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OQUE É ?

Rim policístico, também conhecido como doença renal policística, é um distúrbio


de origem genética que afeta aproximadamente 1 em cada 400 a 1000 pessoas.
Essa condição se caracteriza pelo crescimento descontrolado de inúmeros
cistos em ambos os rins. Vamos entender melhor:
1.O que é a doença policística renal?

•A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) é um distúrbio


genético.
•Ela provoca o surgimento de múltiplos cistos, que são pequenos sacos cheios de
líquido, nos rins.
•Esses cistos aumentam o volume dos rins e, ao longo do tempo, causam perda
progressiva da função renal.
•Os cistos acabam por destruir e substituir o tecido renal sadio.

•A DRPAD é uma doença de progressão lenta, muitas vezes permanecendo


silenciosa por várias décadas.
•Estima-se que metade dos pacientes portadores dessa doença nunca recebam o
diagnóstico ao longo de suas vidas 1 .
2.Causas:

•A doença policística renal tem origem genética.

•É uma doença autossômica dominante.

•Se um dos pais tem rins policísticos, a chance de também herdar os genes
defeituosos é de 50%.
•85% dos pacientes com rins policísticos têm uma mutação no gene
chamado PKD1.
•Os restantes 15% herdam a mutação no gene chamado PKD2.

•A mutação do PKD1 costuma provocar uma doença mais agressiva, com maior
crescimento rápido dos cistos nos rins.
•A doença policística renal causada pela mutação no PKD2 é mais branda e de
progressão mais lenta 1 .
3.Diferenças entre rins policísticos e cisto simples nos rins:

•Possuir um ou dois cistos renais isolados, principalmente após os 50 anos de


idade, não é um sinal de doença e não costuma provocar repercussões clínicas.
•O paciente com rins policísticos tem dezenas de cistos em cada rim, não somente
um, dois ou três isolados.
•A presença de cistos simples só deve causar preocupação se estiver presente em
pacientes jovens, com menos de 30 anos, principalmente naqueles com história
familiar da doença policística renal12.
4.Sintomas:

•A doença policística renal costuma progredir de forma silenciosa por décadas, só


provocando sintomas em fases tardias.
•Os cistos em si não causam sintomas até estarem bem grandes, quando,
eventualmente, podem causar dor ou se romperem

SINTOMAS

Os sintomas do rim policístico podem variar, mas geralmente não se manifestam


até fases mais avançadas da doença. Aqui estão alguns sinais e sintomas
associados:
1. Dor nas Costas ou Flancos:

• A presença de cistos nos rins pode causar dor na região das costas ou
nos flancos (área lateral do abdômen).
• Essa dor pode ser intermitente e piorar com o crescimento dos cistos.
2. Hematuria (Sangue na Urina):

• Os cistos renais podem romper pequenos vasos sanguíneos,


resultando em sangue na urina.
• A hematuria pode ser visível (urina avermelhada) ou detectada apenas
em exames laboratoriais.
3. Hipertensão Arterial (Pressão Alta):

• A doença policística renal pode levar ao desenvolvimento de


hipertensão arterial.
• O aumento do volume dos rins e a compressão dos vasos sanguíneos
contribuem para a elevação da pressão arterial.
4. Infecções Urinárias Recorrentes:

• Os cistos nos rins podem obstruir o fluxo normal da urina, tornando o


ambiente propício para infecções.
• Pacientes com rins policísticos podem apresentar infecções urinárias
frequentes.
5. Aumento do Volume Abdominal:

• À medida que os cistos crescem, os rins aumentam de tamanho,


levando ao aumento do volume abdominal.
• Isso pode ser percebido como inchaço ou distensão abdominal.
6. Insuficiência Renal:
• A progressão da doença policística renal pode levar à insuficiência
renal.
• Os rins perdem gradualmente sua capacidade de filtrar o sangue e
eliminar resíduos.
Lembrando que nem todos os pacientes com rins policísticos apresentam todos
esses sintomas. Além disso, muitas vezes a doença permanece assintomática por
um longo período. Se você suspeita de qualquer problema renal, é importante
consultar um médico para avaliação e diagnóstico adequados.

