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Urbanismo
Bibliografia: Fernanda Palma Oliveira "Direito do urbanismo…"; Alves Correia para parte histórica; Alves Correia e seu filho "Regime dos
instrumentos de gestão territorial"; Tese doutoramento do Cláudio Monteiro para ocupação do solo; RJUE anotado;
Legislação: RJUE; coletânea;
OD O
1. O Urbanismo
volu o histórica do urbanismo e do Direito do rbanismo
3. O Direito do Urbanismo como ramo do direito
4. As fontes do Direito do Urbanismo
A AD A O P B CA DO BA O
As en dades administra vas com atribui es e compet ncias em mat ria de ordenamento do território e de urbanismo
As en dades privadas colaboradoras da Administra o urban s ca
III O SOLO URBANO
O estatuto ur dico do solódico do solo
ervidoes administra vas e restri es de u lidade p blica es administra vas e restri es de u lidade p blica
Cons tui o e gest o de patrimónios imobili rios p blicos
OP A A O BA C CO
O sistema de gestao territorialo territorial
O planeamento urban s co municipa s co municipal
A BA A O A D F CA O
A divisao da propriedade para ns urban s coso da propriedade para ns urban s cos
A infraestrutura o do território
A edi ca o
A u li a o e a conserva o do edi cado
Evolução histórica
20 de fevereiro de 2023 17:56
Até final de idade média dispersão não segue zonamento ou segue um zonamento de prática costumeira, nem
plano urbanístico
1. PERÍODO ROMANO
-Regras de SEGURANÇA PÚBLICA dos edifícios
EX: obras de manutenção
MOTIVO: Roma com grande densidade populacional logo têm de haver regulação de vivência humana
-Regras quanto à ESTÉTICA dos edifícios
-Regras quanto à SALUBRIDADE dos edifícios
-Regras de ordenamento dos edifícios
3. ESTADO DE POLÍCIA
-Surgimento da PLANIFICAÇÃO URBANA- político legislativa/administrativa
Criação de panóplia de LEGISLAÇÃO
-RECONSTRUÇÃO DA BAIXA POMBALINA após terramoto- EX: gaiola pombalina
-Direito à propriedade privada e iniciativa privada mas com determinadas restrições- zonamento da baixa
pombalina segundo profissões
-Aplicação da lógica lisboeta noutras zonas do país- influência da planificação pombalina
-Planeamento e qualidade e características unem-se
-Evolução/desenvolvimentos que dão origem ao direito do urbanismo
Evolução histórica
4. PERÍODO LIBERAL
-MOTIVO: Primeira constituição e carta constitucional, direitos fundamentais como movimento jurídico, direito de
propriedade
-Reconhecimento de um DIREITO FUNDAMENTAL à PROPRIEDADE e com ele uma liberdade de construção
PROPRIEDADE- cidades necessitam e implicam restrições, por motivos técnicos este direito tem de ser limitado
Direito de propriedade inclui direito de construir? Jus urbanista considera que são 2 direitos separados ainda
que tenham alguma ligação necessária; direito português considera que não há uma ligação necessária
(direito de propriedade é apenas direito de gradualmente indo fazendo coisas com ele, aquisição gradual)
Direito que pode ser usado contra o estado- não é controlado pelo estado, estado ocupa-se menos do urbanismo
-INTERVENÇÃO LIMITADA DA ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA no domínio do urbanismo com a submissão dos regulamentos
de polícia ao princípio da legalidade
Antes tendia a não intervir no urbanismo- apenas do estado administrador e do súbdito que cumpre
-Reforço das atribuições urbanísticas às AUTARQUIAS LOCAIS- reforço das intervenções autárquicas
Período de Mouzinho da Silveira
Competências próprias das autarquias
-Continuação do reforço da planificação urbana
EX: planos de alinhamento
Fontes
• NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO URBANISMO
-Ramo especial do direito administrativo geral- direito administrativo especial
MOTIVO: segundo grau de detalhe científico
CONSEQUÊNCIAS: afasta normas gerais
EX: desvalor típico , no administrativo o ato ilegal é a anulabilidade, no direito do urbanismo é a nulidade
dos atos
Fontes
3 de março de 2023 14:43
• RJIGT
-Elementos gerais
-Interesses públicos com expressão territorial
-Sistema de gestão territorial
-Violação dos programas e planos territoriais
-Medidas cautelares
-Execução e indemnização
-Regime económico e financeiro
-Comissão Nacional do Território- papel importante de concertação
• RJUE
-Disposições preliminares de enquadramento
-Controlo prévio- administração tem algo a dizer
Opõe-se à responsabilização pelos particulares
i. Forma de procedimento
ii. Informação prévia
iii. Licença
iv. Autorização
v. Comunicação prévia
vi. Procedimentos especiais
Organização administrativa
• ORGANIZAÇÃO ADMNISTRATIVA DO DIREITO DO URBANISMO
MOTIVO: ramo especial do direito administrativo
Ou seja, partilha da sua grande bipartição entre o direito da organização administrativa e do direito da atividade
administrativa
Conta com um importante sistema normativo de organização administrativa decorrente de vários dos seus traços identitários
VISA PROGRESSIVAMENTE TER MENOS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- direito do urbanismo ficar progressivamente nas mãos
dos particulares
EX: ideal de planeamento no RIGT e Lei de Bases não é o PDM (plano diretor municipal) mas quer -se chegar ao nível de
ser o plano de pormenor
PLANO DE PORMENOR- exige participação dos particulares e pode ser substituído em parte por opções dos
particulares (contratos, atos público privados)
