FÍSTULA ARTERIO-VENOSA Características semelhantes das fístulas:
1. Aumento no fluxo sanguíneo arterial e venoso com o tempo→ sobrecarga
cardíaca (insuficiência cardíaca de alto débito) em pacientes suscetíveis.
a. Diâmetro e fluxo dentro da artéria→ aumento inicial abrupto no momento
da criação da fístula + aumento gradual contínuo posteriormente.
b. Vasos calcificados→ aumento no fluxo comprometido.
2. Aumento do fluxo→ isquemia da extremidade distal.
a. Roubo mais provável em pacientes submetidos a fístulas AV de base
braquial em comparação com fístulas de base na artéria radial.
b. Sindrome do roubo ou síndrome de Lumsden→ fluxo sanguíneo para a
extremidade distal da fístula é comprometido devido ao desvio de sangue para a fístula. Sintomas- dor, palidez, parestesia e isquemia do membro afetado.
3. Preocupação estética→ devido aumento de diametro.
a. Degeneração aneurismática ao longo do tempo.
Requisitos para uso de fístula AV:
Fístula AV deve ser acessível (com o paciente sentado).
No antebraço deve ficar na superfície volar.
Compartimento volar (anterior) do antebraço→ músculos flexores +
pronadores (antebraquiais).
4-DESCREVER A TÉCNICA DA FÍSTULA ARTERIO-VENOSA 1
*RW-Maço móvel.
No braço deve estar na superfície anterior ou lateral.
Deve poder ser canulada repetidamente de forma confiável.
Deve estar 5-6 mm da superfície da pele.
Segmento relativamente reto de 8-10 cm de comprimento precisa estar
disponível para canulação.
Fluxo sanguíneo adequado→ pelo menos 500-700 cc/min.
4-DESCREVER A TÉCNICA DA FÍSTULA ARTERIO-VENOSA 2
Fístula Radiocefálica ou de Brescia-Cimino-Apel:
Procedimento inicial na maioria dos serviços.
Vantagens: proximidade entre veia e artéria; única incisão (transversal ou
longitudinal, preferida a segunda); em caso de falência ou não maturação, permiti o uso mais proximal da mesma veia; feita com anestesia local (com ou sem sedação endovenosa); não exigi internação.
Técnica:
Incisão de pele.
Dissecar v. cefálica.
Observar→ diâmetro, transparência da parede e distensibilidade.
Aprofundar plano de dissecção→ alcançar a fáscia profunda do punho,
onde se encontra a a. radial.
4-DESCREVER A TÉCNICA DA FÍSTULA ARTERIO-VENOSA 3
Dissecar delicadamente a. radial→ evitar lesão de pequenos ramos→ hematomas parietais.
Laçadas com fitas de silastic proximal e distalmente.
Palpar amplitude do pulso→ diabéticos ocorre calcificação da média→
baixa pulsatilidade + fluxo normal.
Ligadura do coto distal da v. cefélica + testar frêmito evocado (injeção de
solução salina heparinizada→ ao mesmo tempo→ distender suavemente a v. + palpar o frêmito/vibração no segmento eferente).
Anastomoses de forma termino-lateral→ técnica do paraquedas e no-
touch→ evitar a mínima lesão possível no endotélio (deixando pequeno excesso de veia para que seja ressecado ao final da anastomose).
Heparinização local.
Sutura em chuleio contínuo→ fio de polipropileno.
Observação sistemática no trajeto subcutâneo da v. cefálica→ detectar
compressões e ampliar, se necessário, o túnel onde a mesma ficará acomodada.
Sutura-se a pele→ fio de nylon 4-0 ou 5-0→ pontos simples.