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Práticas aplicadas

em hematologia e
microbiologia
Bactérias Gram positivas

Profª Dra. Brunna Robles


Abertura
Gram Positivas
GRAM POSITIVA

STAPHYLOCOCCUS STREPTOCOCCUS ENTEROCOCOS https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Staphylococ


cus_saprophyticus.jpg
https://jenikirbyhistory.getarchive.net/amp/media/str
eptococcusmutans-40e9f2

S. aureus S. pyogenes Enterococcus faecalis


S. epidermidis S. agalactiae Enterococcus faecium
S. saprophyticus S. pneumoniae
Gram Positivas
Bactérias gram-positivas retém o cristal
violeta: presença de uma espessa camada
de peptidoglicano.

Azul/ Roxo

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gram_negative_cell_wall.svg
Staphylococcus ssp.
 Apresenta formato esférico (cocos), diâmetro de 0,5 µm
a 1µm e formam grupos com aspecto de cachos de uvas

 Gram-positivos produtores de CATALASE

 Imóveis  não possuem flagelo

 Temperatura de crescimento situa-se entre 30 e 37º,


mesma do corpo humano.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Staphylococcus_saprophyticus.jpg
GRAM POSITIVO

+ CATALASE -

STAPHYLOCOCCUS STREPTOCOCCUS
ENTEROCOCOS
+ COAGULASE
-

S. aureus S. Epidermidis S. Saprohyticus


Manitol + Manitol - Manitol +
Coloração amarelo Novobiocina - sensível Novobiocina - resistente
Coloração branca
▪ Bactérias Gram positivas
○Streptococcus pyogenes
○Streptococcus agalactiae
○Streptococcus pneumoniae
○Enterococcos
Streptococcus
pyogenes
Streptococcus ssp
 Formato de cocos e colônias lineares (estreptococos) ou
em pares (diplococos)
 São capsulados
 Anaeróbicos facultativos  respiração aeróbicas/
fermentação
 Não possuem flagelos  imóveis
 CATALASE NEGATIVOS DISTINÇÃO DOS STAPHYLOCOCCUS

https://jenikirbyhistory.getarchive.net/amp/media/streptococcusmutans-40e9f2
Streptococcus ssp

 ß (hemólise total): forma zona transparente ao redor da colônia.


 α (hemólise incompleta): forma zona cinzenta ou esverdeada ao redor da
colônia.
 Ƴ (ausência de hemólise): não causam modificação no meio.
Streptococcus ssp
Classificação de Lancefield
 Características antigênicas do Carboidrato C da
parede celular.
 A B C D F G - Área médica humana
 GRUPO A: Streptococcus pyogenes
 GRUPO B: Streptococcus agalactiae
 Enterococos  E. faecalis e E. faecium “GRUPO D”
NÃO AGRUPÁVEIS:
https://www.ufjf.br/microb
iologia/files/2013/05/Bact
 Streptococcus pneumoniae ou pneumococo. %C3%A9rias-associadas-
%C3%A0s-
infec%C3%A7%C3%B5es-
 Streptococcus viridans. de-pele-e-tecidos-
moles2.pdf
Streptococcus pyogenes
 Responsável por cerca de 90% das infecções causadas pelas bactérias da família
Streptococcaceae
 Catalase negativo
 ß-hemolítico (hemólise total)
 Teste de PYR positivo
 Sensível a Bacitracina

http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-971X2020000100030
Streptococcus pyogenes
 Microbiota boca, garganta, sistema respiratório e

colonização transitória na pele não causando doença

 Infecção: indivíduos susceptíveis.

 Disseminação pessoa-pessoa  perdigotos, contato

direto com o indivíduo infectado ou através de

fômites.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S._Pyogenes_Infection_%28Sketch%29.jpg
Streptococcus pyogenes
FEBRE ESCARLATINA: complicação da faringite estreptocócica

 Complicação da faringite estreptocócica (1 a 2 dias após os

sintomas iniciais) – Toxina (exotoxina pirogênica).

 Erupção eritematosa difusa (região superior do tórax e se

espalha para as extremidades).

 Área ao redor da boca é poupada.

 Língua inflamada e avermelhada (“língua de morango”).


