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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
1. Introdução
2. Exercício
3. Resposta
3.1. Contrarrazões de apelação
CONTRAZÕES DE APELAÇÃO
1. Introdução:
Contrarrazões de apelação é a peça que mais tem caído, por ser mais fácil para o examinador colocar várias
questões nessa peça.
As contrarrazões têm que contrariar todos os fatos propostos pela defesa. É uma peça em que o promotor está
defendendo a sentença.
As teses defensivas devem ser refutadas em ordem lógica – preliminares inicialmente, depois prejudiciais e depois
o mérito (todas as teses, a iniciar pela absolutória).
O modelo é bem parecido com as razões de apelação. Só que agora estaremos do outro lado.
Nas contrarrazões também há duas petições diversas: a peça estruturada de contrarrazões e a cota de
apresentação.
Há teses de defesa que vêm caindo em concurso, em especial, teses no roubo e no tráfico de drogas, que são crimes
que têm grande incidência na vida prática.
No tráfico tem-se a tese comum de desclassificação para o crime de uso ou causas de diminuição de pena.
No roubo, por exemplo, sempre há a tese de defesa de desclassificar para furto ou o afastamento da causa de
aumento de pena para o uso de arma branca, etc.
Preliminares também muito questionadas são a falta de fundamentação da sentença, a falta de intimação da defesa
da audiência no juízo deprecado (a defesa não deve ser intimada da audiência, mas apenas da expedição), a falta
de justa causa para a ação penal, entre outras.
2. Exercício:
O candidato, na qualidade de Promotor de Justiça, deverá elaborara peça prática, visando à avaliação de seus
conhecimentos sobre direito processual penal, levando em conta os dados abaixo:
Processado Bruno foi condenado às penas de 05 anos de reclusão, no regime prisional inicial fechado e de 500 dias-
multa, fixado no mínimo legal, como incurso no artigo 33 da Lei nº 11.343/06. Na sentença o Magistrado afastou
as teses defensivas de porte de drogas para uso próprio e da causa especial de diminuição de pena. Sentença fls.
142/153.
Bruno negou a prática delitiva na fase policial, mas em juízo confessou sua participação no comércio, alegando que
era para sustentar a dependência.
Inconformado, Bruno apelou. Alegou a inobservância do artigo 399, parágrafo 2º do CPP, pois o juiz que encerrou
a instrução estava de férias, quando da prolação da sentença. Pugnou também pela absolvição, por falta de provas.
Alternativamente requereu a desclassificação para o crime do artigo 28 da Lei de Tóxicos, alegando falta de
comprovação do comércio. Subsidiariamente, a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no parágrafo
4º, do artigo 33 e a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, bem como regime aberto,
por fim, requereu a diminuição da pena pela confissão. As razões de apelação estão às fls. 217/224.
Bruno encontra-se preso e o recurso foi recebido pelo Juiz de primeiro grau. O Ministério Público não interpôs
recurso.
3. Resposta:
As razões de apelação devem seguir os seguintes passos. Os itens são só para organização, não devendo ser citados
na prova.
A. Endereçamento:
Autos nº:
Apelante: Bruno de Oliveira
Apelado: Ministério Público
Contrarrazões de Apelação
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça.”
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