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Urbanismo

Direito do Urbanismo (Universidade de Lisboa)

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Programa- Domingos Soares Farinho


20 de fevereiro de 2023 17:12

Bibliografia: Fernanda Palma Oliveira "Direito do urbanismo…"; Alves Correia para parte histórica; Alves Correia e seu filho "Regime dos
instrumentos de gestão territorial"; Tese doutoramento do Cláudio Monteiro para ocupação do solo; RJUE anotado;
Legislação: RJUE; coletânea;

OD O
1. O Urbanismo
volu o histórica do urbanismo e do Direito do rbanismo
3. O Direito do Urbanismo como ramo do direito
4. As fontes do Direito do Urbanismo
A AD A O P B CA DO BA O
As en dades administra vas com atribui es e compet ncias em mat ria de ordenamento do território e de urbanismo
As en dades privadas colaboradoras da Administra o urban s ca
III O SOLO URBANO
O estatuto ur dico do solódico do solo
ervidoes administra vas e restri es de u lidade p blica es administra vas e restri es de u lidade p blica
Cons tui o e gest o de patrimónios imobili rios p blicos
OP A A O BA C CO
O sistema de gestao territorialo territorial
O planeamento urban s co municipa s co municipal
A BA A O A D F CA O
A divisao da propriedade para ns urban s coso da propriedade para ns urban s cos
A infraestrutura o do território
A edi ca o
A u li a o e a conserva o do edi cado

LOTEAMENTO- imóvel será edificado com estas condições


Dividir o terreno em lotes
2º alínea I do RJUE
Importa definir encargos em matéria de construção que são necessários- X: esgotos, cabos de comunica o…
ZONA URBANA CONSOLIDADE- imóvel está construído e em volta há outras edificações

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Evolução histórica
20 de fevereiro de 2023 17:56

• URBANISMO COMO OBJETO DO DIREITO


-Ciência autónoma do direito
-Ramo especial do direito administrativo
-Urbanismo como meio termo entre política e arquitetura
-Preocupação do legislador em casar a parte técnica com a dimensão política
Consequências do ponto de vista interpretativo
=Dimensão técnica- da arquitetura
EX: Alemanha com tendência em legislar consoante a técnica (limita a dimensão legislativa)
=Dimensão política- polis
-Procura do legislador em perceber a medida equilibrada, tendo em conta a CRP, entre reconhecer obrigações
técnicas do direito do urbanismo (construção e edificação), ou seja, o direito tem de legislar senão vai se impor
naturalmente devido aos usos técnicos (leis da arte)
-Ramo do direito descentralizado- poder dos municípios
Plano diretor municipal é o instrumento com mais força que é centralizado mas que pode ser influenciado
pelos municípios

• EVOLUÇÃO HISTÓRICA do urbanismo


-ZONEAMENTO- feito por plantas
-PLANO URBANÍSTICO
Primeiro nasceram como costumes, depois passaram para legislação no direito romano e depois transformaram-se
em direito do urbanismo

Até final de idade média dispersão não segue zonamento ou segue um zonamento de prática costumeira, nem
plano urbanístico

1. PERÍODO ROMANO
-Regras de SEGURANÇA PÚBLICA dos edifícios
EX: obras de manutenção
MOTIVO: Roma com grande densidade populacional logo têm de haver regulação de vivência humana
-Regras quanto à ESTÉTICA dos edifícios
-Regras quanto à SALUBRIDADE dos edifícios
-Regras de ordenamento dos edifícios

2. PERÍODO MEDIEVAL E RENASCIMENTO


-Quase eclipse das regras urbanísticas- regras do edificado
-Surgimento do PLANEAMENTO MUNICIPAL
Sobretudo planeamento orgânico- organização corporativa da época medieval
Agrupamento de profissões que ocupavam as cidades, organização de forças dentro da cidade
Início do zonamento
Motivo: não existe um estado, municípios com grande poder e liberdade de desenvolvimento de políticas,
proximidade com as pessoas
CONSEQUÊNCIAS NA IMPORTÂNCIA DO MUNICIPALISMO

3. ESTADO DE POLÍCIA
-Surgimento da PLANIFICAÇÃO URBANA- político legislativa/administrativa
Criação de panóplia de LEGISLAÇÃO
-RECONSTRUÇÃO DA BAIXA POMBALINA após terramoto- EX: gaiola pombalina
-Direito à propriedade privada e iniciativa privada mas com determinadas restrições- zonamento da baixa
pombalina segundo profissões
-Aplicação da lógica lisboeta noutras zonas do país- influência da planificação pombalina
-Planeamento e qualidade e características unem-se
-Evolução/desenvolvimentos que dão origem ao direito do urbanismo

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Evolução histórica
4. PERÍODO LIBERAL
-MOTIVO: Primeira constituição e carta constitucional, direitos fundamentais como movimento jurídico, direito de
propriedade
-Reconhecimento de um DIREITO FUNDAMENTAL à PROPRIEDADE e com ele uma liberdade de construção
PROPRIEDADE- cidades necessitam e implicam restrições, por motivos técnicos este direito tem de ser limitado
Direito de propriedade inclui direito de construir? Jus urbanista considera que são 2 direitos separados ainda
que tenham alguma ligação necessária; direito português considera que não há uma ligação necessária
(direito de propriedade é apenas direito de gradualmente indo fazendo coisas com ele, aquisição gradual)
Direito que pode ser usado contra o estado- não é controlado pelo estado, estado ocupa-se menos do urbanismo
-INTERVENÇÃO LIMITADA DA ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA no domínio do urbanismo com a submissão dos regulamentos
de polícia ao princípio da legalidade
Antes tendia a não intervir no urbanismo- apenas do estado administrador e do súbdito que cumpre
-Reforço das atribuições urbanísticas às AUTARQUIAS LOCAIS- reforço das intervenções autárquicas
Período de Mouzinho da Silveira
Competências próprias das autarquias
-Continuação do reforço da planificação urbana
EX: planos de alinhamento

5. PERÍODO DO ESTADO SOCIAL- atualidade


MOTIVO: direito administrativo ganha poder podendo começar a distinguir subfenómenos como o direito urbanismo
-Urbanismo ATIVO- ciência do urbanismo que não é jurídica (política e arquitetura) torna-se ativista
Poderes políticos colocam na agenda política o urbanismo
MANIFESTAÇÕES: consulta pública (tradição pré jurídica de o fenómeno urbanístico como não jurídico tem de ser
altamente participado)
-Urbanismo de CONCERTAÇÃO- contratos que podem ser realizados no direito urbanismo
EX: loteamento, planos de pormenor (largura das ruas, iluminação) substituído por contrato de edificação
A nível orgânico- órgãos como sindicatos
A nível procedimental- administração vs privados, intraadministrativamente (EX: conferências procedimentais pelo
grau de complexidade)
Pressão sobre o legislador
-CENTRALIDADE do plano urbanístico com desenvolvimento de outros instrumentos de gestão urbanística
Desde a idade média mas ganha expoente máximo no estado social
Estado com muita força- passam para os municípios alguns poderes
-Desenvolvimento da FUNÇÃO SOCIAL DE PROPRIEDADE- conquista do estado social, algo que era extrajurídico
(liberalismo considera que é absoluta porque pré limitada) ganha novos contornos
Sociedade de risco- preciso de entregar ao estado o poder de explicitar como os vários proprietários interagem
entre si
Limitações ao direito de propriedade- expropriações e existência de normas de planeamento que explicitam o que
se pode fazer em cada parcela de propriedade= NÃO É UM DIREITO ABSOLUTO, tendo de conviver com outros
valores constitucionais igualmente dignos de proteção (EX: garantia do direito à habitação)
MEDIANTE JUSTA INDEMNIZAÇÃO
Reconhecida na CRP- 62º CRP "garante-se direito da propriedade nos termos da constituição" ou seja pelos
instrumentos de gestão territorial (Que revelam a função social de cada propriedade)
Direito do urbanismo nasce como direito administrativo especial logo protege-se sendo o mais quantitativo
possível- ndices de constru o, quotas, volumetrias…
Juridificação de coisas que estavam na arte
Ideia de o legislador colocar conceitos indeterminados
EX: norma que fala em "qualidade estética do revestimento dos edifícios"
=DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA- alguém na administração vai ter de justificar porque algo cumpre ou
não os conceitos indeterminados
Ju os de valora o e avalia o diferente do direito do urbanismo anterior referente a n meros, quotas…
desde que seja proporcional
Influência do direito administrativo no direito do urbanismo
=CARACTERÍSTICAS NAS QUAIS ASSENTA O DIREITO DO URBANISMO- traços fazem-se sentir do mesmo modo e explicam
o objeto da disciplina do direito do urbanismo

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Fontes
• NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO URBANISMO
-Ramo especial do direito administrativo geral- direito administrativo especial
MOTIVO: segundo grau de detalhe científico
CONSEQUÊNCIAS: afasta normas gerais
EX: desvalor típico , no administrativo o ato ilegal é a anulabilidade, no direito do urbanismo é a nulidade
dos atos

CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL


-DOUTRINA FRANCESA/ALVES CORREIA:
i. COMPLEXIDADE das fontes- direito do urbanismo é direito complexo, várias alterações legislativas, proliferação de
fontes
Complexidade também na relação de fontes- CRP, legislação ordinária, plano urbanístico (uma parte
regulamentar , outra de atos administrativos e plantas com conteúdo normativo)
ii. MOBILIDADE das normas quanto à resolução de problemas- normas que usamos para resolver problemas
movimentam-se dentro do sistema jurídico visto que é importante a dimensão territorial, o mesmo problema
jurídico pode ser resolvido de maneira diferente por várias dimensões
Noutro sentido, a que nível é tratado o direito do urbanismo é arbitrário por parte do legislador (nacional,
local…)
iii. NATUREZA DISCRIMINATÓRIA DOS PRECEITOS- direito do urbanismo discrimina, em relação a porções do
território faz-se opções que beneficiam algumas pessoas e prejudicam outras
Opções territorialmente substanciadas
X: aqui só se pode construir para X…
PLUS regulação especial- toma-se decis es de forma diferente…

• FONTES DO DIREITO DO URBANISMO


1. CRP- Documento que estrutura o estado como conjunto de pessoas coletivas mas também como comunidade
jurídica (estado comunidade)
Existência de uma CONSTITUIÇÃO URBANÍSTICA- de última geração, reflexo de evoluções de constituições
pós guerra, melhoria
CONSEQUÊNCIA de CRP jovem
VANTAGENS: estudo decorre das opções tomadas, na CRP está quase que um programa de direito do
urbanismo
EX: artigo 9 (contrato social onde estão previstas as tarefas fundamentais do estado)
alínea E e G- primeiro intervenção sobre direitos fundamentais (assegurar correto ordenamento do
território, ou seja, das pessoas que lá habitam) e segundo a perspetiva de atuação pública (promover
desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional)
artigo 65º relativo à habitação e urbanismo-
Nº2 alínea A- "planos de urbanização que garantam a existência de uma rede de transportes e
equipamento social"
Nº4- "ocupa o, uso e transforma o dos solos urbanos… atrav s de instrumentos de planeamento…
expropria o do solo… necess rias à satisfa o de fins de DAD P B CA urban stica"- ideia de
que estamos a ocupar (sobre classificação e qualificação do solo), usar e transformar relativo à
externalidade de um particular
Problemática- aplicar normas (instrumentos públicos de manipulação) tendo em conta a
PONDERAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS, respeitando o princípio da
PROPORCIONALIDADE
Nº5- "é garantida a PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS na elaboração dos instrumentos de
planeamento urbanístico"= utilidade pública urbanística
artigo 165º alínea Z- reserva relativa de competência da assembleia em matéria de bases do
ordenamento do território e urbanismo
2. LEIS ESTRUTURANTES DO DIREITO DO URBANISMO
a. Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo- Lei de Bases
2014, lei Nº31/2014 de 30 de maio, desenvolvido em:
i. Regime Jurídico de Instrumentos de Gestão Territorial- DL Nº80/2015 de 14 de maio, RJIGT
Trata de 2 matérias: ocupação do solo e planeamento através dos planos
ii. Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação- DL Nº555/99 de 16 de dezembro, RJUE
Importante na construção e reabilitação
iii. Regime Jurídico da Reabilitação Urbana- DL nº 307/2009 de 23 de outubro

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Fontes
3 de março de 2023 14:43

• LEI DE BASES 2014


-PRINCÍPIOS
-DIREITOS E DEVERES
-POLÍTICA DOS SOLOS
i. Regime do uso do solo (rústico/urbano)
ii. Restrição de utilidade pública
iii. Reabilitação e regeneração
iv. Direitos e deveres dos proprietários quanto à UTILIZAÇÃO DO SOLO em especial quanto ao solo urbano
Aquisição gradual das faculdades urbanísticas
v. Propriedade pública dos solos
-MEIOS DE IBTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA NOS SOLOS- GRADUAL, apenas podemos prosseguir para o seguinte se
o primeiro não for possível
i. Gestão territorial (planeamento)- resolve a maioria dos problemas
ii. Transação de bens do domínio privado (cedência)
iii. Direito de preferência
iv. Direito de superfície
v. Concessão da exploração e utilização do domínio público
vi. Servidões administrativas
vii. Expropriação por utilidade pública
viii. Venda forçada, arrendamento forçado, disponibilização na bolsa de terras
-SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL
i. Programas e planos
ii. Âmbitos- nacional, regional, intermunicipal, municipal
iii. Perações urbanísticas

