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Sinais do Autismo em Meninas: Como

Identificar?
As taxas de prevalência de autismo sugerem que o autismo em meninas, é um quinto
menor que em meninos.

Os pesquisadores acreditam que as meninas podem nascer com fatores genéticos de


proteção que reduzem o risco de autismo.

Além disso, é bastante comum que as garotas com o TEA sejam subdiagnosticadas, ou
seja, não recebam o diagnóstico correto.

Geralmente, as meninas não se encaixam em grande parte dos estereótipos do espectro.

Também, tendem a mascarar mais os sintomas do que os meninos.

Elas podem não apresentar sintomas evidentes como dificuldades de fala e linguagem
(atraso de linguagem e fala), problemas de comunicação social ou desafios cognitivos
significativos.

Outro fator que dificulta o diagnóstico é que a sociedade espera que as meninas sejam
mais caladas ou tímidas do que os meninos.

Por isso, o autismo pode ficar mais evidente na adolescência, quando elas precisam se
relacionar socialmente nas escolas ou em grupos sociais e encontram dificuldades.

Alguns sinais que merecem atenção

As meninas com autismo podem parecer mais inocentes do que as outras garotas da
mesma idade.

Além disso, o autismo em, meninas faz com que elas não entendem duplo sentido ou
piadas e evitam se expor.

Além disso, podem gostar mais de rotina do que as outras garotas e sentem dificuldades
de aceitar mudanças.

Outro fato interessante é que as meninas tendem a disfarçar mais suas limitações
sociais, pois conseguem imitar comportamentos de outras meninas da mesma idade.

Além disso, apresentam menos atitudes repetitivas e restritas.

Isso ocorre devido à estrutura cerebral, que é diferente entre meninos e meninas e por
causa dos aspectos hormonais.
O cérebro feminino tem uma inteligência social maior do que a dos meninos, por isso, o
TEA pode ser mais facilmente camuflado.

A depressão costuma ser bastante comum em meninas autistas, principalmente na


adolescência.

Isso ocorre porque são frequentemente isoladas ou têm menos amigos do que as outras
colegas e sentem dificuldade de interagir.

Elas podem sentir que não se encaixam no padrão estabelecido pela sociedade, o que
prejudica a autoestima.

Sabe-se que as meninas com autismo são mais propensas a ter altas taxas de depressão,
ansiedade e até mesmo distúrbios alimentares.

De acordo com pesquisas, TEA em meninas apresentam alguns sintomas, tais


como:

– Aumento das habilidades de imitação social;

– Vontade de interagir diretamente com os outros;

– Uma tendência a ser tímida ou passiva;

– Têm bastante imaginação;

– Melhores habilidades de linguagem e no desenvolvimento.

É importante destacar que a criança tímida sabe o que deve fazer e como reagir ao
estado emocional das pessoas, mas não consegue.

Já a criança autista não consegue perceber isso.

Essa pequena diferença pode ajudar a descobrir o autismo em meninas.

O diagnóstico também costuma ser mais difícil porque as meninas autistas apresentam
menos raiva, agressividade e comportamentos estereotipados.

Por isso, recomenda-se buscar ajuda especializada em qualquer sinal de suspeita.

O futuro das meninas autistas

As pesquisas que envolvem o autismo ainda focam mais nos meninos.

Por isso, existem poucos estudos que falem especificamente de autismo em meninas.
Como o autismo em meninas é mais difícil de ser identificado, as avaliações clínicas
devem ser mais rigorosas para as meninas, e os pais devem prestar muita atenção aos
possíveis indicadores de TEA.

Lembrando que quando o TEA demora a ser identificado, as meninas podem perder a
chance de desenvolver suas habilidades mais rapidamente, o que prejudica a sua
qualidade de vida.

Mas, a cada dia, aumentam os estudos e interessados em analisar a questão de gênero e


quais fatores influenciam no surgimento do TEA em meninas.

Atualmente, alguns pesquisadores buscam acompanhar as meninas autistas desde a


infância para traçar em breve novos modelos de diagnóstico.

Dessa forma, espera-se que elas possam ter uma intervenção precoce e ganhem mais
qualidade de vida.

Referências:

https://med.stanford.edu/news/all-news/2015/09/girls-and-boys-with-autism-differ-in-
behavior-brain-structure.html

https://www.autismawareness.com.au/could-it-be-autism/autism-and-girls/

https://neuroconecta.com.br/sinais-do-autismo-em-meninas-como-identificar/

DIAGNÓSTICO DE AUTISMO EM
MULHERES ADULTAS
O transtorno do espectro do autismo – TEA é uma condição que afeta a maneira como
as pessoas se comportam, socializam e se comunicam com os outros. Este distúrbio é
comumente referido simplesmente como autismo.

