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WHITE PAPER:
MANUAL DE DIETA
SERVIÇO DE
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
2020
Iquitos – Peru
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO............................................................... 3
II. PROPÓSITO........................................................................... 4
III. OBJETIVO........................................................................ 4
IV. BASE LEGAL................... 4
V. ÂMBITO DE APLICAÇÃO................... 4
VI. CONTEÚDO........................................................................ 5
VII. RESPONSABILIDADES................ 27
VIII. BIBLIOGRAFIA.................................................................... 28
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WHITE PAPER: DIETER MANUAL
I. INTRODUÇÃO
3
II. PROPÓSITO
III. OBJECTIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
V. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O escopo de aplicação do manual corresponde ao profissional
nutricionista que realiza a avaliação, diagnóstico e
acompanhamento nutricional das diferentes áreas de internação do
Hospital Iquitos Cesar Garayar García.
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VI. CONTEÚDO
DEFINIÇÕES OPERACIONAIS
Para o desenvolvimento do manual, foram consideradas as seguintes
definições operacionais:
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VI.1. DIETA COMPLETA
VI.1.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico suficiente em calorias para cobrir as
necessidades energéticas do indivíduo, completo de sua composição
fornecendo macronutrientes, micronutrientes e fibras; harmônico na
proporção de nutrientes de acordo com as recomendações
adequadas para cada paciente.
VI.1.3. TRAJETO
É indicado para qualquer paciente internado com peso adequado que
não tenha comprometimento do trato gastrointestinal, função
metabólica e/ou que não apresente nenhuma patologia ou
necessidade particular.
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VI.2. DIETA HIPERPROTEICA
VI.2.1. DEFINIÇÃO
É esse esquema terapêutico completo com maior contribuição
adicional de proteínas de alto valor biológico.
VI.2.3. TRAJETO
É indicado para todos os pacientes internados em estado de
Desnutrição Proteica em qualquer de seus graus. Pacientes pós-
operados de cirurgia de grande porte. Pacientes politraumatizados,
neoplásicos ou hipercatabólicos.
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VI.3. DIETA SUAVE
VI.3.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico composto por líquidos e sólidos de fácil
digestão.
VI.3.3. TRAJETO
É indicado em: Pacientes em pós-operatório com evolução da Dieta
Líquida Ampla. Pacientes com estenose esofágica e varizes
esofágicas em recuperação. Pacientes idosos.
VI.4.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico composto por alimentos com baixíssimo
teor de gordura e resíduos.
VI.4.3. TRAJETO
É indicado em: Pré e Pós-operatório de pacientes de procedimentos
cirúrgicos intestinais. Pacientes com distúrbios na motilidade
intestinal. Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal.
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CAFÉ DA Aveia
MANHÃ 2 pães franceses c/ clara de ovo
Sopa de macarrão
ALMOÇO Frango assado, arroz e batata parboilizada
OU Mazamorra de abacaxi
JANTAR Frango grelhado, arroz e batata-doce
Maçã
VI.5.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico com restrição de sódio, dependendo
diretamente da gravidade da doença.
VI.5.3. TRAJETO
É indicado em: Pacientes com doença cardíaca (Insuficiência
Cardíaca Congestiva). Pacientes com doenças renais (Síndrome
Nefrótica, Síndrome Nefrítica, Insuficiência Renal Crônica,
Insuficiência Renal Aguda, pacientes transplantados, etc.). Pacientes
com doenças hepáticas (cirrose hepática com ascite ou edema).
Pacientes com Hipertensão Arterial.
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AÇÚCARES: Geleia.
LEGUMES: Legumes cozidos.
FRUTAS: Frescas
VI.6.1. DEFINIÇÃO
É que a dieta terapêutica pobre em gordura, a redução de gordura
implica a limitação tanto em gorduras visíveis e gorduras
incorporadas nos alimentos. O teor de gordura é 20% menor que o
valor calórico total.
VI.6.3. TRAJETO
É indicado em: Litíase vesicular, coledocolitíase, colecistite aguda,
colecistite crônica, pancreatite em remissão, cirrose hepática
descompensada, má absorção de gordura ou esteatorreia,
dislipidemia.
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Leite desnatado ou iogurte a 1% feito de leite desnatado, carnes
magras, peixes, aves sem pele, carne bovina, ovo apenas claro,
queijo preparado com leite gordo, todos os vegetais preparados em
vegetais simples, todas as frutas, cereais simples sem gordura,
macarrão, arroz, pão; Tubérculos: batata, batata doce, mandioca,
bebidas: café, chá, sucos de frutas, bebidas de cereais, sobremesas,
gelatina.
