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ANA CAROLINA TÁVORA EUSTÁQUIO

INSEGURANÇA ALIMENTAR

SÃO PAULO
2022
ANA CAROLINA tÁVORA EUSTÁQUIO

INSEGURANÇA ALIMENTAR

Projeto apresentado ao Curso de Nutrição da Instituição


Anhanguera

Orientador: Silvia Regina Calil

São Paulo
2022
SUMÁRIO

1.1 O PROBLEMA.......................................................................................................4
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO.......................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS................................................5
3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................6
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................7
5 METODOLOGIA.....................................................................................................17
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO..........................................................18
REFERÊNCIAS.........................................................................................................19
1.1 O PROBLEMA

Qual a importância da prevenção e do tratamento da insegurança alimentar?


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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Compreender o conceito de insegurança alimentar, bem como suas causas e


consequências.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

 Definir o conceito de insegurança alimentar.


 Examinar a escala brasileira de insegurança alimentar (EBIA)
 Apresentar de que forma o governo atua para ajudar as famílias
que se situam na zona de insegurança alimentar.
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3 JUSTIFICATIVA

A insegurança alimentar de acordo com a definição dada pela Organização


Das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) é dada quando a
população de um pais, cidade ou região, não possui acesso físico, econômico e
social suficiente a alimentos nutritivos que atendam suas necessidades básicas de
sobrevivência.
Com o atual cenário da pandemia do vírus covid-19, é de extrema importância
entender e compreender a insegurança alimentar, pois segundo o levantamento feito
por pesquisadores do grupo “Alimento e justiça” da Universidade Livre de Berlim
juntamente com a colaboração e parceria das Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) e Universidade de Brasília (UnB), 59,4% Dos domicílios do pais se
encontraram em estado, leve, moderado ou grave de insegurança alimentar,
colocando assim o Brasil de volta ao mapa da fome.
Por esse motivo, é essencial estudar e compreender as causas e
consequências dessa condição tão presente na vida de pessoas com baixa ou nada
de renda e que vive em situações lamentáveis e desumanas no nosso pais e as
formas como o governo trabalha para auxiliar de forma integra essas pessoas em
situação precária.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Moradia, agua potável, saneamento básico e principalmente alimentação, é o


um ser humano deve ter para viver em condições mínimas. O alimento e a nutrição
desempenham um papel muito importante e essencial na vida de todos, pois além
de todos os nutrientes necessários para o organismo e na quantidade apropriada,
ajudando a formar um excelente sistema imunológico, o homem tem uma ligação
sentimental com o alimento, seja dada pelas tradições familiares, costumes de seu
pais ou memorias afetivas de algum momento de sua vida. Com isso o quadro de
insegurança exige atenção imediata, pois requer ações e estratégias importantes
para ajudar o indivíduo nessas condições.
Partindo do princípio o conceito de insegurança alimentar tem base na ideia
de segurança alimentar e Nutricional (SAN) que se consagrou pela Lei Orgânica de
Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de
2006) definida como:

A realização do direito de todos ao acesso regular e


permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo
como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem
a diversidade cultural e que sejam sociais, econômica e
ambientalmente sustentáveis. (BRASIL, 2006)

Com base nisso, compreendemos que a Insegurança Alimentar e Nutricional


(IAN) é dada como a falta de acesso a uma alimentação adequada, condicionada,
predominantemente, às questões de renda. (BEZERRA et al, 2020).
Dentro desse contexto é possível interpretar quatro supostas dimensões que
podem gerar a insegurança alimentar e nutricional: Disponibilidade que se refere à
capacidade geral do sistema agrícola de atender à demanda de alimentos;
Instabilidade que se refere a possibilidade de haver risco de perda temporária ou
permanente de acesso aos recursos necessários para a alimentação, seja por renda
insuficiente ou falta de reservas; Acesso que diz respeito à distribuição de recursos
e direitos para aquisição adequada de alimentos para uma dieta nutritiva; Utilização
que abrange todos aspectos de segurança alimentar e qualidade da nutrição
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relacionadas à saúde, incluindo as condições sanitárias em toda a cadeia alimentar.


