - O modelo médico consiste na visão biológica sobre o corpo, ou seja,
tudo aquilo que foge do padrão normal de saúde é considerado doente. A deficiência em sua perspectiva por sua vez tende a retratar um impedimento sobre o corpo sensorial, campo mental ou físico. Trazendo comprometimento para o mesmo em meio social ou na execução de atividades diárias, em contrapartida o modelo social está relacionado com o meio, buscando trabalhar com a crítica sobre a estrutura excludente que existe na sociedade, direcionando uma visão sobre a desconstrução da deficiência ser algo que restringe, limita a vida do indivíduo. Este modelo reconhece as questões sociais a partir da vivência daquele que vive, considerando e não excluindo, tentando romper produtos ideológicos cristalizados sobre a deficiência, transformando a interação com o meio menos opressor. Tendo uma referência mais politizada. O modelo Biopsicossocial, por sua vez, integra os dois fatores contudo este busca olhar para o indivíduo com um olhar integrado, não classificatório, buscando integrar a deficiência como algo condicional do indivíduo reconhecendo os fatores que constroem aquela referência de indivíduo, não apenas como um ser “deficiênte”, mas como um indivíduo que possui algum tipo de deficiência indo além de alguém limitado pela condição que o corpo carrega.
Questão 2 - A Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB 9.394/96) em
seu artigo 60 estabelece “como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino” e pesquisas apontam como houve um crescimento significativo de alunos dentro do Espectro Autista (TEA) após leis e políticas como esta. Entretanto, mesmo que ainda haja barreiras estabelecidas quanto ao preparo das escolas para este suporte é notável o avanço nesta área, tanto de pesquisas quanto de implementação. Efeitos promissores do modelo colaborativo de trabalho, coligando as ações de professores regulares e especialistas, Tecnologia Assistiva (TA), adaptações curriculares e a criteriosa elaboração dos relatórios de avaliação, são constatados por pesquisas. Podemos dar ênfase aqui ao Plano de Ensino Individualizado (PEI)e O CAA (comunicação alternativa aumentativo). O primeiro é descrito como uma ferramenta de trabalho que norteia as ações pedagógicas do professor e das atividades escolares do aluno. Enquanto o CAA é um recurso que vem sendo usado para pessoas TEA que possuem por objetivo trabalhar a interação e comunicação de uma forma mais afetiva. Tendo como uso cartões ou pranchas com figuras, aplicativos, que são classificados como alta ou baixa tecnologia.