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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E ASSISTÊNCIA


SOCIAL

Tema:

Deontologia

Chimoio, Abril de 2024


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E ASSISTÊNCIA
SOCIAL
4o Ano – Laboral

Disciplina:

Ética e Deontologia Profissional

Tema:

Deontologia

Discentes: Docente:

Esperança Da Felicidade Ângela Abel MSc. Dércia Senete

Luísa Lina Marove

Chimoio, Abril de 2024


Índice
Capítulo I....................................................................................................................................4

1. Introdução...........................................................................................................................4

1.1. Objectivos.......................................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................................4

1.2. Metodologia....................................................................................................................4

Capítulo II..................................................................................................................................5

2. Deontologia.........................................................................................................................5

2.1. Conceito..........................................................................................................................5

2.2. Princípios.........................................................................................................................7

2.2.1. Princípio lógico...........................................................................................................7

2.2.2. Princípio jurídico.........................................................................................................7

2.2.3. Princípio político.........................................................................................................7

2.3. Códigos Deontológicos...................................................................................................8

2.3.1. Princípios éticos do código deontológico....................................................................9

2.4. Deontologia profissional.................................................................................................9

2.5. A importância da deontologia profissional...................................................................10

2.6. Princípios deontológicos...............................................................................................11

Capítulo III...............................................................................................................................13

3. Conclusão..........................................................................................................................13

4. Referências bibliográficas.................................................................................................14
Capítulo I
1. Introdução

O presente trabalho visa discorrer sobre a Deontologia Profissional. Portanto, a Deontologia e


a Ética contribuem (diferente e decisivamente) para a qualificação da prática profissional. A
prática profissional descontextualizada do quadro normativo deontológico, bem como de
considerações éticas, ficaria reduzida a um exercício técnico automatizado, à margem do
relacionamento humano que dignifica profissionais e utentes.

Um “Código Deontológico” é um conjunto de normas que incidem sobre obrigações,


responsabilidades, direitos e regulam o exercício de uma profissão, incluindo regras de
natureza: - ética ou moral, que visam assegurar a integridade (carácter) do profissional; -
jurídica e administrativa, que visam assegurar a qualidade (técnica) do exercício da profissão.
O objectivo é credibilizar e prestigiar a profissão e os seus agentes, através da autoregulação,
atendendo ao reconhecimento do valor social da profissão.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender a Deontologia Profissional;
1.1.2. Específicos
 Conceituar a Deontologia;
 Descrever os Códigos Deontológicos;
 Descrever a importância da deontologia profissional;
 Identificar os Princípios deontológicos;
1.2. Metodologia

Na realização deste trabalho, foi utilizada a pesquisa qualitativa de cunho científico onde se
buscou compreender, descrever e outras informações concernentes a Deontologia
Profissional. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, através de pesquisa on-line, em sites de
busca como Google e Scielo, procurando por artigos científicos originais e revisados, como
também a pesquisa em livros didáticos.

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Capítulo II
2. Deontologia
2.1. Conceito

Em Kant, a deontologia fundamenta-se em dois conceitos: a razão prática e a liberdade. Agir


por dever é o modo de conferir à ação o valor moral; por sua vez, a perfeição moral só pode
ser atingida por uma vontade livre. O imperativo categórico no domínio da moralidade é a
forma racional do "dever-ser", determinando a vontade submetida à obrigação. O predicado
"obrigatório" da perspectiva deontológica designa, na visão moral, o "respeito de si".

Segundo Dias (2004), a deontologia é o estudo dos princípios éticos que regem a conduta dos
profissionais em seus respectivos campos de atividade. Estes princípios visam orientar o
profissional em suas atitudes e comportamentos éticos, garantindo assim a transparência e a
honestidade em suas relações com os clientes, colegas de trabalho e sociedade em geral.

A deontologia, que deriva do grego deon ou deontos/logos e significa o estudo dos deveres.
Emerge da necessidade de um grupo profissional de autoregular, mas a sua aplicação traduz-
se em heteroregulação, uma vez que os membros do grupo devem cumprir as regras
estabelecidas num código e fiscalizadas por uma instância superior (ordem profissional,
associação, etc.).