O autismo costumava ser dividido em subtipos, como a síndrome de Asperger, mas


agora é tratada como uma condição com um amplo espectro de sintomas e gravidades
conjuntas.

A psicóloga Marina Almeida, é especialista em Transtornos do Espectro Autista, se


você desejar marcar uma entrevista diagnóstica on-line ou presencial, para maiores
informações entre em contato pelo WhatsApp (13)991773793.

Os sintomas do autismo e sua gravidade diferem entre os sexos?

Entre as crianças, o autismo é sobre quatro vezes mais comum em meninos do que em
meninas. As meninas na infância dificilmente, são agressivas e ou disruptivas,
costumam ficar mais introspectivas e quietas. Geralmente a crise de desadaptação
afetiva, social, sexual, de valores e de orientação vocacional será na adolescência e
idade adulta.

No entanto, um Estudo de 2013 envolvendo quase 2.500 crianças com autismo sugere
que muitas vezes não é diagnosticado em meninas. Isso poderia explicar por que o
autismo parece ser mais comum em meninos.

Por que o autismo geralmente não é diagnosticado em meninas?

O autismo nas mulheres é realmente diferente do autismo nos homens?

O Transtorno do Espectro Autista em mulheres

Geralmente encontramos alguns destes indicadores de fenótipos comportamentais:

1. Foco intenso em uma pessoa, banda, celebridade, outros

As mulheres com TEA demonstram interesses muito intensos, mas, embora possam se
concentrar em objetos, é mais provável que o foco esteja nas pessoas. Apresentam
comportamentos introspectivos, infantilizados e inocentes. As meninas que crescem
com TEA podem ficar obcecadas por uma celebridade ou banda na medida em que
precisam conhecer todos os fatos sobre elas. Algumas mulheres que estão em
relacionamentos afetivos ficam tão focadas em seus parceiros que podem perdem de
vista suas próprias necessidades e acabam entrando em graves sofrimentos psíquicos e
isolamento social.

Como o foco em celebridades, filmes, bandas e pessoas é visto como mais “normal” do
que em coletar modelos de carros, dinossauros, ficarem jogando vídeo games e
desmontando coisas, isso contribui para o fato de que meninas e mulheres podem deixar
de ser diagnosticadas com TEA precocemente.

2. Ansiedade e depressão

Muitas mulheres podem ser diagnosticas com ansiedade e depressão. Ter TEA e tentar
se encaixar em um mundo neurotípico é difícil, e as mulheres podem ficar deprimidas e
ansiosas como resultado de constantemente lutar para lidar com coisas que muitas
pessoas acham mais fáceis. Sem um diagnóstico de TEA, é fácil julgar a si mesmo com
severidade e é fácil para outras pessoas entenderem você mal, o que pode levar a
sentimentos de baixa autoestima, ansiedade e depressão.

3. Não gostar de roupas desconfortáveis

Muitas crianças com autismo têm problemas sensoriais relacionados à roupa, incluindo
sensibilidade a tecidos, texturas, etiquetas e conforto. Mulheres adultas com TEA
podem continuar sendo sensíveis quando se trata de usar roupas desconfortáveis e
podem escolher conforto e do que em função em vez de estilo.

4. Falta de contato visual


Como em outros aspectos da interação social, muitas mulheres aprenderam a fazer
contato visual e se forçarem a fazê-lo, mas não é algo que vem naturalmente e pode ser
bastante cansativo.

5. Sintomas menos graves do que homens com TEA

Meninas com TEA podem apresentar sintomas menos graves do que meninos. Isso pode
ser o resultado de vários fatores, incluindo um desejo mais forte de aprender maneiras
socialmente aceitáveis de agir e reprimir certos comportamentos de TEA. As meninas
com TEA também podem simplesmente ser vistas como mais “caladas” – uma
qualidade que é considerada em si mesma como mais socialmente aceitável.

6.Confusão

Muitas mulheres com TEA podem se sentirem confusas, ingênuas e encarar as pessoas
com medo, insegurança e afastamento social. Muitas pensam que foram rudes, egoístas
ou inapropriadas, quando estavam tentando fazer seu melhor, mas foram mal
compreendidas e não souberam dialogar sobre os equívocos sociais e de como se
sentiram.

