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Universidade católica de Moçambique

Instituto de educação à distância

História do surgimento da cidade de Quelimane

Nome do estudante: Luísa João Mandala


Código do estudante: 708223658

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: Introdução Ao Estudo Da História
Ano de Frequência: 1º
Docente: Dr. Bruno Mendiante

Quelimane,Julho, 2022

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Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e Articulação e domínio do discurso 2.0
discussão académico
Revisão bibliográfica nacional e 2.0
internacionais relevantes na área
de estudo

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letras, parágrafos, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências bibliográficas
citações e
bibliografia

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Recomendações de Melhoria:
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Índice
1.Introdução ........................................................................................................................... 3

1.1.Objectivos ........................................................................................................................ 3

1.1.2. Objectivo geral ............................................................................................................. 3

2.História do surgimento da cidade de quelimane ................................................................. 4

3.Conclusão............................................................................................................................ 7

4.Bibliografia ......................................................................................................................... 8

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1. Introdução
Para uma melhor percepção do tema em questão de Quelimane. Dizer que é a maior cidade e
capital da Província da Zambézia, em Moçambique. Está situada junto ao rio dos Bons Sinais,
a cerca de 20 km do Oceano Índico. É limitada geograficamente pelo distrito de Nicoadala, a
noroeste e Inhassunge a Sul. Dada esta localização geográfica, na zona costeira, a
comercialização marítima e a pesca é uma das suas principais atividades económicas.
Aquando da chegada dos portugueses, em 1498, já Quelimane desempenhava um
importante papel comercial suaíle, mas somente em 1530 é que esta é ocupada pelos
portugueses. Em 1763 foi criada como Vila, sendo elevada à categoria de Cidade a 21 de
agosto de 1942 (sob o Diploma Ministerial n.º1/42). Após a independência nacional, foi
denominada com a categoria de Cidade de nível C (resolução n.º 7/78 de 25 de abril). Possui,
atualmente, 5 postos administrativos e 59 bairros. Quelimane é administrativamente um
município com um governo local eleito. A pesca continua a ser uma das principais atividades
económicas de Quelimane, somando a agricultura (plantação de coqueiros, cultivo de arroz e
hortaliça). Dada a sua situação topográfica e hidrográfica, assim como a expansão da
população em áreas de risco, as inundações são propícias na cidade.

1.1. Objectivos

1.1.2. Objectivo geral


 Falar sobre história do surgimento da cidade de Quelimane
Objectivo especifico
 Saber o ano de fundação da cidade de Quelimane
 Identificar tempo cronológico, destacando a linguagem descritiva do tempo como
por exemplo, décadas, séculos, etc)
1.1. 3. Metodologia
A compilação do presente trabalho ira fundamentar-se na consulta e análise de materiais
científicos como livros e artigos que falam a respeito de tema como forma de dar credibilidade
as ideias que serão levantadas durante o desenvolvimento do trabalho.

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2. História do surgimento da cidade de Quelimane
A história de Quelimane é parte da História de muitas histórias que fazem a História deste
multiétnico, cultural, religioso e colorido Moçambique.

O que se conhece sobre Quelimane é-nos transmitido por via da tradição oral e de algumas
obras escritas, sendo datada de 1154 a primeira notícia, através de um cronista árabe de nome
El Edrisi, no relato perante a corte italiana, referindo-se a “Dendema”, um burgo situado na
área da cidade, supostamente antepassado do Quelimane presente: Diz a tradição que Vasco
da Gama, ao chegar à terra de Quelimane, entre 22 e 25 de Janeiro de 1498, entrou no estuário
do rio Qua-Qua, que baptizou como rio dos Bons Sinais; ao desembarcar, implantou, na praia
de Palane, que na altura denominou de S. Rafael, um pesado padrão de pedra com as armas
reais de Portugal e a cruz lá talhadas.

