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INTRODUÇÃO:
PROF. HELENA
SCHETINGER
Olá, Estrategista, tudo bem?
Estratégia
MED
@drahelenaschetinger
PEDIATRIA Prof. Helena Schetinger | Cuidados Neonatais 3
5%
1%
7%
4%
20%
8% 14%
/estrategiamed
@estrategiamed
Estratégia MED
t.me/estrategiamed
Estratégia
MED
PEDIATRIA Cuidados Neonatais Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.0 NEONATOLOGIA 6
2.0 CUIDADOS ANTES DO NASCIMENTO 7
2 .1 . A HISTÓRIA MATERNA 7
2 .2 . A SALA DE PARTO 7
4.1.1 VACINAS 20
4.1.2 VITAMINA K 22
5.1.1.1 FENILCETONÚRIA 27
5 .2 . TESTE DO CORAÇÃOZINHO 31
5.2.2 O TESTE 32
5 .3 TESTE DO OLHINHO 34
5.3.2 O TESTE 34
5 .4 TESTE DA ORELHINHA 36
5.4.2 O TESTE 36
5 .5 TESTE DA LINGUINHA 38
5 .6 TESTE DA BOLINHA 39
RESUMINDO! 41
6 .2 PESO AO NASCIMENTO 41
8 .2 A ALTA HOSPITALAR 82
CAPÍTULO
1.0 NEONATOLOGIA
A neonatologia é o ramo da pediatria que atende os bebês, desde seu nascimento até os 28 dias de vida. É um período de transição e
de grandes transformações, uma vez que o recém-nascido (RN) precisa adaptar-se à vida extrauterina e à modificação do funcionamento de
seus sistemas, aprendendo a manter sua estabilidade térmica e fisiológica.
Você já deve ter ouvido a frase: “Quando nasce um bebê, nasce também uma mãe”, sendo assim, além de cuidar do neonato, o médico
deve ter a preocupação de proporcionar o melhor ambiente familiar para a chegada dessa nova vida, e isso inclui os cuidados na hora do
parto, a recepção em alojamento conjunto ou unidade de cuidados intensivos, a amamentação e a atenção ao bebê recém-nascido.
Neste capítulo, abordaremos os primeiros dias do bebê, como proporcionar um ambiente tranquilo e seguro para seu nascimento,
quais são os sinais de alerta que devemos procurar na história materna e no exame do RN e como conduzi-los.
CAPÍTULO
É fundamental ao pediatra conhecer a história materna, não só gestacional como pessoal. Um pré-natal bem feito, aliado a um médico
informado, diminui o risco de morbidade e mortalidade no período neonatal.
Pontos a serem explorados:
• História médica pessoal da mãe, como doenças prévias e • Estilo de vida, como uso de álcool, tabagismo e drogas
uso de medicações. ilícitas.
• História gestacional atual, como idade gestacional, número • Estabilidade emocional e expectativas para o nascimento
de consultas de pré-natal, tipagem sanguínea, resultado de do bebê.
sorologias e imunizações. Todas essas informações são relevantes para que o pediatra
• História gestacional e obstétrica prévias, como se adiante a possíveis complicações perinatais, bem como dê o
intercorrências perinatais e pós-natais anteriores.
suporte necessário para a família no pós-parto.
2 .2 . A SALA DE PARTO
O nascimento é um momento muito delicado, e cada intervenção necessária deve ser feita rapidamente. Por isso, é fundamental que
a sala de parto esteja sempre preparada adequadamente. Confira o TOP 5 das características da sala de parto:
SALA DE PARTO
• A sala de parto deve fornecer tranquilidade e privacidade à gestante.
• O ambiente deve ser climatizado entre 23ºC e 26ºC para garantir a normotermia da mãe e do RN.
• A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que esteja presente pelo menos um pediatra capacitado para realizar
reanimação neonatal, esse número deve ser maior de acordo com o risco gestacional ou em partos gemelares.
• A equipe de apoio deve ser treinada e atuar de forma coordenada em caso de intercorrência. É importante nomear um
líder, que irá conduzir a equipe em caso de intervenção.
• O material para reanimação deve estar preparado, mesmo em casos de baixo risco. É preciso ter em mente que qualquer
bebê pode precisar de atendimento.
Observe como isso é cobrado em provas!
CAI NA PROVA
(CMC CAMPINAS – SP 2018) Você é chamado durante o seu plantão de neonatologia para fazer o atendimento de um recém-nascido (RN) na
sala de parto. Em relação ao preparo de atendimento do RN, são recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria:
A) Realizar anamnese materna específica para a evolução da gestação e do trabalho de parto.
B) Checar a disponibilidade de material necessário para estabilidade térmica apenas para os recém-nascidos prematuros.
C) Checar a disponibilidade de material necessário para ventilação com pressão positiva, intubação orotraqueal e medicações apenas para
aqueles casos em que o risco de asfixia for antecipado pela história materna.
D) De acordo com o risco de asfixia, adequar a equipe necessária para a reanimação da criança e definir antecipadamente a responsabilidade
de cada membro da equipe durante a reanimação.
COMENTÁRIOS:
Quando vamos receber um neonato, precisamos saber quem ele é, ou seja, toda a história maternal e da gestação, para identificar
possíveis fatores de risco, com isso preparamos a equipe previamente para uma possível reanimação.
Alternativa D correta.
(UEL/PR/2015 ADAPTADA) Em relação à reanimação do recém-nascido na sala de parto, assinale verdadeiro ou falso.
A) Para evitar a hipotermia, deve-se pré-aquecer a sala de parto e a sala em que serão realizados os procedimentos de reanimação com
temperatura ambiente mínima de 24 °C.
COMENTÁRIOS:
Falso. A sala de parto deve ser aquecida na temperatura entre 23ºC e 26ºC.
CAPÍTULO
A partir desses três tópicos, podemos resumir o índice de vitalidade em três perguntas, que são fundamentais para definir a conduta.
1. RN é de termo?
2. RN respira ou chora?
3. RN tem bom tônus?
COR:
A cor também não deve ser parâmetro inicial.
Se você já participou de algum parto, deve ter percebido que todo RN nasce “roxinho” e vai corando nos primeiros minutos de vida.
É normal o bebê apresentar cianose central até 10 minutos após o parto e cianose de extremidades nos primeiros dias de vida.
FREQUÊNCIA CARDÍACA:
Ela só é considerada depois que começarmos a reanimação neonatal.
O método de escolha da aferição é o monitor cardíaco.
Fique atento,
por favor!
CAI NA PROVA
(IAMSPE – SP 2020) De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria, ao nascimento de um recém-nascido (RN) com idade
gestacional acima de 34 semanas, alguns parâmetros devem ser avaliados para decidir pelo clampeamento tardio do cordão umbilical. É
necessário, por exemplo, que a placenta esteja com a circulação preservada, sem descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou
rotura ou prolapso ou nó verdadeiro de cordão. Além disso, também deve ser avaliado:
A) se o RN está respirando ou chorando e se apresenta tônus em flexão.
B) se o RN apresenta tônus em flexão e se há ausência de mecônio.
C) se há ausência de mecônio e se a frequência cardíaca acima de 100 bpm.
D) se a frequência cardíaca acima de 100 bpm e se o RN está rosado.
E) se o RN está rosado e se está respirando ou chorando.
COMENTÁRIOS:
As três perguntas que definem a reanimação são:
1. O RN é de termo?
2. Respira ou chora?
3. Tem bom tônus?
Alternativa A correta.
Alternativa B, C, D e E incorretas: ATENÇÃO! Não caia em pegadinhas! Antigamente, o aspecto do líquido determinava a necessidade de
reanimação. Hoje, não mais! A frequência cardíaca e a cor também não são parâmetros iniciais de vitalidade.
A partir das PERGUNTAS PARA DEFINIR O ÍNDICE DE VITALIDADE, três respostas são possíveis!
1. É maior de 34 semanas?
2. Respira ou chora?
3. Tem bom tônus?
Pele a pele.
Secar o bebê.
Clampeamento tardio do cordão.
Amamentação precoce.
Em RNs com boa vitalidade, maiores de 34 semanas e com a circulação placentária intacta, devemos aguardar de 1 a 3 minutos para
clampear o cordão umbilical. Isso permite que ele receba o sangue presente na placenta, o que aumentará suas reservas de ferro.
As vantagens do método são:
• Aumentar o nível de hemoglobina no bebê e, com isso, diminuir o número da anemia neonatal, de transfusões sanguíneas e da
anemia em crianças dos 3 a 6 meses de idade.
• Redução de hemorragias intracranianas, enterocolite necrosante e sepse neonatal.
As desvantagens seriam o aumento da bilirrubina e icterícia no RN e da policitemia, porém desfechos de estudos realizados não
demonstraram risco aumentado dessas patologias.
É importante ressaltar que filhos de mãe HIV positivas permanecem com a indicação de clampeamento imediato do cordão,
independentemente da vitalidade.
Outro ponto que não é comum em questões de provas, mas apareceu algumas vezes nas alternativas, é a ordenha do cordão
umbilical, em substituição ao clampeamento imediato, em bebês que necessitam reanimação neonatal. Você deve saber que ela não
é recomendada atualmente pelas Sociedades Pediátricas, portanto não deve ser realizada.
CAI NA PROVA
(HCPA/RS/2020) Recém-nascido a termo (38 semanas de idade gestacional por ultrassonografia precoce), nascido de parto vaginal, com bolsa
rota de 2 horas e líquido amniótico claro, demonstrou boa vitalidade, com choro forte e bom tônus muscular. Em relação ao atendimento na
sala de parto, assinale a alternativa que contempla a sequência adequada de condutas.
