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PATRÍCIA GALIAZI
NUTRICIONISTA
Olá, Veg!
PATRÍCIA GALIAZI
NUTRICIONISTA
CRN-3 52.830
OVOLACTOVEGETARIANA LACTOVEGETARIANA
VEGETARIANISMO X VEGANISMO
REGIME ALIMENTAR ESTILO DE VIDA
VEGANISMO = Exclusão, na medida do possível e do
X
VEGETARIANISMO = Exclusão de todas as carnes e
seus derivados alimentares. praticável, de todas as formas de exploração e de
crueldade com animais, seja para alimentação,
vestuário ou qualquer outra finalidade.
TODO VEGANO É VEGETARIANO, Dieta praticada: VEGETARIANA ESTRITA
MAS NEM TODO VEGETARIANO É VEGANO (popularmente conhecida como "dieta vegana")
Para obter
“DIETAS VEGETARIANAS BEM BENEFÍCIOS com a dieta
vegetariana, vale prestar atenção
PLANEJADAS SÃO APROPRIADAS diariamente nos nutrientes que serão
apresentados agora: FERRO, ZINCO,
PARA TODOS OS ESTÁGIOS DA VIDA E CÁLCIO, ÔMEGA 3, VITAMINA B12
e VITAMINA D.
POSSUEM MUITOS BENEFÍCIOS.”
Também é importante saber porque
a PROTEÍNA não é um
ASSOCIAÇÃO DIETÉTICA BRITÂNICA (REINO UNIDO)
fator crítico na dieta.
Food Fact Sheet –
Dietas Vegetarianas - 2014
ATENÇÃO! ESTE MATERIAL NÃO SUBSTITUI A ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL COM UM PROFISSIONAL DE SAÚDE
Para prescrição de dieta individualizada ou mudança significativa na alimentação, agende consulta com um(a) nutricionista.
PROTEÍNA VEGETAL
A proteína é formada por um conjunto de 20 aminoácidos, sendo que 9 deles não são produzidos pelo organismo. Eles
são chamados de aminoácidos essenciais (AE) e devem ser obtidos pela alimentação. Muitos acreditam que no reino
vegetal não existam alimentos que sejam fonte desses AE e que isso torne a dieta vegetariana inadequada para fornecer
proteínas de forma segura. Essa crença faz parte dos inúmeros mitos relacionados à alimentação vegetariana.
ALIMENTAÇÃO
Dietas vegetarianas tendem a ter maior quantidade de ferro total do que as não-vegetarianas. Porém, como o ferro de
alimento vegetais é mais sensível a fatores que interferem em sua absorção, é importante considerar alguns cuidados
para ter melhor aproveitamento desse mineral. A vitamina C pode aumentar em até 4 vezes a absorção de ferro vegetal.
ALIMENTAÇÃO
ABSORÇÃO DO ZINCO
É necessário ter atenção para consumir diariamente as fontes ricas em zinco e também com a forma de preparo dos
alimentos integrais, pois eles podem conter alto teor de fitato e esse é um fator que prejudica a absorção do zinco.
Alguns fatores como a ingestão de fontes de fibras ou de ferro não interferem na absorção desse mineral.
ALIMENTAÇÃO
Sementes: gergelim, abóbora, girassol, linhaça Deixe feijões e outras leguminosas de molho antes de
cozinhar (cerca de 12 horas)
Oleaginosas: castanhas, noz-pecã, amêndoa
Tenha sempre à mão um mix de castanhas com sementes e
Cereais integrais: aveia, quinoa, germe de trigo frutas secas para carregar na bolsa ou na mochila
Condimentos secos: cardamomo, tomilho, mostarda, Verifique se a sua ingestão calórica está de acordo com as
cominho, coentro, orégano, páprica, curry suas necessidades
ABSORÇÃO DO CÁLCIO
O cálcio tem a vitamina D como fator essencial para aumentar a sua absorção e o oxalato como seu maior inibidor.
Mesmo depois que o cálcio é absorvido, ainda pode haver perda desse mineral através da urina. Isso acontece em
situações em que há excesso na ingestão de proteínas (principalmente animal) ou quando há alta ingestão de sódio (ex.:
sal e temperos industrializados).
