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SAÚDE
BIOQUIMICA CLÍNICA
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225p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-396-8
CDD 574.19285
SUMÁRIO
3.4 HIPERGLICEMIA.......................................................................................................................47
4.5.1 Bilirrubina...................................................................................................................................60
4.5.5 Albumina....................................................................................................................................67
6.1 ENZIMAS...................................................................................................................................82
7 FISIOLOGIA RENAL.................................................................................................................99
14 CONCENTRAÇÃO TUBULAR.................................................................................................112
19 CREATININA ...........................................................................................................................122
21 FERRO .....................................................................................................................................127
22.7.1 Hipofosfatemia..........................................................................................................................148
22.8.1 Hipermagnesemia.....................................................................................................................149
22.8.2 Hipermagnesemia.....................................................................................................................150
22.9.2 Osteomalacia............................................................................................................................152
22.9.3 Raquitismo................................................................................................................................152
22.9.4 Doença de Paget ......................................................................................................................153
23.1 pH .............................................................................................................................................161
23.10.1Causas ....................................................................................................................................173
23.10.2Sintomas .................................................................................................................................173
23.10.3Tratamento..............................................................................................................................174
23.11.5Tratamento..............................................................................................................................177
23.12.1Hipernatriúria ..........................................................................................................................178
23.12.2Hiponatriúria............................................................................................................................179
24 POTÁSSIO ...............................................................................................................................180
24.2 CONTROLE..............................................................................................................................181
25 CLORETOS..............................................................................................................................188
30 SINALIZAÇÃO ENDÓCRINA...................................................................................................199
31.3.1 Adeno-hipófise..........................................................................................................................203
31.3.1.1Prolactina (PRL).....................................................................................................................204
31.3.2.1Ocitocina ................................................................................................................................206
32 TIREOIDE.................................................................................................................................208
34 PARATIREOIDES ....................................................................................................................211
35 TIMO.........................................................................................................................................212
36 SUPRARRENAIS .....................................................................................................................215
37 PÂNCREAS .............................................................................................................................228
38 OVÁRIOS .................................................................................................................................220
39 TESTÍCULOS ...........................................................................................................................221
40 PLACENTA ..............................................................................................................................222
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................225
1 INTRODUÇÃO À BIOQUÍMICA - CONTROLE DE QUALIDADE
Os custos de não conformidade são custos de falha interna e externa. Exemplo: custo
com repetição de exame (falha interna), pedidos repetidos de exames (falha externa).
Padronizar significa tornar um processo uniforme, seguido da mesma forma por todos
os envolvidos na prática. Na realização do exame é preciso observar e padronizar, além da
etapa da realização do mesmo, chamada de “Etapa Analítica” precisa-se padronizar a etapa que
antecede a realização do exame chamadade “Etapa Pré-Analítica” e a etapa após a realização
do exame chamada de “Etapa Pós-Analítica”.
A qualidade nos exames é obtida por meio da padronização dos processos envolvidos,
ocorrendo desde a solicitação médica dos exames até a liberação do laudo.
O laboratório deve fornecer instruções escritas aos clientes para evitar prováveis erros
na fase pré-analítica. Considerando os diversos fatores que podem afetar, de certa maneira, os
seus resultados,
Principais fatores pré-analíticos que devem provocar erros ou variações nos resultados
dos exames:
O paciente deve ser informado antes da coleta sobre os cuidados e preparo que deve 13
ter para que seu exame tenha um resultado fidedigno. Interferências comuns são o número de
horas de jejum inadequado e o devido acompanhamento da dieta, quando especial, nos dias que
antecedem a realização do exame. O laboratório deve investigar se o paciente faz uso de
tabaco, medicamentos ou álcool. Também são necessárias informações sobre a prática de
exercício físico intenso e o índice de estresse. A troca de informações entre paciente e
laboratório pode contribuir na melhoria da qualidade do resultado.
3 – Coleta de Amostra
O coletador deve conhecer todos os possíveis erros na hora da coleta como, por
exemplo, o tempo de garroteamento, a ordem da coleta dos tubos caso tenha mais de um tipo de
exame, o tempo a velocidade da homogeneização por inversão dos tubos, para aqueles com
anticoagulante, se devem ser armazenados com abrigo da luz como, por exemplo, dosagem de
metais.
Colesterol LDL;
2- Análise da Consistência dos Resultados significa avaliar se está compatível com
os resultados anterior, ou com a clínica ou com as informações fornecidas pelo paciente (na fase
pré-analítica);
3- Liberação de laudo. Após os devidos cuidados de segurança na fase pré-
analítica e analítica, bioquímico ou biomédico assina, libera ou aprova o resultado do exame
para a avaliação do médico;
4- Armazenamento da amostra do paciente: Dependendo do material ou exame
deve-se ficar guardado no laboratório por um determinado número de dias, semanas, meses ou
anos;
5- Transmissão e Arquivamento dos resultados: Todos os resultados de exames
devem ser arquivados e rastreados por um determinado número de anos;
6- Consultoria Técnica: Quando há necessidade de manutenção ou correções de
possíveis alterações do equipamento.
Estas atividades foram descritas como Programa de Controle de Qualidade e hoje são
chamadas de Controle Externo e Interno de Qualidade.
No laboratório podem ser empregados dois métodos: Controle interno e/ou externo da
16
qualidade.
Consiste na análise diária de amostra controle com valores dos analitos conhecidos
para avaliar a precisão dos ensaios. Após, ocorre a plotagem dos resultados em um gráfico
controle, que são comparados com os “Limites Aceitáveis de Erro (LAE)” para aquele analito.
1- Para os valores encontrados para cada analito, dentro de mais ou menos dois
desvios padrão com base no LAE, concluímos a eficácia do método.
2- Para valores encontrados na amostra controle cujo valor encontrado ultrapassa
a média mais ou menos, dois desvios padrão, o analista é alertado para possibilidade de
problemas no processo, indicando que o método analítico não está funcionando
adequadamente.
Os sistemas de controle interno da qualidade mais empregados são:
17
1.4.1.1 Gráfico De Levey-Jennigs
FIGURA 1
Abaixo serão observadas as regras violadas de acordo com o resultado obtido dos
controles.
limites.
FIGURA 2
FIGURA 3
19
FIGURA 4
FIGURA 5
20
FIGURA 6
FIGURA 7
21
FIGURA 8
Outras regras
Algumas outras regras de controle são mais apropriadas e mais fáceis de aplicar em
situações onde três materiais de controle diferentes são analisados.
FIGURA 10
FIGURA 11
23
FIGURA 12
Com o auxílio destes gráficos é possível identificar tendências nas quais várias
24
medições consecutivas de controle apresentam-se aumentadas ou diminuídas.
FIGURA 13
FIGURA 14
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Respostas:
1) D
2) B
3) E
O tópico a seguir revê o papel dos lipídios dentro do metabolismo, sua
classificação e função, bem como testes laboratoriais de rotina.
27
2 METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
2.1 DEFINIÇÃO
28
― LIPÍDIOS SIMPLES: São aqueles que, quando sofrem quebra pela molécula de
água (hidrólise), produzem ácidos graxos e álcoois. São os monoglicerídios, diglicerídios e
triglicerídios.
― LIPÍDIOS COMPLEXOS: Os lipídios complexos são aqueles que apresentam
outros grupamentos, diferentes de ácidos graxos, em sua estrutura. Mas nem por isso eles
deixam de ser insolúveis em água. São os Fosfolipídios, Esfingolipídios e Esteroides.
2.2 FUNÇÕES
― QuilomÍcrons
― VLDL
― LDL
― HDL
APOPROTEÍNAS 30
O metabolismo dos lipídios ocorre no fígado, esses são provenientes de duas fontes:
dos alimentos ingeridos e da reserva orgânica que é o tecido adiposo.
