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você p
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TENDÊN
as his ontar
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e conq
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seu pú

CIAS DE
blico

STORY
TELLING
2018
INTRO Nos últimos anos, as marcas líderes se deram conta de
que, para conquistar fatias maiores dos mercados em que
atuam, não basta balizar a comunicação pelo que seus
concorrentes têm feito.

DUÇÃO Agora, a disputa é pela atenção das pessoas, e as marcas

precisam produzir conteúdo à altura da indústria do
entretenimento. Saem na frente as marcas que entretêm
por mais tempo. Em outras palavras, as melhores
contadoras de histórias.
Se você chegou até este material, certamente já possui
um entendimento sobre o poder que uma história bem
Então, se você tem deixado o storytelling em segundo
contada exerce e sabe que as maiores empresas do
plano, talvez seja a hora de colocá-lo no topo das suas
mundo estão se apropriando de técnicas de storytelling
promessas de 2018. Para te ajudar a decidir por onde
para conquistar o coração - e o bolso - de seus
começar, apresentamos aqui as 5 tendências de
consumidores. Um levantamento da Universidade
storytelling que consideramos disruptivas para diferentes
Presbiteriana Mackenzie aponta que apenas 5% das
estágios de maturidade de marca e que abranjam distintos
pessoas se lembram de dados apresentados em forma
modelos de negócio. Nossa intenção, com este
de gráficos e estatísticas. Já quando uma história é
documento, não é apresentar fórmulas fechadas, mas
contada, 63% do público é capaz de recordá-los. Isso
caminhos. Esperamos que você encontre o seu.
porque ela estimula a dopamina e a serotonina, dois dos
Boa leitura.
mais potentes hormônios cerebrais.
E a emoção sempre vence a razão, quando se trata de
André Castilho
biologia.
CEO e Roteirista | La Casa de la Madre
 Com a acentuada queda do oligopólio da mídia tradicional
e a democratização do conteúdo, as empresas

1. começaram investir pesado na construção de suas redes

sociais e na produção incansável de conteúdo. O vídeo se
mostrou, comprovadamente, o formato de mídia que gera
____________
mais ROI e logo se tornou a menina dos olhos de qualquer

NÚCLEO
departamento de marketing. Mas depois que todas as
marcas adotaram a mesma estratégia, os diretores de
marketing logo perceberam que, mesmo com uma grande
injeção de verba de mídia para impulsionar seus posts,

DE
apenas uma pequena fração da audiência se engaja com
os conteúdos produzidos. Você já deve ter passado por
essa situação em sua empresa.

STORY
O que está errado? A agência justifica que precisaria de
mais budget ou prazo, o marketing reclama de falta de
autonomia, o departamento de pesquisa diz que a culpa é
do Temer. Pois eu lhe digo a real, sem rodeios: o seu
conteúdo é irrelevante. E cada dia fica mais. Os stories da

TELLING influencer tomando um shake antes do treino ou o

YouTuber falando como colou no vestibular são mais
atrativos que o seu conteúdo, que demorou meses para
ser produzido e custou algumas centenas de milhares de

INTERNO reais, em uma logística colossal. E sempre será, enquanto

a sua empresa produzir filmes com cara de "propaganda
disfarçada", que nem mesmo você assistiria se não tivesse
que aprová-los. E não adianta fazer a próxima campanha
pegando carona na fama de um artista da Globo ou um
digital influencer, porque se você não contar uma boa
história, de ponta a ponta, você continuará irrelevante.
Você precisa, urgentemente, de um departamento de
storytelling.
Agora, eu te pergunto: qual o
melhor jeito de conhecer Marte?
Observando tudo pelo telescópio ou enviando astronautas
para construírem uma colônia que lhes permita coletar
amostras de rochas, entender como as plantas se
comportam no solo, observar a ação da gravidade no
corpo? É bem óbvia a resposta. Então, por que mandar
sondas com briefings para profissionais que você nunca
nem viu a cara, se você pode estabelecer um núcleo de
storytellers dentro da sua empresa? Conhecendo as
histórias que correm no cantinho do café, encontrando
personagens potenciais, assimilando os valores da
companhia e, a partir dessa matéria-prima coletada,
criando histórias autênticas, que só a sua marca poderia
contar? E o melhor, com redução dos prazos, custos e dos
intermediários habituais.
permite aos profissionais fazerem uma imersão na sua
empresa e se aprofundarem no desenvolvimento de
narrativas originais, que fujam das fórmulas tradicionais,
para vender sua marca, produto ou serviço. E tem um
agravante que pouco se fala, mas que impacta
profundamente no resultado: uma agência dificilmente vai
bater de frente com as crenças de uma diretoria de
marketing, porque o objetivo maior é agradar e manter
a conta, e não contar a história mais pertinente para
alcançar os objetivos maiores. Claro, generalizando, pois
existem as exceções (amém). Além disso, se você
pretende contar histórias em vídeo, as agências podem
te ajudar até certo ponto, mas no final, acabarão
terceirizando a produção inteira.