• RJIGT
-Elementos gerais
-Interesses públicos com expressão territorial
-Sistema de gestão territorial
-Violação dos programas e planos territoriais
-Medidas cautelares
-Execução e indemnização
-Regime económico e financeiro
-Comissão Nacional do Território- papel importante de concertação

• RJUE
-Disposições preliminares de enquadramento
-Controlo prévio- administração tem algo a dizer
Opõe-se à responsabilização pelos particulares
i. Forma de procedimento
ii. Informação prévia
iii. Licença
iv. Autorização
v. Comunicação prévia
vi. Procedimentos especiais

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Organização administrativa
• ORGANIZAÇÃO ADMNISTRATIVA DO DIREITO DO URBANISMO
MOTIVO: ramo especial do direito administrativo
Ou seja, partilha da sua grande bipartição entre o direito da organização administrativa e do direito da atividade
administrativa
Conta com um importante sistema normativo de organização administrativa decorrente de vários dos seus traços identitários

VISA PROGRESSIVAMENTE TER MENOS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- direito do urbanismo ficar progressivamente nas mãos
dos particulares
EX: ideal de planeamento no RIGT e Lei de Bases não é o PDM (plano diretor municipal) mas quer -se chegar ao nível de
ser o plano de pormenor
PLANO DE PORMENOR- exige participação dos particulares e pode ser substituído em parte por opções dos
particulares (contratos, atos público privados)
PROBLEMÁTICA de concretização: plano de pormenor devia cobrir toda a área do município
=ADMINISTRAÇÃO DE FORTE CONCERTAÇÃO COM O PARTICULAR mas convive com o direito muito autoritário

65º Nº4- PRINCÍPIO DE SUBSIDARIEDADE VERTICAL (é preferível que o exercício de competências públicas administrativas seja
feito por órgãos com maior proximidade com as populações, ou seja as autarquias locais aka municípios) E HORIZONTAL (de
preferência quer se que o estado intervenha o mínimo possível com políticas públicas, deixando as opções para os particulares)

1. ESTADO
a. GOVERNO- competências específicas sobretudo no domínio dos instrumentos de gestão territorial podendo ser
feita a seguinte divisão
i. PROPOSTA E APROVAÇÃO DE PROGRAMAS- proposta do PNPOT (programa nacional de ordenação do
território) e elaboração e aprovação dos planos regionais, especiais e sectoriais
PROGRAMAS- a nível macro nacional e regional que não intervém diretamente sobre a esfera
jurídica dos particulares, serve para administração pública se organizar
PLANOS- a nível municipal e inferior
ii. CONTROLO DE PLANOS- ratificação de planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal
Útil para boa utilização dos planos regionais
Corresponde a ideia de que quem tem competência dos planos municipais são os municípios mas
têm de estar de acordo com programas nacionais e regionais
RATIFICAR- Governo diz o que tem de ser alterado no PDM para haver coordenação dos vários
níveis de ordenação territorial
iii. EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS PROPOSTOS E APROVADOS- programas setoriais e especiais têm de se
verificar a sua execução por causa da articulação de território com os municípios
=TAREFA DE COORDENAÇÃO- municípios e particulares funcionam e o Governo verifica se há coordenação entre
os vários instrumentos
b. MINISTÉRIOS com atribuições na área do Ordenamento do território, Urbanismo e Ambiente
EX: 20º nº7 da Lei Orgânica do XXIII Governo Constitucional- "o ministro do X conjuntamente com o
ministro Y, com a ministra do H e com a ministra do Y exerce dire o sobre a inspe o Geral…"
Difícil repartição
Influência da agenda e posicionamento político com diferentes prioridades políticas
c. DIREÇÃO GERAL DO TERRITÓRIO- entidade mais estável no âmbito de administração pública
IMPORTÂNCIA: estabelece a maior parte das propostas de alteração de programas e ratificações
Prepara instrumentos de ordenação do terreno
d. COMISSÃO NACIONAL DO TERRITÓRIO- 184º RJIGT
Direito fortemente baseado no princípio da territorialidade- Comissão com participação pública local
COMPETÊNCIAS: sobretudo em matéria de atos consultivos (pareceres muitas vezes obrigatórios e alguns
vinculativos) que demonstram aspeto de concertação de interesses antagónicos
Motivo: convergência de interesses contraditórios
Pronuncia-se sobre praticamente todos os atos de nova ordenação
e. CCDR- são 5 correspondentes a 5 áreas, natureza jurídica de direções gerais, funcionam como espécie de regiões
administrativas exercendo as suas funções
DEMOCRATIZAÇÃO- eleição indireta em que participam os autarcas dos municípios dentro das áreas
Problemática: são subordinados a um ministro pelo poder de direção mas têm legitimidade
democrática
Solução: transformação em institutos públicos (pessoas coletivas públicas separadas do estado)
perdendo-se o poder de direção e permanecendo o poder de superintendência

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Organização administrativa
8 de março de 2023 20:55

2. AUTARQUIAS LOCAIS
a. Entidades intermunicipais- ÁREAS METROPOLITANAS, COMUNIDADES INTERMUNICIPAIS E ASSOCIAÇÕES DE
FREGUESIAS e de municípios com os fins específicos
IMPORTÂNCIA: nível de planeamento entre o regional e o municipal é o intermunicipal introduzindo novos
órgãos:
i. Nas áreas metropolitanas: Conselho metropolitano, comissão executiva metropolitana e conselho
estratégico para o desenvolvimento metropolitano
ii. Nas comunidades intermunicipais: Assembleia intermunicipal, conselho intermunicipal. Secretariado
executivo intermunicipal e conselho estratégico para o desenvolvimento intermunicipal
b. MUNICÍPIOS
ÓRGÃOS:
i. Assembleia Municipal
ii. Câmara Municipal
iii. Presidente da Câmara Municipal- discute-se se é ou não um órgão, ainda que a lei diga expressamente
apenas 2 órgãos
Motivo: presidente não é apenas presidente do órgão colegial, a legislação atribui competências
próprias desligadas da presidência de órgão colegial
c. FREGUESIAS- NÃO TÊM COMPETÊNCIA urbanística, apenas funcionam como consultoras
3. ADMINISTRAÇÃO INDEPENDENTE
Provedor de justiça
4. ENTIDADES COLABORADORAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- sentido orgânico
a. Pessoas coletivas com delegação de competências

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Estatuto jurídico do solo


• ESTATUTO JURÍDICO DO SOLO- PROPRIEDADE PRIVADA VS PROPRIEDADE PÚBLICA

PROPRIEDADE PÚBLICA
1. BEM DE DOMÍNIO PÚBLICO- 84º CRP e 14º RJPIP, tipo de propriedade pública que não está no comércio (não
transacional)
EX: praias, grutas
a. Utilização POR PARTICULARES
=USO COMUM- bem colocado no domínio público é propriedade de uso e fruição de todos
i. Uso comum EXTRAORDINÁRIO- 26º, por razão de interesse público, apesar de poder ser usado
por todos há alguma razão que limita (impede-se o livre acesso) implicando alguma limitação
pela pessoa que quer gozar do espaço
Motivos: proteção do património, perigo
EX: pagar bilhete
ii. Uso comum ORDINÁRIO- 25º- fruição normal por parte de qualquer pessoa (universalidade)
EX: poder usar uma praia, visitar uma gruta
b. Utilização PRIVATIVA- 28º posso usar o bem de domínio público de forma exclusiva, o bem pode ser
usado por um privado com controlo sobre o bem, permitindo excluir os demais utilizadores
Motivo: maximizar experiência
EX: bares de praias; Concessão da exploração- 30º
2. BEM DE DOMÍNIO PRIVADO- 31º RJPIP (regime jurídico do património imobiliário público) e políticas Públicas
do Solo (23º LBGPPSOTU) é património transacionável
2 TIPOS DE BENS: foram de domínio público (classificados como tal por lei, porque se for pela CRP não
podem passar para domínio privado) ou nunca qualificados como privado, foram adquiridos pelo
estado e não classificados pelo mesmo como de domínio público
EX: imóveis, património mobiliário da administração pública

PROPRIEDADE PRIVADA- direito do urbanismo como um direito de limite à propriedade privada


Motivo: todos os direitos podem ser limitados, sobretudo quando em caso de conflito normativo
CRITÉRIO PARA LIMITAR: FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE- 62º CRP e 4º Lei de Bases
FUNÇÃO SOCIAL é um conceito mutável ao longo do tempo
Resulta de como os dignos REPRESENTANTES DO POVO a representam (legislador define ao
explicar limitações constitucionalmente válidas) e o TRIBUNAL CONSTITUCIONAL dá a sua
opinião (Que infelizmente não se pronuncia sobre isto há 20 anos, referindo que "PROPRIEDADE
DEVE SERVIR UMA FUNÇÃO SOCIAL" ou seja, tirando situações de arbítrio o entendimento do TC
é que devem ser os órgãos democraticamente eleitos a definir o conceito)
Deve ser possível usar, fruir e dispor
NA LEI- 4º nº2 Lei de Bases (limitar um direito para proteger outro desde que respeitando a
proporcionalidade) em comparação com 13º e 14º

CLASSIFICAÇÃO da propriedade privada:


=SOLO RÚSTICO vs URBANO- 10º Lei de Bases, legislador afirma qual o terreno apto ou não à construção
Rústico- aptidão para tudo menos edificação, apto para prática de atividades económicas (pecuária,
agricultura…)
Terreno por defeito- para ser urbano é preciso classificá-lo
Qualificação como conteúdo do seu aproveitamento por referência às potencialidades de desenvolvimento
do território- 10º nº4
Dentro do que posso fazer, o que posso fazer?
EX: dentro dos urbanos o que eu posso edificar? Dentro dos rústicos que atividade posso praticar?
=Opção deliberada política tendo em conta conceção das populações em volta e da área em concreto
Potencialidades são definidas numa luta entre vários interesses- luta política de deliberação
político democrática
Noção ampla de restrições de utilidade pública- qualquer limitação a um direito realizada para satisfação do
interesse público por intermédio de um bem
Independentemente da natureza do solo (classificação e qualificação) há fins públicos que podem levar
essa natureza a um interesse público
i. RESTRIÇÃO de UTILIDADE PÚBLICA em sentido estrito- restrição com fim genérico em causa
Pré determinada independentemente do solo em concreto
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Pré determinada independentemente do solo em concreto


EX: restringir imóveis perto do aeroporto, não interessa a ocupação do solo anteriormente,
que tipo de utilização vai ser feita no aeroporto. Simples função aeroportuária implica
restrição não tendo a ver com as características do solo
=Limitação abstrata
ii. SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS- remissão para a intervenção administrativa no solo, tem fim
público específico
Solo em concreto + interesse público
EX: junto às autoestradas há postes de alta tensão , discute-se com o proprietário e tenta-
se restringir o mínimo possível para servir o interesse público
=Caso a caso, adapta-se o traçado com o proprietário
iii. Direitos de USO PÚBLICO- são casos costumeiros a partir de casos concretos
EX: direitos de passagem para aceder a uma gruta, pelo percurso mais curto, caminho entre
2 domínios públicos passando por um espaço de domínio privado
=Reconhecimento pretoriano

Assim:
-CLASSIFICAÇÃO- determinam o destino básico do solo
-QUALIFICAÇÃO- define o conteúdo do aproveitamento do solo por referência às potencialidades de
desenvolvimento do território

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Lei de bases do solo urbano


15 de março de 2023 13:59

• LBGPPSOTU
ARTIGO 15º- "faculdades urbanísticas que integram o conteúdo do aproveitamento do solo urbano"- lei diz quais
são, bem como os planos diretores municipais
Para encontrar o que foi definido pela lei e plano em termos edificativos e olhar para a realidade e subsumi -la
ao plano
EX: compro imóvel urbano para lotear só preciso de adquirir uma faculdade (loteamento como primeira
faculdade que define condi es como liga es às diferentes redes de gua, de lu , de g s… pedido pelo
proprietário às instituições públicas sobre quais são as condições estruturais para edificar num determinado
terreno); mas se quisermos comprar um terreno para morar, primeiro vamos ter de lotear, que possibilita
perguntar como é que a construção em concreto pode ser feita
15º Nº2- mesmo que o proprietário tenha um terreno que permita o máximo das faculdades, a indemnização vai ter
de ser tendo em conta que poderia adquirir todas as faculdades

16º- IMPOSIÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS- faculdades são voluntárias mas se tiver numa área que está a ser
urbanizada logo é desproporcional um dos proprietários não querer que a rede passe no seu terreno porque o
ganho público é maior
Sujeito a indemnização, por exemplo, para pagar a operação de infraestruturação que ela não quis

17º- SACRÍFICIO DE DIREITOS PRE EXISTENTES E JURIDICAMENTE CONSOLIDADOS- mediante indemnização

