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6º Grupo
Unirovuma
Nampula
2023
Abdul Bilale Assimuna
Dias Duarte Roeleque
Hermenegilda José Pinto
Noemy Cristina Suzana Manuel
Rosa Da Rita Maria José
Sabir Abu
6º Grupo
Unirovuma
Nampula
2023
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Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
Objetivos .................................................................................................................................... 4
Geral ........................................................................................................................................... 4
Específicos ................................................................................................................................. 4
Revisão de Literatura ................................................................................................................. 5
Contextualização ........................................................................................................................ 5
Sociedade: conceito e natureza jurídica ..................................................................................... 5
Transformação ........................................................................................................................... 6
Fusão .......................................................................................................................................... 9
Contabilização.......................................................................................................................... 10
Cisão ........................................................................................................................................ 13
Dissolução ................................................................................................................................ 14
Aquisição ................................................................................................................................. 16
Considerações finais ................................................................................................................ 18
Referências ............................................................................................................................... 18
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Introdução
No contexto econômico, muitas empresas têm passado por um processo de mudança em sua
natureza jurídica em virtude da elevada concorrência no mercado. Essas mudanças podem ser
identificadas como cisão, transformação, fusão e incorporação que por sua vez modificam a
natureza jurídica das sociedades a fim de permanecerem no mercado.
Esta transmutação da organização produtiva traz consigo novos, e por vezes complexos,
desafios ao direito do arrendamento, na medida em que implica uma maior interligação entre
este ramo do Direito das Obrigações e diversos temas societários, que, por regra, são estudados
não tendo em consideração a sua conexão com o contrato de arrendamento.
Objetivos
Geral
Analisar a cisão, transformação, fusão, aquisição e incorporação das sociedades
empresárias no processo de reestruturação e desenvolvimento das empresas
Específicos
Conceituar a transformação das sociedades
Indicar os procedimentos necessários para transformação das sociedades
Dar exemplos práticos necessários para a transformação das sociedades
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Revisão de Literatura
Contextualização
O mundo experimentou uma mudança muito grande no comportamento das empresas em
função do fenômeno denominado globalização. Nesta era globalizada, o mundo tem sofrido
inúmeras transformações. Em meio a essas transformações, as sociedades se vêm obrigadas a
se modificar juridicamente a fim de se manterem no atual mercado. (Santos; Schmidt, 2015).
Martins et al. (2013) enuncia que as sociedades têm realizado e efetivado em sua gestão grandes
processos de transformações jurídicas motivadas pela lucratividade, concomitantemente,
buscando vantagens e amparos na legislação tributária.
Assim, a reestruturação societária pode ser realizada de várias formas, entre elas,
transformação, fusão, cisão e incorporação, cada uma com sua respetiva peculiaridade afetando
diretamente a natureza jurídica da sociedade, influenciando seus resultados econômicos e
financeiros.
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Para Branchier; Motta (2012) são consideradas sociedades empresárias cujo objetivo seja a
prática de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços,
com o intuito de auferir resultados.
Amador Paes de Almeida (2008) aborda que a formação da sociedade inicia-se com a
celebração do contrato social e é composta por pessoas que se obrigam a contribuir de forma
mútua para uma atividade econômica e repartição dos resultados. As empresas simples estão
dispensadas desse registro, pois seguem leis específicas para sua regulamentação. Os elementos
são especificados em lei no qual exige informações da empresa, tais como, denominação, sede,
nome, finalidade, sócios, forma de administração, responsabilidades, limites, bens, entre
outros.
Glaston Mamede (2016) salienta que cada sociedade possui um órgão de registro próprio, como
dispõem os artigos do Código Civil. Assim, as sociedades simples são registradas no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas; os empresários autônomos ou microempresários no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Apesar de cada empresa ter suas particularidades, todas elas devem conter as exigências
outorgadas em lei. Dessa maneira, as sociedades devem seguir um sistema de contabilidade e
armazenamento de seus registros de forma hábil e diária.
Transformação
Segundo Almeida (2008) “é um processo mediante o qual a sociedade passa de uma espécie a
outra. Considera-se “a transformação é a operação pela qual a sociedade passa,
independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro”.
