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TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO
CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
RESUMO
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1. INTRODUÇÃO
Sua massa é filada, isto é, após a dessoragem ela é finamente fatiada, aquecida
e as fatias misturadas até formar um bloco liso e homogêneo com consistência firme,
compacta. Tem cor esbranquiçada e sabor levemente ácido. Seu formato e peso são
variáveis e deve ser conservado sob refrigeração, em temperaturas de até 10 °C (KATIA
PERRY, 2004).
A mussarela é um queijo de filagem com massa acidificada que se pode obter por
coagulação, por meio de coalho ou outras enzimas coagulantes específicas apropriadas.
Os padrões podem variar devido a qualidade matéria prima utilizada no processo de
fabricação (LUISA EDUARDA, FLÁVIA FERREIRA, SOFIA DE MESQUITA, 2022).
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devido ao problema de sazonalidade da produção leiteira, durante certo período do ano
ocorre uma queda na oferta e uma elevação no preço desse queijo (LEILA MARIA,
ANTONIO JOAQUIM, 1999).
A produção de queijos por processos artesanais surgiu como uma alternativa dos
pequenos produtores para agregar valor à produção de leite e para aumentar sua renda.
Ela é resultante dos altos custos de equipamentos industriais e do baixo preço do leite
pago ao produtor. Porém, na maioria das vezes, a qualidade higiênico-sanitária do leite
e derivados é duvidosa, a mão de obra para sua obtenção e fabricação não é qualificada,
sendo produzido um derivado de qualidade inferior, podendo causar sérios danos à
saúde pública (ÍSIS PENÉLOPE, MARIA APARECIDA, 2008).
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2. OBJETIVOS
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3. HISTÓRIA
O queijo muçarela chegou ao Brasil entre os anos 1860 e 1890, por ser um produto
muito forte na Itália, os imigrantes o trouxeram consigo. Foi popularizado a partir do
primeiro ano republicano quando 974 mil italianos desembarcaram no Brasil.
3.1 VARIAÇÕES
Por ser um queijo muito apreciado no mundo, há uma grande versatilidade, sendo
as principais variações:
Muçarela Tradicional: ou Mozzarella, foi o primeiro tipo fabricado na Itália, feita a partir
do Leite de Búfala. Possui textura macia e sabor suave.
Muçarela de Leite de Vaca: É a variação mais popular no mundo, feita a partir do leite
de vaca. Detém textura elástica e sabor suave. A fabricação com uso do leite de vaca
foi incorporada por técnicas brasileiras, que trouxeram aprimoramento significativo as
receitas culinárias.
Muçarela light: É uma versão mais saudável do queijo muçarela, é macia, suave e
possui uma consistência elástica quando está fresca. Geralmente possui um custo mais
alto do que a tradicional. Pode ser feita com leite desnatado ou leite com baixo teor de
gordura.
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Burrata: Também chamado de Muçarela Fresca, é um queijo cremoso feito com
muçarela desfiada misturada com creme de leite, também é de origem Italiana. Contém
casca fina e recheio cremoso.
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muçarela defumada são semelhantes às da tradicional, apresentando uma consistência
macia e derretida quando aquecida. Algumas variedades podem ter uma coloração
levemente dourada devido ao processo de defumação.
Muçarela de Leite de Vaca: teor de gordura moderado, a menos que seja a integral
(teor de gordura mais elevado) ou a light (teor de gordura reduzido). Mais utilizada em
pizzas, sanduíches, etc.
Muçarela light: É uma opção mais saudável por ter um baixo teor de gordura do que a
tradicional. Uma escolha deveras interessante para quem deseja manter o peso ou
está em uma dieta com restrição calórica.
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4. METODOLOGIA
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4.1 HIGIENE
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processos de produção, incluindo tempos, temperaturas e qualquer problema
identificado. Isso ajuda na rastreabilidade e no controle de qualidade.
Empresas de grande escala, por outro lado, têm mais recursos financeiros para
investir em instalações modernas, equipamentos de última geração e programas de
treinamento para funcionários. No entanto, o desafio para eles está em manter altos
padrões de higiene em uma escala maior, o que pode ser complexo e exigir sistemas de
gerenciamento rigorosos.
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4.2 PRODUÇÃO
Pasteurização
Fluxograma — etapas
da produção do queijo
Preparo do leite
muçarela (baseado na
Embrapa)
Tratamento da massa
Agitação e cozimento da
massa
Filagem
Enformagem e
resfriamento
Salga
Embalagem e
armazenamento
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4.2.1 PASTEURIZAÇÃO
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como o processo rápido de pasteurização.
Fermento
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fermento através de duas etapas: Repicagem e Preparo.
1. Separe 1 litro de leite (1% dos 100 litros) e esterilize-o em banho-maria a 90ºC
por 30 minutos, depois resfrie até 25ºC.
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2. Do fermento preparado na primeira etapa, pegue 10 mL (1% de 1 litro de leite),
misture com 1 litro de leite esterilizado e agite. Deixe repousar por 15 horas a 25°C.
3. Misture os 10 mL do fermento preparado na primeira etapa com os 100 litros
de leite. Reserve 10 mL na geladeira para futuros processamentos de queijo.