A) Ordenhar o cordão umbilical, clampeá-lo e posicionar o recém-nascido no colo materno.
B) Posicionar o recém-nascido junto ao tórax ou abdômen materno coberto com campo aquecido e aguardar 1-3 minutos para clampear o
cordão umbilical.
C) Clampear o cordão umbilical imediatamente, secar e aquecer o recém-nascido, posicionar a via aérea, aspirar narinas e boca e colocá-lo
no seio materno.
D) Clampear o cordão umbilical imediatamente e posicionar o recém-nascido no colo materno.
E) Clampear o cordão umbilical tardiamente e aspirar a traqueia.
COMENTÁRIOS:
RN maior de 34 semanas, choro forte e bom tônus deve ser levado ao contato pele a pele e ter seu cordão umbilical clampeado tardiamente.
Alternativa B correta.
(UNICAMP/SP/ 2020) Criança a termo, nasce com boa vitalidade, chorando, tônus muscular em flexão. O recém-nascido é colocado sobre o
abdome da mãe. O CLAMPEAMENTO DO CORDÃO DEVE SER REALIZADO:
A) Imediatamente após o nascimento.
B) Até 30 segundos após o nascimento.
C) Entre 30 a 60 segundos após o nascimento.
D) De um a três minutos após o nascimento.
COMENTÁRIOS:
O clampeamento tardio do cordão umbilical em RNs maiores de 34 semanas, com boa vitalidade, deve ser realizado de 1 a 3 minutos após
o nascimento.
Alternativa D correta.
NÃO SE ESQUEÇA!
CAI NA PROVA
(Famerp/SP/2019) Recém-nascido, 37 semanas de idade gestacional, nasceu de parto cesárea, banhado com líquido amniótico meconial, em
boas condições com choro vigoroso e tônus muscular em flexão. Qual a conduta a ser tomada com esse RN logo após o nascimento?
A) Clampear o cordão umbilical 1-3 minutos depois da sua extração completa da cavidade uterina e conduzir à mesa de reanimação para
aspiração e lavagem gástrica devido a presença de mecônio
B) Clampear o cordão umbilical 1-3 minutos depois da sua extração completa da cavidade uterina secar o corpo e o segmento cefálico com
compressas aquecidas e deixar o RN em contato pele-a-pele com a mãe e avaliar a sua vitalidade continuadamente.
C) Clampeamento imediato do cordão umbilical pelo mecônio e a seguir deixar o RN em contato pele-a-pele com a mãe, se frequência
cardíaca do RN for maior que 100 bpm e avaliar a sua vitalidade continuadamente.
D) Aspiração das vias aéreas ao desprendimento do polo cefálico do concepto, clampeamento imediato do cordão umbilical e, a seguir,
condução à mesa de reanimação, indicando-se os passos iniciais da estabilização.
COMENTÁRIOS:
Ignore o aspecto do líquido amniótico! O bebê tem mais de 34 semanas, está chorando e tem bom tônus. Então, deixe-o em contato pele
a pele com a mãe, seque e retire campos úmidos, clampeie o cordão tardiamente, 1 a 3 minutos após o parto, e observe clinicamente.
Alternativa B correta.
(Hmaspe/SP/ 2019) RN de parto normal, após período expulsivo prolongado, a termo; bolsa rota 15 minutos antes do parto, com saída de
líquido amniótico meconial e espesso. Com relação à conduta para este bebê em sala de parto, assinale a alternativa CORRETA:
A) O clampeamento do cordão umbilical deverá ser imediato mesmo que a criança apresente boas condições de vitalidade.
B) O contato pele a pele é permitido se o recém-nascido está bem, com bom tônus e respirando regularmente.
C) Ele deverá ser encaminhado para a mesa de recepção imediatamente para que sejam iniciadas as manobras de reanimação.
D) Casos apresente respiração irregular e/ou hipotonia ao nascimento, o ínicio de ventilação com pressão positiva é posterior à aspiração
traqueal.
E) Deve-se aplicar ventilação com pressão positiva por tubo traqueal em ar ambiente.
COMENTÁRIOS:
Novamente, o examinador tenta enganá-lo com o aspecto do líquido! Não caia em pegadinhas! Se o RN está com boa vitalidade, encaminhe-o
para o contato pele a pele, clampeie tardiamente o cordão, seque e retire campos úmidos e incentive a amamentação na primeira hora.
Alternativa B correta.
(HCPA/RS/2019) O atendimento a um recém-nascido (RN) com idade gestacional de 39 semanas e 5 dias, choroso, com tônus em flexão,
líquido amniótico meconial, cianose de extremidades e frequência cardíaca de 120 bpm, inclui uma série de etapas. Considere as propostas
abaixo. I. Secar o corpo e cabeça com compressas aquecidas. II. Propiciar contato pele a pele com a mãe. III. Realizar clampeamento do cordão
umbilical 1-3 minutos após a extração completa do RN da cavidade uterina. Quais são as corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) I, II e III
COMENTÁRIOS:
Aqui a pegadinha é dupla, com líquido amniótico meconial e cianose de extremidades! Ele ainda fala em medida de frequência cardíaca.
Ignore todas essas informações e foque nas perguntas. O RN é maior de 34 semanas, chora e tem tônus em flexão. Os passos I, II, III devem,
sim, ser realizados nesse bebê.
Alternativa E correta.
(UFSC - 2018) Após nascimento por parto normal, criança a termo banhada em líquido amniótico com mecônio espesso, evidenciando bom
tônus muscular e choro forte deverá:
A) ser encaminhada imediatamente ao berço aquecido para ter as vias aéreas aspiradas após posicionamento do pescoço, secada e avaliada
a seguir.
B) ser colocada sobre o abdômen materno, secada, coberta com campos e o seu cordão umbilical clampeado tardiamente.
C) receber ordenha de cordão umbilical com posterior clampeamento e avaliação da respiração.
D) ter as vias aéreas aspiradas e, na presença de mecônio, realizar intubação traqueal para aspiração.
E) ser submetida à laringoscopia e, se visualizados grumos de mecônio, proceder intubação para aspirar a traqueia.
COMENTÁRIOS:
A última, para fixar! Reparou como os examinadores gostam de tentar enganá-lo com o aspecto do líquido? Mas, o RN está chorando e
com bom tônus, então coloque-o em contato pele a pele com a mãe, seque e retire campos úmidos, clampeie tardiamente o cordão, 1 a
3 minutos após o parto, e observe clinicamente.
Alternativa B correta.
Observe, meu caro Estrategista que, no caso de um menor de 34 semanas, mas com boa vitalidade, você também realizará o
contato pele a pele e o clampeamento tardio do cordão, mas, ATENÇÃO, por um TEMPO MENOR: de 30 a 60 segundos, pois eles tendem a
desestabilizar-se mais rapidamente.
Após os procedimentos, sempre levar à mesa de reanimação e realizar os cuidados iniciais.
São eles:
CAI NA PROVA
(SUS – SP 2020) Gestante com 35 anos de idade, internada em uso de drogas hipotensoras, idade gestacional de 33 semanas e 6 dias evolui
com pré-eclâmpsia grave e tem a cesárea indicada. A equipe de neonatologia é avisada do caso e recebe o recém-nascido pré-termo, que
após a total extração do corpo materno mostra-se ativo e com choro vigoroso. A melhor conduta para esse caso, dentre as abaixo, é:
A) Monitorizar o recém-nascido quanto a apneia e/ou respiração irregular, o que indica intubação, que deve ser realizada nos primeiros 60
segundos de vida.
B) Manter a sala de parto com temperatura entre 23 e 25 °C, envolver o corpo do recém-nascido em saco plástico transparente, secá-lo e
colocar touca.
C) Deixar o recém-nascido posicionado no abdome materno e colocar o sensor do oxímetro de pulso no membro superior esquerdo.
D) Deixar o recém-nascido posicionado no tórax materno e clampear o cordão umbilical de imediato.
E) Deixar o recém-nascido aquecido e posicionado no abdome materno por 30-60 segundos antes de clampear o cordão umbilical.
COMENTÁRIOS:
Um RN chorando ou respirando, mas menor de 34 semanas, deve ir ao contato pele a pele, ter seu cordão clampeado tardiamente, porém
com o tempo total de 30 a 60 segundos e, após, ser levado à mesa de reanimação.
Alternativa E correta.
2. Respira ou chora?
3. Tem bom tônus?
Esses bebês não são o foco deste capítulo. Pela importância desse tema, reservamos um capítulo só para eles, o capítulo de reanimação
neonatal.
CAPÍTULO
4.1.1 VACINAS
Ao nascer, o RN recebe duas vacinas:
1. BCG - Em dose única. Protege contra as formas graves de
tuberculose e deve ser aplicada intradérmica em deltoide direito
em todos os RNs maiores de 2.000 gramas. Se ele não apresentar
esse peso ou se for filho de mãe com tuberculose bacilífera,
devemos adiar a aplicação.
ATENÇÃO! Ser filho de mãe HIV positivo NÃO contraindica
a vacinação, pois o RN ainda não pode ser considerado
imunodeficiente.
2. Hepatite B - Primeira dose. Deve ser aplicada intramuscular, na coxa, em todos RNs, independentemente da idade gestacional
e peso, em 12 a 24 horas de vida.
Mais detalhes sobre esse assunto podem ser vistos no capítulo “Imunizações”.