Diariamente, ingerimos cerca de 25g – 105g de lipídios. Estes lipídios geralmente
estão sob a forma de triglicerídeos. O armazenamento de ácidos graxos na forma de
triglicerídeos é o mais eficiente e quantitativamente o mais importante do que o de carboidratos
na forma de glicogêneo. Quando hormônios sinalizam a necessidade de energia metabólica,
promove-se a liberação desses triglicerídios com o objetivo de convertê-los em ácidos graxos
livres, os quais serão oxidados a produzirem energia. No entanto, outras formas de lipídios
fazem parte da dieta diária, como os fosfolipídios, o colesterol e as vitaminas lipossolúveis.
31
2.5.1 Triglicerídeos
32
2.5.2 Colesterol Total
ORIGEM DO COLESTEROL
No retículo endoplasmático
e no citosol de todos os tecidos,
principalmente o fígado, intestino,
além de adrenal e gônadas.
Durante o estado
alimentado, quando há uma ingestão 34
insuficiente de colesterol para suprir a
demanda. FONTE: Disponível em: <http://www.tudodicas.com/colesterol>.
Acesso em: 15 abr. 2011.
Limítrofe 200-239
Alto >240
Lipoproteínas discoides que têm papel no transporte de colesterol dos tecidos periféric
os para o fígado em processo denominado transporte reverso de colesterol.
A prevalência de doenças cardiovasculares é muito maior em indivíduos com níveis
reduzidos de HDL.
35
Valores de referência para o HDL em adultos
(mg/dL)
Ótimo > 65
Limítrofe 45-65
Alto <45
Formadas principalmente ou quase na sua totalidade a partir das VLDL pela perda de
triglicerídios e de apoproteínas, exceto apo-B 100.
A remoção dos triglicerídios reduz o tamanho das partículas e aumenta a sua
densidade.
Obtêm-se bons resultados com o uso dessa fórmula quando os TG são menores que
400 mg/dL. A determinação direta não apresenta vantagens sobre os valores de cálculo.
Colesterol LDL= cotesterol total - (colesterol HDL + triglicerídios / 5)
VLDL= triglicerídios / 5
Colestrol LDL = colesterol total – (HDL+ VLDL)
Desejável 100-
139
Limítrofe 130-
159
Alto 160-
189
Para aplicação da fórmula o paciente não pode estar padecendo de doenças que
alteram os níveis de lipoproteínas séricas
37
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
(...) As lipoproteínas são partículas que transportam lipídeos apolares em seu núcleo.
(...) O metabolismo dos lipídios ocorre no fígado, estes são provenientes de duas
fontes: dos alimentos ingeridos e da reserva orgânica que é o tecido adiposo.
(...) Os lipídios simples são aqueles que apresentam outros grupamentos, diferentes de
ácidos graxos, em sua estrutura.
2- (B)
O próximo tópico irá rever o metabolismo dos carboidratos. Relaciona o papel dos 39
hormônios insulina e glucagon, desordens metabólicas e testes para avaliação.
3 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
A aquisição energética para manutenção das funções corporais é realizada através das
fontes exógenas ou endógenas e são classificados em três categorias químicas principais: 40
carboidratos, gordura e proteína.
3.2 GLUCAGON
O glucagon é sintetizado e secretado em resposta a uma redução dos níveis
plasmáticos de glicose, sendo um importante regulador do metabolismo intra-hepático da glicose
e ácidos graxos livres. O gene do glucagon conduz a síntese de um pré e pró-glucagon nas
células do pâncreas, que por sua vez é processado em um pró-hormônio que subsequente
gera o glucagon e outros peptídeos de função desconhecido até o momento.
Este hormônio exerce um efeito gliconeolítico imediato e intenso por meio da ativação
enzima glicogênio fosforilase hepática. Dessa forma, a glicogênio sintase é inibida e a produção
de glicogênio é evitada e a gliconeogênese é estimulada pelo glucagon. Ocorre um aumento das
enzimas gliconegênicas-chave (ex. piruvatocarboxilase) e uma redução das enzimas glicolíticas
(ex. fosfofrutoquinase).
45
FIGURA 17
46
3.3 HIPOGLICEMIA
Alguns sintomas clínicos da hipoglicemia são: fraqueza, suor, calafrios, fome, tonturas,
náusea, desconforto epigástrico. Como o cérebro é totalmente dependente de glicose, níveis
muito baixos podem provocar disfunções severas no SNC. A restauração da concentração de
glicose sanguínea provoca pronta recuperação, apesar da provável lesão irreversível. Os
principais sintomas dos baixos níveis de glicose sob o SNC são enxaqueca, confusão, letargia e
até perda de consciência.
3.4 HIPERGLICEMIA 47
50
Teste oral de tolerância à glicose (TTOG): Este teste é útil para pacientes com níveis
glicêmicos limítrofes de jejum e em gestantes para testar o diabetes gestacional. É um teste mais
sensível que a glicemia em jejum. O TTOG requer alguns cuidados importantes como, por
exemplo, jejum de 12-14 horas, sem uso de tabaco, medicações ou exercício físico (permanecer
sentado). Não deve ser realizado durante recuperação de doença aguda, estresse emocional,
cirurgia e traumatismo. Determinadas drogas devem ser suspensas semanas antes do teste
(como diuréticos, contraceptivos orais e fenitoína). A dose inicial para adultos é de 75g e de
1,75g/Kg para crianças até a dosagem máxima de 75g, consumida em cinco minutos. Colher
sangue em jejum, 30, 60, 90,120 minutos após a ingestão da sobrecarga. Nas gestantes a
dosagem de glicose é de 50 g nas semanas de 24-28 de gestação, se este for anormal, deve ser
realizado TTOG após a gestação.
Excreção de albumina
de glicose.
54
2) Marque a 2 (segunda) coluna de acordo com a 1 ( primeira)
(1) O glucagon
(2) A hipoglicemia
(3) A hiperglicemia
(...) é caracterizada pelos níveis de glicose abaixo dos limites encontrados no jejum,
onde os valores inferiores a 50 mg/dl para adultos e 40 mg/dl para recém-nascidos.
(...) é caracterizado pela elevação dos níveis da glicemia em jejum, onde o valores
ultrapassam as 126 mg/dl.
(...) Este teste é utilizado para estimar níveis de insulina na presença de anticorpos à
insulina endógena.
(...) Glicemia 2 horas após a ingestão de 75g de glicose em solução aquosa 25% ou
refeição contendo 75g de carboidratos.
(...) Este teste é útil para pacientes com níveis glicêmicos limítrofes de jejum e em
gestantes para testar o diabetes gestacional.
(...) Este teste é útil para detectar a excreção urinária aumentada de albumina não
detectada pelas tiras reagentes.
56
4 FUNÇÃO HEPÁTICA
O fígado é o maior órgão do corpo humano que atua como uma glândula do corpo 57
humano pesa entre 1200 a 1600 g e se localiza no canto direito superior do abdômen, sob o
diafragma. Divide-se em dois lobos, apresenta amplo aporte sanguíneo. Funciona como glândula
exócrina, isto é, libera secreções em sistema de canais que se abrem em uma superfície
externa. Atua também como glândula endócrina, uma vez que também libera substâncias no
sangue ou nos vasos linfáticos. A sua estrutura fundamental é o hepatócito.
Funções do fígado:
- Emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile;
- Síntese do colesterol;
- Destruição das hemácias;
- Síntese de proteínas do plasma;
- Lipogênese, a produção de triglicérides (gorduras);
- Conversão de amônia em ureia;
- Armazenamento e liberação de glicose;
- Destoxificação de muitas drogas e toxinas.
O fígado, além de produzir em seus processos diversos elementos vitais, ainda age
como um depósito, armazenando água, ferro, cobre e as vitaminas A, vitamina D e complexo B.
Participa também da regulação do volume sanguíneo, pois durante o seu funcionamento produz
calor. É um importante órgão com ação antitóxica. O tecido hepático processa e elimina os
elementos nocivos de bebidas alcoólicas, café, barbitúricos, gorduras entre outros. Além disso,
possui um papel vital no processo de absorção de alimentos.