18º- RESERVA DE SOLO- escolho partes do solo para determinados fins


Diferente de ZONAMENTO- afeto partes do solo para determinada atividade

• CONSTITUIÇÃO E GESTÃO DO PATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO PÚBLICO- na interseção entre propriedade privada e


pública, significa que o património é público mas pode ser feito à custa de património que anteriormente era
privado
18º e 28º LBGPPSOTU- reserva de solo e transação de bens do domínio privado
EX: compra e venda compra terrenos ao privado
29ºLBGPPSOTU- direito de preferência a favor do estado na compra e venda de imóveis entre privados
30º LBGPPSOTU- construção de direitos de superfície em que entidade pública cede a superfície a um privado ou
vice versa
31º LBGPPSOTU- cedência de utilização de bens do domínio privado, o domínio é público mas cede-se a privados
32º LBGPPSOTU
=FERRAMENTAS que permitem que o estado sem adquirir ou expropriar tenha possibilidade de afetar o terreno a
fins de interesse público

• USO DO SOLO E EDIFICABILIDADE


20º LBGPPSOTU- " o uso do solo é definido EXCLUSIVAMENTE pelos planos territoriais de âmbito intermunicipal
ou municipal"
PLANO DIRETOR MUNICIPAL tem de definir parâmetros e índices quantitativos e qualitativos
PLANO DE PORMENOR
PLANO de URBANIZAÇÃO
Nº2- posso transferir direito a construir ou parte dele mas mantendo-se proprietário do terreno
EX: se posso construir 200 e o meu vizinho também, posso negociar com ele que eu construa apenas 150 e ele
250

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Função social da propriedade


14 de março de 2023 17:20

• FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE


Limitações ao direito de propriedade- expropriações e existência de normas de planeamento que explicitam o que se
pode fazer em cada parcela de propriedade= NÃO É UM DIREITO ABSOLUTO, tendo de conviver com outros valores
constitucionais igualmente dignos de proteção (EX: garantia do direito à habitação)
MEDIANTE JUSTA INDEMNIZAÇÃO
Reconhecida na CRP- 62º CRP "garante-se direito da propriedade nos termos da constituição" ou seja pelos instrumentos
de gestão territorial (Que revelam a função social de cada propriedade, não tendo carácter restritivo mas sim declarativo
porque esclarecem a função de cada solo)
PROPRIEDADE TEM DE SERVIR BEM COMUM da sociedade, estando funcionalmente adstrita ainda que seja um
direito individual não pode ser exercida ao belo prazer do proprietário
MOTIVO:
=Solo necessário para satisfazer as necessidades (edificação para necessidades coletivas como
infraestruturas e habita o; alimenta o…)=solo urbano apto a ser edificado vs solo rústico com
função social de necessidades primárias como a agricultura e a pecuária (71º RJIGT)
=Solo é recurso limitado, o mais limitado de um estado visto que os estados não podem adquirir mais
território (insuscetível de crescer ou ser aumentado) logo funcionalidade adstrita ao bem comum da
sociedade pelo que o interesse do individual não se pode sobrepor aos interesses da coletividade

• FACULDADES DO DIREITO DE PROPRIEDADE PRIVADA


1. LIBERDADE DE ADQUIRIR BENS
2. LIBERDADE DE TRANSMISSÃO dos bens de que se é proprietário
3. Direito a NÃO SER PRIVADO DA LIBERDADE E DO SEU USO
4. LIBERDADE DE USAR E FRUIR DOS BENS de que se é proprietário

• IUS AEDIFICANDI- é parte integrante do direito de propriedade? 62º garante o direito da propriedade, garante
também o direito a edificar?
IMPORTÂNCIA: instrumentos de gestão territorial serão restritivos do direito de propriedade se considerarmos o ius
aedificandi como parte integrante do direito de propriedade
Se não considerarmos parte integrante os instrumentos de gestão territorial serão meramente declarativos
(Adicionam novos conteúdos ao direito de propriedade, entre eles o direito a construir)
Não há direito a indemnizar quando se revela a função de cada território

TESE PRIVATISTA- centra a análise nas normas do C.C. que parece apontar para a ideia de que o direito a construir faz
sempre parte do direito da propriedade no artigo 1305º e 1344º
Se o direito de superfície pode ser alienado e a propriedade inclui o poder material de transformação e isto liga-se
ao direito de construir, logo o direito a construir faz parte da propriedade
PROBLEMA- analisa a questão à luz do C.C., mas o direito à propriedade é um direito que está na CRP que é
superior ao C.C. e portanto o C.C. não limita nem interpreta o sentido e alcance do direito de propriedade prescrito
na CRP, sendo que é à luz da CRP que temos de averiguar
Na letra da CRP não está lá garantido a construir, até parece que se retira o contrário (direito à propriedade
tem de conviver com os instrumento da gestão territorial que dirão o que se pode fazer em cada terreno)
A possibilidade de ceder o direito de superfície apenas pode ser cedido se naquele terreno se puder
construir, caso contrário o negócio jurídico terá um objeto impossível

TESE PUBLICISTA- ius aedificandi corresponde a uma atribuição jurídico-pública atribuída pela autoridade pública
segundo regras e pressupostos do direito público
Ius aedificandi com natureza pública resultante dos planos urbanísticos e dos atos administrativos de controlo das
operações urbanísticas

EM PRINCÍPIO A ATIVIDADE DE PLANEAMENTO NUNCA GERA DEVER DE INDEMNIZAÇÃO quando afirmam que não se
pode construir numa propriedade
Propriedade pode ser usada, apenas para um determinado fim, não limitando o direito de propriedade porque o
direito a construir não faz parte do direito de propriedade

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Sistema de gestão territorial


22 de março de 2023 14:23

• SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL URBANÍSTICA


2º RJIGT- PRINCÍPIO TIPICIDADE DOS PROGRAMAS E DOS PLANOS- só existem instrumentos que estejam na lei

PROGRAMAS- só existem a nível nacional, regional (NUTS) e intermunicipal


Grandes ideias a médio e longo prazo, ordenamento do território
Condicionam a elaboração dos planos- diretrizes dos planos, 3º nº5 RJIGT para vincularem os particulares

PLANOS- só existem a nível local (municipais e intermunicipais)


Regras sobre zonamento, tipo de infraestruturas públicas, tipos de materiais a usar nos imóveis, distância
entre imóveis, edifica o… explica como posso construir e edificar =CO X a n vel intermunicipal
JUNTA atos administrativos e regulamentos- normas procedimentais cuja forma de elaboração remete para
regulamentos

RELAÇÃO HIERÁRQUICA E FUNCIONAL- planos intermunicipais e municipais têm de ver se estão de acordo com
os programas para que os particulares se possam guiar apenas pelos planos
CONSEQUÊNCIA- se conteúdo programático não tem capacidade deontica
APENAS Planos vinculam os particulares- 46º LBGPPSOTU e 3º RJIGT
Programas apenas vinculam entidades públicas

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Sistema de gestão territorial- nacional


ÂMBITOS: correspondem aos interesses diferenciados, respeitando um princípio da tipicidade
-NACIONAL- interesses que dizem respeito a todo o território nacional, em qualquer ponto do território estão
presentes, valores territoriais que devem ser prosseguidos a escala nacional
EX: privilegiar a reabilitação urbana face novas edificações, privilegiar aglomeração de núcleos urbanos em vez de
edificação dispersa
Devem ser expressados nos instrumentos previstos no 2º nº2 RJIGT- Estado expressa estes interesses
INSTRUMENTOS:
a. PROGRAMA NACIONAL DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO (PNPOT)- único que abrange
todo o território nacional
-Documento que estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território
nacional, consubstanciando o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais
instrumentos de gestão territorial
-Constitui um instrumento de cooperação com os demais estados membros para a organização do
território da união europeia- 30º RJIGT
-OBJETIVO: definir quadro unitário para o desenvolvimento territorial integrado, harmonioso e
sustentável, garantir a coesão territorial atenuando assimetrias, garantir igualdade de oportunidades,
estabelecer as grandes opções de investimento público com impacte territorial significativo
-PRAZO: por volta de 10 em 10 anos (feito em 2007 com primeira revisão em 2019), procurando
antecipar condições empíricas do país
-ESTRUTURA: objetivos (31º RJIGT); conteúdo material (32º RJIGT); conteúdo documental (relatório e
plano de ação, 33º RJIGT)
-ELABORAÇÃO: governo sob coordenação do membro do governo responsável pela área do
ordenamento do território prepara proposta; constituição da comissão consultiva do PNPOT (35º
RJIGT); parecer da comissão consultiva e da comissão nacional do território; consulta pública (37º
RJIGT); aprovação por lei da assembleia sob proposta do conselho de ministros com requisitos do 38º
nº2 RJIGT
b. Programas SETORIAIS- para funções/tipos de prossecuções de interesse público, setores temáticos,
reconhecimento legislativo de que há determinadas políticas públicas nacionais com impacto territorial, 39º
EX: bacias hídricas- constru es de barragens; constru o do aeroporto…
39º RJIGT- lógica funcional/temática, tipos de organização da administração pública (ministérios)
-ESTRUTURA: âmbito material (39º Nº2 RJIGT); conteúdo material (40º RJIGT); conteúdo documental
(41º RJIGT)
-ELABORAÇÃO: despacho do membro do governo competente em razão da matéria em articulação
com o membro do governo responsável pela área do ordenamento do território (46º RJIGT); pareceres
(48º RJIGT); conferência procedimental (48º e 84º RJIGT); participação (50º RJIGT); aprovação por
resolução de conselho de ministros (salvo norma especial que determine a aprovação por decreto-lei
ou decreto regulamentar)
c. Programas ESPECIAIS- tem a ver com o território (visam a prossecução de objetivos de interesse nacional
com repercussão espacial), exclusivamente programas de proteção ambiental visando a salvaguarda de
recursos ambientais, 42º RJIGT
EX: problema específico de deterioração de habitat do país, logo quero aprovar conjunto de medidas
para uma por o de território (económica, prote o civil…)
-COMPOSIÇÃO- parte escrita com diretivas para a proteção e valorização de recursos, relatório de
diagnóstico da situação territorial sobre a qual intervém bem como fundamentação técnica das
opções e objetivos estabelecidos, relatório ambiental e programa de execução e de financiamento
-42º RJIGT- tipos de interesses públicos
EX: orla costeira, áreas protegidas, albufeiras de águas públicas, estuários
-ESTRUTURA: âmbito material (42º nº2 e 3 RJIGT); objetivos (43º RJIGT); conteúdo material (44º
RJIGT); conteúdo documental (45º RJIGT); acompanhamento e concertação dos programas especiais
(49º RJIGT)
-ELABORAÇÃO: despacho do membro do governo competente em razão da matéria em articulação
com o membro do governo responsável pela área do ordenamento do território (46º RJIGT); pareceres
(48º RJIGT); conferência procedimental (48º e 84º RJIGT); participação (50º RJIGT); aprovação por
resolução de conselho de ministros (salvo norma especial que determine a aprovação por decreto-lei
ou decreto regulamentar)
=Problema da distinção entre os 2 últimos- sem critério, apenas opção do legislador
Problemática- programas não vinculam particulares no entanto alguns especiais aprovados por diploma legal
(decreto lei) contém regras indiretamente/condicionalmente vinculativas dos particulares
Ambos são especiais- a diferença é artificial

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Sistema de gestão territorial- regional, intermunicipal


-REGIONAL- não são interesses meramente locais mas sim que emergem de uma determinada região expressados
através doa planos regionais, diz respeito às NUTS II
-Estado define os interesses regionais através das CCDR (entidade preparatória das regiões administrativas)
-EX: Região do Algarve com características diferentes das restantes regiões, como por exemplo o facto de duplicar
de população durante o verão visto que é uma região balnear;
Alentejo tem características especiais devido ao seu clima, solo árido e despovoamento bem como arquitetura
típica
Lisboa e Vale do Tejo tem interesses diferentes sendo a maior metrópole do país com grande densidade
populacional precisando de n vel elevado de transportes, tem um aeroporto…
-CCDR's expressam este interesses através dos planos regionais de ordenamento do território- 52º nº2 RJIGT
O plano seria as regiões administrativas expressarem- ou se acabava com o âmbito regional ou decidia que
entidade ia coordenar o âmbito regional
Decisão de afetar ao estado, mais concretamente às CCDR a quem o estado empresta a sua
personalidade jurídica
-INSTRUMENTOS:
a. PROGRAMAS REGIONAIS- definem a estratégia regional de desenvolvimento territorial que
integram as opções estabelecidas a nível nacional e constituem o quadro de referência para a
elaboração dos planos intermunicipais e municipais de ordenamento do território
Vinculam apenas as entidades públicas
-ESTRUTURA: objetivos (53º); conteúdo material; conteúdo documental
-ELABORAÇÃO- CCDR sob coordenação do governo responsável pela área do ordenamento do território sendo
determinada por resolução do conselho de ministros; acompanhamento pela comissão consultiva do programa
regional (57º); concertação tendo em conta papel da comissão nacional do território (58º Nº3); participação (59º);
aprovação por resolução do conselho de ministros
-INTERMUNICIPAL- invenção legislativa de 2015 para coordenar interesses municipais com repercussão transfronteiriça
entre municípios
-Necessidade de coordenação entre municípios sobretudo em municípios perto das fronteiras
-Sem aplicação/explicação prática visto que não existe nenhum plano intermunicipal
-Não é categoria geográfica mas sim jurídica
-COMPOSIÇÃO- comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas cujas assembleias decidem os interesses
EX: comunidades intermunicipais reconduzidas a castas de vinhos
-INSTRUMENTOS:
a. PROGRAMAS INTERMUNICIPAIS- asseguram articulação entre programa regional e planos intermunicipais
pela sua interdependência estrutural e funcional, 62º RJIGT
Visam articular estratégias intermunicipais de desenvolvimento económico e social de conservação de
natureza e de garantia de qualidade ambiental
b. PLANO DIRETOR INTERMUNICIPAL- substitui planos municipais dos concelhos que integram a comunidade
(ou há vários planos diretores municipais ou há apenas 1 plano diretor intermunicipal)
Motivo: problema de conflitos normativos
c. PLANOS DE URBANIZAÇÃO INTERMUNICIPAIS
d. PLANOS DE PORMENOR INTERMUNICIPAIS
-VINCULAÇÃO: os programas intermunicipais apenas vinculam as entidades públicas e os planos
intermunicipais vinculam entidades públicas e privadas
=EFICÁCIA EXTERNA produzindo eficácia na esfera jurídica dos particulares
-ESTRUTURA: âmbito territorial; conteúdo material (63º RJIGT); conteúdo documental (64ºRJIGT)
-ELABORAÇÃO: acompanhamento pela comissão consultiva (67º RJIGT) e intervenção de conformidade das CCDR
(67º Nº2 RJIGT); compete à comissão executiva metropolitana quanto às áreas metropolitanas, ao conselho
municipal nas comunidades intermunicipais ou às câmaras municipais dos municípios associados para grupos de
municípios contíguos; deliberação da elaboração publicada em Diário da República e divulgada na comunicação
social; aprovação por deliberação do conselho metropolitano nas áreas metropolitanas e da assembleia municipal
nas comunidades intermunicipais ou por deliberação das assembleias municipais…
-São instrumentos de gestão do uso do solo (69º e 70º RJIGT)
Sede normativa da classificação do solo (71º RJIGT)
Reclassificação para solo urbano (72ºRJIGT) e reclassificação para solo rústico
=operação de mudar o uso do solo, em regra nunca se reclassifica para rústico porque ele é sempre
inicialmente rústico
Qualificação do solo em decorrência da integração de opções estratégicas dos diversos âmbitos dos
instrumentos de planeamento

