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Nota introdutória

Diante de todas as transformações que ao longo dos anos levaram à democratização do


nosso país, passou-se a exigir cada vez mais a capacitação do ser humano para que fosse
possível haver o discernimento do que seria benéfico e o que poderia causar riscos nos
mais variados segmentos da sociedade.

A escola, por sua vez, que possui como papel fundamental na educação a conquista do
pleno desenvolvimento da pessoa humana, não poderia e não seria justo – muito menos
sensato – que se preocupasse apenas com o aspecto cognitivo, que por ora sempre foi a
grande preocupação da família e da escola, mas é necessário nos preocuparmos com o
ser humano de forma integral.

Neste espaço, procura-se discutir de forma abrangente as rezões pela qual o professor no
seu quotidiano não deve apenas focar-se em aspectos cognitivos mas sim na construção
da cidadania do aluno.

Motivos do Professor-Aluno no processo de construção da cidadania do aluno.

Na opinião de Arroyo, et al (2007), o processo ensino-aprendizagem compreende


acções conjuntas do professor e do aluno, onde estarão estimulados a assimilar,
consciente e activamente os conteúdos/métodos e aplicá-los de forma independente e
criativa nas várias situações escolares e na vida prática. A relação entre o professor e o
aluno, não pode apenas se pauta em somente o professor passar a matéria e o aluno
automaticamente reproduzir mecanicamente o que “absorveu” (Arroyo, et al, 2007).

No enunciado proposto pelo autor, conclui-se que o mundo em que vivemos mostra-se
em constante mudanças em quase todas as vertente, entretanto, o cenário de ensino
actual em comparação com o anterior, é notável que no actual cenário é mais
democrático, critico, inventivo e pratico, o professor não mais é tido como centro de
conhecimento mas sim um mediador que delega actividades, cria ambiente motivador e
inspirador e, diante desses factores, vê-se enorme necessidade que os professores devem
fazer do espaço escolar, um campo de futebol onde cada integrante tem o dever de
defender a sua tese para o bem.
Na construção da cidadania, urge que o professor utilize métodos e traga à baila
discussões que despertem o interesse dos alunos. As novas tecnologias empregadas
pedagogicamente estão à disposição do educador. Da internet à sucata, muito se pode
utilizar para envolver o aluno e discutir aspectos contemporâneos que se relacionem
com sua capacidade de melhor conviver em sociedade. Forma e conteúdo têm a mesma
importância no ambiente educacional (Freire, 1981).

Freire quer dizer que o professor não tem que só passar conteúdo de uma determinada
matéria, mas sim, marcar na vida do aluno, pois, não é só ensinar teorias, mas ensinar o
pensar e usar a criatividade. O docente tem que cansar o discente mentalmente com
ideias e didácticas e não cansar mentalmente com teorias.

O cidadão consciente respeita o espaço e a pessoa. A educação para a ética prepara o ser
humano para o equilíbrio em aceitar que não devem prevalecer as vontades individuais;
a cidadania, afinal, não é um direito solitário – é a arte da convivência social.

O princípio básico da construção da cidadania: educar para a convivência pacífica, feliz.


Educar para o respeito, para a troca de experiências, para o exemplo no trato com o
outro e consigo mesmo. Educar para que todas as mudanças da vida sejam enfrentadas
com galhardia.

Considerações finais

Com vista a formar indivíduos com capacidade que vão além do esperado, indivíduos
capazes de criar por meio de curiosidade, indivíduos interactivo, sobretudo com limites,
viu-se necessário o processo de inclusão entre o professor e os alunos.

A responsabilidade de formar indivíduos que respeitem os direitos e os deveres de cada


um e de todos não é, obviamente, apenas da escola. No entanto, o professor tem de dar o
exemplo e o aluno precisa ter limites, ciente de que liberdade não significa
permissividade. Esses limites devem ser entendidos como necessários e provenientes da
autoridade do professor, para que ele exerça com liderança e com competência.
Também não é admissível que o mestre se valha de gracejos preconceituosos, e faz-se
fundamental que utilize o tom adequado ao dirigir-se aos alunos.

Referencias bibliográficas
Arroyo, M., Buffa, E. & Nosello P. (2007). Educação e cidadania: quem educa o
cidadão? 13 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

Freire, P. (1981). Pedagogia do Oprimido, 9, ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

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