FIGURA 19
Finalidade:
- Identificar anormalidades de função hepática;
- Determinar o tipo de anormalidade e auxiliar na identificação do local e o grau da
lesão no órgão. 59
- Auxiliar no prognóstico e acompanhamento do paciente com enfermidade
hepática
Lesão;
Colestase;
Função (síntese/depuração).
FIGURA 20
O fígado é capaz de conjugar e excretar por dia mais de 3000 mg de bilirrubina, cuja
produção normal é de apenas 300 mg/dia. Em situações como na anemia falciforme, deficiência
de G-6-P-desidrogenase e na malária, onde há lise maciça de eritrócitos, a produção de
bilirrubina é mais alta do que a capacidade hepática de conjugá-la. 62
Os níveis de bilirrubina não conjugada no sangue tornam-se aumentados, causando
icterícia.
FIGURA 21
FIGURA 22
63
A lesão dos hepatócitos pode causar aumento dos níveis sanguíneos de bilirrubina não
conjugada. A cirrose e a hepatite são exemplos onde à lesão hepática afeta a conjugação da
bilirrubina que não é eficientemente secretada para a bile, contudo se difunde para o sangue. O
urobilinogênio aumenta na urina, pois a lesão hepática diminui a circulação entero-hepática
desse composto, permitindo que uma maior quantidade dele chegue ao sangue, onde é filtrado
para a urina. A urina torna-se escura e as fezes uma cor de argila clara.
Bilirrubina
Bilirrubina Total Bilirrubina Bilirrubina
Direta Indireta
ICTERÍCIA HEMOLÍTICA: Aumentada Normal ou Aumentada
aumentada
ICTERÍCIA OBSTRUTIVA: Aumentada Aumentada Normal ou
aumentada
ICTERÍCIA HEPATOCELULAR Aumentada Aumentada Aumentada
64
HIPERFOSFATEMIA ALCALINA
4.5.5 Albumina
68
(...) O fígado funciona como glândula exócrina, isto é, libera secreções em sistema de canais que
se abrem numa superfície externa.
(...) O aumento dos níveis de bilirrubina sérica reflete-se numa cor amarela das escleras, das
mucosas e da pele chamada de icterícia.
(...) Os níveis de albumina estão diminuídos em doenças crônicas do fígado, como a cirrose.
(...) Pacientes com doenças hepáticas podem apresentar aumento dos teores de ureia
plasmática e redução das funções lipídicas.
Complete as lacunas:
Repostas:
1) (F)- (V)- (V)- (V)- (F)
2) B
3) A
5 FUNÇÃO PANCREÁTICA
Essa por sua vez se abre na parte descendente do duodeno. Estes ductos contêm
esfíncteres na parte terminal que controlam o fluxo de bile (produto secretado pelo fígado e
armazenado na vesícula biliar) e de suco pancreático (produzido pelas células acinares e
ductais). A Ampola de Valter fica muito próxima ao ducto biliar comum e por isso pacientes que
tem pancreatite, às vezes, tem algumas manifestações hepáticas e vice-versa, em função da
proximidade.
Reflexos vagovagais e
72
gastropancreáticos estimulam
as células acinares e ductais
5.1 AMILASE
A alfa-amilase consiste em dois grupos de isoenzimas: pancreática (produzido no
pâncreas) e salivar (produzido pelas glândulas salivares). Cada grupo, por sua vez, consiste em
mais de uma isoenzima. O fracionamento das isoenzimas é útil, pois a elevação da isoenzima
tipo salivar sem aumento da isoenzima do tipo pancreática, sugere uma fonte de amilase não
pancreática.
A determinação da amilase urinária pode ser útil, sobretudo quando os níveis séricos
da enzima estão normais ou equivocadamente elevados. Em geral, a excreção urinária de
amilase aumenta dentro de 24 horas após a amilase sérica e, de regra, permanece anormal
durante 7 a 10 dias após a normalização da concentração sérica. Porém, deve-se levar em conta
a influência da função renal.
Pancreatite aguda (níveis urinários refletem Destruição acentuada e Pacientes com recaída de
alterações séricas de 6-10 horas). extensa do pâncreas (p. pancreatite crônica
ex., pancreatite aguda
fulminante, pancreatite
crônica avançada, fibrose
cística avançada)
75
Exacerbação aguda da pancreatite crônica Dano hepático grave (p.ex., Pacientes com
hepatite, intoxicação, hipertrigliceridemia
queimaduras extensa) (interferência técnica com o
teste)
Pancreatite aguda induzidas por drogas (p.ex., Interferências Frequentemente normal nos
corticosteroides, etanol...) metodológicas por drogas pacientes com pancreatite
(p.ex., citrato e oxalato, alcoólica aguda
Litíase ou carcinoma diminuição da atividade de
ligação com os íons cálcio)
Colecistite aguda
Ruptura esofagiana
Macroamilasemia
5.3 LIPASE
O pâncreas é a principal fonte de lipase. A presença de colipase e sais biliares são
necessários para atividade catalítica e para maior especificidade da lipase pancreática. A lipase
sérica é inibida por proteínas, sais biliares e fosfolipídeos. A colipase atua para reverter esta
inibição. Tanto a lipase quanto a colipase são secretadas pelo pâncreas e, dessa maneira, estão
presentes no soro. A colipase está presente no sangue de pacientes com pancreatite, mas em
concentrações variáveis e usualmente abaixo do normal ou abaixo da quantidade necessária
77
para ativar completamente a lipase pancreática. Para determinar exatamente e completamente a
atividade da lipase pancreática em pacientes com pancreatite é essencial adicionar colipase ao
conjunto de reagentes.
O nível de lipase sérica é considerado mais específico do que o nível de amilase para
a lesão pancreática. Os níveis de lipase aumentam um pouco mais tarde do que a amilase
sérica, começando dentro de 3-6 horas, com observação de um pico mais frequentemente
dentro de 24 horas. A lipase permanece anormal por mais tempo e normalmente retornam ao
normal dentro de 7 a 10 dias.
A lipase é excretada por filtração através dos glomérulos renais, após ser filtrada, a
maior parte da enzima é reabsorvida pelos túbulos proximais dos rins e catabolizada em outro
local. A determinação da lipase urinária não é atualmente utilizada.
Pancreatite crônica
Colecistite aguda 78
Obstrução do intestino delgado
Infarto intestinal
Alcoolismo
Cetoacidose diabética
79
A confirmação da insuficiência pancreática pode sugerir fibrose cística, uma vez que
grande parte dos fibrocísticos desenvolve esta insuficiência. Por isso, é importante quantificar a
sua intensidade, para melhor adequar a terapia de reposição enzimática. Existem vários
métodos descritos para avaliar a função exócrina do pâncreas e dentre estes está à dosagem da
Tripsina imunorreativa (TIR). Admite-se que o aumento da tripsina seja secundário ao refluxo de
secreção pancreática, provocado pela obstrução dos ductos pancreáticos. A dosagem de TIR é
um indicador indireto da doença, pois avalia apenas a integridade da função pancreática. As
proporções de falso-positivos e falso-negativos são relativamente elevadas.
Apesar das controvérsias, este teste está sendo implantado no Brasil como parte do
teste do pezinho ampliado para triagem neonatal da fibrose cística. Quando o teste for positivo
(valores acima do padrão adotado, 70 ou 140 ng/ml), deverá ser repetido num intervalo de 15-30
dias, e caso persista positivo, o paciente deverá ser submetido ao teste do suor, para confirmar o
diagnóstico de fibrose cística. O teste com a Tripsina imunorreativa negativo não exclui fibrose
cística com suficiência pancreática.
Esse tópico revê um breve estudo sobre as enzimas conceitos e suas ações sobre as
células, distribuição e importância diagnóstica, descrição sobre Infarto Agudo do Miocárdio e
exames correlacionados.
81
6 FUNÇÃO CARDÍACA
6.1 ENZIMAS
82
INTRACELULARMENTE:
Grande número de enzimas liberado das células durante a renovação celular normal.