Se você ainda não se convenceu, pode pular para o

próximo tópico. Se ficou, vou te contar por onde começar.
Primeiro, você vai precisar montar um time de
especialistas. Em storytelling, não comunicação em geral.
As agências são boas em planejamento, conceito e mídia,
mas o modelo de negócios estruturado para criar e
produzir a toque de caixa para vários clientes ao mesmo
tempo, com uma pilha de briefings na mesa e uma ou
várias concorrências de contas correndo paralelas, não
Então, por que não ir direto na fonte e falar com quem
produz? Uma ideia: convide uma produtora de filmes para
um café e proponha que eles estruturem um departamento
de storytelling dentro da sua empresa, que sirva como um
hub da operação deles, exclusivo para te atender.
Independentemente do modelo que você chegue, você vai
precisar de ao menos três profissionais:
– um roteirista / planner, que vai observar as
oportunidades para criar os projetos de storytelling a
serem apresentados aos departamentos envolvidos e
também vai escrever os roteiros para as múltiplas
plataformas em que a história irá circular;
Para ficar mais fácil de entender, é como se você
chamasse o Mc Donald's para abrir um quiosque dentro
da sua empresa, com a maioria dos sanduíches, exceto
o Big Mac. Mas se der vontade de Big Mac, o restaurante
faz e manda para você. Neste caso, o "quiosque" de
storytelling vai atender às demandas do seu dia-a-dia e,
quando você precisar de um filme em que se deva investir
mais ou um projeto que seja mais complexo, a equipe
do "restaurante" entra em ação. Esse alinhamento
do "quiosque" com o "restaurante" vai dar consistência
de linguagem e de continuidade das histórias que a sua
marca vai contar no médio e longo prazos.

– um filmmaker com equipamentos de câmera, luz e

áudio, que funcionará como uma banda de um homem só
(filma, faz a fotografia, edita e finaliza os filmes);

– um producer, que vai orçar o projeto antes mesmo do

roteiro ser apresentado internamente, para entender a
viabilidade da ideia dentro do orçamento, além de
orquestrar toda a equipe e logística da produção iniciada.

Além desses três profissionais-chave, você sempre terá o

apoio e o know-how da produtora de filmes contratada,
que coordenará toda a operação. Quando algum projeto
exigir produções maiores, a produtora pode oferecer uma
estrutura mais encorpada de equipe e infra-estrutura.
 O que Mark Zuckerberg (CEO do Facebook), Richard

2.
Branson (CEO da Virgin) e Elon Musk (CEO da Tesla
Motors e SpaceX) têm em comum, além de serem gênios
em seus segmentos de atuação? Eles são grandes
contadores de histórias. Utilizando suas redes sociais e
colocando o time de relações públicas a seu favor, cada

FUNCIO um se utiliza de uma estratégia para conduzir a audiência

em suas jornadas pessoais, criando toda uma narrativa
acerca de cada lançamento de um novo produto ou
mesmo de seu work in progress, fazendo-nos vibrar e

NÁRIOS torcer pelas suas vitórias, como se estivéssemos

assistindo ao filme de nossos heróis preferidos. Isso não é
novo. Thomas Edison utilizou-se de storytelling,
eletrocutando elefantes em praça pública, para mostrar à

STORY
população o risco que corriam se aderissem à corrente
alternada de Tesla (que, por fim, acabou se tornando o
padrão). Walt Disney compartilhava os segredos
_________ por trás
das produções de seus desenhos animados, na década de