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VI.7. DIETA DIABÉTICA
VI.7.1. DEFINIÇÃO
É esse regime terapêutico regulado em energia e macronutrientes,
levando em consideração a seleção de alimentos com menor índice
glicêmico, bem como o controle dos horários de ingestão. Para o
cálculo das necessidades nutricionais do paciente diabético, devem
ser levados em consideração energia, proteínas, gorduras e fibra
alimentar.
VI.7.3. TRAJETO
É indicado em: Diabetes mellitus não insulino-dependente, Diabetes
mellitus insulino-dependente.
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1800 12-15 30 55 25
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VI.8.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico que controla a contribuição de proteínas,
sódio e potássio; Isso fornece um suprimento adequado de calorias e
aminoácidos essenciais para atender às necessidades do paciente
com algum grau de comprometimento renal.
VI.8.3. TRAJETO
É indicado em: Pacientes com Insuficiência Renal sem Hemodiálise.
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VI.9. DIETA HIPOALÉRGICA
VI.9.1. DEFINIÇÃO
É que o regime terapêutico composto por alimentos que não contêm
ingredientes alergênicos ou alimentos, poderia produzir sensibilidade
em determinados pacientes.
VI.9.3. TRAJETO
É indicado em: Tratamento de Urticária, doenças alérgicas (Asma,
rinite alérgica, etc.), início do tratamento antirretroviral.
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CAFÉ DA Aveia c/ fruta
MANHÃ 2 pães franceses c/ geleia
ALMOÇO Sopa de galinha
Frango grelhado c/ arroz e batata parboilizada
(sem molhos)
Mazamorra de pêssego
JANTAR Frango grelhado c/ arroz e batata parboilizada
(sem molhos)
Mazamorra de pera
VI.10.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico modificado na textura para facilitar a
mastigação. Inicialmente inclui carnes moídas e frutas em compota,
bem como vegetais macios cozidos e alimentos macios de fácil
mastigação, de acordo com a tolerância e preferências do paciente.
Este tipo de dieta não carece de nutrientes.
VI.10.3. TRAJETO
É utilizado em pacientes com cirurgia de cabeça e pescoço, com
problemas dentários, de mastigação ou deglutição, disfagia,
estenose, intervenções cirúrgicas que afetam o sistema nervoso,
esôfago ou laringe. É utilizado em pacientes que evoluem de
alimentação parenteral ou enteral para alimentação sólida.
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VI.10.6. ALIMENTOS NÃO PERMITIDOS
Os alimentos que devem ser evitados são aqueles que possuem
bordas ou superfícies pontiagudas, como torradas, batatas fritas,
biscoitos. pão, etc.
VI.11.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico que fornece alimentos líquidos e
semilíquidos à temperatura ambiente. É usado para fornecer
nutrientes a pacientes com incapacidade de mastigar, engolir ou
digerir alimentos sólidos.
VI.11.3. TRAJETO
Indicado em: Pacientes com problemas de mastigação da deglutição,
disfagia. Pacientes com distúrbios na cavidade oral. Pacientes pós-
cirúrgicos de Cabeça e Pescoço. Pacientes com estenose esofágica.
Pacientes com fratura de mandíbula.
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Caldos, sopas de cremes coados, gelatina, sucos de frutas coados,
mazamorras fritas sem leite, etc. Todas as bebidas, exceto
alcoólicas.
VI.12.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico que supre as necessidades diárias de
água, esta é uma fonte de líquidos orais de fácil absorção com uma
quantidade mínima de resíduos. É usado principalmente para avaliar
a tolerância do trato gastrointestinal, mas ao mesmo tempo causar
estimulação mínima do mesmo.
Neste regime líquidos claros são fornecidos à temperatura ambiente,
no entanto, depende do estado clínico do paciente, do tipo de
líquidos a serem fornecidos.
Vale ressaltar que a Dieta Líquida Restrita é insuficiente em
conteúdo energético e macronutrientes. O uso prolongado dele como
única fonte de energia não é recomendado.
VI.12.3. TRAJETO
É indicado em: Pacientes em fase de recuperação de procedimentos
cirúrgicos gastrointestinais. Pacientes com distúrbios graves na
função gastrointestinal. Pacientes com evolução para fase de
alimentação por via oral. Pacientes em preparação de procedimentos
exploratórios (Colonoscopias, etc.) ou procedimentos cirúrgicos
(Cirurgias Gástricas, etc.).
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VI.12.4. VALOR NUTRICIONAL E DISTRIBUIÇÃO DE
MACRONUTRIENTES
CAFÉ DA Infusão
MANHÃ
A MEIO DA Infusão
MANHÃ
ALMOÇO Caldo Branco
MEIO DA TARDE Infusão
VI.13. DIETA JANTAR Caldo Branco LIQUEFEITA
VI.13.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico líquido composto por alimentos
processados e preparações alimentícias fluidas ou de baixa
viscosidade à temperatura ambiente, com pouco resíduo e alto teor
de água, este deve ser administrado de forma fracionada a cada 3 a
4 horas.