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Sistema de gestão territorial- municipal


-MUNICIPAIS- interesses estritamente locais/municipais concretizados pelos instrumentos de gestão territorial
como o plano diretor municipal, plano de pormenor e plano de urbanização
-Apenas tem planificação enquanto os outros têm de programação
- X: onde construir habita o social, ciclovia, creche, ona verde, piscina municipal…
-Município expressa estes interesses
-INSTRUMENTOS: podem ser coincidentes no mesmo território, de natureza regulamentar que estabelecem o
regime de uso do solo, definindo modelos de ocupação territorial e da organização das redes e sistemas
urbanos na escala adequada, parâmetros de aproveitamento do solo e de garantia da sustentabilidade
socioeconómica e financeira e da qualidade ambiental, 69º RJIGT
a. PLANO DIRETOR MUNICIPAL- 95º RJIGT estabelecem a estratégia de desenvolvimento e modelo
territorial de todo o território municipal
-FUNÇÃO- estabelecimento da estratégia de desenvolvimento territorial, da política municipal de
ordenamento do território e do urbanismo e demais políticas urbanas, servindo de referência aos
demais planos municipais; para mais conformam o território ao definirem a localização das várias
funções e atividades humanas
-Elaboração- 88º RJIGT
-Base do RJUE
b. PLANOS DE URBANIZAÇÃO- 98º RJIGT, incidem sobre parte determinada do território municipal
integrada no perímetro urbano
-Têm planta de condicionantes (100º RJIGT) e devem definir e caracterizar a área de
intervenção, identificando valores culturais e naturais a proteger
c. PLANOS DE PORMENOR-101º, único que juridicamente prevê maior grau de autonomia dos
particulares (contratual, apoiado na autonomia privada, os próprios planeiam como vão ocupar o
território)
-Desenvolvem e concretizam propostas de organização espacial de qualquer área específica do
território municipal (101º RJIGT)
-Apresentam conteúdo mais concreto, designadamente por incidirem sobre áreas territoriais
menos abrangentes
i. PLANO DE PORMENOR DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO- pensado para solos
classificados como rústicos
ii. PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA- regime de urbanização e edificação
para tipos de edificados antigos e deteriorados
iii. PLANO DE PORMENOR DE SALVAGUARDA
-EFEITOS REGISTAIS- 108º e 165º Nº4 RJIGT, o que ficar decidido tem eficácia real sobre
propriedade pública e privada, quando estou a planear estou a constituir uma realidade
=EFICÁCIA CONSTITUTIVA SOBRE REALIDADE
=DIFERENÇAS- diminuem em território; grau de medidas de vinculação de ocupação do solo (+ obrigações)
-VINCULAÇÃO- entidades públicas e privadas
-OBJETIVOS: 75º RJIGT
-ESTRUTURA- objetivos; conteúdo material; conteúdo documental
-ELABORAÇÃO: 76º RJIGT, papel fundamental da Câmara Municipal
-ACOMPANHAMENTO
No PDM- comissão consultiva, 83º RJIGT
Facultativa nos planos de urbanização e planos de pormenor, 86º RJIGT
MOTIVO: não é preciso dupla concertação visto que estes seguem o PDM
CONCERTAÇÃO- 87º RJIGT
PARTICIPAÇÃO- 88º RJIGT
EX: participação pública
-RATIFICAÇÃO- 91º RJIGT
Se houver desconformidade com outros programas setoriais, especiais ou regionais
Pelo Governo, dever de confirmar conformidade dos instrumentos dos municípios com os seus
EFEITOS: revogação ou alteração das disposições dos programas contrárias aos planos
Juízo de mérito por parte do Governo que olha para programa de ordenamento e um PDM e
percebe que as opções do PDM são inadequadas/incompatíveis com o que foi previsto
=Dever de garantir conformidade
Enquanto não houver conciliação entre PDM e instrumentos superiores o PDM é ineficaz

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Princípio geral de coordenação


• 26 e 27º RJIGT- relações hierárquicas do instrumentos de gestão territorial, todos eles têm de estar
conforme os hierarquicamente superiores
EM CASO DE VIOLAÇÃO- desvalor de nulidade (128º Nº1 RJIGT)
Gera obrigação de o atualizar caso o hierarquicamente superior tenha uma alteração posterior (27º Nº6 RJIGT)
SENÃO 29º RJIGT paralisação/bloqueio urbanístico e municípios não podem candidatar-se a apoios (29º Nº4)
NÃO É AUTOMÁTICA- passado o prazo a CCDR diga que existe desconformidade entre programa e plano
Discussão se está conforme a constitucionalidade porque quem sofre são os proprietários que em nada
contribuíram para a inércia municipal mas quem sofre as consequências são os particulares que deixam
de poder pedir licen as…
1º- programa NACIONAL da política de ordenamento do território (PNPOT)
2º- programas SETORIAIS e ESPECIAIS em paridade hierárquica porque o regime nunca os diferencia
3º- programas REGIONAIS, 26º nº3
MOTIVO: apenas dizem respeito a uma região e tem de estar conforme a nação
4º- planos MUNICIPAIS, 27º nº2
a. PLANO DIRETOR MUNICIPAL- 95º nº4 ÚNICO INSTRUMENTO DE EXISTÊNCIA OBRIGATÓRIA, os
restantes são de existência facultativa
b. PLANO DE URBANIZAÇÃO- 95º e 98º RJIGT é de existência facultativa mas preferencialmente previsto
na exceção do 98º nº3 (mais de 25 mil habitantes)
MOTIVO: escala mais facilmente trabalhável que um PDM
c. PLANO DE PORMENOR
=Todos os programas e planos têm de concretizar os imediatamente acima e articular entre si

• GARANTIAS DOS PARTICULARES FACE AOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS DE ÂMBITO NACIONAL- reagir aos
programas
Motivo: programas não afetam diretamente os indivíduos mas sim a comunidade
-Direito de ação popular- tipo de legitimidade processual, legitimidade difusa
Não estou em juízo por objeto individual mas sim porque diz respeito a um bem da comunidade (EX:
ambiente, qualidade de vida…) e eu estou em nome de toda a sociedade
-Direito de apresentação de queixa ao Provedor de Justiça
-Direito de apresentação de queixa ao Ministério Público

• PRINCÍPIO DA COINCIDÊNCIA DA NATUREZA COM O ÂMBITO TERRITORIAL- interesses nacionais defendidos


pelos instrumentos de âmbito nacional e daí em diante
Legislador qualifica os projetos consoante o âmbito e daí percebe-se qual o instrumento a ser utilizado
EX: o aeroporto qualificado como interesse nacional logo será tratado por um programa setorial

• 22º RJIGT- PRINCÍPIO GERAL DA COORDENAÇÃO- os instrumentos de gestão territorial são um sistema
conjunto em que o resultado das partes em articulação umas com as outras é o mais importante
=PDM como centro de conciliação de interesses pré determinados noutros instrumentos de gestão territorial

COORDENAÇÃO HORIZONTAL:
-Coordenação a nível NACIONAL compete ao governo
-Coordenação a nível REGIONAL compete ao governo através das CCDR
MOTIVO: inexistência das regiões administrativas
-Coordenação a nível INTERMUNICIPAL compete às entidades intermunicipais ou conjunto de municípios
associados
Problemática: problema da aparente dissociação orgânica entre coordenação e elaboração dos planos
intermunicipais
-Coordenação a nível MUNICIPAL compete aos municípios

3º nº5 RJIGT- como o legislador fala em nível dos planos municipais se faz classificação (urbano vs rústico) e
qualificação (rústico as atividades e urbano as capacidades edificatórias), mesmo um programa deve ter limitações
decorrentes da classificação e qualificação
EX: no PDM de Lisboa diz-se que não se pode construir na zona indicada na planta 2 (proibição de capacidade
edificatória), no resto dos instrumentos da administração pública, o 3º nº5 diz que os restantes instrumentos
terão de ter isto em conta
=VINCULAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA- decisões dos municípios têm de estar refletidos nos restantes
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=VINCULAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA- decisões dos municípios têm de estar refletidos nos restantes
instrumentos superiores

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Contrato de planeamento, execução dos


instrumentos
24 de março de 2023 14:06

• CONTRATOS DE PLANEAMENTO- para definição das formas e dos prazos para adequação dos planos
municipais existentes em relação a planos supervenientes, 28º RJIGT
-PARTES NO CONTRATO- entre municípios e entidades competentes para elaboração de programas de âmbito
nacional e regional
Administração pública e particulares planeiam quanto à qualificação do solo
=RELAÇÃO POLIGONAL- podem ter particulares como partes ou outras entidades públicas
Multiplicam interesses contrapostos logo fica difícil exercer poderes de autoridade- contratação como
forma de resolver isso, havendo concertação de posições
-Pode integrar a obrigação das Câmaras Municipais perante particulares de alterar planos urbanísticos ou de
pormenor
-São contratos sobre exercício de poderes públicos permite que a entidade que iria ratificar para dar eficácia
jurídica esteja de acordo
-Permitem aos particulares influenciar parcialmente a elaboração de planos municipais
Particulares olham para o PDM para construir a sua vida logo do resultado da interação do município com as
entidades públicas
-Câmaras Municipais devem fundamentar as razões para aceitarem as propostas dos particulares
=MECANISMO DE CONCERTAÇÃO

• DINÂMICA DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL- execução dos instrumentos


TIPOLOGIA (conjunto típico de instrumentos de dinâmica): 115º RJIGT
1. ALTERAÇÃO- em causa situações inantecipáveis
MOTIVOS : 116º a 118º RJIGT
i. alteração das circunstâncias
ii. Compatibilização-
EX: na vigência de PDM surge programa especial
PROCEDIMENTO: segue procedimento de aprovação (119º RJIGT)= paralelismo de formas
Exceção em caso de alteração simplificada, 123º RJIGT taxativo
2. CORREÇÃO MATERIAL- retificação, dinâmica circunscrita
MOTIVOS: erros materiais, 122º RJIGT
EX: enganar numa planta (instrumento topográfico)
Não confundir com alterações substantivas- utilização errada de mecanismo
3. REVISÃO
MOTIVOS: 124º RJIGT, necessidade de adequação estratégica (fator de distinção face à alteração)
Por força do tempo
4. SUSPENSÃO- dos instrumentos de gestão territorial,
Às vezes funciona como forma de controlar os preços
Funciona por curtos espaços de tempo e é muitas vezes antecipatória de outra tipologia
mpede comunica o pr via, atribui o de licen as…
MOTIVOS: 125º e 126º RJIGT, verificação de circunstâncias excecionais
5. REVOGAÇÃO
MOTIVOS: 127º RJIGT, os mesmos da alteração e revisão mas que, de acordo com juízo jurídico
impossibilitem a utilização daqueles mecanismos
Apenas produz efeitos com a entrada em vigor de instrumento substitutivo- 127º nº4 RJIGT

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* VERIFICAR Medidas cautelares