PROBLEMÁTICA de concretização: plano de pormenor devia cobrir toda a área do município
=ADMINISTRAÇÃO DE FORTE CONCERTAÇÃO COM O PARTICULAR mas convive com o direito muito autoritário
65º Nº4- PRINCÍPIO DE SUBSIDARIEDADE VERTICAL (é preferível que o exercício de competências públicas administrativas seja
feito por órgãos com maior proximidade com as populações, ou seja as autarquias locais aka municípios) E HORIZONTAL (de
preferência quer se que o estado intervenha o mínimo possível com políticas públicas, deixando as opções para os particulares)
1. ESTADO
a. GOVERNO- competências específicas sobretudo no domínio dos instrumentos de gestão territorial podendo ser
feita a seguinte divisão
i. PROPOSTA E APROVAÇÃO DE PROGRAMAS- proposta do PNPOT (programa nacional de ordenação do
território) e elaboração e aprovação dos planos regionais, especiais e sectoriais
PROGRAMAS- a nível macro nacional e regional que não intervém diretamente sobre a esfera
jurídica dos particulares, serve para administração pública se organizar
PLANOS- a nível municipal e inferior
ii. CONTROLO DE PLANOS- ratificação de planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal
Útil para boa utilização dos planos regionais
Corresponde a ideia de que quem tem competência dos planos municipais são os municípios mas
têm de estar de acordo com programas nacionais e regionais
RATIFICAR- Governo diz o que tem de ser alterado no PDM para haver coordenação dos vários
níveis de ordenação territorial
iii. EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS PROPOSTOS E APROVADOS- programas setoriais e especiais têm de se
verificar a sua execução por causa da articulação de território com os municípios
=TAREFA DE COORDENAÇÃO- municípios e particulares funcionam e o Governo verifica se há coordenação entre
os vários instrumentos
b. MINISTÉRIOS com atribuições na área do Ordenamento do território, Urbanismo e Ambiente
EX: 20º nº7 da Lei Orgânica do XXIII Governo Constitucional- "o ministro do X conjuntamente com o
ministro Y, com a ministra do H e com a ministra do Y exerce dire o sobre a inspe o Geral…"
Difícil repartição
Influência da agenda e posicionamento político com diferentes prioridades políticas
c. DIREÇÃO GERAL DO TERRITÓRIO- entidade mais estável no âmbito de administração pública
IMPORTÂNCIA: estabelece a maior parte das propostas de alteração de programas e ratificações
Prepara instrumentos de ordenação do terreno
d. COMISSÃO NACIONAL DO TERRITÓRIO- 184º RJIGT
Direito fortemente baseado no princípio da territorialidade- Comissão com participação pública local
COMPETÊNCIAS: sobretudo em matéria de atos consultivos (pareceres muitas vezes obrigatórios e alguns
vinculativos) que demonstram aspeto de concertação de interesses antagónicos
Motivo: convergência de interesses contraditórios
Pronuncia-se sobre praticamente todos os atos de nova ordenação
e. CCDR- são 5 correspondentes a 5 áreas, natureza jurídica de direções gerais, funcionam como espécie de regiões
administrativas exercendo as suas funções
DEMOCRATIZAÇÃO- eleição indireta em que participam os autarcas dos municípios dentro das áreas
Problemática: são subordinados a um ministro pelo poder de direção mas têm legitimidade
democrática
Solução: transformação em institutos públicos (pessoas coletivas públicas separadas do estado)
perdendo-se o poder de direção e permanecendo o poder de superintendência
Organização administrativa
8 de março de 2023 20:55
2. AUTARQUIAS LOCAIS
a. Entidades intermunicipais- ÁREAS METROPOLITANAS, COMUNIDADES INTERMUNICIPAIS E ASSOCIAÇÕES DE
FREGUESIAS e de municípios com os fins específicos
IMPORTÂNCIA: nível de planeamento entre o regional e o municipal é o intermunicipal introduzindo novos
órgãos:
i. Nas áreas metropolitanas: Conselho metropolitano, comissão executiva metropolitana e conselho
estratégico para o desenvolvimento metropolitano
ii. Nas comunidades intermunicipais: Assembleia intermunicipal, conselho intermunicipal. Secretariado
executivo intermunicipal e conselho estratégico para o desenvolvimento intermunicipal
b. MUNICÍPIOS
ÓRGÃOS:
i. Assembleia Municipal
ii. Câmara Municipal
iii. Presidente da Câmara Municipal- discute-se se é ou não um órgão, ainda que a lei diga expressamente
apenas 2 órgãos
Motivo: presidente não é apenas presidente do órgão colegial, a legislação atribui competências
próprias desligadas da presidência de órgão colegial
c. FREGUESIAS- NÃO TÊM COMPETÊNCIA urbanística, apenas funcionam como consultoras
3. ADMINISTRAÇÃO INDEPENDENTE
Provedor de justiça
4. ENTIDADES COLABORADORAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- sentido orgânico
a. Pessoas coletivas com delegação de competências
PROPRIEDADE PÚBLICA
1. BEM DE DOMÍNIO PÚBLICO- 84º CRP e 14º RJPIP, tipo de propriedade pública que não está no comércio (não
transacional)
EX: praias, grutas
a. Utilização POR PARTICULARES
=USO COMUM- bem colocado no domínio público é propriedade de uso e fruição de todos
i. Uso comum EXTRAORDINÁRIO- 26º, por razão de interesse público, apesar de poder ser usado
por todos há alguma razão que limita (impede-se o livre acesso) implicando alguma limitação
pela pessoa que quer gozar do espaço
Motivos: proteção do património, perigo
EX: pagar bilhete
ii. Uso comum ORDINÁRIO- 25º- fruição normal por parte de qualquer pessoa (universalidade)
