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Nº 8,Brasileira

Departamento Científico de Terapia Intensiva (2019-2021) • Sociedade 08 de Junho de 2021


de Pediatria

Documento Científico
Departamento Científico de
Te r a p i a I n t e n s i v a ( 2 0 1 9 - 2 0 2 1 )

Trauma Cranioencefálico Grave:


Guia 2019 para o tratamento
de crianças e adolescentes em
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

Departamento Científico de Terapia Intensiva


Presidente: José Roberto Fioretto
Secretária: Norma Suely Oliveira
Conselho Científico: Carolina Friedrich Amoretti, Cristian Tedesco Tonial, Katia de Oliveira Harada,
Marcelo Barciela Brandão, Paula de Almeida Azi, Paulo Ramos David João,
Regina Grigolli Cesar, Ricardo Maria Nobre Othon Sidou,
Sandra Lange Zaponi Melek

O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um


dos acidentes mais frequentes em pediatria, sen- Classificação de gravidade do TCE,
do considerado, em vários países, um problema monitorização e indicações
de saúde pública. No Brasil, segundo o DATASUS, de terapia intensiva1,2
é possível identificar no período de 2008 até
2012, cerca de 20.000 hospitalizações por TCE, O TCE é classificado em leve, moderado e gra-
na faixa etária de zero a 14 anos, com cerca de ve, de acordo com a Escala de Coma de Glasgow
400 óbitos. As principais causas de TCE estão re- (ECG), apresentada na figura 1.
lacionadas a quedas e acidentes automobilísti-
• TCE leve: ECG ≥ 14
cos, com diferenças de acordo com a faixa etária.
Uma causa importante no lactente é a síndrome • TCE Moderado: ECG 14 e 8
do bebê sacudido (“shaken baby syndrome”). • TCE grave: ECG ≤ 8.

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Trauma Cranioencefálico Grave: Guia 2019 para o tratamento de crianças e adolescentes em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

Figura 1. Escala de coma de Glasgow convencional • Sinais de hipertensão intracraniana (convul-


e modificada para lactentes menores de 2 anos de são; parestesias; tríade de Cushing, caracte-
idade.
rizada por bradicardia, hipertensão arterial e
alterações do padrão respiratório; alterações
MODIFICADA
CONVENCIONAL pupilares; queda de dois pontos ou mais de
(LACTENTES <2 ANOS)
forma aguda na escala de coma de Glasgow;
Abertura Ocular postura em extensão)

Espontânea 4 Espontânea 4 Monitorização: apresentada na tabela 1.


Ao comando verbal 3 Ao comando verbal 3
À dor 2 À dor 2 Tabela 1. Alvos terapêuticos obtidos a partir
Nenhuma 1 Nenhuma 1 da monitorização do paciente com trauma
cranioencefálico grave.
Resposta Verbal

Orientado 5 Balbucio 5 VARIÁVEL ALVO

Conversação PIC < 20 mmHg


4 Choro irritado 4
confusa
Palavras •V  alores alvo PPC: manutenção
3 Choro à dor 3 valor mínimo de 40 mmHg
inapropriadas
• L imiares específicos para a idade
Sons PPC entre 40 e 50 mmHg
2 Gemidos à dor 2
incompreensíveis Bebês extremidade INFERIOR
Nenhum 1 Nenhum 1 Adolescentes extremidade
SUPERIOR
Resposta Motora
•P
 A normal para a idade: PAM
Obedece a Movimento percentil 50
6 6
comandos espontâneo normal PAM > 65 mmHg (lactentes) OU
PAM > 90 mmHg (escolares) OU
Localiza à dor 5 Retirada ao toque 5
PAM> 100-110 mmHg
Flexão normal 4 Retirada à dor 4 PA (adolescentes)
Decorticação 3 Flexão anormal 3 •P
 AS > [70 + (2 × idade em anos)]
mmHg
Descerebração 2 Extensão anormal 2 •P
 AS > 95 mmHg, mas mantida
Nenhuma 1 Nenhuma 1 < 140 mmHg
Adaptada da referência .
2
PVC 4-10 mmHg OU 8-12mmHg

