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Processo nº
1
DOS FATOS:
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Não obstante a tais e relevantes fatos, a
Requerida em flagrante descumprimento ao pactuado,
ora se recusa ao cumprimento da obrigação
assumida, ou seja, a aposição de sua assinatura na
competente Escritura Pública de Cessão de Direitos
Hereditários e de Meação.
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Douto Julgador, ressalte-se que muito embora
esteja a Requerida recebendo tempestiva e
regularmente os valores pactuados contratualmente
e pagos da data combinada pelo Requerente (docs.
inclusos) – ao se omitir no cumprimento do ato
obrigacional, se denota que tem unicamente por
escopo provocar cizânia acerca do contratado,
usando para tal, asserções pífias e de flagrante
má-fé, que sob a égide de qualquer argumento
retratam a realidade, e que visam tão e somente
macular a avença expressa e vis a vis o pretenso
desfazimento do negócio legalmente entabulado,
possivelmente com fito de tentar negociar com
outrem a parte objeto do supracitado Contrato de
Cessão do acervo concernente ao espólio, cujo
direito hereditário foi expressamente cedido e
transferido ao Requerente.
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Transcorrido “in albis” o prazo contratual de 10
(dez) dias, (alínea “d”, cláusula segunda do
Contrato Particular de Cessão de Direitos
Hereditários e Meação), a Requerida se omitiu ao
cumprimento de sua obrigação legal, deixando uma
vez mais de cumprir com sua obrigação legal, ou
seja, assinar a Escritura Pública já previamente
lavrada no Cartório do Registro Civil e
Tabelionato de Notas do Distrito Da Barra do
Jucu, Vila Velha-ES (localizado na Rodovia do Sol,
Km 15, Riviera da Barra, Vila Velha, ES, CEP
29125-020.
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Em razão dos lastimáveis fatos ora resta o
Requerente impedido de Escriturar o pactuado,
ultimando o negócio jurídico entabulado de boa-fé
com a Requerida, e minorando o já imensurável
prejuízo experimentado, isto por força de vir
cumprindo regularmente o pactuado, inclusive com o
tempestivo pagamento das parcelas mensais
contratadas (doc.inclusos),
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
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§ 1º Os direitos, conferidos ao herdeiro em
consequência de substituição ou de direito de
acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita
anteriormente.
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Desta forma, atendidos os requisitos legais no
ambiente do negócio jurídico, passa-se a perseguir
a eficácia de referido negócio a teor do que prevê
o art.104 do CC, “verbis”:
I - Agente capaz;
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Doutor Julgador, é de total responsabilidade da
Requerida envidar todas as providências
necessárias para o cumprimento regular e legal do
Contrato, de forma que seja possível à outorga da
Escritura Pública, ato sem o qual o Requerente
fica impossibilitado de exercer na plenitude seus
direitos adquiridos por Cessão, óbices estes que
ora já causam incontáveis prejuízos materiais e
morais.
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Além de muito graves os fatos acima narrados e
amplamente comprovados em anexo (docs inclusos),
resulta para o Requerente, o direito de requerer
em Juízo, como ora o faz, a condenação da
demandada em obrigação de fazer, qual seja, a
obrigação para que assine a Escritura Pública, e
com isso dando sua anuência para ato formal e
exigência legal.
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“Art. 501. Na ação que tenha por objeto a emissão de
declaração de vontade, a sentença que julgar
procedente o pedido, uma vez transitada em julgado,
produzirá todos os efeitos da declaração não emitida.”
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A boa fé objetiva diz respeito à conduta de uma
forma perante a outra, que pressupõe como
princípio elementar e imprescindível a lisura e
honestidade em suas obrigações antes, durante e
depois da assinatura do contrato, fato
comprovadamente inexistente “in casu”.
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Com efeito, os requisitos enumerados nos arts. 294
e 295, ambos do CPC, são de clareza meridiana no
que diz respeito a matéria, “verbis”:
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A previsibilidade do direito, ou a fumaça do bom
direito, é a perspectiva desse mesmo direito. No
presente caso, o Requerente demostrou de forma
clarividente e açorada através da juntada farta e
robusta documentação aos autos, os elementos que
demonstram a concreta possibilidade de ter se
passado o que foi exatamente aqui narrado, o que
caracteriza por demais a chances de êxito na
presente demanda.
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Portanto, comprovado esta que o risco do dano é
concreto (não decorre de mero temor subjetivo) e
muito grave (tem a nítida pretensão para
prejudicar, impedindo o direito do Requerente).
“Art. 300.
[...]
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Ad argumentandum tantum, releva destacar que TODAS
as alegações do Requerente estão devida e
amplamente comprovadas como se denota da farta
documentação acostada ao presente exórdio (docs.
inclusos), o que torna a possibilidade de
acolhimento da pretensão ora esposada não só
plausível bem como concreta, visto que a tutela
provisória satisfativa (tutela antecipada), caso
não seja concedida com supedâneo na urgência,
poderá sim ser deferida com base na evidência, com
amparo no que determina o art. 311, IV, do CPC,
transcrito abaixo, “verbis”:
[...]
