Você está na página 1de 7

Economia

Home › Economia

China quer crescer e "transformar


economia" ao mesmo tempo. É
possível?
Não é a primeira vez que o gigante asiático tenta uma empreitada como a de agora
Modo escuro

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Niterói OPEN 10:00 – 22:00


Rua Quinze de Novembro, 8 - Centro, Niterói
China: país têm sustentado seu crescimento econômico em projetos de infraestrutura, excessos imobiliários e investimento em manufatura (Getty Images)

Carolina Unzelte
Publicado em 6 de março de 2024 às, 07h58.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A China anunciou esta semana que tem como meta crescer


5% em 2024. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro chinês Li
Qiang falou sobre seu objetivo de "transformar" o modelo
econômico do país. Ele se comprometeu a expandir o
consumo doméstico, enquanto reduz o excesso de capacidade
industrial, os riscos da dívida do governo local e apoia apenas
determinados projetos do setor imobiliário. Como é possível
manter as duas promessas?

A dívida municipal para projetos de infraestrutura, excessos


imobiliários e investimento em manufatura têm sido alguns
dos pilares-chave do crescimento econômico da China. Contê-
los pode significar também um crescimento menor a curto
prazo, dizem analistas.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE


Mais lidas em Economia

01 Regulação de trabalho por


aplicativo é considerada um
avanço por empresas do setor
Não é a primeiraAPRESENTADO
vez quePOR o gigante asiático tenta uma
JOHNNIE WALKER

Whisky que explora o 5º paladar é


empreitada semelhante.
oferecido emEm 2013, gastronômica
experiência o presidente Xi Jinping 02 Governo propõe pagamento de
R$ 32,09 por hora trabalhada
apresentou uma em
série
SP de planos de reforma econômica e para motoristas de apps
social em uma agenda de 60 pontos que pintou um quadro de
longo prazo de mercados livres e crescimento impulsionado 03 Fim do Perse: 'As viagens vão
ficar mais caras para o
pelo consumo. consumidor', afirma presidente
da ABIH SP

Veja também CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Banco asiático AIIB tem 3 projetos no pipeline para investir R$ 1,6 bilhão no Brasil

Como o embargo de Trump à China se tornou uma ameaça de bilhões de dólares para a

Apple

Por que o Goldman Sachs acredita que investir na China pode ser arriscado APRESENTADO POR CLARA RESORTS
Com infraestrutura completa, resorts são
cada vez mais procurados para eventos
corporativos

Leia também: A ambiciosa meta de crescimento de 5% da


China para 2024

Desde então, no entanto, a China apertou sua conta de capital


e supervisão de mercado, e redobrou o investimento liderado Fique ligado
pelo Estado. Nos acontecimentos mais
relevantes do Brasil e mundo.

A reação morna do mercado às promessas de Li na última


Seu e-mail
terça-feira contrasta com o rali de 2013 que seguiu a agenda
de reforma de Xi. Investidores e consumidores estão céticos
em relação à implementação dos planos, o que pode agravar Inscreva-se
uma crise de confiança no exterior e em casa.

Muitos dos planos de 2013 vieram contra o imperativo da CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

estabilidade, que Li também destacou em seu relatório. Em


2015, a China passou por um susto com a saída de capitais,
descobrindo o quão poderosos e disruptivos os mercados
podem ser.
Em 2017, os planos de relaxar as regras de residência da era
Mao Tsé Tung, que bloqueiam muitos migrantes rurais dos
serviços públicos urbanos e os incentivam a economizar em
vez de gastar, sofreram um grande revés. Autoridades em
cidades grandes lançaram campanhas contra o influxo de
"população de baixo nível", citando a estabilidade social.

À medida que a mudança para um crescimento impulsionado


pelo consumo e pelo mercado perdeu força e a ameaça de uma
desaceleração acentuada pairava, a China se apoiou no
mercado imobiliário e nos gastos com infraestrutura para
atingir as metas de crescimento.

Quando a bolha imobiliária estourou em 2021, as receitas dos


governos locais com o desenvolvimento de terras
despencaram, tornando os níveis de dívida em muitas cidades
insustentáveis.

