A farmacocinética é o estudo do percurso dos fármacos
no organismo e os processos farmacocinéticos iram se preocupar em descrever as características de cada processo e definir os fatores que pode alterá-los e características como permeação e grau de ionização precisam ser consideradas.
C1: concentração mais alta
C2: concentração mais baixa Fatores Area: áreadefinem na qualaestá taxaocorrendo e penetração dos fármacos nos a difusão tecidos, são eles: coeficiente de participação Coeficiente de permeabilidade: (lipossolubilidade medida detamanho x hidrossolubilidade); mobilidade da dasmolécula moléculas da drogada área de contato, esses são e espessura utilizados para previsão do fluxo passivo de moléculas ao Espessura: espessura da via de difusão Permeação longo do gradiente de concentração, conhecida como lei de difusão de Fick Area× Pode ser realizada através de dois mecanismos fluxo ( moleculas por unidade de tempo )=( C 1−C 2 ) ×
Mecanismos passivos: onde não há gasto de energia,
sendo por difusão simples, aquosa e lipídica e configuração do transporte pelos compartimentos aquosos Mecanismos ativos: onde há gastos de energia, configuração do transporte dos fármacos pelas membranas plasmáticas e possui fator limitante mais significativo devido as barreiras lipídicas presentes no corpo
Para cada fármaco o coeficiente de participação
lipídeo/água é que definira quão fácil será o Grau de ionização deslocamento entre os ambientes aquosos e lipídicos Principalmente importante para ácidos e bases fracas, a Obs: na forma passiva os fármacos podem utilizar carga eletrostática de uma molécula definira a atração por componentes facilitadores no caso de possuírem uma dipolos de água e dessa forma sua hidrossolubilidade. De estrutura muito grande para atravessar a membrana da forma geral o PH do meio onde os fármacos são mesma forma o transporte ativo é possível, porém por ser disponibilizados definira quão ionizados eles estarão, realizado por transportadores que atuam contra o favorecendo ou não sua difusão pelas membranas gradiente de concentração temos o gasto de energia. A A forma ionizada sempre será a mais lipossolúvel, com endocitose também é possível isso:
O fármaco é englobado por Em pH ácido (pH<7): os fármacos ácidos ficam mais
uma vesícula formada pela lipossolúveis, pois a maior parte de suas moléculas membrana plasmática e estão na forma não ionizada. posteriormente liberado no Em pH básico (pH>7): os fármacos básicos ficam citosol da célula que o mais lipossolúveis, pois a maior parte suas moléculas englobou estão na forma não ionizada.
Absorção e vias de administração de fármacos
conhecida como o movimento do fármaco de seu sítio de fatores. econômica. paciente. administração para a circulação sistêmica. A absorção dos fármacos pode ser quantificada pela biodisponibilidade Bioequivalência Fração da dose administrada que efetivamente alcança o sítio Dois medicamentos podem ser considerados equivalentes de ação, ou a circulação caso possuam os meus ingredientes ativos, na mesma sistêmica, que levará o fármaco concentração ou dose e via de administração e serão considerados bioequivalência quando tiverem a mesma Aaté seu sítio. é um dos fatores que afetam a absorção, formulação biodisponibilidade alcançando a mesma concentração fármacos sólidos precisam passar por uma etapa chamada plasmática máxima no mesmo tempo biofarmacêutica onde se tem a desagregação, desintegração e dissolução do fármaco antes que ele Para administração via oral esteja disponível para absorver, esse processo não se faz necessário para formulações liquidas O fármaco deve passar pelo estômago e/ou intestino, ser libertado da sua forma de dosagem (formulação), Portanto, se a capacidade metabólica e excretória do dissolver-se totalmente ou parcialmente e ser absorvido. fígado e do intestino para o fármaco forem altas, a As amostras de sangue revelam concentrações biodisponibilidade é reduzida substancialmente, é o que aumentadas de fármaco até atingirem um pico máximo de chamamos de efeito de primeira passagem. Para tanto, a concentração (Cmáx), declinando após alcançar o pico, e, biodisponibilidade pode ser calculada na forma de um se não administradas novas doses, esse declínio chega a fator (F) zero Quantidade da drogaque alcança a circulação sistemica F= quantidade da droga administrada Onde 0 < F ≤ 1
É importante ressaltar que a via intravenosa, diferente da
via oral, não submete o fármaco a todas essas interferências citadas, sendo, portanto, uma via cujo fator de biodisponibilidade é = 1. Para as outras vias de administração, mesmo parenterais, o fator de biodisponibilidade pode se aproximar de 1, ou ficar bem Para administração intravenosa abaixo disso. É preciso considerar as características de O fármaco manifesta sua concentração plasmática cada via. máxima pouco tempo depois da administração e a partir VIA PADRÃO UTILIDA LIMITAÇÕ dai as amostras que se seguem revelam concentrações DE DE ES E cada vez menores com o tempo ABSORÇ ESPECIA PRECAUÇ ÃO L ÕES
Intravenosa A Valiosa Aumenta o
absorção é para uso risco de evitada. em efeitos emergência adversos. s.