CAI NA PROVA
(UEPA/PA/2020) RNT, PIG, nascido de parto normal, mãe com relato de DHEG durante gestação. Apgar 7/9. Peso nascimento: 2100g; Estatura:
48 cm; Pc: 34 cm; Boa sucção ao seio materno. Sem alterações ao exame físico. Antes da alta, o paciente deverá receber as seguintes vacinas:
A) BCG e Hepatite B
B) Hepatite B e tríplice viral
C) Apenas Hepatite B
D) Apenas BCG
E) Apenas Tríplice viral
COMENTÁRIOS:
Ao nascer, o bebê recebe duas vacinas:
• BCG, para todos os RNs com mais de 2.000 gramas, antes da alta hospitalar.
• Hepatite B, todos os RNs, independentemente do peso, em até 12 a 24 horas de vida.
Alternativa A correta.
(SES DF 2017) Lactente de um mês de idade é levado à unidade básica de saúde para sua segunda consulta de puericultura. A mãe relata que o
paciente está em aleitamento materno exclusivo, peso = 4.125 g (peso de nascimento = 3.620 g), comprimento de 53 cm, e perímetro cefálico
de 36 cm. Com base nessa situação, e considerando os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue o item a seguir:
O médico ao conferir a caderneta de vacinação desse paciente, deve encontrar registro das vacinas BCG e contra meningite C, que são as
realizadas logo ao nascimento.
A) CERTO.
B) ERRADO.
COMENTÁRIOS:
Errado.
As vacinas realizadas ao nascimento são BCG e hepatite B.
4.1.2 VITAMINA K
A vitamina K é essencial para a coagulação sanguínea. Ela é lipossolúvel e atua como precursora do ácido gama carboxiglutâmico, que
entra na formação dos fatores de coagulação II (protrombina), VII, IX e X no fígado. Eles serão vistos com maiores detalhes no capítulo de
hemostasia.
Como ela tem pouca passagem placentária, e por meio do leite materno, todo neonato tem, em potencial, deficiência dessa vitamina.
Sendo assim, eles devem receber a profilaxia intramuscular na coxa, independentemente da idade gestacional e do peso ao nascer.
A doença causada por essa deficiência é chamada de doença hemorrágica do recém-nascido. Vamos conhecê-la.
CAI NA PROVA
(PUC/RS/2016) A doença hemorrágica do recém-nascido por deficiência de vitamina K pode estar associada ao uso materno de
A) Fenitoína.
B) Lidocaína.
C) Metildopa.
D) Propranolol.
E) Propiltiouracil.
COMENTÁRIOS:
Observe que, conforme foi dito, esse assunto é controverso na literatura, porém alguns autores defendem a fenitoína e o fenobarbital
como causadores de doença hemorrágica precoce. Então, a correta é alternativa A, fenitoína.
Alternativas B, C, D e E incorretas, pois não há relato na literatura de interferência desses medicamentos na síntese da vitamina K.
Correta a alternativa A.
APT teste.
CAPÍTULO
Todos os RNs devem realizar os testes de triagem neonatal. São eles: Teste do Pezinho, Teste do
Coraçãozinho, Teste do Olhinho, Teste da Orelhinha e Teste da Linguinha.
5 .1 TESTE DO PEZINHO
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Neste capítulo, vamos focar no Teste do Pezinho, no que diz respeito à técnica de triagem de cada doença. Você saberá mais sobre elas
estudando os capítulos próprios de cada uma, certo?
São elas:
5.1.1.1 FENILCETONÚRIA
A fenilcetonúria é uma doença causada por um erro inato do metabolismo, que leva à inativação ou diminuição da enzima fenilalanina
hidroxilase e ao acúmulo do aminoácido fenilalanina no sangue. Sem tratamento, leva ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor,
convulsões e retardo mental.
A triagem neonatal é realizada a partir da dosagem quantitativa da fenilalanina (FAL) sanguínea. Duas amostras distintas positivas
definem o diagnóstico.
Para diagnóstico da doença, o neonato deve estar alimentando-se há pelo menos 48 horas para que a fenilalanina se acumule no
sangue e seu excesso seja então diagnosticado, impedindo um falso negativo.
O tratamento deve ser um uma dieta com baixo teor de fenilalanina, baseado em fórmulas especiais sem esse aminoácido, e
acompanhamento com nutricionista.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Erros inatos do metabolismo”.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Hipotireoidismo congênito”.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Doença falciforme”.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Fibrose cística”.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Hiperplasia adrenal congênita”.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Erros inatos do metabolismo”.
Essa doença é a mais recente adição ao Teste do Pezinho, então, fique atento às questões mais antigas! Além disso,
há grande chance de ser cobrada em provas futuras!
A toxoplasmose congênita é uma doença infecciosa que acomete o feto por meio da placenta. É causada pelo
protozoário Toxoplasma gondii. O diagnóstico materno é feito por meio de sorologias no pré-natal. A maioria das crianças
nasce assintomática e pode desenvolver a clássica tétrade, chamada “tétrade de Sabin”: coriorretinite, hidro ou microcefalia,
calcificações cerebrais e retardo mental”.
No Teste do Pezinho, a triagem é feita pela análise do anticorpo IgM antitoxoplasma.
O tratamento é medicamentoso, com o uso de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.
O Teste do Pezinho oferecido pelo SUS é dito “básico”, pois contempla apenas sete doenças. Os laboratórios particulares oferecem o
chamado Teste do Pezinho ampliado, que nas opções mais completas podem rastrear mais de 50 doenças, como galactosemia, deficiência de
G6PD e aminoacidopatias.
Quanto às questões de Residência Médica, a grande maioria cobra que você saiba o nome das
doenças triadas pelo Teste do Pezinho.
CAI NA PROVA
(UCPEL – RS 2016) Qual das seguintes doenças, abaixo listadas, NÃO faz parte daquelas diagnosticadas através do Teste do Pezinho
disponibilizado em todo o Brasil pelo Ministério da Saúde?
A) Fibrose cística.
B) Deficiência de G6PD.
C) Hemoglobinopatias.
D) Fenilcetonúria.
E) Hipotireoidismo congênito
COMENTÁRIOS:
Lembre–se sempre do mnemônico: “3 Horas, 2 Festas, Tô De Boa”. As doenças triadas pelo Teste do Pezinho são: Hiperplasia adrenal
congênita, Hipotireoidismo congênito, Hemoglobinopatias, Fibrose cística, Fenilcetonúria, Toxoplasmose congênita e Deficiência de
Biotinidade. Deficiência de G6PD não faz parte delas.
Alternativa B correta.
5 .2 . TESTE DO CORAÇÃOZINHO
O teste de triagem cardiológica, popularmente conhecido como “Teste do Coraçãozinho”, foi implementado no Brasil em 2014 no
âmbito do Sistema Único de Saúde, para todos os RNs nascidos tanto no sistema público quanto no privado.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o capítulo “Cardiopatias congênitas”.
5.2.2 O TESTE
Deve ser realizado em todos os RNs com idade gestacional superior a 34 semanas, entre 24 e 48 horas de vida, ou seja, antes do
fechamento do canal, por profissional capacitado, e tem 75% de sensibilidade e 99% de especificidade.
A medida é feita por meio de um oxímetro de pulso, medindo a saturação pré-ductal no membro superior direito e a pós-ductal de
um dos membros inferiores.
O teste é considerado normal se o resultado for saturação maior ou igual a 95% em todos os membros e a diferença entre as medidas
for menor que 3%. Se a saturação for menor que 95% em um dos membros ou a diferença for maior ou igual a 3%, ele é considerado alterado
e positivo. Diante desse resultado, é recomendado repetir o teste em uma hora, tendo a certeza de que o bebê está com os membros
aquecidos e bem perfundidos. Caso permaneça positivo, a indicação é realizar ecocardiograma em até 24 horas.
É importante salientar que o teste não afasta a necessidade de um exame físico detalhado e que, como tudo em medicina, a clínica é
soberana! Frente a um exame físico alterado, mesmo com o Teste do Coraçãozinho normal, devemos realizar ecocardiograma.
CAI NA PROVA
(USP/SP/2019) Um recém-nascido de termo, adequado para a idade gestacional, com Apgar de 5, 8 e 9 no primeiro, quinto e décimo minutos
de vida, é submetido, com 30 horas de vida, ao Teste de triagem cardiológica. A Saturação de oxigênio do membro superior direito e do
membro inferior esquerdo foram de 94% e 96%, respectivamente. Sobre este resultado, podemos afirmar que:
A) O teste está alterado, devendo ser repetido em 1 hora e, se permanecer alterado, indicar ecocardiograma.
B) O teste está normal, sem necessidade de repetir o exame ou fazer qualquer investigação complementar.
C) O resultado do teste não pode ser levado em consideração, pois foi realizado antes de 48 horas de vida.
D) O resultado deve ser desconsiderado, pois foi utilizado o membro inferior contralateral em relação ao membro superior.
COMENTÁRIOS:
A criança em questão apresenta uma medida menor que 95%, portanto o exame está alterado. A conduta é repetir em uma hora e, se
persistir anormal, realizar ecocardiograma em até 24 horas.
Correta a alternativa A.
5 .3 TESTE DO OLHINHO
O teste de triagem oftalmológica ou do reflexo vermelho, popularmente conhecido como “Teste do Olhinho”, tornou-se obrigatório em
2016 no âmbito do Sistema Único de Saúde, para todos os RNs nascidos tanto no sistema público quanto no privado.
5.3.2 O TESTE
Deve ser realizado antes da alta em todos os recém-natos, por meio de um oftalmoscópio, por médico capacitado. Em um ambiente
escuro, ele incide a luz do aparelho, a 30 cm do paciente, nos dois olhos do bebê, e observa a presença do retorno do reflexo vermelho
retiniano. Não há necessidade de colírios nem dilatação da pupila.