EX: poder usar uma praia, visitar uma gruta
b. Utilização PRIVATIVA- 28º posso usar o bem de domínio público de forma exclusiva, o bem pode ser
usado por um privado com controlo sobre o bem, permitindo excluir os demais utilizadores
Motivo: maximizar experiência
EX: bares de praias; Concessão da exploração- 30º
2. BEM DE DOMÍNIO PRIVADO- 31º RJPIP (regime jurídico do património imobiliário público) e políticas Públicas
do Solo (23º LBGPPSOTU) é património transacionável
2 TIPOS DE BENS: foram de domínio público (classificados como tal por lei, porque se for pela CRP não
podem passar para domínio privado) ou nunca qualificados como privado, foram adquiridos pelo
estado e não classificados pelo mesmo como de domínio público
EX: imóveis, património mobiliário da administração pública
Assim:
-CLASSIFICAÇÃO- determinam o destino básico do solo
-QUALIFICAÇÃO- define o conteúdo do aproveitamento do solo por referência às potencialidades de
desenvolvimento do território
• LBGPPSOTU
ARTIGO 15º- "faculdades urbanísticas que integram o conteúdo do aproveitamento do solo urbano"- lei diz quais
são, bem como os planos diretores municipais
Para encontrar o que foi definido pela lei e plano em termos edificativos e olhar para a realidade e subsumi -la
ao plano
EX: compro imóvel urbano para lotear só preciso de adquirir uma faculdade (loteamento como primeira
faculdade que define condi es como liga es às diferentes redes de gua, de lu , de g s… pedido pelo
proprietário às instituições públicas sobre quais são as condições estruturais para edificar num determinado
terreno); mas se quisermos comprar um terreno para morar, primeiro vamos ter de lotear, que possibilita
perguntar como é que a construção em concreto pode ser feita
15º Nº2- mesmo que o proprietário tenha um terreno que permita o máximo das faculdades, a indemnização vai ter
de ser tendo em conta que poderia adquirir todas as faculdades
16º- IMPOSIÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS- faculdades são voluntárias mas se tiver numa área que está a ser
urbanizada logo é desproporcional um dos proprietários não querer que a rede passe no seu terreno porque o
ganho público é maior
Sujeito a indemnização, por exemplo, para pagar a operação de infraestruturação que ela não quis
• IUS AEDIFICANDI- é parte integrante do direito de propriedade? 62º garante o direito da propriedade, garante
também o direito a edificar?
IMPORTÂNCIA: instrumentos de gestão territorial serão restritivos do direito de propriedade se considerarmos o ius
aedificandi como parte integrante do direito de propriedade
Se não considerarmos parte integrante os instrumentos de gestão territorial serão meramente declarativos
(Adicionam novos conteúdos ao direito de propriedade, entre eles o direito a construir)
Não há direito a indemnizar quando se revela a função de cada território
TESE PRIVATISTA- centra a análise nas normas do C.C. que parece apontar para a ideia de que o direito a construir faz
sempre parte do direito da propriedade no artigo 1305º e 1344º
Se o direito de superfície pode ser alienado e a propriedade inclui o poder material de transformação e isto liga-se
ao direito de construir, logo o direito a construir faz parte da propriedade
PROBLEMA- analisa a questão à luz do C.C., mas o direito à propriedade é um direito que está na CRP que é
superior ao C.C. e portanto o C.C. não limita nem interpreta o sentido e alcance do direito de propriedade prescrito
na CRP, sendo que é à luz da CRP que temos de averiguar
Na letra da CRP não está lá garantido a construir, até parece que se retira o contrário (direito à propriedade
tem de conviver com os instrumento da gestão territorial que dirão o que se pode fazer em cada terreno)
A possibilidade de ceder o direito de superfície apenas pode ser cedido se naquele terreno se puder
construir, caso contrário o negócio jurídico terá um objeto impossível
TESE PUBLICISTA- ius aedificandi corresponde a uma atribuição jurídico-pública atribuída pela autoridade pública
segundo regras e pressupostos do direito público
Ius aedificandi com natureza pública resultante dos planos urbanísticos e dos atos administrativos de controlo das
operações urbanísticas
EM PRINCÍPIO A ATIVIDADE DE PLANEAMENTO NUNCA GERA DEVER DE INDEMNIZAÇÃO quando afirmam que não se
pode construir numa propriedade
Propriedade pode ser usada, apenas para um determinado fim, não limitando o direito de propriedade porque o
direito a construir não faz parte do direito de propriedade
RELAÇÃO HIERÁRQUICA E FUNCIONAL- planos intermunicipais e municipais têm de ver se estão de acordo com
os programas para que os particulares se possam guiar apenas pelos planos
CONSEQUÊNCIA- se conteúdo programático não tem capacidade deontica
APENAS Planos vinculam os particulares- 46º LBGPPSOTU e 3º RJIGT
Programas apenas vinculam entidades públicas
• GARANTIAS DOS PARTICULARES FACE AOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS DE ÂMBITO NACIONAL- reagir aos
programas
Motivo: programas não afetam diretamente os indivíduos mas sim a comunidade
-Direito de ação popular- tipo de legitimidade processual, legitimidade difusa
Não estou em juízo por objeto individual mas sim porque diz respeito a um bem da comunidade (EX:
ambiente, qualidade de vida…) e eu estou em nome de toda a sociedade