7.Reconhecimento facial ruim

Também podem ser comuns, o que resulta em confusão regular quando pessoas que são
completamente desconhecidas para iniciar uma conversa. Por consequência, podem se
afastar de pessoas amigas honestas e solidárias – mas como uma mulher mais jovem, a
confusão social, em particular, significava que pode estar mais vulnerável à
manipulação e ficar muito magoada com as ações dos outros, pois não consegue
entender o que está por trás das relações sociais.

Devido à diferença nos sintomas de TEA das mulheres e porque as mulheres podem
aprender a mascará-los sob um verniz de comportamentos neurotípicos copiados, as
mulheres com TEA são algumas vezes chamadas de “camufladas” , “mascaram seus
comportamentos”. Isso contribui para o fato de tantas mulheres passarem a vida sem
diagnóstico. Esperançosamente, à medida que a compreensão do TEA em mulheres
pode aumentar, e os critérios de diagnóstico se tornarão mais abrangentes, mas não
menos complexo.

É importante observar que os estudos que analisam as diferenças entre o autismo em


mulheres e homens têm sido muito pequenos e com poucas evidências científicas. Os
especialistas ainda não têm nenhuma informação definitiva sobre essas diferenças,
incluindo se são reais ou apenas como resultado de camuflagem que dificulta o
diagnóstico precoce.

Muito importante considerar:

 Muitos aspectos do Transtorno do Espectro Autista em homens e mulheres por


si só, podem não ser autismo, mas podem ser neuroses, psicoses, esquizofrenia,
funcionamento borderline e ou são quadros psiquiátricos/neurológicos, e ou
pessoas que nunca fizeram psicoterapia, e ou realizado acompanhamento
medicamentoso corretamente.
 Via de regra, muitas pessoas se identificam que são autistas porque tem alguns
indicadores que leram na internet, fizeram em testes de internet, Quiz de
Asperger, etc. Estas pessoas geralmente não são de fato autistas, pois a estrutura
de personalidade não está dentro de um fenótipo de TEA e não apresentam
dados genéticos que sustentariam o quadro diagnóstico.
 O autismo é uma condição heterogênea, apresenta-se de forma diferente em cada
pessoa.
 As pesquisas mostram que todos nós temos algum tipo de retração e ou defesas
autistas ou traços de autismo, mas não é uma pessoa com TEA. Portanto, o
autismo é um quebra-cabeça de 100 peças, todos no planeta têm algumas ou
algumas peças. Aqueles que têm 60 peças teriam o Fenótipo de Autismo Mais
Amplo e aqueles com 80 ou mais peças são diagnosticáveis ou diagnosticados
com TEA.
 O autodiagnóstico não é igual a um diagnóstico formal por profissionais
especialistas em autismo.
 Algumas pessoas que realizam o autodiagnóstico não têm autismo ou síndrome
de Asperger e outras sim.
 Pode haver autodiagnóstico falso positivo.

https://institutoinclusaobrasil.com.br/diagnostico-de-autismo-em-mulheres-adultas/

TEA em meninas e mulheres – sintomas


Muitos leitores enviam seus relatos e dúvidas, em nossos canais de comunicação, acerca
do autismo em mulheres. O questionamento é sobre o quadro sintomático do Transtorno
do Espectro Autista (TEA) na população feminina, tendo em vista que a incidência
tende a ser maior em meninos. Como resultado, os leitores podem desconhecer o que se
passa na vida de uma mulher diagnosticada com TEA.
Entretanto, o autismo em meninas é uma realidade que precisa ser abordada, uma vez
que as pacientes também enfrentam enormes desafios do dia a dia. É verdade que pode
haver diferenças sutis entre os sintomas manifestados por elas em detrimento dos
rapazes, mas esses detalhes podem passar despercebidos por uma maioria considerável
das pessoas e, com isso, as meninas que convivem com TEA estão sujeitas à
incompreensão em determinados momentos da vida social.

Quais são os principais sintomas do autismo em


mulheres?
Os sintomas do autismo em meninas são muitas vezes relegados por conta de outros
comportamentos enxergados como naturais. A consequência disso é que ao longo do
tempo um número acentuado de mulheres com TEA passou por uma invisibilidade. As
principais características envolvem, na maioria das vezes, os seguintes aspectos:

– São retraídas;

– Tendem a ser mais passivas nas relações sociais;

– Tendem a ser mais comportadas;

– Tendem a ser mais deprimidas;

– Procuram não se envolver tanto em situações que vivenciam;

– Tendem a ser aficcionadas em temas específicos (mas que não estão ligados à
tecnologia ou ao ramos das exatas);

– Tendem a se esforçar mais para se adequarem aos padrões;

– Tendem a ser menos isoladas que os meninos.

