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Sal: restringir para limitar a excreção urinaria de cálcio e assim prevenção primaria e
secundaria de nefrolitiase. Ingerir menos de 3,5g/d de NaCl ou menos de 60mmol/dia
de sódio.
Tratamento da hiperoxalúria
Probióticos:
Equilíbrio ácido-base:
O status ácido-base do paciente modula a excreção renal de citrato. A acidose
sistêmica promove absorção de citrato no túbulo renal proximal, com sua subsequente
incorporação ao ciclo de Krebs. A alcalose induz redução na absorção de citrato,
resultando em aumento da excreção urinaria de citrato. Condições em que há menor
pH (mais acido) na urina, como acidose metabólica e hipocalemia, causam redução na
excreção de citrato na urina.
Vegetais:
A ingestão de vegetais (exceto os ricos em oxalato) aumenta a excreção de citrato e
consequentemente reduz a saturação de oxalato de cálcio e fosfato de calcio na urina.
Frutas cítricas tem citrato e ajudam.
Exames:
Investigaçao metabólica:
Sangue: creatinina, ureia, glicose, acido úrico, Na, K, Cl, cálcio, fosforo, perfil lipídico
Urina: urianalise completa. Cultura de urina para bactérias comuns.
USG de abdômen.
Análise da composição da pedra.
DOI:10.4081/aiua.2015.2.105
Joaquim:
Pacientes com NL tem que ser avaliados. Sangue: Ácido úrico (tem que estar abaixo de
5,7), cálcio iônico, magnésio eritrocitário, PTH, vitamina D. Urina de 24h: citrato (maior
causa de cálculos é hipocitratúria, especialmente se come poucos vegetais e frutas),
ácido úrico, oxalato, cálcio.
Cálculo de 1,1 cm não sairá sozinho, precisa ser tratado com nefrolitotripsia a laser.
Não pode fazer percutânea pq é hemofílico, e não pode fazer nefrolitotripsia
extracorpórea. Então tem que fazer nefrolitotripsia a laser, que tem um limite de 2 cm,
se a pedra ultrapassar este tamanho
Exercícios físicos invertidos deslocam o cálculo.
Saber a densidade do cálculo na tomografia. Densidades baixas (650-700-800) são
típicas de ácido úrico.
A dieta pode afetar o perfil de risco da urina e a supersaturação com o sal formador da
pedra, modificando o risco de formação de cálculos.
Colher duas urinas de 24h consecutivas para detectar distúrbios metabólicos como
hipercalciuria, hipocitraturia, hiperoxaluria e hiperuricosuria, e para identificar fatores
de risco dietéticos para a formação de cálculos.
Orientações nutricionais especificas são mais eficientes do que as gerais para prevenir
formações de cálculos recorrentes.
Ingestão hídrica
Um baixo volume urinário causado por baixa ingestão de fluidos ou perda excessiva é
um dos maiores fatores de risco para formação de cálculos.
A ingestão de fluidos adequada aumenta a diluição da urina, reduzindo a concentração
de constituintes litogênicos e ajudando na expulsão de cristais ao diminuir o tempo de
trânsito intratubular.
O ideal é urinar 2 a 2,5L a cada 24h.
Se os cálculos forem de cistina, o volume deve ser 3L/24h para reduzir a concentração
de cistina urinária abaixo do limite de solubilidade de 1,3mmol/L no pH 6,0.
Medidas recomendadas:
Volume de urina – 2-2,5L/24h
Densidade de urina: <1,010g/cm3
Ingestão de fluidos distribuída ao longo do dia
Ingestão de fluidos antes de deitar
Reposição de perdas de fluidos causadas por exercício físico, ambientes quentes ou
secos, ocupacionais, estresse mental e diarreia
Bebidas neutras:
Chás de frutas, chás de ervas
Água de torneira
Agua mineral com baixo conteúdo de cálcio, bicarbonato e sulfato
Bebidas alcalinizantes:
Agua mineral com alto teor de bicarbonato (>=1500mg/L) e baixo conteúdo de cálcio
(<150mg/L)
Suco de laranja
Bebidas contraindicadas
Chá verde, chá preto, café com cafeína (no máximo 500ml/dia)
Bebidas açucaradas
Refrigerantes
Bebidas alcoólicas, incluindo cerveja e vinho
Água mineral: tem mais cálcio, magnésio e outros ions, além de bicarbonato, do que a
água de torneira. A ingestão de bicarbonato aumenta a capacidade tamponante do
corpo e é um agente alcalinizante. A agua mineral rica em bicarbonato (cerca de
1715mg/L) pode ajudar na terapia alcalinizante e contribuir para o potencial inibitório
da urina, aumentando o pH urinário e a excreção de citrato. Ajuda a reduzir a
supersaturação de oxalato de cálcio e ácido úrico.
Sucos de frutas
Ricos em citrato.
O citrato dietético é absorvido no TGI e metabolizado a bicarbonato, que aumenta o pH
urinário e a excreção de citrato.
Sucos cítricos, como limao, laranja e grapefruit, fornecem grande quantidade de ácido
cítrico, podendo ser alternativa dietética à farmacoterapia com agentes alcalinizantes.
Excreção de citrato = inibidor urinário da formação de cálculos de oxalato de cálcio.