Visto que é o procedimento de alteração, entende-se, por exemplo, como a mudança de uma
Sociedade em Nome Coletivo para uma Sociedade Limitada. Verifica-se que tal ato seja de
interesse dos sócios a fim de alcance de melhorias e benefícios econômicos. Além disso, a
sociedade não precisa ser extinta para a constituição de uma nova, mas a alteração na sua
estrutura pode aproveitar a já existente (Branchier; motta, 2012).
A Transformação consiste na mudança de espécie ou de forma jurídica, pelo que ela ocorre
quando uma sociedade de determinada espécie passa a qualquer das restantes espécies previstas
na lei; por exemplo, sociedade por quotas que se transforma em sociedade anónima.
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ii. Na verdade, o CC corporiza a tese da continuação, segundo a qual a sociedade
transformada sucede automática e globalmente à sociedade anterior.
Por isso, a transformação de sociedades não dá lugar a quaisquer registos contabilísticos pois
o novo tipo de sociedade dá continuação automática ao tipo de sociedade que lhe antecedeu.
Contudo, para acautelar os interesses dos credores e dos sócios, uma sociedade não se pode
transformar-se se existir algum dos impedimentos previstos no artigo 186º do CC, a saber:
c) Se a ela se opuserem sócios titulares de direitos especiais que não possam ser
mantidos depois da transformação;
d) Se, tratando-se de uma sociedade anónima, esta tiver emitido obrigações convertíveis
em ações ainda não totalmente reembolsadas ou convertidas.
Por outro lado, a concretização da transformação terá de obedecer ao previsto no artigo 186º
do CC.
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2. Se for apresentado o balanço do último exercício, a administração assegurará, no
relatório, que a situação patrimonial da sociedade não sofreu modificações
significativas ou indicará as que tiverem ocorrido.
Há ainda que ter presente que além das alterações do contrato são eventualmente requeridas
alterações subjetivas, por aumento do número de sócios. Isto acontece quando a sociedade a
transformar (p. e. sociedade por quotas) não tenha o número de sócios exigido por lei para a
constituição de sociedade do tipo a adotar (p. e. sociedade anónima)
Será submetido à apreciação da Assembleia geral na qual, nos termos do artigo 187º do CC,
têm de ser objecto de deliberação separada:
Note-se que a transformação da sociedade deve ser deliberada pelos sócios, nos termos
prescritos para o respetivo tipo de sociedade, no Código das Sociedades Comerciais ou artigo
982º do Código Civil, conforme determina o artigo 133º do CSC.
i. Para as sociedades por quotas, 3/4 dos votos correspondentes ao capital social ou
ao número mais elevado de votos exigidos pelo contrato de sociedade, conforme
artigo 265º;
ii. Para as sociedades anónimas, 2/3 dos votos emitidos, quer a assembleia reúna em
primeira quer em Segunda convocação; se, na assembleia reunida em Segunda
convocação, estiverem presentes ou representados acionistas detentores de, pelo
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menos, metade do capital social, a deliberação pode ser tomada pela maioria dos
votos emitidos.
Fusão
A Fusão ocorre quando duas ou mais sociedades se reúnem numa só e, nos termos do número
2 do artigo 150º do CC:
Por constituição de nova sociedade, para a qual se transferem globalmente os patrimónios das
sociedades fundidas, sendo aos sócios destas atribuídas partes, ações ou quotas da nova
sociedade.
A fusão é a operação pela qual se cria, juridicamente, uma nova sociedade para substituir
aquelas que vieram a fundir-se e a desaparecer, sucedendo-as nos direitos e deveres, sob
denominação diversa, com a mesma ou com diferente finalidade e organização (Coelho, 2015).