Essas enzimas quase sempre atuam intracelularmente e não têm função fisiológica no plasma.
Em indivíduos saudáveis o nível dessas enzimas é constante e representa um estado de
equilíbrio, no qual a velocidade de liberação dessas enzimas no plasma pelas células
danificadas é equilibrada por uma velocidade igual de remoção do plasma. A presença de
atividade enzimática elevada no plasma pode indicar lesão tecidual, que é acompanhada pela
liberação aumentada de enzimas intracelulares.
FIGURA 24
84
FONTE: Disponível em: <http://www.bioquimica.com.br/content/ABAAAAMFMAA/bioquimica-clinica>. Acesso em: 22
abr. 2011.
Liberação de enzimas a partir de células normais e de células doentes ou expostas a um trauma.
85
86
TGO
LDH
CKT
CKMB
CK-MASSA
Troponina
87
40% dos pacientes com IAM são diagnosticados tardiamente;
5-13% dos pacientes recebem alta erroneamente; 10-26% morrem;
Eletrocardiograma inicial não detecta >40% dos pacientes com IAM;
Enzimas cardíacas (CK ou CK-MB) não diagnosticam precocemente 50% dos
pacientes com IAM;
Eletrocardiograma + Enzimas não diagnostica >25% dos pacientes com IAM.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS DA CK
89
ISOENZIMA DE CK: CK-BB
É a menor fração de CK, sua elevação não é comum. Sua elevação ocorre em
distúrbios do SNC
É uma isoenzima de CK (em gerial CK-BB) de alta massa molecular que pode causar
falsos resultados (positivos ou negativos) no diagnóstico de IAM.
ISOENZIMAS LDH
Vários tecidos possuem LDH. Aumento dos teores séricos é um achado inespecífico. É
possível obter maiores informações pela separação de suas isoenzimas.
Cada isoenzima é um tetrâmero formado por quatro subunidades chamadas de H para
a cadeia polipeptídica cardíaca e M para a cadeia polipeptídica muscular esquelética.
A hemólise produzida durante a coleta e/ou manipulação do sangue eleva as frações
LDH-1 e LDH-2.
91
LDH 1
LDH 2
LDH 3
LDH 4
LDH 5
92
A LDH aumenta no soro 8-12h após o infarto, atingindo pico máximo entre 24-48h,
esses valores permanecem elevados por 7 a 12 dias.
Soro 95 a 225
Urina 42 a 98
Liquor 7 a 30
93
6.7.4 Mioglobina
Inicia a elevação em torno de 2h após a dor precondrial e seus picos são atingidos
dentro de 5-12h retornando ao normal entre 24-36h após o infarto.
Não determina definitivamente o IAM, necessita de confirmação.
Não é específica para o músculo cardíaco. Pode ser de esquelético.
ESTÁ AUMENTADA: dano muscular esquelético, após cirurgia, exercício intenso,
lesão do músculo esquelético, atrofia muscular progressiva, insuficiência renal grave, aplicação
de injeção intramuscular e cocaína.
95
6.7.5 Troponina
Duas têm interesse na lesão cardíaca: Troponina T cardíaca (TnTc) Troponina I cardíaca
(TnIc)
Aparecem 4-6h após IAM (mesmo tempo da CK). Picos em 12-18h, permanecendo
elevado por até 10-12 dias.
FIGURA 28
96
97
(A) são proteínas que aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas
durante o processo
(B) são hormônios que aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas
durante o processo
(C) são aminoácidos complexos que aceleram reações específicas sofrendo alteração ou
consumo durante o processo
(D) são imunoglobulinas que aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas
durante o processo
(E) são proteínas que reduzem a velocidade de reações específicas sem serem alteradas ou
consumidas durante o processo.
1) D
2) E 98
3) A
4) B
7 FISIOLOGIA RENAL
7.1 OS RINS
99
Os rins são órgãos pares, e possuem um hilo central no lado medial onde reúnem
vasos sanguíneos, linfáticos e a pelve renal. O parênquima renal divide-se em lóbulos
constituído por um córtex externo que recobre a medula piramidal. Esse córtex é composto
basicamente de glomérulos e túbulos contorcidos proximais e distais. A medula é constituída,
principalmente, de alças de henle ou vasa recta (vasos alongados que acompanham a alça de
henle) e os canais coletores.
7.2 NÉFRONS
2º) os que se encontram na região justamedulare que possuem alças de Henle mais
profundas que se estende para a medula do rim. Sua função é promover a concentração da
urina. Ver a figura 1
100
FIGURA - 29
102
A função excretora serve para livrar o organismo da maioria dos produtos finais
indesejáveis do metabolismo, assim como de qualquer excesso de substâncias inorgânicas
ingeridas na alimentação. Os produtos de excreção incluem, por exemplo,produtos finais do
catabolismo celular, ureia, creatinina, ácido úrico, alguns ácidos orgânicos que não devem
acumular no organismo.
As funções endócrinas dos rins podem ser consideradas primárias, por ser um órgão
endócrino produtor de hormônios ou secundárias devido ao rim ser um local de ação de
hormônios.Além disso, os rins são um local de degradação de hormônios, como a insulina e a
aldosterona. Na sua função endócrina primária os rins produzem eritropoetina, renina e
prostaglandina.
10 FLUXO SANGUÍNEO RENAL
O que mantém esse fluxo sanguíneo glomerular são as diferentes dimensões dessas
arteríolas (aferente e eferente) criando uma pressão hidrostática, fator importante para que
ocorra a filtração.
Antes de retornar para a veia renal, o sangue da arteríola aferente entra nos capilares
peritubulares e vasa recta (Ver a figura 3) (vasos alongados que acompanham a alça de henle) e
flui lentamente através do córtex e da medula do rim, próximo dos túbulos. Existem capilares que
circundam os túbulos contorcidos proximal e distal, denominados de capilares peritubulares, que
permite a imediata reabsorção de substâncias essenciais do fluido do túbulo contorcido proximal
e o ajuste final da composição urinária no túbulo contorcido distal. A vasa recta está localizada
ao lado (adjacente) aos ramos ascendente e descendente da alça de Henle nos
néfronsjustaglomerulares. Nessa área ocorrem as principais trocas de água e de sais entre o
sangue e o interstício medular. Esse intercâmbio mantém o gradiente osmótico (concentração de
sal) na medula, que é necessário para a concentração renal.
conjunto de lobos capilares é chamado de “tufo capilar”. Ele está localizado dentro da cápsula de
Bowman que constitui o início dos túbulos renais. Embora o glomérulo atue como filtro não
seletivo para substâncias com peso molecular inferior a 70.000. Vários fatores influenciam no
processo de filtração. Isso inclui:
As células endoteliais da parede do capilar diferem das de outros capilares por conter
poros e são chamados de fenestras. (Ver a figura 2)Os poros aumentam a permeabilidade
capilar, mas não permitem a passagem de grandes moléculas e células sanguíneas. Outras
restrições às moléculas grandes ocorrem quando o filtrado passa através da membrana basal e
das membranas finas, as quais recobrem as fendas de filtração formadas pelo entrelaçamento
dos pedicelos dos podócitos da camada interna da cápsula de Bowman.
FIGURA30 -FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ORGÂNICA
106
A dilatação das arteríolas eferentes quando a pressão arterial cai impede uma queda
acentuada no fluxo de sangue através dos rins, evitando assim, um aumento do nível sanguíneo
de resíduos de produtos tóxicos. Do mesmo modo, um aumento da pressão arterial resulta na
constrição da arteríola aferente para evitar excesso de filtração ou danos ao glomérulo. Ver a
figura 3
FIGURA 31 - FATORES QUE AFETAM A FILTRAÇÃO GLOMERULAR NO CORPÚSCULO RENAL
107
O corpo não pode perder 120ml de água com substâncias essenciais a cada minuto.
Portanto, quando o ultrafiltrado plasmático entra no túbulo contorcido proximal, os néfrons, 109
através de mecanismos celulares de transporte, começam a reabsorver essas substâncias
essenciais e água.