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Merece destaque conforme bem-dispõe o dispositivo
legal retro transcrito, que o magistrado poderá se
valer das medidas que considerar adequadas e
pertinentes para a concreta efetivação da tutela
provisória, fazendo uso inclusive dos princípios
concernentes ao cumprimento provisório de
sentença, sendo que dentre as previsões se
encontra a multa, conforme se depreende dos arts.
536 e 537 da Legislação Instrumental, “verbis”:
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§ 4o A multa será devida desde o dia em que se
configurar o descumprimento da decisão e incidirá
enquanto não for cumprida a decisão que a tiver
cominado.
DECISÃO/MANDADO
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QUE a Requerida é a adquirente da unidade n. 1.202,
nunca tendo se associado à Autora, abandonou
literalmente o imóvel, sem que em tempo algum viesse a
contribuir com os demais associados no custeio do
acabamento e finalização do empreendimento; QUE a
Requerida nunca contribuiu com os demais associados da
Autora para a finalização da obra, tendo realizado o
pagamento de apenas R$ 62.000,00 para o custeio de
gastos destinados à área de lazer; QUE o habite-se já
foi emitido, sendo certo que a Requerente diligenciou
quanto à lavratura da Escritura Pública de Permuta de
Fração Ideal por Obrigação de Construir e Atribuição
de Unidade para todos os promitentes compradores; QUE
a Requerida, que é promitente compradora junto à Vigar
Empreendimento Imobiliário Ltda, da unidade 1202,
apesar de instada a assinar o competente documento,
não o fez, se recusando injustificadamente a fazê-lo,
mesmo que depois de diversas vezes notificada.
Decido.
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Sendo assim, e em face do exposto, com base no art.
300 do CPC, concedo a tutela de urgência, no sentido
de determinar à parte Requerida que, no prazo de cinco
dias, compareça ao Cartório do 3º Ofício de Notas de
Vila Velha (localizado na Av. Champagnat, nº 564,
Praia da Costa, Vila Velha, ES, CEP 20.101-410), a fim
de regularizar a assinatura da Escritura Pública de
Permuta de Fração Ideal por Obrigação de Construir e
Atribuição de Unidade.
(...)
I-se. Dil-se.
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Caso não seja deferida a tutela provisória
satisfativa (tutela antecipada) com base na
urgência, requer que este h. Juízo a defira com
base na evidência, determinando, desde já, que a
Requerida compareça ao Cartório do Registro Civil
e Tabelionato de Notas do Distrito Da Barra do
Jucu, Vila Velha-ES, a fim de assinar a competente
Escritura Pública de Cessão de Direitos
Hereditários e Meação, no prazo de 48 horas,
arcando com todos os custos necessários a esta
regularização, sob pena de aplicação de multa
diária R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
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DO DANO MORAL
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Por tal razão é certo que deve ser tomada por
exemplar a punição do caso em tela, por ser
inclusive notório o já reiterado descaso que a
Requerida tem para com os direitos do Requerente.
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Diante de tais e consagrados fatos amplamente
comprovados nos presentes autos, requer seja a
Requerida condenada a indenização por danos morais
comprovadamente sofridos, em valor a arbitrado
discricionariamente por VOSSA EXECÊLENCIA.
DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE:
REQUERIMENTOS FINAIS.
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- Caso não seja deferida a tutela provisória
satisfativa (tutela antecipada) com base na
urgência, que este h. Juízo a defira com base na
evidência, determinando, desde já, que a Requerida
compareça ao Cartório do Registro Civil e
Tabelionato de Notas do Distrito Da Barra do
Jucu, Vila Velha-ES (localizado na Rodovia do Sol,
Km 15, Riviera da Barra, Vila Velha, ES, CEP
29125-020), a fim de regularizar a assinatura da
Escritura Pública de Cessão de Direitos
Hereditários e Meação, a fim de regularizar a
assinatura de Escritura Pública de Permuta de
Fração Ideal por Obrigação de Construir e
Atribuição de Unidade, no prazo de 48 horas,
arcando com todos os custos necessários a esta
regularização, sob pena de aplicação de multa
diária R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
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- Que, ao final, em sentença, seja confirmada e
mantida a tutela provisória satisfativa (tutela
antecipada) vindicada, que por certo será
deferida, no sentido de determinar à Requerida que
compareça ao Cartório do Registro Civil e
Tabelionato de Notas do Distrito Da Barra do Jucu,
Vila Velha-ES (localizado na Rodovia do Sol, Km
15, Riviera da Barra, Vila Velha, ES, CEP 29125-
020), a fim de regularizar a assinatura na
Escritura Pública de Cessão de Direitos
Hereditários e Meação da integralidade do direito
de ¼ (um quarto) da herança e também daquele que
teria à meação, sobre os bens que compõe o acervo
do espólio de Miguel Virgílio Marçal, sob pena da
sentença SUPRIR A VONTADE DA REQUERIDA,
CONSTITUINDO-SE EM TÍTULO HÁBIL PARA OS FINS A QUE
SE DESTINA;
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testemunhais, documentais, periciais, bem como o
depoimento pessoal da Requerida.
Nesses Termos,
Pedem Deferimento.
( )
OAB/ES n.º ( )
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