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O Direito Penal é um ramo de direito produzido pelo Estado e como tal, deve em última
análise prosseguir fins imanentes a esse mesmo Estado.
A pena está na nossa sociedade desde sua existência, punindo toda e qualquer forma de
violação às regras estabelecidas pelos povos. Este trabalho
Conceito de Pena
Penas são sanções impostas pelo Estado contra pessoa que praticou alguma infração penal. E
por esta existe uma responsabilidade penal consistindo na obrigação de reparar o dano
causado na ordem jurídica da sociedade, cumprindo a pena ou a medida estabelecida na lei
Art.º 28 CP.
No âmbito dos fins das penas, pode-se distinguir, fins de duas naturezas: fins mediatos e fins
imediatos:
A finalidade das penas pode ser vista não numa ótica mediata de finalidades a prosseguir pelo
próprio Estado, mas numa ótica formal e abstrata.
Quatro finalidades podem ser prosseguidas com os fins imediatos das penas:
1) Ideia de retribuição;
2) Ideia de prevenção:
3) Geral;
4) Especial.
As penas servem para retribuir o mal a quem praticou o mal, esta é a teoria retributiva das
penas: tem uma finalidade retributiva.
Ou então poder-se-á dizer que as penas servem para fazer com que as pessoas em geral não
cometam crimes, uma finalidade de prevenção geral.
Ou dizer que as penas servem para que a pessoa que é condenada a uma pena e que a tenha de
cumprir não volte ela própria a cometer crimes, tem-se aqui uma finalidade de prevenção
especial.
A estas ideias subjacentes aos fins das penas, há que distinguir entre:
É uma teoria inadequada para fundamentar a atuação do Direito Penal, embora este tenha um
fim de retribuição, não pode ter a teoria da retribuição como fim em si mesmo.
Teorias relativas
a) Teoria da prevenção
Numa ótica de prevenção geral, pode-se dizer que as penas pretendem evitar que as pessoas
em geral cometam crimes.
Numa ótica da prevenção especial, pode-se verificar que o direito penal, ao submeter um
indivíduo a uma sanção por um crime que ele cometeu, pretende evitar que esse indivíduo
volte a cometer crimes. Fá-lo por duas vias:
1) Ou porque esse indivíduo é segregado, isto é, enquanto está a cumprir pena tem a
impossibilidade de reincidir;
Füerbach, cria a “teoria psicológica da coação”, as infrações que as pessoas cometem têm,
um impulso psicológico, a função da pena é combater esse impulso de cometer crimes.
Intimida-se as pessoas, com esta coação para que os cidadãos em geral não cometam crimes.
Esta prevenção geral divide-se em:
Aparece a teoria da prevenção especial, tem também a ideia de prevenção, mas a prevenção
já não é a comunidade em geral, mas sim a prevenção do indivíduo, ou seja, que o agente não
volte a cometer um crime. Pretende evitar a reincidência.
3) Evitar a reincidência.
É a teoria que mais se opõe à retributiva. O Direito Penal é cada vez mais dirigido à pessoa
do criminoso, criando condições para o sociabilizar. É alvo de críticas.
Tal como a prevenção geral, não nos fornece um critério de quanto e a duração das penas. Os
sistemas (teorias) desenvolvidos por si só são falíveis, começando a se desenvolver teorias
mistas.
2) Fase da condenação: fase em que o indivíduo que cometeu um crime vai ser julgado e em
que o juiz lhe comunica a pena aplicável, momento da retribuição;
3) Fase da execução da pena: em que a finalidade da pena estaria aqui numa óptica de
prevenção especial, de recuperação ou ressociabilização do delinquente.
Outras teorias
a) Teorias unificadoras retributivas
Viam no Direito Penal o fim retributivo (fim essencial), mas partindo das insuficiências da
retribuição iam apontar ao Direito Penal a finalidade de prevenção.
Características:
– Princípio da culpabilidade para a limitação da pena vai-se ter em conta a culpa do agente.
Apenas não pode ultrapassar a medida de culpa. Ao grau de culpa vai-se encontrar a medida
da pena.
Sistema exclusivamente preventivo em que se procura fazer uma coexistência dos princípios
de prevenção especial e geral.