• MEDIDAS CAUTELARES-
-MOTIVO: planos podem não ser executados na sua totalidade, muitas vezes por motivos externos ao legislador
Quando existe mudança de perspetiva de planeamento para determinada zona- PDM para a determinada
zona demora muito tempo a ser aprovado e nesse decurso de tempo o que está em vigor é a atual disciplina
urbanística que tem de continuar a emitir licenças (particulares têm capacidade edificativa) que limitaria a
liberdade de planeamento ou iria inviabilizar a nova ideia de planeamento
-TIPOLOGIA: distinguem-se pelo grau de densidade
a. Medidas preventivas- zona vai ter disciplina urbanística mais restritiva, EM CASO DE SUSPENSÃO DE
PLANOS
b. Normas provisórias
Adoção de normas provisórias depende da VERIFICAÇÃO CUMULATIVA DE CONDIÇÕES:
i. Existência de opções de planeamento suficientemente densificadas e documentadas
no âmbito do procedimento de elaboração, revisão ou alteração do plano territorial
em causa
ii. Necessidade de tais medidas para a salvaguarda de interesses públicos inerentes à
elaboração, revisão ou alteração do plano em causa
-NATUREZA JURÍDICA- normas regulamentares
-COMPETÊNCIA: aprovação pelos órgãos deliberativos municipais ou intermunicipais (os que têm competência para
aprovar o plano e suas modificações) sob proposta dos órgãos executivos municipais ou intermunicipais
-PROCEDIMENTO: regime transitório de forma urgente que fica a regular a transição de um plano para outro
a. Intervenção das CCDR no caso dos planos municipais e intermunicipais
b. Dispensa de audiência prévia e consulta pública quanto às medidas preventivas
Motivo: medidas urgentes
c. Exigência de pareceres em razão da matéria e de discussão pública quanto às normas provisórias
Mantém-se a função consultiva
d. Sujeição a publicação
-LIMITES: 139º a 141º RJIGT
Motivo: impedir que município eternize as medidas cautelares e usar como verdadeira substituição dos
planos
a. MATERIAIS- 139º RJIGT- ligadas ao princípio da proporcionalidade
b. TERRITORIAIS- 140º RJIGT
c. TEMPORAIS- limite de 2+1 anos, 141º RJIGT
-Exigência de dever de indemnização em caso de desvalorização de um ativo do particular
-Fazem cessar ou suspender a produção de efeitos urbanísticos, 143º a 145º RJIGT
O utilizado como parâmetro do RJUE deixa de ser utilizado, passando a ser utilizada as medidas provisórias,
ou seja, as medidas cautelares

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Sistemas de execução
29 de março de 2023 14:44

• PROGRAMAÇÃO E SISTEMAS DE EXECUÇÃO- conjunto de regras que disciplinam como plano deve ser executado
-SISTEMAS DE EXECUÇÃO, 146º RJIGT
DEPENDE DE: proatividade dos particulares e proatividade da administração
1. SISTEMAS DE INICIATIVA DOS INTERESSADOS- lei privilegia porque há maior proatividade dos particulares
-Desencadeado e conduzido pelos particulares
-Aplicação de contratos de urbanização- planificação está feita e temos de a executar, particulares e
administração acordam os termos de urbanização (loteamento, saneamento básico, tipo de utilizações…) que dão
poder aos particulares de fixarem condições pelos quais vai ser executado em vez de a administração decidir e os
particulares pedirem para executar
=Acordo de vontades entre administração e particulares para executar algo que está planeado
Motivo: planos atribuem grande margem de discricionariedade à administração, em vez de usar a
discricionariedade para tomar decisão unilateral recorre à liberdade de celebração de contratos com os
particulares
2. SISTEMAS DE COOPERAÇÃO- válvula do escape do sistema, coordenação de interesses
-Iniciativa pertence aos municípios com a cooperação de particulares (municípios podem expropriar particulares
não cooperantes e urbanizar em substituição dos particulares)
Motivo: controlo do poder público face inércia dos particulares
-Aplicação de contratos de urbanização com 2 modalidades:
i. Contrato de urbanização entre proprietários e ou os promotores da intervenção urbanística na
sequência da iniciativa municipal
Município vai atrás do particular
Fixação de calendário não unilateralmente
Passa escolha técnica para o particular
ii. Contrato de urbanização entre município, os proprietários e ou os promotores da intervenção
urbanística e eventualmente outras entidades interessadas na execução do plano
=EQUILÍBRIO- estado vê que o particular não tem iniciativa então propõe contratação
3. SISTEMAS DE IMPOSIÇÃO ADMINISTRATIVA- domina no cenário português, o estado faz sem ninguém pedir
-Execução não sistemática como exceção- 147º nº3 RJIGT
Não há sistema vigente de como executar o plano logo faz-se casuisticamente
-Posição fundamental da UNIDADES DE EXECUÇÃO e a delimitação territorial da unidade de execução- 148º RJIGT
Reparcelamento- 164º a 170º RJIGT
Unidade mais irredutível- porção do território dentro de um planeamento para disciplinar o território
Linguagem jurídico-técnica- forma de conciliar linguagem jurídica com técnica (EX: arquitetos)
Corresponde a uma unidade operativa de planeamento e gestão- área abrangida por plano de urbanização ou
por plano de pormenor ou parte desta- 148º nº3 RJIGT
Está identificado na planta na parte de planificação
Acompanha planos
-Execução pelos municípios- diretamente (faz todas as operações urbanísticas necessárias) ou por concessão de
urbanização (entidade contratada substituí a administração pública na contratação com os particulares, atuando
em vez do estado)
-VANTAGENS: maior celeridade, flexibilização das unidades de execução, ausência de procedimento de
planeamento e carácter contratual, importância para determinação de mecanismos de perequação (178º Nº1)
MECANISMO DE PEREQUAÇÃO- Mecanismo que impede em regra as expropriações que contabiliza o dévio
haver (rateio) entre o que foi planificado e o que está a ser feito na unidade de execução
Só executámos 8 em vez de 10 permitidos na unidade A então pode se construir 12 na unidade B que se
podia executar 10, em compensação dá-se indemnização ou pratica-se serviços

ESCOLHA DOS SISTEMAS DEVE SER FEITA DE ACORDO COM AS PRIORIDADES DOS MUNICÍPIOS OU ENTIDADES
INTERMUNICIPAIS (depende da população, se esta é inerte ou participativa)

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Tipologia RJIGT
31 de março de 2023 14:24

• TIPOLOGIA RJIGT
a. RESERVA DO SOLO- visa estimular cooperação, solo numa área onde apenas se pode construir
habitacionalmente apenas pode funcionar para X atividade
Direito de reserva jurídica quanto à função do solo
Continua a haver liberdade de disposição mas limita-se quanto ao escopo
b. DIREITO DE PREFERÊNCIA- direito que pode ser criado para sempre que houver operação de alienação deve
haver direito de preferência a favor do município
2 particulares preparam-se para celebrar contrato que é comunicado ao município e este tem direito de
preferência, caso o município aceite o particular é obrigado a celebrar contrato com o município
Não limita o vendedor mas sim o comprador que tinha expectativa de compra
Forma de município adquirir terreno- EX: no norte para evitar grande fragmentação do solo
c. DIREITO DE SUPERFÍCIE
i. PROPRIEDADE PÚBLICA CEDENDO DIREITO de superfície ao particular (entidades privadas) para
executar o plano
ii. PROPRIEDADE PRIVADA em que se ESTABELECE DIREITO DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA
ADMINISTRAÇÃO
d. DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIOS- forma de concretizar o plano para desaparecer imóveis afetos a determinado uso
e. CONCESSÃO DE UTILIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO
Deveres de cuidado do concessionário
Propriedade mantém-se e não pode ser muito modificada
f. EXPROPRIAÇÃO POR ENTIDADE PÚBLICA- ultima ratio (Apenas em condições extremas em que as outras
formas não são possíveis, teste de ponderação pelo princípio da proporcionalidade)
g. VENDA FORÇADA- ultima ratio (Apenas em condições extremas em que as outras formas não são possíveis,
teste de ponderação pelo princípio da proporcionalidade)

INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO COMO INSTRUMENTOS ADAPTADOS AOS SISTEMAS DE EXECUÇÃO


-SUPLETIVOS nos sistemas de iniciativa dos interessados e de cooperação
-REGRA no sistema de imposição administrativa

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*Evolução histórica RJUE


12 de abril de 2023 14:46

• EVOLUÇÃO HISTÓRICA RJUE de 1999 a 2019- concretização da planificação do RJIGT


-DECRETO LEI 1999- Rumo ao Código do Urbanismo
-REVISÃO DE 2001- harmonização de autorizações e licenciamentos
-REVISÃO DE 2007- reforma do controlo preventivo
Por oposição à licença de construção
-REVISÃO DE 2014- reforço da comunicação prévia
Desaparece procedimento administrativo e aplica-se um compromisso do particular (Que atesta que o
projeto de arquitetura e especialidades estão a cumprir os requisitos e critérios da planificação)

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Instrumentos do RJUE
• RJUE
-OBJETO- OPERAÇÕES URBANÍSTICAS- operações materiais de urbanização, de edificação, utilização dos edifícios ou do solo,
desde que, neste último caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais, mineiros ou de abastecimento
público de águas- 2º alínea J RJUE
PROIBIÇÃO SOBRE RESERVA DE PERMISSÃO- procedimentos para debloquear a proibição relativa de operações
RJUE aplica-se a dois tipos de terreno- solo urbano com capacidade edificativa típica e solo rústico na medida em
que possa ser edificado (EX: apoios agrícolas e recuperação de imóveis utilizados para habitação que antes eram
de apoio agrícola)
-Pensado para administração pública- regras procedimentais aplicadas especialmente face ao CPA
-TIPOLOGIA- CONTROLO PRÉVIO- 4º RJUE
ISENÇÕES DE CONTROLO PRÉVIO-
i. OBJETIVAS- 6º RJUE, operações urbanísticas com escassa relevância ponderativa
Depende de certa perceção social
ii. SUBJETIVAS- 7º RJUE, operações urbanísticas promovidas pelo estado para prossecução de determinados
interesses públicos

Singularidade da figura do procedimento de INFORMAÇÃO PRÉVIA- 14º a 17º RJUE, espécie de reconhecimento do
legislador da dificuldade de enquadramento (particular perceber se pode ou não construir em determinado terreno,
mesmo que não seja seu)
-VANTAGENS- decisão tem prazos mais rápidos, não leva a ato de indeferimento (Apenas diz que não pode construir), se a
Câmara disser que pode construir com determinadas condições tal vincula-a durante 1 ano, se por alguma razão houver
suspensão do procedimento por revisão do PDM tal não suspende o procedimento com base num pedido de informação prévia
-OBJETIVO- Determinação de viabilidade de operações urbanísticas
-Participação de todas as entidades que possam intervir no procedimento principal (comunicação prévia ou licença)
-PRAZO: Decisão de 20 ou 30 dias
-EM CASO DE INFORMAÇÃO NEGATIVA- Junção de pareceres existentes, indicação do tipo de procedimento adequada, como
podem ser cumpridas as prescrições urbanísticas
-Anterior à fiscalização prévia
-EFEITOS
a. Vinculação em posterior procedimento principal- até 1 ano da sua emissão, 17º RJUE
b. No caso de pedidos referentes aos 2º e 3º do 14º RJUE- conversão do mecanismo de fiscalização prévia em
comunicação prévia, 17º nº2 RJUE
c. 17º nº5 RJUE- "não se suspendem os procedimentos de licenciamento ou comunicação prévia requeridos ou
apresentados com suporte em informação prévia"

CONTROLO PREVENTIVO- 4º RJUE


1. LICENÇA- típico de licenciamento administrativo
EX: loteamento- planos (sobretudo o PDM) não contém regras claras sobre que operações de
infraestrutura o s o necess rias, que tipo de infraestruturas t m de ser constru das… logo n o pode ser
por comunicação prévia em que o particular tinha de saber como infraestruturar
Bem como todas as atividades seguintes como edificação porque implicam anterior loteamento que
necessita de licenciamento= princípio da aquisição gradual das faculdades urbanísticas
RESIDUALMENTE - na dúvida interpretativa se não foi expressamente pedido outro instrumento, é
necessário licenciamento
4º Nº6 RJUE- mesmo que seja apenas necessário comunicação prévia pode optar por licenciamento
Parâmetro é o projeto apresentado e o mundo jurídico (leis)
2. COMUNICAÇÃO PRÉVIA- substituição do procedimento administrativo por autorresponsabilização dos particulares
que comunicam que estão a respeitar os critérios (58º Lei de Bases)
Comunicação do particular para adquirir efeitos legais produzidos mas há período durante o qual a
administração pode dizer que comunicação não está conforme à lei
DECLARAÇÃO PRÉVIA- comunicação prévia sem prazo
Problema jurídico- enorme potencial de ser inconstitucional por colocar demasiado peso no particular (com
licença o particular está desresponsabilizado porque a administração é que lhe diz como ele deve construir,
neste caso o particular tem de se informar como pode construir)
EX: reconstrução (criar novo edifício igual ao anterior que foi demolido)
Parâmetro é o projeto apresentado e o mundo jurídico (leis)
3. AUTORIZAÇÃO- cada vez mais limitadas, imóveis para serem utilizados conforme previstos nos planos
i. SENTIDO CLÁSSICO- chamar Câmara para fazer vistoria para saber se projeto submetido e aprovado é o que
foi realizado
ii. TERMO DE RESPONSABILIDADE do autor do projeto inicial em como o projeto foi realizado nos termos
aprovados na Câmara
Parâmetro é a licença emitida ou a comunicação prévia e o edificado

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Parâmetro é a licença emitida ou a comunicação prévia e o edificado

