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Estruturas Anatômicas

VASOS SANGUÍNEOS

Diagramas de uma artéria muscular de um preparado histológico corado por hematoxilina-eosina (HE)
(esquerda) e de uma artéria elástica corada pelo método de Weigert para estruturas elásticas (direita).

Aterosclerose

Júlia Morbeck – @med.morbeck


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HIPERTROFIA CONCÊNTRICA E EXCÊNTRICA

No miocárdio hipertrófico as fibras musculares estão


alargadas e maiores, além do aumento do volume do
núcleo.

➢ Hipertrofia concêntrica (B), com um aumento na


espessura da parede, como ocorre na
hipertensão (PORTH, 10ª ed.). Na sobrecarga
pressórica, ocorre desenvolvimento de
sarcômeros em paralelo, com maior aumento da
massa em relação ao volume ventricular
(SOCESP, 4ª ed.).
➢ Hipertrofia excêntrica (C), com um aumento
desproporcional no comprimento do músculo,
como ocorre na MCD (PORTH, 10ª ed.). No caso
da sobrecarga volumétrica, ocorre hipertrofia de
sarcômeros em série, com maior aumento do
volume ventricular em relação à massa
(SOCESP, 4ª ed.).

VENTRÍCULO ESQUERDO NORMAL E HIPERTRÓFICO

Júlia Morbeck – @med.morbeck


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Ciclo de vida do Trypanossoma cruzi Miocardite Chagásica Aguda

Formas evolutivas do T. cruzi

Epimastigosta Miocardite Chagásica Crônica

Tripomastigosta sanguícola

IMPORTANTE: Na fase crônica é escasso a AMASTIGOTA.

FASE CRÔNICA

• Infiltrado Inflamatório Crônico;


• Fibrose;
• Hipertrofia.

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Miocardiopatia hipertrófica e dilatada

↠ A miocardiopatia hipertrófica é caracterizada pela


hipertrofia concêntrica (sobrecarga de pressão) –
Disfunção Diastólica.

↠ A miocardiopatia dilatada é caracterizada pela


hipertrofia excêntrica (sobrecarga de volume) –
Disfunção Sistólica.

↠ Miocardite chagásica crônica. São característicos a


extensa fibrose do miocárdio e o infiltrado inflamatório
crônico inespecífico, composto por linfócitos, plasmócitos
e macrófagos. Há também intensa hipertrofia vicariante
das fibras miocárdicas, para compensar as que sofreram
necrose após parasitismo pelo T. cruzi. Nesta fase da
doença não se observam ninhos de amastigotas,
característicos da fase aguda.

Júlia Morbeck – @med.morbeck


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Aterosclerose

Características microscópicas do IAM


CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DA ATEROSCLEROSE

Júlia Morbeck – @med.morbeck


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↠ As fibras do miocárdio necróticas caracterizam-se


por ausência de núcleos. Notam-se no interstício edema
e células inflamatórias, constituídas
por neutrófilos e macrófagos. Ambos são responsáveis
pela fagocitose das fibras necróticas.
Embaixo, área de infarto antigo do miocárdio, na mesma
lâmina do infarto recente. As fibras necróticas
desapareceram e foram substituídas por tecido
fibroso (processo de reparo, pois no miocárdio não há
regeneração).

FATORES DE RISCO PARA O IAM: aterosclerose, idade


avançada, tabagismo, HAS, colesterol elevado, histórico
familiar.

↠ Infarto agudo do miocárdio. É uma necrose coagulativa


do miocárdio de origem isquêmica (obstrução de uma
artéria coronária), e recente (algumas horas a poucos
dias).
Necrose coagulativa (isquêmica): Neste tipo de necrose, as células
necrosadas irão assumir um aspecto acidófilo e granuloso com o
citoplasma coagulado. Como uma das principais causas encontra-se a
perda da irrigação sanguínea.

A necrose coagulativa é o único tipo de necrose, onde, apesar de


acontecer alguma degradação enzimática, ocorre também a
preservação do tecido, sendo possível reconhecer o tecido de origem
ao microscópio.

Júlia Morbeck – @med.morbeck


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Achados histológicos da endocardite bacteriana de bactérias, que aparecem como nuvens de material
basófilo (arroxeado). Só com objetiva de imersão é
possível individualizar as bactérias (cocos) em algumas
regiões.

Manifestações Clínicas da endocardite bacteriana

• Nódulos de Osler;
• Lesões de Janeway;
• Manchas de Roth;
• Coriorretinite/ Endoftalmite;
• Hemorragia subungueal.