Estudo feito no Reino Unido indica que 23% das mulheres hospitalizadas com quadro
de anorexia se encaixavam nos critérios diagnósticos para o Transtorno do Espectro
Autista.

Autismo em mulheres: elas camuflam os sinais característicos

É interessante notar que a situação de mulheres com autismo tende a ser particularmente
diferente do que é notado nos homens. Estudo divulgado pelo PROGENE, grupo
vinculado ao Centro de Pesquisas sobre o genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-
CELL), do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), revela que
sucessivos levantamentos realizados por especialistas constataram que as meninas
tendem a ‘camuflar’ os seus sinais de autismo.

Essa atitude pode explicar o motivo de haver um número acentuado de meninos


diagnosticados em relação às mulheres (lembrando que existem fatores genéticos e
neurobiológicos que levam a esse cenário, mas a referência em questão é sobre os
possíveis casos subnotificados e não à causa em si).
O autismo em mulheres tem as suas nuances em função de tal camuflagem. Um detalhe
é que esse comportamento de se camuflar está associado somente aos casos em que as
pacientes comprovaram ter um alto quociente de inteligência (Q.I). As meninas
conseguem disfarçar em alguns momentos os sintomas, por isso muitas delas
conseguem estabelecer uma vida relativamente normal, seja no trabalho, nos estudos e
na vida pessoal. Entretanto, os quadros de estresse acentuado, exaustão física e
ansiedade extrema são observados em grande parte dessas pessoas.

A taxa de incidência do autismo e a prevalência

De acordo com levantamentos, a estimativa da prevalência do autismo é de 62 para cada


10 mil (ZANON et al. 2014). Estudos realizados constatam que a proporção de
incidência do TEA é quatro vezes maior em meninos em detrimento das meninas. O
autismo em mulheres vem sendo pesquisado diante de um número que pode ser mais
elevado do que já registrado.

É verdade que o número de registros tende a aumentar em função da “recente ampliação


dos critérios diagnósticos, permitindo, assim, que maior gama de casos (com perfis
desenvolvimentais mais variados) seja incluída dentro do espectro” (SILVA; MULICK,
2009).

Referências

AUTISMO em mulheres: os custos da camuflagem do autismo. Universidade de São


Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://progene.ib.usp.br/autismo-em-mulheres-
os-custos-da-camuflagem-do-autismo/. Acesso em: 11 mar. 2020.

ONTIVEROS, Eva; HEREDIA, Lourdes. Dia mundial do autismo: meninas autistas


podem estar deixando de receber tratamento por falta de diagnóstico correto. BBC.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-47779342. Acesso em: 11 mar.
2020.

SILVA, Micheline; MULICK, James A. Diagnosticando o transtorno autista: aspectos


fundamentais e considerações práticas. Psicologia: ciência e educação, Brasília, v. 29,
n. 1, 2009.

ZANON, Regina Basso et al. Identificação dos primeiros sintomas do autismo pelos
pais. Psicologia: teoria e pesquisa, Porto Alegre, v. 30, n. 1, p. 25-33, jan./mar. 2014.

https://institutoneurosaber.com.br/tea-em-meninas-e-mulheres-sintomas/

Como diagnosticar corretamente a


síndrome de Asperger em mulheres
adultas?
O autismo começa sempre na infância, de modo que é necessário obter a história do
desenvolvimento da pessoa, mesmo que as alterações só tenham sido percebidas na idade
adulta. A síndrome de Asperger faz parte dos transtornos do espectro autista, que se
caracterizam por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades,
somadas a dificuldades de interação social persistentes, desde a infância. Estas dificuldades
são descritas pelas pessoas portadoras de Asperger como dificuldades em entender as
emoções dos outros, dificuldades de saber como agir em situações sociais que envolvem
interpretar as intenções das outras pessoas e dificuldades em adaptar espontaneamente o
comportamento em situações sociais novas. Assim, por exemplo, a pessoa com Asperger
consegue passar numa faculdade, mas pode, numa festa, pode ficar completamente sem saber
como interagir com outras pessoas. Logicamente, dificuldades de interação podem ocorrer em
muitos outros transtornos (por exemplo, fobia social, transtorno esquizoide de personalidade,
esquizofrenia residual), de modo que apenas uma avaliação profissional pode estabelecer o
diagnóstico correto.

A síndrome de Asperger faz parte do espectro autista e, portanto deve ser observada desde a
infância. Mas já que estamos falando da fase adulta, seria importante o acompanhamento de
um profissional para que a mesma não seja confundida com outras patologias como a fobia
social, ou algum transtorno de personalidade.