Salienta-se que é outro tipo de reestruturação societária que reúne duas ou mais sociedades que
fundem seus patrimônios em um novo tipo societário, sendo assim, configura-se como um novo
tipo de personalidade jurídica. Após aprovada a fusão, os sócios indicarão servidores para o
planejamento da nova sociedade, que por sua vez, estabelecerão projetos de estatuto, quotas,
fundos de reservas, entre outros (Mamede, 2016)
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d. Balanços das sociedades intervenientes, especialmente organizados, donde
conste designadamente o valor dos elementos do ativo e do passivo a transferir
para a sociedade incorporante ou para a nova sociedade;
e. As partes, ações ou quotas a atribuir aos sócios da sociedade a incorporar nos
termos da alínea a) do nº 4 do artigo anterior ou das sociedades a fundir nos
termos da alínea b) desse número e, se as houver, as quantias em dinheiro a
atribuir aos mesmos sócios, especificando-se a relação de troca das
participações sociais;
f. O projeto de alteração a introduzir no contrato da sociedade incorporante ou o
projeto de contrato da nova sociedade;
g. As medidas de proteção dos direitos de terceiros não sócios a participar nos
lucros da sociedade;
h. As modalidades de proteção dos direitos dos credores;
i. A data a partir da qual as operações da sociedade incorporada ou das sociedades
a fundir são consideradas, do ponto de vista contabilístico, como efetuadas por
conta da sociedade incorporante ou da nova sociedade;
j. Os direitos assegurados pela sociedade incorporante ou pela nova sociedade a
sócios da sociedade incorporada ou das sociedades a fundir que possuem
direitos especiais;
k. Quaisquer vantagens especiais atribuídas aos peritos que intervenham na fusão
e aos membros dos órgãos de administração ou de fiscalização das sociedades
participantes na fusão
l. Nas fusões em que seja anónima a sociedade incorporante ou a nova sociedade,
as modalidades de entrega das ações dessas sociedades e a data a partir da qual
estas ações dão direito a lucros, bem como as modalidades desse direito.
Contabilização
O processo de fusão representa uma forma de concentração empresarial. De facto, de acordo
com norma n 21 do PGC-NIRF, considera-se que existem concentrações de atividades
empresariais quando:
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b) Uma ou mais pessoas que já controlem pelo menos uma empresa, ou uma ou mais
empresas, adquirirem o controlo direto ou indireto da totalidade ou de partes de uma ou
mais empresas:
Por compra de partes de capital ou de ativos;
Por contrato, ou
Por qualquer outro meio.
Por outro lado, a IAS prevê que a qualquer das formas de concentração de atividades
empresariais aplica-se um dos dois seguintes métodos contabilísticos:
a) O método de compra;
b) Método de comunhão de interesses.
O método de compra
“Se o justo valor dos ativos e passivos identificáveis for inferior ao custo de aquisição, a
diferença deve ser reconhecida e amortizada numa base sistemática, num período que não
exceda 5 anos, a menos que vida útil mais extensa possa ser justificada nas demonstrações
financeiras, não excedendo porém 20 anos.
Se o justo valor dos ativos e passivos identificáveis for superior ao custo de aquisição, a
diferença pode ser repartida pelos ativos não monetários individuais adquiridos, na proporção
dos justos valores destes. Alternativamente, esta diferença pode ser tratada como proveito
diferido e imputada a resultados numa base sistemática, durante um período que não ultrapasse
5 anos, a menos que período mais extenso possa ser justificado nas demonstrações financeiras,
não excedendo porém 20 anos.
Exemplo de aplicação
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Admita-se a operação de fusão da empresa A por absorção da empresa B, cujos balanços são:
Reservas 80.000,00
Passivo
Existência 9.000,00
Clientes 7.000,00
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Activos intangíveis (marcas) 14.000,00
Admitindo que os acionistas da Sociedade A estão dispostos a pagar110 000 pela sociedade B,
temos um Trespasse ou goodwill de 17 000 (110 000-93 000). Por outro lado, o pagamento aos
acionista da B será efetuado através da entrega de ações da A decorrentes de aumento de
capital de 40 000 ações. A empresa A, após fusão apresentará o seguinte balanço:
Passivo
Fornecedor 40.000,00 50.000,00 90.000,00
Cisão
Segundo Gladston Mamede (2016) “é a divisão do corpo social (patrimônio e sócios) ”. Sendo
assim, é o processo pela qual a sociedade transfere partes do seu patrimônio para uma ou mais
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sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes. Ressalta-se que os administradores
deverão providenciar a inscrição dos atos relativos à cisão no registro próprio de sua sede.
A Cisão consiste na divisão de uma empresa em várias e é uma operação prevista no CC, que
no artigo 175º prescreve:
a. Destacar parte do seu património para com ela constituir outra sociedade;
b. Dissolver-se e dividir o seu património, sendo cada uma das partes resulta
destinada a constituir uma nova sociedade;
c. Destacar partes do seu património ou dissolver-se, dividindo o seu património
em duas ou mais partes, para as fundir com sociedades já existentes ou com
partes do património de outras sociedades, separadas por idênticos processos e
com igual finalidade.