TELLERS
50, em um programa semanal de TV. Steve Jobs fez o que
fez na Apple com seus legendários keynotes
_________ e sua
maestria para manipular a mídia, causando especulações
em torno de seus produtos, antes que fossem lançados.
Recentemente, Elon Musk compartilhou, em seu Twitter,
um vídeo de um compilado de fracassos de seus
lançamentos espaciais, dando uma aula de storytelling
___________________
corporativo. Todos esses empresários seguiram a cartilha
da jornada clássica do herói para construir suas histórias:
o garoto que não tinha nada, que começou do zero
a apostar em seu sonho (o "mito da garagem" é recorrente
______________
no Vale do Silício), fez um pequeno sucesso, depois quase
perdeu tudo, ou perdeu tudo, aprendeu com os erros,
começou de novo e triunfou. A história varia, pois cada um
teve a sua trajetória, mas a estrutura é essencialmente
essa.
Até pouco tempo atrás, a preocupação com a construção
de narrativas para promover uma empresa e marca se
limitava ao departamento de RP e aos figurões das
grandes empresas. Mas agora, todos nós, reles mortais,
somos microinfluenciadores e, aos trancos e barrancos,
estamos aprendendo a contar nossas histórias e a
conduzir nossa audiência através das nossas timelines.
A maioria das empresas ainda não se deu conta do
enorme potencial que tem em mãos. Cada um de seus
funcionários e colaboradores pode se tornar um contador
de histórias corporativo, engajando sua audiência a vibrar
não apenas por suas conquistas do dia a dia, mas também
acompanhando suas quedas e obstáculos, torcendo para
que ele se levante e triunfe (afinal, qualquer bom livro ou
filme tem um arco narrativo, com altos e baixos, e é essa
montanha-russa que prende a audiência).
É preciso que haja liberdade para que cada funcionário
possa contar as histórias à sua maneira, mas que, ainda
assim, sejam todas ressonantes ao posicionamento da
empresa. O erro é querer que eles compartilhem apenas
sucessos, ou se portem de uma forma engessada, soando
fakes e distantes da audiência. Não tem nada mais triste
do que um post com cara de "post pago", ainda mais na
timeline pessoal. Capaz da pessoa perder amigos.
E não é só mandar um email falando "pessoal,
compartilhem isso aqui nas suas redes". É preciso estudar
as audiências dessas pessoas, encontrar padrões e
segmentá-las, para que se possa produzir conteúdos que
sejam relevantes a cada segmento. É necessário dar todo
o suporte e treinamento para que os seus storytellers
sejam capazes de se utilizar das melhores ferramentas de
produção e distribuição de histórias. Capacitá-los a falar
diante de uma câmera (profissional ou de smartphone), a
construir arcos narrativos alinhados ao arco "da
temporada" da empresa, a adotar boas práticas de mídias
sociais e dispô-lo de materiais que sejam relevantes aos
seus seguidores.
 Nesse ponto, não pense que é apenas um linkzinho de um
vídeo institucional. É muito além. Quando o Google cria
Grandes executivos são
espaços de trabalho divertidos, por exemplo, ele está
ótimos contadores de
possibilitando que seus funcionários - e visitantes - se
histórias. Expanda essa
engajem a produzir conteúdo, utilizando os espaços
habilidade para todos
descolados da empresa como pano de fundo de suas
os colaboradores e veja
histórias, tornando a empresa aspiracional às audiências.
a mágica acontecer.

Além disso, mais do que apenas servir como um grande

RP coletivo, a disseminação do conhecimento sobre
storytelling dentro de todas as instâncias e áreas da
empresa possibilita que as técnicas narrativas sejam
Considere as redes sociais aplicadas também em apresentações, vendas,
pessoais dos funcionários concorrências e negociações, por exemplo, impactando
como plataformas para diretamente no desempenho do profissional e nos
contar histórias da sua números da empresa. Os departamentos de RH, inclusive,
marca. podem se beneficiar ao contar histórias internamente para
disseminar os valores e a cultura da empresa, engajando e
resgatando o senso de identidade do grupo.