4. Semanalmente, separe 5% da cultura-mãe e faça uma nova repicagem. Isso
servirá como reserva e será usado se o fermento da segunda etapa apresentar
problemas, como coagulação lenta (mais de 20 horas), presença de componentes
estranhos no leite ou problemas na qualidade do queijo, como soro na superfície, odor
ou sabor estranhos e bolhas de gás.
Cloreto de Cálcio
Coalho
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- A temperatura do leite deve estar na faixa de 32ºC a 34ºC, que é a temperatura
ideal para a ação do coalho.
- O coalho deve ser adicionado gradualmente e sempre sob agitação, com essa
operação durando no máximo 3 minutos.
- O leite deve permanecer completamente em repouso até o momento da
coagulação.
- O coalho deve ser o último ingrediente a ser adicionado.
-Evite adicionar uma quantidade superior à recomendada para evitar o
desenvolvimento de um sabor amargo no queijo.
Coagulação do leite
Ponto do corte
É crucial determinar com precisão esse ponto, pois um corte prematuro resultaria
na perda de caseína e gordura, observada quando o soro fica turvo. Por outro lado, um
corte tardio tornaria a massa dura, tornando difícil a remoção do soro. Quando o corte é
feito no momento certo, o soro tem uma tonalidade verde-amarelada.
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- Com as costas da mão, aplique uma leve pressão sobre a superfície da massa
próxima à parede do recipiente onde o queijo está sendo preparado. Se a massa se
soltar facilmente da parede, é um sinal de que está no ponto de corte.
- Com uma espátula ou faca, faça um corte na massa e introduza-o na massa,
forçando para cima na região do corte. Se uma fenda reta se formar sem fragmentação,
a massa está pronta para o corte.
Corte
O corte da massa é realizado com a ajuda de uma lira, um utensílio que possui
lâminas ou fios cortantes dispostos paralelamente e igualmente espaçados. O processo
de corte envolve o uso de uma lira vertical e uma lira horizontal e é conduzido da seguinte
maneira:
A agitação é realizada para evitar que os cubos se juntem ou fundam uns aos
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outros, o que dificultaria a remoção do soro. No início da agitação, é importante ser
delicado, evitando movimentos bruscos para não romper os cubos que ainda estão
frágeis e, assim, prevenir a perda de massa. À medida que os grãos se tornam mais
firmes, a agitação pode ser intensificada.
Normalmente, para processar queijos, são utilizados tanques de parede dupla que
permitem a circulação de água quente ou vapor para o aquecimento. No entanto, existe
uma alternativa simples e eficaz, que envolve a remoção de 20% a 30% do soro e a
substituição por água quente.
4.2.5 FILAGEM
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a massa para a filagem.
3. O valor ideal de pH para a massa é de 5,2, mas pode variar entre 5,1 e 5,4. O
ponto de filagem ideal pode ser identificado de maneira prática, através de um teste de
filagem descrito a seguir.
Assim que o ponto de filagem for atingido, a massa deve ser cortada em pequenos
pedaços. Em seguida, esses pedaços são colocados em água a uma temperatura de
80ºC a 85°C, e a massa é trabalhada até que se torne elástica, permitindo a formação
de fios longos. Em produções menores, a filagem pode ser realizada manualmente com
uma colher de pau, enquanto em produções industriais são utilizados equipamentos
especializados para executar todo o processo.
Teste de filagem
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Após a fase de filagem, a massa é colocada na fôrma e imersa em água gelada para
resfriamento.
4.2.7 SALGA
Para evitar que o queijo flutue na salmoura, é recomendável colocar uma tela ou
outro utensílio sobre ele para mantê-lo submerso. Além disso, é fundamental realizar
agitações periódicas na salmoura para equilibrar a concentração de sal ao redor do
queijo.
Alguns queijos, como o parmesão, que têm casca muito dura, não necessitam de
embalagem. No entanto, para queijos com casca macia, como a muçarela, é
recomendável o uso de uma embalagem protetora. Antes de embalar, é importante
garantir que a superfície do queijo esteja seca.
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O queijo muçarela deve ser armazenado em um ambiente refrigerado para
prolongar sua vida útil. As baixas temperaturas inibem o crescimento de microrganismos
indesejados e protegem contra poeira, insetos e roedores. Para pequenas produções,
uma geladeira doméstica pode ser utilizada, enquanto para produções maiores, é
recomendável o uso de câmaras de armazenamento refrigeradas.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se então que devido à alta demanda por queijo muçarela, é de suma
importância que se dedique uma atenção meticulosa a cada fase do processo de
produção, com um enfoque especial na garantia da higiene e da segurança sanitária,
visando o bem-estar da população. Este estudo de caso nos proporcionou uma valiosa
lição: para que o produto chegue à mesa do consumidor em condições ideais, é
imprescindível seguir rigorosamente os procedimentos adequados, mantendo uma
vigilância constante sobre as questões de higiene. É crucial ressaltar que este desafio é
ainda mais significativo para pequenos empreendedores que almejam atender a essa
demanda crescente.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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