O Transtorno do Espectro Autístico ou Autismo de Alto Funcionamento, também foi


classificado como – síndrome de Asperger anteriormente, como consequência afeta o
comportamento, a personalidade e a forma como uma pessoa interagem com os outros. O
diagnóstico é clinico, verificando os marcadores e indicadores de déficits no desenvolvimento
da pessoa.

À medida que as mulheres com síndrome de Asperger se tornam adultas, elas podem se sentir
isoladas porque reagem de forma diferente a certas situações “estressantes”. Seus
comentários podem parecer insensíveis e indiferentes, quando, na realidade, elas
simplesmente não podem entender completamente o conceito de empatia. Essas mulheres
muitas vezes procuram companhia com outras mulheres adultas que têm padrões de
comportamento e perspectivas similares.

Os sintomas da síndrome de Asperger em mulheres adultas geralmente são exibidos de


maneira mais sutil, o que muitas vezes resulta em diagnósticos profissionais incorretos, falta
de acesso a serviços de educação e provisões na escola, maior chance de problemas sociais e
emocionais na idade adulta. Existem várias diferenças distintas em relação às formas em que
as mulheres e os homens com síndrome de Asperger se comportam.

As mulheres com síndrome de Asperger geralmente não são agressivas quando ficam
frustradas. Em vez disso, elas tendem a ser mais tímidas e podem facilmente “se desligar do
ambiente e ou ficar devaneando em sonhos” numa sala de aula e ou em outros ambientes
sociais. Essas mulheres também são capazes de expressar suas emoções de uma forma mais
calma do que suas contrapartes masculinas.

As jovens com síndrome de Asperger são muitas vezes protegidas e nutridas por seus amigos
normotípicos, que as ajudam a lidar com situações sociais difíceis. A aceitação de colegas pode
às vezes mascarar as questões afetivas e adaptativas destas jovens, e não são reconhecidas por
educadores e pais, como resultado, elas são menos propensas a buscar ajuda psicoterápica e
ou avaliações psicológicas e sociais.

Existem certos traços de personalidade e sintomas que mães e pais, educadores e profissionais
podem procurar se suspeitarem que uma jovem ou mulher tenha síndrome de Asperger. Nas
mulheres a síndrome de Asperger geralmente apresentam tendências obsessivas em relação a
animais, bonecos e outros interesses femininos. Enquanto as jovens normotípicas não desejam
mais brincar de bonecas e inauguram outros centros de interesses abrangentes e voltados ao
desenvolvimento da sexualidade, enquanto as garotas com síndrome de Asperger esquivam-se
da sexualidade e podem colecionar bonecas e não as usar para se envolver socialmente com
outras amigas, mas ser apenas uma forma de defesa da realidade social e infantilização da
personalidade. Outra característica de garotas com síndrome de Asperger é o fascínio por
certos assuntos que podem levar a atrasos em relação aos seus pares em termos de
maturidade e comportamentos adequados à idade. Por exemplo, uma pré-adolescente com
síndrome de Asperger pode estar fascinada por animais de pelúcia, colecionar miniaturas,
colecionar cartoons, interessar por filmes de ficção/infantis/séries, decorar listas de nomes de
atores e atrizes famosas, etc.

Garotas com síndrome de Asperger podem ser erroneamente assumidas como tendo um
transtorno de personalidade porque imitam crianças típicas, mas comportam-se de forma
inadequada. Elas tendem a ficar aborrecidas, irritadas com os amigos e amigas da sua idade
por não aceitarem seus interesses restritos e ou obsessivos, por consequência apresentam
dificuldades em ter empatia com as preocupações ou problemas de seus pares.

Embora seus comportamentos sejam mais passivos do que os típicos dos homens com
síndrome de Asperger, as pessoas que prestam muita atenção às crianças do sexo feminino
com atrasos sociais e emocionais podem garantir um diagnóstico e tratamento adequados.
Quanto mais jovem uma criança com síndrome de Asperger receber atendimentos
psicológicos, o prognóstico social e adaptativo melhora sua forma de expressão da linguagem,
elaboração afetiva, pensamentos mais flexíveis aumentando a probabilidade de viver uma vida
adulta independente e funcional.

O Asperger, ou Transtorno do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento (TEAAF), tem um


diagnóstico é clinico, verificando a historia da paciente. Também se usam inventários de
Habilidades Sociais, para auxilio na diferenciação de outras patologias de transtorno de
personalidade. Deve-se procurar um profissional que esteja familiarizado, com Transtornos
Autistas. Espero ter te ajudado, um abraço.