Mas como implementar essa nova cultura

de storytelling generalizado na minha
Boas histórias conquistam
empresa? A resposta está no próximo
investidores, credores e
compradores. tópico.
 As consultorias de marketing tiveram um boom de

3. crescimento nos últimos anos, e a razão deste salto é que

elas são eficazes no apontamento de problemas internos,
captação de insights, fornecimento de mentoria e
transferência de conhecimento, permitindo que a empresa

CONSUL
possa caminhar com as próprias pernas. Se você já tem
um núcleo de storytelling ou terceirizou este
departamento com uma agência, pode ser que opte por
uma consultoria especializada no assunto, que vai olhar

TORIAS
todos os departamentos de maneira holística e entender
qual o grau de maturidade em storytelling que cada um
possui, definindo as estratégias e planos de ação com os
decisores de cada área.

DE A consultoria vai te ajudar a

encontrar as histórias da empresa

STORY que deverão ser contadas para

atender às necessidades de cada
departamento.

TELLING A consultoria também vai integrar as estratégias dos

departamentos. Por exemplo, vamos supor que o seu
departamento de RH levante histórias de funcionários
para fazer uma campanha de endomarketing, visando
resgatar os valores da empresa.
As histórias coletadas podem ser aproveitadas pelo
departamento de marketing, para que os consumidores
e clientes também conheçam os valores e as pessoas que
fazem a empresa. Assim, duas áreas podem unir esforços
e somar orçamentos para elaborar um projeto mais
consistente e de qualidade superior.

Se você já tem agência de publicidade, produtora de

conteúdo, agência digital e assessoria de imprensa, sabe
muito bem da dificuldade de alinhar discursos e
campanhas. Neste caso, a consultoria pode lhe auxiliar,
produzindo um guide de storytelling para ser seguido por
todos os terceiros, com o intuito de todas as vozes se
somarem e produzirem um efeito onda, espalhando as
histórias da sua empresa ou marca para além-mar.

E, caso você tenha vindo para este tópico sem ter lido o
item 2, recomendo que o leia, pois a consultoria de
storytelling é a melhor aliada para você transformar todos
os funcionários da sua empresa em contadores de
histórias corporativos, colocando toda a sua rede de
influências a favor da marca e aplicando técnicas
narrativas para fechar novos negócios.
 A educação nunca esteve tão democratizada e acessível.

4.
Uma rápida busca no Google te coloca a um clique de
dezenas de cursos online sobre qualquer coisa que se
queira aprender. Uma das categorias que mais alimentam
o tráfego de audiência do YouTube é a dos vídeos tutoriais
ou DIY (Do It Yourself). As maiores marcas de maquiagem

STORY perceberam que apostar na educação de potenciais

consumidoras gera mais vendas de seus produtos,
e começaram a investir na parceria com influencers.

TELLING O raciocínio é bem lógico e serve para qualquer categoria.

Um banco que investe na educação financeira de seus
clientes certamente terá menos problemas de
inadimplência; uma seguradora que oferece curso de

EDUCATI
direção defensiva terá menos casualidades; uma marca de
iogurtes infantis que orienta pais e filhos a estabelecerem
uma alimentação balanceada estenderá o vínculo do
consumo a outras linhas de produtos da marca (ao invés

VO
de apostar na ignorância dos mesmos, fazendo com que
se sintam traídos ao assistirem, futuramente, a um
documentário que revela que o consumo excessivo do
produto pode causar doenças terríveis).