O objetivo da deontologia é reger os comportamentos dos membros de uma profissão para


alcançar a excelência no trabalho, tendo em vista o reconhecimento pelos pares, garantir a
confiança do público e proteger a reputação da profissão. Trata-se, em concreto, do estudo do
conjunto dos deveres profissionais estabelecidos num código específico que, muitas vezes,
propõe sanções para os infratores. Melhor dizendo, é um conjunto de deveres, princípios e
normas reguladoras dos comportamentos exigíveis aos profissionais, ainda que nem sempre
estejam codificados numa regulamentação jurídica. Isto porque alguns conjuntos de normas
não têm uma função normativa (presente nos códigos deontológicos), mas apenas reguladora
(como, por exemplo, as declarações de princípios e os enunciados de valores) (Dias, 2004).

Neste sentido, a deontologia é uma disciplina da ética especialmente adaptada ao exercício de


uma profissão. Em regra, os códigos de deontologia têm por base grandes declarações
universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o às
particularidades de cada profissão e de cada país. As regras deontológicas são adoptadas por
organizações profissionais, que assume a função de "legisladora" das normas e garante da sua
aplicação. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo

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que é frequente os termos ética e deontologia serem utilizados como sinónimos, tendo apenas
origem etimológica distinta. Muitas vezes utiliza-se mesmo a expressão anglosaxónica
professional ethics para designar a deontologia.

Mas a ética não se reduz à deontologia. Alguns autores alertam para a necessidade de ir além
do mero cumprimento das normas deontológicas. Seguir os princípios éticos vertidos nos
códigos deontológicos porque o seu incumprimento tem consequências sociais
(nomeadamente disciplinares) não é atuar de forma ética. Porque as ações são apenas
conformes à norma e não conformes ao valor. Se o valor não é assumido pelo agente, este não
age racionalmente, de forma livre e responsável, de acordo com aquilo que, interiormente,
sabe que deve fazer. E a verdade é que para ser bom profissional, o homem deve desenvolver
todas as virtudes humanas, exercitadas através da profissão. Além do mais, a ética não se
reduz a um conjunto de proibições: o comportamento ético gera satisfação, uma vez que se
opta, livre e racionalmente, por praticar o bem. O comportamento ético nasce do interior do
homem, das suas convicções, quer estas sejam, de natureza transcendente, quer de natureza
humanista. E não deve ser adoptado apenas como "remédio" em caso de conflito: deve ser
vivido todos os dias, como parte de um projeto de vida pessoal.

Todavia, a sanção pela violação de normas deontológicas é fundamental. Faz parte de um


processo de "despertar para a ética" que deve ser assumido pelas organizações, sobretudo a
partir do momento em que os diversos grupos sociais começaram a exercer pressão no
sentido de se construir uma sociedade mais solidária, respeitadora dos direitos humanos e
amiga do ambiente.

O objecto da Deontologia consiste em ensinar o homem a dirigir os seus afectos, de maneira


a que eles sejam o mais possível subordinados ao bem-estar. Cada homem tem as suas penas
e os seus prazeres, que lhe são próprios, e com os quais o resto dos homens não tem qualquer
relação; há, também, os prazeres e as penas que dependem das relações com os outros
homens, e os ensinamentos do Deontologista têm por objectivo aprender, num como noutro
caso, a dar ao prazer uma direcção tal que lhe permita ser produtivo para outros tipo de
prazer; e a dar uma tal direcção à pena que a torne, na medida do possível, uma fonte de
prazer ou, pelo menos, que ela seja o menos pesada possível, suportável e, assim, tão
transitória quanto possível (Dias, 2004, pg.167).

Também é, às vezes, descrita como a ética baseada na "obrigação" ou em "regras", porque


regras lhe "vinculam a seu dever". A ética deontológica é comumente contrastada com o

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consequencialismo e a ética da virtude. Nesta terminologia, a ação é mais importante do que
as consequências.

O termo foi introduzido em 1834, por Jeremy Bentham, para referir-se ao ramo da ética cujo
objeto de estudo são os fundamentos do dever e as normas morais. É conhecida também sob
o nome de "Teoria do Dever". É um dos dois ramos principais da Ética Normativa,
juntamente com a axiologia.

Mercier acrescenta que a deontologia pode ainda ser definida como um conjunto de regras de
que uma profissão ou parte dela, se dota através de uma organização profissional, que se
torna a instância de elaboração, de prática, de vigilância e de aplicação destas regras
(Mercier, 1999, pg.6).