A presença do reflexo vermelho bilateral indica um exame normal. Quando o reflexo estiver ausente em um ou dois olhos, ou o
resultado for duvidoso, o bebê deve ser encaminhado para o oftalmologista para avaliação.
CAI NA PROVA
(UNB – DF 2020) Um recém-nascido prematuro tardio com 48 horas de vida encontra-se no alojamento conjunto de uma maternidade,
aguardando o momento da alta. O médico assistente realizou os testes de triagem obrigatórios e encontrou os seguintes resultados: TSH =
20 mUI/mL (VR < 10 mUI/mL); saturação de O₂ pré-ductal e pós-ductal em primeira medida = 95% e 91%, respectivamente; teste do reflexo
vermelho do olho = presente bilateralmente; emissões otoacústicas = não passou em um dos ouvidos. A respeito do caso clínico precedente,
julgue o item subsecutivo. Haja vista o resultado do chamado teste do olhinho, é correto afirmar que esse recém-nascido não apresenta
opacidade da córnea, catarata congênita, hemorragia vítrea nem tumores da retina (retinoblastoma).
A) CERTO
B) ERRADO
COMENTÁRIOS:
Certo.
O Teste do Olhinho consiste em incidir luz na pupila do bebê por meio de um oftalmoscópio e observar se há passagem dela pelas
estruturas oculares. Se positivo, enxergamos o reflexo vermelho retiniano, isso quer dizer que não há nada impedindo a passagem da luz,
como um retinoblastoma, opacidade da córnea, catarata ou hemorragias.
5 .4 TESTE DA ORELHINHA
O teste de triagem auditiva neonatal, popularmente conhecido como “Teste da Orelhinha”, foi tornado obrigatório em 2010 no âmbito
do Sistema Único de Saúde para todos os RNs nascidos tanto no sistema público quanto no privado.
5.4.2 O TESTE
O teste deve ser realizado, preferencialmente, entre 24 e chegam até a cóclea e mede-se o retorno deles. Esse retorno
48 horas de vida, ainda na maternidade. Não deve ultrapassar 30 classifica o teste em normal. Caso a resposta não seja satisfatória,
dias de vida, a não ser nos casos em que a saúde da criança não o teste deve ser repetido de imediato e, se a falha persistir, deve
permita sua realização. ser realizado o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico
Para bebês saudáveis e sem fatores de risco, utiliza-se o (PEATE).
exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), por ser um O PEATE avalia a via neural até o tronco cerebral. É um exame
teste rápido, simples e capaz de identificar a maioria das perdas mais complexo, feito em centros especializados e que muitas vezes
auditivas cocleares, que é a principal causa da deficiência nesses necessita de sedação do paciente.
bebês. Durante o teste, sons são emitidos através da orelha externa,
CAI NA PROVA
(UNB – DF 2020) Um recém-nascido prematuro tardio com 48 horas de vida encontra-se no alojamento conjunto de uma maternidade,
aguardando o momento da alta. O médico assistente realizou os testes de triagem obrigatórios e encontrou os seguintes resultados: TSH =
20 mUI/mL (VR < 10 mUI/mL); saturação de O₂ pré-ductal e pós-ductal em primeira medida = 95% e 91%, respectivamente; teste do reflexo
vermelho do olho = presente bilateralmente; emissões otoacústicas = não passou em um dos ouvidos. A respeito do caso clínico precedente,
julgue o item subsecutivo. Indica-se a realização do teste de potencial evocado auditivo do tronco encefálico (PEATE).
A) CERTO
B) ERRADO
COMENTÁRIOS:
Errado.
O Teste da Orelhinha em RNs saudáveis deve ser realizado com o teste de emissões otoacústicas evocadas. Caso apresente alterações,
deve ser repetido e, se persistir, deve ser feito o teste de potencial evocado auditivo do tronco encefálico.
5 .5 TESTE DA LINGUINHA
Esse teste está previsto em lei desde 2014. Consiste em examinar o frênulo lingual do RN e avaliar anquiloglossia. Caso ela seja severa,
deve ser indicada frenotomia sublingual já na maternidade.
A Sociedade Brasileira de Pediatria pediu a revogação da lei de 2014, alegando que a frequência do distúrbio é baixa e que o exame da
cavidade oral já faz parte do exame físico do bebê. A SBP também argumenta que não há um padrão-ouro para avaliação da anquiloglossia e
critica o protocolo utilizado para reconhecimento e seguimento do paciente afetado.
5 .6 TESTE DA BOLINHA
Consiste em avaliar a descida dos testículos no bebê, caso ela não ocorra, é chamada de criptorquidia. Não há lei obrigando sua
realização, mas ela faz parte do exame físico do neonato logo após o nascimento. Pacientes que apresentarem criptorquidia devem ser
encaminhados a um cirurgião pediátrico.
Confira um resumo das condutas frente a alterações nos Testes de Triagem:
Teste do
Repetir em 1 hora Alterado Ecocardiograma
coraçãozinho
Teste da
orelhinha Repetir de imediato Alterado PEATE
(EOAE)
Teste da
Frenulectomia
linguinha
CAPÍTULO
6 .1 IDADE GESTACIONAL
A idade gestacional de nascimento do bebê pode ser calculada de três formas:
• A partir da data da última menstruação da mãe.
• A partir da data estimada por ultrassonografia.
• Pela avaliação clínica do RN.
Atualmente, a recomendação é o cálculo por meio da segunda opção. Se a ultrassonografia for realizada no primeiro trimestre
(idealmente antes de 14 semanas), ela é a mais fidedigna.
• PRÉ-TERMOS
Também chamados de prematuros, os pré-termos são todos recém-nascidos que nasceram com menos de 37 semanas de idade
gestacional.
Dentro dessa classificação, há várias subdivisões, com grandes diferenças, afinal, um bebê que nasce com 36 semanas costuma
apresentar menor morbimortalidade do que um que nasce com 26 semanas.
Esse grupo, então, é subdividido dessa forma:
• TERMOS
São todos aqueles bebês que nascem entre 37 semanas até 41 semanas e 6 dias de idade gestacional.
O “American College of Obstetricians and Gynelogists”, considera uma subdivisão que é adotada em alguns livros de pediatria e
neonatologia, podendo aparecer na sua prova!
• PÓS-TERMOS
Por fim, os nascidos após 42 semanas são considerados pós-termos. Vale ressaltar que esses RNs apresentam maior risco de
hipoglicemia, asfixia perinatal e de óbito fetal intraútero.
RESUMINDO!
6 .2 PESO AO NASCIMENTO
O peso do neonato ao nascer também é utilizado para classificação. Consideramos que:
Por fim, podemos relacionar os fatores idade gestacional e peso de nascimento a partir de curvas de crescimento padronizadas.
Atualmente, a mais utilizada no mundo por orientação da Organização Mundial da Saúde, também adotada pela Sociedade Brasileira de
Pediatria e pelo Ministério da Saúde, é a Curva de Crescimento do Intergrowth-21th. Outras utilizadas são a de Fenton e Lubchenco. Mas,
não se preocupe em decorá-las, o que você precisa saber é a classificação do RN! Elas são divididas em:
• Pequeno para idade gestacional (PIG): aqueles com peso de nascimento MENOR do que o percentil 10 para a idade
gestacional.
• Adequado para idade gestacional (AIG): aqueles com peso de nascimento ENTRE o percentil 10 e o percentil 90 para a idade
gestacional.
• Grande para idade gestacional (GIG): aqueles com peso de nascimento MAIOR do que o percentil 90 para a idade gestacional.
O menino A é pequeno para idade gestacional, o B, adequado para idade gestacional, e o C, grande para idade gestacional.
PRÉ-TERMOS
• Extremos: <27 semanas e 6 dias.
• Muito pré-termo: 28 a 31 semanas e 6 dias. Extremo baixo peso ao nascer:
• Moderado: 32 a 36 semanas e 6 dias. < 1.000 g. Pequeno para idade gestacional
• Tardios: 34 a 36 semanas e 6 dias. (PIG): percentil <10.
Muito baixo peso ao nascer:
TERMOS 1.499 g a 1000 g. Adequado para idade gestacional
• 37 semanas até 41 semanas e 6 dias. (AIG): percentil entre 10 e 90.
• Precoce: 37 a 38 semanas e 6 dias. Baixo peso ao nascer:
• Completo: 39 a 40 semanas e 6 dias. < 2.500 g até 1.500 g. Grande para idade gestacional
• Tardio: 41 a 41 semanas e 6 dias. (GIG): percentil >90.
Macrossômico: >= 4.000 g.
CAI NA PROVA
(UFCG/PB/ 2020) Recém-nascido de parto cesárea de urgência devido a descolamento prematuro de placenta na 24ª semana de gestação
pesando 840g (peso acima do percentil 10 na curva de Lubchenco) é classificado corretamente como:
A) RNPT AIG BAIXO PESO.
B) RNPT PIG MUITO BAIXO PESO.
C) RNPT PIG EXTREMO BAIXO PESO.
D) RNPT AIG EXTREMO BAIXO PESO.
E) RNPT GIG BAIXO PESO.
COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, RN de 24 semanas é classificado como pré-termo, certo? Menores de 27 semanas e 6 dias são pré-termos extremos.
Vamos seguir: ele apresenta peso de 840 g, então de extremo baixo peso. Ficamos apenas com as alternativas C e D.