Muitas empresas pequenas já perceberam que educar

conquista e fideliza consumidores. Um mágico com um
canal no YouTube que ensina truques de mágica tem mais
chances de ser procurado para um evento do que aquele
que esconde seus segredos. Porque as pessoas tendem
a confiar na figura dos mentores. É uma relação que foi
estabelecida na primeira infância, nas salas de aula.
Acontece que, com essa corrida ao pote de ouro da
educação, o formato educacional online tornou-se
commodity. Todo mundo oferece dicas de maquiagem.
Dezenas de mágicos ensinam truques de mágica. Como
diferenciar o seu conteúdo da concorrência? Storytelling.
Da mesma forma que um bom filme de drama ou terror se
diferencia de todos os demais do gênero que já foram
feitos durante as últimas décadas. As pessoas sempre vão
precisar aprender coisas novas e ouvir boas histórias.
Quer referências de como unir educação a boas histórias?
Ligue a TV em qualquer canal infantil dedicado as crianças
de 0 a 5 anos, e você verá que 90% do conteúdo oferecido
une entretenimento com educação. E as crianças piram.
Os exemplos não se limitam a conteúdos infantis. Assista
a um episódio do "Life Story", da BBC (tem no Netflix), e
________
você verá como eles te fazem chorar pela morte de um
louva-deus, enquanto te ensinam sobre a alimentação dos
artrópodes. Ou mesmo um desses reality shows de
sobrevivência na selva, que passam no History
e Discovery, que fazem você torcer pela vida
dos personagens, enquanto te ensinam a
construir uma cabana com folhas de
bananeira. Você nunca
aprendeu tanto sobre política
quanto assistindo "House of
Cards", não é mesmo?
Storytelling educativo.
Existe uma grande lacuna em muitos segmentos de
produtos e serviços, que carecem de conteúdos
educativos bons atrelados a histórias poderosas.
Não pense que colocar um tiozinho na frente de um
chroma key falando sobre as vantagens de se investir em
Tesouro Direto ao invés do CDB fará com que as pessoas
se interessem pelo seu conteúdo ou abram conta no seu
banco.
Mas crie um longa-metragem que conta a história de um
camelô que se tornou milionário graças a decisões
financeiras acertadas, e as pessoas não só assistirão e
aprenderão, mas ainda tomarão a história como
motivação para suas próprias vidas.
As marcas podem e devem ocupar a posição de
educadoras através da contação de histórias. Se não
ocuparem, alguém o fará antes, e as marcas perderão
mais uma vez a chance de entrarem no bonde antes dele
estar em movimento, como aconteceu com a ascensão
dos YouTubers, que hoje recebem uma nota das marcas,
que precisam deles para ser relevantes na internet. Como
gestor de uma marca, é uma escolha que você tem em
mãos: investir na ignorância do consumidor ou auxiliá-lo a
encontrar o melhor caminho para seu auto-
desenvolvimento. Mesmo que ele opte por não consumir a
sua marca em um primeiro momento, o laço emocional
estabelecido na relação de mestre-aluno é para sempre.
 Responda rápido: o que vale mais a pena, gastar R$ 20

5. milhões em um comercial de 30 segundos veiculado meia

dúzia de vezes no Jornal Nacional ou a mesma quantia na
produção de uma série original, distribuída em um canal
próprio, para audiência própria? Eu quero que você

NETFLIX
responda no final deste tópico.

Você já deve ter se familiarizado com a expressão "Content

is king" (conteúdo é rei) e tem se esforçado para produzir

PARA
conteúdo que se relacione com o seu público consumidor.
Mas será que o seu conteúdo está sendo relevante para
todo mundo que resolveu seguir o perfil da sua marca nas
redes sociais? Ou você está massificando o seu conteúdo

A SUA
como se fosse um canal de TV aberta, transmitindo a
mesma novela para senhorinhas fazedoras de crochê e
adolescentes viciados em Clash of Clans? A menos que
você tenha uma concessão pública de canal de televisão,