Algumas das respostas políticas das cidades endividadas


destacam a dificuldade de mudar as engrenagens do
crescimento. Cortar os salários dos servidores públicos e
aumentar as multas às pequenas empresas para aumentar as
receitas vai contra o objetivo de impulsionar o consumo.

Mas aumentar o crescimento da renda das famílias quando as


receitas estão caindo requer que os fundos sejam retirados de
outras partes das economias municipais, entre os mais ricos
estão as empresas estatais e seus contratados.

Autoridades chinesas anunciaram na terça-feira planos


específicos que contribuem para aumentar o consumo. Eles
planejam aumentar as pensões dos agricultores em 20 yuans
(US$ 2,78) por mês para 103 yuans. Eles também planejam
reduzir os custos de creche e melhorar os cuidados com
idosos como parte de uma "estratégia nacional proativa em
resposta ao envelhecimento populacional".

Li anunciou um "novo modelo" para desenvolver imóveis,


focado em habitações subsidiadas pelo governo para pessoas
de baixa renda. Alguns analistas também esperam que a
China anuncie subsídios para as famílias atualizarem os
eletrodomésticos - uma medida única que anteciparia alguns
planos de gastos.
A China também sinalizou esforços para relaxar ainda mais os
registros urbanos, permitindo que mais trabalhadores
migrantes tenham acesso a serviços públicos básicos.

Alguns analistas também apontam para o impulso da China


para novas forças produtivas para mover seu complexo
manufatureiro para cima na cadeia de valor como importante
para os rendimentos das famílias, dadas as altas taxas de
desemprego juvenil.

Isso significa que a dívida chinesa - agora cerca de três vezes


seu produto interno bruto - deve aumentar para financiar o
investimento em indústrias de alta tecnologia e gerenciar o
ritmo da desaceleração imobiliária e a reestruturação das
dívidas municipais. Assine
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A dívida do governo central da China era de 23,8% do PIB,


segundo dados do Fundo Monetário Internacional. Em
comparação, os governos locais e suas empresas de
financiamento deviam cerca de 80%.

Em seu relatório, Li Qiang disse que o governo central emitirá


1 trilhão de yuans em títulos ultralongos especiais este ano,
em uma medida que os analistas viram como um sinal de que
Pequim está disposta a assumir uma parcela maior do ônus de
atingir as metas de crescimento.

No entanto, essa pode não ser uma solução de longo prazo,


disse Juan Orts, economista da China na Fathom Consulting, à
agência Reuters. Ele prevê que o país esteja avançando em
direção a uma estagnação semelhante à do Japão, diz que essa
não é uma solução a longo prazo. "Não importa de onde venha
a dívida, ela ainda está pesando sobre a economia", disse Orts.

Mais sobre: China

Créditos
Carolina Unzelte
Redatora
Atualmente, trabalha para a correspondência da revista inglesa
The Economist no Brasil, e como freelancer para veículos
nacionais, como revista piauí, UOL e JOTA. Antes, fez parte de
redações como Financial Times e Época Negócios

Últimas Notícias Ver mais

MUNDO MERCADOS MERCADOS ECONOMIA

Banco asiático Como o embargo Por que o Goldman A ambiciosa meta


AIIB tem 3 de Trump à China Sachs acredita que de crescimento de
projetos no se tornou uma investir na China 5% da China para
pipeline para ameaça de bilhões pode ser arriscado 2024
investir R$ 1,6 de dólares para a
bilhão no Brasil Apple
Há um dia Há um dia Há 2 dias Há 2 dias

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Fretefy | TMS Embarcador

Fretefy Abrir

Branded contents Ver mais

APRESENTADO POR APRESENTADO POR APRESENTADO POR APRESENTADO POR CIEE


CLARA RESORTS MAHLE SONATA
Com Muito além de Family Office as 96% dos
infraestrutura uma única a Service: um estagiários
completa, solução modelo inovador consideram a
resorts são cada tecnológica: a na contramão do experiência
vez mais rota para o mercado fundamental
procurados para futuro da para o
eventos mobilidade é desenvolvimento
corporativos diversa profissional

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.


Leia mais

Siga-nos:

INSTITUCIONAL TERMOS DE USO POLÍTICA DE COOKIES POLÍTICA DE PRIVACIDADE MAIS INFORMAÇÕES

Você também pode gostar