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scarlet_fever_2.jpg
Streptococcus pyogenes
ERISIPELA: Inflamação no tecido subcutâneo
 (erythros, vermelho; pella, pele) - Infecção aguda da pele (derme).
 Pele apresenta erupções formadas por placas avermelhadas e de
bordas elevadas.
 A doença pode progredir e causar a destruição de tecidos locais
ou mesmo atingir a corrente sanguínea, causando sepse.
 Crianças e idosos.
 Em geral inicia na face e frequentemente é precedida por dor de
garganta estreptocócica.

https://bvsms.saude.gov.br/erisipela/
Streptococcus pyogenes
FASCIÍTE NECROSANTE (gangrena estreptocócica)
 “bactérias comedoras de carne”.
 Infecção na camada profunda do tecido subcutâneo, com
necrose extensa, destruição do músculo e tecido adiposo,
 Bactéria é introduzida no tecido através de uma ruptura na
pele (corte, trauma, queimadura, cirurgia). Extensa área necrótica

 Toxicidade, choque sistêmico e falência múltipla de órgãos


 Alta taxa de mortalidade (> 50%).
 Antibioticoterapia + procedimento cirúrgico (debridamento do
tecido infectado).
http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-971X2020000100030
Diagnóstico: Catalase

http://www.unirio.br/ib/dmp/nutricao-
integral/aulas-
 A enzima catalase converte o peróxido praticas/Tecnicas%20de%20Semeadura%20
-%202019.2.pdf

de hidrogênio em oxigênio e água. A


liberação do oxigênio se observa pela
formação de bolhas (2H2O2 → 2H2O +
↑O2 ).
Diagnóstico: Hemólise e teste da bacitracina
 ß-hemolítico: apresenta transparência do meio de cultura.

 TESTE DA BACITRACINA  diferenciar Streptococcus pyogenes


de outras cepas do grupo A ou de outras espécies com colônias
β-hemolíticas.

https://gl.wikipedia.org/wiki/Streptococcus_pyogenes
https://slideplayer.com.br/slide/8292355/
Fonte: Autor
Streptococcus
agalactiae
Streptococcus agalactiae
 Formar arranjos em cadeias longas/ curtas
 GRUPO B
 Maioria β-hemolíticos (hemólise total)
 Resistente a bacitracina
 Única espécie positivo no teste CAMP
http://www.sciencephoto.com/images/showEnlarged.html/B23613
6-Streptococcus_agalactiae_bacteria,_colourSPL.jpg?id=662360136

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Streptococcus_agalactiae.jpg
Streptococcus agalactiae
Encontrada na microbiota humana: parte das mucosas e
colonizam principalmente o trato gastrointestinal e
geniturinário.

No trato genital feminino: principal fonte de infecção


neonatal durante a gravidez e pós-parto (40%)  associada
a taxas de mortalidade críticas em partos prematuros.
Causadores de sepses puerperal.
Neonatais  transmissão ao bebê durante o parto natural
(50%).
https://www.cell.com/trends/microbiology/fulltext/S0966-842X%2817%2930127-0
Streptococcus agalactiae
 ß-hemolítico: transparência do meio de cultura.

TESTE DA BACITRACINA
Finalidade de diferenciar S. pyogenes de outras cepas do grupo A ou
de outras espécies com colônias β-hemolíticas PYR positivas.

https://slideplayer.com.br/slide/8292355/

https://slideplayer.com.br/slide/8292355/
Streptococcus agalactiae
TESTE DE CAMP

 Identificação cepas de S. agalactiae.


 Estas cepas produzem o fator CAMP (Christie,
Atkins e Munch-Petersen)  fator de virulência, que atua
sinergicamente com a β-hemolisina produzida
pelo Staphylococcus aureus em ágar sangue.

Teste CAMP POSITIVO apresenta colônias em


forma de cunha na presença de S. aureus.

American Society of Microbiology (ASM).


Teste de Camp (+)
S. agalactiae
Fonte: Autor
Streptococcus
pneumoniae
Streptococcus pneumoniae
 Diplococos  dispostos aos pares ou cadeias curtas
 Encapsulados  protege da fagocitose e do reconhecimento
pelo sistema imunitário.
 α-hemolíticas (hemólise incompleta)
 Sensível a optoquina PLETZ M. W. et al., (2008)

 Solúvel em bile
Transmissão facilmente de pessoa para pessoa por
meio de espirros, objetos infectados.

Principais causas de PNEUMONIA e MENINGITE em adultos


Streptococcus pneumoniae
 PNEUMONIA: processo inflamatório agudo do pulmão,
Streptococcus pneumoniae é o principal agente causador desse
tipo de pneumonia (20-40% dos casos).