13 MECANISMOS DE REABSORÇÃO
111
Tanto o transporte ativo quanto o passivo podem ser influenciados pela concentração
da substância a ser transportada, quando a concentração plasmática de uma substância, que em
geral, é completamente absorvida atinge um nível anormalmente elevado, a concentração do
filtrado excede a capacidade reabsorvida máxima dos túbulos e a substância começa a aparecer
na urina. A concentração plasmática em que satura o transporte ativo, chamada de limiar renal é
de 160 a 180mg/ dL, e ela aparece na urina quando a concentração plasmática atinge esse
nível.
O transporte ativo de mais de dois terços do sódio filtrado pelo túbulo contorcido
proximal é acompanhado pela reabsorção passiva de igual quantidade de água. Portanto, o
fluido que sai do túbulo contorcido proximal ainda mantém a mesma concentração do
ultrafiltrado.
14 CONCENTRAÇÃO TUBULAR
FIGURA 33
Resumindo:
Muitas substâncias estranhas, como medicamentos, não podem ser filtradas pelo
glomérulo, porque estão ligadas a proteínas plasmáticas. No entanto, quando essas substâncias
ligadas a proteínas entram nos capilares peritubulares, desenvolvem forte afinidade com as
células tubulares e dissociam as proteínas transportadoras. Isso resulta no transporte destas
substâncias estranhas para o filtrado pelas células tubulares.
O principal local para a remoção dessas substâncias não filtradas é o túbulo contorcido
proximal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(c) Renina
(e) Aldosterona
2. A aldosterona é responsável por:
(b) filtração
(c) concentração
Respostas:
1) A
2) D
3) A
17 AVALIAÇÃO RENAL
116
A creatinina é secretada pelos túbulos e seus níveis aumentam à medida que os níveis
séricos aumentam.
Apresença de cromógeno no plasma(como a bilirrubina) pode “mascarar” as taxas
falsamente elevadas por secreção tubular.
Amostras de urinas mantidas a temperatura ambientes por longo período podem ter
117
níveis elevados de creatinina produzidos pelas bactérias.
Não é aconselhável fazer em pacientes que sofrem de doenças com perda muscular.
Como coletar urina de 24h: Despreza-se a primeira urina do dia e depois toda a urina
desse mesmo dia será coletada e armazenada incluindo também a primeira urina do dia seguinte
retira-se uma alíquota homogênea e faz-se a dosagem (mg/dl)
24h tem 1440 minutos, então se divide o volume de 24h por 1440 e tem-se o volume
por minuto.
Com esses três dados calcula-se a depuração. A esse cálculo deve-se fazer o ajuste
da superfície corporal que varia de pessoa para pessoa, utiliza-se uma tabela específica para
fazer o cálculo encontrando a depuração corrigida.
100
118
Aplicar os resultados obtidos na equação abaixo:
A depuração deverá ser corrigida para a superfície corporal do paciente, que é obtida
por intermédio de nomograma correlacionando peso e altura.
Ex:
Peso: 60kg
Altura: 1,65m
0,95 mg/dL
1,66
Para assegurar que a filtração glomerular está sendo medida com precisão, a
substância analisada não pode ser nem reabsorvida (0%) nem secretada (0%) pelos túbulos. A
ureia é de 40 a 90%reabsorvida. A ureia não se apresenta como um bom parâmetro para
120
avaliação da função renal, pois pode sofrer variações com a alimentação, sendo sintetizada no
fígado.
Utilidade clínica:
Níveis baixos de ureia denotam necrose tubular aguda, baixa ingestão de proteína,
jejum prolongado ou grave doença hepática (síntese de ureia diminuída). Altas elevações com
níveis normais creatinina podem sernotadas em estados catabólicos de degradação tecidual,
azotemiapré-renal acentuada, especialmente em pacientes urêmicos, e após hemorragia
gastrointestinal. Altas relações associadas à concentrações elevadas de creatinina podem
denotar obstrução pré-renal ou azotemiapré-renal superpostas a doença renal. A relação pode,
também, ser afetada pelo grau de exatidão pelo método utilizado para dosagem de ureia e
creatinina.
19 CREATININA
Utilidade clínica:
Significado clínico:
Exercícios de Fixação
( ) Correto
( ) Errado
2) Sobre a dosagem de creatinina é possível afirmar:
( ) Amostras de urinas mantidas a temperatura ambiente por longo período pode ter 125
níveis elevados de creatinina produzidos pelas bactérias.
( ) A ureia nem é ativamente reabsorvida nem secretada pelos túbulos renais, mas é
filtrada livremente pelos glomérulos.
( ) Altas elevações de ureia com níveis elevados de creatinina podem ser notadas em
estados catabólicos de degradação tecidual.
( ) Metade dos pacientes que apresentam cálculos de ácido úrico têm hiperuricosúria
ou excreção de uma urina persistente ácida, ou ambas.
( ) A hiperuricemia assintomática é, com frequência, detectada por meio de um
rastreamento bioquímico com acompanhamento a longo prazo dos pacientes hiperuricêmicos
assintomáticos.
Respostas:
126
1) Errado
2) (F) (F) (V) (V)
3) (F) (V) (V) (F)
4) (V) (F) (V) (V)
21 FERRO
FIGURA 35
Uma dieta equilibrada provê cerca de 10 a 15mg de ferro alimentar ao dia, sendo
absorvido (cerca de 10% a 20%) no trato gastrointestinal. Em homens do sexo masculino
saudáveis, a perda é cerca de 1mg ferro dia -1. E mulheres pré-menopausa, os eventos
fisiológicos normais da menstruação, parto e lactação aumentam substancialmente a perda de
ferro. Existe uma enorme variação desta perda, dependendo da quantidade de fluxo menstrual e
multiplicidade de partos. Em situações extremas uma mulher em pré-menopausa pode requerer
de quatro a cinco vezes a quantidade de ferro necessária para um homem adulto por período
prolongado. A mulher pós-menopausa que não é ferro-deficiente tem umanecessidade de ferro
semelhante à de um homem adulto. Criança e pacientes com perda de sangue naturalmente têm
necessidades aumentadas de ferro.
O cozimento dos alimentos facilita a quebra de ligantes presos ao ferro, aumentando a
disponibilidade do metal no intestino. A ausência de estômago funcionante normalmente reduz
substancialmente a quantidade de ferro que é absorvida. Alguns compostos que contêm ferro
ligam o metal tão fortemente que ele não fica disponível para assimilação. Ao contrário da crença
popular, o espinafre é uma fonte ruim de ferro. Isso se justifica por um registro errado quanto ao
conteúdo de ferro e porque parte do ferro está ligada fitato (inositolhexafosfato), que é resistente
130
às reações químicas do trato gastrointestinal. Sugeriu-se que cofatores proteicos específicos
derivados do estômago ou do pâncreas são facilitadores da absorção de ferro no intestino
delgado.
Para ser absorvido o ferro se liga a uma proteína transportadora de metal divalente
(DMT1). Esta proteína transporta o ferro de um extremo a outro da célula, fixando-o na proteína
ferroportina. A DMT1 necessita que o (Fe3+) seja convertido a (Fe2+), o que é mediado pela
redutasecitocromo b duodenal (Dcytb). A ferroportina transfere o ferro para a transferina que faz
o transporte para os eritroblastos.
A proteína da
hemocromatose (HFE) está
fortemente relacionada com a
regulação da absorção intestinal do
131
ferro. A HFE interage com o receptor
da transferrina (TfR) e detecta o seu
grau de saturação, sinalizando para
o enterócito se há maior ou menor
necessidade de absorção do ferro na
luz intestinal. Indivíduos com
mutação no gene da HFE
apresentam hemocromatose
(acúmulo de ferro no organismo
FONTE:GROTTO, Helena Z. W. Metabolismo do ferro:
decorrente da contínua absorção do
uma revisão sobre os principais mecanismos envolvidos
ferro pelo intestino). em sua homeostase. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2008.