-Direito de apresentação de queixa ao Provedor de Justiça
-Direito de apresentação de queixa ao Ministério Público
• 22º RJIGT- PRINCÍPIO GERAL DA COORDENAÇÃO- os instrumentos de gestão territorial são um sistema
conjunto em que o resultado das partes em articulação umas com as outras é o mais importante
=PDM como centro de conciliação de interesses pré determinados noutros instrumentos de gestão territorial
COORDENAÇÃO HORIZONTAL:
-Coordenação a nível NACIONAL compete ao governo
-Coordenação a nível REGIONAL compete ao governo através das CCDR
MOTIVO: inexistência das regiões administrativas
-Coordenação a nível INTERMUNICIPAL compete às entidades intermunicipais ou conjunto de municípios
associados
Problemática: problema da aparente dissociação orgânica entre coordenação e elaboração dos planos
intermunicipais
-Coordenação a nível MUNICIPAL compete aos municípios
3º nº5 RJIGT- como o legislador fala em nível dos planos municipais se faz classificação (urbano vs rústico) e
qualificação (rústico as atividades e urbano as capacidades edificatórias), mesmo um programa deve ter limitações
decorrentes da classificação e qualificação
EX: no PDM de Lisboa diz-se que não se pode construir na zona indicada na planta 2 (proibição de capacidade
edificatória), no resto dos instrumentos da administração pública, o 3º nº5 diz que os restantes instrumentos
terão de ter isto em conta
=VINCULAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA- decisões dos municípios têm de estar refletidos nos restantes
Descarregado por Pinto Pereira (pintopereira1993@gmail.com)
Urbanismo Page 17
lOMoARcPSD|32827993
=VINCULAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA- decisões dos municípios têm de estar refletidos nos restantes
instrumentos superiores
• CONTRATOS DE PLANEAMENTO- para definição das formas e dos prazos para adequação dos planos
municipais existentes em relação a planos supervenientes, 28º RJIGT
-PARTES NO CONTRATO- entre municípios e entidades competentes para elaboração de programas de âmbito
nacional e regional
Administração pública e particulares planeiam quanto à qualificação do solo
=RELAÇÃO POLIGONAL- podem ter particulares como partes ou outras entidades públicas
Multiplicam interesses contrapostos logo fica difícil exercer poderes de autoridade- contratação como
forma de resolver isso, havendo concertação de posições
-Pode integrar a obrigação das Câmaras Municipais perante particulares de alterar planos urbanísticos ou de
pormenor
-São contratos sobre exercício de poderes públicos permite que a entidade que iria ratificar para dar eficácia
jurídica esteja de acordo
-Permitem aos particulares influenciar parcialmente a elaboração de planos municipais
Particulares olham para o PDM para construir a sua vida logo do resultado da interação do município com as
entidades públicas
-Câmaras Municipais devem fundamentar as razões para aceitarem as propostas dos particulares
=MECANISMO DE CONCERTAÇÃO
Sistemas de execução
29 de março de 2023 14:44
• PROGRAMAÇÃO E SISTEMAS DE EXECUÇÃO- conjunto de regras que disciplinam como plano deve ser executado
-SISTEMAS DE EXECUÇÃO, 146º RJIGT
DEPENDE DE: proatividade dos particulares e proatividade da administração
1. SISTEMAS DE INICIATIVA DOS INTERESSADOS- lei privilegia porque há maior proatividade dos particulares
-Desencadeado e conduzido pelos particulares
-Aplicação de contratos de urbanização- planificação está feita e temos de a executar, particulares e
administração acordam os termos de urbanização (loteamento, saneamento básico, tipo de utilizações…) que dão
poder aos particulares de fixarem condições pelos quais vai ser executado em vez de a administração decidir e os
particulares pedirem para executar
=Acordo de vontades entre administração e particulares para executar algo que está planeado
Motivo: planos atribuem grande margem de discricionariedade à administração, em vez de usar a
discricionariedade para tomar decisão unilateral recorre à liberdade de celebração de contratos com os
particulares
2. SISTEMAS DE COOPERAÇÃO- válvula do escape do sistema, coordenação de interesses
-Iniciativa pertence aos municípios com a cooperação de particulares (municípios podem expropriar particulares
não cooperantes e urbanizar em substituição dos particulares)
Motivo: controlo do poder público face inércia dos particulares
-Aplicação de contratos de urbanização com 2 modalidades:
i. Contrato de urbanização entre proprietários e ou os promotores da intervenção urbanística na
sequência da iniciativa municipal
Município vai atrás do particular
Fixação de calendário não unilateralmente
Passa escolha técnica para o particular
ii. Contrato de urbanização entre município, os proprietários e ou os promotores da intervenção
urbanística e eventualmente outras entidades interessadas na execução do plano
=EQUILÍBRIO- estado vê que o particular não tem iniciativa então propõe contratação
3. SISTEMAS DE IMPOSIÇÃO ADMINISTRATIVA- domina no cenário português, o estado faz sem ninguém pedir
-Execução não sistemática como exceção- 147º nº3 RJIGT
Não há sistema vigente de como executar o plano logo faz-se casuisticamente
-Posição fundamental da UNIDADES DE EXECUÇÃO e a delimitação territorial da unidade de execução- 148º RJIGT
Reparcelamento- 164º a 170º RJIGT
Unidade mais irredutível- porção do território dentro de um planeamento para disciplinar o território