MARCA
é um erro investir na produção de conteúdo massificado.
Apesar do seu produto ser consumido pela senhorinha do
crochê e pelos game-maníacos, o conteúdo pela qual cada
uma se interessa é totalmente diferente. Aliás, esqueça a
palavra "consumidor" ou "target", e comece a pensar em
"audiência" quando for falar de conteúdo. A audiência dita
as regras. Escreve aí, bem grande: "Audience is king,
content is slave" (audiência é rei, conteúdo é escravo),
porque quem dá as cartas não é quem produz, mas quem
assiste. Aí eu te pergunto: você conhece sua audiência tão
bem ao ponto de saber exatamente o conteúdo que ela
quer consumir de você?
Se você tem investido em programas de fidelidade e
alimentado bancos de dados, talvez a resposta seja "sim".
Se você tem uma multidão de likes no Facebook e
Instagram, a sua resposta pode ser "acho que sim", mas...
a quem você quer enganar? A menos que você tenha um
time de stalkers para vasculhar as preferências dessas
pessoas, você está às cegas, pois nenhuma rede social te
oferece relatórios com dados precisos sobre os indivíduos
que te seguem. Além disso, esses dados pertencem às
redes sociais, não à você, que fica refém das mudanças de
políticas de algoritmos deles. Quem tem página
corporativa no Facebook sabe que, hoje, um post não
alcança nem 10% dos seguidores, a menos que você gaste
dinheiro impulsionando-o.
Então, a primeira recomendação é: tenha uma plataforma
proprietária de broadcast de conteúdos em vídeo, onde
você vai poder conhecer os indivíduos que formam sua
audiência e recomendar conteúdos pertinentes, com a
ajuda de algoritmos, que estudam as preferências e
hábitos de consumo de conteúdo de cada usuário. Dados
que, no seu caso, podem ser utilizados em estratégias de
vendas de produtos específicos. Uma mistura de
programa de fidelidade com Netflix, vamos dizer.
Falando em exemplo a ser seguido, além do próprio
Netflix, é a Redbull, dona da plataforma Redbull TV, que
investe em documentários que vão dos previsíveis
esportes radicais até competições de eSports ou lifestyles
alternativos. Aliás, a Redbull está anos à frente
de qualquer outra marca, neste sentido.
Eles possuem um ____________
media house que produz conteúdos em
vídeo e os distribuem para canais do mundo todo. Sabe
quem também está começando a investir nisso? A Nike.
Eles acabaram de reservar ________________
um andar inteiro na sede de
Londres para produção de conteúdo original. Aos poucos,
a verba que ia para colocar um filme de 30 segundos numa
CBS da vida vai sendo destinado para a produção de
conteúdo e distribuição em canais proprietários. Demora
para construir audiência, mas ela é sua e ninguém tira. Os
próprios canais de TV, especialmente os de cabo, estão
começando a investir em suas próprias versões de
plataformas à la Netflix. HBO Go, Nat Geo Play, Fox Play e
Globo Play são alguns exemplos. Esta é a próxima corrida
do ouro, pode escrever.
Se você acha muito trabalhoso criar uma plataforma do
zero, pode começar a se aventurar nas plataformas
alheias, pegando emprestada uma audiência que nunca
será sua. É o tal pacote de branded content, oferecido por
canais de TV e editorias impressas ou online, que é o
modelo de negócios mais promissor (até agora) para a
sobrevivência dos veículos de mídia, cada dia mais
esvaziados da publicidade tradicional. Acontece que boa
parte do seu dinheiro será drenado na compra de espaço
de mídia. É o famoso "quer rir, me faça rir". E se você fica
p*** da vida quando um influencer cobra os olhos da cara
para colocar um conteúdo da sua marca no canal dele,
saiba que ele foi mais esperto e paciente que você,
começando a construir do zero uma audiência que, hoje,
está supervalorizada.
O fato é que, quem tem audiência, cobra quanto quiser.
Então, o melhor caminho para se libertar da dependência
da audiência alheia é mesmo ter a sua própria plataforma
e construir a sua base de público. Talvez você já tenha
feito isso quando criou um canal de YouTube para a sua
marca, mas não me leve a mal, YouTube é uma plataforma
de pessoas para pessoas. A sua marca sempre será uma
forasteira nesse ambiente. E, de novo, você não pode
oferecer conteúdo massificado para toda a gama de
pessoas que se interessa pela sua marca. A marca tem
desvantagem em relação a um YouTuber gamer, por
exemplo, cujo compromisso seja com uma audiência
formada exclusivamente por gamers. Já a sua audiência
é muito heterogênea para jogar todo mundo no mesmo
balaio, sem inteligência de dados na distribuição de
conteúdo. Mas se a sua marca for de nicho, aproveite