De acordo com as curvas de crescimento que relacionam peso e idade gestacional (Lubchenco é uma dessas curvas), os nascidos com peso
para idade gestacional entre o percentil 10 e percentil 90 são chamados de adequados para idade gestacional (“AIG”). Então, a criança é
RNPT AIG EXTREMO BAIXO PESO.
Correta a alternativa D.
Atenção aqui!
Muitos estudantes confundem os conceitos “crescimento
intrauterino restrito” com “PIG”, mas eles não são sinônimos!
CIUR, também chamado de Restrição de Crescimento dependendo da causa e da época da gestação. Há uma classificação
Intrauterino (RCIU), indica que houve uma redução do crescimento de bebês com restrição de crescimento intrauterino que também
esperado pela avaliação ultrassonográfica inicial, ou seja, o cai em provas de Residência Médica:
potencial de crescimento não foi atingido. Enquanto PIG é aquele • Proporcionados ou simétricos (tipo 1): quando todos os
que nasce abaixo do percentil 10 da curva de crescimento. Assim parâmetros - peso, perímetro cefálico e o comprimento são
menores do que o percentil 10 para a idade gestacional de
sendo, nessa classificação, também estão incluídas as crianças que
nascimento. Indica uma restrição gestacional mais precoce,
tiveram crescimento adequado no decorrer da gravidez.
afetando o feto às vezes desde a embriogênese, como nas
Vamos exemplificar: uma ultrassonografia de primeiro
infecções congênitas e síndromes genéticas.
trimestre definia como alvo um peso de 3.000 g, mas nasceu • Desproporcionados ou assimétricos (tipo 2): quando apenas
um bebê de 37 semanas, com 2.400 g. Ele sofreu CIUR, mas, se o peso está abaixo do percentil 10 para idade gestacional, o
colocarmos na curva, ele está acima do percentil 10 e é considerado perímetro cefálico e o comprimento estão normais. Nesse caso, a
AIG. causa da restrição de crescimento costuma ser tardia, no terceiro
A partir desses dois conceitos, podemos afirmar que a trimestre de gestação, afetando pouco o crescimento do polo
cefálico e dos ossos longos e mais o ganho de peso. Isso acontece
maioria dos RNs com CIUR é PIG, mas nem todo PIG tem CIUR e
em casos de insuficiência placentária, tabagismo, alcoolismo, uso
nem todo RN com CIUR é PIG.
de alguns medicamentos, doenças ou até desnutrição materna e
As alterações do crescimento podem modificar o peso,
é a classificação mais comum.
o comprimento e o perímetro cefálico de formas diferentes,
CAI NA PROVA
(IAMSPE/SP/2018) Um Recém-Nascido (RN), com idade gestacional de 33 semanas e 2/7, que apresenta, ao exame físico, perímetro cefálico,
peso e comprimento abaixo do percentil 10 da curva de crescimento intrauterino de referência, deve ser classificado como:
A) RN pré-termo tardio, adequado para a idade gestacional.
B) RN de termo precoce, pequeno para a idade gestacional desproporcional.
C) RN pré-termo moderado, pequeno para a idade gestacional desproporcional.
D) RN pré-termo tardio, pequeno para a idade gestacional proporcional.
E) RN pré-termo moderado, pequeno para a idade gestacional proporcional.
COMENTÁRIOS:
Aqui temos um RN com idade gestacional de 33 semanas e 2 dias, ou seja, pré-termo moderado. O peso abaixo do percentil 10 classifica o
bebê em pequeno para a idade gestacional. Ficamos apenas com as alternativas C e E. Se as outras medidas também estão abaixo do p10,
ele é considerado simétrico ou proporcional.
Correta a alternativa E.
CAPÍTULO
Caro Estrategista, este tópico é muito extenso, porém você vai ver que a maioria dos conceitos serão vistos em capítulos
específicos, então vamos focar no que é importante para resolvermos as questões de prova, ok?
O exame físico do RN deve ser realizado em três momentos. Além disso, é esperado que, pelo menos uma vez por dia,
1. Na sala de parto – avaliamos o Apgar e fazemos um exame o recém-nascido seja avaliado pelo pediatra durante a internação
físico resumido. hospitalar.
2. Até 24h de vida – realizamos um exame detalhado.
3. Exame físico de alta.
Na sala de parto, após os cuidados já mencionados, o pediatra deve fazer um primeiro exame físico sumário do bebê.
Segue uma tabela para que você entenda melhor! TEM QUE DECORAR! Ela é presença constante em provas teóricas e práticas!!
BOLETIM DE APGAR
NOTA/ PONTUAÇÃO
SINAIS CLÍNICOS
0 1 2
CAI NA PROVA
(USP/SP/ 2020) Na sala de parto um recém-nascido de termo é seco e estimulado ao nascer, está em apneia, hipotônico e cianótico com
frequência cardíaca de 70 bpm. Com um minuto de vida, continua cianótico, hipotônico e tem uma frequência cardíaca de 70 bpm, respirando
irregularmente a uma taxa de 15 respirações por minuto e faz algumas caretas durante a estimulação, mas não chora. A equipe segue as
diretrizes apropriadamente, faz ventilação com pressão positiva com máscara. Aos 5 minutos, a frequência cardíaca subiu para 90 bpm, o
tronco ficou corado (mas as mãos e os pés permanecem cianóticos), está respirando espontaneamente e tem melhora do tônus flexor, mas
não se movimenta ativamente. Aos 10 minutos, o lactente está chorando, respirando, se movimentando ativamente, completamente corado
e com frequência cardíaca de 120 bpm. Quais notas foram as pontuações do Boletim de Apgar dessa criança?
A) 3, 6 e 10.
B) 3, 7 e 9.
C) 4, 6 e 9.
D) 4, 7 e 10.
COMENTÁRIOS:
Vamos lá, avaliaremos cada minuto.
1º minuto:
Frequência cardíaca 1 + respiração 1 + irritabilidade 1 +tônus 0 + cor 0 = 3.
5º minuto:
Frequência cardíaca 1 + respiração 2 + irritabilidade (?) +tônus 1 + cor 1= 5 a 7, pois o examinador não traz a resposta da irritabilidade aos
estímulos.
No 10º minuto, ele está totalmente recuperado. Aqui, mais uma vez, não temos a irritabilidade, mas, sem brigar com a questão, uma
criança que está ativa e chorando só pode ter nota 2 nesse quesito.
Frequência cardíaca 2 + respiração 2 + irritabilidade 2 +tônus 2 + cor 2 = 10
A única alternativa possível é 3, 6 e 10.
Correta a alternativa A.
• Atitude do RN. Consiste na posição do bebê, que normalmente é em flexão, com movimentação simétrica dos quatro membros. Se
houver alguma assimetria, devemos pensar em fraturas ou lesões nervosas, como lesão do plexo braquial.
• Abdome: avaliamos a presença de visceromegalias, a integridade da parede abdominal, que pode apresentar malformações, como
gastrosquise ou onfalocele.
ATENÇÃO! NÃO CONFUNDA GASTROSQUISE E ONFALOCELE!
Na onfalocele, há uma membrana revestindo o intestino, na gastrosquise o intestino está exposto.
Figura: onfalocele.
Cordão umbilical.
CAI NA PROVA
(FACULDADE DE MEDICINA DO JUNDIAÍ 2020) No exame do umbigo do recém-nascido (RN), qual é o número normal de vasos do cordão
umbilical?
A) Duas artérias e uma veia.
B) Uma artéria e uma veia.
C) Uma artéria e duas veias.
D) Duas artérias e duas veias.
E) Uma única veia.
COMENTÁRIOS:
O cordão umbilical é composto por duas artérias e uma veia (AVA).
Correta a alternativa A.
• Períneo: examinamos a genitália, pesquisando sinais de • Dorso: inspecionamos e palpamos a coluna e sua integridade,
ambiguidade sexual. Em meninos, devemos fazer a palpação dos procurando a presença de malformações mais evidentes, como
testículos (palpar pelo menos um testículo para confirmar sexo mielomeningocele.
masculino). Também olhamos a cicatriz anal.
Ainda na sala de parto, realizamos também as medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico, torácico e abdominal.
A média de peso para um RN de 39 semanas é de 3.200 g; com 34,2 cm de perímetro cefálico; o perímetro torácico costuma ter 2 cm
a menos que o cefálico, e o abdominal, 3 cm a menos.
Por fim, devemos estimar a idade gestacional.
• IDADE GESTACIONAL
Por meio do exame físico do bebê, verificamos se é compatível com a idade gestacional materna já calculada. O método mais utilizado
atualmente (também o que mais cai nas provas de Residência Médica) é o método de Capurro somático.
Ele avalia cinco parâmetros:
◦ Textura da pele.
◦ Forma da orelha.
◦ Glândulas mamárias.
◦ Formação do mamilo.
◦ Pregas plantares.
Para cada um desses parâmetros, é dada uma nota, como você verá logo abaixo. Somamos essas notas, adicionamos 204 e dividimos
esse valor por 7, o resultado é a idade gestacional estimada para o bebê.
Esse método é recomendado para os bebês com IG > 30 semanas.