Linguagem jurídico-técnica- forma de conciliar linguagem jurídica com técnica (EX: arquitetos)
Corresponde a uma unidade operativa de planeamento e gestão- área abrangida por plano de urbanização ou
por plano de pormenor ou parte desta- 148º nº3 RJIGT
Está identificado na planta na parte de planificação
Acompanha planos
-Execução pelos municípios- diretamente (faz todas as operações urbanísticas necessárias) ou por concessão de
urbanização (entidade contratada substituí a administração pública na contratação com os particulares, atuando
em vez do estado)
-VANTAGENS: maior celeridade, flexibilização das unidades de execução, ausência de procedimento de
planeamento e carácter contratual, importância para determinação de mecanismos de perequação (178º Nº1)
MECANISMO DE PEREQUAÇÃO- Mecanismo que impede em regra as expropriações que contabiliza o dévio
haver (rateio) entre o que foi planificado e o que está a ser feito na unidade de execução
Só executámos 8 em vez de 10 permitidos na unidade A então pode se construir 12 na unidade B que se
podia executar 10, em compensação dá-se indemnização ou pratica-se serviços
ESCOLHA DOS SISTEMAS DEVE SER FEITA DE ACORDO COM AS PRIORIDADES DOS MUNICÍPIOS OU ENTIDADES
INTERMUNICIPAIS (depende da população, se esta é inerte ou participativa)
Tipologia RJIGT
31 de março de 2023 14:24
• TIPOLOGIA RJIGT
a. RESERVA DO SOLO- visa estimular cooperação, solo numa área onde apenas se pode construir
habitacionalmente apenas pode funcionar para X atividade
Direito de reserva jurídica quanto à função do solo
Continua a haver liberdade de disposição mas limita-se quanto ao escopo
b. DIREITO DE PREFERÊNCIA- direito que pode ser criado para sempre que houver operação de alienação deve
haver direito de preferência a favor do município
2 particulares preparam-se para celebrar contrato que é comunicado ao município e este tem direito de
preferência, caso o município aceite o particular é obrigado a celebrar contrato com o município
Não limita o vendedor mas sim o comprador que tinha expectativa de compra
Forma de município adquirir terreno- EX: no norte para evitar grande fragmentação do solo
c. DIREITO DE SUPERFÍCIE
i. PROPRIEDADE PÚBLICA CEDENDO DIREITO de superfície ao particular (entidades privadas) para
executar o plano
ii. PROPRIEDADE PRIVADA em que se ESTABELECE DIREITO DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA
ADMINISTRAÇÃO
d. DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIOS- forma de concretizar o plano para desaparecer imóveis afetos a determinado uso
e. CONCESSÃO DE UTILIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO
Deveres de cuidado do concessionário
Propriedade mantém-se e não pode ser muito modificada
f. EXPROPRIAÇÃO POR ENTIDADE PÚBLICA- ultima ratio (Apenas em condições extremas em que as outras
formas não são possíveis, teste de ponderação pelo princípio da proporcionalidade)
g. VENDA FORÇADA- ultima ratio (Apenas em condições extremas em que as outras formas não são possíveis,
teste de ponderação pelo princípio da proporcionalidade)
Instrumentos do RJUE
• RJUE
-OBJETO- OPERAÇÕES URBANÍSTICAS- operações materiais de urbanização, de edificação, utilização dos edifícios ou do solo,
desde que, neste último caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais, mineiros ou de abastecimento
público de águas- 2º alínea J RJUE
PROIBIÇÃO SOBRE RESERVA DE PERMISSÃO- procedimentos para debloquear a proibição relativa de operações
RJUE aplica-se a dois tipos de terreno- solo urbano com capacidade edificativa típica e solo rústico na medida em
que possa ser edificado (EX: apoios agrícolas e recuperação de imóveis utilizados para habitação que antes eram
de apoio agrícola)
-Pensado para administração pública- regras procedimentais aplicadas especialmente face ao CPA
-TIPOLOGIA- CONTROLO PRÉVIO- 4º RJUE
ISENÇÕES DE CONTROLO PRÉVIO-
i. OBJETIVAS- 6º RJUE, operações urbanísticas com escassa relevância ponderativa
Depende de certa perceção social
ii. SUBJETIVAS- 7º RJUE, operações urbanísticas promovidas pelo estado para prossecução de determinados
interesses públicos
Singularidade da figura do procedimento de INFORMAÇÃO PRÉVIA- 14º a 17º RJUE, espécie de reconhecimento do
legislador da dificuldade de enquadramento (particular perceber se pode ou não construir em determinado terreno,
mesmo que não seja seu)
-VANTAGENS- decisão tem prazos mais rápidos, não leva a ato de indeferimento (Apenas diz que não pode construir), se a
Câmara disser que pode construir com determinadas condições tal vincula-a durante 1 ano, se por alguma razão houver
suspensão do procedimento por revisão do PDM tal não suspende o procedimento com base num pedido de informação prévia
-OBJETIVO- Determinação de viabilidade de operações urbanísticas
-Participação de todas as entidades que possam intervir no procedimento principal (comunicação prévia ou licença)
-PRAZO: Decisão de 20 ou 30 dias
-EM CASO DE INFORMAÇÃO NEGATIVA- Junção de pareceres existentes, indicação do tipo de procedimento adequada, como
podem ser cumpridas as prescrições urbanísticas
-Anterior à fiscalização prévia
-EFEITOS
a. Vinculação em posterior procedimento principal- até 1 ano da sua emissão, 17º RJUE
b. No caso de pedidos referentes aos 2º e 3º do 14º RJUE- conversão do mecanismo de fiscalização prévia em