Estas regras traduzem-se actualmente através de Códigos Deontológicos (os mais óbvios
representantes da sistematização e formalização das mesmas), sendo que tentam constituir o
cerne das características de uma comunidade profissional que se identifica com as suas regras
e adere às mesmas, incluindo as restrições subjacentes.

2.2. Princípios
2.2.1. Princípio lógico

Visa a sequência de atos e meios para oferecer segurança com o fim de descobrir a verdade e
evitar erros. No mundo do trabalho usa-se esse princípio para o processo de tomada de
decisões, mesmo que seja necessário subtrair um profissional com características essenciais
para o desenvolvimento operacional da empresa.

2.2.2. Princípio jurídico

Proporciona às partes no processo de igualdades de tratamento, na demanda e justiça na


decisão, atribuindo o direito a quem for seu titular.

2.2.3. Princípio político

Proporciona a garantia social dos direitos, visando à pacificação social. Tem correspondentes
princípios epistemológicos na Constituição Federal brasileira, o princípio da lealdade
processual e o do duplo grau de jurisdição.

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2.3. Códigos Deontológicos

Um código deontológico é um conjunto de normas de comportamento que deverão ser


seguidas pelos profissionais que pertencem a um determinado setor ou área de atividade –
como, por exemplo, Comunicação Social, Medicina e Psicologia. É o código deontológico
que define ou baliza os limites de atuação dos profissionais nas suas respetivas áreas,
determinando que comportamentos são, ou não, éticos e permitidos no exercício da atividade
profissional (Oliveira, 1948).

O primeiro Código Deontológico foi proposto por Thomas Percival em 1794 em forma de
panfleto e direccionado para a área da Medicina. Este surge numa época em que a ética
normativa era praticamente inexistente imperando conceitos como a virtude, a honra e o
carácter (Baker, 1999).

Ainda, hoje o uso dos C.D. persiste, já que os seus elementos se revelaram fundamentais para
a estrutura de determinado grupo profissional. Estes elementos referem-se a:

 Substituir a autoridade pela responsabilidade.


 Estabelecer um acordo quanto a standards comuns clarificando valores profissionais.
 Minimizar os desvios pessoais na actuação profissional.
 Fornecer um modelo de conduta que assegura a independência do trabalhador em
relação à entidade empregadora em nome do serviço prestado a outros (Baker, 1999).

A dimensão deontológica vai reflectir acerca:

 Do código: que corresponderá ao conjunto de regras que assumem a característica de


lei em determinado contexto e domínio.
 Das regras: que corresponde à “…prescrição que se impõe a qualquer um em
determinado caso.”
 Das normas: que corresponde ao princípio ao qual se refere todo o juízo de valor
estipuladas no primeiro (Mercier, 1999).

O Código Deontológico define padrões de comportamento para os psicólogos, em relação aos


clientes, colegas e público em geral. Trata-se de um quadro de referência que protege a
intervenção e eleva a condição de bem-estar dos profissionais e clientes (Oliveira, 1948).

As regras morais são categoricamente consideradas como universais, afetando papéis sociais
específicos ou os membros de sociedades específicas, e tendem a proibir diretamente o

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comportamento que causa mal aos outros (Oliveira, 1948). Todas estas regras derivam da
compreensão que as sociedades alcançam acerca das necessidades físicas e sociais da
humanidade.

2.3.1. Princípios éticos do código deontológico

Um código deontológico é constituído por vários princípios éticos, que por sua vez podem ser
agrupados em duas categorias distintas.

A primeira categoria é a dos valores éticos fundamentais que se mantêm inalterados,


independentemente do espaço e do tempo, a qualquer conceito filosófico ou político. Neste
grupo incluem-se (Mercier, 1999):

 o respeito pela vida humana e pela sua dignidade; a não discriminação na


administração de cuidados; a proteção dos mais fracos; a manutenção do segredo
profissional quando não colide com o bem-estar comum; e a solidariedade e respeito
entre os profissionais.

Na segunda categoria podemos encontrar valores éticos, que, não menos importantes, podem
variar consoante o contexto de atuação do profissional. De entre eles contam-se:

 as relações com as administrações públicas que se vão alterando em função da própria


legislação; os honorários; as relações técnicas com outros profissionais.