DIAGNOSTICO

O diagnóstico do rim policístico envolve uma avaliação clínica e exames


específicos, começa na suspeição clínica, pela anamnese e exame físico. O
paciente chegará ao consultório com as queixas mais frequentes: dor aguda ou
crônica que pode ocorrer na lombar, flancos e/ou abdômen, febre, hematúria,
sintomas de ITU (infecção do trato urinário), nefrolitíase e hérnias. Perguntar
sobre o histórico familiar de doenças renais, especialmente DRPAD e Doença
Renal Crônica Terminal, é imprescindível. Vamos entender como é feito:
1. Avaliação Clínica:

• O nefrologista ou urologista avalia os sinais e sintomas apresentados


pela pessoa.
• É importante considerar histórico familiar de doença renal policística.
2. Exames de Diagnóstico por Imagem:

• Ultrassom Renal: É um exame não invasivo que permite visualizar os


rins e identificar a presença de cistos.
• Ressonância Magnética: Proporciona imagens detalhadas dos rins,
auxiliando na detecção de cistos.
• Tomografia Computadorizada: Oferece informações precisas sobre o
tamanho e localização dos cistos.
3. Exame de Urina:

• Pode ser solicitado para verificar se há sangue ou proteínas na urina.


4. Exames Genéticos:

• Em casos de suspeita de doença policística renal, exames genéticos


podem confirmar a presença de mutações nos genes PKD1 ou PKD2.
Lembrando que a presença de cistos simples nos rins (principalmente após os
50 anos) não é um sinal de doença e não costuma provocar repercussões clínicas.
No entanto, se você suspeita de qualquer problema renal, é essencial consultar um
médico para avaliação adequada.
TRATAMENTO

O tratamento para rim policístico visa controlar os sintomas, retardar o crescimento


dos cistos e minimizar as complicações. Aqui estão as abordagens comuns:
1.Controle da Pressão Arterial:

•Medicamentos anti-hipertensivos, como Captopril ou Lisinopril, são usados para


manter a pressão arterial sob controle e prevenir lesões nos tecidos renais
saudáveis.
2.Alívio da Dor:

•Analgésicos e anti-inflamatórios, como Acetaminofeno ou Ibuprofeno, ajudam a


aliviar a dor causada pelos cistos renais.
3.Hidratação Adequada:

•Beber líquidos suficientes é importante para manter os rins saudáveis e retardar o


crescimento dos cistos.
4.Evitar Cafeína:

•A cafeína pode favorecer o crescimento dos cistos, portanto, é recomendável


limitar o consumo de café e outras bebidas cafeinadas.
5.Monitoramento Regular:

•Consultas médicas regulares são essenciais para avaliar a progressão da doença


e ajustar o tratamento conforme necessário.
6.Dieta Saudável.

HIDRONEFROSE

A hidronefrose é a dilatação do rim que ocorre quando a urina não consegue


passar até a bexiga e, portanto, se acumula dentro do rim. Essa situação surge
devido à obstrução das vias urinárias, que pode ser causada por pedras nos
rins, tumores ou outras condições. Os principais sintomas da hidronefrose incluem:
SINTOMAS
Vontade frequente de urinar

•Dor constante na parte superior do abdômen e costas

•Náuseas

•Sensação de bexiga cheia mesmo após urinar


•Dificuldade para urinar

•Redução no volume da urina

•Febre baixa

•Calafrios

Além disso, pessoas com hidronefrose também têm maior risco de


desenvolver infecções urinárias. O diagnóstico é feito por meio de exames de
imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância
magnética. O tratamento depende da causa e pode incluir a colocação de cateter
ou drenagem direta dos rins. Se você suspeita de hidronefrose, consulte um nefrologista ou
urologista para avaliação adequada

CAUSAS

A hidronefrose ocorre quando há dilatação das vias excretoras dos rins,


geralmente causada por obstrução no trato urinário. Vamos explorar as causas
dessa condição:
1.Pedra nos Rins (Cálculos Renais):

•Cálculos renais podem bloquear o fluxo normal da urina, levando à hidronefrose.


2.Bloqueio Congênito:

•Anomalias congênitas podem predispor ao desenvolvimento de hidronefrose em


crianças.
3.Tecido Cicatricial:

•Lesões ou cirurgias prévias podem resultar em tecido cicatricial que obstrui o trato
urinário.
4.Coágulo Sanguíneo:

•Coágulos podem causar obstrução e levar à dilatação dos rins.


5.Hiperplasia Benigna da Próstata:

•O aumento da próstata em homens mais velhos pode comprimir as vias urinárias.