DÉBITO > 1,0 mL/kg/h  até 30 kg


URINÁRIO > 30mL/h  > 30 kg
Independentemente da ECG, há elementos
que influenciam no estabelecimento da gravida- Na
135-150 mEq/L
(sérico)
de do TCE, tais como:
• Perda de consciência •S
 olução Hipertônica: até
Osm
360 mOsm/L
• Vômitos (mais de dois episódios) (sérico)
•M
 anitol: até 320 mOsm/
• Crise convulsiva
Hb Mínimo 7,0 g/dL
• Amnésia lacunar
PaO2 90–100 mmHg
• Sinais de fratura ou afundamento de crânio
PIC: pressão intracraniana; PPC: pressão de perfusão cerebral;
• Sinais de fratura de base de crânio (sinal do PA: pressão arterial; PAM: pressão arterial média;
PAS: pressão arterial sistólica; Na: sódio; Osm: osmolaridade sérica;
guaxinim, sinal de batalha, otorragia, sangra- Hb: hemoglobina; PaO2: pressão parcial arterial de oxigênio.
mento nasal) Fonte: Adaptada da referência1.

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Indicações de Unidade de Terapia Intensiva tamina em bolus ou em infusão contínua (não


Pediátrica: contraindicada para pacientes com TCE em
• TCE moderado ou grave ventilação mecânica).

• TCE com necessidade de intervenção cirúrgica • Ventilação mecânica controlada: PaO2 alvo =
• Presença de instabilidade hemodinâmica e/ou 90 a 100 mmHg e PaCO2 alvo = 35 a 40 mmHg.
ventilatória • Manutenção da temperatura central e preven-
• Sinais de hipertensão intracraniana (HIC). ção e tratamento da febre: manter normoter-
mia, com limite superior menor que 38°C.
• Garantir volume intravascular adequado: es-
tabelecer alvos hemodinâmicos como pressão
1. Trauma cranioencefálico grave1-3
venosa central (PVC) entre 4 e 10 mmHg ou
8 e 12 mmHg de acordo com a idade, diurese
TCE grave é definido pelo trauma de crânio
acima de 1 mL/kg/h e monitorização de ureia
com escala de coma de Glasgow ≤ 81. O trata-
e creatinina. Em relação às decisões fluídicas,
mento destes casos é baseado nos “Guidelines
iniciar oferta hídrica de pelo menos 75% das
for the Management of Pediatric Severe Trauma-
necessidades hídricas. Monitorizar e manter o
tic Brain Injury, Third Edition: Update of the Brain
sódio sérico entre 135 e 150 mEq/L.
Trauma Foundation Guidelines - 2019”1. Estas
recomendações devem ser adaptadas às caracte- • Prescrição inicial de fluidos: utilizar solução
rísticas e disponibilidade dos recursos existen- salina 0,9%. Avaliar a necessidade de adicio-
tes em cada serviço. nar soro glicosado 5% nas primeiras 48 horas
de cuidados na UTI, principalmente em crian-
1.1 Tratamento ças menores (lactentes e pré-escolares).

A recomendação atual para a condução do • Manutenção de Hb mínima: alvo mínimo = 7,0


TCE grave segue fluxos de tratamento caracteri- g/dL. Em instabilidade hemodinâmica ou neu-
zados por: rológica o nível de Hb desejado é de 10 g/dL.

• Terapias de primeira linha • Tratamento de coagulopatia: não há recomen-


dação específica. Há sugestão de tratar a co-
– Cuidados básicos (figura 2)
agulopatia antes da inserção de cateter para
– Fluxo da herniação cerebral (figura 3) medida da pressão intracraniana se a relação
– Fluxo da pressão intracraniana (PIC) (figura 4) normatizada internacional (RNI) for > 1,6 e na
– Fluxo da pressão de perfusão cerebral (PPC) craniectomia descompressiva, se houver san-
(figura 4) gramento abundante, RNI > 1,2 e/ou plaquetas
– Fluxo da pressão parcial de oxigênio tissular < 100.000 mmm3. Estudos recentes indicam
cerebral - PbrO2 que a ressuscitação com plasma para normali-
zar RNI após TCE pode piorar a coagulopatia.
• Terapias de segunda linha (figura 5)
• Medicações antiepilépticas e eletroencefalo-
• Retirada da terapêutica
grama (EEG): em casos de crise convulsiva rela-
cionada ao trauma, paciente epiléptico, presen-
1.1.1 Terapias de primeira linha1,3
ça de lesão focal na TC de crânio e em crianças
Cuidados Básicos1,3 que usam medicações antiepiléticas, podem ser
• Posição da cabeça e elevação de cabeceira: ca- tratados com fenitoína ou levetiracetam.
beça mantida em posição neutra com elevação • Iniciar nutrição assim que possível e tratar a
da cabeceira a 30°, sem ultrapassar 45°. hipoglicemia: manter níveis de glicemia até
• Analgesia e sedação: Recomenda-se o uso 180 mg/dL. Caso esteja sem aporte de glicose
combinado de benzodiazepínicos e opiáceos e o paciente mantiver glicemia > 200 mg/dL,
(midazolam e fentanil). Alternativamente, ce- avaliar a introdução de insulina contínua.