(KEPPLE et al, 2011)
Segundo brewer (2006), insegurança alimentar significa “uma limitada e/ou
precária disponibilidade de alimentos com nutrientes adequados, incluindo refeições
diárias reduzidas e não ter a concepção da próxima refeição”, além disso o autor
ainda completa que uma das consequências do consumo alimentar inadequado é a
subnutrição.
De acordo com Sullivan e Choi (2002) a insegurança alimentar “ocorre
sempre que a disponibilidade de alimentos nutricionalmentes considerados
adequados e seguros é limitado ou incerto e precário”
As doenças decorrentes a mal alimentação e nutrição deficientes estão cada
vez mais presentes na maioria da população brasileira, muitas se destacam pela
falta de vitaminas e insuficiência proteica, causando assim problemas no
crescimento de crianças, fragilidade o sistema imunológico, mortes devido a essas
doenças e desnutrição e a grande chance do aparecimento de novas doenças
relacionadas a má alimentação.
A insegurança alimentar e nutricional tem sido considerada como um
problema de saúde mundial, muito países tem feitos constantes pesquisas
populacionais para encontrar a porcentagem de seus territórios;

Nos Estados Unidos, uma pesquisa envolvendo crianças e famílias


de baixa renda, encontrou 30,7% de insegurança alimentar. Na
Colômbia, um estudo também conduzido com famílias de baixa
renda observou 51,8% de insegurança alimentar. Em estudo
realizado envolvendo famílias com crianças de Quebec, no Canadá,
e da Jamaica observaram-se prevalências de insegurança alimentar
de 9,0% e 26,0%, respectivamente. No Brasil, a PNAD identificou
que 30,2% da população apresentava algum grau de insegurança
alimentar. (IBGE; PNAD, 2017)

Esses dados coletados ao redor do mundo são alarmantes e evidenciam que,


apesar dos avanços observados na diminuição das desigualdades, ainda é grande o
contingente de pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar, com
desigualdades regionais e de outras índoles como de cor/raça, faixa etária, faixa de
renda e localização urbano vs. rural, que implicam em importantes desafios.
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Devido a necessidade e importância de identificar e coletar dados mais


profundos sob o risco de insegurança alimentar e nutricional, foi criada pelo
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of
Agriculture – USDA) uma escala de medidas direta de insegurança alimentar e fome.
Essa escala deu-se início em unidades domiciliares, para medir o nível de
insegurança como também o impacto das políticas públicas a fim de garantir o
acesso aos alimentos. (PNAD,2004).
A Escala Brasileira de Insegurança alimentar (EBIA) foi resultado de uma
adaptação da escala do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A
utilização do EBIA começou no ano de 2003, com etapas quantitativas e qualitativas
de investigação em áreas rurais e urbanas, através de um questionário com 15
perguntas. A experiência brasileira foi positiva no mapeamento e na identificação de
grupos vulneráveis. (PNAD, 2004).
Além da criação da EBIA, outras políticas e programas como Fome Zero
criado em 2003, que consistia num conjunto de mais de 30 programas
complementares dedicados a combater as causas imediatas e subjacentes
da fome e da insegurança alimentar, implementados pelo ou com o apoio do
governo federal e foi uma ampla estratégia de inclusão social, e o Programa Bolsa
Família que também foi criado em 2003 e possuía três eixos principais:
complemento da renda; acesso a direitos; e articulação com outras ações a fim de
estimular o desenvolvimento das famílias, o programa governamental atendia às
famílias que vivem em situação de pobreza e de extrema pobreza. (BRASIL,2003)
Ambos os programas públicos executados pelo governo brasileiro durante o
período, tiveram efeitos bastante positivos sobre a diminuição do quadro geral da
insegurança alimentar e nutricional no pais, ajudando assim inúmeros adultos,
idosos e crianças e gestantes a saírem de condições de vida precárias e de
desumanidade.
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5 METODOLOGIA