Outras vezes, a Cisão traduz uma evolução profunda: desdobrar uma empresa em várias ou
destacar partes do seu património para fundir essas partes com outras empresas já existentes.
Dada a sua natureza, a Cisão encontra-se regulamentada para acautelar interesses legítimos
quer de quem está motivado para a realização da operação quer de quem é nela envolvido,
como sejam os gestores, credores e pessoal das empresas a cindir.
Por isso, considera-se aqui reproduzido o que acima foi descrito para a fusão com a chamada
de atenção que os elementos a constar do projeto de cisão encontram-se expressos no artigo
171º do CC.
Dissolução
Código Comercial (CC) contempla os seguintes parágrafos:
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A dissolução é o ato que determina o início do procedimento da extinção da sociedade, que,
quando for de iniciativa dos sócios, pode ser decidido em Assembleia feral dos sócios. Com a
dissolução a Sociedade termina a persecução do objeto social e dá-se o início a fase de
liquidação com vista a repartir pelos sócios o património societário.
Todavia, se à data da dissolução, a sociedade não tiver dívidas, podem os sócios proceder
imediatamente à partilha dos haveres sociais, pela forma prescrita no artigo 201.º Nos termos
do artigo 195º do CC, a sociedade em liquidação mantém a sua personalidade e continua sujeita
ao mesmo regime, com as devidas adaptações.
O artigo 192.º prescreve que a sociedade dissolve-se nos casos previstos no contrato e ainda:
Quando a dissolução resulta de deliberação dos sócios, dever-se-á ter presente que:
A deliberação de dissolução de sociedade por quotas deve ser tomada por maioria de
75% dos votos;
A deliberação de dissolução de sociedade anónima deve ser aprovada por maioria de
2/3 dos votos emitidos, ou por maioria dos votos em segunda convocação;
Por sua vez “pode ser requerida a dissolução judicial da sociedade com fundamento em facto
previsto na lei ou no contrato e ainda:
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c. Quando a sociedade não tenha exercido qualquer atividade durante cinco anos
consecutivos;
d. Quando a sociedade exerça de facto uma atividade não compreendida no objeto
contratual.
Para separar o resultado apurado até à data da dissolução do da liquidação será de ponderar a
subdivisão da conta 88 – Resultado líquido do exercício em duas subcontas: Resultado do
exercício e Resultado da liquidação.
Aquisição
Uma vez subscrito e realizado o capital podemos ser confrontados com a sua diminuição
efetiva, não que formal, através da aquisição de parcelas daquele por parte da própria
Sociedade. Se bem que existam limitações legais à aquisição de quotas ou ações próprias,
adiante referidas, quando elas se verificarem serão objeto de registo em conta distinta do
CAPITAL, pois esta será sempre a expressão do valor nominal do capital social. Assim, a
parcela de capital adquirido pela própria sociedade será relevado como segue:
Valor nominal
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3) Aquisição> Nominal 52 Ações (quotas) Próprias 11/12/268
Face a esta exigência de tornar indisponível uma reserva de igual montante à contrapartida da
aquisição de quotas próprias, então, além dos registos relativos à aquisição acima evidenciados,
no mesmo momento dever-se-á registar:
Por imposição daquele mesmo normativo, no relatório anual da gestão devem ser claramente
indicados:
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Considerações finais
Concluísse que são vários os fatores que desencadeiam uma sociedade se submeter a um
processo de alteração em sua natureza jurídica, sendo eles: forte concorrência; falta de recursos
financeiros; dificuldade em se manter no negócio; desarmonia entre sócios e investidores; falta
de foco, modelo de negócio e investimento; problemas com preço; entre outros
Referências
Almeida, A. P. (2008.). Direito de empresa no código civil. (2 ed.). São Paulo:: Saraiva.
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Coelho, F. U. (2015). Manual de direito comercial: direito de empresa. (27 ed.). São Paulo::
Saraiva,.
SANTOS, J. L., & SCHMIDT, P. (2015). Contabilidade societária. (5 ed.). São Paulo:: Atla.
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