A Síndrome de Asperger hoje, de acordo com o DSM-5, se encontra incluída nos Transtornos
do Espectro do Autismo (TEA) e seu diagnóstico é clínico. Os sintomas que irão compor este
diagnóstico devem ter estado presentes desde o início da infância. Dessa forma é necessário
que se busque auxílio com profissionais que possam avaliar, e fechar ou não um diagnóstico.
Importante lembrar que mais do que um diagnóstico, deve ser trabalhado os comportamentos
que estão comprometendo a qualidade de vida do paciente. Um bom diagnóstico deverá ser
feito por uma equipe multidisciplinar composta por neurologista, psiquiatra, psicólogo,
neuropsicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo e terapeuta ocupacional. No caso do adulto,
para que não se confunda com outras patologias deverá inicialmente buscar o neurologista e o
psicólogo para que eles possam fazer os outros encaminhamentos necessários.

https://www.doctoralia.com.br/perguntas-respostas/como-diagnosticar-corretamente-a-
sindrome-de-asperger-em-mulheres-adultas

Enquanto pessoas com Asperger podem compartilhar uma certa androginia, isso aparece em
homens com Asperger como gentileza, docilidade; já as mulheres com Asperger têm tendência
a serem independentes e apresentarem um estilo mais desafiador.

Muitas meninas escondem seu autismo, algumas vezes evadindo-se bem do diagnóstico
até a fase adulta. Esses esforços podem ajudar as mulheres do espectro autista nas áreas
social e profissional, mas também podem causar sofrimento intenso.

Nos últimos anos, cientistas verificaram que muitas mulheres do espectro autista
“camuflam” os seus sinais de autismo. Esse mascaramento pode explicar, pelo menos
em parte, porque 3 a 4 vezes mais meninos do que meninas são diagnosticados. Isso
também pode explicar porque meninas diagnosticadas jovens tendem a apresentar traços
graves, e meninas altamente inteligentes são frequentemente diagnosticadas
tardiamente. (Pesquisadores também descobriram que homens do espectro autista
também camuflam, mas não tão comumente quanto mulheres).

Quase todo mundo faz pequenos ajustes para se adequar melhor ou estar em
conformidade com as normas sociais, mas a camuflagem implica em esforço constante e
elaborado. Isso pode ajudar as mulheres com autismo a manterem seus relacionamentos
e suas carreiras, mas esses ganhos geralmente têm um custo alto, incluindo exaustão
física e ansiedade extrema.

Nem todas as mulheres que camuflam dizem que gostariam de ter conhecimento sobre
seu autismo anteriormente, e os pesquisadores reconhecem que a questão apresenta
muitas complexidades. Receber um diagnóstico formal geralmente auxilia as mulheres a
se entenderem melhor e a obter maior apoio, mas algumas mulheres afirmam que isso
vem com seus próprios ônus, como um rótulo que estigmatiza e expectativas mais
baixas de realização.

As meninas misturam-se

Como muito mais meninos são diagnosticados com autismo do que as meninas, os
clínicos nem sempre pensam em autismo quando vêem meninas quietas ou que parecem
estar lutando socialmente. William Mandy, um psicólogo clínico de Londres, diz que
ele e seus colegas rotineiramente costumavam ver garotas que foram levadas de uma
clínica para a outra, muitas vezes diagnosticadas incorretamente com outras condições.
“Inicialmente, não tínhamos idéia de que elas precisavam de ajuda ou apoio quanto ao
autismo”, diz ele.

Com o tempo, Mandy e outros começaram a suspeitar de que o autismo apresenta-se


diferente em meninas. Quando entrevistavam meninas ou mulheres no espectro autista,
nem sempre conseguiam perceber sinais de autismo, mas vislumbraram um fenômeno
que chamaram de “camuflagem” ou “mascaramento”. Em alguns estudos pequenos a
partir de 2016, os pesquisadores confirmaram que a camuflagem é comum pelo menos
entre mulheres com alto quociente de inteligência (QI). Eles também notaram possíveis
diferenças entre sexos que ajudam as meninas a escaparem da observação dos médicos:
enquanto os meninos com autismo podem ser hiperativos ou parecerem comportar-se
mal, as meninas geralmente parecem ansiosas ou deprimidas.

No ano de 2017, uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos ampliou esse estudo.
Eles visitaram vários pátios de escolas durante o recreio e observaram as interações
entre 48 meninos e 48 meninas com idades entre 7 e 8 anos, dentre os quais metade de
cada grupo foi diagnosticada com autismo. Verificaram que as meninas com autismo
tendem a ficar perto das outras meninas, entrando e saindo de suas atividades. Em
contraste, meninos com autismo tendem a brincar sozinhos. Médicos e professores
buscam o comportamento de isolamento social, entre outras coisas, para identificar
crianças no espectro autista. Mas este estudo revelou que, usando apenas esse critério,
eles não reconheceriam muitas meninas com autismo.