No intuito de evitar o excesso de ferro livre ou falta dele dentro da célula, proteínas
reguladoras do ferro (IRP1 e IRP2) controlam a expressão pós-transcricional dos genes
moduladores da captação e estoque do ferro. As IRPs regulam a entrada e o armazenamento do
ferro no interior das células por meio do controle do processo de tradução da síntese do receptor
da transferrina e da ferritina.
133
FONTE:GROTTO, Helena Z. W. Metabolismo do ferro: uma revisão sobre os principais mecanismos envolvidos em
sua homeostase. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2008.
Para fins práticos, sempre que houver excesso de transferrina não existirão íons
férricos livres. No estado fisiológico normal, aproximadamente 1/9 de todas as moléculas de
transferrinaestão saturadas com ferro; 4/9 estão meio-saturados e 4/9 não tem ferro. A
transferrina insaturada protege contra infecções. O receptor de transferrina é uma proteína
transmembrânica.
Esta proteína pode ser quantificada diretamente por ensaio imunológico, como
imunonefelometria.
A faixa normal da capacidade total de ligação do ferro varia entre 45 e 70µmol/L (250-
390µg/dl).
Aumentada Diminuída
Hipertireoidismo
Quando há suspeitas da deficiência de ferro, torna-se conveniente correlacionar provas
múltiplas para que se faça o diagnóstico.
Hereditárias e Adquiridas.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(..v..) O ferro livre promove a síntese de espécies reativas de oxigênio que são tóxicas.
(.v...) É necessário que haja um perfeito equilíbrio no metabolismo do ferro de modo que não
haja falta ou excesso do mesmo.
1) (B)
3) (C)
4) (A)
140
5) (E)
22 METABOLISMO MINERAL E ÓSSEO
141
O tecido ósseo é composto por sais minerais orgânicos e matriz orgânica.
Sais minerais inorgânicos cristalinos: São compostos por fosfato de cálcio e carbonato
de cálcio e em pequenas quantidades por magnésio, sódio, potássio, hidróxido, fluoreto,
estrôncio, zinco, rádio, cloreto e sulfato. Esses constituintes compõem aproximadamente 75% do
peso seco deste tecido.
Matriz orgânica: Formado em sua grande maioria por fibras de colágeno, além de
substâncias básicas que incluem o líquido extracelular, albumina, mucoproteínas,sulfato de
condroitina, ácido hialurônico, teocalcina, lipídeos e pequenos peptídeos além de 1% de citrato.
A ingesta ideal de cálcio é aquela que conduz a um pico de massa óssea adequado
nas crianças e adolescentes, mantendo-a na vida adulta e minimize a perda na senilidade. Em
adultos a quantidade de Ca2+ ingerida em uma dieta média é de 1.500 mg/dia.
Cálcio não ionizado (40-45% do total): Cálcio ligado a proteínas (80% ligado à
albumina e 20% ligado a globulina).
22.3 VITAMINA D3
O 1,25-diidroxicolecalciferol (calcitrol) é a forma ativa da vitamina D3.
144
22.4 CALCITONINA
FIGURA 39
É caracterizada pela diminuição sérica do cálcio total, com níveis plasmáticos inferiores
a 8,8 mg/dl, em adultos. 145
22.6 HIPERCALCEMIA
É caracterizada pelo aumento sérico de cálcio total, com níveis plasmáticos acima de
10,2 mg/dl, em adultos.
146
Cálculo:
cálcio total medido (mg/dl) +0,8 (4,4* - albumina medida do paciente g/dl).
147
22.7 FÓSFORO
O fósforo é obtido por meio da dieta, onde 2/3 são absorvidos principalmente pelo
jejuno e 1/3 é excretado nas fezes.
22.7.1 Hipofosfatemia
22.7.2 Hiperfosfatemia
É caracterizado por níveis de fósforo superiores a 4,5 mg/dl em adultos e 7,0 mg/dl em
crianças.
O equilíbrio entre o fósforo intra e extracelular e entre os ossos e outros tecidos pode
ser influenciado por vários fatores. A insuficiência renal, o catabolismo aumentado(rabdomiólise,
trauma), endocrinopatias (hipoparatireoidismo, tirotoxicose), acidose, alcalose,
envenenamento(intoxicação por vitamina D), neoplasma (leucemia, linfoma) entre outros são 149
condições que podem levar a elevação dos níveis plasmáticos de fósforo.
22.8 MAGNÉSIO(Mg)
22.8.1 Hipomagnesemia
Normalmente, ocorre associada a desordens no metabolismo do potássio, cálcio e
fósforo. É rara a hipomagnesia isolada.
Ascausas de diminuição na concentração sérica de magnésio são: perdas
gastrointestinais (diarreia crônica), desnutrição (as fontes de magnésio incluem saladas verdes,
frutas, peixes, carne fresca e cereais), perdas renais por causas primárias ou secundárias
(drogas, hormônios), desordens renais primárias causam hipomagnesemia por redução da
reabsorção tubular de Mg, fármacos (tiazida, diuréticos de alça), aldosteronismoprimário reduz 150
os níveis de magnésio pelo aumento do fluxo renal, hipoparatireoidismo e hipertiroidismo podem
causar perda renal de Mg, diabéticos podem desenvolver hipomagnesemia por diurese osmótica
induzida pela glicose. Alcoólatras tornam-se parcialmente hipomagnesêmico pela diurese
osmótica provocada pelo álcool, lactação excessiva pode desenvolver uma significante perda de
magnésio, expansão do volume extracelular, como na cirrose ou administração parenteral de
líquidos.
Dentre os sintomas que podem ser apresentados na hipomagnesemia estão à arritmia
cardíaca e irritabilidade neuromuscular severa, debilidade, depressão, agitação, convulsão,
hipocalemia. As alterações refletem a deficiência de magnésio ionizado. Os pacientes com
hipomagnesemia são normalmente assintomáticos até níveis de 0,5 mmo/L.
22.8.2 Hipermagnesemia
22.9. PATOLOGIAS
151
22.9.1 Osteoporose
152
22.9.2 Osteomalacia
22.9.3 Raquitismo
153
22.9.4 Doença de Paget
FIGURA 41
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(...) O osso é um tecido metabolicamente ativo que sofre um processo contínuo de renovação e
remodelagem. 154
(...) As funções ao qual o cálcio está diretamente envolvido são na formação e manutenção da
matriz óssea, estabilização de células excitáveis como tecido cardíaco e fígado participam no
processo de fibrinólise do sangue e na atividade de diversas enzimas.
Respostas
2) (C)
3) (D)
1. Equilíbrio Ácido-Base
A dieta do ser humano contém muitos constituintes que são ácidos ou bases e o
metabolismo celular também produz ácidos e bases. Como a energia para todos os processos
celulares e orgânicos provém da energia química produzida pelo metabolismo celular, é preciso
assegurar um ambiente adequado para que as funções celulares ocorressem adequadamente.
Para tanto, existe uma regulação dos líquidos do organismo que inclui a regulação da
concentração do íon hidrogênio (H+). A quantidade de íons hidrogênio livres nas soluções é
quantificada por uma unidade chamada de pH. O pH indica o estado ácido-base do organismo.
Para que o equilíbrio ácido-básico possa ocorrer, o ácido deve ser excretado do corpo a uma
taxa equivalente a sua adição.Quanto maior a quantidade de íons hidrogênio nas soluções, mais
baixo será o seu pH (ácido). Inversamente, se a excreção de ácido exceder a adição, ocorre uma
alcalose,baixa concentração de íons hidrogênio nas soluções.
O pH do sangue reflete a atividade iônica de numerosas substâncias e é ligeiramente
maior que o pH da água. O sangue normal tem o pH que varia entre 7,35 e 7,45. O sangue
normal, portanto, é levemente alcalino, em relação à água.