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Trauma Cranioencefálico Grave: Guia 2019 para o tratamento de crianças e adolescentes em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

Figura 2. Fluxograma do tratamento do paciente com trauma cranioencefálico (TCE) grave com ênfase
nos cuidados básicos. TC: tomografia de crânio; PIC: pressão intracraniana; VM: ventilação mecânica;
PVC: pressão venosa central; Hb: hemoglobina; EEG: Eletroencefalograma; PPC: pressão de perfusão
cerebral; DU: débito urinário; U/Crs: ureia/creatinina sérica; BH: balanço hídrico; EF: exame físico.
PbrO2: pressão de oxigênio tissular cerebral.

Adaptado da referência 1.

Fluxo de tratamento da herniação cerebral • A monitorização da PIC deve ser implementada


(figura 3)1,3 para todos os pacientes com TCE grave (ECG ≤ 8).
• Herniação cerebral: caracterizada por dilata- • A PIC deve ser menor do que 20 mmHg.
ção pupilar e/ou hipertensão/bradicardia e/ou
• Intervenção: PIC > 20 mm Hg por pelo menos 5
postura flexora ou extensora
minutos.
• Conduta de emergência:
• Intervenções:
– titular a hiperventilação até reverter a dilata-
– drenagem de líquor, se houver DVE instalada.
ção pupilar e oferecer FiO2 de 100%
– se a drenagem for ineficaz ou não houver
– iniciar bolus de manitol ou salina hipertônica
DVE, fazer bolus e/ou infusão contínua de
a 3%
solução salina hipertônica 3% (SH) de 2 a 5
– se estiver com derivação ventricular externa mL/kg em 10 a 20 minutos; no caso de infu-
(DVE) instalada, a drenagem contínua deve são contínua recomenda-se a dose dede 0,1
ser aberta. a 1,0 mL/kg/h. Contraindicação: plaquetas <
– realizar TC de crânio de emergência 100.000/L e/ou coagulação anormal com RNI
– acionar a equipe de neurocirurgia. > 1,4 e/ou aumento da creatinina séricas aci-
ma de duas vezes o seu valor basal.
Fluxo de tratamento da hipertensão
intracraniana de acordo com o valor da – manitol pode ser considerado uma alternati-
pressão intracraniana (figura 4)1 va à solução salina hipertônica.

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– no caso de picos adicionais e/ou aumento molaridade, no caso da SH aceita-se valores


progressivo da PIC, recomenda-se bolus adi- até 360 mOsm/L e no caso do manitol, de até
cional de terapia hiperosmolar e/ou aumento 320 mOsm/L.
da infusão contínua de SH. – analgesia e/ou sedação adicionais devem ser
– à medida que a terapia hiperosmolar é esca- consideradas, assim como o uso de bloquea-
lonada, deve-se monitorar a volemia e a os- dor.

Figura 3. Fluxograma para tratamento da herniação cerebral em paciente com trauma cranioencefálico (TCE)
grave. DVE: derivação ventricular externa; TC: tomografia de crânio.

Adaptado da referência1.

Figura 4. Fluxograma para tratamento da hipertensão intracraniana (caminho da pressão intracraniana – PIC -
e da pressão de perfusão cerebral – PPC) no tratamento do paciente com trauma cranioencefálico (TCE).
PPC: pressão de perfusão cerebral; LCR: líquido cefalorraquidiano; PbrO2: pressão de oxigênio tissular cerebral.

Adaptado da referência1.

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Trauma Cranioencefálico Grave: Guia 2019 para o tratamento de crianças e adolescentes em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

Fluxo de tratamento da hipertensão Fluxo de tratamento de acordo


intracraniana de acordo com a pressão de com a pressão parcial de oxigênio
perfusão cerebral (figura 4)1,3 tissular cerebral1,3
• Os alvos para manter a pressão de perfusão Deverá ser seguido se houver disponibilida-
cerebral (PPC) adequada são volume intravas- de. O valor alvo a ser alcançado é de no mínimo
cular apropriado (PVC adequada) e direcionar 10 mmHg.
a PAM ou PAS para os valores já descritos an-
teriormente. Se houver queda de PAM por hi-
1.1.2 Terapias de segunda linha1,3
povolemia, recomenda-se expansão volêmica
de 10 a 20 mL/Kg; caso o volume intravascular Utilizadas quando não houver resposta
esteja adequado, avaliar a introdução de vaso- às medidas anteriores. Antes do início desta
pressores (noradrenalina), inotrópicos (adre- fase o paciente deve ter realizado TC de crânio
nalina), sendo que na maioria dos casos a indi- (figura 5).
cação é de vasopressor.