MÉTODO DE CAPURRO
Textura da Pele
• 0 → muito fina
• 5 → fina e lisa
• 10 → algo mais grossa, discreta descamação superficial
• 15 → grossa, marcas superficiais, descamação em mãos e pés
• 20 → grossa, enrugada, marcas mais profundas
Forma da Orelha
Glândulas Mamares
• 0 → não palpável
• 5 → palpável, menor que 5mm
• 10 → palpável, entre 5 e 10mm
• 15 → palpável maior que 10mm
Formação do Mamilo
• 0 → apenas visível
• 5 → aréola visível, discreta pigmentação, diâmetro menor que 0,75cm
• 10 → aréola visível, pigmentada, borda não pontuada, diâmetro menor que 0,75cm
• 15 → aréola visível, pigmentada, borda pontuada, diâmetro menor que 0,75cm
Pregas Plantares
• 0 → sem pregas
• 5 → marcas mal definidas sobre a parte anterior da planta
• 10 → marcas bem definidas na metade anterior da planta e sulcos no terço anterior
• 15 → sulcos na metade anterior da planta
• 20 → sulcos em mais da metade anterior da planta
CAPURRO SOMÁTICO:
(204 + pontos obtidos na avaliação do RN) / 7 = Idade Gestacional Em Semanas
CAI NA PROVA
(UESPI/PI/ 2018) O exame físico do recém-nascido a termo apresenta peculiaridades em relação ao do neonato prematuro. Na estimativa de
idade gestacional, os seguintes achados do exame físico neonatal são considerados para essa definição, EXCETO:
A) Aspecto das pregas plantares
B) Aspecto dos mamilos
C) Forma das orelhas
D) Aspecto do frênulo lingual
E) Textura da pele
COMENTÁRIOS:
O método de Capurro para avaliação de idade gestacional analisa cinco parâmetros somáticos: textura da pele, pregas plantares, glândulas
mamárias, formação do mamilo e formação da orelha. Não consideramos o frênulo lingual.
Correta a alternativa D.
Para avaliar os pré-termos extremos, utilizamos o New Ballard, que avalia aspectos somáticos e neurológicos. Esse método pode ser
feito nos RNs com 20 a 40 semanas de idade gestacional. Ele é pouco cobrado em provas, pois é bastante complexo. Vamos apenas citar os
parâmetros avaliados:
• Mobilidade articular.
• Aspecto da pele.
• Presença de lanugo.
• Marcas na superfície plantar.
• Desenvolvimento de olhos e orelhas.
• Aspecto da genitália.
O exame físico minucioso, feito no recém-nascido no alojamento conjunto, deve ser realizado, preferencialmente, antes de o bebê
completar 24 horas de vida. O Ministério da Saúde orienta que seja efetuado antes de 12 horas de vida.
Deve ser realizado com o bebê todo despido, em um ambiente calmo e bem iluminado, sempre que possível na presença dos pais,
permitindo o esclarecimento de eventuais dúvidas. Para não esquecer nada, o sugerido é sistematizar: primeiro estado geral, depois da
cabeça até os pés!
• ESTADO GERAL:
Conseguimos avaliar muitas coisas no recém-nascido apenas com o olhar, sem colocar as mãos. É um exame parecido com o já realizado
na sala de parto. Nesse, devemos analisar:
✓ Atividade: costuma ser simétrica e em flexão. Devemos nos perguntar: o bebê está ativo? Se dormindo, está reativo?
✓ Coloração da pele: corado? cianótico? ictérico?
✓ Padrão respiratório: devemos pesquisar sinais de desconforto respiratório, se há ruídos audíveis sem estetoscópio.
✓ Se o bebê estiver dormindo, podemos aproveitar para avaliar a frequência respiratória e a frequência cardíaca.
✓ Se o bebê estiver chorando, devemos nos perguntar: esse choro é inconsolável? Parece dor?
• PELE:
Devemos lembrar que a pele do recém-nascido pode ter uma descamação superficial normal, principalmente se for bebê termo, além
de lanugo, que são pelos finos recobrindo a região do ombro e da escápula e, às vezes, lateral da face.
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Outras lesões mais raras, que vale a pena lembrar, pois já caíram como alternativas em provas, são:
• Nevo sebáceo: bem rara, geralmente é uma placa amarelada, localizada no couro cabeludo, cabeça ou pescoço, com ausência
de cabelos. Trata-se de lesão benigna, com evolução estável até a adolescência, quando pode aumentar de tamanho por estímulo das
glândulas sebáceas.
• Aplasia cútis: é uma ausência localizada e bem demarcada da pele e tecidos subcutâneos. Em geral, ela está localizada no couro
cabeludo e é uma lesão isolada, mas pode estar associada a defeitos na calota craniana como também a algumas síndromes genéticas
(como a síndrome de Patau e síndrome de Adams-Olivier). Lesões pequenas requerem apenas acompanhamento clínico; as mais extensas
podem necessitar de tratamento cirúrgico.
CAI NA PROVA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – 2020) Recém-nascido, sexo feminino, em sua primeira consulta de puericultura aos sete dias de
vida, apresenta lesões em pele desde o terceiro dia de vida. Ao exame físico, observam-se lesões caracterizadas por máculas e pápulas, com
pústulas sobre uma base eritematosa, localizadas principalmente em tronco. Qual o diagnóstico MAIS provável, com a respectiva conduta:
A) Melanose pustulosa neonatal, conduta expectante.
B) Eritema tóxico neonatal, conduta expectante.
C) Acropustulose neonatal, antibioticoterapia tópica.
D) Piodermite, antibioticoterapia tópica.
COMENTÁRIOS:
A questão traz uma lesão que iniciou no terceiro dia de vida, caracterizada por máculas, pápulas e pústulas. O diagnóstico é de eritema
tóxico neonatal, a conduta é expectante, pois o quadro é autolimitado.
Correta a alternativa B.
(IFF RJ 2020) Recém-nascido a termo apresenta, ao nascimento, quadro cutâneo caracterizado pela presença de lesões vesicopustulosas
localizadas no segmento cefálico, tronco e abdome. Ao se romperem, as lesões formam um colarete descamativo periférico e evoluem com
hiperpigmentação discreta e evanescente. A cultura para bactérias, obtida a partir do conteúdo líquido das lesões é negativa e o quadro
citológico do mesmo material revela abundância de neutrófilos e debris celulares. A criança apresenta-se em bom estado geral e afebril. O
diagnóstico mais provável é:
A) Eritema tóxico.
B) Miliária cristalina.
C) Impetigo bolhoso.
D) Melanose pustular transitória.
COMENTÁRIOS:
A melanose pustular transitória, também chamada de melanose pustulosa, são lesões benignas vesicopustulosas presentes já ao
nascimento, autolimitadas e assintomáticas.
Na histologia, há abundância de neutrófilos e debris celulares.
Correta a alternativa D.
Alternativa A incorreta: o eritema tóxico é uma erupção eritematosa, caracterizada por máculas e pápulas, benigna, autolimitada e
idiopática. As lesões iniciam-se normalmente entre 24 e 72 horas de vida e desaparecem em uma a duas semanas.
Alternativa B incorreta: a miliária cristalina é caracterizada por pequenas pápulas branco-amareladas e está relacionada à sudorese.
Alternativa C incorreta: o impetigo bolhoso é caracterizado por vesículas com bactérias no seu interior, portanto a cultura para bactérias
seria positiva.
(UNIRIO 2019) Um lactente com 10 dias de vida é levado ao ambulatório de pediatria para revisão pós-parto. Apresenta mancha marrom
azulada na região lombossacra. Restante do exame físico sem alterações. Tal mancha existe desde seu nascimento e ocupa uma área de
alguns centímetros. O diagnóstico presumível é:
A) Aplasia cútis.
B) Nevo sebáceo.
C) Mancha mongólica.
D) Hemangioma.
E) Miliária rubra.
COMENTÁRIOS:
A mancha mongólica é caracterizada por manchas hipercrômicas de coloração azul acinzentada ou arroxeada, mais tipicamente nas regiões
lombossacra e glútea. É comum e não precisa de tratamento.
Correta a alternativa C.
Alternativa A incorreta: a aplasia cútis é uma doença rara que consiste na ausência da formação completa da pele.
Alternativa B incorreta: o nevo sebáceo é uma placa amarelada, geralmente localizada no couro cabeludo, cabeça ou pescoço, com
ausência de cabelos. Trata-se de lesão benigna, com evolução estável até a adolescência, quando pode aumentar de tamanho por estímulo
das glândulas sebáceas.
Alternativa D incorreta: o hemangioma é o tumor vascular benigno mais observado na infância. Em geral, não está presente ao nascimento
e inicia seu crescimento nos primeiros quinze dias de vida com fase de crescimento rápido até os 6 a 9 meses de vida e regressão lenta em
9 anos. Normalmente, são lesões tumorais de coloração vinhosa e mais comumente localizadas na cabeça e no pescoço.
Alternativa E incorreta: a miliária rubra é causada principalmente por sudorese associada à obstrução das glândulas sudoríparas. A
obstrução é mais profunda na derme, resultando em pequenas pápulas avermelhadas pelo processo inflamatório. Sua aparição é mais
tardia, depois da primeira semana de vida. O tratamento consiste em evitar o aquecimento, utilizando roupas adequadas ao clima.
• CRÂNIO
É importante realizar a palpação do crânio, procurando se há crepitação, principalmente após partos a fórceps ou à vácuo.
Devemos olhar seu formato, procurando assimetrias que podem ser decorrentes da apresentação fetal ou ter sinais de craniossinostose,
que é o fechamento precoce das suturas. Na plagiocefalia, temos achatamento de um dos lados do crânio, dando a impressão de que um dos
lados da cabeça é mais alto que o outro. Na braquicefalia, a largura é maior que o comprimento, e na escafocefalia, a cabeça é longa e estreita.
Palpamos as fontanelas e as suturas ósseas buscando avaliar o tamanho, tensão, abaulamentos, depressões e pulsações. É comum as
sobreposições das bordas dos ossos do crânio (cavalgamento de suturas), especialmente quando houve parto normal.