Alterações nas concentrações de hidrogênio impactam importantemente o
metabolismo orgânico. Situações que reduzem o pH do sangue abaixo de 7,35 levam a acidose.
Por outro lado, quando o pH do sangue supera o valor de 7,45, estamos diante de uma alcalose.
Ambos, acidose e alcalose, podem diminuir acentuadamente a eficiência das reações químicas 156
celulares.
Ressalta-se que os ácidos são substâncias que podem ceder íons hidrogênio para uma
solução e as bases são as substâncias que podem receber íons hidrogênio em uma solução.O
organismo possui substâncias que atuam no sistema tampão. O bicarbonato e as demais bases
do organismo atuam em associação com ácidos da mesma natureza química para manter o
equilíbrio entre a quantidade de ácidos e bases. O íon bicarbonato (HCO -) é a principal base do
organismo e é produzido a partir da combinação do dióxido de carbono com a água (CO2 + H2O
↔ HCO- + H+).
O sistema tampão bicarbonato/ácido carbônico é o mais importante sistema
tamponante do plasma.
A manutenção do equilíbrio entre os ácidos e as bases do organismo depende de um
mecanismo imediato. Esta resposta do organismo frente a uma diferença na concentração de
íons hidrogênio ou do bicarbonato é regulada por dois mecanismos.
FIGURA 42
― Mecanismo respiratório:
Este é um mecanismo de resposta rápida
cujo sistema elimina ou retém o dióxido de
carbono. Por meio desse mecanismo, os
pulmões reduzem ou aumentam o ácido 157
carbônico e consequentemente a
quantidade de ácido presente no
organismo.
― Mecanismo renal: Esse é
um mecanismo mais lento e de resposta
não tão imediata, sendo um sistema é FONTE: Disponível em:
<http://bioquimica-
responsável por eliminar o íon clinica.blogspot.com/2010/08/gasometria.com.html>. Acesso
em: 22 abr. 2011.
hidrogênio, além de reter ou eliminar o íon
bicarbonato. Dessa forma, o rim controla
aquantidade de bases disponíveis no
organismo.
O metabolismo celular produz ácidos que tendem a modificar a concentração dos íons
hidrogênio nos líquidos do organismo. O sistema tampão por sua vez, mantém estável as
concentrações de hidrogênio a fim de preservar o pH neutralizando ácidos produzidos pelo
metabolismo celular. Sendo assim, quando um ácido é produzido no organismo, o sal do sistema
tampão reage com o mesmo a fim de produzir dióxido de carbono e água. O dióxido de carbono
em excesso é eliminado pelos pulmões. Da mesma maneira, quando uma base é produzida no
organismo, o ácido do sistema tampão reage com a mesma, produzindo bicarbonato de sódio e
água. O bicarbonato em excesso é eliminado pelos rins.
Além do sistema bicarbonato/ácido carbônico, existem outros sistemas tampão,
como otampão fosfato, da hemoglobina e das proteínas.
A função respiratória se processa mediante três mecanismos interligados: a ventilação
pulmonar, a perfusão pulmonar e a difusão pulmonar. Esses mecanismos representam a
entrada do ar atmosfériconos alvéolos, a entrada do sangue venoso nos capilares alveolares
para as trocas gasosas é o último mecanismo, representando a eliminaçãodo dióxido de carbono
do sangue para os alvéolos e a captação do oxigênio do ar inspirado pelo sangue venoso.
FIGURA 43
FIGURA 44
FIGURA 46
OS DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO
ÁCIDO-BASE PODEM SER
PRODUZIDOS POR ALTERAÇÕES:
1. Respiratórias
2. Metabólicas
23.1 pH
Esse parâmetro indica o estado do equilíbrio ácido base. Ele aponta se as
concentrações de ácidos e bases no organismo estão em equilíbrio.Se os valores
depHestiverem abaixo de 7,35 indica a existência de acidose, enquanto o pH superior a 7,45
indica a presença de alcalose.
162
23.2 PCO2
FIGURA 48
FIGURA 49
163
Se o bicarbonato real é superior a 28mM/L, significa que há excesso de bases no sangue e indica alcalose
de origem metabólica.
(...) Quando o ph do sangue está abaixo de 7,35 dizemos que existe alcalose, quando o ph do
sangue supera o valor de 7,45 dizemos que existe acidose.
(...) A principal característica do sistema tampão é a relação constante que deve existir entre o
ácido (numerador) e o sal (denominador) do sistema.
(...) Quando o pH do sangue se altera, os rins eliminam urina ácida ou alcalina, conforme as
necessidades, contribuindo para regular a concentração de íons hidrogênio do sangue e demais
líquidos orgânicos.
Respostas:
169
1)(D)
2) (E)
ELETRÓLITOS
O que faz com que a água se desloque de dentro para fora da célula é a osmolaridade,
a água (solvente) passa do meio menos concentrado de soluto para o meio mais concentrado.
Os eletrólitos têm papéis bastante variados no organismo:
23.6 SÓDIO
São ingeridos 4-5 g/d de cloreto de sódio absorvidos pelo intestino delgado.
MECANISMO RENAL
172
A ALDOSTERONA diminui a excreção urinária de Na+ aumentando a reabsorção de
Na nos túbulos renais à custa de K+.
23.9 DOPAMINA
Aumentos dos níveis de Na+ filtrado causam elevação na síntese de dopamina pelas
células do túbulo proximal. A dopamina atua sobre o túbulo distal estimulando a secreção de
Na+.
23.10 HIPERNATREMIA
É o aumento dos níveis de Na+ no soro. Sódio plasmático acima de145 mmol/L.
Fatores de risco:
23.10.1 Causas
23.10.2 Sintomas
Sede, desidratação, inquietação e impaciência, irritabilidade, desorientação, boca seca
e febre.
174
23.10.3 Tratamento
Se possível o paciente deve ingerir água ou então, deve ser administrado dextose5%
intravenosa. É importante não corrigir muito rapidamente devido à perda de água.
DIAGNÓSTICO DA HIPERNATREMIA
O diagnóstico é baseado na concentração elevada de Na+ sérico.Outros dados como
os eletrólitos e osmolaridadeurinária são de grande utilidade.
23.11 HIPONATREMIA
176
É o aumento no volume de água total do corpo com sódio total normal. O volume do
líquido extracelular está levemente diminuído sem a presença de edema. Ex.: retenção aguda de
água, retenção crônica de água, doença renal crônica.
23.11.5 Tratamento
23.12 NATRÚRIA
Dosagem de Na+ na urina. Útil na avaliação da função tubular. O teste tem utilidade na
avaliação do estado de hidratação do paciente.
23.12.1 Hipernatriúria
É o cátion predominante no interior das células com teores 23 vezes maior que no
espaço extracelular. 180
A “bomba iônica” é um fator crítico na manutenção e ajuste dos gradientes iônicos dos
quais dependem o impulso nervoso, a transmissão e a contractilidade dos músculos esqueléticos
e cardíacos.
Valores de referência
24.1 FUNÇÕES
181
24.2 CONTROLE
Ao contrário do Na+, entretanto, não há nenhum limiar renal para o K +, sendo que esse
cátion continua a ser excretado na urina mesmo em estados de depleção de K + sérico.
― variaçõesácido-básicas; 182
― teor de K+ no líquido extracelular.
Aldosterona:
Eleva a reabsorção tubular renal do sódio, com o consequente aumento na excreção
de potássio ou íon hidrogênio (o H+ compete com o K+ na troca pelo Na+) nos túbulos distais
sem ativar o sistema renina angiotensina.
A aldosterona eleva a excreção urinária do K + para manter o seu nível plasmático
normal.
Pode ocorrer mesmo quando a quantidade total de potássio do corpo está normal. É
definida quando os níveis de potássio estão abaixo de 3,5 mmol/L.
24.3.2 Causas
É uma doença potencialmente letal que pode ser difícil de diagnosticar clinicamente
devido à escassez de sinais e sintomas fidedignos.
Pacientes com risco de hipercalemia devem ser submetidos prontamente a ECG para
se assegurar que os sinais eletrocardiográficos estejam ou não presentes.