Figura 5. Fluxograma das terapias de segunda linha no tratamento do trauma cranioencefálico (TCE) grave.
PIC: pressão intracraniana; TC: tomografia de crânio; EEG: eletroencefalograma; OSM: osmolaridade sérica.

PIC
Refratário às terapias
de 1ª linha

Repetir TC de crânio (se opção cirúrgica está sendo considerada)

SIM Nova lesão cirúrgica


Cirurgia indicada
ou expansiva

Considerar adicionar
NÃO
neuromonitorização avançada

Intervenção cirúrgica:
Hipotermia
remover lesão de Barbitúricos Hiperventilação4 Níveis elevados de
moderada3
massa e/ou craniectomia contínuo2 28-34 mmHg terapia hiperosmolar5
32/34°C
descompressiva1

1 - paciente recuperável e evidência de expansão da lesão em 4 - c onsiderar adicionar neuromonitorização avançada por
massa ou swelling na TC isquemia
2 - EEG ativo e sem contraindicações médicas 5-d  ose antecipada de solução salina a 3% ou manitol, ou bolus
3 - sem contraindicações de solução salina a 23,4%. Se possível, evite uma concentração
sérica de Na+ > 160 mEq/mL e OSM sérica de 360 mEq/mL

Adaptado da referência1.

• Craniectomia descompressiva • Barbitúricos contínuo


Indicações: remoção de uma lesão com efeito Considerar seu uso quando a osmoterapia e a
de massa com HIC refratária; edema difuso, hiperventilação não conseguiram manter a PIC
quando a HIC for refratária. < 25 mmHg e/ou frente ao uso de diuréticos

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osmóticos ou SH ou hipocapnia induzida por


3. Tomografia computadorizada1,3
mais de quatro horas. Os barbitúricos reco-
mendados são pentobarbital ou tiopental.
• Hipotermia Quanto à realização da TC, orienta-se:

Recomendada para o controle da HIC refratá- • para paciente em coma, com PIC normal, com
ria; utilizar hipotermia moderada (temperatura TC de crânio normal à admissão (de zero a
entre 32°C e 33°C) seis horas após a lesão), não está recomenda
nova TC;
• Hiperventilação e níveis elevados de terapia
hiperosmolar • realização de nova TC de rotina com mais de
A hiperventilação deve provocar hipocapnia, 24 horas após a admissão não está recomen-
com valores de PaCO2 entre 28 e 34 mmHg. A dada para decisões sobre intervenção neuro-
tendência atual é a combinação e a gradação de cirúrgica, a menos que haja evidência de dete-
alvos com uma conduta denominada “Hyperto- rioração neurológica ou aumento da PIC;
nic Saline Sliding Scale”. Nesses casos combi- • TC de crânio deve ser solicitada no caso de de-
na-se SH a 3%, em infusão contínua de 0,1 até terioração neurológica e/ou aumento de PIC.
1,0 mL/kg/h (sódio sérico alvo entre 155 e 160
mEq) com hiperventilação (pCO2 entre 28 e 34
mmHg) e uso de barbitúrico contínuo. No caso
de níveis elevados de terapia hiperosmolar, 4. Uso de corticosteroides1-3
sugere-se bolus de SH a 20% para HIC refra-
tária, com dose sugerida de 0,5 mL/kg com o
• Não existem evidências que recomendem
máximo de 30 mL. É recomendável evitar sódio
o uso de corticoides nos pacientes vítimas
sérico sustentado, por mais de 72 horas, acima
de TCE.
de 170 mEq/L, pelo risco de trombocitopenia e
anemia e níveis acima de 160 mEq/L, também Ao final da leitura deste documento, o pedia-
por mais de 72 horas, pelo risco de trombose tra deve estar apto a:
venosa profunda. • Identificar o paciente vítima de trauma cranio-
encefálico (TCE) que necessite de tratamento
em unidade de terapia intensiva pediátrica
(UTIP)
2. Retirada da Terapêutica1,3 • Identificar e saber as condutas frente a hiper-
tensão intracraniana aguda nos pacientes víti-
A qualquer momento, quando a PIC e a PPC mas de TCE
estiverem normalizadas e estáveis por 12 a 24 • Conhecer e interpretar as monitorizações dis-
horas, pode-se iniciar a retirada do tratamento. poníveis para o TCE grave
A gravidade influencia o “ritmo” de retirada, por • Conhecer as principais linhas de conduta nos
exemplo, paciente que apresentou HIC refratária pacientes com TCE grave em UTIP
e usou terapias de segunda linha, incluindo in-
• Conhecer o tratamento e as medicações utili-
fusão de barbitúrico, hipotermia terapêutica ou
zados no TCE grave
aumento escalonado de SH, devem ser mantidos
por período de estabilização de 24h antes de ini-
ciar a retirada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Kochanek PM, Tasker RC, Bell MJ, et al. Management 3. Kochanek PM, Tasker RC, Carney N, et al. Guidelines
of pediatric severe traumatic brain injury: 2019 for the Management of Pediatric Severe Traumatic
Consensus and guidelines-based algorithm for Brain Injury, Third Edition: Update of the Brain
first e second tier therapies. Pediatr Crit Care Med. Trauma Foundation Guidelines, Executive
2019;20: 269-279. Summary. Neurosurgery. 84:1169–1178, 2019.