VI.13.3. TRAJETO
É indicado em: Pós-operatório de pacientes de procedimentos
cirúrgicos neurológicos. Pacientes com distúrbios neurológicos.
Pacientes com distúrbios da deglutição. Pacientes com cirurgias
bucomaxilofaciais. Pacientes com úlceras orais ou gastrointestinais.
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1200 12 - 15 25 60
VI.14.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico considerado como o primeiro alimento
que a criança recebe a partir dos 6 meses de idade · e cobre parte
de sua necessidade energética diária por ser um alimento
complementar. É semissólido na consistência e contém diferentes
alimentos ao longo de suas 3 etapas. As etapas são:
Alimentação Complementar I (6-8 meses)
Alimentação Complementar II (9 - 11 meses).
Alimentação Complementar III (12 - 23 meses).
VI.14.3. TRAJETO
É indicado em: Pacientes pediátricos a partir de 6 meses de idade,
levando em consideração o tipo de alimentação complementar
dependendo da idade da criança.
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VI.14.4. VALOR NUTRICIONAL E DISTRIBUIÇÃO DE
MACRONUTRIENTES
KCAL PROTEÍNA % GORDUR CARBOIDRATOS %
A%
800 12-25 35 60
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR I
A MEIO DA 1/2 banana triturada
MANHÃ
1/2 placa média de Fígado Puro
ALMOÇO
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR I I
A MEIO DA 1/2 Banana
MANHÃ
3/4 Prato médio de fígado picado
ALMOÇO com salada e arroz
MEIO DA TARDE
1/2 Maçã
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1 prato médio de peixe suado c/
ALMOÇO salada de batata doce, cenoura e
arroz.
MEIO DA TARDE
1 iogurte
ALIMENTO
1 Ensopado de frango de prato médio
c/ salada e arroz
LANCHE DA Leite
NOITE
VI.15.1. DEFINIÇÃO
É aquela dieta que é indicada para um teste diagnóstico ou controle
se o trato digestivo que está liberando sangue nas fezes é três dias
antes do teste.
VI.15.3. TRAJETO
É indicado para pacientes que suspeitam de sangramento interno
devido a doenças digestivas (úlcera gastroduodenal, câncer, etc.)
cuja perda de quantidades de sangue não são visíveis a olho nu, seja
como rectorragia ou como melena.
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VI.15.6. ALIMENTOS NÃO PERMITIDOS
O consumo de carne vermelha e seus derivados, peixes, frutas,
vegetais contendo peroxidases que possam inibir a reação deve ser
limitado.
VI.16.1. DEFINIÇÃO
É aquele regime terapêutico suficiente em calorias para cobrir as
necessidades energéticas do indivíduo oriundo das áreas ribeirinhas,
com alimentos próprios e exclusivos da área. Completa em sua
composição fornecendo macronutrientes, micronutrientes e fibras;
harmônico na proporção de nutrientes de acordo com as
recomendações adequadas para cada paciente.
VI.16.3. TRAJETO
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VI.16.5. ALIMENTOS PERMITIDOS
VII. RESPONSABILIDADES
O cumprimento das disposições deste manual é de responsabilidade
do serviço de nutrição e dietética do Hospital Iquitos Cesar Garayar
García.
VIII. BIBLIOGRAFIA
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5. Mahan K., et al. (2009). Krause Dietorerapia, 13ª edição, Editorial
Elserver lmprint, Carolina do Norte, Estados Unidos.
6. Manual Prático de Nutrição em Pediatria et al. (2007), Editorial
Ergon, Majadahonda. Madrid.
7. Mataix J. 2002. Nutrição e Alimentação Humana, Editorial
Océano, Barcelona Espanha.
8. Ministério da Saúde, Tabelas Peruanas de Composição de
Alimentos, Cenan 2009, Lima, Peru.
9. Resumo das recomendações de 2014 da American Diabetes
Association (ADA) para a prática clínica no manejo do diabetes
mellitus.
10. Ríella M., (2009) Nutrição e Rim, 1ª ed. 3ª. Reimp. Buenos Aires;
Medicina Pan-Americana.
11. Sylvia Escott - Strump. 2012 Nutrição, Diagnóstico e Tratamento,
7ª edição, Wolters Klumer / Lippincott willians e Wilkins Estados
Unidos.
12. M. Torresani. Orientações para cuidados nutricionais. 4ª edição:
Abril de 2009. Editorial Eudeba. Cidade de Buenos Aires.
13. Http://www.who.int/topícs/nutrition/es/.
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