6.Tumores:

•Tumores na bexiga, colo uterino, cólon ou próstata podem causar hidronefrose.


7.Infecções do Trato Urinário:

•Infecções recorrentes podem inflamar as vias urinárias e contribuir para a


obstrução.
Lembrando que a hidronefrose pode ocorrer sem obstrução identificável, como
durante a gravidez. Nem sempre essa dilatação é patológica, mas é importante
avaliar e tratar conforme necessário
DIAGNOSTICO

A hidronefrose é a dilatação das vias excretoras dos rins, geralmente causada


por obstrução no trato urinário. Vamos entender como é feito o diagnóstico
dessa condição:
1. Ultrassonografia dos Rins:

• O diagnóstico geralmente começa com a realização de uma ultrassonografia


abdominal.
• Esse exame permite visualizar os rins e identificar a presença de cistos ou
dilatações.
2. Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM):

• Em casos mais complexos ou quando a ultrassonografia não é conclusiva, a TC ou


RM podem ser indicadas.
• Esses exames fornecem imagens detalhadas dos rins e das vias urinárias.
3. Cistoscopia:

• O urologista pode realizar uma cistoscopia, que é um exame para avaliar o


interior da bexiga e da uretra.
• Esse procedimento ajuda a identificar possíveis obstruções ou anomalias.
4. Achados Laboratoriais:

• Exames de sangue podem mostrar aumento da ureia e da creatinina.

• O exame de urina também pode apresentar alterações.


5. Classificação da Hidronefrose:

• A hidronefrose é classificada em quatro graus, com base na intensidade da


dilatação e sinais de atrofia renal.
6. Prognóstico:

• O prognóstico depende da gravidade e duração da obstrução.

• A função renal pode melhorar após a desobstrução, especialmente se o tratamento


for iniciado precocemente.
Lembrando que a hidronefrose pode ocorrer sem obstrução identificável, como
durante a gravidez. Nem sempre essa dilatação é patológica, mas é importante
avaliar e tratar conforme necessário 123 .

PREVENÇÃO

A hidronefrose ocorre quando há dilatação das vias excretoras dos rins,


geralmente causada por obstrução no trato urinário. Para prevenir ou minimizar
o risco de desenvolver hidronefrose, considere as seguintes medidas:
1. Hidratação Adequada:

• Beba líquidos suficientes para manter a urina diluída e o fluxo urinário normal.
• Evite a desidratação, pois a urina concentrada pode favorecer a formação de
cálculos renais.
2. Esvazie a Bexiga Regularmente:

• Não segure a urina por longos períodos.


• Urinar frequentemente ajuda a evitar o acúmulo de pressão nos rins e ureteres.
3. Tratamento de Infecções Urinárias:

• Infecções recorrentes podem causar inflamação e obstrução das vias urinárias.


• Procure tratamento adequado para infecções urinárias.
4. Exames de Rotina:

• Realize exames de rotina para avaliar a saúde do sistema urinário.


• Consulte um médico regularmente, especialmente se houver histórico familiar de
doenças renais.
5. Evite Fatores de Risco:

• Mantenha a pressão arterial controlada.


• Evite o uso excessivo de medicamentos que possam afetar os rins.
• Cuide da saúde da próstata (no caso dos homens) e evite problemas prostáticos.
Lembrando que, se você suspeita de qualquer problema renal, é importante
consultar um médico para avaliação adequada e orientações específicas para o
seu caso

TRATAMENTO

O tratamento para hidronefrose depende da sua causa e é geralmente indicado


pelo nefrologista e urologista. Vamos explorar as opções de tratamento:
1.Obstrução Grave:

•Em casos de obstrução significativa, pode ser necessário colocar um cateter


diretamente na bexiga para drenar a urina.
•Outra opção é a nefrostomia, um procedimento em que a urina é drenada
diretamente dos rins.
2.Pedra nos Rins:

•Se a hidronefrose for causada por cálculos renais, o médico pode recomendar
terapia com ultrassom ou cirurgia para remover a pedra, dependendo do tamanho.
3.Tratamento da Causa Base:
•O tratamento visa corrigir a causa subjacente da obstrução.
•Por exemplo, se houver tumor ou hiperplasia benigna da próstata, essas
condições devem ser tratadas.
4.Medicamentos:

•Em alguns casos, medicamentos podem ser usados para aliviar a dor ou reduzir a
inflamação.
5.Acompanhamento Regular:

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