2. Lassie CN, Carpi MF, Fioretto JR. Traumatismo


cranioencefálico grave/Hipertensão intracraniana.
In: UTI Pediátrica. Fioretto JR et al. eds.
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2ª ed. ISBN:
9788527735988. p. 282-288.

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Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Magda Lahorgue Nunes (RS) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Dennis Alexander Rabelo Burns
1º VICE-PRESIDENTE: Silvio Rocha Carvalho (RJ) Dirceu Solé (SP) ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
Clóvis Francisco Constantino (SP) Antônio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Roberta Paranhos Fragoso
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
2º VICE-PRESIDENTE: OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Clemax Couto Sant’Anna (RJ) Marise Helena Cardoso Tófoli
COORDENAÇÃO: Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SECRETÁRIO GERAL: Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DO MARANHÃO:
Sidnei Ferreira (RJ) EDITORA ADJUNTA:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) Marynea Silva do Vale
1º SECRETÁRIO: MEMBROS: MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Henrique Mochida Takase (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cássio da Cunha Ibiapina
2º SECRETÁRIO: João Carlos Batista Santana (RS) Sidnei Ferreira (RJ) MS - SOCIEDADE DE PED. DO MATO GROSSO DO SUL:
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Luciana Cordeiro Souza (PE) Isabel Rey Madeira (RJ) Carmen Lucia de Almeida Santos
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Mariana Tschoepke Aires (RJ) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA:
3º SECRETÁRIO: Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Maria de Fatima Bazhuni Pombo Sant’Anna (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) Paula Helena de Almeida Gatass Bumlai
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
DIRETORIA FINANCEIRA: Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Leonardo Cabral Cavalcante
Cláudio Hoineff (RJ) Sergio Augusto Cabral (RJ) Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Katia Galeão Brandt
Hans Walter Ferreira Greve (BA) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA CONSULTORIA EDITORIAL: PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Anenisia Coelho de Andrade
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Fábio Ancona Lopez (SP)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) DIRETORIA DE DEFESA DA PEDIATRIA Dirceu Solé (SP) PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Kerstin Taniguchi Abagge
COORDENADORES REGIONAIS Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO
NORTE: EDITORES ASSOCIADOS: DO RIO DE JANEIRO:
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) MEMBROS:
Gilberto Pascolat (PR) Danilo Blank (RS) Katia Telles Nogueira
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA RIO GRANDE
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
NORDESTE: Cláudio Orestes Britto Filho (PB) Renata Dejtiar Waksman (SP) DO NORTE:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) João Cândido de Souza Borges (CE) Katia Correia Lima
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Anenisia Coelho de Andrade (PI) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
SUDESTE: Isabel Rey Madeira (RJ) Wilmerson Vieira da Silva
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Tulio Konstantyner (SP)
Cláudia Bezerra de Almeida (SP) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Mareny Damasceno Pereira
SUL: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL:
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sérgio Luis Amantea
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Fábio Ancona Lopez (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
CENTRO-OESTE: Rosamaria Medeiros e Silva
Regina Maria Santos Marques (GO) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Joel Alves Lamounier (MG) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
Dirceu Solé (SP) Ana Jovina Barreto Bispo
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA COORDENAÇÃO DE PESQUISA SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
TITULARES: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Cláudio Leone (SP) Sulim Abramovici
Gilberto Pascolat (PR) CIENTÍFICOS
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Elaine Carneiro Lobo
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO:
Isabel Rey Madeira (RJ) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Luciana Rodrigues Silva (BA) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO COORDENAÇÃO:
SUPLENTES: Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Rosana Alves (ES) Cláudio Barsanti (SP)
Tânia Denise Resener (RS) Joel Alves Lamounier (MG) Suzy Santana Cavalcante (BA) Edson Ferreira Liberal (RJ)