Subcutâne Imediata, Adequada Inadequada
no caso de para para grandes No gráfico da concentração de fármaco versus tempo, soluções algumas volumes. a area under the curve (AUC) representa a quantidade aquosas. suspensões total de fármaco absorvido na circulação sistêmica, e, portanto, o fator de biodisponibilidade (F) pode ser Intramuscu Imediata, Adequada Contraindica calculado pela razão entre a AUC da formulação com o lar no caso para da durante o fármaco na qual se pretende identificar a das volumes tratamento biodisponibilidade e a AUC para a forma intravenosa soluções moderados. anticoagulan desse mesmo fármaco (que por definição é de 100%; aquosas. te. F=1). Ingestão Variável. Convenient Depende da oral Depende ee adesão do AUC (Obtida da forma emestudo) F= de muitos AUC da forma intravenosa Vias de administração Via pulmonar: Algumas drogas podem ser inaladas e absorvidas através do epitélio pulmonar. O acesso à Via oral: método mais comum, seguro e conveniente circulação é rápido e, dessa forma, a chegada ao sítio porém sua absorção pode ser prejudicada por de ação também, com a vantagem de evitar o características físico-químicas, êmese, destruição do metabolismo de primeira passagem. Por essa via, fármaco pelo Ph do estomago e interação com pode-se administrar fármacos com intenção de ação alimentos. Além disso o metabolismo hepático sistêmica e local. Quando se deseja uma ação no dependendo da intensidade pode reduzir próprio compartimento pulmonar, é preciso pensar drasticamente a absorção do fármaco. A absorção no em retê-lo nesse compartimento; isso, em geral, é TGI é ainda direcionada pelos seguintes fatores: área ajustado pela preparação que se utiliza ou por de superfície de contato, fluxo sanguíneo no sítio de fármacos da classe com menor lipossolubilidade, que absorção e concentração do fármaco nesses sítios. A tendem a permanecer no pulmão, em vez de ir para a maior parte da absorção é por difusão passiva, que é circulação sistêmica. favorecida quando o fármaco é lipossolúvel e está em Via transdérmica: A pele representa um órgão maior parte na forma não ionizada. A absorção do protetor bastante eficiente. Quando há a pretensão de fármaco ocorrera em maior quantidade no intestino, absorção pela via transdérmica, deve-se considerar ou seja, quanto maior for o esvaziamento gástrico fármacos com lipossolubilidade capazes de atravessar mais rápido o fármaco chega ao intestino e mais as diferentes camadas celulares que formam os rápido é absorvido tecidos. A absorção pode ser aumentada quando o Via sublingual a absorção se da pela mucosa oral e fármaco é colocado em suspensão em veículos por vasos drenados para a veia cava superior e oleosos e sob fricção. alcança rapidamente tanto a circulação sistêmica como seu sitio de ação Processo farmacocinético de distribuição: Via retal: há menor submissão dos fármacos ao Após a absorção ou a inserção do fármaco diretamente na metabolismo de primeira passagem. A mucosa do circulação sistêmica, é necessário que ele seja entregue ao reto é extensamente vascularizada, permitindo tecido-alvo para que exerça sua ação. O processo de saída absorção de fármacos administrados nesse do fármaco da circulação sistêmica para os diferentes compartimento. Alguns fatores implicam em tecidos é denominado de distribuição. desvantagens; trata-se de uma via desconfortável para o paciente, e alguns fármacos podem gerar Dependendo de suas propriedades físico-químicas, o irritação local. Em geral, a absorção é boa, mas fármaco pode ser distribuído para o espaço intersticial ou incerta. fluido intracelular. A chegada do fármaco aos órgãos e Via subcutânea: É possível quando o fármaco não tecidos é determinada por alguns fatores, gera irritação