A metodologia a ser realizada nesse trabalho será uma Pesquisa


Bibliográfica, por meio de uma Revisão de Literatura, onde serão pesquisados livros,
dissertações, artigos científicos, trabalhos acadêmicos de tese e monografias no
período de tempo de publicação de 10 anos, selecionados através de busca nas
seguintes bases de dados Scielo; Lilacs; medline; PlubMed, etc. As palavras-chave
utilizadas na busca serão: insegurança alimentar; fome, escassez, EBIA.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

2022/1 2022/2
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ -

Escolha do tema.
Definição do problema de X X
pesquisa
Definição dos objetivos, X
justificativa.
Definição da metodologia. X
Pesquisa bibliográfica e
elaboração da
fundamentação teórica. X
Entrega da primeira
versão do projeto. X X
Entrega da versão final do
projeto. X
Revisão das referências
para elaboração do TCC. X X X
Elaboração do Capítulo 1. X X
Revisão e reestruturação
do Capítulo 1 e X X X
elaboração do Capítulo 2.
Revisão e reestruturação
dos Capítulos 1 e 2. X
Elaboração do Capítulo 3. X X
Elaboração das
considerações finais.
Revisão da Introdução. X X X
Reestruturação e revisão
de todo o texto.
Verificação das X
referências utilizadas.
Elaboração de todos os
elementos pré e pós- X
textuais.
Entrega da monografia. X
Defesa da monografia. X X
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REFERÊNCIAS

BEZERRA, Mariana Silva et al. Insegurança alimentar e nutricional no Brasil e


sua correlação com indicadores de vulnerabilidade. Ciência & Saúde Coletiva
[online]. 2020, v. 25, n. 10. pp. 3833-3846. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1413-812320202510.35882018. Acesso em: 15 abr.2022.

BEZERRA, Thaíse Alves, Olinda, Ricardo Alves de e Pedraza, Dixis Insegurança


alimentar no Brasil segundo diferentes cenários sociodemográficos. Ciência &
Saúde Coletiva [online]. 2017, v. 22, n. 2 Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1413-81232017222.19952015. Acesso em:15 abr. 2022.

HOFFMANN, Rodolfo. Pobreza, insegurança alimentar e desnutrição no Brasil.


Estudos Avançados [online]. 1995, v. 9, n. 24. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0103-40141995000200007. Acesso em: 22 de abr.2022.

MORAIS, Dayane de Castro et al. Insegurança alimentar e indicadores


antropométricos, dietéticos e sociais em estudos brasileiros: uma revisão
sistemática. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2014, v. 19, n. 05. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1413-81232014195.13012013. Acesso em 14 de abr. 2022.

PANIGASSIi, Giseli et al. Insegurança alimentar intrafamiliar e perfil de consumo


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https://doi.org/10.1590/S1415-52732008000700012, acesso em: 15 abr. 2022.

PEREIRA, Rosangela Alves e Santos, Leonor Maria Pacheco. A dimensão da


insegurança alimentar. Revista de Nutrição. 2008, v. 21, pp. 7s-13s. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/rn/a/WxVL6wk5X5BZKHTC7rT88vC/?lang=pt#. Acesso
em: 17 de abr. 2022.

SEGALL-CORRÊA, A. M.; MARIN-LEON, L. A segurança alimentar no Brasil:


proposição e usos da escala brasileira de medida da insegurança alimentar
(EBIA) de 2003 a 2009. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 16,
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https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8634782. Acesso
em: 3 abr. 2022.

TAKAGI, M. A implantação do programa fome zero do governo Lula. In: BRASIL.


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Fome Zero: Uma História
Brasileira. Brasília: MDS, 2010, v. I. Acesso em: 17 abr. 2022

YAKBEK, Maria Carmelita. O programa fome zero no contexto das políticas


sociais brasileiras. São Paulo em Perspectiva [online]. 2004, v. 18, n. 2. Disponível
em: https://doi.org/10.1590/S0102-88392004000200011. Acesso em: 20 de abr.
2022.

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