Ácido cítrico (laranja, lima, limão) ácido fítico ou fitato (leguminosas e sementes]
Vitamina D (exposição à luz solar, alimentos ácido oxálico ou oxalato (espinafre, ruibarbo,
fortificados ou suplementos alimentares) beterraba, acelga e cacau em pó)
Prebióticos (chicória, cebola, alho, escarola, O oxalato é o principal antinutriente que inibe o aproveitamento
de cálcio pela alimentação. Isso ocorre porque ele se liga ao
alho-poró) mineral, prejudicando a sua absorção. O espinafre contém
Os prebióticos são componentes alimentares benéficos à saúde, muito oxalato e, por isso, somente cerca de 5% do cálcio
pois favorecem a atividade de bactérias boas no intestino. presente nessa verdura consegue ser absorvido.
ALIMENTAÇÃO
CONVERSÃO DO ÔMEGA 3
Para garantir os benefícios do ômega-3, é importante que a quantidade consumida atenda às necessidades nutricionais
conforme gênero, idade e estado de saúde. A recomendação de ingestão padrão costuma variar de 2,2g a 3,2g por dia.
Além da quantidade adequada, é importante garantir que haja a proporção ideal junto ao ômega-6. Dessa forma, o
ômega-3 poderá ser convertido em sua forma ativa (EPA e DHA) para desempenhar todas as suas funções no organismo.
ALIMENTAÇÃO
Óleos: linhaça, chia, soja, canola Priorize o consumo de alimentos ricos em ômega-3
diariamente
Sementes: linhaça, chia
Evite consumir óleos ricos em ômega-6 como principais
Leguminosas: soja fontes de gordura
Oleaginosas: noz Evite o consumo de álcool e de alimentos com gordura
trans para não prejudicar a ativação do ômega-3
Para referência:
1 colher (chá) de óleo de linhaça: 2,7g de ômega-3 Restrinja o uso de alimentos processados
1 colher (sopa) de semente de linhaça: 2g de ômega-3
A maioria dos casos de deficiência de B12 ocorrem por má-absorção da vitamina e não pela sua baixa ingestão.
Alimentos de origem animal contêm B12 de origem bacteriana e mesmo quem consome essas fontes com B12 pode ter
essa deficiência por problemas na absorção também. Portanto, vegetarianos e não-vegetarianos devem sempre fazer
exames laboratoriais para saber se estão com o nível adequado dessa vitamina no sangue.
ALIMENTAÇÃO
12
PRODUÇÃO DA VITAMINA D
A produção da vitamina D pelo organismo tem início quando os raios solares entram em contato com a pele, permitindo
que alguns componentes dela se convertam em uma forma prévia da vitamina D. Depois, com a ajuda do fígado e dos
rins, essa pré-vitamina D acaba sendo transformada na vitamina D ativa que passa então a executar todas as suas
funções normalmente. Esse processo depende de uma série de fatores e pode variar muito de pessoa para pessoa.
Exposição solar adequada que varia conforme: Exposição ao sol somente com uso de filtro solar
. horário do dia . latitude geográfica (a exposição da pele com aplicação de filtro não é
. tempo de exposição . barreiras solares (roupas/filtros)
. estação do ano . pigmentação da pele eficiente para a produção de vitamina D]
O tempo de exposição à luz solar é muito variável. No inverno e em dias Exposição casual à luz solar [a produção da vitamina
nublados, há menos radiação solar, assim como em regiões com maiores
latitudes, afastadas da linha do Equador. Peles escuras precisam de maior D exclusivamente pela radiação solar exige
tempo de exposição solar do que as peles claras para ter o mesmo grau de
produção da vitamina D.
regularidade na exposição podendo ser de 2 a 3
ATENÇÃO: A ingestão de vitamina D em altas doses através do
vezes por semana com tempo de 5 a 30 minutos]
Locais com muita poluição atmosférica [a poluição
consumo de alimentos ou de suplementos pode ser TÓXICA ao organismo.
Por outro lado, não ocorre intoxicação quando há excesso de exposição à
luz solar. Deve-se, no entanto, ter atenção a esse quadro pois ele pode bloquear a passagem dos raios solares]
aumenta o risco para queimaduras e câncer de pele.