2.4. Deontologia profissional

A deontologia também se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta, os deveres,


inerentes a uma determinada profissão. Assim, cada profissional está sujeito a uma
deontologia própria a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua
categoria. Nesse caso, entende-se deontologia como o conjunto codificado das obrigações
impostas aos profissionais de uma determinada área, no exercício de sua profissão. São
normas estabelecidas pelos próprios profissionais, tendo em vista não exatamente a qualidade
moral, mas a correção de suas intenções e ações, em relação a direitos, deveres ou princípios,
nas relações entre a profissão e a sociedade.

O primeiro Código Deontológico foi destinado à área médica, tendo sido elaborado nos
Estados Unidos, em meados do século XX.

A deontologia profissional é o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres


inerentes a uma determinada profissão. Cada profissional está sujeito a uma deontologia

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própria para regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética. São normas
estabelecidas, tendo em vista a correcção de suas intenções e acções, em relação a direitos,
deveres ou princípios, nas relações entre a profissão e a sociedade.

A Deontologia Profissional é uma condição da ética adaptada especialmente para


desempenhar o exercício de uma profissão, visando o dever de agir corretamente.

Porém, seu significado teve mais contribuições durante o estudo, como a contribuição de
Immanuel Kant, filósofo considerado o principal da era moderna (1453 - 1789), que separou
o termo em dois conceitos: razão prática e liberdade (Mercier, 1999).

Agir por dever é a maneira de dar à ação, o seu valor moral e, por sua vez, a perfeição moral
só pode ser atingida por uma livre vontade.

Podemos considerar a palavra Deontologia Profissional como uma norma de conduta, que
traz um conjunto de princípios e regras para conduzir uma determinada profissão, sendo dada
a cada profissional, indivíduo/grupo de indivíduos, sua deontologia própria de acordo com o
Código de Ética da área de atuação.

Existem muitos códigos de deontologia, sendo a base, sua responsabilidade de associações ou


ordens profissionais. Para se ter uma ideia, a primeira Deontologia Profissional criada foi na
Medicina, nos Estados Unidos. A criação desse código faz parte de um grande conjunto de
regras universais que expressam o sentimento ético em suas diversas adaptações a fim de
atender as particularidades de cada grupo/área profissional.

Entretanto, precisamos nos atentar que, embora os códigos tenham o papel de oferecer uma
conduta moral com os Direitos Humanos, eles também podem apresentar um perigo de
monopolização de uma determinada área ou grupo de questões, relativas a toda a sociedade,
por um conjunto de profissionais.

2.5. A importância da deontologia profissional


 Orientar o comportamento do individuo no exercício das suas funções na empresa
(escola).
 Ajudar nas orientações que o sujeito deve seguir para o enquadramento na sua vida
profissional.
 Analisar os deveres internos do indivíduo; isto é, aquilo que deve fazer ou evitar
consoante lhe dita a sua consciência.

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 Adaptam aos costumes, hábitos e culturas de cada país, bem como de cada categoria
profissional.
 Defesa da liberdade e da dignidade da pessoa humana (Baker, 1999).
2.6. Princípios deontológicos

De acordo com Baker (1999), princípios deontológicos são normas éticas que regulam a
conduta de profissionais de diversas áreas, tais como jornalistas, advogados, médicos,
psicólogos, entre outros. Esses princípios orientam o comportamento dessas pessoas,
indicando como elas devem agir diante de situações que envolvem a sua prática profissional.

Os princípios deontológicos têm como objetivo garantir que os profissionais atuem de forma
responsável, ética e justa, prezando pelo bem-estar e integridade de seus clientes, pacientes
ou do público em geral. Essas normas são fundamentais para manter a credibilidade e a
confiança na atividade profissional, evitando práticas indevidas ou fraudulentas.

Esses princípios variam conforme a profissão e suas respectivas áreas de atuação, mas todos
têm em comum a preocupação com a conduta ética e a tomada de decisões justas e
equilibradas.

É importante destacar que a observância dos princípios deontológicos não é apenas uma
questão de ética, mas também de legislação. Muitas profissões possuem códigos de ética e
conduta que estabelecem sanções em caso de descumprimento dessas normas, como multas,
suspensão do exercício profissional e até mesmo a cassação do registro.