ou necrose no tecido. Normalmente, a principalmente: fluxo sanguíneo e permeabilidade dos absorção nesse local é constante e gera um efeito capilares que irrigam o órgão/tecido e alguns outros sustentado do fármaco. processos como: Via intramuscular: A absorção de fármacos por essa via dependerá da formulação e do fluxo sanguíneo Ligação a proteínas plasmáticas: Albumina é a local. Formulações mais oleosas retardam a absorção principal carreadora de fármacos ácidos, e a α1- dos fármacos administrados por essa via, gerando um glicoproteína ácida, a principal carreadora de mecanismo de depósito no músculo com liberação fármacos básicos. Ocorre que a fração do fármaco lenificada para a circulação sistêmica. Dependendo ligada a proteínas plasmáticas se torna, uma fração do local, e tendo ele melhor perfusão sanguínea, a farmacologicamente inativa, enquanto a fração livre absorção também é melhorada. Em geral, é mais (não ligada) é a farmacologicamente ativa, capaz de rápida a absorção quando a injeção é feita no deltoide sair do vaso, alcançar o tecido alvo e gerar ação. A (ombro), quando comparado ao glúteo máximo. ligação é geralmente reversível, de forma que a Via intravenosa: Como já descrito anteriormente, retirada do fármaco da circulação (por eliminação ou para essa via, a biodisponibilidade é completa (F=1). distribuição para o tecido) gere redução de fármaco É de grande valia quando há necessidade de efeito livre. Na mesma medida, o fármaco antes ligado se imediato. Trata-se, portanto, de uma via que requer desliga da proteína circulante, restaurando o cuidados redobrados, pois reações desfavoráveis equilíbrio entre as porções de fármacos ligados e podem acontecer. A dose a ser administrada precisa desligados das proteínas. estar rigorosamente acertada, pois não pode haver Entende-se, portanto, que as frações livres e ligadas contaminação microbiológica nem de partículas se mantêm constantes em função desse equilíbrio sólidas na preparação. Além disso, fármacos em dinâmico que é formado. veículos oleosos e que tenham partículas que Obs:A alta ligação às proteínas circulantes infere em precipitem no sangue não podem ser administrados, maior risco de efeitos adversos e tóxicos. afinal, uma vez administrados, não há recuo. A primeira consideração sobre esse evento é a redução da velocidade de eliminação dos fármacos, uma vez que, ligados às proteínas circulantes, o processo de filtração renal é impedido. Isso aumenta o tempo de permanência do fármaco no organismo como veremos no esquema, Ligação a tecidos: Alguns fármacos tendem a acumular-se em tecidos, adquirindo concentrações até maiores do que as que atingem no sangue e no espaço extracelular. A ligação nos tecidos normalmente ocorre por afinidade a constituintes celulares, como proteínas, fosfolipídeos, e é um processo reversível. Quando grande parte do fármaco se encontra ligado ao tecido, o mesmo serve de reservatório, o que prolonga a ação do fármaco no organismo. Além disso, o acúmulo no tecido pode gerar toxicidade local (a exemplo da ototoxicidade produzida pelos aminoglicosídeos). Muitos fármacos lipossolúveis se acumulam no tecido adiposo. O percentual desse tecido em alguns indivíduos, como em pessoas obesas, pode contribuir para acúmulo de fármacos, aumentando o risco de gerar reservatório. Ainda nesse contexto, é importante ressaltar que alguns fármacos se ligam a tecidos em um evento chamado de redistribuição. Muitas vezes, a redução da concentração plasmática do fármaco é observada, mas não necessariamente sua eliminação. Após o efeito primário, no tecido-alvo, alguns fármacos podem se redistribuir para outros tecidos, o que, muitas vezes, contribui para encerrar rapidamente seu efeito, a exemplo do tiopental.