comunicação prévia, 17º nº2 RJUE
c. 17º nº5 RJUE- "não se suspendem os procedimentos de licenciamento ou comunicação prévia requeridos ou
apresentados com suporte em informação prévia"
Controlo preventivo
SABER QUAL O APLICÁVEL-
1) Operação urbanística está isenta a CONTROLO PRÉVIO? 6º RJUE
i. Se SIM- pode ser feita sem nada pedir ao município, podendo ser logo iniciada pelo interessado
ii. Se NÃO ENCONTRA EM NENHUMA ALÍNEA passamos para 2)
2) Operação urbanística está sujeita a COMUNICAÇÃO PRÉVIA?- 4º nº4 RJUE
i. Se SIM- pode ir por comunicação prévia ou por licenciamento (4º nº6 RJUE)
ii. Se NÃO ENQUADRAVÁVEL EM NENHUMA passamos para 3)
3) Operação urbanística está sujeita a AUTORIZAÇÃO?- 4º nº5 RJUE
i. Se SIM- vai por autorização
ii. Se NÃO- ESTÁ SUJEITA A LICENCIAMENTO- 4º nº2 alínea j
CONTROLO A POSTERIORI- 93º necessário para garantir coerência do sistema quando se viola o que devia ter feito
Particulares aderem ao planeamento
TIPOS: atos de verificação da conformidade da atuação concreta do particular face ao enquadramento normativo
(face ao planeamento do território feito anteriormente)
1. INSPEÇÕES
2. VISTORIAS
CONSEQUÊNCIAS DO INCUMPRIMENTO
-SANÇÕES
-MEDIDAS DE TUTELA DA LEGALIDADE URBANÍSTICA
EX: legalização de obra (é possível ao particular, não obstante realizar obra conforme ao apresentado, não
está contra o que está no planeamento)
Princípio da equiparação de formalidades dos procedimentos- para procedimento de alteração da licença tem de
respeitar as mesmas formalidades para aprovação da licença
Autorização de utilização
27 de abril de 2023 14:20
AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO- 62º RJUE uma das mais importantes formas de controlo prévio
VAI DESAPARECER E SER APENAS COMUNICAÇÃO PRÉVIA
-AMBITO: autorização de utilização de edifícios, apenas com ela se pode habitar e utilizar o edifício
Na sequência de realização de obra sujeita a controlo prévio
Não precedidos de operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio- operação urbanística existiu mas não
houve operação que imediatamente habilitou utilização do imóvel
-OBJETIVO: verificar que o que está construído está de acordo com o que foi aprovado/licenciado
-OBJETO: aferição da concordância com o projeto de arquitetura e arranjos exteriores aprovados e com as
condições do respetivo procedimento de controlo prévio, assim como a conformidade da utilização prevista com as
normas legais e regulamentares que fixam os usos e utilizações admissíveis
-SEQUÊNCIA PROCEDIMENTAL- submissão de telas finais (63º RJUE projeto, peça desenhada com o desenho que
corresponde ao que está efetivamente construído)
=Termo de responsabilidade do diretor da obra ou diretor de fiscalização da obra
=Termo de responsabilidade subscrito por pessoa legalmente habilitada a ser autor de projeto- alguém com
alguma responsabilidade no projeto de arquitetura, 63º RJUE
-Para ser realizada escritura pública de imóvel ou seja, alienação de imóvel, tem de ser apresentada autorização de
utilização
-MODALIDADES:
Na sequência de obras sujeitas a controlo prévio
Na sequência de não existência de obras mas existe novo uso
EX: querer utilizar um apartamento para centro de explicações
Motivo: necessidade de estar apto para a atividade
-COIMA- 98ºº alínea D
• PEDIDO DE LEGALIZAÇÃO- apresentação de telas finais e explica-se porque não estão conforme o
licenciamento feito porque se entende que é possível do ponto de vista jurídico tal alteração
EX: no projeto apenas quis 3 varadas, mas durante a obra fizeram-se 4 varandas que são totalmente legais do ponto
de vista de normas mas não foram as pedidas no licenciamento, logo no fim declara-se as 4 varandas e pede-se
legalização
• VIDA DA EDIFICAÇÃO
=DEVER DE CONSERVAÇÃO- dever de manutenção da qualidade do edificado, 2º alínea F RJUE com definição
"condições existentes"- parâmetro fácil
-DO PARTICULAR- intervalos de 8 anos, 89º RJUE
Abre possibilidade de intervenção administrativa sobre imóveis edificados
-DA CÂMARA MUNICIPAL- 89º nº2 e 3 RJUE
i. VISTORIA PRÉVIA- 90º RJUE
Depois é notificado o particular para proceder as obras, indicadas por análise da câmara
municipal porque no período de 8 anos não foram feitas
ii. OBRAS COERCIVAS- 91º RJUE, se tiver passado o período de aferição de obras voluntárias do
particular mediante notificação da administração pública
Toma posse administrativa do imóvel para as realizar
iii. DESPEJO ADMINISTRATIVO- 92º RJUE
MOTIVO: garantia de não perigo para a segurança pública
Fiscalização sucessiva
26 de abril de 2023 14:44
• FISCALIZAÇÃO SUCESSIVA em relação ao controlo prévio (apenas se obra estiver sujeita a controlo prévio)
-MOTIVO: cada vez mais comunicação prévia logo há maior potencial de violação de normas porque a interpretação
pode ter sido mal feita logo inicialmente (particular responsabiliza-se da interpretação das normas)
-MOMENTO: no decorrer da obra/fase de construção, depois de feita a obra
-TIPOLOGIA DE AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO- catálogo aberto com especificação de duas ações concretas, operações
materiais administrativas perante parâmetro (licença ou comunicação prévia) se verifica o edificado
a. INSPEÇÕES
b. VISTORIAS
-SANÇÕES
a. CONTRAORDENAÇÕES e sanções acessórias- 98º e 99º RJUE, sanções específicas de direito