Por fim, é fundamental que os profissionais estejam sempre atentos aos princípios
deontológicos e os apliquem em suas atividades diárias, buscando manter a integridade e a
responsabilidade de suas práticas e contribuindo para a construção de uma sociedade mais
ética e justa.

Entre os princípios deontológicos mais comuns, destacam-se (Dias, 2004):

a) Independência

O primeiro princípio da deontologia profissional é a Independência, o que significa que o


profissional deve ser capaz de se controlar e gerir as suas emoções e impulsos, respeitando as
normas éticas e profissionais. Ele deve ser capaz de tomar decisões com base nos seus
princípios éticos, mesmo que isso implique em desafiar a opinião de outras pessoas.

b) Confiança

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O princípio da confiança baseia-se na expectativa de que as outras pessoas ajam de um modo
já esperado, ou seja, normal. Consiste, portanto, na realização da conduta de uma
determinada forma na confiança de que o comportamento do outro agente se dará conforme o
que acontece normalmente.

c) Segredo profissional

O terceiro princípio é a confidencialidade ou segredo profissional, onde o profissional deve


proteger todas as informações confidenciais do cliente que estão ao seu cuidado. Ele não
pode compartilhar informações privadas com outra pessoa, exceto quando solicitado
legalmente.

 O fundamento ético do sigilo profissional é o princípio da confiança. O dever de


sigilo é, por isso, pressuposto e contrapartida da confiança do cliente.
 A regra é a absoluta confidencialidade dos factos que se tenha conhecimento, directa
ou indirectamente. No exercício das suas funções ou por causa delas
d) Honestidade

O quarto princípio é a honestidade, em que o profissional deve ser transparente em suas ações
e comunicações. Ele não pode fornecer informações falsas ou manipuladas, deve ser sincero e
justo em todas as suas relações.

e) Solidariedade Profissional

O quinto princípio é a Solidariedade Profissional, onde o profissional deve possuir


conhecimento suficiente e estar apto a executar as suas funções com qualidade. Ele deve
adquirir e manter conhecimentos profissionais atualizados, garantindo assim um serviço de
qualidade para o cliente.

f) Responsabilidade

O sexto princípio é a responsabilidade, onde o profissional deve estar ciente das


consequências de suas ações. Ele deve ser capaz de assumir a responsabilidade pelos seus
atos e aceitar as consequências de suas decisões. O profissional deve ser capaz de identificar
e evitar conflitos de interesse e garantir que suas ações não prejudiquem o cliente ou outras
pessoas (Dias, 2004).

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Capítulo III
3. Conclusão

De forma conclusiva, a deontologia é o estudo dos princípios éticos que regem a conduta dos
profissionais em seus respectivos campos de atividade. Estes princípios visam orientar o
profissional em suas atitudes e comportamentos éticos, garantindo assim a transparência e a
honestidade em suas relações com os clientes, colegas de trabalho e sociedade em geral.

De forma sucinta, a deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as
escolhas dos indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para nortear o que realmente
deve ser feito.

O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, para
falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o fundamento do dever e das normas.
A deontologia é ainda conhecida como "Teoria do Dever".

Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que a dividiu em
dois conceitos: razão prática e liberdade. Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação
o seu valor moral; e por sua vez, a perfeição moral só pode ser atingida por uma livre
vontade.

A deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de


uma determinada profissão. Ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para
regular o exercício da profissão, e conforme o Código de Ética de sua categoria.

Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para a
correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.

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4. Referências bibliográficas

Baker, D, H. (1999). Ética Profissional em Terapêutica da Fala. Porto: Edições


Afrontamento. Dias, M. (2004). Ética e Deontologia Profissional. 7 a edição. Rio de Janeiro:
Paz e Terra. Mercier, R. A. (1999). Ética e Deontologia Profissional. 1ª edição. São Paulo:
Editora SENAC.

Oliveira, M. (1948). Ética e Deontologia Profissional. Disponível em:


https://www.studocu.com/pt/document/universidade-lusiada-de-lisboa/etica/codigo
deontologico-principios-eticos-para-atuacao-do-psicologo/17477152. Acessado em: 28 de
Março de 2024

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