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Controlo preventivo
SABER QUAL O APLICÁVEL-
1) Operação urbanística está isenta a CONTROLO PRÉVIO? 6º RJUE
i. Se SIM- pode ser feita sem nada pedir ao município, podendo ser logo iniciada pelo interessado
ii. Se NÃO ENCONTRA EM NENHUMA ALÍNEA passamos para 2)
2) Operação urbanística está sujeita a COMUNICAÇÃO PRÉVIA?- 4º nº4 RJUE
i. Se SIM- pode ir por comunicação prévia ou por licenciamento (4º nº6 RJUE)
ii. Se NÃO ENQUADRAVÁVEL EM NENHUMA passamos para 3)
3) Operação urbanística está sujeita a AUTORIZAÇÃO?- 4º nº5 RJUE
i. Se SIM- vai por autorização
ii. Se NÃO- ESTÁ SUJEITA A LICENCIAMENTO- 4º nº2 alínea j

CONTROLO A POSTERIORI- 93º necessário para garantir coerência do sistema quando se viola o que devia ter feito
Particulares aderem ao planeamento

TIPOS: atos de verificação da conformidade da atuação concreta do particular face ao enquadramento normativo
(face ao planeamento do território feito anteriormente)
1. INSPEÇÕES
2. VISTORIAS
CONSEQUÊNCIAS DO INCUMPRIMENTO
-SANÇÕES
-MEDIDAS DE TUTELA DA LEGALIDADE URBANÍSTICA
EX: legalização de obra (é possível ao particular, não obstante realizar obra conforme ao apresentado, não
está contra o que está no planeamento)

• PROCEDIMENTO DE CONTROLO PREVENTIVO


-Procedimento PREPARATÓRIO- remissão à informação prévia
-Procedimentos PRINCIPAIS- licença, autorização e comunicação prévia
Importa o artigo 4º RJUE
ESTRUTURA:
=Regras comuns- 8º a 13º-B RJUE- regras de tipo procedimental para qualquer tipo de ação prévia
Regras especiais face ao procedimento administrativo
a. Gestor do procedimento- 8º RJUE, substitui o responsável pela direção do procedimento
b. Tramitação eletrónica-8º-A RJUE, plataforma online
Portaria 216-A/2008 de 3 de março e Portaria 365/2015 de 16 de outubro
c. Requerimento/comunicação e termo de responsabilidade- 9º RJUE
Requerimento- particular apresenta-se
Iniciativa sempre dos particulares
Termo de responsabilidade- técnico como arquiteto confirma o que o particular apresentou,
responsabilizando-se
Autorresponsabilização dos particulares limitado pela ponderação de interesses privados, a
administração pública faz ponderação de interesses públicos
d. Elementos instrutórios- 9º RJUE, de acordo com o tipo de procedimento têm de ser apresentados
nclui: pareceres…
Sequência composta pela aprovação do projeto de arquitetura (ligado ao termo de
responsabilidade e com ponderação de interesses privados e públicos) e das especialidades (tudo
o que tecnicamente seja necessário para que o projeto seja construído, como o plano
antiss smico, plano de inc ndios, eletricidade, saneamento…)
e. Saneamento e apreciação preliminar- 11º RJUE
f. Consulta a entidades externas e papel especial das CCDR- 13º, 13º-A e 13º-B
Pode o próprio particular pedir na plataforma SENÃO solicita-se à administração pública a
consulta e as CCDR centralizam a obtenção de pareceres
Juízos valorativos da administração pública

Princípio da equiparação de formalidades dos procedimentos- para procedimento de alteração da licença tem de
respeitar as mesmas formalidades para aprovação da licença

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Regras especiais, utilização de edifícios


• REGRAS ESPECIAIS DO LICENCIAMENTO
-ÂMBITO: operações urbanísticas do 4º Nº2- especial ponderação de interesses públicos e privados
Discricionariedade mas maior intervenção da administração pública
-OBJETO: aferição da conformidade com instrumentos de gestão territorial e de intervenção pública nos solos
-SEQUÊNCIA PROCEDIMENTAL de obras de edificação- projeto de arquitetura, projeto de especialidades
-SEQUÊNCIA PROCEDIMENTAL DE operações como loteamento, urbanização, remodelação de terrenos-
possibilidade de existência de consulta pública
Divide-se em talhões urbanizáveis e justificar obras de urbanização necessárias (consequência do loteamento,
como eletricidade, saneamento…)
Remodelação de terrenos- alterar configuração- EX: aterros terraplanados para edificar
-INDEFERIMENTO- incompatibilidade com instrumentos de gestão territorial ou de intervenção pública nos solos,
24ºRJUE
Possibilidade de reapreciação- 25º RJUE
-ALTERAÇÕES À LICENÇA- princípio da equiparação ao procedimento de primeiro grau, 27º RJUE, qualquer alteração
posterior à licença tem de seguir a mesma tramitação

• REGRAS ESPECIAIS DE AUTORIZAÇÃO- remissão para condições especiais de licenciamento e autorização


Regime especial- a original do RJUE foi revogada, logo tem âmbito mais limitado

• REGRAS ESPECIAIS DA COMUNICAÇÃO PRÉVIA


-ÂMBITO: regime regra, maioria das operações urbanísticas de edificação, 4º nº4 RJUE
-OBJETO: aferição da conformidade de instrumentos de gestão territorial e de intervenção pública nos solos
-Responsabilidade da instrução (4º nº6 RJUE)- possibilidade de substituir a comunicação prévia por um
procedimento de licenciamento
-MODO DE ASSEGURAR CONSULTAS PRÉVIAS- 34º nº5 RJUE
Pedido de informação prévia
Plano de pormenor
Operação de loteamento
Autopromoção- 13-Bº
-SEQUÊNCIA PROCEDIMENTAL-
Comunicação ao presidente da Câmara Municipal- 35º nº1 RJUE
Elementos instrutórios juntos à comunicação- nomeadamente o termo de responsabilidade, 35º nº2 RJUE
Apreciação preliminar e saneamento- verifica-se se a pessoa que está a apresentar comunicação prévia o
podia fazer, não avaliando o mérito em concreto
-QUESTÃO DA FISCALIZAÇÃO SUCESSIVA- dever pelo prazo de 10 anos
Desloca foco par controlo sucessivo durante um período de 10 anos em que a administração pública deve
fiscalizar para confirmar que a comunicação prévia levou a obra conforme o informado

• CONDIÇÕES ESPECIAIS DE LICENCIAMENTO DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA (de controlo prévio)


TIPOLOGIA: 41º a 66º RJUE, com regras especiais face às gerais
1. OPERAÇÕES DE LOTEAMENTO
2. OBRAS DE URBANIZAÇÃO
3. OBRAS DE EDIFICAÇÃO
4. UTILIZAÇÃO DE EDIFÍCIOS- hoje concentra-se a autorização de utilização

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Autorização de utilização
27 de abril de 2023 14:20

AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO- 62º RJUE uma das mais importantes formas de controlo prévio
VAI DESAPARECER E SER APENAS COMUNICAÇÃO PRÉVIA
-AMBITO: autorização de utilização de edifícios, apenas com ela se pode habitar e utilizar o edifício
Na sequência de realização de obra sujeita a controlo prévio
Não precedidos de operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio- operação urbanística existiu mas não
houve operação que imediatamente habilitou utilização do imóvel
-OBJETIVO: verificar que o que está construído está de acordo com o que foi aprovado/licenciado
-OBJETO: aferição da concordância com o projeto de arquitetura e arranjos exteriores aprovados e com as
condições do respetivo procedimento de controlo prévio, assim como a conformidade da utilização prevista com as
normas legais e regulamentares que fixam os usos e utilizações admissíveis
-SEQUÊNCIA PROCEDIMENTAL- submissão de telas finais (63º RJUE projeto, peça desenhada com o desenho que
corresponde ao que está efetivamente construído)
=Termo de responsabilidade do diretor da obra ou diretor de fiscalização da obra
=Termo de responsabilidade subscrito por pessoa legalmente habilitada a ser autor de projeto- alguém com
alguma responsabilidade no projeto de arquitetura, 63º RJUE
-Para ser realizada escritura pública de imóvel ou seja, alienação de imóvel, tem de ser apresentada autorização de
utilização
-MODALIDADES:
Na sequência de obras sujeitas a controlo prévio
Na sequência de não existência de obras mas existe novo uso
EX: querer utilizar um apartamento para centro de explicações
Motivo: necessidade de estar apto para a atividade
-COIMA- 98ºº alínea D

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Procedimento controlo preventivo


19 de abril de 2023 14:48

• PEDIDO DE LEGALIZAÇÃO- apresentação de telas finais e explica-se porque não estão conforme o
licenciamento feito porque se entende que é possível do ponto de vista jurídico tal alteração
EX: no projeto apenas quis 3 varadas, mas durante a obra fizeram-se 4 varandas que são totalmente legais do ponto
de vista de normas mas não foram as pedidas no licenciamento, logo no fim declara-se as 4 varandas e pede-se
legalização

• PROCEDIMENTOS PRINCIPAIS DE CONTROLO PREVENTIVO


-VALIDADE E EFICÁCIA
Regra geral: nulidade, 68º RJUE
Dever de participação dos órgãos administrativos ao ministério público dos vícios previstos no artigo 68º RJUE
para instauração da ação administrativa adequada
Prazo de 10 anos para declarar/arguir nulidade- 69º nº4 RJUE
NULIDADE ATÍPICA- não é invocável "a todo o tempo"
EX: o particular submete a controlo prévio e adquire uma licença mas esta licença é nula porque o órgão
público passou título sem respeitar a legalidade, logo a administração pública apenas tem 10 anos para
poder arguir a nulidade
Existência de responsabilidade civil- 70º RJUE
Em caso de não comunicação destes dados
MOTIVO: vícios que geram invalidades em direito do urbanismo são muito graves, houve violação do
particular na fase de apresentação de projetos (e portanto administração e tribunais têm de reagir a isso num
prazo mais alargado que a anulabilidade), ato de censura
-CONDIÇÕES DE EFICÁCIA
ALVARÁ- condição de eficácia das operações urbanísticas sujeitas a licenciamento e autorização
MOTIVO: publicitação, licença como condição de validade
Comprovativo eletrónico e documento comprovativo do pagamento de taxas como comprovativo de
operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia- 74º RJUE
Comprovativo eletrónico, documento comprovativo do pagamento de taxas e de prestação de caução
bem como instrumento notarial do artigo 44 nº3 RJUE ou declaração de sua inexigibilidade como
condição de eficácia para as operações de loteamento sujeitas a comunicação prévia
Não pedido de alvará- no prazo de 1 ano leva à caducidade da licença

• 60º RJUE- PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO DO EXISTENTE


MOTIVO: data do imóvel fixa parâmetro urbanístico, DESDE QUE SE TENHA RESPEITADO OS PARÂMETROS DESSA
ALTURA
Se o particular não cumpriu os requisitos de legalidade (EX: não pediu licença) não se pode fazer valer deste
artigo
ÂMBITO: Aplica-se a reconstrução ou reabilitação do edificado
NÃO SE APLICA se a licença em que nos estamos a basear na altura é nula e portanto continua a ser nula e aplica-se
o regime atual
SALVO SE PASSARAM 10 ANOS- 69º nº4
Nº1- concretização do princípio da proteção do existente/edificado, uma emanação do princípio da proteção da
confiança
EX: Se comprar propriedade antiga sem certas características que surgiram depois, essa propriedade não está
obrigada a cumprir nada dos planos urbanísticos
Nº2- Obras de reconstrução (2º alínea C) ou alteração (2º alínea D)
Desde que mantenha o que já está (não agravarem desconformidade) ou o que quero fazer venha a melhorar
a casa
Nº3- fiscaliza-se à luz da lei da construção original
-PROBLEMAS:
1. "reconstituição da estrutura das fachadas"
2. "modificação das características físicas de uma edificação existente"
Nº4- limitações à utilização de edificações
EX: técnicas a utilizar

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Execução e fiscalização obras, edificação


26 de abril de 2023 14:12

• EXECUÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE OBRAS


1. INÍCIO DOS TRABALHOS-
a. Deveres de comunicação-80º-A RJUE
b. Início antecipado- 81º RJUE
c. Ligação a redes públicas- 82º RJUE
2. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
a. Execução de obras pela câmara municipal- 84º RJUE, ideia de continuidade e finalização das obras de
edificação e urbanização
Obra feita nos termos previstos- datas e condições
b. Execução de obras de urbanização por terceiros- 85º RJUE
Entidades públicas têm de fazer obras e tais são necessárias para o particular- EX:
infraestruturação
Situação inverte-se e particular pode fazer obras que estavam a cargo de entidade pública
3. CONCLUSÃO E RECEÇÃO DOS TRABALHOS
a. Limpeza da área e reparação de estragos- condição de emissão de alvará, excepto prestação de
caução-86º RJUE
b. Receção provisória definitiva de obras de urbanização- prazo de garantia de 5 anos, 87º RJUE
c. Obras inacabadas- licença especial, 88º RJUE
Violação de plano municipal