Passando por várias transformações políticas e administrativas, desde a sua fundação,


Quelimane foi, ao longo dos séculos, povoado árabe, feitoria, vila, nome de distrito,
circunscrição e cidade, e por ela passaram diferenciados povos, antes dos portugueses, com
objectivos puramente comerciais, subordinando-se à Capitania do Sena em 1500. Nos
primórdios dos anos 1600, passa a ser governada por um capitão de Feira e, em assuntos de
justiça, sob a esfera da Relação de Goa. Foi nesta época que se introduziu a Política dos
Prazos, tendo uma tal D. Maria da Guerra aforado várias terras.
Quelimane integrava, no século XV, a rede comercial muçulmana dominada por Quíloa, que
se estendia por vários pontos da costa oriental africana. A sua fundação relacionou-se com o
alargamento dos centros de exploração aurífera para o norte do planalto Karanga,
acompanhando a expansão do Estado de Monomotapa.
A presença continuada dos portugueses está registada desde 1544. Nos primeiros anos de
seiscentos, aumentaram o controlo da região, após a cedência das minas do Monomotapa, pelo
Tratado de 1607, com a colonização do Vale do Zambeze.
A concorrência europeia, patente nos cercos holandeses à Ilha de Moçambique em 1607 e
1608, constituía uma ameaça à hegemonia portuguesa na região, suscitando ordens recorrentes
da coroa para fortificar as trocas do Zambeze, cabendo ao general D. Estevão de Ataíde
(1610-1613) a construção do forte de Santa Cruz, na Ponta Sul da Barra.
Subsequente ao Tratado de 1629, em que o mutapa Mavhura Mhande se reconheceu vassalo
da coroa portuguesa, foi gizado um novo programa régio de colonização. A região do delta,

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antes sujeita ao capitão de Sena, foi dividida, em 1633, em duas capitanias, a do Luabo e a de
S. Martinho de Quelimane.
Durante Seiscentos, Quelimane afirmou-se como o porto de entrada no Zambeze, em
detrimento do Luabo. A entrada na sua difícil barra, com restingas de pedra e bancos de areia,
exigia marinheiros experientes, os pilotos muçulmanos idos de Moçambique.
Cerca de 1634 notava-se uma dúzia de casas ao longo do rio, e no final da centúria elas eram
14 ou 15. Os edifícios cobertos de colmo e raramente de telha eram fabricados mormente em
taipa e as habitações eram rodeadas de hortas e cercadas por fortes paliçadas. Em volta,
distribuíram-se vastos palmares e pomares e as casas dos escravos. Na povoação, existia uma
igreja, a de Nossa Senhora do Livramento, paroquiada pelos jesuítas, o hospício dos
dominicanos e a casa dos padres da companhia de Jesus. No espaço urbano, destacava-se o
Chuambo, um forte de madeira, sem guarnição militar, que abrigava os moradores das
investidas dos chefes africanos. A pressão dos povos maraves, que, vindos do norte,
acometeram nessa altura a região, contribuiu para que os macuas procurassem a protecção do
forte português. Desenvolvendo uma identidade distinta, os macuas do litoral tornaram-se
conhecidos por chuabos (gente do forte).
Depois de meados de Setecentos, no contexto das reformas subsequentes à autonomia de
Moçambique em relação à India (1752), ocorreu uma notória dinamização do porto e da
povoação. A coroa recuperou as ordens para fortificar a barra, após terem encalhado aí dois
navios holandeses. A construção do forte de Nossa Senhora da Conceição, em Tangalane, na
Ponte norte da barra, foi conduzida pelo engenheiro António José de Melo.
De uma povoação com cerca de 30 moradores, dos quais apenas 2 portugueses, em 1737,
Quelimane passa à categoria de Vila na sequência de ordens régias de 29 de Maio de 1761,
começando a gozar desse estatuto apenas em 6 de Julho de 1763. É instituída a câmara
municipal, conservando o nome de S. Martinho de Quelimane.
As oportunidades do negócio esclavagista traduziram-se num assimilável aumento do
número de moradores proeminentes: 20 em 1780; 30 em 1790 e 65 em 1822. Apesar do
enriquecimento dos seus moradores e do interior das suas casas, a vila manteve-se como um
conjunto de quintas dispersas por dois ou três arruamentos irregulares, frequentemente
alagados. As novas edificações municipais, a casa da câmara e o pelourinho surgiram nos anos
1770. A igreja de Nossa Senhora do Livramento foi mandada reconstruir pelo governador e
capitão–mor general Baltazar Pereira do Lago em 1776, mas só foi concluída em 1786, por
António de Melo e Castro.