VEGETAÇÃO (TROMBO SÉPTICO)

↠ Endocardite bacteriana. A parte lisa do fragmento


corresponde a uma superfície da valva. Nesta observa-
se o tecido fibroso denso, com neutrófilos, parte dos quais
em apoptose, entre as fibras colágenas. O volumoso
trombo aderido à valva é constituído por fibrina e colônias

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Tipos de Aneurisma ↠ Alterações microscópicas: fragmentação difusa das


fibras elásticas e aparente diminuição das células
↠ Aneurisma é a dilatação dos vasos sanguíneos musculares lisas.
envolvendo as suas 3 camadas. Ocorre quando a função do
tecido conjuntivo é comprometida (mutações nos receptores TGF-
beta causa defeito na síntese de colágeno e elastina).

• Verdadeiro: sacular ou fusiforme.


• Falso: Pseudoaneursima – defeito na parede vascular
que resulta na formação de um hematoma extravascular
com comunicação para o espaço intravascular . Rompe as Pericardite
3 camadas, o sangue fica limitado pelo tecido
conjuntivo. > 5cm o tratamento é cirúrgico. PERICARDITE FIBRINOSA
• Dissecção: ruptura da camada íntima. Cria um
falso lúmem.

CLASSIFICAÇÃO DA DISSECÇÃO

Na pericardite fibrinosa nota-se um saco pericárdico turvo, edemaciado


e com aspecto granuloso, recoberto por material fibrinoso.

OBS.: A hipertensão é o fator de risco principal para a dissecção aórtica.

Na pericardite purulenta, verifica-se um exsudato purulento.


↠ Inicia-se a partir da ruptura transversal na íntima e A análise citológica do líquido pericárdico verifica a presença de células
parte da média. O sangue penetra até a camada média. inflamatórias, microrganismos, infiltrado leucocitário, hemácias e
proteínas. Ademais, pode detectar também a presença de células
neoplásicas.

Exsudato: presença de células inflamatórias.

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Tipos de Trombose Venosa TROMBOSE VENOSA X TROMBOSE ARTERIAL

↠ Os trombos podem se desenvolver em veias ↠ Na trombose arterial, o coágulo ou trombo se forma


superficiais ou profundas. A trombose venosa superficial dentro de uma artéria e provoca condições graves de
(TVS) pode ocorrer em qualquer veia superficial e, saúde, como AVC e infarto. No entanto, essa não é a
antigamente, era considerada uma doença benigna. Em forma mais frequente de trombose, embora seja
alguns casos, foi possível observar que a TVS leva a considerada a mais grave.
complicações como recidiva da TVS, TVP e embolia
↠ A mais comum é a chamada de trombose venosa, que
pulmonar. A TVP ocorre mais comumente nos membros
ocorre quando o coágulo sanguíneo está localizado em
inferiores. A TVP dos membros inferiores é um distúrbio
uma veia.
sério, complicado por embolia pulmonar, episódios
recidivantes de TVP, e desenvolvimento de insuficiência
venosa crônica (PORTH, 10ª ed.)

Causas da TVP

Principais consequências da TVP

• Tromboembolismo Pulmonar;
• Insuficiência Venosa Crônica.

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Tuberculose

TUBERCULOSE PULMONAR

No tecido pulmonar em volta há numerosos tubérculos com necrose


caseosa. Neste caso, há forte predomínio da reação exsudativa, e os
tubérculos consistem basicamente de áreas de exsudato tuberculoso
com necrose caseosa central, com tendência a confluirem. A reação
exsudativa indica má evolução da doença. Granulomas (característicos
da reação produtiva) são escassos. Na periferia dos tubérculos, à
margem da necrose caseosa, há exsudato preenchendo os alvéolos. O
exsudato varia de aspecto, podendo ser fibrinoso (com grumos ou
filamentos eosinófilos de fibrina) ou macrofágico.

O macrófago é a principal célula na resposta inflamatória ao bacilo da


tuberculose. Há pequena quantidade de outras células como neutrófilos
e linfócitos. Em algumas áreas há formação de granulomas incipientes,
com necrose caseosa central. O granuloma é pequeno, com poucas
células epitelióides e gigantócitos.

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TUBERCULOSE LINFONODAL CORTE MAIOR

CORTE MENOR

↠ Os linfonodos nesta lâmina têm estrutura


profundamente alterada por granulomas constituídos por
células epitelióides e gigantes. Os granulomas confluem, e
tendem a obliterar o tecido linfóide normal pré-existente.
No linfonodo maior a parte central de muitos granulomas
sofreu necrose coagulativa, dita caseosa por seu aspecto
macroscópico que lembra queijo mineiro ou ricota.

Júlia Morbeck – @med.morbeck

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