• VIDA DA EDIFICAÇÃO
=DEVER DE CONSERVAÇÃO- dever de manutenção da qualidade do edificado, 2º alínea F RJUE com definição
"condições existentes"- parâmetro fácil
-DO PARTICULAR- intervalos de 8 anos, 89º RJUE
Abre possibilidade de intervenção administrativa sobre imóveis edificados
-DA CÂMARA MUNICIPAL- 89º nº2 e 3 RJUE
i. VISTORIA PRÉVIA- 90º RJUE
Depois é notificado o particular para proceder as obras, indicadas por análise da câmara
municipal porque no período de 8 anos não foram feitas
ii. OBRAS COERCIVAS- 91º RJUE, se tiver passado o período de aferição de obras voluntárias do
particular mediante notificação da administração pública
Toma posse administrativa do imóvel para as realizar
iii. DESPEJO ADMINISTRATIVO- 92º RJUE
MOTIVO: garantia de não perigo para a segurança pública

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Fiscalização sucessiva
26 de abril de 2023 14:44

• FISCALIZAÇÃO SUCESSIVA em relação ao controlo prévio (apenas se obra estiver sujeita a controlo prévio)
-MOTIVO: cada vez mais comunicação prévia logo há maior potencial de violação de normas porque a interpretação
pode ter sido mal feita logo inicialmente (particular responsabiliza-se da interpretação das normas)
-MOMENTO: no decorrer da obra/fase de construção, depois de feita a obra
-TIPOLOGIA DE AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO- catálogo aberto com especificação de duas ações concretas, operações
materiais administrativas perante parâmetro (licença ou comunicação prévia) se verifica o edificado
a. INSPEÇÕES
b. VISTORIAS
-SANÇÕES
a. CONTRAORDENAÇÕES e sanções acessórias- 98º e 99º RJUE, sanções específicas de direito
administrativo
b. RESPONSABILIDADE CRIMINAL- 100º RJUE
c. RESPONSABILIDADE CIVIL- 100º-A RJUE
d. RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR- 101º RJUE
-Medidas de reposição da legalidade urbanística
=Decorrentes de operações urbanísticas- 102º Nº2 RJUE
Embargo de obras ou trabalhos de remodelação de terrenos- particular com oportunidade de corrigir a
obra em vez de demolir
Implica que ainda esteja a haver operação de construção/edificação
Dirigida a aspetos materiais na construção/edificação
Suspensão administrativa da eficácia de ato de controlo prévio
Dirigida a aspetos jurídicos
Determinação da realização de trabalhos de correção ou alteração sempre que possível
Legalização das operações urbanísticas
Implica saber como está a ser feita a obra- com título prévio (comunicação ou licença) ou sem
título prévio
= Necessidade de criar título= legalização TOTAL
= Necessidade de conformidade do título = legalização PARCIAL
Determinação da demolição total ou parcial de obras (em obras em construção ou obras já construídas)
Ultima ratio- quanto mais tempo passou desde que acabaram as obras mais deve ser edificado
O O: expectativas, investimento…
Reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início das obras ou trabalhos
Sobretudo quando a obra ainda está a decorrer mas nem devia ter começado
Cessação da utilização de edifícios ou suas frações autónomas
Violação de autorização de utilização- alguém utiliza edifício contra ou sem autorização de
utilização
=Independentes de operações urbanísticas específicas- 102º Nº3 RJUE
Determinação da execução de obras de conservação necessárias à correção de más condições de
segurança ou salubridade ou à melhoria do arranjo estético
Determinação da demolição, total ou parcial, das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo
para a saúde pública e segurança das pessoas

102º Nº1- quando há ilegalidade, listas de desconformidade


Alínea A- sem autorização de utilização ou licença
Al nea …

102º-A- Legalização tem em vista cumprir adequadamente o que foi mal feito inicialmente no que toca ao controlo
prévio, casos em que particular fez algo desconforme ao controlo prévio mas respeita os critérios/parâmetros do
controlo prévio
Discricionariedade- toma em atenção ao ato de controlo prévio em concreto e projeto apresentado
"formulação de juízos e valorações próprias do exercício da função"
Particular não participa- câmara pode proceder oficiosamente

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Reposição legalidade urbanística


• REPOSIÇÃO LEGALIDADE URBANÍSTICA- obrigatória e vinculada, 102º RJUE
-AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS DE CONTRAORDENAÇÃO- coimas visam a repressão de uma
infração culposa enquanto as medidas de reposição de legalidade visam a restauração e reintegração da legalidade
urbanística violada pela obra ilegal, sendo irrelevante a culpa do particular
Contraordenação pode ser aplicada ao mesmo tempo que a reposição da legalidade urbanística de natureza do
direito urbanismo- autónomos e distintos
Pode haver procedimento de reposição da legalidade urbanística sem procedimento contraordenacional e vice
versa (existência de licença mas falta de alvará não necessita de reposição de legalidade urbanística mas aplica -se
coima)
-IMPRESCRITIVEL- são competências urbanísticas, sempre que se aplicarem pressupostos do RJUE pode ser aplicada
medida de reposição de legalidade urbanística
Enquanto as coimas podem prescrever, ou o particular pode edificar com licença nula pelo que tudo o que foi
construído tem de ser destruído mas não há dolo para se aplicar coimas

ILEGALIDADES URBANÍSTICAS
1. MATERIAIS- quando a obra viola normas materiais urbanísticas aplicáveis, ocorrem quando a obra viola parâmetros
materiais aplicáveis como um plano
2. FORMAL- quando a obra não seguiu o procedimento de controlo prévio aplicável, não tendo título urbanístico
EX: obra foi feita sem procedimento de controlo prévio, não tendo título, sendo clandestina por não ter
licença
Independentemente de quanto tempo passou, não importa se houve inação da câmara durante muito tempo, não
havendo quebra de confiança, obra continua a ser ilegal
Mesmo havendo direito social à habitação- aplicando-se medidas de apoio social que assegurem direito
CATEGORIAS PODEM SER COMBINADAS
1.1. Obras APENAS FORMALMENTE ILEGAIS mas materialmente conformes- obra cumpre legalidade material mas NÃO
TEM TÍTULO
FALTA TÍTULO À OBRA- nunca o tece (clandestina) ou o título foi invalidado (tribunal retira título à obra)
Não pode ser demolida- motivo: não teria proporcionalidade, porque apenas falta título mas poderia ter- 106º nº2
RJUE
Temos de dar título- legalização como medida adequada, 102º-A nº1 RJUE repondo a legalidade urbanística
Legalização feita à luz do direito em vigor não quando a construção foi feita mas sim à luz dos planos do
momento em que se quer legalizar
Normas técnicas de construção podem ser dispensadas (não no momento da legalização) mas sim no
momento em que se construiu ( X: certificado energ tico, largura corredores…) desde que se
verifique que foram cumpridas as condições técnicas vigentes à data da realização da operação
urbanística em questão
Se plano alterar deixa de ser possível legalizar e é então possível demolir
Será aplicada coima
1.2. Obras APENAS MATERIALMENTE ILEGAIS mas com título urbanístico- obra tem título urbanístico mas desrespeita a
legalidade material havendo problema de nulidade do ato permissivo
Problema de nulidade da licença- desrespeita legalidade material em vigor na data em que foi emitido (nulidade do
ato administrativo)
LEGALIZAÇÃO NÃO É POSSÍVEL- não é possível legalizar contra plano
SOLUÇÃO TENDENCIALMENTE DA DEMOLIÇÃO
Problema da responsabilidade civil do município que emitiu ato ilícito e criou expectativas no destinatário
EXCEÇÕES- beneficiário da licença estar de boa fé logo 69º nº4 (passados 10 anos da emissão do ato caduca
declaração de nulidade) e tese do reconhecimento de efeitos putativos ao ato nulo (68º nº1 parte inicial,
decurso do tempo associado a boa f , tutela de confian a… reconhecendo efeitos ur dicos n o se apagando
o que foi feito ao abrigo do ato nulo)
1.3. Obras FORMAL E MATERIALMENTE ILEGAIS- obra viola legalidade material e foi feita sem o procedimento de
controlo prévio, não tendo título (não tem título nem cumpre planos)
Não pode ser legalizada- tem de ser demolida
Sem proteção do destinatário- nem por decurso do tempo se gera expectativas legítimas

ORDEM DEMOLIÇÃO TENDENCIALMENTE VINCULADO- sem discricionariedade de ação, juízo sobre suscetibilidade de
legalização é que decide
Única discricionariedade é relativa ao momento da emissão
Demolição como ultima ratio? É a primeira e única ratio porque a construção é ostensivamente ilegalizável

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Embargo, loteamento, destaque


• MEDIDAS DE REPOSIÇÃO DA LEGALIDADE URBANÍSTICA:
• EMBARGO- suspensão administrativa da realização de uma obra, 102º-B RJUE
-PROCEDIMENTO- 102ºB RJUE, ato administrativo com destinatário o proprietário ou dono da obra com base numa
infra o urban stica ( X: licen a ilegal…)
-EFEITOS: 103º RJUE
Para obra
Congela aptidão para qualquer fim- não é possível usar para aquilo que seria
OBRA ILEGAL- aptidão de utilização do imóvel é atacada
-Pensado como forma de forçar legalização quando ela não é feita pelo particular e a câmara não quer proceder
oficiosamente ou quando há dúvidas fundadas sobre legalidade da obra, 104º RJUE
CADUCIDADE
-Competência do presidente da câmara municipal
-Visa fazer cessar obras de urbanização, de edificação ou de demolição que sejam desconformes ou tenhas prescindido
da adequada operação de controlo prévio, bem como violem as regras legais ou regulamentares de carácter urbanístico
-Determina suspensão imediata da execução da obra e, no caso de existência de título jurídico de controlo prévio, a sua
suspensão- 104º RJUE
-Deve ser registado na conservatória do registo predial
-Podem ser ordenados trabalhos de correção ou alteração, sempre que exista título de controlo prévio, embora com
violação dos seus termos ou outras regras urbanísticas- 105º RJUE

• 106º em confronto com 115º RJUE- DEMOLIÇÃO OBRA E REPOSIÇÃO DE TERRENO


-Competência do presidente da câmara municipal para determinação da obra pelo particular
-Meio mais gravoso logo tem carácter supletivo
-Audiência dos interessados obrigatória- particular tem de ser pronunciar
-Passível de realização pela câmara municipal caso o particular não execute as obras no prazo determinado pelo
presidente da câmara

• CESSAÇÃO DE UTILIZAÇÃO- 109º RJUE


-Competência do presidente da câmara municipal
-Verificação da existência de autorização de utilização ou da conformidade da utilização efetiva com a utilização prevista
na autorização
EX: mudar fim real da construção
-Não cumprimento do prazo para cessação de utilização resulta no despejo administrativo- 109º nº3 RJUE
Motivo: garantir que o imóvel não é utilizado de forma ilegal

• LOTEAMENTOS VS DESTAQUE
SEMELHANÇA: procedem a uma divisão fundiária, onde estava um só terreno, estas figuras dividem
DESTAQUE EM DOIS- cria duas propriedades, visa criação de parcelas
LOTEAMENTO- DOIS OU MAIS, visa criação de lotes
LOTE- 77º RJUE constituído na sequência de licenciamento, ato constitutivo de direitos, tendencialmente irrevogável
(salvo indemnização expropriatória
Na licença consta a capacidade edificativa para cada um dos lotes
INCLUI: planta de licenciamento com o que pode ser construído no lote, semelhante a um plano de pormenor
ESTABILIZA DIREITOS CONSTRUTIVOS- conserva ius aedificandi de modo irrevogável
Município tem de analisar planos- mesmo que mudem, o que podem construir é o atribuído pela licença
Obriga sempre a que se faça obras de urbanização- não é possível lotear sem urbanizar, criar infraestruturas
adequadas para lotes
Valor de lote superior ao terreno simples resultante de destaque
Obrigação posterior de obras de urbanização senão licença de loteamento caduca- 53º e 71º RJUE
49º nº2 RJUE- garantia de que obras de urbanização são realizadas, pelo que o promotor do loteamento em todas
as escrituras que faz dos lotes tem de mostrar ao notário certidão do município
84º RJUE- camara pode substituir-se ao mesmo a custas do loteador faltoso substitui-se a ele e fazer as obras de
urbanização
85º RJUE- adquirente dos lotes pode ele executar obras de urbanização através de autorização judicial ao tribunal
para se substituir ao promotor faltoso e à câmara
Motivo: 49º RJUE figura da CAUÇÃO do exato montante necessário para obras de urbanização, logo
consegue vender lotes e frações autónomas sem ter realizado as obras
PARCELA- sem capacidade edificativa atribuída
Não estabiliza direito a construir, município nem analisa nem pronuncia sobre o que se pode ou não fazer nos
terrenos repartidos

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Condomínios vs loteamentos
3 de maio de 2023 14:19

• VIOLAÇÃO DAS MEDIDAS DE REPOSIÇÃO DA LEGALIDADE URBANÍSTICA


-POSSE ADMINISTRATIVA E EXECUÇÃO COERCIVA- 107º e 108º RJUE
Competência do presidente da câmara municipal
Conteúdo e prazo dependem da medida de reposição violada
Despesas decorrem por conta do infrator
-GARANTIAS DOS PARTICULARES
Direito à informação- 110º RJUE
Intimação judicial para prática de ato legalmente devido no contexto do procedimento de licenciamento em
caso de violação do dever legal de decidir
Em especial o caso de conversão de deferimento tácito do 111º nº9 RJUE e 112º nº8 RJUE
Deferimento tácito nos demais casos- 113º RJUE
Impugnação administrativa autónoma de pareceres- 114º RJUE, que são atos preparatórios
Ação administrativa- 106º com remissão para 115º RJUE