Quando há fontanela abaulada e suturas afastadas, podemos pensar em aumento da pressão intracraniana, como ocorre na hidrocefalia
ou em casos de hemorragia intracraniana. Quando temos uma fontanela deprimida, pensamos em desidratação. Fontanela aumentada
também pode fazer parte do quadro clínico de hipotireoidismo congênito.
ABAULAMENTOS DO CRÂNIO
Os abaulamentos mais comuns do crânio são a bossa serossanguínea, o cefalohematoma e as hemorragias subgaleais. Vamos diferenciá-
los:
• Bossa serossanguínea: é o abaulamento mais comum. Ela ocorre pelo extravasamento do sangue acima dos ossos do crânio e
é causada pelo próprio trabalho de parto, especialmente se ele for prolongado. A bossa apresenta edema amolecido, sinal de cacifo
(Godet) positivo e estende-se por meio das linhas de sutura. É benigno e desaparece ao longo dos dias.
DICA!
Lembre-se da bossa nova e o quanto ela se estendeu pelo mundo!!
• Cefalohematoma: é uma coleção subperiosteal de sangue, causada pela ruptura de vasos abaixo do periósteo, em partos difíceis ou
a fórceps. Na palpação, há uma massa flutuante que não cruza as linhas de suturas, tem sinal do cacifo negativo e pode demorar semanas
para desaparecer.
• Hemorragias subgaleais: são raras e causadas por coleções de sangue entre a aponeurose que cobre o couro cabeludo e o periósteo
após partos difíceis ou a fórceps. As hemorragias estendem-se por meio das linhas de sutura, mas são firmes e flutuantes, têm sinal do
cacifo negativo e podem aumentar ao longo dos dias. A perda de sangue dessas hemorragias pode ser extensa e com risco de vida, com
sinais de hipovolemia.
Mais raramente, podem ocorrer hemorragias intracranianas decorrentes de tocotraumatismos. Podemos suspeitar desse tipo de
hemorragia no caso de alterações do exame neurológico do recém-nascido, ou na presença de paresias, ou convulsões.
LEMBRETE!
As hemorragias aumentam o risco de icterícia neonatal!
PARA FACILITAR:
BOSSA
CEFALOHEMATOMA HEMORRAGIAS SUBGALEAIS
SEROSANGUINOLENTA
Trabalho de parto
Causa Partos difíceis, fórceps Partos difíceis, fórceps
prolongado
Linhas de
Ultrapassa Não ultrapassa Ultrapassa
sutura
CAI NA PROVA
(UFPB 2021) RN nascido de parto fórceps, 40 semanas de idade gestacional, com P= 4000g apresentando alteração, ao exame físico, sugestiva
de bossa serossanguinolenta. Assinale a alternativa correta a respeito dos sinais que reforçam tal hipótese:
A) Massa mole e mal delimitada (abaixo do couro cabeludo e acima dos ossos), com sinal de Godet positivo.
B) Massa mole e bem delimitada, com sinal de Godet positivo.
C) Massa mole com rebordo periférico palpável e que respeita suturas cranianas.
D) Massa mole sugestiva de sangramento subperióstico.
E) Nenhuma das anteriores.
COMENTÁRIOS:
A bossa é uma massa mole e mal delimitada acima dos ossos do crânio, com sinal do cacifo positivo e que não respeita as suturas cranianas.
Correta a alternativa A.
Incorreta alternativas B e C. O cefalohematoma é uma massa firme, bem delimitada, que respeita as suturas e com sinal de Godet negativo.
Incorreta alternativa D: o sangramento subperióstico corresponde ao cefalohematoma.
(FAMEMA/SP/ 2018) Menino, 2 dias de vida, nascido a termo por parto vaginal após 12 horas de trabalho de parto, apgar 8 e 10, apresenta
tumefação sobre o osso parietal direito, firme nas bordas e flutuante ao centro, e que não transpõe a sutura. O diagnóstico e a complicação
pertinentes ao quadro descrito é
A) cefalohematoma e icterícia acentuada.
B) hemorragia subgaleal e coagulopatia.
C) bossa serossanguínea e equimose periorbitária.
D) hemorragia extradural e paralisia facial.
COMENTÁRIOS:
Massa firme, flutuante e que não ultrapassa as suturas é característica de cefalohematoma. A presença de coleções sanguíneas
extravasculares aumenta o risco de a criança desenvolver icterícia patológica pelo acúmulo de hemácias.
Correta a alternativa A.
• FACE
É importante observar o formato dos olhos nariz, boca e orelhas; procurar estigmas que possam ser compatíveis com síndromes;
avaliar a movimentação muscular, dos olhos e da boca; e examinar orofaringe, gengivas, palato e língua (fazer o Teste da Linguinha)
No palato, podemos encontrar as pérolas de Epstein, que são pequenas formações esbranquiçadas junto à rafe mediana, compostas
de restos celular e muco. Não precisam de tratamento.
Nos olhos, podemos encontrar conjuntivite química secundária ao colírio de nitrato de prata, além de hemorragias conjuntivais pelo
parto, que são afecções normais e não precisam de tratamento.
• TÓRAX • PESCOÇO
Nesse exame, inspeciona-se o tórax para ver seu formato e A palpação pode detectar se houve crescimento anormal da
se há alguma deformidade óssea. Lembre-se que o apêndice xifoide tireoide, se há presença de fístulas, cistos ou linfonodomegalias.
é, frequentemente, saliente, por isso os pais costumam perguntar Em sua parte lateral, devemos palpar o músculo
muito sobre ele. esternocleidomastóideo para verificar se há presença de
Pode ocorrer hipertrofia das glândulas mamárias decorrente contraturas, como no torcicolo congênito.
de estímulos hormonais maternos, observando-se, algumas vezes, A presença de excesso de pele na nuca pode estar associada
secreção de leite. Deve-se evitar a expressão das glândulas, devido à síndrome de Down, já na parte lateral (o chamado pescoço alado),
ao risco de contaminação e desenvolvimento de mastite, que é à síndrome de Turner.
uma condição muito grave em recém-nascidos e deve ser tratada
com antibioticoterapia endovenosa. Veremos com mais detalhes
no capítulo de sepse neonatal.
CAI NA PROVA
Recém-nascido do sexo masculino, com 15 dias de vida, está em consulta ambulatorial de rotina. Trata-se de criança nascida por parto vaginal,
de termo, adequada para a idade gestacional, sem intercorrências perinatais. Família notou aumento progressivo do volume das mamas
bilateralmente, com saída de secreção leitosa, sendo que a família tentou esvaziamento, sem sucesso. Atualmente se apresenta conforme
imagem abaixo. Sem outras alterações ao exame clínico.
A conduta indicada é:
A) Liberação para casa com cefalexina, reavaliação em 48 horas, e coleta de prolactina, hormônios: luteinizante (LH), folículo estimulante
(FSH) e estimulador da tireoide (TSH).
B) Internação hospitalar, introdução empírica de vancomicina e cefepime, biópsia de tecido glandular mamário por agulha fina.
C) Liberação para casa com orientação de compressas frias locais, reavaliação em 48 horas, e solicitação de RNM de sela túrcica.
D) Internação hospitalar, coleta de hemograma, proteína C reativa, hemocultura e introdução de oxacilina e amicacina.
COMENTÁRIOS:
Caro Estrategista, grande parte dos neonatos, tanto do sexo masculino quanto do feminino, podem apresentar aumento das mamas no
período neonatal, com saída de secreção leitosa, devido à passagem dos estrogênios maternos por meio do aleitamento. E isso é uma
condição normal, benigna, com tratamento expectante! A única coisa que não pode ser feita é espremê-las! Na tentativa de esvaziamento,
a família acabou traumatizando o local e abrindo uma porta para infecção secundária. Aí, meu caro, ele entra nos protocolos de infecção/
sepse neonatal e precisa, obrigatoriamente, ser internado, triado com exames laboratoriais e tratado com antibioticoterapia endovenosa.
Correta a alternativa D.
É importante palpar e inspecionar as clavículas, procurando crepitação, edema ou hematomas que possam sugerir fratura.
Realizar ausculta pulmonar e cardíaca. Na ausculta cardíaca Na ausculta pulmonar, avalia-se os murmúrios vesiculares,
é preciso procurar sopros cardíacos, estalidos, desdobramento de se estão simétricos, se há ruídos adventícios pulmonares, como
bulhas, avaliar se o ritmo é regular ou não e palpar o ictus. Lembre- roncos, estertores ou estridor laríngeo, e a expansibilidade
se de que é comum auscultar sopro cardíaco até cerca de 24 torácica. É necessário, também, verificar se há sinal de desconforto
horas de vida do recém-nascido. Depois desse período, devemos respiratório.
investigar qualquer sopro presente em recém-nascidos.
• ABDOME
O abdome normalmente é globoso. É preciso detectar se há distensão, se conseguimos visualizar alças intestinais ou peristaltismo,
além de constatar a integridade da parede abdominal. Verificamos a inserção do coto umbilical, se está em bom aspecto, sem sinais de
infecção (como onfalite), mal cheiro e hiperemia, e se há a presença de hérnia umbilical.
Devemos auscultar ruídos hidroaéreos e fazer a palpação: o fígado pode ser palpável até cerca de 2 cm do rebordo costal direito e o
baço, normalmente, não, ou só a pontinha.
Observar se o abdome é flácido à palpação ou tenso, podendo sugerir obstrução intestinal.
