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Eu começo te perguntando:
E quando nasce a obrigação tributária, ela não está liquida, ela não está certa,
ela não está passível de cobrança. Então, ela precisa ser quantificada, precisa
ser especificada com relação aos seus aspectos, colocado o seu vencimento,
dizer quem é o sujeito passivo e é isso que o lançamento faz. Veja o que diz o
art.142 do CTN (Código Tributário Nacional). Ele diz que é um procedimento
que culmina com o lançamento tributário. Portanto, note que:
NÃO ERRE
Muito bem, passemos então ao art. 142 do CTN, que diz o seguinte:
Então, note que ele constitui o crédito, mas declara a existência, por isso, a
sua natureza mista de constitutivo e declaratório. Claro que, na doutrina, há
tanto a corrente que vai falar que ele é só declaratório ou só constitutivo, mas
prevalece. Inclusive, você tem que levar isso para a sua prova, o fato de que
ele possui natureza mista.
Não, mas a grande maioria das bancas vai falar que ele é misto.
Mas Vanessa, de onde você tirou que ele é misto? Como é que eu vou
justificar isso numa prova oral ou subjetiva? Você vai se pautar exatamente no
art. 142 do CTN que diz sobre verificar a obrigação e constituir o crédito
tributário. É isso que você precisa levar para a sua prova.
Ele vai declarar a nulidade deste lançamento, mas ele não altera o
lançamento. É por isso que existe a Súmula Vinculante nº 24, ou seja, o juiz
espera que a autoridade administrativa constitua aquele crédito tributária para
verificar se houve sonegação ou outro crime tributário.
Não, veja só, o que se diz quando a doutrina fala que o lançamento é
autoexecutório, é o seguinte: o lançamento, a autoridade administrativa
realiza o lançamento por si só e não precisa da chancela do Poder Judiciário
ou de outro órgão; aquele ato por si só se concretiza com a autoridade
administrativa, mas o que estou te falando de autoexecutoriedade é no
sentido de ser cobrado aquele crédito.
Por fim, com relação ao art. 142, eu quero chamar atenção ao fato de que a
autoridade administrativa vai propor a penalidade. Contudo, não, a autoridade
administrativa não propõe, ela lança, ela impõe a penalidade e, claro, se o
contribuinte não concorda, não há qualquer problema, ele recorre.
CONTEÚDO IMPORTANTE
Isso é muito importante que você saiba. Trata-se de um bom resumo do que
nós falamos até agora.
Não é por outro motivo que o art. 143 do CTN manda usar a taxa de câmbio
do dia do fato gerador, porque isso que é relevante, não se usa taxa de
câmbio do dia do lançamento ou do dia que você realizou o contrato ou que
se fez o pagamento, porque se usa a lei vigente no momento da ocorrência do
fato gerador.
Por quê?
É óbvio que já aconteceu e, por isso, cai na sua prova. Veja, o art. 11, da Lei
nº 9.311 tratava da CPMF (não existe mais) e, no § 3º, permitia o cruzamento
de dados obtidos com a CPMF porque esta era paga pela movimentação
financeira. Toda vez que a pessoa movimentava a sua conta bancária, ela
pagava a CPMF. E o Fisco pode obter esses dados para efetuar, inclusive, o
lançamento de outros tributos, como o Imposto de Renda. Porque veja, podia
acontecer as situações de a pessoa pagar altíssimos valores de CPMF, mas
chegava no imposto de renda e falava que era isento e, então, o Fisco
começou a verificar que isso não era compatível. Como a pessoa movimenta
altos valores e paga valores muito altos de CPMF e é isento de IR?
JURISPRUDÊNCIA
O STF falou isso com base na parte final do art. 145, § 1º, da Constituição. O
STF disse que não se trata de quebra de sigilo bancário, mas de transferência
de sigilo da instituição financeira para o ente político, como Estados, DF,
Municípios e União. Ele disse que não precisa de ordem judicial – isso é
importante que vocês notem. O art. 6º da LC nº 105 permite que o Fisco
requisite diretamente da instituição financeira.
O STF diz o seguinte: a União já pode fazer porque ela fez um regulamento
desse art. 6º da LC nº 105, que é o Decreto Federal nº 3.724.
Até mais, essas foram as coisas mais importantes que tínhamos sobre
lançamento tributário.