“Meninas e meninos com desenvolvimento típico brincam de maneira diferente”, diz


Connie Kasari, pesquisadora da Universidade da Califórnia em Los Angeles, que co-
liderou o estudo. “Enquanto muitos garotos estão praticando um esporte”, diz ela, “as
garotas costumam conversar, fofocar e se envolver em relacionamentos íntimos”. As
meninas com desenvolvimento típico do estudo passavam rapidamente de um grupo
para outro, diz ela. As meninas com autismo pareciam estar fazendo a mesma coisa,
mas os pesquisadores verificaram que o que estava realmente acontecendo era diferente:
as meninas com autismo eram rejeitadas repetidamente dos grupos, mas persistiam ou
tentavam se unir umas às outras. Segundo os cientistas, essas meninas podem estar mais
motivadas a se adaptar do que os meninos, então trabalham mais para isso.

Mesmo quando os professores sinalizam a necessidade de uma avaliação do autismo em


meninas, as medidas diagnósticas padrão podem falhar no reconhecimento do autismo.
Por exemplo, em um estudo de 2017, os pesquisadores observaram 114 meninos e 114
meninas com autismo. Eles analisaram as pontuações das crianças na Escala de
Observação para Diagnóstico do Autismo (ADOS) e em questionários baseados em
relatos de pais sobre traços de autismo e habilidades de vida diária, como se vestir. Eles
descobriram que, mesmo quando as meninas têm pontuações na ADOS semelhantes às
dos meninos, elas tendem a ser mais gravemente prejudicadas: os pais das meninas
incluídas no estudo classificaram suas filhas como inferiores aos meninos em termos de
habilidades de vida diárias e com maiores dificuldades de consciência social e interesses
restritos ou comportamentos repetitivos. Segundo os pesquisadores, meninas com
características menos graves, especialmente aquelas com QI alto, podem não ter
atingido pontuação alta o suficiente na ADOS para serem incluídas em sua amostra.

“Esses testes padrão podem não identificar muitas meninas com autismo, porque foram
projetados para detectar essa condição em meninos”, diz o pesquisador principal Allison
Ratto, professor assistente do Center for Autism Spectrum Disorders at Children’s –
National Health System em Washington, D.C. Por exemplo, os testes fazem triagem
para interesses restritos, mas os médicos podem não reconhecer os interesses restritos
apresentados pelas meninas com autismo. Elas geralmente são atraídas por animais,
bonecas ou celebridades – interesses que se assemelham aos de seus pares típicos e,
assim, colocam-nas fora do radar. “Talvez precisemos repensar nossas medidas”, diz
Ratto, “e talvez usá-las em combinação com outras medidas”.

Por traz da máscara

Antes que os cientistas possam criar ferramentas melhores para triagem do autismo,
precisam caracterizar a camuflagem com maior precisão. Um estudo de 2017
estabeleceu uma definição com finalidade de pesquisa: “camuflar” é a diferença entre
como as pessoas parecem em contextos sociais e o que está acontecendo com elas em
seu interior. “Se, por exemplo, alguém tem traços intensos de autismo, mas tende a não
demonstrá-los em seu comportamento, a disparidade indica que está se camuflando”,
diz Meng-Chuan Lai, professor assistente de psiquiatria da Universidade de Toronto,
Canadá, que trabalhou no estudo. A definição é necessariamente ampla, incluindo
qualquer esforço para mascarar uma característica de autismo, desde evitar
comportamentos repetitivos ou falar sobre interesses obsessivos, até fingir seguir uma
conversa ou imitar o comportamento neurotípico.

Para avaliar alguns desses métodos, Mandy, Lai e seus colaboradores, no Reino Unido,
pesquisaram 55 mulheres, 30 homens e 7 indivíduos transgêneros ou identificados com
gênero “outro”, todos diagnosticados com autismo. Os pesquisadores perguntaram o que
motiva esses indivíduos a mascarar seus traços de autismo e quais técnicas usam para
atingir seu objetivo. Alguns participantes relataram que camuflaram para se relacionar
com amigos, conseguir um bom emprego ou encontrar um par romântico.