• CONDOMINIOS VS LOTEAMENTOS
CONDOMÍNIOS- operações urbanísticas unitárias que não são feitas tendo por base um loteamento, tendo áreas
comuns que unem os espaços
Depois conseguia escapar à necessidade de obras de urbanização segundo o 44º porque dizia que era
construção unitária e depois fracionava em frações independentes criando loteamentos
Permitia fugir aos encargos dos loteamentos
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA- regime do 44º nº5 aquilo que tenha "impacto relevante" (Discricionariedade do
município para decidir), bem como 57º nº5
Podem não lotear e construir como frações autónomas mas não desonera de encargos, funcionando
como se de loteamento se tratasse
43º e 44º com encargos

Se terreno a lotear já estiver infraestruturado- 44º Nº4, indemnização ao município, usufruir de obra pública

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Inviabilizar operação urbanística


16 de maio de 2023 17:43

• INVIABILIZAR OPERAÇÃO URBANÍSTICA


CASSAÇÃO- apreensão dos títulos que viabilizam comunicação prévia
EX: comunicação prévia não estar devidamente instruída

-CASSAÇÃO DO TÍTULO DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA ANTES DO INÍCIO DA OBRA- 79º nº1 alínea B, informa o
interessado que a sua obra não está titulada e a operação urbanística não se pode realizar por estar desconforme a
programas, havendo cassação do título
-SE OBRA ESTÁ A DECORRER- embargo da obra, 102º alínea B RJUE e cassação do título

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Reabilitação urbana
• REGIME JURÍDICO DA REABILITAÇÃO URBANA- DL 307/2009 de 23 de outubro alternativa a construção nova
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
-ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA- "área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência, degradação ou
obsolescência dos edifícios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de
utilização coletiva, designadamente no que se refere às suas condições de uso, solidez, segurança, estética ou salubridade,
justifique uma intervenção integrada, através de uma operação de reabilitação urbana aprovada em instrumento próprio ou
em plano de pormenor de reabilitação urbana"
-OPERAÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA- "conjunto articulado de intervenções visando, de forma integrada a reabilitação
urbana de uma determinada área"
Tipo de operação urbanística
-Importância do regime do 77-Aº RJRU pretende evitar questões de danos por falta de segurança

INICIO DA INTERVENÇÃO REABILITANTE


1. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA- 7º nº1 alínea A RJRU
Decisão política
2. DEFINIÇÃO OPERAÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA A DESENVOLVER- 7º nº1 alínea B RJRU
a. OPERAÇÕES SIMPLES- 8º nº2 intervenção integrada de reabilitação urbana de uma área, dirigindo-se
primacialmente à reabilitação de edificado, num quadro de coordenação e apoio da respetiva execução
b. OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS- intervenção integrada de reabilitação urbana de uma área mas dirigida a reabilitação
de edificado e à qualificação das infraestruturas, dos equipamentos e dos espaços verdes e urbanos de utilização
coletiva, visando a requalificação e revitalização do tecido urbano, associada a um programa de investimento
público
Particulares sozinhos ou em coordenação com administração pública
Escala macro
3. ENQUADRAMENTO FEITO POR INSTRUMENTOS ESPECÍFICOS DE PLANEAMENTO- momento em que se pensa como vai
ser a reabilitação urbana, tendo em consideração a integração do imóvel já existente bem como cuidados face a este e
aos circundantes
a. Estratégia de reabilitação urbana
b. Programa estratégico de reabilitação urbana
Maior escala, associada a intervenções de maior pendor público
4. DEFINIÇÃO DA ENTIDADE GESTORA- 9º e 10º RJRU
Motivo: processo urbanístico mas também fiscal e financeiro
Operações de escrutínio- mediante fases de reabilitação, o promotor (beneficiário da medida) pode aceder a
benefícios fiscais (apoios)
a. Município
b. Empresa do setor empresarial local- menor centralidade das operações urbanísticas, câmaras delegam a empresa
municipal

MODELOS DE EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE REABILITAÇÃO URBANA


1. POR INICIATIVA DOS PARTICULARES
Modalidade de execução pelos particulares com o apoio da entidade gestora
Modalidade de administração conjunta- modelo misto
2. POR INICIATIVA DAS ENTIDADES GESTORAS-
Execução direta pela entidade gestora
Execução através de administração conjunta
Execução através de parcerias com entidades privadas
Apenas podem ser adotadas no âmbito de operações de reabilitação urbana sistemática, no âmbito de
unidade de intervenção ou de execução- 11º nº5 RJRU , entidade pública já escolheu dentro do
instrumento de gestão, a porção de terreno onde vai ser realizada reabilitação (o que o particular vai fazer
já foi planeado pela entidade pública)
i. Concessão da reabilitação- contrato de maior duração
ii. Contrato de reabilitação urbana- contrato com entidade para que ela proceda a reabilitação urbana,
prestação de serviços
MODELOS DE EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE REABILITAÇÃO URBANA
-Administração conjunta
-Execução por iniciativa da entidade gestora
-Concessão da reabilitação urbana nos termos do RJIGT
-Contrato de reabilitação urbana
MODELOS DE EXECUÇÃO DO PONTO DE VISTA PROCEDIMENTAL
-PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO de controlo prévio de operações urbanísticas- remissão para regime das comunicações prévias
com intervenção da entidade gestora para efeitos de fiscalização sucessiva

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Reabilitação urbana
REGIME DAS ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA
1. Delimitação das áreas de reabilitação urbana- competência da assembleia municipal sob proposta de câmara municipal
(13º RJRU ) que pode encarregar empresa municipal (13º nº3 RJRU )
2. ELEMENTOS DA PROPOSTA- 13º nº2 RJRU
-Memória descritiva e justificativa, que inclui critérios subjacentes à delimitação da área abrangida e objetivos estratégicos a
prosseguir
-Planta com delimitação da área abrangida
-Quadro dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais
3. COMUNICAÇÃO AO INSTITUTO DE HABITAÇÃO E REABILITAÇÃO URBANA- função de coordenação, competência de
partilha de conhecimentos das várias operações de reabilitação que estão a decorrer no pais
4. EFEITOS DA DELIMITAÇÃO- 14º RJRU
Obrigação de definição pelo município dos benefícios fiscais associados
Direito de acesso aos apoios e incentivos fiscais e financeiros à reabilitação urbana
5. CADUCIDADE DA DELIMITAÇÃO- 15º RJRU , se não se verificar a aprovação de operação de reabilitação urbana no prazo
de 3 anos

OPERAÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA


1. APROVADAS POR
a. Instrumento próprio- define área a ser reabilitada e entidades a serem consultadas
Aprovado pela assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal passível de delegação em empresa
pública municipal
Sujeito a parecer não vinculativo do instituto de habitação e reabilitação urbana
Torna entidade que dá parecer sobre que entidades externas se devem pronunciar no âmbito de
reabilitação urbana
Menor perigo de o particular se enganar
Sujeito a consulta pública
b. Plano de pormenor de reabilitação urbana- remissão 21º a 28º RJRU
Permite efeitos registais- plano de pormenor para registar efeitos reais da propriedade

PLANEAMENTO DAS OPERAÇÕES DE REABILITAÇÃO URBANA


-Operações de reabilitação urbana SIMPLES
-Operações de reabilitação urbana SISTEMÁTICA
AMBOS :
Implicam determinação de utilidade pública para efeitos expropriativos e de constituição de servidões administrativas
Permitem a constituição de unidades de execução (nos termos do RJIGT) quando sejam executadas por intermédio de
plano de pormenor de reabilitação urbana e de unidades de intervenção quando sejam executadas por instrumento
próprio (neste caso deve ser definido um programa de execução)
Aprovação de unidades de intervenção cabe às entidades gestores se forem determinadas no âmbito do
programa estratégico e às câmaras municipais nos demais casos

INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO DE OPERAÇÕES DE REABILITAÇÃO URBANA


Entidade gestora da operação de reabilitação urbana pode exercer, para efeitos de execução da operação de reabilitação
urbana os seguintes poderes:
-Licenciamento das operações específicas e admissão de comunicação prévia de operações urbanísticas e autorização de
utilização
-Inspeções e vistorias
-Adoção de medidas de tutela da legalidade urbanística
-Cobrança de taxas
-Receção das cedências ou compensações devidas

CONTROLO DAS OPERAÇÕES URBANÍSTICAS


-Controlo prévio das operações urbanísticas- incluindo consultas a entidades externas
-Inspeções e vistorias
-Medidas de tutela da legalidade urbanística
-Cobrança de taxas e de compensações
Todas implicam remissão para o RJUE e possibilidade de delegação na entidade gestora
-Execução da operação de reabilitação urbana, independentemente do tipo de operação de reabilitação urbana,
encontra-se isenta de controlo prévio
-Proteção do existente- 51º RJRU - "não podem ser recusadas com fundamento em normas legais ou regulamentares
supervenientes à construção originária"

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANÍSTICA- remissão para RJUE, determinação do nível de conservação

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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANÍSTICA- remissão para RJUE, determinação do nível de conservação

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Alterações regime RJUE


10 de maio de 2023 14:32

1. PROBLEMA DOS PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO MOROSOS E COMPLEXOS


a. SOLUÇÃO: maior celeridade, passando a estar isentas de licenciamento entre outras as obras que
aumentam o nº de pisos sem aumentar cércea ou a fachada, ou as obras de construção em área de
operação de loteamento, plano de pormenor ou unidade de execução com desenho urbano
Passa a existir um único momento de notificação ao requerente e o pedido de informação prévia
passa a ter duração de 2 anos desonera, regra geral, o requerente de controlo prévio
Pedido de informação prévia converte-se em controlo prévio (Ato autorizativo)
O não cumprimento dos prazos legais por parte da administração pública implica deferimento
tácito da decisão
=Regra passa a ser comunicação prévia- maior autonomia dos particulares quanto ao instrumento
de controlo prévio a que se querem sujeitar
Maior autorresponsabilização dos particulares
2. PROBLEMA DA RAPIDEZ DA PRONÚNCIA DE ENTIDADES TERCEIRAS
a. SOLUÇÃO: estabelecimento de conferências procedimentais obrigatórias e de ato único (sem parecer
escrito) para projetos de potencial interesse nacional, com investimento acima de 25 milhões de euros
ou financiados por fundos europeus e PTT, e por continuidade do procedimento enquanto o parecer
não é emitido
3. PROBLEMA DA AMBIGUIDADE DOS REGULAMENTOS MUNICIPAIS- aumento da discricionariedade
a. SOLUÇÃO- elenco taxativo das matérias a incluir nos regulamentos municipais (exemplo dos aspetos
morfológicos e estéticos dos projetos), identificação de aspetos que os regulamentos municipais não
podem conter (regras de natureza procedimental, envio de documentos não previstos expressamente
na lei), publicitação dos regulamentos no diário da república e elenco legal taxativo dos elementos
instrutórios
4. PROBLEMA DOS PROCEDIMENTOS OBSOLETOS E DE DIFIÍCIL VALIDAÇÃO HGUMANA
a. SOLUÇÃO: fim da obrigatoriedade de licença de utilização e de alvará/licença de construção
Criação até ao final da legislatura, de uma plataforma única de licenciamento, que garanta a
desmaterialização de procedimentos e obrigatoriedade do Building Information Model (uma
metodologia de trabalho que utiliza um modelo 3D para representar e gerir informações sobre
um edifício ou infraestrutura) de forma faseada para projetos de maior dimensão
Importância: embulhos associados ao alvará (titulo fundamental para alterações durante fase de
construção), atraso na emissão de alvará apesar de já haver licença atrasa a obra, problema do
não pedido de alvará caducar licença
5. PROBLEMA DA COMPLEXIDADE E INCUMBÊNCIA DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E PROCEDIMENTAIS
a. SOLUÇÃO: para além do trabalho em curso de codificação de toda a legisação, procede-se à revogação
de todas as normas procedimentais redundantes e à eliminação de exigências excessivas,
nomeadamente no que respeita à possibilidade de cozinhas abertas ou às exigências das casas de
banho (Exemplo dos bidés e das banheiras) ou às regras de ventilação ou iluminação que já estão
previstas em outra regulamentação específica
Adicionalmente passa a exigir-se presença policial apenas nas operações urbanísticas que obrigam
ao corte da via pública
6. PROBLEMA DA ESCASSEZ DE SOLOS URBANOS E EDIFÍCIOS PARA HABITAÇÃO
a. SOLUÇÃO: conversão dos solos e edifícios afetos a comércio e serviços em solos e edifícios para uso
habitacional (salvo oposição fundamentada do município de ruído, estacionamento, sistema de
mobilidade ou garantia de espaços verdes, equipamentos públicos e de lazer); reclassificação de solo
rústico para solo urbano nas zonas contíguas a este (solo urbano contíguo a solo rústico, querendo fazer
pequena expansão); possibilidade de cedência de terrenos para habitação e de reserva de solos para
habitação; manutenção da classificação como solo urbano de solos urbanizáveis ou com urbanização
programada, exclusivamente públicos e com uso predominante habitacional u venda sem licença de
utilização (Ainda que obrigatoriamente informado o adquirente do efeito)

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