administrativo
b. RESPONSABILIDADE CRIMINAL- 100º RJUE
c. RESPONSABILIDADE CIVIL- 100º-A RJUE
d. RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR- 101º RJUE
-Medidas de reposição da legalidade urbanística
=Decorrentes de operações urbanísticas- 102º Nº2 RJUE
Embargo de obras ou trabalhos de remodelação de terrenos- particular com oportunidade de corrigir a
obra em vez de demolir
Implica que ainda esteja a haver operação de construção/edificação
Dirigida a aspetos materiais na construção/edificação
Suspensão administrativa da eficácia de ato de controlo prévio
Dirigida a aspetos jurídicos
Determinação da realização de trabalhos de correção ou alteração sempre que possível
Legalização das operações urbanísticas
Implica saber como está a ser feita a obra- com título prévio (comunicação ou licença) ou sem
título prévio
= Necessidade de criar título= legalização TOTAL
= Necessidade de conformidade do título = legalização PARCIAL
Determinação da demolição total ou parcial de obras (em obras em construção ou obras já construídas)
Ultima ratio- quanto mais tempo passou desde que acabaram as obras mais deve ser edificado
O O: expectativas, investimento…
Reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início das obras ou trabalhos
Sobretudo quando a obra ainda está a decorrer mas nem devia ter começado
Cessação da utilização de edifícios ou suas frações autónomas
Violação de autorização de utilização- alguém utiliza edifício contra ou sem autorização de
utilização
=Independentes de operações urbanísticas específicas- 102º Nº3 RJUE
Determinação da execução de obras de conservação necessárias à correção de más condições de
segurança ou salubridade ou à melhoria do arranjo estético
Determinação da demolição, total ou parcial, das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo
para a saúde pública e segurança das pessoas
102º-A- Legalização tem em vista cumprir adequadamente o que foi mal feito inicialmente no que toca ao controlo
prévio, casos em que particular fez algo desconforme ao controlo prévio mas respeita os critérios/parâmetros do
controlo prévio
Discricionariedade- toma em atenção ao ato de controlo prévio em concreto e projeto apresentado
"formulação de juízos e valorações próprias do exercício da função"
Particular não participa- câmara pode proceder oficiosamente
ILEGALIDADES URBANÍSTICAS
1. MATERIAIS- quando a obra viola normas materiais urbanísticas aplicáveis, ocorrem quando a obra viola parâmetros
materiais aplicáveis como um plano
2. FORMAL- quando a obra não seguiu o procedimento de controlo prévio aplicável, não tendo título urbanístico
EX: obra foi feita sem procedimento de controlo prévio, não tendo título, sendo clandestina por não ter
licença
Independentemente de quanto tempo passou, não importa se houve inação da câmara durante muito tempo, não
havendo quebra de confiança, obra continua a ser ilegal
Mesmo havendo direito social à habitação- aplicando-se medidas de apoio social que assegurem direito
CATEGORIAS PODEM SER COMBINADAS
1.1. Obras APENAS FORMALMENTE ILEGAIS mas materialmente conformes- obra cumpre legalidade material mas NÃO
TEM TÍTULO
FALTA TÍTULO À OBRA- nunca o tece (clandestina) ou o título foi invalidado (tribunal retira título à obra)
Não pode ser demolida- motivo: não teria proporcionalidade, porque apenas falta título mas poderia ter- 106º nº2
RJUE
Temos de dar título- legalização como medida adequada, 102º-A nº1 RJUE repondo a legalidade urbanística
Legalização feita à luz do direito em vigor não quando a construção foi feita mas sim à luz dos planos do
momento em que se quer legalizar
Normas técnicas de construção podem ser dispensadas (não no momento da legalização) mas sim no
momento em que se construiu ( X: certificado energ tico, largura corredores…) desde que se
verifique que foram cumpridas as condições técnicas vigentes à data da realização da operação
urbanística em questão
Se plano alterar deixa de ser possível legalizar e é então possível demolir
Será aplicada coima
1.2. Obras APENAS MATERIALMENTE ILEGAIS mas com título urbanístico- obra tem título urbanístico mas desrespeita a
legalidade material havendo problema de nulidade do ato permissivo
Problema de nulidade da licença- desrespeita legalidade material em vigor na data em que foi emitido (nulidade do
ato administrativo)
LEGALIZAÇÃO NÃO É POSSÍVEL- não é possível legalizar contra plano
SOLUÇÃO TENDENCIALMENTE DA DEMOLIÇÃO
Problema da responsabilidade civil do município que emitiu ato ilícito e criou expectativas no destinatário
EXCEÇÕES- beneficiário da licença estar de boa fé logo 69º nº4 (passados 10 anos da emissão do ato caduca
declaração de nulidade) e tese do reconhecimento de efeitos putativos ao ato nulo (68º nº1 parte inicial,
decurso do tempo associado a boa f , tutela de confian a… reconhecendo efeitos ur dicos n o se apagando
o que foi feito ao abrigo do ato nulo)
1.3. Obras FORMAL E MATERIALMENTE ILEGAIS- obra viola legalidade material e foi feita sem o procedimento de
controlo prévio, não tendo título (não tem título nem cumpre planos)
Não pode ser legalizada- tem de ser demolida
Sem proteção do destinatário- nem por decurso do tempo se gera expectativas legítimas
ORDEM DEMOLIÇÃO TENDENCIALMENTE VINCULADO- sem discricionariedade de ação, juízo sobre suscetibilidade de
legalização é que decide