João Coriolano Rego Barros (SP) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Marisa Lopes Miranda (SP) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Silvia Wanick Sarinho (PE) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Joaquim João Caetano Menezes (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
CONSELHO FISCAL MEMBROS: EM PEDIATRIA PRESIDENTE:
TITULARES: Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO: Mario Santoro Júnior (SP)
Núbia Mendonça (SE) Paulo César Guimarães (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Cléa Rodrigues Leone (SP) VICE-PRESIDENTE:
Nelson Grisard (SC) MEMBROS: Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) SECRETÁRIO GERAL:
SUPLENTES: NEONATAL Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Jefferson Pedro Piva (RS)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Victor Horácio da Costa Junior (PR) DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
João de Melo Régis Filho (PE) Ruth Guinsburg (SP) Conceição Ap. de Mattos Segre (SP)
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) • Adolescência
PÚBLICAS: Kátia Laureano dos Santos (PB) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS) • Aleitamento Materno
COORDENAÇÃO: • Alergia
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Sérgio Luís Amantéa (RS)
Susana Maciel Wuillaume (RJ) • Bioética
MEMBROS: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) • Cardiologia
Clóvis Francisco Constantino (SP) Aurimery Gomes Chermont (PA)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) • Emergência
Maria Albertina Santiago Rego (MG) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO • Endocrinologia
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) • Gastroenterologia
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Luciana Rodrigues Silva (BA) • Genética
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Hélcio Maranhão (RN) • Hematologia
Evelyn Eisenstein (RJ) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS • Hepatologia
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) • Imunizações
Normeide Pedreira dos Santos (BA) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
João Coriolano Rego Barros (SP) Adelma Figueiredo (RR) • Imunologia Clínica
Alexandre Lopes Miralha (AM) Marcia de Freitas (SP) • Infectologia
André Luis Santos Carmo (PR)
Virgínia Weffort (MG) Marynea Silva do Vale (MA) • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
Themis Reverbel da Silveira (RS) PORTAL SBP • Nefrologia
Luciana Rodrigues Silva (BA) Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR)
• Neonatologia
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO MUSEU DA PEDIATRIA • Neurologia
PROFISSIONAL PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA • Nutrologia
À DISTÂNCIA COORDENAÇÃO:
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Oncologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA) • Otorrinolaringologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) MEMBROS: • Pediatria Ambulatorial
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Mario Santoro Junior (SP) • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
José Hugo de Lins Pessoa (SP) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) José Hugo de Lins Pessoa (SP) • Pneumologia
• Reumatologia
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES REDE DA PEDIATRIA • Saúde Escolar
Mauro Batista de Morais (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: • Segurança
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Luciana Rodrigues Silva (BA) • Sono
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Rubem Couto (MT) • Suporte Nutricional
Joel Alves Lamounier (MG) AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA: • Terapia Intensiva
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Altacílio Aparecido Nunes (SP) Ana Isabel Coelho Montero • Toxicologia e Saúde Ambiental
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) Flávio Diniz Capanema (MG) Ana Carolina de Carvalho Ruela Pires GRUPOS DE TRABALHO
COORDENAÇÃO: AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA: • Atividade física
Hélcio Villaça Simões (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) • Cirurgia pediátrica
COORDENAÇÃO: Elena Marta Amaral dos Santos
MEMBROS: • Criança, adolescente e natureza
Ricardo do Rego Barros (RJ) Renato Procianoy (RS) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA: • Doenças raras
Clovis Francisco Constantino (SP) MEMBROS: Rosenilda Rosete de Barros • Drogas e violência na adolescência
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA: • Metodologia científica
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Dolores Fernandez Fernandez • Oftalmologia pediátrica
Flavia Nardes dos Santos (RJ) João Guilherme Bezerra Alves (PE) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA: • Pediatria e humanidade
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Marco Aurélio Palazzi Sáfadi (SP) Anamaria Cavalcante e Silva • Saúde mental

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