• PERÍNEO
É necessário avaliar a formação genital:
◦ Se masculina, deve-se palpar os testículos, que ◦ Se feminina, é preciso observar a formação dos grandes
geralmente estão na bolsa escrotal em bebês de termo. Eles e pequenos lábios, hímen e tamanho do clitóris. Se presença
podem estar no canal inguinal, alteração que recebe o nome de hipertrofia de clitóris, fusão de grandes lábios, devemos
de criptorquidia. Depois, devemos observar o formato do considerar hipótese de genitália ambígua.
pênis e a posição do meato uretral, se há hipo ou epispádia, Por fim, observa-se a cicatriz anal, atentando-se para
condições que serão vistas no capítulo de cirurgia pediátrica. possibilidade de ânus imperfurado e procura-se a presença de
É comum encontramos hidrocele nos primeiros dias de vida. fístulas. Esperamos eliminação de mecônio espontâneo até 48
Na ausência de palpação de testículos e, principalmente, se horas de vida.
associada à presença de hipospádia, temos uma forte suspeição de
genitália ambígua.
• MEMBROS
Nas extremidades, devemos verificar a formação e posição dos dedos, além de contá-los, procurando polidactilia, sindactilia ou a
ausência de algum membro. Nesse momento, é importante avaliar a prega palmar. A prega única pode sugerir síndrome genética, como a
síndrome de Down.
Nos membros inferiores, é preciso perceber se há pé torto congênito. Deve-se diferenciar o pé torto posicional, decorrente da posição
intraútero, do pé torto congênito. Quando ele é posicional, o examinador consegue corrigir a posição do pé para uma postura fisiológica. O
congênito não é redutível por manobras e necessita de tratamento ortopédico.
É importante também examinar o quadril, pesquisar displasia do seu desenvolvimento, constatando se há assimetria de pregas glúteas
ou algum membro inferior de comprimento diferente. É essencial fazer manobras, como a manobra de Ortolani e a de Barlow. Essas manobras,
assim como as alterações de membros, serão vistas no capítulo de ortopedia pediátrica.
Logo a seguir, discutiremos os critérios de alta do recém-nascido. Mas, vale ressaltar aqui que o exame físico detalhado deve ser
refeito, observando-se atentamente todos os itens, lembrando que algumas alterações cutâneas, como a icterícia, podem evoluir no decorrer
do tempo de internação. É necessário fazer todas as medidas antropométricas novamente: peso, comprimento, perímetro cefálico, torácico
e abdominal.
CAPÍTULO
Fonte: Shutterstock
Em 2016, por meio da Portaria nº 2.068, o Ministério da Saúde instituiu diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada
à mulher e ao recém-nascido no alojamento conjunto. Ele destina-se à:
“I - mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações III - recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como
para a permanência junto ao seu bebê; por exemplo: icterícia, necessitando de fototerapia, malformações
II - recém-nascidos clinicamente estáveis, com boa vitalidade, menores, investigação de infecções congênitas sem acometimento
capacidade de sucção e controle térmico; peso maior ou igual a clínico, com ou sem microcefalia; e
1800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas; IV - recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia
para tratamento de sífilis ou sepse neonatal após estabilização
clínica na UTI ou UCI neonatal”.
Para lembrar sem decorar: só não devem ir para o alojamento conjunto mães ou neonatos que necessitem de cuidados que impeçam
sua permanência em enfermaria ou quarto, RNs que tenham menos de 1.800g ou 34 semanas.
CAI NA PROVA
(AMRIGS - 2020) 22. A Portaria nº 2.068/2016 institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada no alojamento conjunto.
São requisitos para a permanência de um recém-nascido clinicamente estável e com boa vitalidade e controle térmico juntamente com a mãe
no alojamento conjunto:
A) Capacidade de sucção; peso maior ou igual a 1.800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas.
B) Capacidade de sucção; peso maior ou igual a 1.500 gramas e idade gestacional maior ou igual a 32 semanas.
C) Capacidade de deglutição; peso maior ou igual a 1.500 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas.
D) Capacidade de deglutição; peso maior ou igual a 1.800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 32 semanas.
COMENTÁRIOS:
Correta a alternativa A.
Atenção, só não devem ir para o alojamento conjunto mães ou neonatos que necessitem de cuidados que impeçam sua permanência em
enfermaria ou quarto, RNs que tenham menos de 1.800g ou 34 semanas. O RN deve ser capaz de sugar no seio materno.
O RN deve ser mantido junto à mãe, em berço próprio, e ser examinado diariamente pelo pediatra. Cuidados a serem praticados:
• Incentivar o aleitamento materno em livre demanda e • Observar diurese e evacuações, elas devem ocorrer até 24
auxiliar a mãe na amamentação. horas de vida e serem constantes.
• Orientar à mãe para não dividir a cama com o RN a fim de • Coletar exames apenas se necessário, como em suspeitas
prevenir sufocamento. de infecção, distúrbios metabólicos ou icterícia.
• Pesar diariamente o RN. A perda de 5 a 10% do peso é • Medir a glicemia caso o RN apresente fatores de risco para
considerada normal por perda de líquido e reserva energética. A hipoglicemia, como prematuridade, baixo peso, filho de mãe
recuperação do peso de nascimento deve ocorrer por volta do diabética ou macrossomia. Veremos em detalhes no capítulo de
10º dia. distúrbios metabólicos do RN.
• Aplicar álcool 70% no coto umbilical e manter limpo e seco,
não colocar faixas ou qualquer outro curativo em cima dele para
evitar a proliferação de bactérias.
8 .2 A ALTA HOSPITALAR
Caro aluno, esse tópico foi visto uma única vez nas últimas provas de Residência. Como a questão é de 2020, pode ser que outras
bancas abracem o tema a partir de agora. Aí, apenas você, que estuda aqui no Estratégia MED, acertará a questão!
Os critérios de alta do RN de termo e adequado para idade gestacional são descritos pelo Ministério da Saúde na PORTARIA Nº 2.068,
DE 21 DE OUTUBRO DE 2016:
"Parágrafo único. Recomenda-se a permanência mínima de 24 horas em Alojamento Conjunto, momento a partir do qual a alta pode
ser considerada, desde que preenchidos os critérios abaixo listados:
...
II - recém-nascido: (i) a termo e com peso adequado para a idade gestacional, sem comorbidades e com exame físico normal.
(ii) com ausência de icterícia nas primeiras 24 horas de vida;
(iii) com avaliação de icterícia, preferencialmente transcutânea, e utilização do normograma de Bhutani para avaliar a necessidade de
acompanhamento dos níveis de bilirrubina quando necessário;
(iv) apresentando diurese e eliminação de mecônio espontâneo e controle térmico adequado;
(v) com sucção ao seio com pega e posicionamento adequados, com boa coordenação sucção/deglutição, salvo em situações em que
há restrições ao aleitamento materno;
(vi) em uso de substituto do leite humano/fórmula láctea para situações em que a amamentação é contraindicada de acordo com
atualização OMS/2009 ‘Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite’”.
A alta deve ocorrer se o RN estiver anictérico ou com icterícia dentro de um nível sem necessidade de
fototerapia, com eliminações presentes, temperatura controlada e esteja mamando bem.
A alta do prematuro não está indicada nessa portaria, mas sim pela Sociedade Brasileira de Pediatria que recomenda os seguintes
critérios:
• Pais e/ou cuidadores devem estar treinados, com conhecimento e habilidade para alimentá-lo, prestar os cuidados básicos do dia a
dia e de prevenção, administrar medicações e detectar sinais e sintomas de doenças.
• O bebê deve ter garantido seu acesso ao seguimento ambulatorial.
• O bebê deve ter capacidade para alimentar-se exclusivamente por via oral, sem apresentar engasgo, cianose ou dispneia, em
quantidade suficiente para garantir um crescimento adequado (mínimo de 20 gramas por dia, por pelo menos 3 dias consecutivos).
• Sua função cardiorrespiratória deve ser estável e fisiologicamente madura, sem apneia ou bradicardia por um período de 8 dias.
• O bebê deve ter estabilidade térmica.
CAI NA PROVA
(AMS APUCARANA – PR 2020) A mãe de um recém-nascido pré-termo está ansiosa pela alta hospitalar de seu filho. O residente de
plantão no berçário explica que o bebê precisa preencher alguns pré-requisitos para a alta que são: Assinale a correta:
A) Estabilidade térmica, peso ≥2500 gramas, e ganho de peso ≥30 gramas por dia.
B) Estabilidade fisiológica, estabilidade térmica, e alimentação oral adequada.
C) Estabilidade fisiológica, alimentação oral adequada, ganho de peso ≥30 gramas por dia.
D) Estabilidade fisiológica, peso ≥2500 gramas, e alimentação oral adequada.
COMENTÁRIOS:
Fique atento! A questão pede os critérios de alta de um RN prematuro. Devemos lembrar que esses estão em maior risco de apresentar
instabilidade clínica, então somente devem receber alta se estáveis fisiologicamente, termicamente e alimentando-se oralmente de
maneira adequada para ganho de 20 gramas ao dia e sem engasgos. Além disso, deve ser garantido o seguimento ambulatorial e o
treinamento adequado de pais e cuidadores.
Alternativa B correta.
Alternativa A, C e D incorretas: não há necessidade de manter o RN menor de 2.500 g internado para ganho de peso, desde que ele cumpra
os outros requisitos. A alimentação oral deve garantir o ganho de 20 gramas ao dia.
Fonte: Shutterstock
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CAPÍTULO
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Bons estudos!
Acredito no seu sucesso!
Prof. Helena