Única discricionariedade é relativa ao momento da emissão
Demolição como ultima ratio? É a primeira e única ratio porque a construção é ostensivamente ilegalizável
• LOTEAMENTOS VS DESTAQUE
SEMELHANÇA: procedem a uma divisão fundiária, onde estava um só terreno, estas figuras dividem
DESTAQUE EM DOIS- cria duas propriedades, visa criação de parcelas
LOTEAMENTO- DOIS OU MAIS, visa criação de lotes
LOTE- 77º RJUE constituído na sequência de licenciamento, ato constitutivo de direitos, tendencialmente irrevogável
(salvo indemnização expropriatória
Na licença consta a capacidade edificativa para cada um dos lotes
INCLUI: planta de licenciamento com o que pode ser construído no lote, semelhante a um plano de pormenor
ESTABILIZA DIREITOS CONSTRUTIVOS- conserva ius aedificandi de modo irrevogável
Município tem de analisar planos- mesmo que mudem, o que podem construir é o atribuído pela licença
Obriga sempre a que se faça obras de urbanização- não é possível lotear sem urbanizar, criar infraestruturas
adequadas para lotes
Valor de lote superior ao terreno simples resultante de destaque
Obrigação posterior de obras de urbanização senão licença de loteamento caduca- 53º e 71º RJUE
49º nº2 RJUE- garantia de que obras de urbanização são realizadas, pelo que o promotor do loteamento em todas
as escrituras que faz dos lotes tem de mostrar ao notário certidão do município
84º RJUE- camara pode substituir-se ao mesmo a custas do loteador faltoso substitui-se a ele e fazer as obras de
urbanização
85º RJUE- adquirente dos lotes pode ele executar obras de urbanização através de autorização judicial ao tribunal
para se substituir ao promotor faltoso e à câmara
Motivo: 49º RJUE figura da CAUÇÃO do exato montante necessário para obras de urbanização, logo
consegue vender lotes e frações autónomas sem ter realizado as obras
PARCELA- sem capacidade edificativa atribuída
Não estabiliza direito a construir, município nem analisa nem pronuncia sobre o que se pode ou não fazer nos
terrenos repartidos
Condomínios vs loteamentos
3 de maio de 2023 14:19
• CONDOMINIOS VS LOTEAMENTOS
CONDOMÍNIOS- operações urbanísticas unitárias que não são feitas tendo por base um loteamento, tendo áreas
comuns que unem os espaços
Depois conseguia escapar à necessidade de obras de urbanização segundo o 44º porque dizia que era
construção unitária e depois fracionava em frações independentes criando loteamentos
Permitia fugir aos encargos dos loteamentos
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA- regime do 44º nº5 aquilo que tenha "impacto relevante" (Discricionariedade do
município para decidir), bem como 57º nº5
Podem não lotear e construir como frações autónomas mas não desonera de encargos, funcionando
como se de loteamento se tratasse
43º e 44º com encargos
Se terreno a lotear já estiver infraestruturado- 44º Nº4, indemnização ao município, usufruir de obra pública
-CASSAÇÃO DO TÍTULO DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA ANTES DO INÍCIO DA OBRA- 79º nº1 alínea B, informa o
interessado que a sua obra não está titulada e a operação urbanística não se pode realizar por estar desconforme a
programas, havendo cassação do título
-SE OBRA ESTÁ A DECORRER- embargo da obra, 102º alínea B RJUE e cassação do título
Reabilitação urbana
• REGIME JURÍDICO DA REABILITAÇÃO URBANA- DL 307/2009 de 23 de outubro alternativa a construção nova
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
-ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA- "área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência, degradação ou
obsolescência dos edifícios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de
utilização coletiva, designadamente no que se refere às suas condições de uso, solidez, segurança, estética ou salubridade,
justifique uma intervenção integrada, através de uma operação de reabilitação urbana aprovada em instrumento próprio ou
em plano de pormenor de reabilitação urbana"
-OPERAÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA- "conjunto articulado de intervenções visando, de forma integrada a reabilitação
urbana de uma determinada área"
Tipo de operação urbanística
-Importância do regime do 77-Aº RJRU pretende evitar questões de danos por falta de segurança
Reabilitação urbana
REGIME DAS ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA
1. Delimitação das áreas de reabilitação urbana- competência da assembleia municipal sob proposta de câmara municipal
(13º RJRU ) que pode encarregar empresa municipal (13º nº3 RJRU )
2. ELEMENTOS DA PROPOSTA- 13º nº2 RJRU
-Memória descritiva e justificativa, que inclui critérios subjacentes à delimitação da área abrangida e objetivos estratégicos a
prosseguir
-Planta com delimitação da área abrangida
-Quadro dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais
3. COMUNICAÇÃO AO INSTITUTO DE HABITAÇÃO E REABILITAÇÃO URBANA- função de coordenação, competência de
partilha de conhecimentos das várias operações de reabilitação que estão a decorrer no pais
4. EFEITOS DA DELIMITAÇÃO- 14º RJRU
Obrigação de definição pelo município dos benefícios fiscais associados
Direito de acesso aos apoios e incentivos fiscais e financeiros à reabilitação urbana
5. CADUCIDADE DA DELIMITAÇÃO- 15º RJRU , se não se verificar a aprovação de operação de reabilitação urbana no prazo
de 3 anos