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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO


DIREITO COMERCIAL
TURMA: 3L5LDR5

Discentes:
• Clara Nelsa Tuança- 20210063

Msc.

Maputo, Março de 2024


1. QUAL É A FUNÇÃO DO DIREITO PENAL ?

Resposta: A função do direito penal é de tutela subsidiária dos bens jurídicos. Do ponto de vista
desta, bem se compreende que se exija da pena uma actuação preventiva sobre a generalidade
dos membros da comunidade seja no momento da sua ameaça abstracta, seja no da sua concreta
aplicação, seja no da sua efectiva execução.
2. QUAL É A FUNÇÃO DA PENA ?
Resposta: objetivo da sanção, na prevenção geral, é intimidar, com a aplicação penal, os demais
cidadãos, e, dessa forma, evitar o cometimento do crime. Esse função pode ser considerada como
uma coação psicológica sobre todos os cidadãos

3. ESTABELEÇA A DESTRINÇA ENTRE FINS MEDIATOS E FINS IMEDIATOS DAS


PENAS?
Resposta: Os fins mediatos ou último das penas identificam-se com a finalidade do próprio
direito penal e traduzem-se na tutela dos valores e interesses que em certo povo e em certo
momento se julgam merecedores de protecção, do direito em geral e do direito penal em especial
enquanto que Os fins imediatos das penas são os efeitos imediatos que as penas devem produzir
ou os objectivos que devem atingir para que, através desses mesmos efeitos, se realizam os fins
mediatos.4-O que preconiza a doutrina de retribuição na finalidade da pena?
R: Para os defensores desta teoria, a essência da pena criminal reside na retribuição, expiação,
reparação ou compensação do mal do crime e nesta essência se esgota. Igualmente, a pena pode
assumir efeitos reflexos ou laterais socialmente relevantes (de intimidação da generalidade das
pessoas, de neutralização dos delinquentes, de ressocialização), nenhum deles contende com a
sua essência e natureza, nem se revelar susceptível de a modificar: uma tal essência e natureza é
função exclusiva do facto que (no passado) se cometeu, é justa paga do mal que com o crime se
realizou, é o justo equivalente do dano do facto e da culpa do agente razão pelo qual a medida
concreta da pena com que deve ser punido um certo agente por um determinado facto não pode
ser encontrada em função de outros pontos de vista (por mais que eles se revelam socialmente
valiosos e desejáveis) que não sejam o da correspondência entre a pena e o facto. Enfim, a pena é
um castigo e uma expiação do mal do crime.

5.O QUE ENTENDE POR RETRIBUIÇÃO?


Resposta: A ideia da retribuição significa que se impõe um mal a alguém que praticou outro
mal. O seu sentido está ligado a ideia de castigo, o que, naturalmente, tem a ver com a própria
ideia religiosa de punição por um certo pecado.
Por seu lado, a prevenção tem que ver com a ideia de evitar que as pessoas façam qualquer coisa.

7-DENTRO DA PREVENÇÃO É VULGAR A DOUTRINA DISTINGUIR ENTRE


PREVENÇÃO GERAL E PREVENÇÃO ESPECIAL. DISSERTA SOBRE AS DUAS
MODALIDADES DE PREVENÇÃO?
Resposta: A prevenção geral, segundo o qual o Direito Penal pretende evitar que as pessoas em
geral não cometam crimes; e a prevenção especial, na perspectiva da qual o Direito Penal, ao
submeter o individuo a uma sanção por um crime que cometeu, pretende evitar que esse mesmo
indivíduo cometa mais crimes.
8.O QUE PRECONIZA A DOUTRINA ABSOLUTA SOBRE O FIM DA PENA?
Resposta: As teorias absolutas operam com hipóteses indetermináveis como o livre arbítrio do
conceito de culpabilidade e fundamentam a pena em categotias não verificáveis;
•Criticam-se também pelo próprio mecanismo compensatório que constitui a sua essência: a
restauração do ordenamento jutídico imposição do castigo. Tal mecanismo compensatório tem
muito de metafórico, de mágico e de irracional.
•As teorias absolutas retributivas, ao invés de delimitar os pressupostos do poder punitivo do
Estado, conferem um autêntico cheque em branco ao legislador, pois não dizem como se deve
castigar (de forma a se alcançar a proporcionalidade entre a gravidade do facto e a culpabilidade
do seu autor); legitimam qualquer intervenção penal, ao invés de oferecer critérios claros e
eficazes para limitar a pena.

9- O QUE PRECONIZA A TEORIA RELATIVA SOBRE OS FINS DAS PENAS?


R: A pena, para estas teorias, não é uma questão de princípio nem imperativo categórico como
querem as teorias absolutas de retribuição, é sim, necessário para prevenir a criminalidade em
casos de conflito entre a retribuição e as exigências de prevenção, deve conceder-se primazia à
prevenção, pois a pena não olha para trás, isto é, não apaga o crime cometido, mas sim tem mira
para o futuro só a eficar prevenção do crime legitima o emprego da pena.
Com efeito, Kai AMBOS atribui à pena uma significação de antecipação, na esperança de que
sua imposição prevenirá o cometimento de delitos similares no futuro, no sentido de uma teoria
de prevenção: "penitur, ne peccatup".As teorias relativas podem assentar na prevenção geral e na
prevenção especial.

10. QUAIS SÃO PRINCIPAIS DIVERGÊNCIAS QUE AS DIFERENTES ESCOLAS


SUSCITAM SOBRE O FIM DAS PENAS?
Resposta: Relativamente as fins das penas Justifica-se que inicie esta breve descrição
panorâmica a respeito dos fins das penas com a análise das chamadas teorias absolutas ou da
retribuição.
Falamos em teorias absolutas porque nestas a pena é concebida como uma exigência absoluta,
metafísica e ética, de justiça, independentemente de considerações utilitaristas, da maior ou
menor conveniência que tal pena possa acarretar na perspectiva do interesse social aferido num
determinado contexto histórico concreto. Esta utilidade e conveniência serão sempre secundárias
em relação à exigência pura de justiça. É célebre o exemplo dado por Kant, expoente desta
teoria, ao aludir à comunidade de habitantes de uma ilha que, antes de se desintegrar como
comunidade com a dispersão desses habitantes por outros locais (e sem que se verifique, por
isso, alguma necessidade de protecção dos interesses futuros de coesão ou pacificação dessa
sociedade), não pode deixar de punir quem seja responsável por crimes que no seu seio tenham
sido cometidos. É assim porque, afirma Kant numa frase também célebre, «quando a justiça
desaparece, a vida na terra deixa de ter valor». A pena é, pois, nesta visão, um imperativo
categórico. Pune-se porque se tem de punir, como uma exigência ética natural de justiça, anterior
a qualquer ordenamento jurídico positivo e a qualquer opção política concreta, e não para
prosseguir algum interesse ou utilidade socia lítica concreta, e não para prosseguir algum
interesse ou utilidade social.
Falamos em teorias da retribuição porque tal exigência de punição de acordo com a justiça se
traduz na concepção da pena como castigo. Ao mal do crime responde- se com o mal da pena. A
pena é uma forma de reparação do mal cometido, uma forma de “saldar a dívida” contraída com
a prática do crime. Afirma o juiz francês Michel Anquestil: «O mecanismo da pena decorre do
princípio da reacção: no domínio da natureza, tal como no domínio da cultura, todos os seres
reagem uns aos outros, e cada ordem da realidade defende-se em particular contra toda a
agressão, contra todo o acto que tende a destruí-la..

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