 Bactérias se multiplicam nos alvéolos,


provocando uma resposta inflamatória 
provoca extravasamento de líquido
(edema) no interior dos alvéolos, seguido
de eritrócitos, leucócitos e macrófagos
alveolares.
https://hi.wikipedia.org/wiki/%E0%A4%9A%E0%A4%BF%E0%A4%A4%E0%A5%8D%E0%A4%B0:New_Pneumonia_cartoon.jpg
Streptococcus pneumoniae
 MENINGITE: É uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a
medula espinhal.
 Ocorrem cerca de 1 milhão e 200 mil casos de meningite bacteriana em todo o mundo.

Se não for diagnosticada precocemente, pode levar á morte.


https://www.ifa-ba.com.br/single-post/2019/03/29/meningite-o-que-os-pais-precisam-saber
Streptococcus pneumoniae
 α-hemolíticas (hemólise incompleta)
PROVA DA OPTOQUINA
 Prova de sensibilidade à optoquina é indicada para a
diferenciação entre estreptococos alfa-hemolíticos e
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict
pneumococos (S. pneumoniae). /8396/Eder%20Silva%20dos%20Anjos.%20Caracteri
za%E7%E3o...2013.pdf;jsessionid=6E0518A3172F31
322E00891B6DEFB79C?sequence=2

S. pneumoniae: Sensível a optoquina

https://slideplayer.com.br/amp/8292355/
Streptococcus pneumoniae
BILE SOLUBILIDADE
 O teste de solubilidade em bile utiliza-se uma solução de
desoxicolato de sódio a 2%.
 Sais biliares desoxicolato de sódio têm a capacidade de
lisar seletivamente o S. pneumoniae – solúvel em bile 
ativam as enzimas autolíticas produzidas pelo
pneumococo, acelerando a reação lítica natural da
bactéria.
S. pneumoniae solúvel em bile
https://microbiologyinfo.com/bile-solubility-test-principle-reagents-procedure-and-result-interpretation/
Fonte: Autor
Enterococos
Enterococcos ssp.
 Cocos gram-positivos
 Células aos pares e em curtas cadeias  formato ovalado
 Colônias não-hemolíticas (y-hemolítico) alfa-hemolíticas ou raramente
beta-hemolíticas

https://pixnio.com/tag/bacteria
Enterococcos ssp.
 Microrganismos comensais: patógenos oportunistas.
 Principal reservatório humano  trato gastrointestinal
(bactérias entéricas)  pode ser encontrado em cavidade oral,
vagina e uretra.
 Transmissão origem endógena  alimentar ou através da água.
 Enterococcus faecalis é o mais comum e provoca 85-90% das
infecções
 Enterococcus faecium causa de 5-10%.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:202004_Gut_microbiota.svg
Enterococcos ssp.
 O teste de PYR determina a atividade da enzima pyrrolidonil arilamidase produzida
pelo Enterococcos e S. pyogenes, mas não pelos demais estreptococos β-hemolíticos.

https://microbiologyinfo.com/pyr-test-principle-
uses-procedure-and-result-interpretation/
Enterococcos ssp.
 TESTE DA BILE ESCULINA AGAR: indicado para isolamento e diferenciação de
ENTEROCOCOS E ESTREPTOCOCOS GRUPO D.
 A presença de bile no meio inibe o crescimento de organismos Gram positivos e
estreptococos à exceção dos Enterococos e Estreptococos grupo D.
 A hidrólise da esculina garante a diferenciação entre os dois gêneros.

(+) Enterococos

(-) Estreptococos

Ensaios Cienc., Cienc. Biol. Agrar. Saúde, v. 18, n. 3, p. 115-124, 2014


Enterococcos ssp.
 TESTE NaCl: Capacidade do microrganismo crescer em altas concentrações de sal.
 Tem a finalidade de diferenciar enterococcus ssp. de streptococcus ssp.

https://microbenotes.com/salt-tolerance-test/
Bile eculina

 Catalase negativo
 Resistentes a optoquina
 Resistência a solubilidade a bile Enterococos (+) S. pyogenes
(+) Enterococos
 Teste PYR positivo
 Bile esculina positivo
 Teste NaCl positivo Bile
Catalas solubilidade
e
Fechamento
▪ Bactérias Gram positivas
○Streptococcus pyogenes: Sensível a Bacitracina
○Streptococcus agalactiae: Teste de camp positivo
○Streptococcus pneumoniae: Sensível a Optoquina
○Enterococcos: Teste bile esculina positivo

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