Chás e café:
European Food Safety Authority – seguro o consumo de até 400mg/dia de cafeína –
corresponde a 4 xícaras de café coado.
O aumento da ingestão de liquido, os efeitos antioxidantes dos fitoquímicos
(polifenóis) podem explicar os efeitos preventivos associados ao consumo de cha.
Chá e café parecem prevenir contra formação de cálculos, o que parece estar atribuído
ao efeito diurético da cafeína, que pode levar à hipercalciúria.
Oxalatos: café tem pouco. Chás preto e verde tem mais. Infusões de frutas tem pouco.
Proteína:
Alto consumo é potencialmente maléfico nos fatores de risco para formação de
cálculos. A carga acida gerada pela dieta hiperproteica pode aumentar o cálcio urinário,
reduzir pH urinário e reduzir excreção de citrato.
0,8g/kg/dia reduz o cálcio e ácido úrico urinários e aumenta a excreção de citrato.
Excreção urinaria de cálcio é fator de risco para formação de cálculos.
Não há RCT comparando o efeito isolado de dieta hipo versus hiper proteica no risco da
formação de cálculos.
Carboidratos
Estudos inconclusivos. Não distinguem os tipos de carboidratos, especialmente os mais
comuns – dissacaridios sacarose e seus monômeros glicose e frutose.
Estudos de coorte prospectiva encontram relação positiva entre o consumo de
sacarose e o risco de formação de cálculos em mulheres mas não em homens.
Aumento da taxa de excreção urinaria de cálcio após a ingestão de glicose ou sacarose
(100g) em indivíduos normais e em formadores de pedras de oxalato de cálcio.
Associado a aumento da abosrcao intestinal e redução da reabsorção renal de cálcio
quando há ingestão de glicose. Isso pode parcialmente ser mediado pelo aumento da
insulina sérica.
A hiperinsulinemia parece ter papel significativo na patogênese da formação de
cálculos de cálcio em pacientes com hipercalciuria idiopática.
O consumo de frutose esta relacionado ao risco de formação de cálculos. Mecanismos
ainda desconhecidos. Pode ser porque aumenta excreção urinaria de cálcio, oxalato,
afeta pH urinário e o metabolismo de acido úrico. Aumenta risco de gota em homens.
Lipídeos
A razão n-6/n-3 pode afetar o risco da formação de pedras de oxalato de cálcio através
de vários mecanismos. Formadores idiopáticos de cálculos apresentam mais ARA nos
eritrócitos – PGE2 parece induzir hipercalciuria ao aumentar a absorção intestinal de
cálcio e reabsorção óssea, e reduzir a reabsorção tubular renal de cálcio. Também ARA
nas membranas fosfolipídicas pode aumentar o transporte intestinal e renal de oxalato.
Suplementação aumenta EPA e DHA nas membranas fosfolipídicas, reduzindo a
excreção urinaria de cálcio e oxalato.
Óleo de peixe suplementado reduz a excreção de oxalato em indivíduos saudáveis, e
reduz excreção urinaria de cálcio e/ou oxalato em pacientes com cálculos.
Oxalato
Oxalato urinário é tido como um fator de risco essencial para formação de pedras de
oxalato de cálcio.
Alterações na concentração urinaria de oxalato pode aumentar a supersaturação de
oxalato de cálcio na urina.
Também há produção endógena de oxalato principalmente pelo fígado, a partir dos
precursores – ácido ascórbico e hidroxiprolina.
Dieta rica em oxalato aumenta a excreção de oxalato na urina. A supersaturação de
oxalto de cálcio aumenta significativamente com alta ingestão dietética.
Porem, parece haver apenas uma associação modesta entre a alta ingestão dietética de
oxalato e o risco de formação de pedras.
Possibilidades de erros – estudos usam questionário de frequencia; é dificul avaliar a
ingestão de oxalato em coortes grandes; há variação diária na ingestão de oxalato e no
risco da formação de cálculos; a diferença no teor de oxalato que varia com as
condições em que o alimento foi plantado, preparado e processado.
É importante para pacientes que formam cálculos de oxalato de cálcio.
Cálcio
Hipercalciúria = risco para formação de pedras de cálcio.
Ingestão balanceada de cálcio a partir de laticínios e outras fontes – protege contra
formação de cálculos.
Evitar restrição dietética de cálcio, pois induz perda óssea e aumenta absorção e
excreção de oxalatos.
Restrição dietética de cálcio reduz a concentração intestinal de cálcio, aumentando a
absorção de oxalato não-complexado, e subsequentemente a excreção urinaria de
oxalato.
Recomendações: 1000-1200mg ou 800-1200mg/dia.
Cloreto de sódio
Aumenta o risco de formar pedras porque aumenta excreção urinaria de cálcio.
Pode promover excreção de cálcio ao inibir a reabsorção tubular renal de cálcio.
Dieta baixa em sal pode reduzir a excreção urinaria de cálcio em formadores de pedras
de oxalato de cálcio.
Recomendação: até 2300mg de sódio ou 6g de sal por dia.
Recomendações:
doi: 10.3390/nu13061917
Chá verde: apesar do oxalato, parece reduzir risco de nefrolitíase devido à EGCG.
https://doi.org/10.1016/j.advnut.2023.03.002