a cauda longa e nade de braçada no YouTube.
"Tá, você me convenceu. Eu vou pegar alguns milhões que
seriam torrados em um comercial de 30 segundos no
Jornal Nacional, vou investir em produção de séries e
construir meu próprio Netflix, pois eu sei que, no médio e
longo prazos, meu patrimônio será incalculável e
inabalável. Por onde começo?". Comece perguntando para
as pessoas que já te seguem nas suas redes qual o tipo de
conteúdo que elas costumam consumir e o que gostariam
que você produzisse para elas. Traga-as para perto de
você, pois elas são suas aliadas nessa construção. Sim,
você também vai precisar de programadores, ou contratar
soluções prontas. Existem algumas empresas que já
oferecem plataformas "à la Netflix". Uma pesquisa rápida
no Google e você encontra algumas opções viáveis e
____________
prontas para serem implementadas. Certifique-se que a
_____________________________
sua plataforma possa ser consumida através de apps
mobile, smart TVs, e esteja compatível com o Chromecast,
pois se a experiência de consumo do seu conteúdo não for
próxima à que a audiência está acostumada, você já
nasce morto. Lembre-se, você está competindo com
canais de TV, Amazon, Netflix, torrents ilegais e toda a
internet. "Isso que você disse me assustou. Eu nunca vou
ter um conteúdo à altura". Vai, se você investir o preço que
custa um conteúdo à altura da indústria do
entretenimento. Saiba que é mais caro fazer um comercial
de 30 segundos do que produzir conteúdo de
entretenimento, proporcionalmente à minutagem.
IDEIA (POR CONTA DA CASA):
Produza uma temporada de uma série e distribua todos
os episódios de graça. Quando todos estiverem
implorando pela segunda temporada, você lança um
produto, edição especial, cuja porcentagem das vendas
financiará a segunda temporada, caso a cota
de vendas seja atingida.
Por exemplo, com o mesmo R$ 1 milhão que você gasta
para produzir um comercial de 30, você consegue fazer
dois episódios de uma série de 30 minutos (estimando, por
alto), muitas vezes com a mesma equipe que faria o
comercial. Isso porque os valores dos cachês de produção
de conteúdo são bem menores que os praticados na
publicidade. E se você considerar os valores investidos em
veiculação de mídia, aí vai sobrar dinheiro. Já pensou, a
sua série sendo baixada em torrents "piratas"? Veiculação
grátis! Pessoas implorando pelo seu conteúdo. Isso é
possível, sim.
E falando em produção, você precisa investir não apenas
na qualidade, mas na diversidade do conteúdo, para que
você atenda a toda a heterogeneidade das pessoas que
consomem ou potencialmente consumiriam o seu
produto. Uma boa estratégia inicial é fazer aquisição
de conteúdos independentes já produzidos, como curtas
metragens, documentários e longas, e mesclá-los com
conteúdos originais com a qualidade lá em cima.
É a estratégia do próprio Netflix. Conforme a sua base
de audiência aumenta, vai aumentando a proporção de
conteúdos originais. E nada impede que você comece a
lançar projetos co-branded, patrocinados por marcas
sedentas pela atenção da audiência que você conquistou.
É inevitável que, lá na frente, marcas em estágio de
maturidade avançada se tornem empresas de mídia. Não
tenha medo de iniciar esse movimento e ser um dos
pioneiros do seu setor. Mas cedo ou mais tarde, você terá
que fazê-lo. Estamos em um momento de transição
semelhante ao que passa a indústria automobilística:
quem não investir hoje no carro elétrico, vai
estar obsoleto em 15 anos.
CONCLU
SÃO
Agora que você já conheceu a fundo as tendências de
storytelling que mapeamos para este ano, eu espero que
você tenha inspiração e coragem a dar o próximo passo
na construção da sua marca, ou na estruturação da sua
empresa, usando essa ferramenta tão poderosa que é a
história, que vem moldando a humanidade desde sempre.
É natural que tenham surgido dúvidas e nós, da
La Casa de la Madre, esperamos poder respondê-las, seja
____________________
através de uma troca de emails, dos materiais educativos
que pretendemos produzir ao longo do ano (sim, isso é um
teaser!), ou tomando um cafezinho juntos, como nos
velhos tempos.
Independentemente de quem você escolha como parceiro
para cuidar do storytelling da sua empresa, pode contar
sempre com a gente, através do email
hola@lacasadelamadre.com.br
ou do telefone 011 2308-3113. Em breve, você receberá
um email do nosso CEO, André Castilho, para saber se este
material fez sentido para o seu momento profissional.
Muito obrigado por ter ido até o fim nesta jornada de
leitura e conhecimento. E que o ano de 2018 seja repleto
de boas histórias :)
Com amor,
Madre