24.4.2 Causas
Hiperpotassiúria 187
25.1 HIPOCLOREMIA
Valores de Referência:
Soro ou 98 a 106 mmol/L
plasma
Urina 110 a 250 mmol/L
Suor 0 a 35 mmol/L
25.1.1 Causas
― Perda gastrointestinalde bicarbonato. Falta de ingestão de sal, diarreia intensa,
drenagem gástrica (perda de HCl), vômito prolongado. Fármacos: cloreto de cálcio,
sulfato de magnésio e colestiramina.
― Nefropatiaperdedora de sal. Nefrites com perda de sal provavelmente por deficiência na
reabsorção tubular.
25.2 HIPERCLOREMIA
25.2.1 Causas
3) Sobre a RENINA:
Respostas: 192
1) (E)- (C)- (B)- (A)- (D)
2) (A)
3) (E)
26 NATUREZA QUÍMICA DOS HORMÔNIOS
Os hormônios pertencem a diferentes grupos químicos, por isso têm diferentes sítios
de ação sobre as células do órgão-alvo. Podem ser agrupados nas seguintes categorias quanto
à natureza química: 193
FIGURA 51
FIGURA 52
Sinalização Autócrina:
FIGURA 53 197
FIGURA 54
FIGURA 55
(E) Tiroxina e T3
FIGURA 56
201
A glândula pineal ainda é alvo de intensos estudos por parte dos cientistas, pois seu
funcionamento e sua importância ainda não foram completamente esclarecidos. A pineal fica
localizada no interior do cérebro e produz a melatonina, um hormônio que pode influenciar a
função dos ovários e testículos e também pode ajudar a controlar os padrões de sono e vigília de
um indivíduo.
31.2HIPOTÁLAMO 202
O hipotálamo é uma parte do cérebro que fica exatamente acima da glândula hipófise.
O hipotálamo produz hormônios que agem diretamente na hipófise, estimulando ou inibindo a
liberação dos hormônios hipofisários. Alguns dos hormônios hipofisários são: o GHRH(que
estimula a liberação do GH), o TRH (que estimula a liberação do TSH), o CRH(que estimula a
liberação do ACTH) e o GnRH(que estimula a liberação de LH e FSH). O hipotálamo também
produz o neurotransmissor dopamina, que inibe a liberação de prolactina pela hipófise.
Portanto, o hipotálamo, por controlar diretamente a função da glândula-mestra, a
hipófise, constitui uma ligação entre o sistema nervoso central (cérebro) e o sistema endócrino.
FIGURA 57
31.3 HIPÓFISE
A hipófise (antigamente
conhecida como pituitária) é
203
algumas vezes chamada de
“glândula-mestra”, devido à sua
grande influência em outros órgãos
do corpo. Sua função é complexa e
fundamental para o bem-estar
geral do indivíduo.
AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e
ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.
31.3.1 Adeno-hipófise
FIGURA 58
204
Estimula a produção de leite nas mulheres, após o parto, e pode afetar os níveis de
hormônios provenientes dos ovários (em mulheres) e dos testículos (em homens).
205
31.3.1.3 Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH)
Regula a produção dos hormônios sexuais: testosterona nos homens e estrógenos nas
mulheres.
31.3.1.6 Hormônio Folículo-Estimulante (FSH)
31.3.2.1 Ocitocina
A tireoide é uma glândula pequena que fica localizada na região anterior do pescoço,
em frente à passagem do ar (traqueia) e abaixo do pomo-de-Adão. Os hormônios da tireoide
controlam o seu metabolismo, que é a capacidade do corpo quebrar os nutrientes provenientes 208
dos alimentos para armazená-los na forma de gordura, e também a capacidade de “queimar”
esses nutrientes para produzir energia.
FIGURA 60
(...) Estimula a produção de leite nas mulheres, após o parto, e pode afetar os níveis de
hormônios provenientes dos ovários (em mulheres) e dos testículos (em homens).
(...) Regula a produção dos hormônios sexuais: testosterona nos homens e estrógenos
nas mulheres.
(...) É importante para manter uma composição corporal saudável na vida adulta, pois
atua na manutenção da massa muscular, da densidade mineral óssea e da distribuição de
gordura pelo corpo.
2) Coloque V para verdadeiro e F para falso:
(...) A tireoide é uma glândula pequena que fica localizada na região posterior do
pescoço, em frente à passagem do ar (traqueia) e em cima do pomo-de-Adão.
214
(...) Localizadas atrás da glândula tireoide, no pescoço, as paratireoides são quatro
pequenas glândulas que produzem hormônios importantes para a regulação dos íons cálcio e
fósforo no sangue.
Respostas:
FIGURA 61
As glândulas suprarrenais,
ou adrenais, ficam localizadas 215
acima dos rins. Cada suprarrenal
é, na verdade, duas glândulas,
visto que é formada por uma
porção interna (medula adrenal) e
uma porção externa (córtex
adrenal). Os hormônios do córtex
adrenal são essenciais à
manutenção da vida; os
hormônios da medula adrenal,
não.
Controla o volume de sangue e ajuda a regular a pressão arterial, agindo nos rins para
estimulá-los a reter sódio e água.
FIGURA 62
Ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a
insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente, devido a uma resistência do corpo à
ação da insulina (diabetes tipo 2). Sem insulina suficiente para fazer a glicose passar para o
interior das células, esta glicose acaba se acumulando no sangue, onde atinge níveis maiores
que o normal.No diabetes tipo 1, mais comum em pessoas jovens e magras, o paciente precisa 219
tomar injeções de insulina.
Outra alteração extremamente comum dos ovários é a chamada Síndrome dos Ovários
Micropolicísticos (SOMP), que é causada pela produção excessiva de hormônios masculinos
pelos ovários, muitas vezes, relacionada ao excesso de peso e a problemas na ação da insulina
(resistência insulínica). A SOMP pode cursar com irregularidade ou ausência dos ciclos
menstruais, dificuldade para engravidar (infertilidade) e manifestações do excesso de hormônios
masculinos, como: acne severa, aumento de pelos, oleosidade excessiva da pele e cabelos e
queda de cabelos. Em longo prazo, as mulheres com SOMP apresentam um risco aumentado de
desenvolver complicações como: diabetes mellitus tipo 2, aumento do colesterol, hipertensão
arterial e doenças cardiovasculares.
39 TESTÍCULOS
A placenta, além de fazer a conexão entre a mãe e o feto durante a gravidez, produz
vários hormônios que ajudam na manutenção da gestação e no preparo das mamas para a
amamentação. Alguns desses hormônios são: a gonadotrofina coriônica humana(hCG), o 222
lactogênio placentário (hPL) e o estrógenoe a progesterona.
41 ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO
2) A placenta, além de fazer a conexão entre a mãe e o feto durante a gravidez, produz
vários hormônios, tais como:
Respostas
1)(B)
2) (E)
REFERÊNCIAS
225
ALMEIDA,Maria de Fátima da Costa. Boas Práticas de Laboratório.São Paulo: Difusão. 2009.
CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard E.; FERRIER, Denise R.Bioquímica Ilustrada. São
Paulo: Artmed. 2009.
GARCIA, Maria Alice Terra; KANAAN, Salim. Bioquímica Clínica. São Paulo: Atheneu. 2008.
GAW, Allan. Bioquímica Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 226
MALNIC, Gerhard; MARCONDES, Marcelo. Fisiologia Renal. 3. ed. São Paulo: EPV.
MASTROEN, Marco Fabio; GERA, Regina Maria Miranda. Bioquímica:Práticas Adaptadas.São
Paulo: Atheneu. 2008.
228
OLIVARES, Igor Renato Bertoni.Gestão de Qualidade em Laboratórios. Campinas: Alínea
Átomo. 2009.
WESTGARD JO, Barry PL, Hunt MR, Groth T. A multi-rule Shewhart chart quality control in
clinical chemistry. Clin Chem 1981.