ALIMENTAÇÃO
Veja no modelo abaixo uma sugestão de prato equilibrado com metade dele preenchido com hortaliças para garantir
muitos nutrientes e a outra metade dividida entre fontes ricas em carboidratos e em proteínas. A porção de frutas
também aparece nessa refeição (dê preferência para uma fruta cítrica).
Legumes e verduras (grupo das Hortaliças): ricos em vitaminas, minerais, fibras, fitoquímicos* e antioxidantes
Cereais e batatas (grupo dos Grãos e Amiláceos): ricos em carboidratos
Feijões (grupo das Leguminosas): ricos em proteínas
Frutas: ricas em vitaminas, fibras, fitoquímicos e antioxidantes
NO DECORRER DO DIA
(como manter melhor hidratação e outros nurientes)
HIDRATAÇÃO VITAMINA D
VITAMINA B12
água ou bebidas luz solar, alimentos
alimentos enriquecidos
naturais não adoçadas enriquecidos ou
GORDURAS ou suplementos
(ex.: sucos e chás) suplementos
BOAS ÔMEGA-3
alimentares alimentares
abacate, azeite de óleo ou semente de
* os fitoquímicos são substâncias produzidas pelas plantas e que oferecem muitos benefícios para a saúde humana (ex.: licopeno e luteína)
REINO VEGETAL
Consuma opções variadas em cada grupo. Quanto maior a variação, mais saudável será o cardápio diário.
* os cogumelos não são vegetais, porém, se aproximam dos legumes em relação às características nutricionais
Chegamos ao fim deste E-Veg sobre Dieta Vegetariana no dia a dia. Aproveite agora estas Super Dicas e nos
vemos em breve com mais conteúdo para aumentar cada vez mais o seu conhecimento!
ALIMENTAÇÃO NATURAL
MAIS REFEIÇÕES COM
REFEIÇÃO COLORIDA
MENOS VOLUME
E VARIADA
Priorize o consumo dos Prefira se
grupos alimentares vegetais Quanto mais cores alimentar com
aos produtos industrializados. pequenos volumes e
e opções vegetais no
Busque sempre por novas com maior frequência a fazer
prato, maior a presença
receitas para fazer poucas refeições volumosas,
preparações deliciosas. de nutrientes e
ficando muito tempo sem comer.
Use e abuse dos fitoquímicos para
Coma devagar, mastigue bem
temperos favorecer ainda e aprecie a boa comida.
naturais. mais a sua
saúde.
HÁBITOS SAUDÁVEIS
MENOS ALIMENTOS
PROCESSADOS BOA HIDRATAÇÃO
A saúde fica mais
favorecida quando, além da boa
Evite ao máximo o consumo de Os vegetais contêm alimentação, há também a prática
alimentos processados (ex.: biscoitos muitas fibras e elas regular de atividade física e boa
recheados e macarrão instantâneo). Eles atuam melhor quando o qualidade de sono. Cuide
geralmente contêm ingredientes prejudiciais corpo está bem
sempre do seu corpo e
à saúde, como excesso de sal, óleo e hidratado. Consuma
da sua mente.
açúcar, além de aditivos químicos (ex.: principalmente água ao
corantes, aromatizantes e conservantes). longo do dia para
beneficiar o seu trato
gastrointestinal.
NTO
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e sinta-s a!
içã o V e getarian
Nutr
Academy of Nutrition and Dietetics. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics:
Vegetarian Diets. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. 116:1970-1980, 2016 Dec.
Davis, B., Melina, V. 100% Vegetariano: O guia essencial para uma alimentação saudável e
ecologicamente correta. São Paulo: Editora Cultrix, 2011.
Slywitch, E. Alimentação sem carne: guia prático: o primeiro livro brasileiro que ensina como
montar sua dieta vegetariana. São Paulo: Alaúde Editorial, 2010.
Slywitch E. Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos. São Paulo: Sociedade
Vegetariana Brasileira, 2012.
The British Dietetic Association (BDA). Food Fact Sheet: Vegetarian diets. Disponível em:
https://www.bda.uk.com/foodfacts/vegetarianfoodfacts.pdf. Acessado em 19 de julho de 2019.