Os adultos participantes da pesquisa descreveram um repertório imaginativo de


ferramentas que utilizam em diferentes situações para evitar sofrimentos e ganhar
aceitação. Se, por exemplo, alguém tem dificuldade em iniciar uma conversa, ela pode
praticar sorrindo primeiro, diz Lai, ou preparar piadas para “quebrar o gelo”. Muitas
mulheres desenvolvem um repertório de personas para diferentes ocasiões. Jennifer,
diagnosticada com autismo aos 45 anos, diz que estuda o comportamento de outras
pessoas e aprende gestos ou frases que, para ela, parecem projetar confiança e
freqüentemente as pratica na frente de um espelho.

Kajsa Igelström, professora assistente de neurociências na Universidade de Linköping,


Suécia, e seus colaboradores entrevistaram 342 indivíduos, a maioria mulheres e alguns
transexuais, sobre a camuflagem de movimentos repetitivos. Muitos dos participantes
eram auto-diagnosticados, mas 155 mulheres têm o diagnóstico formal de autismo.
Quase 80% dos participantes tinham tentado usar estratégias para tornar os movimentos
repetitivos menos detectáveis, diz Igelström. O método mais comum é redirecionar a
energia para movimentos musculares menos visíveis, como sugar e apertar os dentes ou
tensionar e relaxar os músculos da coxa. A maioria também tenta canalizar sua
necessidade de estimulação para movimentos mais aceitáveis socialmente, como tocar
uma caneta, rabiscar ou brincar com objetos embaixo da mesa. Muitos tentam restringir
seus movimentos para as ocasiões em que estão sozinhos ou em um lugar seguro, como
com a família. Igelström verificou que alguns indivíduos tentam evitar os movimentos
por pura vontade ou os restringem, como por exemplo, sentando em suas mãos.

Os custos da camuflagem
Todas essas estratégias exigem um esforço considerável. O esgotamento foi uma
resposta quase universal na pesquisa britânica de 2017: os adultos entrevistados
descreveram sentir-se completamente esgotados – mentalmente, fisicamente e
emocionalmente. Uma mulher, diz Mandy, explicou que após camuflar por qualquer
período de tempo, precisa enrolar-se em posição fetal para se recuperar. Outras disseram
que sentem que suas amizades não são reais porque são baseadas em uma mentira,
aumentando sua sensação de solidão. Muitas disseram que desempenharam tantos
papéis para se disfarçar ao longo dos anos, que perderam de vista sua verdadeira
identidade.

A grande maioria das mulheres diagnosticadas tardiamente diz que não ter sabido
anteriormente sobre seu autismo provoca sofrimento. Em um pequeno estudo de 2016,
Mandy e seus colaboradores entrevistaram 14 mulheres jovens não diagnosticadas com
autismo até o final da adolescência ou a idade adulta. Muitas descreveram experiências
de abuso sexual. Também disseram que, se sua condição fosse conhecida, teriam sido
menos incompreendidas e alienadas na escola. Também poderiam ter recebido o suporte
necessário mais cedo.

É somente após um diagnóstico que uma mulher pode perguntar: “Quais partes de mim
são um ato e quais partes de mim estão escondidas? O que eu tenho de valor dentro de
mim mesma que não pode ser expresso porque estou constantemente e automaticamente
camuflando minhas características autistas? Para Igelström, “Nenhuma dessas perguntas
pode ser processada sem primeiro receber o diagnóstico, ou pelo menos identificar-se, e
depois reviver o passado com esse novo insight. E para muitas mulheres, isso acontece
tardiamente em sua vida, após anos de camuflagem de um modo muito descontrolado,
destrutivo e subconsciente, com muitos problemas de saúde mental como consequência
”.

O diagnóstico leva algumas mulheres a abandonar a camuflagem. “Perceber que eu não


sou doente, que eu simplesmente tenho uma neurologia diferente da maioria da
população e que não há nada de errado comigo do jeito que sou significa que não vou
esconder quem sou apenas para me encaixar ou deixar pessoas neurotípicas mais
confortáveis”, diz Katherine Lawrence, 33, diagnosticada com autismo aos 28 anos.

Outras aprendem a fazer a camuflagem trabalhar para elas, suavizando seus efeitos
negativos. Elas podem usar técnicas de mascaramento quando estabelecem um novo
relacionamento, mas com o tempo tornam-se mais autênticas. Aquelas que sentem que a
camuflagem está sob seu controle podem planejar uma pausa, desde ir ao banheiro por
alguns minutos até deixar um evento mais cedo ou desistir completamente do mesmo.
“Eu aprendi a cuidar de mim melhor”, diz Delaine Swearman, 38. “A estratégia é a
autoconsciência”.

https://progene.ib.usp.br/autismo-em-mulheres-os-custos-da-camuflagem-do-autismo/

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