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Da Posse
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08/03/2012
Art. 1223(CC) - Perde-se a posse quando cessa, embora Art. 1228(CC) - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e
contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem ao qual dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer
se refere o art. 1196 CC. que injustamente a possua ou detenha.
Art. 1224(CC) - Só se considera perdida a posse para quem Art. 1228, § 3º(CC) - O proprietário pode ser privado da coisa,
não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade
abstém de retomar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é pública ou interesse social, bem como no de requisição, em
violentamente repelido. caso de perigo público iminente (que está para acontecer).
Da descoberta
Da descoberta
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08/03/2012
Da Usucapião ordinária
Da usucapião Extraordinária
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural Entre as tantas leis que passaram despercebidas, chama atenção a lei nº
ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, 1.424/2011, que acresce ao Código Civil o art. 1240-A, com a seguinte redação:
“Aquele que exercer, por dois anos ininterruptamente e sem oposição, posse
sem oposição, área de terra em zona rural não superior a direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250 m² cuja propriedade
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para
de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
propriedade.(Usucapião especial rural). seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.”
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos O novo dispositivo do Código Civil traz grandes consequências patrimoniais para
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua o cidadão brasileiro, principalmente para os ex-companheiros e ex-cônjuges que
abandonarem o lar, haja vista a possibilidade daquele que permaneceu no imóvel
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que usucapir a meação da residência do casal. Desta forma, surgiu um novo conflito
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou entre o casal que poderá litigar tanto na ação de divórcio, quanto em uma ação
rural(Usucapião especial urbana). própria de usucapião.
Ressalta-se que a usucapião por abandono do lar está restrita aos imóveis
urbanos de até 250 m², bem como ao único imóvel do casal, fato este que
abrange grande parte dos casais brasileiros, notadamente aqueles que
residem em apartamentos.
Constata-se, ainda, que o legislador brasileiro reavivou o “abandono do
lar”, que andava esquecido pela legislação pátria, fixando o prazo de dois
anos para que fique caracterizada esta situação. A usucapião por
abandono do lar é um instituto novo no Brasil, e ainda não podemos
exatamente prever quais as suas consequências a longo prazo, mas, ao
que parece, a nova lei pode gerar novos conflitos sociais, pois ao invés de
pacificar interesses cria um novo litígio familiar.
Fonte:
www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18§ion=capa
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