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No decurso dos anos oitocentos, a vila passa a capitania e capital do Distrito do mesmo
nome, época em que já se exportava pelo seu porto, para além de escravos, ouro e marfim,
dando-se início à criação das companhias majestáticas e outras de grande dimensão que se
dedicam à exploração da copra, em regime de grandes plantações, substituindo os anteriores
prazos.
A 24 de Novembro de 1853 é restabelecido o governo de Quelimane, vivendo nessa altura na
urbe 355 cristãos, 120 muçulmanos e 17 escravos libertos.
Em 1857 dá-se início à construção do primeiro edifício destinado à Câmara Municipal, e em
1858 Quelimane é a capital da Zambézia, topónimo criado a 4 de Fevereiro do mesmo ano,
vivendo na vila 9254 escravos e 59 libertos. Passa a sede de Governo em 1860.
Quelimane foi palco de grandes festejos, por ocasião da firmação do “Mapa Côr-de-Rosa”
protagonizada por Capelo e Ivens, na tentativa de Portugal estabelecer a ligação entre
Mocâmedes, no oceano Atlântico, e Quelimane, no Oceano Índico. Em 1878, Quelimane
assiste ao surgimento das primeiras revoltas camponesas, tendo tomado parte activa na sua
repressão o prazeiro Mariano Henriques de Nazareth e sendo, na altura, presidente da Câmara
Municipal de Quelimane o prazeiro José Bernardo de Albuquerque. Os sobreviventes foram
acantonados em frente à Central Eléctrica de Quelimane. Quelimane foi desde sempre um
centro cultural e literário, tendo editado o “Clamor Africano”, um dos três jornais periódicos,
de combate à exploração colonial, fundado entre 1886/1894 pelo jornalista angolano Alfredo
Aguiar, chegado a Moçambique em 1879. Há referências de circularem em Quelimane e Tete
selos próprios entre 1893 e 1913 e, apenas em Quelimane, entre 1913 e 1920. De 1904 a 1922
saíram do porto de Quelimane trabalhadores recrutados para S. Tomé e Príncipe e para o
Transval, registando-se, até 1907, a saída de 8141 trabalhadores. Nesse período, Quelimane
acolheu a visita do Príncipe herdeiro do trono de Portugal, D. Luís Filipe que, no ano seguinte,
viria a ser assassinado juntamente com o seu pai, o Rei D. Carlos. Em 1922 entra em
funcionamento a linha férrea Quelimane-Mocuba e, no âmbito associativo, várias
organizações socioeconómicas vêm os seus estatutos aprovados: o Clube de Quelimane e a
Associação do Fomento do Distrito de Quelimane (1924); o Grémio Francisco Luís Gomes
(1932); o Sporting Clube de Quelimane e o Grupo Desportivo Zambeziano (1936); a
Associação Hindu e o Aeroclube da Zambézia (1937); o Sport Lisboa e Benfica (1954) tendo,
nessa data, o Sporting Clube de Quelimane sido declarado Pessoa de Utilidade Pública e
aprovado o Estatuto do Grémio dos Plantadores de Chá.

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3. Conclusão

Chegando ao fim do presente trabalho que tem como plano temático o msurgimento da
cidade de quelimane, feito o trabalho cheguei de concluir que Quelimane é a capital e a maior
cidade da província da Zambézia, em Moçambique. Está localizada no rio dos Bons Sinais, a
cerca de 20 km do Oceano Índico; por essa razão, a cidade conta com um porto, que é uma das
suas principais actividades económicas, centro de uma importante indústria pesqueira. De
salientar que A cidade de Quelimane é administrativamente um município com um governo
local eleito e também um distrito, que administra as competências do governo central.[1] Numa
área de 117 km², a cidade tinha 150 116 habitantes em 1997. A população tinha ascendido a
185.000 habitantes em 2003, e o censo de 2007 registou 193.343 habitantes.

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4. Bibliografia
Jornal Txopela – 06.09.2017
Lei nº 26/2013, publicada no Boletim da República nº 101, I Série, de 18 de
Dezembro de 2013, pág. 1059-1061 (3)
↑ «Cidade de Quelimane.pdf — Instituto Nacional de Estatistica» (PDF)
http://www.verdade.co.mz/eleicoes/35-themadefundo/23185-quelimane-uma-cidade-parada-
no-tempo Quelimane: Uma cidade parada no tempo

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