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Introdução
As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo, com
uma estimativa de representação de 31% de todas as mortes em nível global. Destas, estima-se
que 85% ocorrem devido a ataques cardíacos e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), sendo a
maioria em países de baixa e média renda. Englobam um grupo de doenças do coração e dos
vasos sanguíneos e incluem:
Doença coronariana – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco;
Doença cerebrovascular – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro;
Doença arterial periférica – doença dos vasos sanguíneos que irrigam os membros
superiores e inferiores;
Doença cardíaca reumática – danos no músculo do coração e válvulas cardíacas devido
à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas;
Cardiopatia congênita – malformações na estrutura do coração existentes desde o
momento do nascimento;
Trombose venosa profunda e embolia pulmonar – coágulos sanguíneos nas veias das
pernas, que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões.
Ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais geralmente são eventos agudos
causados principalmente por um bloqueio que impede que o sangue flua para o coração ou para
o cérebro. A razão mais comum para isso é o acúmulo de depósitos de gordura nas paredes
internas dos vasos sanguíneos que irrigam o coração ou o cérebro. Os acidentes vasculares
cerebrais também podem ser causados por uma hemorragia em vasos sanguíneos do cérebro
ou a partir de coágulos de sangue. A causa de ataques cardíacos e AVCs, geralmente, são uma
combinação de fatores de risco, como o uso de tabaco, dietas inadequadas e obesidade,
sedentarismo e o uso nocivo do álcool, hipertensão, diabetes e hiperlipidemia.
Marcadores cardíacos são substâncias liberadas no sangue quando há lesão do músculo
cardíaco. A dosagem dessas substâncias é utilizada para auxiliar no diagnóstico de doenças
cardíacas. Entre os diversos marcadores, destacam-se a Creatinoquinase (CK). Está é uma
molécula constituída por duas subunidades: M e B. Quando ocorre necrose do músculo do
miocárdio, há liberação da isoenzima CK-MB para o meio extracelular e sua dosagem representa
um recurso importante para a detecção da lesão cardíaca.
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FACULDADE DE MEDICINA DO SERTÃO-FMS
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA
LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL
Objetivo Geral
Abordar os aspectos anatomopatológicos e laboratoriais envolvidos em lesões
cardíacas.
Objetivos Específicos
Estudar as aspectos anatomopatológicos do Infarto cardíaco;
Discutir sobre os principais marcadores de lesão cardíaca: Mioglobina,
Creatinoquinase (CK), Troponina;
Discutir caso clínico de infarto agudo do miocárdio e sua relação com a
dispnéia e dor cardíaca.
Anotações:
Área..........................................................................
repleta de
polimorfonucleares
..........................................................................
Anotações:
..........................................................................
..........................................................................
Vasos
..........................................................................
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Tecido fibro-vascular remodelamento
Depois, diminuída quantidade de vaso e aumenta a quantidade
Vaso com de fibrose- essa é a fase de remodelamento, que vem depois
macrófagos e da fase de maturação
polimorfonucleares
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LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL
Anotações:
A coloração destaca fibras colágenas
............................................................................
............................................................................
............................................................................ Área de cicatriz
em azul
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CASO CLÍNICO:
A.M.S, 44 anos, sexo masculino, pardo, casado, 2 filhos, natural de Cajazeiras-PB, reside
em João Pessoa-PB, trabalha com construção civil, deu entrada no dia 07/05/20 na Unidade de
Pronto atendimento (UPA) em João Pessoa-PB, alegando forte dor torácica com caráter de
queimação, tendo sido feito o diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), encaminhado
para o Centro de Hemodinâmica de outro Hospital da cidade e em seguida, feito o procedimento
de angioplastia. Paciente relatou que na noite anterior (06/05) sentiu uma dor de fraca
intensidade no mesmo local, tomou um AINE e foi dormir normalmente, sem nenhuma
complicação. No dia seguinte, quando estava trabalhando, sentiu uma dor torácica com
intensidade cerca de 10 vezes maior do que a que havia sentido na noite passada, com caráter
de queimação e com irradiação para membro superior esquerdo, concomitantemente sentiu
náuseas, boca seca, sudorese intensa e sensação de olho seco. Afirmou que a mãe já havia
passado por situação semelhante, tendo sido diagnosticada com IAM e com Hipertensão Arterial
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Sistêmica (HAS). A.M.S também foi diagnosticado como portador de HAS há cerca de 3 anos, lhe
sendo prescrito Losartana Potássica para intervenção farmacológica, porém o tratamento não
foi aderido. Negou ser alérgico a qualquer medicação e afirmou nunca ter feito uma intervenção
cirúrgica. É um ex-tabagista, tendo findado o tabagismo há aproximadamente 10 anos, fumando
um maço de cigarro por dia, durante 18 anos. É etilista ocasional, consumindo bebidas alcoólicas
no máximo duas vezes na semana. Possui uma alimentação pouco balanceada, dando
preferência para frituras e comidas ricas em lipídeos, além de consumir bastante café (cerca de
2L/dia). Segundo o paciente, não é sedentário e pratica futebol de uma a duas vezes por semana,
alegando bastante dor de cabeça quando terminava o esporte. Alegou estresse físico e
emocional relacionados com o trabalho. Ao se efetuar o exame físico completo, as únicas
alterações notadas foram: Lipoma abdominal palpável no hipocôndrio direito, Lipoma palpável
na perna esquerda e leve ginecomastia no tecido mamário esquerdo. Quanto à aferição dos
sinais vitais, apresentava-se com Pressão Arterial de 142/120 mmHg em ambos os membros
superiores, Frequência Cardíaca de 70 bpm e Frequência Respiratória de 23 ipm. Estava lúcido
e orientado tanto em tempo, quanto em espaço, além de estar em bom estado geral.
Em relação a exames laboratoriais colhidos no dia 07/05, os resultados foram: CK:
10.485,0 U/L, CKMB: 509,20 U/L, Troponina I ULTRA: 28,53 ng/L, Troponina: 22,09 ng/L.
REFERÊNCIAS
FALCÃO, Creso A.; II, Jeronimo M. Cardiologia - Diagnóstico e Tratamento: MedBook Editora,
2017. E-book. ISBN 9786557830482. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830482/;
MOTTA, Valter. Bioquímica Clínica para o Laboratório - Princípios e Interpretações. MedBook
Editora, 2009. E-book. ISBN 9786557830260. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830260/;
CUCULICH, Philip S.; KATES, Andrew M. Cardiologia: Manual de Consulta. (The Washington
Manual™. Série Subspecialty Consult): Thieme Brazil, 2016. E-book. ISBN 9788554650766.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554650766/.
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Corte transversal
Cardiomiócitos normais
Discos intercalares
Núcleo
Vascularização
Estrias transversais
Cardiomiócitos normais intercalados por fibrose
Hipertrofia
compensatória